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APOSTILA

Vida
Autônoma
AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
FERTILIZANTES E DEFENSIVOS CASEIROS
PLANTAS MEDICINAIS
CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS
FAÇA VOCÊ MESMO

Eng Agrônoma
Amanda Guimarães de Mattos
2021
Apresentação
Este material foi elaborado por Amanda Guimarães de Mattos, Engenheira
Agrônoma e mestre em Ciência do Solo, ambos pela Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro, a partir de uma compilação de diversos estudos de livros, materiais da
internet como sites, blogs e portais de consulta livre, periódicos, artigos, materiais de
professores e experiências próprias adquiridas pela autora. Foi inicialmente elaborado
para consulta própria, sendo um estudo pessoal desenvolvido há alguns anos e, devido
a isso, muitas fontes foram omitidas pela impossibilidade de encontra-las novamente e
outras fontes que inicialmente não tiveram a pretensão de serem compartilhadas.

Todo este material está sendo disponibilizado a amigos em virtude do período


transitório, incerto e conturbado que estamos atravessando no atual momento, pela
motivação de auxiliar aqueles que buscam formas de viver mais autônoma,
autossuficiente e menos dependente do seu meio externo. Foi escrito com abordagem
não muito profunda sobre os temas, para que seja de aplicação prática e, de forma
que, até os mais leigos na área, possam compreender e aplicar. Sobre alguns temas, é
necessário aprofundar o estudo para a aplicação, devido à especificidade.

Recomendo fortemente que o material seja impresso e encadernado, visto


que objetiva ser útil em momentos de adversidades em que o acesso à energia elétrica
esteja ausente ou indisponível.

O presente material não visa à obtenção de lucros, sendo puramente uma


compilação para auxiliar a quem servir. Contudo, se houver motivação para doação
pelo trabalho realizado, este pode ser feito através de pix:
“aamandagmattos@gmail.com”, que também é o e-mail para contato. Porém, não se
sinta na obrigação de tal ato. Tudo está bem, espero cordialmente, que tenha ajudado
de alguma forma.

Sigamos adiante, no Amor e na Luz do Uno infinito Criador.

21 de outubro de 2021
Sumário
1. O Solo
1.1 Acidez do solo
1.2 Os nutrientes essenciais para as plantas
1.3 Formas de cultivo
1.4 Adubação verde
1.5 Cultivo protegido
1.6 Agrofloresta – SAFs
1.7 Cultivo em vasos
1.8 Microverdes/Microgreens/Baby leaf
1.9 Formação de Canteiros
1.10 Mulching (Cobertura do solo)
1.11 Cultivo em Curvas de Nível
1.12 Cultivadores Manuais
2. Microorganismos Eficazes – EM
3. Bokashi
4. Biofertilizante Liquido Fermentado
5. Compostagem
6. Adubos Caseiros
7. Identificação de Pragas e Doenças em Plantas
8. Soluções Orgânicas e Caseiras para combate de pragas e
doenças nas plantas
8.1 Manipuera
9. Métodos de Propagação de Plantas
10. Plantas essenciais para cultivo
11. Aquaponia
12. Plantas Medicinais e Receitas caseiras
13. Conservas de Alimentos – Receitas
13.1 Geléias
13.2 Dicas para conservar os alimentos por mais tempo
14. Faça Você Mesmo - Soluções Práticas e Alternativas de
Utilidade Sustentável
15. Referências Bibliográficas
1. O Solo
O solo é o componente mais importante de um sistema produtivo.
É com esse tema que essa apostila se inicia, assim como tudo o que vive neste
firmamento. É no solo onde tudo começa e que tudo termina. É no solo que devem
concentrar as maiores forças/atenções, o manejo adequado, o balanceamento dos
componentes e da interação com os microorganismos. O solo é a causa, as plantas são
as consequências.
É do solo que as plantas extraem água e nutrientes. Entretanto, cada solo tem
suas propriedades químicas, físicas e biológicas diferentes, além da textura que é
composta pela proporção das partículas areia, silte e argila, sendo a argila a partícula
de menor tamanho. São fatores diferentes, presentes em cada solo, que irão refletir
no manejo que deve ser aplicado ao trabalhar a terra e, se este manejo não for
adequado, as propriedades desejáveis do solo poderão ser prejudicadas de forma
expressiva, ocasionando a sua degradação e o aproveitamento deste recurso, não
renovável, fica insatisfatório para uma boa produção de alimentos.
O solo de cada localidade é composto de partículas minerais provenientes das
rochas decompostas (geologia local) e adição de materiais orgânicos depositados
sobre a crosta terrestre. Existem diversos tipos de solo que corroboram com o seu
material de origem, ou seja, o tipo de rocha (material geológico) a qual aquele solo foi
originado. São diversas nomenclaturas de solo que não há, no momento, necessidade
de abranger para os fins que esta apostila se destina.
De acordo com Ana Primavesi (Cartilha do Solo, 2009) um solo decadente é
doente, e solo doente somente pode criar plantas deficientes, ou seja, doentes. E
plantas doentes produzem produtos de um valor biológico muito baixo, por isso são
atacados por tantas pragas e doenças precisando de muitos defensivos. E plantas
doentes somente fornecem alimentos incompletos e os homens que as consomem
também são doentes. Toda a vida em nosso planeta depende do solo: O solo é o alfa e
ômega, o início e o fim de tudo.
Faz quase 4.000 anos que a filosofia védica diz: “Se pragas atacam suas
lavouras elas vêm como mensageiros do céu para avisá-Io que seu solo esta doente”.
Por isso os australianos, quando verificam uma praga no seu campo, primeiro
perguntam: ”O que fiz de errado com meu solo?” E tentam descobrir o erro. Somente
depois aplicam um defensivo, que sempre é exceção e nunca rotina. Mata a praga no
momento, mas depois recuperam seu solo, para que isso não se repita. Por que? =>
Solo doente - Planta doente - homem doente (Primavesi, 2006).
Em resumo, a dica é: se têm muitas pragas e doenças atacando as plantas, o
solo está desequilibrado, infértil, inadequado. Assim como nós humanos, quando
ficamos doentes é porque nossa imunidade cai, e se cai, é porque nosso sistema não
está trabalhando adequadamente devido a nossa má nutrição, que causam os
desequilíbrios. Assim também ocorrem com as plantas: elas têm também imunidade
natural, mecanismos próprios de defesa, contudo se tornam ineficazes e insuficientes
se lhes falta a nutrição adequada.
Os Europeus quando vieram trabalhar os solos tropicais, aplicaram técnicas
agrícolas de solos de clima temperado, e isso se perpetua até hoje com o que
chamamos de “Agricultura Convencional”. Esquecem que a dinâmica de transformação
tropical é outra e, devido a isso, temos tanto solo degradado, erodido, infértil. Solos
tropicais não podem ser massivamente revolvidos, não podem nunca ficar
descobertos, devem sempre manter a vegetação ou matéria orgânica morta
cobrindo-o. Dessa forma é mantida a atividade biológica (microrganismos) e a
microfauna ativa; os nutrientes não se perdem pela incidência solar direta; a água
infiltra adequadamente carregando os nutrientes para as raízes, o que evita a erosão
(perda de solo pelo carreamento deste pela agua das chuvas); as chuvas não batem
diretamente no solo, evitando a compactação. A cobertura do solo é sempre
recomendada.
Contudo, quando se trata de recursos naturais, receitas formatadas não são
usuais. Como um professor da faculdade falava: “a natureza é muito vaidosa, ela tem
diversas características em cada lugar”, assim querendo dizer que cada local tem a sua
particularidade que, por vezes, pode fugir à regra geral. Portanto, deve-se ter uma
visão ampla e entender o seu micro ecossistema, isto envolve as características
edafoclimáticas e morfológicas.

1.1 Acidez do solo


Os solos tropicais, geralmente, possuem acidez elevada devido às rápidas
transformações (reações químicas = decomposições) que ocorrem. Normalmente,
solos pobres em matéria orgânica têm cores mais claras e assim são também mais
ácidos. A matéria orgânica confere cor escura devido às substancias húmicas e fúlvicas
e favorece uma elevação no pH. Portanto, quando há pouca matéria orgânica, o solo
tende a ter maior acidez precisando corrigir o seu pH.
A correção do pH é fundamental para a adequada disponibilidade dos
nutrientes que as plantas absorvem. A acidez retém os nutrientes, eles ficam
adsorvidos nas partículas do solo, fortemente ligados e assim indisponíveis, uma vez
que as plantas só absorvem o que está livre na solução (água+compostos) do solo.
Dessa forma, a correção do pH do solo é importante para o adequado
desenvolvimento, visto que nada vai adiantar adicionar adubos, porque eles se ligarão
ao solo caso a acidez esteja elevada. O correto é realizar análise do solo ou utilizar um
medidor de pH do solo, um aparelho como o da foto abaixo:
A faixa ótima de pH para a maioria das plantas esta entre 5,5 e 7,0.
Para elevar o pH de um solo ácido, é usado calcário de rochas que também
fornece cálcio e, se for calcário dolomítico, fornece também magnésio. Este possui
reação mais lenta no solo, devendo aplicar cerca de 30 a 60 dias antes de semear ou
transplantar mudas. O calcário precisa de água no solo para reagir, ou seja, quanto
menor a precipitação, mais tempo leva para sua ação de correção. Pode ser usado
também o calcário de conchas, que tem reação mais rápida, porém costuma ser mais
caro. A adição de composto orgânico, biofertilizantes, bokashi, entre outros materiais
orgânicos, também favorecem a elevação do pH, os microorganismos que decompõem
os materiais orgânicos realizam este papel.
Os solos brasileiros possuem, em sua grande maioria, teores elevados de
alumínio. A acidez do solo também faz com que o alumínio esteja presente na solução
do solo, na forma solúvel, que é tóxico para as plantas. Dentre os problemas que este
elemento causa, está a diminuição e encurtamento das raízes. A prática da calagem é a
forma mais usada para neutralizar os efeitos danosos deste elemento.

1.2 Os nutrientes Essenciais para as Plantas


Os nutrientes são os elementos necessários para o adequado
desenvolvimento das plantas e são divididos em: Macronutrientes e Micronutrientes.
Sendo os Macronutrientes aqueles que a planta necessita em maior quantidade:
Carbono (C), Oxigênio (O), Hidrogênio(H), Nitrogênio (N), Enxofre (S), Fósforo (P),
Potássio (K), Cálcio (Ca) e Magnésio (Mg) e os Micronutrientes que necessita em
menores quantidades: Ferro (Fe), Manganês (Mn), Boro (B), Zinco (Zn), Cobre (Cu),
Molibdeno (Mo) e Cloro (Cl). Algumas plantas também necessitam dos
micronutrientes: sódio (Na), cobalto (Co), silício (Si), níquel (Ni) e selênio (Se). Cada
qual tem sua função essencial no metabolismo das plantas, contudo, algumas plantas
demandam mais de alguns nutrientes em detrimento de outros.
Existe uma importante lei neste assunto que se chama a “Lei do Mínimo” – ou
Lei de Liebig – foi criada pelo químico Justus von Liebig e proposta pela primeira vez
em um livro há quase dois séculos. “O rendimento de uma colheita
é limitado pela ausência de qualquer um dos nutrientes essenciais, mesmo que todos
os demais estejam disponíveis em quantidades adequadas, onde o excesso de um
nutriente não supre a falta de outro.” Ou seja, a produtividade de uma determinada
cultura irá depender diretamente do equilíbrio nutritivo do solo e, portanto, de que
todos os nutrientes essenciais estejam prontamente disponíveis e em quantidades
mínimas que garantam seu pleno desenvolvimento, sendo que se algum destes
nutrientes estiver abaixo do exigido pela cultura, os outros que estiverem dentro de
suas quantidades adequadas não serão capazes de substituir o que está em
deficiência, e este limitará a produção.
Ex.: O Boro é indispensável, contudo sempre raro no solo; quando esgotado
pelas plantas cultivadas o crescimento pára, mesmo se lhes forem fornecidos
abundantemente os outros elementos indispensáveis. O tomateiro é um exemplo que
necessita Boro, o sintoma comum da falta deste nutriente é a podridão arredondada
na parte debaixo dos frutos.
Na utilização de adubos químicos formulados, deve-se ter cautela no excesso
deles, principalmente dos micronutrientes, uma vez que podem causar fitotoxidez,
queimam e matam as plantas.

1.3 Formas de Cultivo


As plantas quando cultivadas em conjunto, consorciadas com outras espécies
diferentes, têm a possibilidade de melhor se desenvolverem em comparado a um
monocultivo. No Consorcio pode, por exemplo, colocar milho, mandioca, feijão,
mamão e banana, intercalando as ruas, outro exemplo é abóbora, algodão, gergelim,
entre outras diversas possibilidades. Essa técnica aumenta a biodiversidade,
aumentando a competição das pragas diminuindo sua incidência. As plantas entram
em simbiose. Ex: Couve com coentro, como a couve é muita atacada por pulgões,
intercalar com coentro ajuda a repelir pulgões e hospedar joaninhas, estas se
alimentam de pulgões.
Abaixo outro exemplo:

Dessa forma também a rotação de culturas, que é o intervalo cíclico de


cultivo da mesma espécie na mesma área, sempre têm mostrado bons resultados em
diminuir a incidência de deficiência nutricional e consequentemente as pragas e
doenças. A rotação de culturas pode ser feita em canteiros de horta, por exemplo,
onde após colher um canteiro de alface, planta-se em seguida uma outra espécie, que
não seja folhagem, como a beterraba ou a cenoura. Numa área maior também da
mesma forma.
Para manter a cobertura do solo, nos canteiros das hortaliças podem ser
usadas palhas, aparas de grama seca, folhas secas, casca de arroz, serragem ou
qualquer material seco, uma vez que os verdes tendem a criar fungos pela sua
decomposição, que é mais rápida. Adiciona-se uma camada de 5 cm, deixando apenas
o espaço aberto da muda para não ficar abafada. A cobertura morta é uma dica de
ouro, porque vai ajudar a manter a terra mais úmida, não vai permitir que a vegetação
invasora cresça e não ocorra competição entre as plantas e para que a chuva não bata
diretamente e compacte o solo.
Em sistema de escala maior, mecanizado, o chamado “plantio direto” é uma
tecnologia conservacionista, de cultivo mínimo do solo, que teve grande
desenvolvimento a partir da década de 1990 no Brasil e já se encontra bastante
difundida entre os agricultores, dispondo-se, atualmente, de sistemas adaptados a
diferentes regiões e aos diferentes níveis tecnológicos (Embrapa). O cultivo é feito
sobre os restos vegetais do cultivo anterior, em que o preparo do solo limita-se ao
sulco de semeadura, procedendo-se à semeadura (usa-se semeadoras específicas), à
adubação e, eventualmente, à aplicação de herbicidas em uma única operação. Isto faz
com que reduza a compactação pelas máquinas e a proteção do solo sem seu
revolvimento e a mantença da vegetação morta cobrindo-o. Contudo antes da
implantação desse sistema, deve-se descompactar e corrigir a acidez desse solo,
nivelar e elevar a fertilidade, além disso, o solo deve ter boa drenagem natural porque
este sistema vai aumentar a infiltração da agua e manter a umidade por mais tempo.

1.4 Adubação Verde


A adubação verde é uma prática secular que proporciona diversos benefícios
ao solo e ao meio ambiente. Essa prática pode ser adotada em pequenas, médias e
grandes propriedades, bem como para produção tanto de olerícolas (alface, tomate,
couve, quiabo), grãos (milho, soja, sorgo) ou espécies perenes (café, laranja, açaí e
cupuaçu).
É uma prática em que plantas são utilizadas como adubos para o solo.
Consiste, basicamente, no plantio de diferentes espécies de plantas, principalmente
leguminosas que fixam mais nitrogénio e de crescimento rápido como feijão guandu,
mucuna e crotalária, e posterior manejo desse plantio (roçada e/ou podada) no
momento do florescimento (na etapa de florescimento ocorre máxima acumulação de
nutrientes) e após, aproximadamente, 15 dias de decomposição, realiza-se o plantio da
cultura de interesse comercial. Essas espécies podem ser incorporadas ao solo ou
deixadas na superfície do solo para decomposição. Desta forma os nutrientes
acumulados nas plantas, após a decomposição do adubo verde são incorporados ao
solo, permitindo a absorção pela cultura plantada em sequência ou em consórcio
(Embrapa, 2018).
No consorcio, condução simultânea entre espécies na mesma área, neste caso
da espécie de adubo verde e da cultura de interesse comercial. Nesse sistema, o adubo
verde é manejado (podado e incorporado) de forma a fornecer nutrientes em
momentos de máxima demanda da cultura de interesse comercial (Embrapa, 2018).
Isto tem levado a bons resultados e baixo custo quando comparado ao uso de adubos
químicos, visto que irá beneficiar muito o solo, promovendo a animação da vida no
solo, ou seja, favorecer os microrganismos que tanto beneficiam as plantas.

1.5 Cultivo Protegido


Entende-se por cultivo protegido, a técnica a que de alguma forma cobre o
cultivo para a proteção contra adversidades climáticas como excesso de chuvas, seca,
radiação solar excessiva, ventanias, frio intenso e geadas, além de minimizar a
incidência de pragas. Possibilita assim a criação de microclimas ideais para o
desenvolvimento sadio das plantas, com menor interferência dos fatores externos.
As vantagens são: a produção o ano todo; precocidade na produção; maior
controle de pragas e doenças; manejo menos intensivo; valorização dos produtos;
maior qualidade.
A forma mais comum de proteção são as estufas, estruturas com coberturas
plásticas, chamado “filme difusor”, mais usado é de 52% de difusão de luz e 85% de
transmissão de luz, com espessura de 120 a 150 microns. As estruturas podem ser
completamente fechadas (maior controle e proteção) ou apenas com coberturas que
já auxiliam muito. Outra forma são os túneis plásticos, que permitem abrir e fechar
conforme a necessidade de proteção.
Se a proteção desejada for contra insetos e diminuição da passagem direta da
chuva pode usar apenas os telados e, se deseja diminuir a incidência solar usa-se as
telas sombrites que variam na % da transmissão de luz, o mais usual é de 30 a 50% de
bloqueio, indicadas para o verão. As telas são bem mais baratas que o filme difusor,
porém pouco resistentes, podem rasgar facilmente. Algumas marcas são mais
resistentes que outras, o mercado é variado.
1.6 Agrofloresta – SAFs
Os sistemas Agroflorestais (SAFs), são formas de cultivo consorciado em que
se adiciona o componente arbóreo. Combinam num mesmo local, intercalando o
plantio de árvores, arbustos e ervas com espécies variadas para consumo e
comercialização. É um modelo que restaura o ecossistema local e produz alimentos de
forma ecológica.
O plantio respeita a função de cada componente, garantindo que sejam
plantadas, desde o início, todas as espécies que irão compor os níveis dos sistemas:
extrato baixo, médio, alto e emergente.
Abaixo um modelo prático em que na linha de frutífera adiciona uma ou duas
espécies produtora de madeira exótica para o corte, como mogno africano e eucalipto,
visando utilizar na propriedade para confecção de móveis, casas, ranchos, cercas, etc.
1.7 Cultivo em Vasos
Quando não se dispõem de área com terra para plantar, ainda assim existem
meios de produzir alimentos que é através do uso de vasos. Uma técnica indicada para
quem mora em centros urbanos, por exemplo. A limitação maior é a incidência solar, o
numero de horas de incidência solar que o local onde ficarão os vasos receberá. O
ideal é de no mínimo 6 horas de sol, como para tomate e pimenta, mas para algumas
plantas 4 horas já é o suficiente.
É possível cultivar basicamente tudo em vasos, desde hortaliças até frutíferas
arbóreas com o substrato adequado, drenagem e fornecimento de agua e nutrientes
com periodicidade, conforme a planta cresce e há a colheita.
O tipo de vaso vai influenciar na capacidade de armazenamento de água.
Vasos de cimento e de cerâmica são mais porosos e secam mais rápido, vasos de
plástico retém mais agua e esquentam mais com a incidência solar. Opte por cores
menos escuras para evitar esquentar demais e vir “cozinhar” as raízes. Geralmente as
pessoas pecam mais pelo excesso de água nos vasos do que pela falta. Antes de irrigar
coloque o dedo e verifique a necessidade.
Espécies de sistema radicular mais robusto como mangueira, jabuticabeira,
precisam de maior volume de solo pra se desenvolver, logo, um vaso maior. Mas é
possível utilizar vasos menores no início e posteriormente transplantar para
recipientes maiores, adequando o tamanho do vaso ao tipo de planta e ao espaço
disponível. Evite reutilizar o vaso se antes estava uma planta que foi contaminada por
fungos, contudo, o ideal é sempre esterilizar antes de plantar.
Primeiramente acrescentar uma camada, no fundo do vaso, de algum material
grosseiro para a drenagem, como brita, argila expandida, seixos e por cima dessa uma
manta de drenagem ou tela para que a terra não preencha os espaços e vir a impedir a
drenagem. Carvão em pedaços também é indicado, ele fornece alguns nutrientes por
capilaridade. Retire a muda do saco, elimine raízes mortas e seu excesso e preencha
com terra. O colo da planta deve ficar nivelado com a terra, ou seja, a muda não deve
ficar muito afundada no vaso e nem seu substrato ficar acima da terra acrescentada.
Pressione suavemente e regue. Conforme a terra se acomoda, pode ser necessário
preencher com terra até o colo da muda.
Neste substrato pode ser misturado húmus de minhoca, cama de aviário,
esterco etc. Ao se montar o vaso, em geral, a adição de compostos orgânicos fornece à
planta praticamente todos os elementos necessários para um bom desenvolvimento.
Porém, no vaso, devido às frequentes regas a água leva embora os nutrientes mais
rapidamente, necessitando acrescentar periodicamente a cada 20 dias, em média. A
quantidade vai variar de acordo com o estágio de desenvolvimento da planta e o
tamanho do vaso. Nesta apostila, contém receitas de diversos adubos caseiros que
podem ser utilizados nos vasos. Se desejar usar adubos químicos comercializados, veja
a recomendação na embalagem, esses adubos quando dispostos em excesso queimam
as plantas causando fitotoxidez, sempre irrigue após aplicar para penetrar no solo.
As podas são muito importantes para espécies arbustivas e arbóreas em
vasos, para conduzir o crescimento e controlar a altura que deseja, assim como retirar
excesso de folhagens que prejudicam a produção. Quando chegar a altura desejada
poda-se o broto apical para cessar o crescimento vertical e priorizar o horizontal. As
técnicas de poda utilizadas para bonsai são semelhantes.
1.8 Microverdes / Microgreens / Baby Leaf
Os chamados microverdes são brotos de hortaliças comestíveis em seu
estágio de germinação inicial, quando aparecem os seus primeiros folíolos.
As vantagens é a rapidez em obtenção de alimentos; produção em pequenos
espaços e até mesmo com pouca luz. São ainda mais nutritivos, cerca de 4 a 40 vezes a
planta adulta dependendo da espécie.
O que é mais importante nessa forma de cultivo é adquirir sementes livres de
tratamentos químicos e agrotóxicos, como são a maioria das sementes compradas em
saquinhos de marcas conhecidas, amplamente comercializadas. Procure por sementes
orgânicas. Já existem no mercado sementes livres de aditivos e são recomendadas
para esta modalidade. Pode-se também produzir suas próprias sementes, como a
alface deixada no campo para pendoar e florir.

