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AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
FERTILIZANTES E DEFENSIVOS CASEIROS
PLANTAS MEDICINAIS
CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS
FAÇA VOCÊ MESMO
Eng Agrônoma
Amanda Guimarães de Mattos
2021
Apresentação
Este material foi elaborado por Amanda Guimarães de Mattos, Engenheira
Agrônoma e mestre em Ciência do Solo, ambos pela Universidade Federal Rural do Rio
de Janeiro, a partir de uma compilação de diversos estudos de livros, materiais da
internet como sites, blogs e portais de consulta livre, periódicos, artigos, materiais de
professores e experiências próprias adquiridas pela autora. Foi inicialmente elaborado
para consulta própria, sendo um estudo pessoal desenvolvido há alguns anos e, devido
a isso, muitas fontes foram omitidas pela impossibilidade de encontra-las novamente e
outras fontes que inicialmente não tiveram a pretensão de serem compartilhadas.
21 de outubro de 2021
Sumário
1. O Solo
1.1 Acidez do solo
1.2 Os nutrientes essenciais para as plantas
1.3 Formas de cultivo
1.4 Adubação verde
1.5 Cultivo protegido
1.6 Agrofloresta – SAFs
1.7 Cultivo em vasos
1.8 Microverdes/Microgreens/Baby leaf
1.9 Formação de Canteiros
1.10 Mulching (Cobertura do solo)
1.11 Cultivo em Curvas de Nível
1.12 Cultivadores Manuais
2. Microorganismos Eficazes – EM
3. Bokashi
4. Biofertilizante Liquido Fermentado
5. Compostagem
6. Adubos Caseiros
7. Identificação de Pragas e Doenças em Plantas
8. Soluções Orgânicas e Caseiras para combate de pragas e
doenças nas plantas
8.1 Manipuera
9. Métodos de Propagação de Plantas
10. Plantas essenciais para cultivo
11. Aquaponia
12. Plantas Medicinais e Receitas caseiras
13. Conservas de Alimentos – Receitas
13.1 Geléias
13.2 Dicas para conservar os alimentos por mais tempo
14. Faça Você Mesmo - Soluções Práticas e Alternativas de
Utilidade Sustentável
15. Referências Bibliográficas
1. O Solo
O solo é o componente mais importante de um sistema produtivo.
É com esse tema que essa apostila se inicia, assim como tudo o que vive neste
firmamento. É no solo onde tudo começa e que tudo termina. É no solo que devem
concentrar as maiores forças/atenções, o manejo adequado, o balanceamento dos
componentes e da interação com os microorganismos. O solo é a causa, as plantas são
as consequências.
É do solo que as plantas extraem água e nutrientes. Entretanto, cada solo tem
suas propriedades químicas, físicas e biológicas diferentes, além da textura que é
composta pela proporção das partículas areia, silte e argila, sendo a argila a partícula
de menor tamanho. São fatores diferentes, presentes em cada solo, que irão refletir
no manejo que deve ser aplicado ao trabalhar a terra e, se este manejo não for
adequado, as propriedades desejáveis do solo poderão ser prejudicadas de forma
expressiva, ocasionando a sua degradação e o aproveitamento deste recurso, não
renovável, fica insatisfatório para uma boa produção de alimentos.
O solo de cada localidade é composto de partículas minerais provenientes das
rochas decompostas (geologia local) e adição de materiais orgânicos depositados
sobre a crosta terrestre. Existem diversos tipos de solo que corroboram com o seu
material de origem, ou seja, o tipo de rocha (material geológico) a qual aquele solo foi
originado. São diversas nomenclaturas de solo que não há, no momento, necessidade
de abranger para os fins que esta apostila se destina.
De acordo com Ana Primavesi (Cartilha do Solo, 2009) um solo decadente é
doente, e solo doente somente pode criar plantas deficientes, ou seja, doentes. E
plantas doentes produzem produtos de um valor biológico muito baixo, por isso são
atacados por tantas pragas e doenças precisando de muitos defensivos. E plantas
doentes somente fornecem alimentos incompletos e os homens que as consomem
também são doentes. Toda a vida em nosso planeta depende do solo: O solo é o alfa e
ômega, o início e o fim de tudo.
Faz quase 4.000 anos que a filosofia védica diz: “Se pragas atacam suas
lavouras elas vêm como mensageiros do céu para avisá-Io que seu solo esta doente”.
Por isso os australianos, quando verificam uma praga no seu campo, primeiro
perguntam: ”O que fiz de errado com meu solo?” E tentam descobrir o erro. Somente
depois aplicam um defensivo, que sempre é exceção e nunca rotina. Mata a praga no
momento, mas depois recuperam seu solo, para que isso não se repita. Por que? =>
Solo doente - Planta doente - homem doente (Primavesi, 2006).
Em resumo, a dica é: se têm muitas pragas e doenças atacando as plantas, o
solo está desequilibrado, infértil, inadequado. Assim como nós humanos, quando
ficamos doentes é porque nossa imunidade cai, e se cai, é porque nosso sistema não
está trabalhando adequadamente devido a nossa má nutrição, que causam os
desequilíbrios. Assim também ocorrem com as plantas: elas têm também imunidade
natural, mecanismos próprios de defesa, contudo se tornam ineficazes e insuficientes
se lhes falta a nutrição adequada.
Os Europeus quando vieram trabalhar os solos tropicais, aplicaram técnicas
agrícolas de solos de clima temperado, e isso se perpetua até hoje com o que
chamamos de “Agricultura Convencional”. Esquecem que a dinâmica de transformação
tropical é outra e, devido a isso, temos tanto solo degradado, erodido, infértil. Solos
tropicais não podem ser massivamente revolvidos, não podem nunca ficar
descobertos, devem sempre manter a vegetação ou matéria orgânica morta
cobrindo-o. Dessa forma é mantida a atividade biológica (microrganismos) e a
microfauna ativa; os nutrientes não se perdem pela incidência solar direta; a água
infiltra adequadamente carregando os nutrientes para as raízes, o que evita a erosão
(perda de solo pelo carreamento deste pela agua das chuvas); as chuvas não batem
diretamente no solo, evitando a compactação. A cobertura do solo é sempre
recomendada.
Contudo, quando se trata de recursos naturais, receitas formatadas não são
usuais. Como um professor da faculdade falava: “a natureza é muito vaidosa, ela tem
diversas características em cada lugar”, assim querendo dizer que cada local tem a sua
particularidade que, por vezes, pode fugir à regra geral. Portanto, deve-se ter uma
visão ampla e entender o seu micro ecossistema, isto envolve as características
edafoclimáticas e morfológicas.
Entre as espécies mais indicadas para este cultivo estão: acelga, agrião, alface,
alho-poró, beterraba, cebolinha, cenoura, coentro, couve, ervilha, girassol, manjericão,
mostarda, rabanete, rúcula, brócolis e repolho.