Entre as espécies mais indicadas para este cultivo estão: acelga, agrião, alface,
alho-poró, beterraba, cebolinha, cenoura, coentro, couve, ervilha, girassol, manjericão,
mostarda, rabanete, rúcula, brócolis e repolho.

Para produzir os microverdes, você precisa de:


 Um recipiente com furos (pode ser um vaso, jardineira ou até mesmo aquelas
bandejinhas de plástico se você fizer furinhos);
 Um borrifador de água;
 Substrato: pode ser húmus, fibra de coco ou aquele que você está habituado.
Também vendem espumas específicas para esse cultivo, reaproveitável.

Coloque o substrato no recipiente e espalhe as sementes por todo o espaço


disponível. Certifique-se que elas estão distribuídas igualmente e não estão se
sobrepondo. Não é necessário cobri-las com mais substrato. Borrife água até que a
área esteja úmida. Mantenha a umidade. Com o borrifador, molhe seus microverdes
diariamente, especialmente nos estágios iniciais. Eles devem ficar em um local com
bastante iluminação natural, não precisa incidência solar direta para não desidratar as
sementes. A germinação acontece entre 3 e 10 dias.
São colhidos entre 5 a 15 dias de germinação, com altura entre 4 e 10 cm,
dependendo da espécie. Pode usar todo o broto com raiz devidamente livre do
substrato ou corte-as com uma tesoura aproveitando apenas a parte aerea. Quanto
mais rente ao substrato, melhor o aproveitamento. Infelizmente, depois de cortados,
os microverdes não crescem de novo, você precisará semear novamente para começar
um novo ciclo.
Para o tipo de colheita chamada baby leaf, esta é feita de forma antecipada,
porém com mais tempo que os microverdes. As sementes devem ser semeadas com
uma maior distância, comparado a forma anterior, e deixar que essas as hortaliças
crescerem um pouco mais, já formando as folhas características da espécie. A colheita
se dá por cerca de 15 dias após a semeadura de acordo com a espécie e o tamanho
que se deseja.
1.9 Formação de Canteiros
Para iniciar a formação de canteiros onde serão cultivadas as hortaliças,
procure por um local que tenha as seguintes características: Fácil acesso e ensolarado
durante a maior parte do dia ou o dia todo; Próximo à fonte de água de boa qualidade;
Afastado de fossas, esgotos e chiqueiros; Terreno plano ou pouco inclinado, não
sujeito a alagamentos; Solo com boa drenagem, mas que também tenha boa
capacidade de retenção de água;
Ideal que o solo já seja rico em matéria orgânica, porém é raro, então
geralmente se acrescenta a matéria orgânica à terra: na forma de esterco,
compostagem, húmus de minhoca, etc. Material que já esteja curtido e pronto para o
uso.
A textura do solo não deve ser muito argilosa porque vai encharcar demais e
quando secar ficará duro demais. Isto é inapropriado para o desenvolvimento de raízes
de hortaliças, visto que são muito delicadas. Caso o local seja muito argiloso, convém
adicionar um balde de areia a cada 2 m² junto com o material orgânico, isto irá
melhorar muito as propriedades físicas do solo e facilitará o trabalho e o
desenvolvimento das raízes.

1º Ao iniciar, fazer a marcação de onde serão os canteiros colocando-se em


cada extremidade um piquete; em seguida, marcar a área com um barbante esticado
entre os piquetes. Um bom canteiro pode ser construído com largura de 1 m e
comprimento de 3 m, 5 m a 10 m; recomenda-se não construir canteiros muito
extensos, que possam dificultar a movimentação das pessoas e a execução dos tratos
culturais. O espaçamento entre os canteiros (ruas) deve ser de 40 a 50 cm, de modo a
permitir a passagem de pessoas e o carrinho de mão.

2º Fazer as paredes laterais dos canteiros com uma altura de 20 cm,


compactando-se as suas bordas com as costas da enxada, quebre também um pouco o
fundo do canteiro. Nessa etapa, depois que a terra do canteiro for bem revolvida,
completa-se o seu preparo com a incorporação dos adubos e corretivos.
3º Os canteiros formados devem ser preenchidos com uma mistura de terra,
adubo orgânico e mineral, cinzas e calcário. A adubação básica por metro quadrado de
canteiro pode ser feita com a incorporação de 150 gramas de calcário, 250 gramas de
cinzas, 150 gramas do adubo mineral NPK formulação 5-30-15 e 15 a 20 litros de
esterco curtido ou de composto orgânico. Misturar bem o material (substrato)
colocado dentro do canteiro. A seguir, nivelar a terra, utilizando-se um ancinho ou uma
ripa de madeira, e regar. Retirar tocos, pedras, torrões e outros materiais grosseiros.

4º Tratamento do substrato: No acabamento final, antes do plantio, realizar a


desinfestação do substrato pela técnica de “solarização”, que se baseia no
aquecimento do solo por meio da radiação solar. O substrato umedecido é coberto por
um filme plástico transparente com espessura de 150 micrômetros, para o controle de
pragas, doenças e plantas invasoras que competem com as demais plantas, combate
também incluindo nematoides. No campo, o tratamento dura em torno de 1 a 2
meses. Cubra as bordas do plástico com terra para manter o calor e a umidade.
A solarização é bem eficiente nos primeiros 5 cm de profundidade, no
controle de sementes e rizomas de plantas espontâneas, pois a temperatura é mais
elevada. À medida que a profundidade do solo aumenta, menor é o efeito da
temperatura sobre o controle ex: tiririca. Por isso, deve-se manter o solo sempre
úmido para aumentar a temperatura nas camadas mais profundas, aumentando a
eficiência da solarização.

Algumas hortaliças são semeadas manualmente diretamente nos canteiros,


como a beterraba, a cebolinha, o coentro, o rabanete, a rúcula, a couve, a cenoura, o
quiabo e o pepino; para outras é necessário o preparo das mudas em sementeiras
(bandejas plásticas ou de isopor, copos descartáveis, copos de jornal) para posterior
transplantio no local definitivo (canteiro ou cova), como a alface, o pimentão, a
berinjela, a pimenta e o tomate.
Nos canteiros, as sementes são distribuídas em linhas contínuas, distanciadas
de acordo com o espaçamento recomendado para cada tipo de hortaliça, em sulcos
com 1 cm a 2 cm de abertura e profundidade, e cobertas com fina camada de terra
para facilitar a germinação. No mesmo canteiro, podem ser plantadas várias hortaliças,
por exemplo, uma fileira de cebolinha com uma de coentro.
Para evitar a incidência direta do sol e amenizar as altas temperaturas sobre
os canteiros, pode-se fazer uma cobertura com altura de 1,80 m a 2,0 m, utilizando-se
uma tela (sombrite) com 50% de sombreamento.

Raleio: Após a germinação ou o transplante, quando as mudas estão


visualmente firmes com cerca de 4 cm de altura, é necessário fazer o desbaste, ou seja,
o RALEIO das mudas (geralmente numa mesma muda tem 2 a 4 plantas que
germinaram juntas) que consiste em selecionar a mais vigorosa e eliminar, com
cuidado e manualmente, as demais, restando apenas uma para se desenvolver. Esta
prática tem como objetivo aumentar a disponibilidade de espaço, água, luz e
nutrientes por planta. Plantas que o raleio é imprescindível: beterraba, cenoura,
tomate, rabanete entre outras. Se não o fizer, uma planta crescerá sobre outra e todas
terão baixo vigor devida à competição. Plantas que dispensam o raleio: as que formam
touceiras como cebolinha, rúcula, agrião, salsinha, coentro, etc.
Na semeadura manual ou mecânica convencional, em que as plântulas são
dispostas em fileira contínua, o raleio torna-se uma operação imprescindível para a
obtenção de raízes de maior tamanho mais uniformes e de melhor qualidade. Deve ser
feito de uma só vez, aos 25-30 dias após a semeadura, deixando-se um espaço de 4 a 5
cm entre plantas. Neste caso pode usar alguma ferramenta para eliminar.
Espaçamentos entre plantas maiores do que o recomendado vão implicar em menor
número de plantas por unidade de área com consequente redução da produção.
O atraso na realização do raleio, também implica em redução da produção,
em decorrência do aumento da competição entre plantas. Se plântulas muito juntas, o
raleio tardio poderá ferir ou arrebentar as radículas da planta principal, uma vez que
elas entrelaçaram-se com o tempo.
1.10 Mulching (Cobertura do Solo)
O Mulching é uma técnica muito utilizada na Permacultura, Agrofloresta e
Agroecologia e no manejo do solo de grandes propriedades. Essa é uma técnica
ecológica que pode e deve ser utilizada em espaços menores; quintais, pomares,
hortas e vasos em gerais.
Significa cobrir o solo com as palhas protetoras, compostas por matéria
orgânica seca e de origem vegetal. A cobertura do solo traz tantos benefícios para as
plantas que chega a surpreender a quantidade de pessoas que desconhecem seu uso.

Existem algumas espécies que não apreciam essa cobertura: orquídeas e


suculentas, por exemplo.

Os benefícios dessa técnica ecológica são:


 Evitar a perda excessiva de água no solo; Diminuir o impacto das chuvas;
Regular a temperatura ambiente do solo; Enriquecer o solo à medida que se
decompõe (adubo); Melhorar o desempenho das culturas sejam elas alimentícias ou
ornamentais; Melhorar a atividade de microorganismos do solo; É de custo zero;
Confere um acabamento rústico e natural ao jardim/horta.

Para proteger o solo, a regra deve ser:


 Usar material seco, de origem vegetal, em pedaços pequenos e que seja
disponível em abundância em sua propriedade ou entorno. Exemplos: casca de pinus;
cavacos de madeira; serragem ou maravalha (sem tratamento químico); musgo
desidratado; fibra de coco (desfiada ou triturada); palha de arroz (natural ou
carbonizada); feno; bagaço de cana; aparas de grama; folhas secas trituradas ou
quebradas em pedaços pequenos; gravetos e pedaços de troncos (triturados); bagas
secas de sementes; casca de amendoim, de castanhas ou de nozes trituradas.

Na ausência de materiais naturais, pode ser utilizado papeis ou papelão, ou


mesmo tecidos naturais (algodão) velhos, desde que estes não estejam tingidos com
tintas ou outras substâncias tóxicas para o solo e as plantas. Até mesmo as plantas em
vaso devem receber o mulching.
 Como e quanto cobrir o solo?

O solo deve estar totalmente coberto com palhada, seja em canteiros ou em


vasos – com uma camada que pode variar entre 2 a 5 cm altura, isso vai depender da
condição do solo e da estação do ano. No verão, a camada de mulching deve ser mais
espessa, pois vai ajudar as plantas a não desidratarem com rapidez, o solo vai reter
mais umidade, ou seja, menos regas. A cobertura ajudará ainda no controle das
formigas cortadeiras (elas amam solo podre e descoberto), e vai proteger também o
jardim das chuvas torrenciais.
Já nas estações mais frias do ano, você pode reduzir a espessura em canteiros e
vasos, sobretudo nas regiões mais úmidas onde o jardim já fica mais propício a fungos,
e assim, seu jardim não correr o risco de virar morada de lesma e caracóis.

O mulching usado de forma correta e aliado à adubação orgânica é capaz de


fazer uma revolução no jardim! É garantia de plantas mais saudáveis e felizes
1.11 Cultivo em Curvas de Nível
Quando se deseja cultivar em terrenos com declividade, recomenda-se
fortemente realizar a prática conservacionista que é o cultivo em curvas de nível,
também chamado de terraceamento ou cultivo em contorno. Isso faz com que a
erosão hídrica, a provocada pelas chuvas, seja minimizada e até evitada. Permite que a
água infiltre mais no solo e evita os deslizamentos pela menor velocidade e energia
cinética com que a água escorre pelo solo.
Dependendo do tipo de inclinação do terreno, e da forma de cultivo, os
degraus podem ser largos ou estreitos. As curvas de nível ficam ordenadas
perpendicularmente à inclinação da encosta, acompanhando a curvatura do terreno.
Para declividades suaves as curvas podem ser apenas nas linhas de plantio, já em
declividades maiores é feito como degraus, microterraços.

É uma prática que em escala média/grande é imprescindível o uso de


máquinas, como trator estreito de esteira com lâmina.
Através de um mapa topográfico, é possível avaliar a declividade de forma
mais precisa. A textura do solo deve ser levada em conta, uma vez que solos arenosos
infiltram mais e argilosos retém mais água. Para tirar o nível usa-se mangueira de
pedreiro para ir marcando os piquetes para fazer a curvatura. Para as linhas de plantio,
as curvas são feitas com a regulagem do arado de três discos, em que o primeiro disco
fica 10 cm acima do disco do meio e o ultimo 30 cm abaixo, porque assim fará o
amontoado das curvaturas. Já para formar os degraus maiores, usa-se o trator com
lâmina como dito acima.

1.12 Cultivadores Manuais


Algumas práticas agrícolas requerem ferramentas que facilitam o processo de
preparo do solo. Com advento da tecnologia, muitas ferramentas manuais usadas
antigamente deixaram de ser conhecidas devido à substituição por ferramentas
modernas e mais potentes, que utilizam tração mecânica e combustível. Como esta
apostila se destina a minimizar a dependência externa, serão apresentadas a seguir
algumas dessas ferramentas e que algumas podem ser feitas com materiais reciclados
de outros equipamentos presentes na propriedade, como cultivador manual:

São simples de usar, requer pouco ou nenhum conhecimento, suas funções


são de: arar o solo; descompactar superficialmente; cultivo; capina; remoção de ervas
daninhas; cavar buracos; mistura de fertilizantes no solo, etc.
2. Microrganismos Eficazes (EM)*
O solo saudável é mantido pelos organismos do solo: macrorganismos
(aranhas, formigas, minhocas,...) e pelos microrganismos (bactérias, fungos, leveduras,
actinomicetos, etc.). Estes organismos trabalham de modo coletivo e fazem as
transformações da matéria orgânica. Agregam o solo e mantêm no solo os poros onde
entra o ar e a água indispensáveis à produção vegetal.

ME = Microrganismos Eficazes (ou eficientes). Em inglês, EM.

São microrganismos vivos que compreendem quatro grupos que compõem o


EM: ‒ Leveduras (Sacharomyces): utilizam substâncias liberadas pelas raízes das
plantas, sintetizam vitaminas e ativam outros microrganismos eficazes do solo. As
substâncias bioativas, tais como hormônios e enzimas produzidas pelas leveduras,
provocam atividade celular até nas raízes. Actinomicetos: controlam fungos e bactérias
patogênicas e também aumentam a resistência das plantas. Bactérias produtoras de
ácido lático (Lactobacillus e Pediococcus): produzem ácido lático que controla alguns
microrganismos nocivos como o Fusarium. Pela fermentação da matéria orgânica não
curtida liberam nutrientes às plantas. Bactérias fotossintéticas: utilizam a energia solar
em forma de luz e calor. Também utilizam substâncias excretadas pelas raízes das
plantas na síntese de vitaminas e nutrientes, aminoácidos, ácidos nucleicos,
substâncias bioativas e açúcares, que favorecem o crescimento das plantas.
Aumentam as populações de outros microrganismos eficazes, como os fixadores de
nitrogênio, os actinomicetos e os fungos micorrízicos.
*(Material compilado de Caderno dos Microorganismos Eficientes, 2011)

Para que serve:

 Estabelecimento do equilíbrio da flora microbiana, ou seja, estabelecimento do


equilíbrio da vida do solo.
 Servem de inoculação para provocar e acelerar a fermentação de Bokashi (técnica
de fermentação orgânica) e compostos orgânicos .
 Ajudam na fixação do nitrogênio e na decomposição da matéria orgânica e ao
mesmo tempo elimina vários efeitos nocivos causados pela matéria orgânica não
decomposta.
 Exerce uma grande auxilio no controle de doenças de folhagem.
 Provocam a mineralização da matéria orgânica.

Benefícios do uso:

 Melhoram a capacidade fotossintética das plantas;


 Aumentam a eficácia das matérias orgânicas como fertilizantes;
 Melhoram os aspectos físico, químico e biológico do solo;
 Eliminam doenças e patógenos do solo;
 Fermentam matéria orgânica ao contrário de deteriorá-la. Assim, qualquer tipo de
matéria orgânica pode ser usada para fazer composto com EM, já que não há
produção de odores ofensivos;
 Decompõem matéria orgânica rapidamente, uma vez incorporada no solo;
 Facilitam a liberação de quantidades maiores de nutrientes para as plantas.

Como obter estes Microrganismos:

Material
 1 gomo de bambu açú cortado ao meio
 700 gramas de arroz cozido sem óleo e sem tempero
 1 litro de garapa
 5 garrafas pet’s

Captura dos Microrganismos Eficientes :


 Cozinhe aproximadamente 700 gramas de arroz sem sal e sem tempero.
 Coloque o arroz cozido nas calhas de bambu. Pode usar bandeja de plástico ou de
madeira também.
 Cobrir com tela fina visando proteger de insetos ou outros animais que possam
comer o arroz.
 Coloque a bandeja com a arroz e a tela em mata virgem (na borda da mata) e deste
modo ocorre a captura dos microrganismos.
 No local onde vai deixar a bandeja, afastar a matéria orgânica (serrapilheira). Após
colocar a bandeja, a matéria orgânica que foi afastada deve cobrir a bandeja sobre a
tela, levemente.
 Retorne após 10 a 15 dias, os microrganismos já estarão capturados e criados.
 Nas partes do arroz que ficarem com as colorações rosada, azulada, amarelada e
alaranjada estarão os microrganismos eficientes (regeneradores). As partes com
coloração cinza, marrom e preto devem ser descartadas (deixe na própria mata).
 Observação: as colorações no arroz variam em função do tipo de mata onde foram
capturados os microrganismos.
 Quanto mais diversificada e estruturada for a mata, mais cores estarão presentes.
Ativar os Microrganismos Eficientes :
 Distribuir o arroz colorido em mais ou menos 5 garrafas de plástico de 2 litros
 Colocar de 100 a 200 ml de melaço de cana em cada garrafa.
 Completar as garrafas com água limpa (sem cloro) ou água de arroz (deixar bem
cheia.
 Fechar as garrafas e deixar à sombra por 10 a 20 dias.
 Liberar o gás (abrir a tampa) armazenado nas garrafas a cada 2 dias.
 Coloque a tampa e aperte a garrafa pelos lados retirando o ar que ficou dentro da
garrafa (a fermentação deve ser anaeróbica, ou seja, sem ar, sem presença do
Oxigênio). Aperte bem a tampa.
 Está pronto o EM (neste momento não há mais produção de gás dentro da garrafa).

 O EM tem coloração alaranjada. Pode ser mais clara ou mais escura, o que
depende da matéria-prima, não implicando, porém, na qualidade do produto.
O cheiro é doce agradável. No caso de apresentar mau cheiro, o EM não deve
ser usado. Pode ser armazenado por até 1 ano ao abrigo da luz e calor.

Observações:
 A água tratada com cloro (água de rua, água de cidade) deve ser previamente
colocada em recipiente destampado. Somente após 24 horas a água poderá ser usada.
Isso porque o cloro mata os microrganismos. A água de mina ou rio é usada
diretamente.
 O melado (pode ser substituído por caldo de cana) é alimento dos
microrganismos. Por isso faz crescer a comunidade microbiana ativa que pelas reações
de fermentação, produzem ácidos orgânicos, hormônios vegetais (giberelinas, auxinas
e citocinina), além de vitaminas, antibióticos e polissacarídeos, enriquecendo a solução
e são compostos muito benéficos às plantas.

Onde e como usar:

Usos Agrícolas
 EM solo: 100 ml para cada 100 litros de água, tem-se a solução de EM;
 EM planta: para cada 100 litros do EM solo, colocar 5 ml de vinagre.

 No Bokashi: aplicar o EM até atingir 50% de umidade, ou quando se apertar um


punhado da mistura e ela ficar molhada sem escorrer água entre os dedos.
 Inoculação em sementes (use somente sementes que não foram tratadas com
fungicidas): Coloque as sementes imersas em solução de EM/solo durante 1
hora. Sementes que absorvem mais água ficam tempo menor. Sementes que
absorvem menos água ficam maior tempo imersas.
Pode ser feita a peletização das sementes: umedecer sementes com a solução
EM/solo. Acrescentar cinza de fogão ou farelo (pode ser farelo de arroz, soja, mamona,
etc.) envolvendo as sementes. Pronto, está feita a peletização.

Para animais
Como fonte de nutrientes dos animais o EM é acrescido ao alimento ou à água
de beber. Na água de beber, a cada 3 litros de água acrescente 1 colher de chá do EM.
No tratamento dos resíduos animais (cama-de-frango, estercos, fezes de cachorros e
gatos) o EM/solo é pulverizado sobre os resíduos. Pode também ser utilizado na
limpeza das instalações e em banhos de higienização.
O uso do EM elimina mau cheiro e moscas. Ao iniciar o uso do EM, aplicar uma
vez a cada três dias, durante o primeiro mês. Quando o mau cheiro diminuir a
pulverização poderá ocorrer apenas 1 vez ao mês.

Descontaminação de lagoas:
Misture 1 litro de EM em 1.000 litros de água a ser tratada. Observe a água
durante 1 a 6 meses. Se necessário repita a aplicação e aguarde o próximo mês. Ao
alcançar os resultados esperados, há necessidade de manutenção do sistema. Aplique
mensalmente 1 litro de EM por 10.000 litros de água.
O método de aplicação, assim como as dosagens, pode variar de acordo com as
condições do sistema local. Em água corrente também pode ser usado. Pense nos
custos, no modo de aplicar, no envolvimento com seus vizinhos e toda a comunidade.

Aterro sanitários:
Prepare a solução a 5% de EM (5 partes de EM, por 95 partes de água). Pulverize
diariamente sobre os resíduos. Em grandes aterros sanitários, o uso de caminhão pipa
é fundamental nas aplicações. Supondo que o caminhão pipa de 10.000 L pulveriza
toda a área do aterro sanitário, então adicione 500 L de EM no tanque do caminhão,
complete com água e pulverize. É recomendável que as pulverizações sejam feitas nas
primeiras horas da manhã.
Use esta mesma proporção (5%) na limpeza das ferramentas e máquinas, e
principalmente na lavagem dos caminhões de coleta do lixo. No meio rural, no
tratamento dos resíduos de banheiro, a família agrícola pode usar o EM. É opção no
tratamento das fossas sépticas. No meio urbano pode ser aplicado nas caixas de
gordura das casas.

Preparo de solo ou berço para receber mudas (cova é de defunto):


Misture matéria orgânica vegetal (capim, adubação verde, etc…) com ½ de
farinha de osso (200 g/m²) + ½ farelo de arroz (200 g/m²) com a terra. Molhar BEM o
terreno/leiras com uma solução de EM + caldo de cana + água a 1:1:1000 por m² (em
solos muito pobres, pode-se usar até 1:1:300). Cobrir o solo com palha ou capim. Se
você tiver pressa, após 10 dias pode-se fazer o plantio das sementes ou transplante
das mudas. O ideal é aguardar 3 meses para usar o berço e, uma semana antes de
plantar, regar com uma solução de EM a 1:1000.

Nos solos e nos berçários de plantio:


Cada 1 litro do EM dissolver em 1000 litros de água e está pronto o EM/solo
(solução de aplicação ao solo). Lembrete: a água tratada com cloro deve descansar por
24hrs, como explicado no início do tema.
O EM/solo é utilizado na pulverização da terra como ativador/acelerador da
decomposição da matéria orgânica, contribuindo com o aumento da vida no solo.
O bom preparo do solo é feito cobrindo o solo com produtos naturais de origem
vegetal (folhas, adubação verde, capim picado, restos de cultura, etc.) e de origem
animal (esterco, “cama de galinha”). Molhar o solo ou as leiras com a solução de
EM/solo.
Atenção! Molhar bem as leiras. Após a aplicação do EM/solo cobrir as leiras com
capim ou palha. Manter o solo úmido. Esperar 7 a 10 dias até o semeio ou o
transplante das mudas.

Pulverizações foliares:
Fazer uma solução de EM + caldo de cana + água a 1:1:1000 e fazer pulverizações
foliares semanalmente até observar uma melhora na estrutura do solo e na saúde das
plantas, então pulverize quinzenalmente.

Preparos de compostos/compostagem:
Fazer os amontoados de no máximo 1 metro de altura, regar com uma solução
de EM a 1:100. Proceder os tratos para como em uma compostagem normal. Não
deixar que a temperatura suba além de 55ºC, caso isso venha a acontecer, revolver o
monte. Ao revolver, caso o monte apresente mau cheiro, regar novamente com a
solução de EM indicada acima. Dependendo das condições ambientes, do material
usado para compostar e do local o composto poderá ficar pronto em 15 dias, no
mínimo.

Pulverização de plantas:
A pulverização das plantas é feita com o EM/planta.
Adicione em 100 litros de EM/solo, ½ litro de vinagre e está pronto o EM/planta.
É indicado após a germinação ou em culturas já estabelecidas. Aplicar via pulverizações
foliares ou via regador. Fazer aplicação semanal até melhorar a estrutura do solo ou
melhorar a saúde da planta. Depois fazer pulverizações quinzenais.
No ano em que se começa a usar o EM, o número de aplicações é maior. Se as
condições de crescimento das plantas estiverem em ordem, ano após ano, a
frequência pode diminuir. Pulverizar no período da manhã ou após a chuva.

Na recuperação de solos degradados:


A sugestão de dosagem e frequência de uso é a seguinte:
 100 a 200 L por ha, realizando 4 a 8 aplicações anuais.
 1º ano ‒ 200 L por ha / 8 aplicações por ano
 2º ano ‒ 150 L por ha / 6 aplicações por ano
 3º ano em diante ‒ 100 L por ha / 4 aplicações por ano.

Dicas e cuidados:
 Não espere resultados imediatos. O EM é um organismo vivo e, para atuar sobre a
matéria orgânica, tem que, primeiro, se adaptar ao solo para, aos poucos, ir
recuperando-o;
 Utilizar a solução (EM + caldo de cana + água) no mesmo dia de preparo;
 Não pulverizar em horário de sol forte, fazer as pulverizações no final da tarde ou
em dias nublados;
 No caso de queimar as bordas das folhas, utilizar uma concentração menor, 1 ml
para 2 litros de água;
 Não utilizar água tratada com cloro. Nesse caso separar um recipiente com água e
ou deixar – descansar por 24 horas ou use desclorante comercial antes de misturar
o EM;

Cuidados ao guardar e aplicar o EM


 Guardar em local fresco e ventilado.
 Utilizar a solução (diluição) no mesmo dia de preparo.
 Não pulverizar em horário de sol forte, fazer as pulverizações pela manhã, bem
cedinho, no final da tarde ou em dias nublados.
 Os microrganismos são muito sensíveis à seca, por isso, no período do verão,
quando a insolação é muito forte, a aplicação deve ser feita ao entardecer ou em
dias nublados. O ideal é aplicar antes e depois da chuva, quando o solo está
úmido.
 Se queimar as bordas das folhas utilize concentração menor.
 Não utilizar água clorada (de cidade). Separar o recipiente com água e após 24
horas obter a solução de EM.
 As aplicações de EM podem ser feitas em conjunto com biofertilizantes.
 O pulverizador ou o regador utilizado com agrotóxico deve ser lavado com água e
sabão, diversas vezes, até sair todo o veneno. Se possível compre novo, separe e
deixe só por conta do EM.
3. BOKASHI

O Bokashi é uma mistura balanceada de matérias orgânicas de origem vegetal


e/ou animal, submetidas a processo de fermentação controlada. Seu uso é uma técnica
muito antiga no Japão, trazida e adaptada ao Brasil no final da década de 80 por
imigrantes japoneses.
Dessa forma, são utilizados materiais como farinha de osso, farelo de trigo, torta
de mamona, calcário, torta de amendoim e vários outros. O interessante desse produto
é que seus ingredientes podem ser modificados de acordo com a disponibilidade e
condições de sua região, portanto pode ser um adubo muito barato.
Os nutrientes do Bokashi são disponibilizados sob a forma de quelatos orgânicos,
ou seja, estão presos nas estruturas orgânicas e têm a vantagem de não se perderem
facilmente por volatilização ou lixiviação após a aplicação. A ação mais importante do
Bokashi, entretanto, é introduzir microrganismos benéficos no solo, que desencadeiam
um processo de fermentação na biomassa disponível, proporcionando rapidamente
condições favoráveis à multiplicação e atuação da microbiota benéfica existente no solo,
como fungos, bactérias, actinomicetos, micorrizas e fixadores de nitrogênio, que fazem
parte do processo complexo da nutrição vegetal equilibrada e da construção da
sanidade das plantas e do próprio solo (Pesagro, 2013).
Infelizmente 80% das pessoas utiliza uma adubação orgânica de má qualidade.
Isso porque não basta misturar ingredientes de forma desordenada sem saber o que
cada um pode fornecer de nutrientes.

 O Bokashi é essencialmente um revitalizador do solo, sendo


recomendado para solos exauridos e degradados ou que sofreram muito com o uso de
adubos químicos e agrotóxicos. Ele também ajuda a restabelecer o equilíbrio dos
organismos do solo e a quebrar os ciclos de algumas doenças e pragas.

Adubo orgânico equilibrado


O bokashi é considerado melhor que outros adubos orgânicos, como esterco de
animais, adubos verdes, húmus de minhocas. Visto que contêm, de forma equilibrada e
controlada, todos os nutrientes necessários para as plantas, o que muitas vezes não
ocorre com a utilização dos outros adubos orgânicos citados.
Porém, a ação mais importante do adubo bokashi não está na sua capacidade
incrível de fornecer nutrientes.
O mais importante é sua atuação biológica, porque introduz microrganismos
benéficos ao solo, melhorando as condições de vida para minhocas, gongolos e outros
seres que vivem na terra. Com isso, criam-se condições favoráveis à multiplicação e
atuação da microbiota benéfica existente no solo, como fungos, bactérias e micorrizas.
No Bokashi, todo grande trabalho da fermentação dos produtos adicionados e a
liberação dos nutrientes para as plantas é realizada pelos microrganismos eficazes
(Metodologia de como obtê-los explicado no capitulo anterior).
A decomposição da matéria orgânica promove a proliferação de grupos de
microrganismos que estruturam o solo, agregam melhor as partículas minerais, evitam a
compactação e aumentam a porosidade, a infiltração e disponibilidade de água, e a
profundidade de enraizamento.
Além disso, há a redução da erosão e da necessidade frequente de irrigação.

Como fazer adubo orgânico Bokashi?

Considerações importantes:
Existem diversas formulações para produzir o bokashi, porém geralmente ele é
fabricado à partir de farelos vegetais (trigo, mamona, soja entre outros) e também
farinhas animais (farinha de ossos e farinha de peixe por exemplo). Além disso utiliza-se
alguns minerais naturais.
Todos os materiais para a fabricação do bokashi podem ser adaptados, isso quer
dizer que você pode utilizar o que for mais barato em sua região.

 Primeiramente, para fabricar o bokashi você precisará dos microrganismos eficazes


(EM). Há duas formas de obter esses microrganismos, comprando-os já prontos ou
capturando na mata (vide capitulo anterior).

Materiais utilizados e quantidades

É possível produzir bokashi com materiais existentes na própria fazenda, ou uma


forma mais básica de produção. Portanto busque em sua região o que for mais barato
para você. Afinal, ninguém deseja fazer um adubo orgânico caro. Contudo a quantidade
recomendada por m² é pequena.

Para que o bokashi seja considerado 100% orgânico deverá ser feito com materiais
orgânicos também.
Farelos de cereais: o farelo mais utilizado é o de trigo, porém, pode-se utilizar
farelos de cevada, arroz, aveia e outros. Porém, não são os farelos que compram nos
supermercados, o que se utiliza neste caso são farelos utilizados para alimentação
animal. A quantidade a ser colocada na mistura varia de 45 a 55% do total.

Farelos de oleaginosas: farelo de soja, torta de mamona, farelo de girassol, farelo


de algodão, farelo de dendê e outros. Porém, muito cuidado ao utilizar torta de
mamona pois é tóxica para pequenos animais. A quantidade necessária será de 35 a
40% do total.

Farinhas de origem animal: O mais utilizado é a farinha de osso e a farinha de


peixe, ambos excelentes fontes nutricionais para as plantas. Deve-se utilizar no máximo
de 3 a 4% desse componente.

Minerais: Servem principalmente para corrigir a acidez do solo e fornecer cálcio,


fosfato para as plantas. Os materiais mais utilizados são calcário dolomítico, pó de pedra
e fosfato natural. Utilize no máximo 2% desse componente.

A transformação ocorre por processo de fermentação, e há duas formas disso


ocorrer via processo aeróbio e anaeróbico.

 Bokashi Aeróbico
Esse bokashi é o feito em presença de ar e fica pronto em pouquíssimo tempo,
apenas 7 dias.
Coloque a mistura feita no formato de canteiro de aproximadamente 30 cm de
altura. Após isso, coloque os próprios sacos dos farelos por cima para prevenir o
ressecamento e o material fermentar. Poderá notar que a temperatura irá subir em
algumas horas (as vezes de um dia para o outro). Nunca deixe a temperatura passar dos
50 ºC. Se vir que a temperatura está muito alta, misture todo o material para dissipar o
calor.
O canteiro com o material deve ser revirado todos os dias, à partir do 2 dia. Após o
terceiro dia os sacos acima do bokashi podem ser retirados. Esse (segunda foto) é o
aspecto que o canterio de bokashi deve ter no terceiro dia de produção.
No quarto dia, deve-se baixar a altura para 10 cm para que o material comece a
secar, finalizando com 5 cm de altura no sétimo dia e estando o material bem seco.
Após isso o Bokashi aeróbico estará pronto.
 Bokashi anaeróbico (kenki Bokashi)
É feito sem a presença de ar. Normalmente demora mais para ficar pronto, isto é,
em torno de 21 dias.
Coloque toda a mistura feita na preparação em sacos plásticos grandes de 100
litros e esses devem ser resistentes. Você pode colocar dois sacos de uma vez para
receber a mistura. E para finalizar coloque um saco dos farelos por fora, para não correr
o risco de rasgarem. Não encha muito os sacos pois esses devem ser bem fechados.
Tente retirar todo o ar antes de fechá-los.
Guarde em local protegido contra presença de ratos, e outros animais. Após 21
dias o bokashi poderá ser aberto e utilizado. Se ele não for aberto e não tiver furos no
saco, o bokashi dentro do saco pode durar até 1 ano.

O bokashi, por ter grande flexibilidade em relação aos seus componentes, pode se
tornar um material muito barato.
Portanto, é uma alternativa excelente para quem quer cultivar alimentos mais
saudáveis e sem agrotóxicos. Pode ser utilizado em qualquer tipo de planta, tanto
uma espécie arbórea quanto hortaliças, ornamentais e outras.

Bokashi não é um adubo de resultados instantâneos, pois demanda certo tempo


para que os microrganismos do material comecem a decompor a matéria orgânica e
liberem os nutrientes lentamente para as plantas. No entanto, a liberação lenta de
nutrientes faz com que não haja riscos da planta sofrer com fitotoxidez (excesso de
nutrientes) e dure muito mais tempo no solo, por isso a aplicação dele ocorre a cada 2
ou 3 meses.

Os benefícios desse adubo, como você já deve ter percebido, são inúmeros.
 É um produto 100% natural
 Devolve a vida ao solo
 Atua no controle de pragas e doenças nas plantas
 Aumenta o florescimento e a frutificação
 Dispensa o uso de fertilizantes químicos e também não é tóxico nem para
animais (se não for utilizado torta de mamona) nem para seres humanos.

Formula 1: Abaixo uma receita para produzir Bokashi (anaeróbico) disponibilizada


pela Pesagro (2013):

Ingredientes:
 60kg de farelo de trigo
 50kg de torta de mamora
 30l de água sem cloro
 1 copo de inoculante (EM)
 1 copo de açúcar mascavo (ou melaço)

Passo 1 – Mistura dos farelos; Misture bem os farelos. O ideal é fazer este
processo em cima de uma lona, evitando o desperdício do composto.

Passo 2 – Preparo do composto líquido: Será necessária uma água de boa


qualidade, sem cloro, onde será misturado o inoculante (fermento). Este contém
microrganismos eficientes na decomposição fermentativa da matéria orgânica, na
aceleração da compostagem e na qualidade do solo. Após misturados, se aplica o açúcar
mascavo (ou melaço). A água e o açúcar vão servir de alimento para o microrganismo
crescer e fermentar os farelos. Misture bem o composto líquido.

Passo 3 – Solução líquida aplicada nos farelos: A solução líquida deve ser aplicada
na mistura de farelos, preferencialmente com um regador. O material vai sendo
revolvido para absorver o líquido, até alcançar o aspecto homogêneo. O ponto certo é o
da umidade, e para conferir o produtor deve amassar um “bolinho” da mistura e
verificar se ele está inteiro, se desmanchando apenas quando apertado.

Passo 4 – Armazenamento: O material pronto é colocado em bombas fechadas.


Uma alternativa para produtores que não disponibilizam deste material é realizar o
processo dentro de saco plástico duplo (é fundamental um saco mais reforçado por
fora). Como o processo é sem ar, é crucial vedar bem os sacos, evitando que rasguem.

A mistura fica fechada por 21 dias e após pode começar a ser aplicada no campo.
Ao abrir as bombas ou sacos onde o composto está armazenado o horticultor pode
encontrar um mofo branco na parte superior do Bokashi, que é natural e não significa a
ineficiência do preparo ou composto.
O cheiro forte, que pouco se assemelha ao de fermentação, é um dos indicativos
de que o composto não teve sucesso, o que provém do excesso de umidade ou da má
vedação. Neste caso, é indicado que o produtor descarte o material ou realize
compostagem dele.

Formula 2: Permite Volume Pequeno de Produto Final


Use uma lata de 1 kg (como as do tipo leite em pó ou lata de pêssegos) para medir a
mistura:
 1 parte de farinha de semolina, farinha de arroz ou de amido de milho, fonte de
energia para os microrganismos
 1 parte de carvão vegetal moído
 2 partes de esterco de aves bem curtido
 2 partes de casca de arroz
 6 partes de solo de mato (camada superficial rica em matéria orgânica)
 mistura de água (70%) com 1 parte de açúcar mascavo (30%)
 1 parte de micro-organismos, que podem ser levedura (Saccharomyces spp.) ou
lactobacilos (Lactobacillus spp.) ou solução Microrganismos Eficazes (EM)

Mistura e Fermentação do Bokashi


O modo de preparo para as duas formulações são iguais: colocar uma lona no
chão e espalhar em pilhas o material da fórmula. A mistura poderá ter acréscimo de
água, para tornar a mistura mais úmida, mas não encharcada. Cobrir com uma lona para
propiciar a fermentação.
Os micro-organismos e leveduras farão o trabalho, sendo que no primeiro dia
haverá a elevação da temperatura do material. Após 8 a 10 dias, conforme a região e a
temperatura, a pilha deverá continuar tapada e para descansar, estabilizar e esfriar.
Quando estiver na temperatura ambiente estará pronto. Mesmo que parte ainda
esteja sendo decomposta (partes vegetais), as bactérias presentes no solo continuarão a
fazer a mineralização.
Não há perigo em utilizar o material e queimar suas plantas. Use em canteiros
misturado à camada superior do solo e em covas de plantio.

Receita para Fazer o Fertilizante Bokashi em Casa


Esta fórmula permite uma pequena quantidade, pode ser preparada em casa ou
apartamento.
Usar um recipiente grande e colocar
 2,5 kg de farelo (trigo, soja),
 500g de cascas de arroz cruas,
 50 g de farinha de ossos carbonizada (fonte de fósforo),
 2 colheres de sopa de açúcar mascavo e
 1 vidrinho de leite fermentado com lactobacilos vivos (comprado em
supermercados).
 Acrescentar pelo menos uma colher de sopa do bokashi comercial pronto.
Então, misturar todos os ingredientes secos com uma colher de madeira. Misturar
o açúcar mascavo, o leite fermentado e um pouco de água, formando uma pasta meio
mole. Juntar aos outros ingredientes. Com as mãos, vá misturando até obter uma massa
homogênea. Deixar compactado.
A água usada para umedecer o material deverá ser duplamente filtrada para
retirar o cloro, deixando 24 horas em recipiente aberto ou então usar água de chuva.
Não colocar água demais. Fechar o recipiente com tampa ou colocar um saco plástico.