Benefícios do uso:
Material
1 gomo de bambu açú cortado ao meio
700 gramas de arroz cozido sem óleo e sem tempero
1 litro de garapa
5 garrafas pet’s
O EM tem coloração alaranjada. Pode ser mais clara ou mais escura, o que
depende da matéria-prima, não implicando, porém, na qualidade do produto.
O cheiro é doce agradável. No caso de apresentar mau cheiro, o EM não deve
ser usado. Pode ser armazenado por até 1 ano ao abrigo da luz e calor.
Observações:
A água tratada com cloro (água de rua, água de cidade) deve ser previamente
colocada em recipiente destampado. Somente após 24 horas a água poderá ser usada.
Isso porque o cloro mata os microrganismos. A água de mina ou rio é usada
diretamente.
O melado (pode ser substituído por caldo de cana) é alimento dos
microrganismos. Por isso faz crescer a comunidade microbiana ativa que pelas reações
de fermentação, produzem ácidos orgânicos, hormônios vegetais (giberelinas, auxinas
e citocinina), além de vitaminas, antibióticos e polissacarídeos, enriquecendo a solução
e são compostos muito benéficos às plantas.
Usos Agrícolas
EM solo: 100 ml para cada 100 litros de água, tem-se a solução de EM;
EM planta: para cada 100 litros do EM solo, colocar 5 ml de vinagre.
Para animais
Como fonte de nutrientes dos animais o EM é acrescido ao alimento ou à água
de beber. Na água de beber, a cada 3 litros de água acrescente 1 colher de chá do EM.
No tratamento dos resíduos animais (cama-de-frango, estercos, fezes de cachorros e
gatos) o EM/solo é pulverizado sobre os resíduos. Pode também ser utilizado na
limpeza das instalações e em banhos de higienização.
O uso do EM elimina mau cheiro e moscas. Ao iniciar o uso do EM, aplicar uma
vez a cada três dias, durante o primeiro mês. Quando o mau cheiro diminuir a
pulverização poderá ocorrer apenas 1 vez ao mês.
Descontaminação de lagoas:
Misture 1 litro de EM em 1.000 litros de água a ser tratada. Observe a água
durante 1 a 6 meses. Se necessário repita a aplicação e aguarde o próximo mês. Ao
alcançar os resultados esperados, há necessidade de manutenção do sistema. Aplique
mensalmente 1 litro de EM por 10.000 litros de água.
O método de aplicação, assim como as dosagens, pode variar de acordo com as
condições do sistema local. Em água corrente também pode ser usado. Pense nos
custos, no modo de aplicar, no envolvimento com seus vizinhos e toda a comunidade.
Aterro sanitários:
Prepare a solução a 5% de EM (5 partes de EM, por 95 partes de água). Pulverize
diariamente sobre os resíduos. Em grandes aterros sanitários, o uso de caminhão pipa
é fundamental nas aplicações. Supondo que o caminhão pipa de 10.000 L pulveriza
toda a área do aterro sanitário, então adicione 500 L de EM no tanque do caminhão,
complete com água e pulverize. É recomendável que as pulverizações sejam feitas nas
primeiras horas da manhã.
Use esta mesma proporção (5%) na limpeza das ferramentas e máquinas, e
principalmente na lavagem dos caminhões de coleta do lixo. No meio rural, no
tratamento dos resíduos de banheiro, a família agrícola pode usar o EM. É opção no
tratamento das fossas sépticas. No meio urbano pode ser aplicado nas caixas de
gordura das casas.
Pulverizações foliares:
Fazer uma solução de EM + caldo de cana + água a 1:1:1000 e fazer pulverizações
foliares semanalmente até observar uma melhora na estrutura do solo e na saúde das
plantas, então pulverize quinzenalmente.
Preparos de compostos/compostagem:
Fazer os amontoados de no máximo 1 metro de altura, regar com uma solução
de EM a 1:100. Proceder os tratos para como em uma compostagem normal. Não
deixar que a temperatura suba além de 55ºC, caso isso venha a acontecer, revolver o
monte. Ao revolver, caso o monte apresente mau cheiro, regar novamente com a
solução de EM indicada acima. Dependendo das condições ambientes, do material
usado para compostar e do local o composto poderá ficar pronto em 15 dias, no
mínimo.
Pulverização de plantas:
A pulverização das plantas é feita com o EM/planta.
Adicione em 100 litros de EM/solo, ½ litro de vinagre e está pronto o EM/planta.
É indicado após a germinação ou em culturas já estabelecidas. Aplicar via pulverizações
foliares ou via regador. Fazer aplicação semanal até melhorar a estrutura do solo ou
melhorar a saúde da planta. Depois fazer pulverizações quinzenais.
No ano em que se começa a usar o EM, o número de aplicações é maior. Se as
condições de crescimento das plantas estiverem em ordem, ano após ano, a
frequência pode diminuir. Pulverizar no período da manhã ou após a chuva.
Dicas e cuidados:
Não espere resultados imediatos. O EM é um organismo vivo e, para atuar sobre a
matéria orgânica, tem que, primeiro, se adaptar ao solo para, aos poucos, ir
recuperando-o;
Utilizar a solução (EM + caldo de cana + água) no mesmo dia de preparo;
Não pulverizar em horário de sol forte, fazer as pulverizações no final da tarde ou
em dias nublados;
No caso de queimar as bordas das folhas, utilizar uma concentração menor, 1 ml
para 2 litros de água;
Não utilizar água tratada com cloro. Nesse caso separar um recipiente com água e
ou deixar – descansar por 24 horas ou use desclorante comercial antes de misturar
o EM;
Considerações importantes:
Existem diversas formulações para produzir o bokashi, porém geralmente ele é
fabricado à partir de farelos vegetais (trigo, mamona, soja entre outros) e também
farinhas animais (farinha de ossos e farinha de peixe por exemplo). Além disso utiliza-se
alguns minerais naturais.
Todos os materiais para a fabricação do bokashi podem ser adaptados, isso quer
dizer que você pode utilizar o que for mais barato em sua região.
Para que o bokashi seja considerado 100% orgânico deverá ser feito com materiais
orgânicos também.
Farelos de cereais: o farelo mais utilizado é o de trigo, porém, pode-se utilizar
farelos de cevada, arroz, aveia e outros. Porém, não são os farelos que compram nos
supermercados, o que se utiliza neste caso são farelos utilizados para alimentação
animal. A quantidade a ser colocada na mistura varia de 45 a 55% do total.
Bokashi Aeróbico
Esse bokashi é o feito em presença de ar e fica pronto em pouquíssimo tempo,
apenas 7 dias.
Coloque a mistura feita no formato de canteiro de aproximadamente 30 cm de
altura. Após isso, coloque os próprios sacos dos farelos por cima para prevenir o
ressecamento e o material fermentar. Poderá notar que a temperatura irá subir em
algumas horas (as vezes de um dia para o outro). Nunca deixe a temperatura passar dos
50 ºC. Se vir que a temperatura está muito alta, misture todo o material para dissipar o
calor.