Preparo do Bokashi no Dia a Dia


Você pode preparar todos os dias um pouco de bokashi com um mínimo de
esforço e um máximo de proveito. Adquira um saco de bokashi comercial, vendido em
agropecuárias.

Quando for descartar cascas de frutas, hortaliças no lixo, faça picadinho delas
antes (ou passe em liquidificador para particular bem), escorra a água. Coloque num
recipiente e despeje por cima o bokashi pronto, revirando um pouco, compactando
também. Cubra a boca do recipiente.
Restos de leite e iogurte podem também ser acrescentados no recipiente,
fornecendo lactobacilos. Drenar o líquido formado e descartar.
Quando o recipiente estiver cheio, feche e coloque em local sem sol. Em poucos
dias, de 10 a 30 dias, conforme a estação do ano e a região onde mora, estará pronto o
material.
4. Biofertilizante Líquido Fermentado

O biofertilizante é uma excelente fonte de nutrientes essenciais para


desenvolvimento pleno e adequado dos vegetais. O baixo custo é uma das principais
vantagens do seu uso na agricultura. O composto auxilia na manutenção do equilíbrio
nutricional das plantas, propiciando uma maior formação de proteínas e menos
aminoácidos solúveis. O que resulta em uma maior defesa das plantas contra o ataque
de pragas e microrganismos.

Materiais:
 Tambor de 200 litros com tampa removível (bombona de plástico ou tonel).
Que fique bem vedado, sem entrada de ar.
 40 kg de esterco fresco verde.
 Partes picadas de plantas verdes e sadias.
 1 kg de fubá
 1 kg de farinha de trigo
 500 ml de urina de vaca.
 5 kg de açúcar mascavo ou 6 litros de caldo de cana
 5 litros de leite cru
 Alguns pedaços de ferro, zinco e cobre, velhos de preferencia.
 1 pedaço de mangueira de nível (1,5 m)
 1 garrafa pet com água

Precauções:
O tambor tem de ficar em área sombreada, externa e com ventilação; O
processo de biodisgestão gera gás metano, inflamável, por isso CUIDADO, o uso
da mangueira, soldada na tampa com durepox, servirá para condução do gás até a
uma garrafa pet emergido em água onde assim o metano se perde. Evite fumar por
perto.

Modo de preparo:
1. Coloque o esterco fresco, ainda verde no tambor. Não pode ser usado esterco
curtido;
2. Encha com 150 Litros de água pura de nascente ou poço, sem cloro -
importante;
3. Coloque a maior diversificação possível de plantas (espécies) saudáveis;
4- Acrescente o restante dos ingredientes e materiais;
5. Complete com água. Não precisa encher até boca;
6. Mexa bem;
7. O tambor tem que ficar muito bem fechado. Não deve entrar oxigênio. De
preferência use tambores com boca larga, para facilitar a retirada do material.
8. Tempo de maturação do processo: 30 a 40 dias

Como usar o biofertilizante:

Usar 4 litros de biofertilizante para 200 litros de água. Coe o material com
peneira e aplique no solo, com pulverizador costal ou regador. 1 vez a cada 3 meses.
Poderá pulverizar as folhas das plantas na concentração de 200ml do
biofertilizante coado para 20 Litros de água.
Atenção: a bomba utilizada não deve ser a mesma de aplicação de herbicida.

 Cada tonel de 200L de concentrado de biofertilizante, faz 10.000L de


solução (diluída em água).
5. Compostagem
A Compostagem é processo de transformação de materiais orgânicos em adubo
orgânico através da decomposição. A utilização da compostagem serve para devolver
ao solo os nutrientes perdidos por lixiviação e por assimilação pelas plantas cultivadas
e, principalmente para reciclar todos os restos vegetais, aparas etc. que você tem para
descarte.
Pode ser feito em casa utilizando caixas plásticas ou no terreno em locais
delimitados que serão depositados os materiais orgânicos para serem decompostos.
Para a compostagem em caixas plásticas, utiliza-se ao menos três caixas (as duas
primeiras com furos no fundo). Para isto, separe os resíduos orgânicos e coloque na
primeira caixa, sem espalhar, e, em seguida, cubra-os com material seco (serragem,
palha, folhas secas, etc). Pode-se optar por adicionar minhocas, para transformar mais
e melhor os resíduos, assim se obtém um chamado vermicomposto ou húmus de
minhoca.

Essa primeira caixa deve ser preenchida em até 30 dias, para que o ciclo se repita
com a caixa a seguir. Inclusive, esse é o tempo da compostagem. Enche a de cima,
troca pela de baixo e deixa descansando por 30 dias. Esse ciclo se repete. Após esse
período, todos os resíduos que estavam na caixa viram um adubo super nutritivo, ideal
para a plantação em jardins, hortas ou vasos.
A última caixa, a terceira, deve contar com uma torneirinha. Ela serve para
armazenar o líquido coletado dos resíduos, também conhecido como chorume, que
serve como um ótimo fertilizante líquido para ser usado diluído em regas ou via foliar.
Outra forma de compostar, em locais mais abertos, é delimitar um espaço seja
com telas, tabuas de madeira ou tijolos para receberem os materiais orgânicos.
Quando em grande quantidade, é recomendável fazer em leiras que serão reviradas
com trator.
A compostagem é feita com resíduos de dois grupos: ricos em nitrogênio (N), que
é o material úmido, como: resíduos vegetais frescos da horta, folhas verdes, restos de
vegetais oriundos da cozinha, cascas de ovo, borra de café, esterco de animais, etc. E
outro grupo de materiais ricos em carbono (C), que é o material seco, como: aparas de
grama, folhas secas, cinzas, aparas de madeira, serragem, galhos e ramos pequenos,
papeis sem corante, tecido de algodão picado, etc.
Comece a pilha do colocando pequenos galhos e gravetos para facilitar o
arejamento e em seguida os materiais secos de C intercalando com os materiais mais
frescos, ricos em N, sucessivamente. O ideal é a cada camada de material mais fresco
(úmido), como casca e restos vegetais, cobrir com uma camada de palha e folhas secas
(material seco), para evitar a proliferação de moscas e o mau cheiro.

Recomenda-se não deixar pegando chuva continuamente, para não lixiviar os


nutrientes, ou seja, acaba lavando demais o composto, procure um local coberto ou
parcialmente coberto. Dessa forma, uma ou duas vezes por semana molhe a pilha de
composto, sem encharcar, para que a umidade de mantenha entre 50 e 60%. Uma dica
é apertar um pouco do composto entre os dedos, se escorrer há umidade em excesso.
Misture os materiais orgânicos ao menos uma vez a cada 10 dias afim de arejar e
acelerar o processo de transformação da matéria orgânica.
O ponto de utilização é quando se obtém um material solto, homogêneo, sem
cheiro forte, sem moscas. O processo leva cerca de 40 a 60 dias.
Se optar por não misturar, o material estará pronto em cerca de 70 a 90 dias.
Esta pilha se decompõe em fases, dessa forma, a camada mais profunda geralmente é
a que já está pronta para o uso.
Os gongolos ou “piolhos de cobra” e minhocas são benéficos e grandes aliados
no composto porque ajudam a decomposição e produzem o húmus.

OBS: Caso tenha preparado solução de Microorganismos Eficazes (EM), já


explicado nesta apostila, é importante adicionar à compostagem caso deseje acelerar
o processo e enriquecer mais o adubo que será obtido.
6. Adubos Caseiros

Torta de mamona (Adubo orgânico)


Colher as mamonas, bater no liquidificador tudo, deixar aberto e espalhado em
cima de um papel ou jornal e deixar secar na sombra longe da chuva e sol, após 2 dias
revirar e secar por mais 2 dias e está pronta para o uso.
Cuidados no manuseio, produto tóxico, deixar de molho e lavar bem o
liquidificador.

Adubo Caseiro 01
 Cascas de ovos (+/- 2 duzias) – lavadas e secas
 Carvão Vegetal novo (+/- 500g)
 Cinzas de fogão a lenha (+/- 500g) – sem gordura e sem sal
 1 Colher de canela em pó
 6 colheres de borra seca de café
Bater tudo no liquidificador e está pronto para uso. Opção após bater, pode
misturar um pouco de esterco de gado curtido ou esterco de galinha curtido, esse
ultimo em menor quantidade porque é mais forte.

Farinha de casca de ovo


As cascas de ovos são riquíssimas em cálcio, potássio e magnésio, e que é muito
bom misturá-las ao composto, à terra dos vasos e da horta.
É possível colocar as cascas limpas e secas dos ovos quebradas na mão,
diretamente nos seus vasos, ou na composteira mas, os minerais demorarão muito
tempo para se disponibilizar e chegar até a planta e ainda assim é pouco aproveitada,
ideal é moer.
Como preparar: Junte as cascas de ovos, lavando-as assim que utilizar o
ovo, seque-as à sombra (para não perder o nitrogênio que contêm), moer tudo no
liquidificador até obter uma farinha fininha, quanto mais próximo de um pó, melhor.
Só faça a moagem quando as cascas estiverem bem secas. Guarde em um pote de
vidro, com tampa em local fresco de preferência ao abrigo da luz.
Use-a para fertilizar todas as plantas, sejam canteiros, hortas, vasos ou árvores.
Dosagem: uma colher de sopa por canteiro, ou uma colherinha de café, por
vaso. O ideal é não ultrapassar 50 gramas de pó de casca de ovo por cada metro linear
de solo, nas hortas e pomares. Espalhe sobre a terra. Faça essa adubação a cada 40
dias. Se preferir aplicar com maior frequência, divida a dose.
Você também poderá acrescentar a casca de ovo, 50 gramas a cada 20 litros de
terra, quando for preparar o substrato para fazer novos vasos e canteiros. Algumas
plantas não gostam da alcalinização que a casca de ovo em pó vai proporcionar ao solo
– evite usar em azaleias, prímulas, gardênias, plantas carnívoras, entre outras que
gostam de solo mais ácido.
Solução de cálcio com casca de ovo
Uma das melhores maneiras para se disponibilizar o cálcio das cascas de ovo
para uso direto das plantas é fazendo uma Solução de Cálcio, pela reação química
das cascas com o vinagre.
Ao juntar cascas secas de ovo com vinagre “teremos uma reação química que irá
liberar dióxido de carbono (CO2), restando um sal de Solução de Cálcio em água (H2O),
o acetato de cálcio (Ca(C2H3O2)2). Este sal de cálcio liberado pela reação química é
mais biodisponível do que em sua forma anterior (CaCO3), o que o torna de alto valor
biológico, de fácil e rápida absorção pelas plantas”.
Para esta preparação você vai precisar de:
 cascas de ovos secas ao sol (vai perder o nitrogênio mas ganhar em rapidez) -
sem as películas internas;
 vinagre (de maçã, arroz ou vinho) e
 um pote de vidro com tampa.
Modo de preparo: seque as cascas ao sol durante 3 dias, remova as membranas
e quebre as cascas, com pilão ou com as mãos, em pedaços pequenos. Coloque as
cascas em uma panela e leve ao fogo baixo (15 a 20 minutos), mexendo sempre, para
consumir qualquer resíduo orgânico que ainda esteja no material. Deixe as cascas
esfriarem.
No vidro, coloque as cascas e junte o vinagre na proporção de 1:3, em volume
(quer dizer, para 50 ml de cascas piladas junte 150 ml de vinagre). Se usar vinagre de
vinho dilua-o com 50% de água.
Tampe o vidro com um pano, ou deixe a tampa frouxa, para que a mistura possa
respirar e expelir os gases que se formarão. Guarde o vidro em local fresco, com luz
indireta. Todo o processo de fabricação da Solução de Cálcio demorará uns 15 dias –
estará terminado quando o líquido não soltar mais bolhas mas, se você acrescentar
mais vinagre, a reação ainda continuará por um bom tempo então, quando estiver
pronta a primeira reação, retire a solução e guarde-a em uma garrafa, para uso, e volte
a acrescentar vinagre às cascas que restaram.
Este adubo deverá ser usado diluído em água (50%), de 30 em 30 dias, como
água de rega para as plantas que estão na fase reprodutiva ou que apresentam
carência de cálcio.

Adubo de casca de Banana


 Cascas de pelo menos 5 bananas;
 1,5L de agua;
 1 panela;
 1 garrafa de plástico / pet.
Pique as cascas e adicione à panela com água. Leve ao fogo e deixe ferver por
cerca de 15 minutos. Espere esfriar, coe e coloque na garrafa, complete com agua
filtrada para pelo menos 1 litro. As cascas podem ser adicionadas à compostagem.
Para usar basta diluir uma parte do preparado para uma parte de água e regar as
plantas. É ótimo para a época de floração.
Outra forma pode ser desidratar as cascas ate ficarem quebradiças, pode ser no
desidratador ou no forno, bater para virar uma farinha. Para juntar bastante casca
pode ir guardando-as no congelador até realizar este procedimento. Para usar, a dose
é cerca de uma colher de sopa por vaso pequeno ou 60g por metro linear de canteiro,
longe das raízes e pode ser usado uma vez ao mês.

Adubo líquido de vegetais


 Cascas de cebola
 Cascas de batata
 Polpa de abobora com sementes (o que seria descarte)
Bater tudo no liquidificador com 500 ml de agua, coar e colocar numa garrafa pet
e completar até de 1,5L de agua. Tampar e deixar fermentar por dois dias em local sem
incidência solar. Usar todo o conteúdo para regar as plantas. Não armazenar por mais
de 3 dias para não apodrecer.

Adubo de plantas invasoras


As plantas invasoras, chamadas por alguns de “ervas daninhas”, mas que nada
tem de daninhas, são apenas espontâneas, podem se transformar em adubo, porque
aquilo que ela retirou do solo pode voltar para ele e beneficiar as plantas de seu
interesse.
Modo de preparo: Em um recipiente com tampa, de preferencia comprido e
baixo, como uma assadeira, cubra com guardanapo de pano ou pano de prato que
possa ser descartado depois; Coloque as plantas por cima do pano fazendo uma
pequena camada; Coloque água apenas para cobrir as plantas; Deixe descansar por 10
dias, mexendo uma vez ao dia e repondo a água que evaporar.
Aplique as plantas fermentadas na terra com o liquido uma vez por semana.

Água de Lentilha germinada para Floração e Enraizamento


As lentilhas, quando começam com o processo de germinação, liberam na
água uma série de nutrientes benéficos para as plantas, inclusive a AUXINA que é um
potente hormônio de enraizamento.
1. Colocar um punhado de lentilhas em um recipiente com meio litro de agua.
2. Deixar repousando em um local escuro por pelo menos 24 horas
3. Depois de 24 horas, a água já está carregada de nutrientes da lentilha em
processo de germinação.
4. Coar e reservar a água.
5. As lentilhas você pode usar para fazer um guisado ou salada.
6. Utilize esta água para regar o solo das plantas a cada 15 dias.
7. Identificação de Pragas e Doenças em plantas
As chamadas pragas abrangem os insetos e parasitas, as doenças abrangem os
fungos, vírus e bactérias. São milhares espécies que atacam as plantas, abaixo
apresento alguns mais comuns como exemplo para a identificação no campo:

Mosca Branca Ácaros

Pulgões
Lagartas

Vaquinha (Colaspis sp.)


Tripes

Larva Minadora
Nódulos nas raízes formados por
Nematóides
Mancha preta bacteriana
Cochonilha branca

Cochonilha de carapaça
Fumagina – fungo secundário ocasionado
por acúmulo de substratos açucarados
produzidos por insetos sugadores. Controla-
se os insetos sugadores.

Cochonilha cabeça de prego Ferrugem – Fungo

Formigas cortadeiras – Saúvas e Quenquéns Percevejo


Vírus do Mosaico

Ferrugem - Fungo

Virose em Figueira
Oídio - Fungo

Greening – vírus

Cancro bacteriano

Cercospora em milho - Fungo

Podridão Negra bacteriana


8. Soluções Orgânicas e Caseiras para combate de pragas e
doenças nas plantas
OBS: Em todo preparo de calda a ser aplicado nas plantas, pode ser (é muito
recomendado) misturado uma colher de chá de sabão neutro dissolvido em agua (a
agua quente facilita a dissolução), ele funciona como adesivo para a calda se fixar nas
folhas das plantas e nos insetos.
Lembre-se: planta bem nutrida, sem excesso e nem falta, com solo balanceado,
dificilmente é atacada por pragas e doenças, caso ocorra não costuma ser severo, pois
os mecanismos de defesas naturais das plantas são mais eficientes. Logo, se a planta
estiver muito atacada e com frequência, cuide momentaneamente, mas intensifique a
nutrição e do solo e verifique suas características.

Calda de Fumo para Pulgões e Cochonilhas


 2 litros de água quente;
 20g de fumo de rolo, ralado;
 ½ (100g) sabão em barra neutro, ralado (diluir em agua quente);
Faça um macerado com os componentes e deixe descansar por 24 horas depois
disso pode começar a pulverizar sua planta após coar. Aplicar a cada 5 dias para
combater, a cada 2 semanas para prevenção.

Extrato de fumo no controle de pulgões


Insetos que sugam seiva das plantas. Existem de diversas cores. A maioria é
desprovida de asas e vive em colônias.
Como preparar: Coloque 50g do fumo de rolo picado ou ralado em uma tigela e
cubra com álcool (líquido ou gel) Quando o fumo tiver absorvido todo o álcool, coloque
novamente um pouco de álcool diluído em água até marcar cerca de 500ml. Deixe por 24
horas em local fresco. Torça o preparado em um pano ralo e guarde-o em uma garrafa em
local escuro. Na hora de usar, misture cerca de um copo desse líquido do fumo com 100 g
de sabão neutro dissolvido. Acrescente mais 10 litros de água, coe e pulverize. Pulverize
este extrato sobre toda a folha para espantar pulgões. Aplicar 1 vez por semana para
combater.

Extrato de fumo com pimenta contra lagartas


As lagartas são a fase jovem da borboleta, toda borboleta vista na plantação,
apesar de bonita, infelizmente não é bem vinda, pois coloca ovos que se tornarão
lagartas. Todas são muito vorazes e algumas têm o hábito noturno. Se a ocorrência de
lagartas for pequena, pode-se optar pela catação manual das lagartas, com cuidado de
usar luvas para evitar queimaduras.
Como preparar: Na calda de Fumo concentrada (preparo acima), retirar a
quantidade a ser diluída e adicionar uma ou duas pimentas malaguetas maceradas, deixar
curtir por 24hr, coar e aplicar sobre as lagartas. Outro cuidado é o esmagamento dos ovos
nas folhas. Aplicar 1 vez por semana para combater.

Calda de Cavalinha (Equisetum giganteum)

Eficaz contra: Míldio; Lepra do pessegueiro; Ferrugem; Podridão cinzenta; Oídio;


Fungos do solo; Algumas viroses; Ácaros; Pulgões.
Ingredientes:
 100 g de cavalinha seca ou 500g de cavalinha verde;
 5 litros de água sem cloro (deixar a agua da torneira repousar por 24h);
Modo de preparo: Caso a cavalinha seja seca triture-a, se for verde deve moer ou
triturar. Coloque a cavalinha em 5 litros de água e deixe-a de molho por 12 horas.
Depois ferver por 20min, deixe esfriar coe a maceração, guarde-a em recipientes
plásticos bem fechados e em local escuro e fresco. Quando bem acondicionada a calda
de cavalinha pode conservar as suas qualidades até 3 meses.
Maneira de uso da calda: Dilua 200 ml do preparado em 1 litro de água para
pulverização foliar contra insetos e doenças fúngicas ou bacterianas. Os tratamentos
deverão ser efetuados no fim do dia. Se a plantar apresentar sintomas de doença, faça
aplicações de 3 em 3 dias por duas semanas. No modo preventivo, pulverize de 15 em
15 dias. Contra as doenças do solo, pulverize o produto puro sobre a superfície do
solo.

Cinza - Controle de lagartas e pulgões


 Cinza de madeira – 2 kg
 Água – 10 litros
Deixar a mistura descansar por 1 dia. Depois de pronto coar e pulverizar sobre as
plantas. Esta mistura também é usada para regar as plantas, funciona como adubo.
As cinzas de madeira são também um utilizadas como adubo rico em potássio, ideal
para as frutíferas.

Calda de Pimenta e Alho


Para combater Pulgão e Lagartas nas plantas
 1 Pimenta grande
 2 dentes de alho
 1 L de água
 1 colher de chá de sabão neutro
Bater no liquidificador e coar, pulverizar nas plantas, onde estão os pulgões.
Pode usar por até 3 dias. Não aplicar próximo a colheita.

Bicarbonato de Sódio - Fungicida


Doenças fúngicas não conseguem proliferar se o pH na superfície da folha é
superior ou igual a 8.4. E o bicarbonato faz justamente isso, ele aumenta o pH da
superfície onde for borrifado. Em uma diluição de 1 colher de sopa em 1 litro da água
geralmente é o suficiente para eliminar o oídio, o míldio, pinta preta, entre outros. Pode-
se adicionar a mesma proporção (1 colher de sopa) de sabão de coco ralado para
aumentar a eficiência (adesivo).
Aplicar a cada 15 dias para combater.

Extrato de pimenta-do-reino, alho e sabão - Inseticida


Ingredientes:
 100 g de pimenta do reino moída;
 100 g de alho
 50 g de sabão neutro;
 2 L de álcool;
 2 L de água.
Modo de Preparo: 1) Colocar 100 g de pimenta do reino moída e 1 L de álcool em
recipiente de vidro com tampa ou garrafa pet. Deixar em repouso por uma semana; 2)
Triturar 100 g de alho, misturar em 1 L de álcool e colocar em outro recipiente de vidro
com tampa ou garrafa pet. Deixar em repouso durante também por uma semana; No dia
em que for usar a calda, dissolver 50 g de sabão neutro em 1 L de água quente,
No dia em que a calda for aplicada nas plantas, deve-se coar os extratos e depois
colocar 20 ml do extrato de pimenta do reino, 10 ml do extrato de alho e 100 ml da
solução de sabão neutro em um pulverizador, completando o volume com água para 1 L.
É necessário coar os ingredientes para evitar entupimento do bico do pulverizador.
OBS: Está receita pode ser utilizada para combater as moscas brancas e as
cochonilhas.

Alho – Inseticida e Fungicida


Muitos insetos, bactérias e fungos não gostam dos componentes do alho. O alho
contém enxofre, e pode-se fazer um spray para aplicar sobre as plantas. Existem diversas
formas de utilizá-lo, uma delas seria misturar 2 cabeças de alho esmagadas com 3
colheres de sopa de óleo vegetal e deixar descansar por 24 horas. Aí adicionar 2 colheres
de chá de melaço de cana, misturando em um litro de água. Diluir novamente com água
utilizando aproximadamente 50 mL desta mistura por litro de água. Aplicar nas plantas
afetadas pela manhã. Aplicar 1 vez por semana para combater.

Extrato de Samambaia para pulgões e lagartas


 500 gramas de folhas frescas de samambaia
 2 litros de água
PREPARO: Colocar as folhas na água, levar ao fogo para ferver durante 30 minutos.
Após isto, deixar descansar durante 24 horas. Aplicação: misturar 1 litro deste líquido
para cada 10 litros de água e pulverizar sobre as plantas, usando pulverizador.

Inseticida Natural Feito com Folha de Tomate


As folhas do tomateiro são ricas em alcalóides, que repelem pulgões, vermes e
lagartas. A receita do inseticida caseiro é bem simples:
Material
 Luva;
 2 copos cheios de folhas sadias de tomate, picadas;
 2 copos de água;
Modo de Preparo: Misture as folhas picadas com a água, cubra o recipiente com
um pano e deixe descansar por no mínimo 12 horas. Depois é só usar a substância para
pulverizar a sua horta.*
*A folha do tomate é tóxica e pode provocar alergias. Sempre que for fazer
podas no tomateiro use luvas.

Leite de Vaca – Fungicida


Leite Cru: Diluir 100 ml de leite cru completar até 1 litro com água para o borrifador
de 1 L. Ou 2 litros de leite cru e completar a bomba costal com 20 litros de água.
Leite de caixinha: 150 ml para 1 litro com água ou 3 litros do leite para 20 litros
completados com agua.
O sabão neutro ralado e diluído, como explicado em outras receitas é para o leite se
fixar às folhas por mais tempo. OBS: as folhas afetadas não se curam mas paralisa e o
fungo não avança, previnindo que alastre.
Muito indicado fungos brancos que atacam abóbora, abobrinha, pepino e ainda o
tomate, entre outros. Aplicar a cada 2 dias por 1 semana e depois 1 vez por semana para
combater e 1 vez a cada 15 ou 20 dias para prevenção.

Formigas cortadeiras (Saúvas e quenquéns)


Folhas de mamona (cuidado leite da mamona é tóxico – usar luvas)
Picar toda a folha em pedaços pequenos, colocar perto do ninho, ao redor e ao
lado do caminho, ou na horta onde as formigas estão atacando.

Defensivo de Urina de Vaca


FUNÇÃO: controle de lagartas, formigas, cascudos, pulgões, cochonilhas e previne o
ataque de algumas doenças.
INGREDIENTES: 500 ml de urina de vaca; 20 litros de Água. Coletar a urina, colocar
em recipiente plástico bem fechado durante 3 dias, tempo necessário para que a uréia se
transforme em amônia. Aplicação: diluir a urina na proporção de 200 ml de urina para 20
litros de água e pulverizar as plantas atingidas.
Obs.: este produto deve ser aplicado de 15 em 15 dias; Não aplicar até 5 dias antes
de colher para consumo; Na alface o produto deve ser aplicado no solo e não sobre a
planta.

Suco de Folha de Mamão – Inseticida


Pegue 4 folhas de mamão, bem verdes e sem manchas, bata no liquidificador com
um pouco de água, complete com 2 litros de água, junte sabão em pedra neutro e
dissolva-o (como em outras receitas).
Obtem-se um líquido verde escuro que deve ser pulverizado nas plantas infestadas
com pulgões ou qualquer outro inseto. Aplicar a cada 3 dias para combater.

Eliminar Caramujos e Lesmas


Armadilhas feitas com estopas ou panos embebidos em cerveja ou leite devem ser
distribuídas sobre a superfície do terreno e ao redor das plantas, ao anoitecer. No dia
seguinte, bem cedo, deve-se virar a estopa ou o pano e recolher as lesmas e caracóis que
se abrigaram embaixo da armadilha e eliminálas. O processo de coleta deve ser repetido
diariamente para a eliminação efetiva dos caramujos e lesmas.
Não é recomendado o uso de sal de cozinha sobre o solo ou sobre a plantação.
Além de não ter o efeito desejado, pode contaminar o solo e águas superficiais e
subterrâneas, assim como também, danificar as plantas.
Pode-se também enterrar potes cheios de cerveja (3 ou 4 dedos) ao nível do solo, as
lesmas e caramujos serão atraídos e morrerão afogados
Outra alternativa, é a distribuição de pedaços crus de abóbora ou chuchu nos
canteiros da horta no final da tarde, procedendo-se no dia seguinte à coleta de lesmas e
caracóis presentes sobre as iscas.

Pasta cicatrizante para podas


 Um pote de 100 gramas de vaselina sólida (fácil de achar em qualquer farmácia)
 Um pacotinho de canela em pó de 30 gramas
 Gotas de Tintura de própolis
Modo de preparo: 1. Misture a canela em pó com a vaselina sólida até obter uma
pasta homogênea. 2. Adicione 5 gotas de tintura de própolis, e vá adicionando aos
poucos gotas da tintura até obter uma consistência fácil de trabalhar. A vaselina pode
ser mais firme ou mais macia, dependendo da marca. Assim, vá adicionando o própolis
gota a gota, até obter uma textura pastosa que não escorre. 3. Coloque a pasta pronta
em um pote fechado com tampa. Não utilize pote transparente, protegendo assim as
propriedades da própolis e da canela da luz. 4. Identifique propriamente o pote com
etiqueta. 5. Guarde em local seco e fresco por tempo indeterminado.
Aplique a pasta cicatrizante logo após qualquer tipo de corte para proteger as
suas plantas de contaminações. De qualquer forma, evite fazer podas, fazer enxertos
ou tirar mudas de plantas durante um período úmido e chuvoso.
OBS: Esta pasta tem dupla função e serve também para aplicar em torno de
troncos que estejam sendo atacados por formigas cortadeiras. Como a vaselina não
escorre, ela forma um bloqueio que impede o avanço das formigas.

Preparados de Folhas e de Sementes de Nim (Azadirachta indica)


* Se tiver acesso à árvore de Nim
a) Extrato de folhas verdes a 20% de concentração.
Ingredientes:
 200 g de folhas e ramos finos verdes picados
 1 L de água
Preparo: 1. Picar ou triturar as folhas e ramos verdes em liquidificador e em seguida
colocar o material triturado em um tambor com capacidade para 10 L de água. 2. Deixar
essa mistura em repouso por 12 h, tendo o cuidado de mexer duas a três vezes durante
esse período. 3. Após o período de repouso, deve-se coar o extrato e utilizar
imediatamente.
b) Extrato de folhas secas (pó).
Ingredientes:
 40 g de folhas secas, moídas
 1 L de água
Preparo: 1. Secar as folhas à sombra ou em estufa secadora (à 40 ºC durante 3 dias)
e triturá-las em moinho ou em pilão. 2. Adicionar 40 g do pó em 1 L de água e deixar em
repouso por 24 horas. 3. Coar o extrato para uso.
c) Extrato de sementes.
Ingredientes:
 50 g de sementes secas, sem casca ou 75 g de sementes com casca
 1 ml de detergente neutro ou 100 ml de solução de sabão neutro
 1 L de água
Preparo: 1. Triturar as sementes em liquidificador ou moedor, colocar o material
triturado num recipiente com 1 L de água e deixar em repouso por 12 hr com o cuidado
de mexer duas a três vezes. 2. No momento do uso deve-se coar o extrato em tecido fino
de algodão (para evitar o entupimento do bico do pulverizador) e adicionar 1 ml de
detergente neutro ou solução de sabão neutro (ver extrato de pimenta-do-reino, alho e
sabão).
OBS: os extratos de Nim feitos de forma caseira, não podem ser armazenados,
devendo-se utilizar assim que estiver pronto. Aplicar 1 vez por semana para combater e 1
vez por mês para prevenir.
Produtos Orgânicos Adquiridos em lojas Agropecuárias

1 - Calda Bordalesa (Bordasul) - Fungicida


É principalmente um fertilizante foliar composto (20% de Cobre, 10% Enxofre e
3.0% de Cálcio), que nutre e protege a planta contra a ação de fungos e bactérias.
A Calda Bordasul (existem outras marcas) já vem pronta, para citros a dose é de
apenas 1g para 1 litro de água, ou 20g para a bomba pulverizadora de 20 litros. Para
hortaliças, é metade desta dose, ou seja, 10g para 20 litros. Aplicar a cada 15 dias para
combater e a cada 1 mês ou 40 dias para prevenção.

2 - Óleo de Neem ou Azamax (mesmo principio ativo) – Inseticida


O Neem é uma árvore, conhecida também como Nim e Ninho (Azadirachta indica),
o extrato é obtido a partir das suas folhas e sementes.
O Azamax é mais concentrado, é o extrato do óleo de nim, rende muito, por isso
costuma ser bem mais caro, mas é mais indicado para áreas maiores levando-se em conta
o custo. O Óleo de Nim é menos concentrado pois é de mais fácil obtenção, costuma ser
vendido em pequena quantidade para jardinagem, geralmente garrafinha de 100ml que
deve ser diluída em 10 litros de água e pulverizado. Escolher aquele que terá o melhor
custo-benefício. Aplicar a cada 10 dias para combater e 1 vez por mês para prevenção.

Considerações importantes nas aplicações:

 Sempre que pulverizar a planta infectada, prefira fazê-lo bem no final da


tarde, com o sol se pondo, para evitar que o sol interaja com o composto aplicado
podendo causar queimaduras nas folhas.

 Sempre que for irrigar as plantas, não há necessidade de molhar as folhas


pois aumenta a incidência de doenças fúngicas e pode espalhar os pulgões e outras
pragas através dos jatos de água.

 A terra em volta das plantas infestadas deve ser revisada, revolvida, limpa
de pulgões ou então, regada abundantemente com um dos remédios caseiros, como a
calda de fumo.

 As joaninhas são excelentes amigas das plantas, pois se alimentam de


pulgões.

 Suspender as aplicações 3 a 5 dias antes de colher, para não alterar o sabor


das hortaliças.

 Evitar aplicar em cima das flores para não repelir polinizadores ou abortar
a floração.
 Observar que muitas pragas se alojam na parte de baixo das folhas, por
ficarem mais protegidas. Na pulverização do produto, fazer com que se alcance as partes
inferiores das folhas para ter o resultado esperado.

 Independente da técnica utilizada, normalmente requer aplicações


regulares dos produtos, para evitar que a praga volte. Então a melhor coisa é ficar atento
e, depois de perceber que a planta se recuperou, mantenha a aplicação de algum
produto pelo menos uma vez ao mês, para controle preventivo.
8.1 Manipuera
A manipueira ou tucupi é um líquido leitoso de coloração amarelo-claro. É
obtido através da mandioca, quando ela é prensada. É o resíduo de um dos processos
da fabricação da farinha de mandioca. É poluente se jogado no ambiente.
O aproveitamento da manipueira pode ter várias funções como: fertilizante,
defensivo de insetos nas culturas, controle de parasitos externos nos animais e fonte
de nutrientes para animais após a fermentação.
Uma tonelada de mandioca prensada gera 250 litros de manipueira. Em cada
litro, pode-se encontrar 219 miligramas de fósforo, 1.675 miligramas de potássio, 225
miligramas de cálcio e 336 miligramas de magnésio. Além disso, possui
micronutrientes essenciais na sua composição.
OBS: O uso da manipueira deve ocorrer 48 horas após a prensagem, pois
apresenta ácido cianídrico que pode ser tóxico.
Para fertilizar o solo recomenda-se a diluição na água na proporção de 1 para
1. Aplicar de 2 a 4 litros por metro de sulco de cultivo, deixando o solo descansar por
no mínimo 8 dias após a aplicação. Para a semeadura, deve-se revolver bem o solo.
Para controlar pragas no solo: aplicar 3 a 4 litros de manipueira por m² sem
diluir, de 20 a 15 dias antes do plantio.
Para a pulverização foliar, recomenda-se diluição de 1 para 6 ou mais (1 litro
de manipueira para 6 ou mais litros de água). Pulverizar as folhas das culturas com o
líquido diluído. Fazer 1 aplicação por semana (mínimo 6 semanas / máximo 10
semanas).
Contra pragas e doenças: pulverizar 3 ou mais vezes sobre a plantação, com
descanso de 1 semana entre cada aplicação. O agricultor deve realizar testes numa
pequena área do cultivo, para saber a dosagem ideal para a cultura em questão.
Controle de pragas em fruteiras arbóreas como laranjeiras, limoeiros,
goiabeiras e mangueiras, recomenda-se pulverizar na diluições de 1 para 1. Aplicar a
cada 15 dias para controlar.
Controle de insetos nas plantas de pequeno porte, como maracujazeiro,
abacaxi, berinjela, pode-se pulverizar uma diluição de 1 para 2 de agua a cada 15 dias.
Controle de pragas em hortaliças utilizar a proporção de 1 para 4 de agua a
cada 15 dias.
Controle de formigas: é recomendado despejar 1 litro de manipueira pura,
sem diluir, em cada olheiro, que depois deve ser fechado.
Como carrapaticida na pulverização de rebanho, com 3 aplicações semanais.
Recomenda-se diluições de 2 para 2 acrescidos de 1 litro de óleo vegetal.

Dica: Para aumentar a fixação durante a aplicação da manipueira, acrescente


1% de farinha de trigo. Ou seja: para cada litro de manipueira, acrescente 10 gramas
de farinha de trigo.
9. Métodos de Propagação de Plantas
A propagação é a forma de multiplicação das plantas. Esta pode ser de forma
sexuada: por sementes e de forma assexuada: estaquia, alporquia, enxertia, mergulhia,
estolões, rebentos, rizomas, tubérculos, bulbos, cultura in vitro, etc.

O principal aspecto a ser considerado é o tipo de planta e os possíveis


métodos pelos quais cada espécie pode ser propagada. Abaixo serão detalhados
alguns métodos.

Sementes
O substrato para a germinação de sementes deve ser ideal de forma que seja
solto e sem compactação, leve de forma a manter umidade sem encharcamento.
O fator principal no sucesso da germinação de sementes é manter o teor de
umidade adequado durante todo o tempo sem falhas. Se a semente iniciou o processo
de absorção de água e aí seca e se desidrata, o pequeno embrião que iria sair já
interrompe e na maioria dos casos a semente é perdida. Devido a isso, não é
recomendado colocar sementes de hortaliças diretamente no canteiro, principalmente
no caso deste estar exposto ao sol direto, uma vez que as condições da manutenção
desta umidade fica muito mais difícil. Outro erro é enterrar demais a semente e ela
não conseguirá ter força para emergir.
O recomendo é fazer uma pequena estufa, como berçário. Cobrir com lona
para manter o calor e a umidade e abrir diariamente para a troca de ar e não
apodrecer devido à umidade excessiva. Sempre molhar o substrato da semente com
borrifador para não descobrir a semente.
Estaquia
Método de propagação vegetativa que consiste em produzir mudas através de
estacas obtidas de ramos da planta mãe, com tamanho de 20 a 30cm, com 4 a 6
gemas, os “nós”, que são a zona meristemática de diferenciação, de onde se formarão
o sistema radicular. Sua retirada deve ser feita pela manhã, quando ainda estão
túrgidas e com níveis mais elevados de ácido abscísico e de etileno, que são compostos
favoráveis ao enraizamento. A maioria das espécies enraizam melhor com estacas
lenhosas e semi-lenhosas (as mais rígidas), outras espécies aceitam as estacas
herbáceas.
Algumas plantas são facilmente propagadas por estacas. Ao serem colocadas
na água, através dos “nós” saem as raízes e depois podem ser transferidas para a terra.
Algumas plantas enraizam melhor somente na terra, outras somente através de outros
métodos de propagação ou com adição de hormônio enraizador acido indolbutírico
(AIB), facilmente comprado na internet ou lojas especializadas. Ele é usado para o
processo de formação de raízes ser acelerado e o pegamento mais garantido pelo
maior numero de raízes. O uso do produto ajuda também a não apodrecer a estaca,
como é o caso da parreira.
Para enraizar melhor a estaca, o ideal é retirar quase todas as folhas, ou
cortar as folhas pela metade.

Alporquia
É um método de propagação em que a muda é feita a partir de um ramo
ainda ligado à planta matriz (parte aérea), que só é destacado após o enraizamento.
Geralmente é usado em espécies que não se propagam adequadamente com a
estaquia.
Para isso deve-se selecionar um ramo da planta de diâmetro médio. Escolhe-
se a região sem brotação e precede-se a um anelamento, ou seja, com cuidado é
retirado o anel da casca (floema), com aproximadamente três centímetros, expondo o
lenho. Depois disso, deve-se cobrir o local exposto com substrato bem umedecido
(terra vegetal, fibra de coco ou esfagno) e envolvê-lo com plástico para manter a
umidade, amarrando bem as extremidades com um barbante ou fita, como um
“bombom embrulhado”.
O enraizamento se dará de forma adventícia no local do anelamento. A época
ideal para esse método é a fase vegetativa da planta, ou seja, a primavera. O alporque
deve-se manter sempre úmido.
A separação do ramo que sofreu alporquia da planta matriz depende da
espécie e da época do ano em que foi feito o alporque. Aproximadamente em 30 a 40
dias está enraizado e procede-se a separação (o uso de plástico transparente facilita a
visualização das raízes). Após a separação, o ramo enraizado deve ser plantado em
condicionador de solo com nutrientes e mantido à meia sombra até a estabilização das
raízes e a brotação da parte aérea. Quando isso ocorrer, as mudas estarão prontas
para serem plantadas no campo. A alporquia é utilizada na propagação de muitas
espécies frutíferas e floríferas, por exemplo, lichia, jabuticaba, hibiscos híbridos,
trepadeira-jade, ginko-biloba, etc.
Para acelerar o enraizamento pode ser usado também o hormônio acido
indolbutírico (AIB), visando garantir o sucesso da técnica.
Mergulhia
Consiste em mergulhar um ramo flexivel no solo, sem separá-lo da planta-
mãe, para formar um novo sistema radicular e depois ser separado, gerando uma
planta clone. Método bastante utilizado na obtenção de porta-enxertos de macieira,
pereira, etc.