O canteiro com o material deve ser revirado todos os dias, à partir do 2 dia. Após o
terceiro dia os sacos acima do bokashi podem ser retirados. Esse (segunda foto) é o
aspecto que o canterio de bokashi deve ter no terceiro dia de produção.
No quarto dia, deve-se baixar a altura para 10 cm para que o material comece a
secar, finalizando com 5 cm de altura no sétimo dia e estando o material bem seco.
Após isso o Bokashi aeróbico estará pronto.
Bokashi anaeróbico (kenki Bokashi)
É feito sem a presença de ar. Normalmente demora mais para ficar pronto, isto é,
em torno de 21 dias.
Coloque toda a mistura feita na preparação em sacos plásticos grandes de 100
litros e esses devem ser resistentes. Você pode colocar dois sacos de uma vez para
receber a mistura. E para finalizar coloque um saco dos farelos por fora, para não correr
o risco de rasgarem. Não encha muito os sacos pois esses devem ser bem fechados.
Tente retirar todo o ar antes de fechá-los.
Guarde em local protegido contra presença de ratos, e outros animais. Após 21
dias o bokashi poderá ser aberto e utilizado. Se ele não for aberto e não tiver furos no
saco, o bokashi dentro do saco pode durar até 1 ano.
O bokashi, por ter grande flexibilidade em relação aos seus componentes, pode se
tornar um material muito barato.
Portanto, é uma alternativa excelente para quem quer cultivar alimentos mais
saudáveis e sem agrotóxicos. Pode ser utilizado em qualquer tipo de planta, tanto
uma espécie arbórea quanto hortaliças, ornamentais e outras.
Os benefícios desse adubo, como você já deve ter percebido, são inúmeros.
É um produto 100% natural
Devolve a vida ao solo
Atua no controle de pragas e doenças nas plantas
Aumenta o florescimento e a frutificação
Dispensa o uso de fertilizantes químicos e também não é tóxico nem para
animais (se não for utilizado torta de mamona) nem para seres humanos.
Ingredientes:
60kg de farelo de trigo
50kg de torta de mamora
30l de água sem cloro
1 copo de inoculante (EM)
1 copo de açúcar mascavo (ou melaço)
Passo 1 – Mistura dos farelos; Misture bem os farelos. O ideal é fazer este
processo em cima de uma lona, evitando o desperdício do composto.
Passo 3 – Solução líquida aplicada nos farelos: A solução líquida deve ser aplicada
na mistura de farelos, preferencialmente com um regador. O material vai sendo
revolvido para absorver o líquido, até alcançar o aspecto homogêneo. O ponto certo é o
da umidade, e para conferir o produtor deve amassar um “bolinho” da mistura e
verificar se ele está inteiro, se desmanchando apenas quando apertado.
A mistura fica fechada por 21 dias e após pode começar a ser aplicada no campo.
Ao abrir as bombas ou sacos onde o composto está armazenado o horticultor pode
encontrar um mofo branco na parte superior do Bokashi, que é natural e não significa a
ineficiência do preparo ou composto.
O cheiro forte, que pouco se assemelha ao de fermentação, é um dos indicativos
de que o composto não teve sucesso, o que provém do excesso de umidade ou da má
vedação. Neste caso, é indicado que o produtor descarte o material ou realize
compostagem dele.
Quando for descartar cascas de frutas, hortaliças no lixo, faça picadinho delas
antes (ou passe em liquidificador para particular bem), escorra a água. Coloque num
recipiente e despeje por cima o bokashi pronto, revirando um pouco, compactando
também. Cubra a boca do recipiente.
Restos de leite e iogurte podem também ser acrescentados no recipiente,
fornecendo lactobacilos. Drenar o líquido formado e descartar.
Quando o recipiente estiver cheio, feche e coloque em local sem sol. Em poucos
dias, de 10 a 30 dias, conforme a estação do ano e a região onde mora, estará pronto o
material.
4. Biofertilizante Líquido Fermentado
Materiais:
Tambor de 200 litros com tampa removível (bombona de plástico ou tonel).
Que fique bem vedado, sem entrada de ar.
40 kg de esterco fresco verde.
Partes picadas de plantas verdes e sadias.
1 kg de fubá
1 kg de farinha de trigo
500 ml de urina de vaca.
5 kg de açúcar mascavo ou 6 litros de caldo de cana
5 litros de leite cru
Alguns pedaços de ferro, zinco e cobre, velhos de preferencia.
1 pedaço de mangueira de nível (1,5 m)
1 garrafa pet com água
Precauções:
O tambor tem de ficar em área sombreada, externa e com ventilação; O
processo de biodisgestão gera gás metano, inflamável, por isso CUIDADO, o uso
da mangueira, soldada na tampa com durepox, servirá para condução do gás até a
uma garrafa pet emergido em água onde assim o metano se perde. Evite fumar por
perto.
Modo de preparo:
1. Coloque o esterco fresco, ainda verde no tambor. Não pode ser usado esterco
curtido;
2. Encha com 150 Litros de água pura de nascente ou poço, sem cloro -
importante;
3. Coloque a maior diversificação possível de plantas (espécies) saudáveis;
4- Acrescente o restante dos ingredientes e materiais;
5. Complete com água. Não precisa encher até boca;
6. Mexa bem;
7. O tambor tem que ficar muito bem fechado. Não deve entrar oxigênio. De
preferência use tambores com boca larga, para facilitar a retirada do material.
8. Tempo de maturação do processo: 30 a 40 dias
Usar 4 litros de biofertilizante para 200 litros de água. Coe o material com
peneira e aplique no solo, com pulverizador costal ou regador. 1 vez a cada 3 meses.
Poderá pulverizar as folhas das plantas na concentração de 200ml do
biofertilizante coado para 20 Litros de água.
Atenção: a bomba utilizada não deve ser a mesma de aplicação de herbicida.
Essa primeira caixa deve ser preenchida em até 30 dias, para que o ciclo se repita
com a caixa a seguir. Inclusive, esse é o tempo da compostagem. Enche a de cima,
troca pela de baixo e deixa descansando por 30 dias. Esse ciclo se repete. Após esse
período, todos os resíduos que estavam na caixa viram um adubo super nutritivo, ideal
para a plantação em jardins, hortas ou vasos.
A última caixa, a terceira, deve contar com uma torneirinha. Ela serve para
armazenar o líquido coletado dos resíduos, também conhecido como chorume, que
serve como um ótimo fertilizante líquido para ser usado diluído em regas ou via foliar.
Outra forma de compostar, em locais mais abertos, é delimitar um espaço seja
com telas, tabuas de madeira ou tijolos para receberem os materiais orgânicos.
Quando em grande quantidade, é recomendável fazer em leiras que serão reviradas
com trator.