Rebentos
Os chamados rebentos, nada mais são que os brotos ou “filhotes” que muitas
plantas geram ao redor da planta-mãe, como ocorre na bananeira, capim-cidreira,
babosa, abacaxi e outros. Que podem ser retirados da mãe e colocados na terra
normalmente.
Adendo
Ácido giberélico
O ácido giberélico, referido como giberelina ou GA3 é um hormônio de
crescimento vegetal que ocorre naturalmente, é produzido naturalmente por
sementes em germinação. Para fins comerciais é colhido de fungos e produzido
comercialmente para as indústrias de agricultura e jardinagem. Possui baixa toxicidade
e por isso foi aprovado por órgãos ambientais para ajudar a acelerar a germinação e
crescimento em culturas alimentares.
Pode ser usado na germinação de sementes: induz a germinação e promove
homogeneidade e uniformidade no processo, ainda o hormônio quebra a dormência
de algumas sementes que possui esse mecanismo; induz o florescimento, trazendo
uniformidade; alongamento e engrossamento do caule; acelera o crescimento
vegetativo, agindo na divisão celular; aumenta o tamanho de frutos e, em parreiral,
por exemplo, é usado para aumentar o tamanho das uvas no cacho e produzir uvas
sem semente, junto com o uso de auxinas (outro hormônio); no pós-colheita usado
para retardar o amadurecimento dos frutos já colhidos; entre outras aplicações.
A dose usual para o crescimento da planta, frutos e caule é de cerca de 0,3 a
0,4 g/L, via foliar através de borrifador, ou de acordo com a recomendação do
fabricante. Em uvas, espera-se cerca de 7 a 10 dias após o aparecimento da formação
dos cachos e aplica-se direcionando para os frutos, e mais uma vez, da mesma forma,
após 7 dias da primeira aplicação, para obter frutos maiores.
Para enraizamento a dose é de cerca de 5g/L para emergir as estacas e plantar
em seguida. Também observar a recomendação do fabricante do produto devido a
haver variação de concentração entre as marcas.
10. Plantas essenciais para cultivo (de acordo com a opinião da autora)
Espécie – propagação - função

Alimentação - PANCS Milho - semente


Abóbora d’água - sementes Ervilha - semente
Vinagreira – estaca, sementes Espinafre – semente
Cúrcuma – rizoma Inhame – rama/estaca
Batata Yacon (medicinal) – rama Batata salsa – rama/estaca, tuberculo
Ora-pro-nóbis – estaca – proteica “bife dos
pobres” Frutíferas
Peixinho ou lambari-de-folha – rebento Limão galego ou cravo
Dente-de-leão – sementes, mudas – Acerola – semente/alporque
medicinal (fígado, rins) Mamão - semente
Capuchinha - rama/estaca Bananeira – rebento, partes do caule.
Maracujá – semente
Plantas - Medicinais e temperos Goiaba - semente
Alecrim - estaca Grumixama (nativa)– semente/alporque -
Louro – estaca, semente fruta e madeira.
Orégano – estaca, semente
Manjericão - estaca Paisagismo
Canela (vaso) - alporque
Quaresmeira – floração de fevereiro a abril
Gengibre - rizoma
/ agosto a outubro
Alho - bulbo
Palmeira Areca –
Cebola - bulbo
Grama bermuda ou Tfton – (pequena e
Pimentão/Páprika - semente
fina)
Pimentas – semente
Hibisco – floração primavera verão ou ano
Cavalinha – rebento, estaca
todo. Propagação por estaquia
Cardamomo – rizoma, rebento
Dália – solo sempre úmido
Capim-limão - rebento
Boa-noite/Maria-sem-vergonha –
Babosa - rebento
floração/medicinal
Boldo - estaca
Calêndula – floração/medicinal
Penicilina – estaca
Carqueja – semente, estaca, rebentos
Salvia – rebento, semente
Hortelã - rama
Espinheira Santa - estaca
Citronela - rebento

Plantas - alimento volumoso


(carboidratos e proteínas)
Abóboras - semente
Mandioca – rama/estaca
Batata-doce – rama/estaca, tuberculo
Feijão – semente
Vagem - semente
11. AQUAPONIA
É um sistema que une a aquicultura com a hidroponia.
Entende-se por aquicultura, a criação de organismos aquáticos comestíveis,
tais como peixes, camarões, rãs ou outros.
A hidroponia é uma técnica de produção de hortaliças que não utiliza o solo.
O cultivo é realizado em estufas, onde o solo é substituído por uma solução nutritiva,
que circula em um sistema hidráulico, suprindo as plantas dos nutrientes necessários
ao seu desenvolvimento diretamente nas raízes das hortaliças.
Na Aquaponia, existe a fusão dos dois sistemas. Utiliza a recirculação da água.
Ao alimentar os organismos no tanque, o ciclo se fecha. Os dejetos produzido pelos
peixes (e outros) são ricos em nutrientes que seriam toxicos em contato direto com
eles, então os microorganismos transformam e geram o alimento para as plantas que
por sua vez filtram a água para o peixe.
Dessa forma, geram uma harmonia entre peixes, plantas e microorganismos,
proporcionando maior aproveitamento dos residuos e dos recursos disponíveis
fazendo com que seja um sistema auto sustentável. Promove a economia de água, a
produção sem o uso de fertilizantes industrializados e defensivos agrícolas, tornando
uma produção orgânica dependendo do alimento que o peixe ou outros organismos,
recebem.
Aqui estão apresentadas apenas as ideias iniciais e uma introdução nessa
possibilidade de cultivo. Recomendo aprofundar os estudos no tema, nos métodos
práticos de instalação, como o dimensionamento e tipo da bomba de acordo com o
volume e vazão de água, entre outros aspectos, se desejar implantar.
Caso não queira investir muito e possuir tanques (ou até mesmo aquários) de
criação de peixes, pode optar por utilizar a água de troca do tanque para irrigar as
hortaliças semanalmente, quinzenalmente ou na periodicidade que for a troca da
água. Contudo, deve-se atentar em utilizar o gotejamento ou irrigar de forma manual,
em que apenas o solo receba a água e as partes comestíveis das hortaliças, não entrem
em contato com esta água. Uma vez que, num tanque, a água não é constantemente
circulada, que faz com que possam ocorrer patógenos que cause problemas
gastrointestinais nas pessoas. Se o cultivo for de arvores frutíferas, arbustos e outros
em que não exista o contato direto da parte comestível com esta água, então ela pode
ser usada normalmente.
12. Plantas Medicinais e Receitas caseiras

Chás e Infusões: São usadas partes das plantas em agua e fervidas. Nas infusões
adiciona-se a planta após a fervura e deixa descansar para liberar as propriedade na
água.

Tinturas Medicinais são extratos concentrados preparados com álcool e plantas


medicinais, que permitem que as ervas e suas propriedades sejam armazenadas
durante longos períodos de tempo sem perderem suas propriedades. Na sua maioria,
as tinturas são preparadas usando álcool, que atua extraindo os componentes da
planta e como conservante.
Ingredientes:
 200 g de erva seca ou de mistura de ervas. No caso de erva fresca, esta deve
ser primeiro seca antes de ser usada na preparação da tintura;
 1 litro de vodka com percentual de álcool mínimo de 37,5%.
Modo de preparo: Esterilizar um pote de vidro escuro com tampa. Para isso,
deve lavar bem o pote com água quente e sabão, deixar secar e levar ao forno durante
15 a 20 minutos; Picar bem a erva seca e colocar no pote de vidro, adicionando em
seguida a vodka até que as ervas fiquem cobertas; Mexer bem a mistura e verificar se
todas as ervas estão submersas; Fechar o pote de vidro e deixar repousar durante 3
semanas em local fresco e arejado, agitando a mistura 1 vez por dia; Após 2 semanas,
coar a mistura usando um coador de café de pano ou um filtro de papel; Colocar a
mistura novamente num pote de vidro esterilizado, que deve ser etiquetado com a
data e a lista dos ingredientes usados.
Na preparação das tinturas pode ser usado apenas uma erva medicinal ou uma
mistura de ervas com propriedades medicinais, que dependem do problema a tratar.

Ervas medicinais para dores de cabeça.


1. Chá de camomila
2. Chá de capim-limão
3. Chá de hortelã
4. Chá de equinácea
5. Chá de gengibre
6. Chá de erva-de-santa-Maria
7. Óleo essencial de hortelã
8. Chá de artemísia
9. Chá de erva-cidreira
10. Chá de cravo-da-Índia
Chá da casca de cebola

 Sistema imunológico: O chá da casca de cebola possui compostos


fenólicos, que, nos vários estudos feitos sobre eles, demonstraram ter efeitos
importantes para o fortalecimento do sistema imunológico. Isso significa que o uso
desse chá pode fazer com que a pessoa fique menos vezes doente, além de, quando
ficar, conseguir se recuperar mais rapidamente. Se você sofre constantemente de
infecções do sistema respiratório, será um grande beneficiado.
 Bronquite: Nem todo chá é feito com a finalidade de ser bebido. Se você
quer aliviar a bronquite aguda ou a tosse intensa, pode fazer o chá com as cascas da
cebola e, depois de 15 minutos, aplicar o líquido resultante no peito, com a ajuda de
uma gaze grossa. Depois de algum tempo, você perceberá a melhora do quadro.
 Resfriados: Os resfriados e a rinite alérgica são incômodos, mas há um
jeito de aliviar esse desconforto, e para isso basta ferver as cascas de cebola em uma
grande quantidade de água e inalar o vapor. Quando você faz isso, imediatamente
sente melhora na inflamação presente na face e na congestão nasal. Não é realmente
um chá, mas também é importante saber dessa receita para quando estiver resfriado.
 Problemas de pele: Esse chá ainda é eficaz para tratar problemas
comuns na pele, como em casos de verrugas e fungos. Para isto, você terá que fazer
várias aplicações, então esse tratamento é mais indicado para quem não pode utilizar
tratamentos mais rápidos. Você deverá fazer o chá da casca de cebola e misturar com
um pouco de vaselina, para depois aplicar.
 Infecções do trato urinário: diminui o poder das doenças virais e
bacterianas que atingem a bexiga e os rins, pois o chá contém uma forte ação
antibiótica. Você precisa ingerir a infusão, mas basta algumas colheres de sopa de chá
quatro vezes por dia.
 Estomatite: pode ser viral ou aftosa. O chá da casca de cebola é uma
bebida antiviral que inibe o crescimento do vírus herpes simplex, que desenvolve a
doença. Esse problema de saúde tende a desaparecer em dias ou semanas, mas para
isso acontecer mais rápido você pode fazer o chá da casca de cebola e lavar a boca
com ele várias vezes por dia.
 Varizes: Se você toma o chá da casca de cebola de forma frequente, seu
fluxo sanguíneo será regulado, o que melhorará a passagem de sangue pelas artérias a
fim de evitar novas varizes e a pressão alta. Você pode beber o chá, mas pode também
aplicar topicamente, cortando as cascas de cebola e misturando-as com azeite. É ideal
deixar a mistura marinar por 10 dias, pois dessa forma o azeite vai perder os extratos.
 Doenças cardiovasculares: O chá da casca de cebola é recomendado
para quem não quer ter doenças cardiovasculares, pois contém muitas fibras e
substâncias fenólicas que reduzem o colesterol alto e previnem diversas doenças
cardiovasculares.
 Cabelo: indicado como um tratamento alternativo para a produção
excessiva de gordura, perda de cabelo e caspa. Esse chá ilumina o cabelo e o deixa
fortificado, e algumas pessoas afirmaram que ele usado continuamente pode atrasar o
envelhecimento capilar que traz os cabelos grisalhos.

Xarope de cebola e mel


Indicado para tosse e expectorar. As resinas da cebola têm uma ação
expectorante e antimicrobiana e o mel ajuda a soltar a expectoração e a acalmar a
tosse.
Ingredientes
 1 cebola grande;
 Mel q.b.
Modo de preparo: Picar a cebola em pedaços pequenos, cobrir com mel e
aquecer numa panela tapada, em lume brando, durante cerca de 40 minutos. Esta
mistura deve ser guardada numa garrafa de vidro, no frigorífico. As crianças devem
tomar cerca de 2 colheres de sobremesa do xarope durante o dia, durante 7 a 10 dias.

Chá de Salsinha
Tomar chá de salsinha diariamente vai inibir a formação de tumores, em especial
na próstata, no cólon e nos pulmões, devido ao composto miristicina. Ele ativa uma
enzima que ajuda na eliminação de moléculas oxidadas que causam doenças. Além
disso, ele é ideal para quem é fumante, pois o chá neutraliza agentes químicos e
carcinogênicos que estão presentes na fumaça do cigarro.
O chá de salsinha é um ótimo digestivo que contém propriedades
antiespasmódicas, ou seja, propriedades que vão prevenir ou aliviar os espasmos do
cólon e reduzir os sintomas da temida indigestão e regulando a flora intestinal. Eles
são componentes presentes em vários produtos naturais e que, se combinados com
certas moléculas do corpo, podem diminuir os danos dos radicais livres, que, dentre
outras coisas, pode causar o envelhecimento precoce e o câncer.
As vitaminas A e C ficam responsáveis por prevenir certas doenças, e a vitamina
C, especificamente, limpa o corpo das toxinas e fortalece o sistema imunológico.
O chá de salsinha é uma bebida anti-inflamatória que reduz os sintomas das
doenças crônicas e previne infecções. Ele é bastante recomendado para quem sofre de
diabetes, asma, aterosclerose, artrite reumatoide e osteoartrite.
Se você sofre de insuficiência renal ou infecção urinária, ele é indicado por
purificar os rins naturalmente. Se você sofre de pedras nos rins ou tem predisposição a
tê-las, não é recomendado tomar o chá.
Trata-se do antioxidante betacaroteno, que age nas áreas lipossolúveis do corpo,
sendo bebida diurética, que vai lidar bem com a retenção de líquidos, fazendo com
que o consumidor que sofre dessa doença perca o inchaço na barriga.
Se você tem problemas no coração, o chá de salsinha também é indicado, pois
transforma aminoácidos prejudiciais em moléculas benéficas para o coração, cuidando
para que você não tenha ataques cardíacos, derrames e aterosclerose.
O chá de salsinha é indicado para quem sofre de inflamação nas articulações,
pois seus benefícios anti-inflamatórios têm se mostrado muito bons no tratamento
dessas enfermidades. É aquela sensação debilitante que muita gente que não sofre
disso aponta como preguiça, quando na verdade é um forte cansaço. O chá vai fazer a
pessoa ter a fadiga neutralizada, e, assim, ela poderá voltar à sua rotina normal.
Esse chá ajuda a regular a pressão arterial, então é muito indicado para quem
sofre de hipertensão. Graças ao potássio, o chá melhora a circulação sanguínea, o que
previne e ajuda a lidar com muitos problemas de saúde.
Se você está na menopausa, vai agradecer muito por descobrir o quão benéfico o
chá de salsinha pode ser, pois ele reduz os sintomas desse período, como por exemplo
as ondas de calor que as mulheres sentem.
O chá de salsinha ainda trata gripes e resfriados, age contra os efeitos nocivos de
alguns medicamentos e melhora o estado da pele e das membranas mucosas.
Todos esses benefícios fazem com que essa bebida seja excelente e essencial
para a saúde de muitas pessoas.

Chá da casca de limão


Para fazer esse chá preciso atenção a algumas particularidades: Não ferva a
casca do limão para não perder o componentes ali presentes. Coloque apenas a água
no fogo e quando estiver perto de levantar fervura desligue, não deixe iniciar a
fervura. Depois acrescente a casca de limão e deixe apenas 3 minutos e já pode beber.
Use a proporção de 1 uma colher de chá da casca picada para uma xícara de água, ou
uma colher de sopa cheia da casca de limão para 1 litro de água.
O chá da casca de limão faz bem ao coração, pois ela ajuda a prevenir e a tratar
problemas como colesterol alto e obesidade que são fatores de risco para problemas
cardíacos. Sabe-se que flavonoides, vitamina C e pectina (que estão presentes na casca
de limão) ajuda a reduzir o risco de problemas no coração.
Assim um estudo com 344.488 pessoas descobriu que o aumento de médio de
10 mg de flavonoides reduz o risco de doenças do coração em 5%. Outro estudo agora
com ratos obesos chegou a conclusão que a casca uma das substâncias presentes na
casca de limão chamada D-limoneno é capaz de reduzir os níveis de açúcar no sangue,
triglicerídeos e colesterol LDL (ruim) além de aumentar o bom colesterol.
 Promove a saúde bucal: a presença de substâncias antibacterianas capaz
de ajudar no combate de bactérias comuns causadoras de problemas na boca.
 Melhora nossos sistema de defesa: É preciso deixar claro que o nosso
sistema de defesa não aumenta, ele tem um patamar de normalidade. O que pode
acontecer é o sistema imunológico ficar mais baixo ou fragilizado por algum motivo. O
suco da casca de limão pode ajudar o nosso sistema de defesa voltar á normalidade.
Quanto mais debilitado estiver nosso sistema de defesa mais propensos a doenças
como gripes e outras doenças virais ficamos.

 Outros benefícios da casca de limão: Há outros benefícios da casca de


limão que podemos citar como: Rica em antioxidantes; Propriedades anticâncer; Trata
cálculos biliares; Ansiedade.

Outros usos da casca de limão que não tem relação com a saúde são:
 Limpador de uso em geral: Encha uma jarra com cascas de limão e vinagre
branco e deixe curtindo por algumas semanas. Retire as cascas de limão e
misture uma mesma quantidade de água.
 Desodorizador de geladeira: Coloque cascas de limão no fundo da geladeira.
 Limpador de aço inoxidável: Coloque sal sobre a peça que deseja limpar e
esfregue o limão e depois enxague.
 Esfoliação para a pele: Misture cascas de limão picadas, azeite e açúcar e
passe sobre a pele e depois enxague.

Água de gengibre
Feito com gengibre fresco, in natura. Cortar algumas rodelas de gengibre e
colocá-las dentro de 1 litro de água. A medida que pode ser usada é de 4 a 5 rodelas
ou 2 colheres de sopa da raspa do gengibre. Diariamente você terá que trocar o
gengibre e acrescentar um novo para que assim a sua água seja cheia dos benefícios
dele. A água pode ser na temperatura que achar melhor, inclusive gelada.
O quanto tomar da água de gengibre? Você pode fazer da seguinte maneira,
todos os dias durante a manhã e de jejum tome um copo de sua água de gengibre e
espere pelo menos uns 30 minutos para tomar o café da manhã. Assim você obterá os
benefícios do gengibre em especial a sua ajuda na perda de peso.
Contra-indicações: Algumas pessoas devem evitar o consumo da água de
gengibre como pessoas que tomam medicação para baixar a pressão arterial, pessoas
que tomam medicação para afinar o sangue, durante a gravidez também deve buscar
uma orientação médica para saber se deve ou não fazer uso dessa água. Pessoas que
já fazem tratamento de coração e cálculos biliares devem buscar orientação médica.
Efeitos colaterais: Os efeitos colaterais da água do gengibre não são comuns,
mas deve-se ter atenção ao menor sinal de que ela não esteja fazendo bem. Como
disse os efeitos colaterais são raros, mas em algumas pessoas pode aparecer os
seguintes efeitos, principalmente se consumido em excesso: azia, dor no estômago,
queimação na boca.
Benefícios do gengibre: Para tratar inflamações; É antioxidante prevenindo assim
doenças cardíacas, doenças neurodegenerativas, câncer e os sintomas do
envelhecimento; Ajuda a tratar náuseas; Ajuda na digestão; Ajuda a equilibrar os níveis
de açúcar no sangue; Ajuda a baixar o colesterol ruim (LDL); Promove a perda de peso;
Ajudará a manter-se hidratado; Melhora a respiração e sintomas da gripe como tosse e
falta de ar; Combate gazes intestinais; Para tratar os refluxos gastrointestinais.
Dica final: Há pessoas que amam o sabor do gengibre, outras nem tanto. Por
esse motivo pode-se acrescentar um suco de um limão na hora em que for tomar a
água de gengibre, assim você adiciona uma fruta cheia de benefícios e também pode
modificar o sabor. Também é possível acrescentar umas folhinhas de hortelã à água de
gengibre, assim se obtêm outro sabor e mais benefícios. E por fim pode-se acrescentar
também alguns paus de canela à água e obter um novo sabor e novos benefícios.

Xarope de Gengibre
O xarope de gengibre é um excelente remédio caseiro para gripes,
resfriados, dor de garganta, febre, náusea, vômitos e dor de estômago, dor muscular,
pois contém na sua composição gingerol, uma substância com potente ação anti-
inflamatória, analgésica, antipirética, antiemética e expectorante.
O xarope de gengibre tem também propriedades termogênicas, o que significa
que é capaz de acelerar o metabolismo e estimular a queima de gordura corporal,
podendo ser usado para auxiliar na perda de peso.
Ingredientes
 25 g de gengibre fresco sem casca fatiado ou 1 colher de sopa de gengibre em
pó;
 1 xícara de açúcar mascavo;
 100 mL de água.
Modo de preparo: Ferver a água com o açúcar, mexendo até dissolver
completamente o açúcar. É importante não ferver por muito tempo para o açúcar não
caramelizar. Desligar o fogo, adicionar o gengibre. Tomar 1 colher de chá do xarope de
gengibre 3 vezes ao dia.
Além do gengibre, pode ainda ser adicionando mel, própolis, canela ou limão,
por exemplo, que ajudam a melhorar o sabor, além de conferir outras propriedades
medicinais.
Contraindicações: O xarope de gengibre não deve ser usado por pessoas com
problemas de coagulação ou que estejam utilizando remédios anticoagulantes, pois
pode aumentar o risco de sangramentos e hematomas. Além disso, o uso deste xarope
deve ser evitado por grávidas sem orientação do médico. Também não é indicado para
pessoas com diabetes pois o gengibre pode causar diminuição brusca do açúcar no
sangue, levando a sintomas de hipoglicemia como tontura, confusão ou desmaio. Além
disso, pessoas que têm alergia ao gengibre não devem utilizar o xarope.
Possíveis efeitos colaterais: O consumo do xarope de gengibre, em doses
superiores às recomendadas, pode causar sensação de queimação no estômago,
enjoo, dor no estômago, diarreia ou indigestão. No caso de apresentar reação alérgica
como dificuldade de respirar, inchaço da língua, rosto, lábios ou garganta, ou coceira
pelo corpo, deve-se procurar o pronto atendimento mais próximo imediatamente.

Dente de Leão

Eis uma planta também medicinal e comestível, em vários países suas folhas
novas são aproveitadas para compor saladas. Devido às suas propriedades, o Dente-
de-leão pode ser usado para auxiliar no tratamento de transtornos digestivos,
problemas no fígado e pâncreas e afeções da pele, por exemplo. Além disso, de acordo
com um estudo feito na China em 2011, o chá desta planta também parece ser capaz
de eliminar mais rapidamente a infecção pelo vírus Influenza, responsável pela gripe
comum.
Por ter ação antioxidante, anti-inflamatória, hepato-protetora e ligeiramente
analgésica, o dente-de-leão é muitas vezes indicado para ajudar no tratamento de:
Problemas digestivos; Falta de apetite; Transtornos biliares; Doenças hepáticas;
Hemorroidas; Gota; Reumatismo; Eczemas; Diminuir o colesterol; Alterações renais ou
vesicais.
Além disso, o dente-de-leão também parece aumentar a produção de insulina,
podendo ajudar no tratamento da diabetes, além de ter forte poder diurético,
podendo, por isso, ser usado como complemento do tratamento de infecções
urinárias, retenção de líquidos e pressão alta. A raiz da planta também tem um efeito
laxante leve.
Modo de uso:
 Chá de dente de leão
Ingredientes
 1 colher (de sopa) de raiz de dente-de-leão;
 200 ml de água fervente.
Modo de preparo: Para preparar o chá, basta juntar a água fervente com a colher
de raiz e deixar repousar durante 10 minutos. Depois, coar, deixar amornar e beber até
3 vezes ao dia. No caso de problemas gastrointestinais, deve-se beber o chá antes das
refeições.
 Suco de dente-de-leão
Ingredientes
 Folhas novas de dente-de-leão;
 Água de coco.
Modo de preparo: Bater as folhas em um processador, juntamente com a água
de coco e tomar três vezes ao dia. Geralmente, as folhas de dente-de-leão possuem
um sabor amargo e, por isso, devem-se usar as mais novas, cujo sabor é menos
intenso. Além disso, podem-se misturar outros ingredientes, como suco de maçã,
hortelã e gengibre, por exemplo, para melhorar o sabor e conferir mais propriedades a
este suco.
 Na forma natural: O dente-de-leão também pode ser usado na sua
forma natural na culinária. Uma vez que é uma planta segura para consumo, o dente-
de-leão pode ser utilizado para preparar saladas, sopas e até algumas sobremesas.
Possíveis efeitos colaterais: Embora seja raro, a utilização de dente-de-leão pode
provocar transtornos gastrointestinais ou reações alérgicas.
Quem não deve usar: O dente-de-leão não deve ser utilizado em pessoas com
hipersensibilidade a esta planta, que sofra de obstrução dos ductos biliares ou de
oclusão intestinal. Além disso, também não deve ser usada na gravidez.

Valeriana

É um calmante natural muito utilizada popularmente para tratar crises de


insônia, ansiedade e agitação. Indicações:
 Dificuldade para dormir e cansaço mental: O substância ativa da
valeriana, o ácido valérico, influencia no funcionamento das células nervosas, tendo
um efeito tranquilizante, sendo capaz de diminuir o tempo que a pessoa leva para
dormir.
 Estresse, irritabilidade e ansiedade: A valeriana possui substâncias que
podem interagir com neurotransmissores sedativos do corpo humano, chamados de
GABA, o que reduz os sintomas de estresse e de ansiedade, por exemplo. No entanto,
a valeriana não se mostra eficaz no tratamento da ansiedade generalizada, neste caso
o ideal é procurar um psicólogo para auxiliar no tratamento deste sintoma.
 Esgotamento mental e falta de concentração: O extrato da valeriana
aumenta a concentração de GABA e isso diminui a irritabilidade e ansiedade, com isso
a sensação de esgotamento e a falta de contração tendem a diminuir, pois a pessoa
tem a sensação de alivio.
 Sintomas de menopausa: juntamente com seu efeito relaxante, a
valeriana se mostra eficaz para sintomas da menopausa, especialmente à noite, onde
mulheres relatam ondas de calor e suor intenso.
 Cólicas menstruais: A valeriana possui propriedades antiespasmolíticas e
relaxantes, que diminuem a força dos espasmos e contrações características das
cólicas menstruais, ajudando a aliviar esse sintoma.
 Como tomar a valeriana: A valeriana pode ser tomada em forma de chá
ou consumida em cápsulas, no entanto, para tratamento específicos as cápsulas são
mais seguras, pois assim a pessoa pode ter um controle maior da quantidade que esta
consumindo. A quantidade de valeriana pode variar de acordo com a indicação,
podendo ser:
 Para melhorar o sono: recomenda-se 450 mg uma hora antes de ir para a cama,
os efeitos do tratamento se mostram mais eficazes após a terceira semana de
uso;
 Esgotamento mental e falta de concentração: 100 mg, uma vez ao dia, os podem
ser sentidos após a primeira semana;
 Reduzir estresse: 300 a 450 mg por dia, divida em três doses durante o dia,
sempre acompanhada de uma refeição;
 Sintomas da menopausa: 255 mg três vezes ao dia, os resultados significativos se
mostram por volta de 8 semanas após o inicio do tratamento;
 Redução das cólicas menstruais: 225 mg três vezes ao dia, a redução na dor se
nota a partir no segundo ciclo menstrual.
Apesar de ser um medicamento natural e com poucos efeitos colaterais
relatados, a valeriana deverá ser recomendada por um fitoterapeuta, pois em doses
excessivas pode provocar tremores, dor de cabeça, vertigem, alucinações,
instabilidade emocional, diarreia e sensação de “ressaca”.
A valeriana também não deve ser utilizada durante a gravidez e amamentação.
Além disso, como a capacidade de reação pode ser afetada, não se deve dirigir nem
consumir bebidas alcoólicas depois de tomar o suplemento ou beber o chá.

Carqueja

A Carqueja é uma planta medicinal que serve para ajudar no tratamento de má


digestão, prisão de ventre, diarreia, gastroenterite, anemia, gripe, febre, doenças do
fígado, diabetes, vermes intestinais, aftas, amigdalites, anorexia, azia, bronquite,
colesterol, doenças da bexiga, má circulação do sangue e feridas.
 Como tomar : A parte usada da Carqueja são suas hastes, para fazer chá
ou utilizar como tempero em cozinhados.
Ingredientes para o chá
 25 g de hastes de carqueja;
 1 L de água fervente.
Modo de preparo: Colocar 25 gramas de hastes de Carqueja em 1 litro de água
fervente, deixando repousar por 10 minutos. Tomar até 3 xícaras por dia.
Caso se opte pelas cápsulas, deve-se tomar até 3 cápsulas por dia.
Possíveis efeitos colaterais e contraindicações: Os efeitos colaterais da carqueja
surgem quando consumida em excesso, principalmente em pacientes diabéticos e
hipertensos. Isso porque a carqueja pode aumentar o efeito do remédio usado por
essas pessoas, diminuindo muito a concentração de glicose ou a pressão arterial, o que
é prejudicial à saúde. Assim, a carqueja só deve ser consumida por hipertensos e
diabéticos apenas após recomendação médica. Além disso, a carqueja está
contraindicada na gravidez, pois pode provocar aborto, e durante o período de
amamentação, pois pode passar para o leite materno e, consequentemente, para o
bebê, o que não é aconselhável.

Sálvia

Esta planta medicinal pode ser usada por via oral, para tratar casos de
transpiração intensa ou problemas gastrointestinais e através de aplicação tópica em
lesões e inflamações da pele, boca e garganta.
A salvia tem indicações comprovadas nas seguintes situações: Transtornos
funcionais do trato gastrointestinal, como dificuldades na digestão, excesso de gases
intestinais ou diarreia, devido à sua ação estimulante do sistema gastrointestinal;
Transpiração excessiva, devido às propriedades inibidoras do suor; Inflamações na
mucosa da boca e da faringe e em lesões da pele, devido às suas propriedades
antimicrobianas, anti-inflamatórias e cicatrizantes; Falta de apetite, devido às suas
propriedades estimulantes do apetite.
Esta planta pode ser usada por via oral ou aplicada na pele.
Como usar: A sálvia pode ser utilizada para a preparação chás ou através de
tinturas, pomadas ou loções já preparadas.
 Chá de sálvia. Ingredientes:
 1 colher de sopa de folhas de sálvia;
 1 xícara de água fervente.
Modo de preparo: Verter uma xícara de água fervente sobre as folhas e deixar
em infusão por cerca de 5 a 10 minutos e coar. O chá pode ser utilizado para fazer
gargarejos ou bochechos várias vezes ao dia, tratar lesões na boca ou na garganta, ou
pode-se tomar 1 xícara do chá, 3 vezes ao dia, para tratar a diarreia, melhorar a função
digestiva ou reduzir o suor noturno.
 Tintura: A tintura também pode ser utilizada várias vezes ao dia, em
pinceladas, na região lesada, sem diluir. A posologia por via oral vai depender da
concentração da solução, e deve ser estabelecida pelo médico.
Possíveis efeitos colaterais: Em caso de ingestão prolongada ou de dose
excessiva, pode ocorrer uma sensação de enjoo, calor, aumento dos batimentos
cardíacos e espasmos epiléticos.
Quem não deve usar: A salvia é contra-indicada em pessoas com
hipersensibilidade a esta planta medicinal. Além disso, também não deve ser usada na
gravidez porque ainda não se dispõe de dados científicos suficientes que comprovem
que a salva seja segura na gravidez. Também não deve ser usada durante a
amamentação porque reduz a produção de leite. No caso de pessoas com epilepsia, a
planta só deve ser usada com orientação de um médico ou fitoterapeuta, pois alguns
estudos indicam que a planta pode estimular o desenvolvimento de crises epiléticas.

Xarope de Mel com Agrião


Indicação: Um bom remédio caseiro para facilitar a expectoração e ajudar na
eliminação de catarro, é o xarope caseiro de mel, agrião e própolis.
Ingredientes:
 250 ml de suco puro de agrião;
 1 xícara de chá de mel de abelhas;
 20 gotas de extrato de própolis.
Modo de preparo: Começar por preparar 250 ml de suco de agrião passando o
agrião fresco e lavado na centrifuga; Depois do sumo pronto, acrescentar ao suco 1
xícara de chá de mel de abelhas e ferver a mistura até que ela fique viscosa, com
consistência de xarope; Deixar a mistura arrefecer e acrescentar 5 gotas de própolis.
É recomendado tomar 1 colher de sopa deste remédio, 3 vezes por dia, de
acordo com os sintomas sentidos.

Suco de batata crua

Indicação: para dor de estômago, azia e queimação. O suco de batata crua é uma
ótima opção natural para neutralizar a acidez do estômago, aliviando os sintomas.
Ingredientes
 1 batata crua.
Modo de preparo: Ralar uma batata e espremer dentro de um pano limpo, por
exemplo, até sair todo o seu suco, devendo-se beber logo a seguir. Este remédio
caseiro pode ser tomado diariamente, várias vezes ao dia e não possui contra-
indicações.

Chá de folhas de alface


Indicação: para dor de estômago. Um bom remédio caseiro para aliviar a dor de
estômago é tomar o chá de alface todos dias porque ele é um anti-ácido natural.
Ingredientes
 80 g de alface;
 1 litro de água.
Modo de preparo: Para prepara este chá, basta juntar os ingredientes num
panela e deixar ferver por cerca de 5 minutos. Depois, deixar descansar devidamente
tapado, por cerca de 10 minutos. Coar e beber este chá 4 vezes por dia, em jejum e
entre as refeições.

Espinheira Santa
Indicação: Costumam ser utilizadas as folhas, caules, as cascas e as raízes da
espinheira-santa no preparo de chás medicinais, infusões que tanto podem ser usadas
interna quanto externamente, para tratamentos cicatrizantes de pele. Ela é muito
consumida em chá, ou mesmo em cápsulas do seu extrato.
As indicações de espinheira santa são várias. Os usos clássicos são para úlceras
gástricas e intestinais, gastrite, dores de estômago, azia, dispepsia, indigestão,
constipação e problemas no fígado, pois os componentes presentes nesta planta têm
uma forte ação antioxidante e protetora celular e, além disso, reduzem a acidez
gástrica, protegendo assim a mucosa do estômago. Combate também a H. Pylori e aos
refluxos gástricos.
Outras indicações incluem efeito diurético, anemia, câncer e como
contraceptivo. Além disso, a Espinheira-santa tem também propriedades diuréticas,
laxativas, depurativas do sangue, anti-infecciosas, e pode ser usada em casos de acne,
eczema e cicatrizes. Esta planta é também usada como remédio caseiro em casos de
câncer devido as suas propriedades analgésicas e antitumorais.
Ingredientes
 Ferva meio litro de água
 Após levantar fervura, desligue o fogo e acrescente um punhadinho de folhas
de espinheira santa e deixe a panela tampada por 5 a 10 minutos.

Orégano
O orégano é uma erva aromática muito utilizada na cozinha. No entanto, o
orégano também pode ser consumido na forma de chá ou usado como óleo essencial
devido às suas propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias, que
lhe conferem benefícios para a saúde como:
 Reduzir a inflamação: por conter a substância carvacrol, que é responsável pelo
cheiro e sabor característico do orégano, além de exercer efeitos anti-inflamatórios
no organismo, podendo ajudar na recuperação do organismo frente a algumas
doenças crônicas;
 Prevenir o câncer: pois é rico em antioxidantes, como o carvacrol e o timol, que
podem prevenir o dano celular causado pelos radicais livres;
 Combater alguns tipos de vírus e bactérias: aparentemente, o carvacrol e o
timol diminuem a atividade desses microrganismos, que podem causar infecções
como gripes e resfriados;
 Favorecer a perda de peso: o carvacrol pode alterar a síntese de gordura no
organismo, além de exercer um efeito anti-inflamatório, favorecendo o
emagrecimento;
 Combater fungos nas unhas: uma vez que possui propriedades antifúngicas;
 Fortalecer o sistema imunológico: é rico em vitamina A e carotenos, possuindo,
portanto, grande poder antioxidante que ajuda a fortalecer o sistema imunológico;
 Acalma as vias respiratórias e fluidifica secreções: sendo esse benefício
alcançado principalmente por meio da aromaterapia com orégano.
Além disso, o orégano ajuda a preservar os alimentos por mais tempo devido às
suas propriedades antimicrobianas, que ajudam a evitar e controlar a proliferação e
desenvolvimento de microrganismos que podem estragar a comida.
Além dos usos comuns na comida, uma forma muito popular de consumir o
orégano para obter seus benefícios é fazendo o chá da seguinte forma:
Ingredientes
 1 colher (de sopa) de orégano seco;
 1 xícara de água fervente
Modo de preparo: Colocar o orégano na xícara de água fervente e deixar
repousar entre 5 a 10 minutos. Depois coar, deixar amornar e beber 2 a 3 vezes por
dia.

Calêndula / Bem-me-quer

Indicação: para cicatrização, no tratamento de problemas de pele,


principalmente queimaduras, inflamações e cortes, ajuda a proteger o fígado, regula
os níveis de açúcar no sangue e fortalece o sistema imune.
Apresenta propriedades anti-inflamatórias, calmantes e antimicrobianas, que
além de diminuírem a dor e o inchaço no local, também evitam o desenvolvimento de
microrganismos. Estimula a formação de colágeno.
Como usar a calêndula: A parte mais utilizada da calêndula são suas flores seca,
que podem ser usadas para fazer chás, infusões, banhos, pomadas, cataplasmas ou
tinturas.
Algumas das formas mais populares para usar a calêndula em casa incluem:
 Chá de calêndula: colocar 2 colheres de sopa das flores da calêndula em
1 xícara de chá de água fervente e deixar descansar por 5 minutos. Depois coar e beber
1/2 xícara de manhã e meia xícara à noite.
 Cataplasma de calêndula: amassar folhas e flores da calêndula em um
pano limpo (gaze) e pôr em cima da ferida ou acne, deixando atuar durante 30
minutos;
 Gargarejos: preparar o chá de calêndula morno para gargarejar por 30
segundos e repetir 3 a 5 vezes;
 Infusão para limpeza de feridas: preparar o chá de calêndula, deixar
esfriar e depois utilizar a infusão para lavar a ferida.
 Cabelos: pode ser aplicado o chá nos fios para manutenção da coloração
loura.
Para facilitar a aplicação na pele, a calêndula também pode ser encontrada em
algumas farmácias e lojas de produtos naturais sob a forma de pomada, que pode
conter outras substâncias naturais que também ajudam na cicatrização.
Possíveis efeitos colaterais: Embora raro, algumas pessoas podem apresentar
sintomas de reação alérgica na pele, como vermelhidão, inchaço e coceira. Nesses
casos, deve-se lavar a pele com água fria para retirar a substância.
Quem não deve usar: Devido à falta de estudos em grávidas e crianças com
menos de 6 anos, por via oral, a calêndula só deve ser usada com orientação de um
médico nesses grupos.

Barbatimão

O Barbatimão é uma planta arbórea medicinal, também conhecida como


Barbatimão-verdadeiro, casca-da-mocidade ou ubatima, e é muito usada para ajudar a
tratar feridas, hemorragias, queimaduras, dores de garganta ou inchaços e hematomas
na pele, candidíase, por exemplo. Além disso, esta planta também pode ser utilizada
para ajudar no tratamento de doenças como diabetes ou malária, por exemplo, devido
a suas propriedades anti-inflamatórias.
O Barbatimão pode ser usado para aplicar diretamente na pele ou pode ser
usado para preparar chá, usando as folhas e a casca do caule da planta. O chá de
Barbatimão pode ser preparado do seguinte modo:
Ingredientes:
 20 g da casca ou de folhas de Barbatimão;
Modo de preparo: a um litro de água fervente adicionar as cascas de Barbatimão
ou as folhas, e deixar repousar durante 5 a 10 minutos. Coar antes de beber.
Este chá deve ser bebido ao longo do dia, 3 a 4 vezes por dia. Também pode
ser utilizado em banhos de assento para tratar doenças das partes íntimas, como
candidíase.
O princípio ativo do barbatimão também pode ser encontrado em produtos
cosméticos, como cremes e sabonetes, que podem atuar na pele, com efeito
cicatrizante e anti-inflamatório.
13. Conservas de Alimentos - Receitas
Dica 1: Para conservas mantidas por 3 meses, realizar o processo denominado de
“exaustão”. A exaustão visa eliminar o ar contido no interior do frasco e formar vácuo. Ferva
os potes abertos (já prontos com o preparado da conserva) em banho maria com água em
metade a 2/3 da altura do pote por 15 a 20 minutos. Para uma boa exaustão, a temperatura da
solução no centro do vidro deve atingir 85-87ºC . Após a exaustão, os vidros devem ser
imediatamente fechados para evitar a queda de temperatura e, consequentemente, a redução
do vácuo final. Depois de aberto, conservar na geladeira.
Outra forma de facilitar a expulsão das bolhas de ar é introduzindo uma faca de aço
inoxidável no interior do frasco, movimentando-a cuidadosamente. Após a retirada da faca,
passa-se água quente nas tampas para lavá-las e adequar o vedante e procede-se ao
fechamento das embalagens.
Dica 2: As conservas devem ser armazenadas em local escuro, limpo, seco, com boa
ventilação e temperatura não muito elevada. A maioria das conservas pega mais sabor com o
tempo .

Conserva de Alho
Ingredientes
 500g de algo descascado. ( Dica: deixar 20 min na agua para facilitar descascar);
 1 colher de chá de sal;
 1 xícara de vinagre branco seco;
 1 xicara de vinagre de maçã;
 3 colheres de sopa de azeite extra virgem;
 Ervas à gosto (louro, orégano, alecrim, salsinha – todos desidratados).
Modo de preparo: Reserve os dentes de alho e leve os demais ingredientes ao fogo até
levantar fervura. Adicione os dentes de alho e deixe ferver por mais 2 minutos. Distribua em
potes de vidro com tampa (já esterilizados) e armazene na geladeira.

Conserva de legumes
Dependendo de cada legume, deve-se fazer um procedimento. Legumes
como cenoura, batata, brócolis e couve-flor precisam ser cozidos até ficarem macios porém
ainda firmes, ou seja, ao dente. A cebola só deve ser colocada em água fervente por poucos
minutos para tirar a acidez. Outras como pimentão, pepino e alho não precisam cozinhar.
Na hora de colocar os legumes no pote já esterilizado, antes mesmo de adicionar os
condimentos, é bom separá-los em camadas. Isso vai dar um toque mais sofisticado ao pote,
deixando toda a conserva mais bonita e apetitosa.
Os ingredientes necessários são vinagre, azeite, sal, açúcar e ervas à gosto. As
quantidades em diversas receitas são muito variadas, podendo seguir uma regra que sempre
dá certo: coloque os legumes até quase ficar cheio e adicione ⅓ da medida de vinagre para ⅔
de água filtrada. Coloque também um pouco de azeite, para dar sabor e fazer uma camada
protetora contra a entrada de ar. Adicione para potes pequenos, de 500 gramas, 1 colher de
sopa de sal e 1 colher de chá de açúcar.
Uma boa dica antes de adicionar o azeite e o vinagre na conserva, é fazer uma pequena
mistura para deixar o sabor ainda melhor. Ferva o vinagre, azeite e as ervas. Depois de
misturar tudo, despeje por cima dos legumes até que eles fiquem completamente imersos.
Deixe pegando o gosto por pelo menos 24 horas antes de consumir!
Conserva de beterraba
Ingredientes
 2 xicaras de água
 2 xicaras de vinagre de maçã
 500g de beterrabas inteiras ou cortadas grosseiramente
 3 dentes de alho inteiros
 2 xicaras de açúcar cristal
Modo de preparo: Lave bem as beterrabas e corte os talos, cubra com agua em uma
panela e deixe cozinhar por cerca de 20 a 30 minutos, escorra a água e corte da forma que
desejar. Distribuas no pote já esterilizado. Leve ao fogo os demais ingredientes, quando
levantar fervura abaixe o fogo e deixe por 5 minutos. Deixe esfriar um pouco e despeje no
pote sobre as beterrabas ate que as cubra. Tampe bem e de vez enquando mexa o pote para
misturar os sabores. Após aberto armazene em geladeira por até 3 semanas.