A compostagem é feita com resíduos de dois grupos: ricos em nitrogênio (N), que
é o material úmido, como: resíduos vegetais frescos da horta, folhas verdes, restos de
vegetais oriundos da cozinha, cascas de ovo, borra de café, esterco de animais, etc. E
outro grupo de materiais ricos em carbono (C), que é o material seco, como: aparas de
grama, folhas secas, cinzas, aparas de madeira, serragem, galhos e ramos pequenos,
papeis sem corante, tecido de algodão picado, etc.
Comece a pilha do colocando pequenos galhos e gravetos para facilitar o
arejamento e em seguida os materiais secos de C intercalando com os materiais mais
frescos, ricos em N, sucessivamente. O ideal é a cada camada de material mais fresco
(úmido), como casca e restos vegetais, cobrir com uma camada de palha e folhas secas
(material seco), para evitar a proliferação de moscas e o mau cheiro.
Adubo Caseiro 01
Cascas de ovos (+/- 2 duzias) – lavadas e secas
Carvão Vegetal novo (+/- 500g)
Cinzas de fogão a lenha (+/- 500g) – sem gordura e sem sal
1 Colher de canela em pó
6 colheres de borra seca de café
Bater tudo no liquidificador e está pronto para uso. Opção após bater, pode
misturar um pouco de esterco de gado curtido ou esterco de galinha curtido, esse
ultimo em menor quantidade porque é mais forte.
Pulgões
Lagartas
Larva Minadora
Nódulos nas raízes formados por
Nematóides
Mancha preta bacteriana
Cochonilha branca
Cochonilha de carapaça
Fumagina – fungo secundário ocasionado
por acúmulo de substratos açucarados
produzidos por insetos sugadores. Controla-
se os insetos sugadores.
Ferrugem - Fungo
Virose em Figueira
Oídio - Fungo
Greening – vírus
Cancro bacteriano
A terra em volta das plantas infestadas deve ser revisada, revolvida, limpa
de pulgões ou então, regada abundantemente com um dos remédios caseiros, como a
calda de fumo.
Evitar aplicar em cima das flores para não repelir polinizadores ou abortar
a floração.
Observar que muitas pragas se alojam na parte de baixo das folhas, por
ficarem mais protegidas. Na pulverização do produto, fazer com que se alcance as partes
inferiores das folhas para ter o resultado esperado.
Sementes
O substrato para a germinação de sementes deve ser ideal de forma que seja
solto e sem compactação, leve de forma a manter umidade sem encharcamento.
O fator principal no sucesso da germinação de sementes é manter o teor de
umidade adequado durante todo o tempo sem falhas. Se a semente iniciou o processo
de absorção de água e aí seca e se desidrata, o pequeno embrião que iria sair já
interrompe e na maioria dos casos a semente é perdida. Devido a isso, não é
recomendado colocar sementes de hortaliças diretamente no canteiro, principalmente
no caso deste estar exposto ao sol direto, uma vez que as condições da manutenção
desta umidade fica muito mais difícil. Outro erro é enterrar demais a semente e ela
não conseguirá ter força para emergir.
O recomendo é fazer uma pequena estufa, como berçário. Cobrir com lona
para manter o calor e a umidade e abrir diariamente para a troca de ar e não
apodrecer devido à umidade excessiva. Sempre molhar o substrato da semente com
borrifador para não descobrir a semente.
Estaquia
Método de propagação vegetativa que consiste em produzir mudas através de
estacas obtidas de ramos da planta mãe, com tamanho de 20 a 30cm, com 4 a 6
gemas, os “nós”, que são a zona meristemática de diferenciação, de onde se formarão
o sistema radicular. Sua retirada deve ser feita pela manhã, quando ainda estão
túrgidas e com níveis mais elevados de ácido abscísico e de etileno, que são compostos
favoráveis ao enraizamento. A maioria das espécies enraizam melhor com estacas
lenhosas e semi-lenhosas (as mais rígidas), outras espécies aceitam as estacas
herbáceas.
Algumas plantas são facilmente propagadas por estacas. Ao serem colocadas
na água, através dos “nós” saem as raízes e depois podem ser transferidas para a terra.
Algumas plantas enraizam melhor somente na terra, outras somente através de outros
métodos de propagação ou com adição de hormônio enraizador acido indolbutírico
(AIB), facilmente comprado na internet ou lojas especializadas. Ele é usado para o
processo de formação de raízes ser acelerado e o pegamento mais garantido pelo
maior numero de raízes. O uso do produto ajuda também a não apodrecer a estaca,
como é o caso da parreira.
Para enraizar melhor a estaca, o ideal é retirar quase todas as folhas, ou
cortar as folhas pela metade.
Alporquia
É um método de propagação em que a muda é feita a partir de um ramo
ainda ligado à planta matriz (parte aérea), que só é destacado após o enraizamento.
Geralmente é usado em espécies que não se propagam adequadamente com a
estaquia.
Para isso deve-se selecionar um ramo da planta de diâmetro médio. Escolhe-
se a região sem brotação e precede-se a um anelamento, ou seja, com cuidado é
retirado o anel da casca (floema), com aproximadamente três centímetros, expondo o
lenho. Depois disso, deve-se cobrir o local exposto com substrato bem umedecido
(terra vegetal, fibra de coco ou esfagno) e envolvê-lo com plástico para manter a
umidade, amarrando bem as extremidades com um barbante ou fita, como um
“bombom embrulhado”.
O enraizamento se dará de forma adventícia no local do anelamento. A época
ideal para esse método é a fase vegetativa da planta, ou seja, a primavera. O alporque
deve-se manter sempre úmido.
A separação do ramo que sofreu alporquia da planta matriz depende da
espécie e da época do ano em que foi feito o alporque. Aproximadamente em 30 a 40
dias está enraizado e procede-se a separação (o uso de plástico transparente facilita a
visualização das raízes). Após a separação, o ramo enraizado deve ser plantado em
condicionador de solo com nutrientes e mantido à meia sombra até a estabilização das
raízes e a brotação da parte aérea. Quando isso ocorrer, as mudas estarão prontas
para serem plantadas no campo. A alporquia é utilizada na propagação de muitas
espécies frutíferas e floríferas, por exemplo, lichia, jabuticaba, hibiscos híbridos,
trepadeira-jade, ginko-biloba, etc.
Para acelerar o enraizamento pode ser usado também o hormônio acido
indolbutírico (AIB), visando garantir o sucesso da técnica.
Mergulhia
Consiste em mergulhar um ramo flexivel no solo, sem separá-lo da planta-
mãe, para formar um novo sistema radicular e depois ser separado, gerando uma
planta clone. Método bastante utilizado na obtenção de porta-enxertos de macieira,
pereira, etc.
Rebentos
Os chamados rebentos, nada mais são que os brotos ou “filhotes” que muitas
plantas geram ao redor da planta-mãe, como ocorre na bananeira, capim-cidreira,
babosa, abacaxi e outros. Que podem ser retirados da mãe e colocados na terra
normalmente.