Conserva de Gengibre
Ingredientes
 500g Gengibre (novo: casca fina e lisa)
 1 copo de vinagre
 3 copos de agua
 1/2 copo de açúcar (ou à gosto)
 Aji no moto
 1 colher de sal
Modo de Preparo: Lave e descasque o gengibre, e pique em “bastonete” de cerca de 4
cm de comprimento. Faça um leve branqueamento: ferva água e jogue rapidamente por cima
do gengibre picado e deixe escorrer. Acomode o gengibre num pote de vidro devidamente
esterilizado. Ferva numa panela o restante dos ingredientes por 3 minutos e cubra o gengibre
que está acomodado no pote. Tampe e armazene na geladeira. Consuma após uns 10 dias para
pegar o sabor.

Conserva de Minimilho

Minimilho é o nome dado à inflorescência feminina do milho antes da polinização, ou


seja, é a espiga de milho em desenvolvimento. Assim, o minimilho não é proveniente de uma
planta de milho anã, mas é produzido por meio de sementes de cultivares de milho comerciais,
semeadas em densidade elevada e colhidas dois a três dias após a emissão dos estilos-
estigmas, popularmente denominados “cabelos” (PEREIRA FILHO, 2008). No Brasil, o consumo
de minimilho vem aumentando ano após ano e nos mercados Norte Americano e Asiático esse
produto é bastante apreciado. Por apresentar textura crocante, sabor levemente adocicado e
aparência delicada, o minimilho pode ser utilizado tanto cru quanto cozido em diversos tipos
de pratos e ainda em conservas.
A cultura do minimilho é uma alternativa bastante viável para aumentar a renda do
produtor, pois, além do produto principal (minimilho), o agricultor ainda dispõe do
subproduto, que consiste na planta de milho-verde, que pode ser utilizada na alimentação
animal e para a silagem.
Ingredientes
 500 ml de água potável (50%)
 500 ml de vinagre branco (de álcool, de preferência) (50%)
 25 g de açúcar (2,5%)
 20 g de sal refinado (2,0%)
Modo de preparo: higienizar as espigas retirando as palhas e realizar o branqueamento
que consiste em colocar as espigas em água fervente, em quantidade suficiente para cobri-las,
por 2 minutos; em seguida, devem ser retiradas e mergulhadas em água fria. Para garantir que
o pH de equilíbrio no produto final alcance valor menor que 4,5, ou seja, pH necessário para
impedir a proliferação de patógenos formadores de esporos, como o Clostridium botulinium, a
solução de cobertura deverá ser preparada conforme descrito: Ferver primeiro a água, em
seguida, acrescentar o sal e o açúcar e deixar em ebulição por cinco minutos. Adicionar o
vinagre e deixar a solução permanecer por mais cinco minutos sob fervura.
Esta solução deverá ser adicionada imediatamente (ainda fervendo) sobre as espigas que estão
acondicionadas nos frascos, até cobertura total delas.

Páprika
Com o pimentão vermelho fresco, ainda inteiro, leve ao forno alto ou Airfryer
(temperatura máxima por 3 a 5 minutos) para dar uma queimada e secada leve. Depois pique
em tiras finas retirando a parte branca interna com as sementes e leve novamente o forno,
Airfryer na menor temperatura por cerca de 1:30h. Pode usar também o desidratador solar de
alimentos. Deixe até que fique bem desidratado e quebradiço de forma que consiga levar ao
pilão para moer e transformar quase que num pó, como é comprado no supermercado. Pode
usar o liquidificador, caso prefira.

13.1 Geléias
O que dá consistência à geleia é uma substância chamada pectina. Ela é encontrada
naturalmente nas próprias frutas (em especial nas cítricas), e liberada pouco a pouco durante
o cozimento, encorpando a mistura e deixando-a, como o nome diz, gelatinosa. Para saber se o
tempo de cozimento foi suficiente, tire uma colher (sopa) de geleia da panela e disponha sobre
um prato limpo. Passe o dedo riscando a geleia ao meio: se a mistura depois de separada unir-
se novamente, ainda não está no ponto. Uma dica para conferir aquele aspecto translúcido,
característico das geleias, é acrescentar uma colher de suco de limão enquanto o doce esta
sendo apurado na panela.
Você pode fazer geleias usando qualquer fruta. Geleias devem ser preparadas
lentamente sempre em fogo baixo. Se a fruta for mais consistente, pique em pedaços
pequenos para que se dissolvam melhor durante o cozimento. Para obter geleias com textura
mais pastosa e homogênea, bata com o mixer ou no liquidificador (quando já fria) por alguns
instantes.
Além de mais saborosas, as geleias caseiras dispensam os conservantes artificiais. E ao
contrário do que muita gente pensa, a geleia feita em casa não estraga tão rápido: o açúcar
(natural da fruta ou adicionado) é um conservante natural. Se preparados e armazenados
corretamente, em vidros esterilizados, esses doces caseiros têm validade de até dois meses.

Dica: a canela em pau ajuda a conservar por mais tempo caso deseje não colocar muito
açúcar.

Geléia de Laranja com Maracujá


Ingredientes
 2 laranjas pêra descascadas sem a pela branca e cortadas em pedaços pequenos;
 2 maracujás maduros;
 12 colheres (sopa) de açúcar cristal;
Modo de Preparo: misture as laranjas picadas à polpa dos maracujás com as sementes.
Acrescente o açúcar e mexa até dissolver. Leve ao fogo brando, mexendo sempre. Desligue o
fogo e deixe esfriar. Guarde em geladeira.

13.2 Dicas para conservar os alimentos por mais tempo


1. Alho: Coloque dentes de alho descascados dentro de um vidro com óleo de cozinha. Além
de evitar que eles ressequem, você ainda pode usar essa mistura como molho para saladas.
2. Maionese: Retire a maionese que sobrou no fundo da embalagem espremendo o suco de
meio limão. A mistura dará um ótimo acompanhamento para aperitivos.
3. Óleo: Reaproveite o óleo usado na fritura colocando, quando ainda quente, algumas fatias
de batata crua. Ela absorverá todo e qualquer sabor estranho ao óleo.
4. Açúcar: Evite que o açúcar fique empedrado colocando dentro do recipiente de onde ele
fica algumas bolachas salgadas.
5. Ovos: Para que os ovos durem mais, guarde-os sempre com a parte mais pontuda para
baixo.
6. Sal: Para absorver a umidade, misture alguns grãos de arroz ou feijão ao sal do saleiro.
7. Café: Guarde o pó de café em um recipiente bem fechado, escuro e dentro da geladeira.
Desse modo o sabor durará por mais tempo.
8. Cebola: Quando guardar metade de uma cebola na geladeira, passe um pouco de manteiga
sobre ela e evite que ela resseque rapidamente.
9. Refrigeração: Nunca guarde condimentos perto do fogão, pois eles perderão parte da cor e
do sabor. Mantenha-os sempre em um local refrigerado.
10. Queijo: Recupere o queijo que ficou duro deixando ele de molho no leite de um dia para o
outro.
14. Faça você mesmo - Soluções Práticas e Alternativas de
Utilidade Sustentável

Eliminar e afastar escorpiões


A Canela e a Lavanda servem para afugentar, pois o cheiro os repele. Espalhe nos locais
escuros e cantos e próximo às frestas em que o escorpião possa passar.
O Ácido Bórico é muito eficaz para matar o escorpião, desde que utilizado na forma
pura, embora alguns produtos em que ele é encontrado, como a água boricada, também
possam ser utilizados como repelentes. A menos que seja ingerido ou inalado, é inofensivo
para nós ou para animais de estimação. Deve ser espalhado pelos cantos escuros pelos quais
os escorpiões podem passear pela casa. Também funciona contra outros insetos e, portanto, é
outro veneno caseiro para escorpiões que também auxilia a diminuir a oferta de alimento para
eles.

Eliminar e afastar mosquitos


Limão e cravo: corte o limão ao meio e esprema num recipiente aperto de boca larga e
adicione os cravos, cerca de uns 15 e coloque no ambiente;
Vinagre: coloque num recipiente vinagre branco com um pouco de agua nas janelas. O
cheiro irá repelir os mosquitos e evitar que entrem.
Bolsa de plástico transparente: encher de agua e pendurar nas janelas que afugenta e
evita que mosquitos e moscas entrem.
Repelente natural (1): 500 ml de álcool de cerais; 100 mL de óleo de amêndoas; 10
gramas de cravo-da-índia. Modo de preparo: Misture os ingredientes, mexa e deixe a solução
descansar por pelo menos dois dias em um local escuro. Durante esse período, mexa três
vezes por dia esta mistura. Passado esse período, coe e o repelente está pronto para ser
usado. A validade é de cerca de seis meses.
Repelente natural (2): 10g de citronela picada; 100mL de óleo de semente de uva
(vende-se em lojas de produtos naturais); 500mL de álcool de cereais. Modo de preparo:
Misture a citronela ao álcool de cereais e guarde tudo em um vidro bem limpo por pelo menos
quatro dias. Passado esse período, filtre o líquido com o auxílio de um coador de papel. Junte o
óleo de semente de uva e mexa bastante. Guarde o repelente pronto em um borrifador. A
validade fica em torno de seis meses. Mas, por se tratar de um produto natural, sem
conservantes, pode ser mais ou menos do que esse prazo. Aplique a cada 4 horas.
Repelente natural (3): óleo essencial de capim limão e azeite de oliva

Vela vegetal
Ingredientes: Óleo de cozinha usado (descansar por 24h antes de usar, peneirar e coar);
ácido esteárico (1 colher do pó); corante a escolha; óleo essencial à escolha; vaselina. Modo de
preparo: Inicie adicionando a esterearina ou ácido esteárico; Após a mistura, coloque em um
micro-ondas ou no fogão através do banho-maria somente para esquentar e dar liga, mas não
deixe ferver, pois o trabalho ficará perdido caso isso aconteça. Em seguida, retire do local onde
ficou esquentando e deixe na temperatura ambiente por 3 minutos, a mistura precisa ficar
totalmente líquida. Nesse momento é necessário acrescentar anilina para dar cor às velas.
Colocar o óleo essencial com aroma específico para vela. Para que tenha o efeito terapêutico
das velas, é fundamental que o óleo seja puro. Em seguida é necessário limpar e secar os
recipientes com álcool, passe vaselina liquida ou sólida e coloque o líquido pronto. Coloca-se
os pavios quando o líquido estiver mais consistente, conforme a quantidade de esteriarina na
vela. É preciso verificar a consistência. Segure o pavio com um prendedor.
O uso das velas ecológicas a base de óleo, além de ser um investimento com o custo
mais baixo, possui a mesma qualidade que a vela de parafina, além da consciencialização
sustentável e a contribuição total na preservação da natureza, reciclando o material.
Outra forma de fazer vela é utilizar ceras de soja e cera de côco, encontradas em lojas
de produtos naturais. Pode-se usar uma das duas ou ambas, que devem ser derretidas em
banho-maria e após desligar e com temperatura da cerca em cerca de 60ºC, adicionar os óleos
essenciais a gosto.
Usar sempre recipientes de vidro para a fabricação de velas.

Receita de Desodorante natural caseiro


 4 colheres (sopa) de óleo ou manteiga de coco;
 2 colheres (sopa) de bicarbonato de sódio;
 Óleos essenciais de sua preferência (ex: o de lavanda pelo perfume suave e seu
poder antisséptico e calmante).
Modo de preparo: derreter a manteiga de coco e adicionar o bicarbonato, o ponto é de
pasta, se necessário acrescentar mais bicarbonato. Pode acrescentar amido de milho para mais
consistência. Se desejar liquido para uso em Spray, pode diminuir para uma colher de
bicarbonato e acrescentar leite de magnésia.

Pasta de dentes natural


Ingredientes: 2 colheres de argila branca fina para uso interno (bactericida); 1 colher
de sopa de sal marinho fino (evita cáries e formação de tártaro); Preparação: Misture os
ingredientes e armazene em um pote de vidro com tampa. Coloque uma pequena quantidade
da mistura na escova e escove os dentes regularmente.
Observação: Se você tiver problemas periodontais, recomenda-se adicionar 1 ou 2 gotas
de óleo essencial de Malaleuca à escova de dentes, antes de adicionar uma pequena
quantidade de pasta de dente de argila seca.

Óleo essencial de casca de Laranja


Raspe ou corte em pequenos pedaços as cascas de laranja, evitando extrair a parte
branca. Deixe-as secar sobre um papel toalha, pode ser no sol, até que fique bem secas e seja
possível moer caso estejam grandes. Se usou o ralador não precisa moer. Pegue algum álcool
etílico de cereais, pode ser vodka, coloque em banho Maria para amornar ate 30ºC.
Leve as cascas secas a um recipiente de vidro e cubra com a vodka morna. Tampe e agite
com vigor por uns dois minutos. Deixe descansar e vá agitando cerca de duas vezes ao dia por
três dias ou quatro dias.
Depois, essa mistura deve ser coada em um recipiente raso e de vidro com uma gaze,
pano de prato mais poroso ou pano de fazer queijo. Cubra com outro pano e deixe descansar
para evaporar o álcool, mas sem encostar novamente o coado no pano. Após isto estará
pronto o óleo essencial de laranja. Armazene em um recipiente com tampa ao abrigo da luz.
Usos: O limoneno é um desengordurante e solvente natural. Ele é bastante eficaz
principalmente para limpar panelas e outros utensílios de cozinha. Misture com um sabão
liquido de oliva para obter produto multiuso. Para afastar insetos pela casa: borrifando nos
cantos do chão 6 a 10 gotas para cada 500ml de água. Cupinicida: borrifar a mesma medida,
ou mais concentrada, no local atacado ou injetar nos furos que o inseto fez. Repelente:
algumas gotas misturadas a um creme neutro para passar na pele. Cura de ferimentos: por ter
propriedades antibióticas pode ser passado em ferimentos, ajuda a cicatrizar. Pode ser usado
também como desodorante de uso geral para ambientes.
Da mesma forma pode ser feito com cascas de limão.
Outra forma é usar azeite ao invés de álcool para extrair a essência das cascas, porém é
mais caro.

Desidratador solar para alimentos

Desidratar frutas e vegetais são métodos naturais de conservar os alimentos por mais
tempo. A construção de um desidratador pode ser feita com materiais reciclados que possui.
Atentando para as saídas de ar para uma circulação que auxilie no processo da desidratação,
assim como o uso de telas nos orifícios e calços com agua com cloro nos pés para insetos não
entrarem, formigas não subirem.
A secagem, ao eliminar a água evita a proliferação de bactérias e fungos, é mais simples,
exige menos trabalho e mantém os nutrientes melhor do que as compotas e outras
conservas. Além disso, os alimentos desidratados não apenas não perdem nutrientes ou sabor,
mas os multiplicam.
A secagem ocorre quando a temperatura interna está entre 38 e 60 ºC. Sendo
necessário virar os alimentos no meio do processo e também controlar a temperatura abrindo
e fechando a janelinha instalada na madeira do fundo. Cada alimento possui uma temperatura
ideal para secagem. Depois de secos, os alimentos devem ser armazenados em recipientes
herméticos - se possível, sob vácuo - e em local escuro e seco para uma conservação por mais
tempo.

Bebedouro e Comedouro simples para animais


Sistema simples para fornecer agua para animais por gravidade. Podem ser usados
diversos materiais, como garrafas pets ou outras de plástico ou tubos de pvc.
Debulhador de Milho Manual

Para fazer um debulhador de milho manual caseiro, use um pedaço de bambu


resistente, coloque alguns pregos e manualmente é possível debulhar, mas para facilitar, caso
tenha energia elétrica, use uma furadeira.

Sistema de captação de água da chuva


O uso do sistema de captação de água da chuva é uma forma eficiente e econômica
para um melhor aproveitamento de água. A água captada da chuva serve muito bem para
consumos que não exijam água potável, como irrigação e limpeza. A ideia principal é captar a
água da chuva e direcioná-la para um reservatório através de calhas, que levam a água até
filtros, onde os resíduos e impurezas serão eliminados. Pode ser feito uma captação através
das calhas do telhado, onde é importante ter dois filtros, um para materiais mais grosseiros
como folhas e galhos e outro de particulados mais finos. De forma bem simples pode apenas
conduzir a uma caixa de armazenamento ou ainda de maneira mais elaborada fazer cisterna
com bomba-sapo para levar água até uma caixa d’agua.
Telhados com Garrafa pet
Uma opção de baixo custo, ideal para áreas externas da casa, como varanda, viveiros e
canis, por exemplo. Mas a ideia principal é o uso dessas telhas para construir estufas (usando
somente as garrafas transparentes, de preferência).
A média de garrafas que se reutiliza por m² são de 14 a 18 garrafas aproximadamente,
dependendo da abertura que se dá a cada telha. Na execução que se segue é necessário
reutilizar apenas as garrafas que forem lisas, para que o encaixe das telhas se dê por igual.
Utilize como fôrma um cano PVC de 100 mm com 20 cm de comprimento e com uma
abertura vertical para facilitar a marcação das medidas. Com um estilete, corte o bico e fundo
da garrafa, deixando só a parte que sobra. Amasse o que sobrou da garrafa ao meio. Corte
essa parte que sobrou com um estilete, em duas partes iguais, obtendo uma “capa” e uma
“bica”. Grampeie as duas extremidades até atingir a área total do comprimento do telhado.
Ideal usar grampos de aço e um grampeador de marceneiro, que são ainda mais reforçados.
Não utilize cola nem outro tipo de material adesivo. Somente os grampos são suficientes. Para
afixar uma fileira à outra com o auxílio de alguma superfície para que o grampo possa perfurar
as “capas”, que pode ser, por exemplo, uma rolha de cortiça. Depois é só amassar o grampo,
manualmente ou com alicate de bico fino, do outro lado.
Observações: Para afixar as telhas (bicas) às ripas pode-se utilizar o mesmo grampeador
de marceneiro caso a madeira seja macia. Pregos ou parafusos bem pequenos caso a madeira
seja maciça. A distância entre as ripas não deve exceder duas fileiras de garrafas para uma
melhor estabilidade. Para garantir uma boa funcionalidade, o telhado deve ter no mínimo 35%
de inclinação.

Lâmpada de Luz Natural


Outra ideia útil para reutilizar garrafa pet é para aumentar a iluminação de ambientes
internos com o uso de luz natural, pode ser feito como está na foto abaixo: A garrafa pet é
colocada metade para fora da telha com adição de água e a refração faz com que ilumine o
ambiente.

Fazer Fogo sem fosforo ou Isqueiro


A forma mais fácil é usar uma LUPA direcionando a luz do sol que atravessa a lupa para
um ninho de folhas secas e palha. Caso não possua, use alguma lâmina de aço e uma pedra e
bata ou raspe para gerar faíscas direcionada a um ninho de palha fina seca.
15. Referencias Bibliográficas

ARAUJO NETO, Pedro Rodrigues. Preparo de canteiros para o cultivo de hortaliças / Pedro
Rodrigues de Araújo Neto. - Teresina : Embrapa Meio-Norte, 2020.

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Litro de Luz – Organização não Governamental. Acessado em 10/10/21, disponível em


https://www.litrodeluz.com/

MOREIRA, V. R. R. Ficha Agroecológica. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,


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MOREIRA, V.R.R, PRODUÇÃO DE SEMENTES. Instituto 5 Elementos, São Paulo, 2013,12 p.

PESAGRO. Manual Técnico. 40. Bokashi Adubo Orgânico Fermentado. Ana Paula Pegorer de
Siqueira Manoel F. B. de Siqueira; 2013.

PRIMAVESI A. Manejo Ecológico dos Solos, São Paulo, Nobel, 2002.

PRIMAVESI, A. Manejo ecológico do solo. 18 ed. São Paulo: Nobel, 2006.

SEBRAE. O aproveitamento sustentável da rama da mandioca e da manipueira. Disponível em:


http:// www.biblioteca.sebrae.com.br

VICENTE W. D. Casali/Departamento de Fitotecnia Campus da Universidade Federal de Viçosa


Viçosa-MG - Caderno dos Microrganismos Eficientes (EM) 3ª Edição, 2011. Acessado em
https://aksaam.ufv.br/wp-content/uploads/2020/09/Caderno-dos-Microorganismos-
eficientes-diagramado.pdf

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