Adendo
Ácido giberélico
O ácido giberélico, referido como giberelina ou GA3 é um hormônio de
crescimento vegetal que ocorre naturalmente, é produzido naturalmente por
sementes em germinação. Para fins comerciais é colhido de fungos e produzido
comercialmente para as indústrias de agricultura e jardinagem. Possui baixa toxicidade
e por isso foi aprovado por órgãos ambientais para ajudar a acelerar a germinação e
crescimento em culturas alimentares.
Pode ser usado na germinação de sementes: induz a germinação e promove
homogeneidade e uniformidade no processo, ainda o hormônio quebra a dormência
de algumas sementes que possui esse mecanismo; induz o florescimento, trazendo
uniformidade; alongamento e engrossamento do caule; acelera o crescimento
vegetativo, agindo na divisão celular; aumenta o tamanho de frutos e, em parreiral,
por exemplo, é usado para aumentar o tamanho das uvas no cacho e produzir uvas
sem semente, junto com o uso de auxinas (outro hormônio); no pós-colheita usado
para retardar o amadurecimento dos frutos já colhidos; entre outras aplicações.
A dose usual para o crescimento da planta, frutos e caule é de cerca de 0,3 a
0,4 g/L, via foliar através de borrifador, ou de acordo com a recomendação do
fabricante. Em uvas, espera-se cerca de 7 a 10 dias após o aparecimento da formação
dos cachos e aplica-se direcionando para os frutos, e mais uma vez, da mesma forma,
após 7 dias da primeira aplicação, para obter frutos maiores.
Para enraizamento a dose é de cerca de 5g/L para emergir as estacas e plantar
em seguida. Também observar a recomendação do fabricante do produto devido a
haver variação de concentração entre as marcas.
10. Plantas essenciais para cultivo (de acordo com a opinião da autora)
Espécie – propagação - função
Chás e Infusões: São usadas partes das plantas em agua e fervidas. Nas infusões
adiciona-se a planta após a fervura e deixa descansar para liberar as propriedade na
água.
Chá de Salsinha
Tomar chá de salsinha diariamente vai inibir a formação de tumores, em especial
na próstata, no cólon e nos pulmões, devido ao composto miristicina. Ele ativa uma
enzima que ajuda na eliminação de moléculas oxidadas que causam doenças. Além
disso, ele é ideal para quem é fumante, pois o chá neutraliza agentes químicos e
carcinogênicos que estão presentes na fumaça do cigarro.
O chá de salsinha é um ótimo digestivo que contém propriedades
antiespasmódicas, ou seja, propriedades que vão prevenir ou aliviar os espasmos do
cólon e reduzir os sintomas da temida indigestão e regulando a flora intestinal. Eles
são componentes presentes em vários produtos naturais e que, se combinados com
certas moléculas do corpo, podem diminuir os danos dos radicais livres, que, dentre
outras coisas, pode causar o envelhecimento precoce e o câncer.
As vitaminas A e C ficam responsáveis por prevenir certas doenças, e a vitamina
C, especificamente, limpa o corpo das toxinas e fortalece o sistema imunológico.
O chá de salsinha é uma bebida anti-inflamatória que reduz os sintomas das
doenças crônicas e previne infecções. Ele é bastante recomendado para quem sofre de
diabetes, asma, aterosclerose, artrite reumatoide e osteoartrite.
Se você sofre de insuficiência renal ou infecção urinária, ele é indicado por
purificar os rins naturalmente. Se você sofre de pedras nos rins ou tem predisposição a
tê-las, não é recomendado tomar o chá.
Trata-se do antioxidante betacaroteno, que age nas áreas lipossolúveis do corpo,
sendo bebida diurética, que vai lidar bem com a retenção de líquidos, fazendo com
que o consumidor que sofre dessa doença perca o inchaço na barriga.
Se você tem problemas no coração, o chá de salsinha também é indicado, pois
transforma aminoácidos prejudiciais em moléculas benéficas para o coração, cuidando
para que você não tenha ataques cardíacos, derrames e aterosclerose.
O chá de salsinha é indicado para quem sofre de inflamação nas articulações,
pois seus benefícios anti-inflamatórios têm se mostrado muito bons no tratamento
dessas enfermidades. É aquela sensação debilitante que muita gente que não sofre
disso aponta como preguiça, quando na verdade é um forte cansaço. O chá vai fazer a
pessoa ter a fadiga neutralizada, e, assim, ela poderá voltar à sua rotina normal.
Esse chá ajuda a regular a pressão arterial, então é muito indicado para quem
sofre de hipertensão. Graças ao potássio, o chá melhora a circulação sanguínea, o que
previne e ajuda a lidar com muitos problemas de saúde.
Se você está na menopausa, vai agradecer muito por descobrir o quão benéfico o
chá de salsinha pode ser, pois ele reduz os sintomas desse período, como por exemplo
as ondas de calor que as mulheres sentem.
O chá de salsinha ainda trata gripes e resfriados, age contra os efeitos nocivos de
alguns medicamentos e melhora o estado da pele e das membranas mucosas.
Todos esses benefícios fazem com que essa bebida seja excelente e essencial
para a saúde de muitas pessoas.
Outros usos da casca de limão que não tem relação com a saúde são:
Limpador de uso em geral: Encha uma jarra com cascas de limão e vinagre
branco e deixe curtindo por algumas semanas. Retire as cascas de limão e
misture uma mesma quantidade de água.
Desodorizador de geladeira: Coloque cascas de limão no fundo da geladeira.
Limpador de aço inoxidável: Coloque sal sobre a peça que deseja limpar e
esfregue o limão e depois enxague.
Esfoliação para a pele: Misture cascas de limão picadas, azeite e açúcar e
passe sobre a pele e depois enxague.
Água de gengibre
Feito com gengibre fresco, in natura. Cortar algumas rodelas de gengibre e
colocá-las dentro de 1 litro de água. A medida que pode ser usada é de 4 a 5 rodelas
ou 2 colheres de sopa da raspa do gengibre. Diariamente você terá que trocar o
gengibre e acrescentar um novo para que assim a sua água seja cheia dos benefícios
dele. A água pode ser na temperatura que achar melhor, inclusive gelada.
O quanto tomar da água de gengibre? Você pode fazer da seguinte maneira,
todos os dias durante a manhã e de jejum tome um copo de sua água de gengibre e
espere pelo menos uns 30 minutos para tomar o café da manhã. Assim você obterá os
benefícios do gengibre em especial a sua ajuda na perda de peso.
Contra-indicações: Algumas pessoas devem evitar o consumo da água de
gengibre como pessoas que tomam medicação para baixar a pressão arterial, pessoas
que tomam medicação para afinar o sangue, durante a gravidez também deve buscar
uma orientação médica para saber se deve ou não fazer uso dessa água. Pessoas que
já fazem tratamento de coração e cálculos biliares devem buscar orientação médica.
Efeitos colaterais: Os efeitos colaterais da água do gengibre não são comuns,
mas deve-se ter atenção ao menor sinal de que ela não esteja fazendo bem. Como
disse os efeitos colaterais são raros, mas em algumas pessoas pode aparecer os
seguintes efeitos, principalmente se consumido em excesso: azia, dor no estômago,
queimação na boca.
Benefícios do gengibre: Para tratar inflamações; É antioxidante prevenindo assim
doenças cardíacas, doenças neurodegenerativas, câncer e os sintomas do
envelhecimento; Ajuda a tratar náuseas; Ajuda na digestão; Ajuda a equilibrar os níveis
de açúcar no sangue; Ajuda a baixar o colesterol ruim (LDL); Promove a perda de peso;
Ajudará a manter-se hidratado; Melhora a respiração e sintomas da gripe como tosse e
falta de ar; Combate gazes intestinais; Para tratar os refluxos gastrointestinais.
Dica final: Há pessoas que amam o sabor do gengibre, outras nem tanto. Por
esse motivo pode-se acrescentar um suco de um limão na hora em que for tomar a
água de gengibre, assim você adiciona uma fruta cheia de benefícios e também pode
modificar o sabor. Também é possível acrescentar umas folhinhas de hortelã à água de
gengibre, assim se obtêm outro sabor e mais benefícios. E por fim pode-se acrescentar
também alguns paus de canela à água e obter um novo sabor e novos benefícios.
Xarope de Gengibre
O xarope de gengibre é um excelente remédio caseiro para gripes,
resfriados, dor de garganta, febre, náusea, vômitos e dor de estômago, dor muscular,
pois contém na sua composição gingerol, uma substância com potente ação anti-
inflamatória, analgésica, antipirética, antiemética e expectorante.
O xarope de gengibre tem também propriedades termogênicas, o que significa
que é capaz de acelerar o metabolismo e estimular a queima de gordura corporal,
podendo ser usado para auxiliar na perda de peso.
Ingredientes
25 g de gengibre fresco sem casca fatiado ou 1 colher de sopa de gengibre em
pó;
1 xícara de açúcar mascavo;
100 mL de água.
Modo de preparo: Ferver a água com o açúcar, mexendo até dissolver
completamente o açúcar. É importante não ferver por muito tempo para o açúcar não
caramelizar. Desligar o fogo, adicionar o gengibre. Tomar 1 colher de chá do xarope de
gengibre 3 vezes ao dia.
Além do gengibre, pode ainda ser adicionando mel, própolis, canela ou limão,
por exemplo, que ajudam a melhorar o sabor, além de conferir outras propriedades
medicinais.
Contraindicações: O xarope de gengibre não deve ser usado por pessoas com
problemas de coagulação ou que estejam utilizando remédios anticoagulantes, pois
pode aumentar o risco de sangramentos e hematomas. Além disso, o uso deste xarope
deve ser evitado por grávidas sem orientação do médico. Também não é indicado para
pessoas com diabetes pois o gengibre pode causar diminuição brusca do açúcar no
sangue, levando a sintomas de hipoglicemia como tontura, confusão ou desmaio. Além
disso, pessoas que têm alergia ao gengibre não devem utilizar o xarope.
Possíveis efeitos colaterais: O consumo do xarope de gengibre, em doses
superiores às recomendadas, pode causar sensação de queimação no estômago,
enjoo, dor no estômago, diarreia ou indigestão. No caso de apresentar reação alérgica
como dificuldade de respirar, inchaço da língua, rosto, lábios ou garganta, ou coceira
pelo corpo, deve-se procurar o pronto atendimento mais próximo imediatamente.
Dente de Leão
Eis uma planta também medicinal e comestível, em vários países suas folhas
novas são aproveitadas para compor saladas. Devido às suas propriedades, o Dente-
de-leão pode ser usado para auxiliar no tratamento de transtornos digestivos,
problemas no fígado e pâncreas e afeções da pele, por exemplo. Além disso, de acordo
com um estudo feito na China em 2011, o chá desta planta também parece ser capaz
de eliminar mais rapidamente a infecção pelo vírus Influenza, responsável pela gripe
comum.
Por ter ação antioxidante, anti-inflamatória, hepato-protetora e ligeiramente
analgésica, o dente-de-leão é muitas vezes indicado para ajudar no tratamento de:
Problemas digestivos; Falta de apetite; Transtornos biliares; Doenças hepáticas;
Hemorroidas; Gota; Reumatismo; Eczemas; Diminuir o colesterol; Alterações renais ou
vesicais.
Além disso, o dente-de-leão também parece aumentar a produção de insulina,
podendo ajudar no tratamento da diabetes, além de ter forte poder diurético,
podendo, por isso, ser usado como complemento do tratamento de infecções
urinárias, retenção de líquidos e pressão alta. A raiz da planta também tem um efeito
laxante leve.
Modo de uso:
Chá de dente de leão
Ingredientes
1 colher (de sopa) de raiz de dente-de-leão;
200 ml de água fervente.
Modo de preparo: Para preparar o chá, basta juntar a água fervente com a colher
de raiz e deixar repousar durante 10 minutos. Depois, coar, deixar amornar e beber até
3 vezes ao dia. No caso de problemas gastrointestinais, deve-se beber o chá antes das
refeições.
Suco de dente-de-leão
Ingredientes
Folhas novas de dente-de-leão;
Água de coco.
Modo de preparo: Bater as folhas em um processador, juntamente com a água
de coco e tomar três vezes ao dia. Geralmente, as folhas de dente-de-leão possuem
um sabor amargo e, por isso, devem-se usar as mais novas, cujo sabor é menos
intenso. Além disso, podem-se misturar outros ingredientes, como suco de maçã,
hortelã e gengibre, por exemplo, para melhorar o sabor e conferir mais propriedades a
este suco.
Na forma natural: O dente-de-leão também pode ser usado na sua
forma natural na culinária. Uma vez que é uma planta segura para consumo, o dente-
de-leão pode ser utilizado para preparar saladas, sopas e até algumas sobremesas.
Possíveis efeitos colaterais: Embora seja raro, a utilização de dente-de-leão pode
provocar transtornos gastrointestinais ou reações alérgicas.
Quem não deve usar: O dente-de-leão não deve ser utilizado em pessoas com
hipersensibilidade a esta planta, que sofra de obstrução dos ductos biliares ou de
oclusão intestinal. Além disso, também não deve ser usada na gravidez.
Valeriana
Carqueja
Sálvia
Esta planta medicinal pode ser usada por via oral, para tratar casos de
transpiração intensa ou problemas gastrointestinais e através de aplicação tópica em
lesões e inflamações da pele, boca e garganta.
A salvia tem indicações comprovadas nas seguintes situações: Transtornos
funcionais do trato gastrointestinal, como dificuldades na digestão, excesso de gases
intestinais ou diarreia, devido à sua ação estimulante do sistema gastrointestinal;
Transpiração excessiva, devido às propriedades inibidoras do suor; Inflamações na
mucosa da boca e da faringe e em lesões da pele, devido às suas propriedades
antimicrobianas, anti-inflamatórias e cicatrizantes; Falta de apetite, devido às suas
propriedades estimulantes do apetite.
Esta planta pode ser usada por via oral ou aplicada na pele.
Como usar: A sálvia pode ser utilizada para a preparação chás ou através de
tinturas, pomadas ou loções já preparadas.
Chá de sálvia. Ingredientes:
1 colher de sopa de folhas de sálvia;
1 xícara de água fervente.
Modo de preparo: Verter uma xícara de água fervente sobre as folhas e deixar
em infusão por cerca de 5 a 10 minutos e coar. O chá pode ser utilizado para fazer
gargarejos ou bochechos várias vezes ao dia, tratar lesões na boca ou na garganta, ou
pode-se tomar 1 xícara do chá, 3 vezes ao dia, para tratar a diarreia, melhorar a função
digestiva ou reduzir o suor noturno.
Tintura: A tintura também pode ser utilizada várias vezes ao dia, em
pinceladas, na região lesada, sem diluir. A posologia por via oral vai depender da
concentração da solução, e deve ser estabelecida pelo médico.
Possíveis efeitos colaterais: Em caso de ingestão prolongada ou de dose
excessiva, pode ocorrer uma sensação de enjoo, calor, aumento dos batimentos
cardíacos e espasmos epiléticos.
Quem não deve usar: A salvia é contra-indicada em pessoas com
hipersensibilidade a esta planta medicinal. Além disso, também não deve ser usada na
gravidez porque ainda não se dispõe de dados científicos suficientes que comprovem
que a salva seja segura na gravidez. Também não deve ser usada durante a
amamentação porque reduz a produção de leite. No caso de pessoas com epilepsia, a
planta só deve ser usada com orientação de um médico ou fitoterapeuta, pois alguns
estudos indicam que a planta pode estimular o desenvolvimento de crises epiléticas.
Indicação: para dor de estômago, azia e queimação. O suco de batata crua é uma
ótima opção natural para neutralizar a acidez do estômago, aliviando os sintomas.
Ingredientes
1 batata crua.
Modo de preparo: Ralar uma batata e espremer dentro de um pano limpo, por
exemplo, até sair todo o seu suco, devendo-se beber logo a seguir. Este remédio
caseiro pode ser tomado diariamente, várias vezes ao dia e não possui contra-
indicações.
Espinheira Santa
Indicação: Costumam ser utilizadas as folhas, caules, as cascas e as raízes da
espinheira-santa no preparo de chás medicinais, infusões que tanto podem ser usadas
interna quanto externamente, para tratamentos cicatrizantes de pele. Ela é muito
consumida em chá, ou mesmo em cápsulas do seu extrato.
As indicações de espinheira santa são várias. Os usos clássicos são para úlceras
gástricas e intestinais, gastrite, dores de estômago, azia, dispepsia, indigestão,
constipação e problemas no fígado, pois os componentes presentes nesta planta têm
uma forte ação antioxidante e protetora celular e, além disso, reduzem a acidez
gástrica, protegendo assim a mucosa do estômago. Combate também a H. Pylori e aos
refluxos gástricos.
Outras indicações incluem efeito diurético, anemia, câncer e como
contraceptivo. Além disso, a Espinheira-santa tem também propriedades diuréticas,
laxativas, depurativas do sangue, anti-infecciosas, e pode ser usada em casos de acne,
eczema e cicatrizes. Esta planta é também usada como remédio caseiro em casos de
câncer devido as suas propriedades analgésicas e antitumorais.
Ingredientes
Ferva meio litro de água
Após levantar fervura, desligue o fogo e acrescente um punhadinho de folhas
de espinheira santa e deixe a panela tampada por 5 a 10 minutos.
Orégano
O orégano é uma erva aromática muito utilizada na cozinha. No entanto, o
orégano também pode ser consumido na forma de chá ou usado como óleo essencial
devido às suas propriedades antioxidantes, antimicrobianas e anti-inflamatórias, que
lhe conferem benefícios para a saúde como:
Reduzir a inflamação: por conter a substância carvacrol, que é responsável pelo
cheiro e sabor característico do orégano, além de exercer efeitos anti-inflamatórios
no organismo, podendo ajudar na recuperação do organismo frente a algumas
doenças crônicas;
Prevenir o câncer: pois é rico em antioxidantes, como o carvacrol e o timol, que
podem prevenir o dano celular causado pelos radicais livres;
Combater alguns tipos de vírus e bactérias: aparentemente, o carvacrol e o
timol diminuem a atividade desses microrganismos, que podem causar infecções
como gripes e resfriados;
Favorecer a perda de peso: o carvacrol pode alterar a síntese de gordura no
organismo, além de exercer um efeito anti-inflamatório, favorecendo o
emagrecimento;
Combater fungos nas unhas: uma vez que possui propriedades antifúngicas;
Fortalecer o sistema imunológico: é rico em vitamina A e carotenos, possuindo,
portanto, grande poder antioxidante que ajuda a fortalecer o sistema imunológico;
Acalma as vias respiratórias e fluidifica secreções: sendo esse benefício
alcançado principalmente por meio da aromaterapia com orégano.
Além disso, o orégano ajuda a preservar os alimentos por mais tempo devido às
suas propriedades antimicrobianas, que ajudam a evitar e controlar a proliferação e
desenvolvimento de microrganismos que podem estragar a comida.
Além dos usos comuns na comida, uma forma muito popular de consumir o
orégano para obter seus benefícios é fazendo o chá da seguinte forma:
Ingredientes
1 colher (de sopa) de orégano seco;
1 xícara de água fervente
Modo de preparo: Colocar o orégano na xícara de água fervente e deixar
repousar entre 5 a 10 minutos. Depois coar, deixar amornar e beber 2 a 3 vezes por
dia.
Calêndula / Bem-me-quer
Barbatimão
Conserva de Alho
Ingredientes
500g de algo descascado. ( Dica: deixar 20 min na agua para facilitar descascar);
1 colher de chá de sal;
1 xícara de vinagre branco seco;
1 xicara de vinagre de maçã;
3 colheres de sopa de azeite extra virgem;
Ervas à gosto (louro, orégano, alecrim, salsinha – todos desidratados).
Modo de preparo: Reserve os dentes de alho e leve os demais ingredientes ao fogo até
levantar fervura. Adicione os dentes de alho e deixe ferver por mais 2 minutos. Distribua em
potes de vidro com tampa (já esterilizados) e armazene na geladeira.
Conserva de legumes
Dependendo de cada legume, deve-se fazer um procedimento. Legumes
como cenoura, batata, brócolis e couve-flor precisam ser cozidos até ficarem macios porém
ainda firmes, ou seja, ao dente. A cebola só deve ser colocada em água fervente por poucos
minutos para tirar a acidez. Outras como pimentão, pepino e alho não precisam cozinhar.
Na hora de colocar os legumes no pote já esterilizado, antes mesmo de adicionar os
condimentos, é bom separá-los em camadas. Isso vai dar um toque mais sofisticado ao pote,
deixando toda a conserva mais bonita e apetitosa.
Os ingredientes necessários são vinagre, azeite, sal, açúcar e ervas à gosto. As
quantidades em diversas receitas são muito variadas, podendo seguir uma regra que sempre
dá certo: coloque os legumes até quase ficar cheio e adicione ⅓ da medida de vinagre para ⅔
de água filtrada. Coloque também um pouco de azeite, para dar sabor e fazer uma camada
protetora contra a entrada de ar. Adicione para potes pequenos, de 500 gramas, 1 colher de
sopa de sal e 1 colher de chá de açúcar.
Uma boa dica antes de adicionar o azeite e o vinagre na conserva, é fazer uma pequena
mistura para deixar o sabor ainda melhor. Ferva o vinagre, azeite e as ervas. Depois de
misturar tudo, despeje por cima dos legumes até que eles fiquem completamente imersos.
Deixe pegando o gosto por pelo menos 24 horas antes de consumir!
Conserva de beterraba
Ingredientes
2 xicaras de água
2 xicaras de vinagre de maçã
500g de beterrabas inteiras ou cortadas grosseiramente
3 dentes de alho inteiros
2 xicaras de açúcar cristal
Modo de preparo: Lave bem as beterrabas e corte os talos, cubra com agua em uma
panela e deixe cozinhar por cerca de 20 a 30 minutos, escorra a água e corte da forma que
desejar. Distribuas no pote já esterilizado. Leve ao fogo os demais ingredientes, quando
levantar fervura abaixe o fogo e deixe por 5 minutos. Deixe esfriar um pouco e despeje no
pote sobre as beterrabas ate que as cubra. Tampe bem e de vez enquando mexa o pote para
misturar os sabores. Após aberto armazene em geladeira por até 3 semanas.
Conserva de Gengibre
Ingredientes
500g Gengibre (novo: casca fina e lisa)
1 copo de vinagre
3 copos de agua
1/2 copo de açúcar (ou à gosto)
Aji no moto
1 colher de sal
Modo de Preparo: Lave e descasque o gengibre, e pique em “bastonete” de cerca de 4
cm de comprimento. Faça um leve branqueamento: ferva água e jogue rapidamente por cima
do gengibre picado e deixe escorrer. Acomode o gengibre num pote de vidro devidamente
esterilizado. Ferva numa panela o restante dos ingredientes por 3 minutos e cubra o gengibre
que está acomodado no pote. Tampe e armazene na geladeira. Consuma após uns 10 dias para
pegar o sabor.
Conserva de Minimilho
Páprika
Com o pimentão vermelho fresco, ainda inteiro, leve ao forno alto ou Airfryer
(temperatura máxima por 3 a 5 minutos) para dar uma queimada e secada leve. Depois pique
em tiras finas retirando a parte branca interna com as sementes e leve novamente o forno,
Airfryer na menor temperatura por cerca de 1:30h. Pode usar também o desidratador solar de
alimentos. Deixe até que fique bem desidratado e quebradiço de forma que consiga levar ao
pilão para moer e transformar quase que num pó, como é comprado no supermercado. Pode
usar o liquidificador, caso prefira.
13.1 Geléias
O que dá consistência à geleia é uma substância chamada pectina. Ela é encontrada
naturalmente nas próprias frutas (em especial nas cítricas), e liberada pouco a pouco durante
o cozimento, encorpando a mistura e deixando-a, como o nome diz, gelatinosa. Para saber se o
tempo de cozimento foi suficiente, tire uma colher (sopa) de geleia da panela e disponha sobre
um prato limpo. Passe o dedo riscando a geleia ao meio: se a mistura depois de separada unir-
se novamente, ainda não está no ponto. Uma dica para conferir aquele aspecto translúcido,
característico das geleias, é acrescentar uma colher de suco de limão enquanto o doce esta
sendo apurado na panela.
Você pode fazer geleias usando qualquer fruta. Geleias devem ser preparadas
lentamente sempre em fogo baixo. Se a fruta for mais consistente, pique em pedaços
pequenos para que se dissolvam melhor durante o cozimento. Para obter geleias com textura
mais pastosa e homogênea, bata com o mixer ou no liquidificador (quando já fria) por alguns
instantes.
Além de mais saborosas, as geleias caseiras dispensam os conservantes artificiais. E ao
contrário do que muita gente pensa, a geleia feita em casa não estraga tão rápido: o açúcar
(natural da fruta ou adicionado) é um conservante natural. Se preparados e armazenados
corretamente, em vidros esterilizados, esses doces caseiros têm validade de até dois meses.
Dica: a canela em pau ajuda a conservar por mais tempo caso deseje não colocar muito
açúcar.
Vela vegetal
Ingredientes: Óleo de cozinha usado (descansar por 24h antes de usar, peneirar e coar);
ácido esteárico (1 colher do pó); corante a escolha; óleo essencial à escolha; vaselina. Modo de
preparo: Inicie adicionando a esterearina ou ácido esteárico; Após a mistura, coloque em um
micro-ondas ou no fogão através do banho-maria somente para esquentar e dar liga, mas não
deixe ferver, pois o trabalho ficará perdido caso isso aconteça. Em seguida, retire do local onde
ficou esquentando e deixe na temperatura ambiente por 3 minutos, a mistura precisa ficar
totalmente líquida. Nesse momento é necessário acrescentar anilina para dar cor às velas.
Colocar o óleo essencial com aroma específico para vela. Para que tenha o efeito terapêutico
das velas, é fundamental que o óleo seja puro. Em seguida é necessário limpar e secar os
recipientes com álcool, passe vaselina liquida ou sólida e coloque o líquido pronto. Coloca-se
os pavios quando o líquido estiver mais consistente, conforme a quantidade de esteriarina na
vela. É preciso verificar a consistência. Segure o pavio com um prendedor.
O uso das velas ecológicas a base de óleo, além de ser um investimento com o custo
mais baixo, possui a mesma qualidade que a vela de parafina, além da consciencialização
sustentável e a contribuição total na preservação da natureza, reciclando o material.
Outra forma de fazer vela é utilizar ceras de soja e cera de côco, encontradas em lojas
de produtos naturais. Pode-se usar uma das duas ou ambas, que devem ser derretidas em
banho-maria e após desligar e com temperatura da cerca em cerca de 60ºC, adicionar os óleos
essenciais a gosto.
Usar sempre recipientes de vidro para a fabricação de velas.
Desidratar frutas e vegetais são métodos naturais de conservar os alimentos por mais
tempo. A construção de um desidratador pode ser feita com materiais reciclados que possui.
Atentando para as saídas de ar para uma circulação que auxilie no processo da desidratação,
assim como o uso de telas nos orifícios e calços com agua com cloro nos pés para insetos não
entrarem, formigas não subirem.
A secagem, ao eliminar a água evita a proliferação de bactérias e fungos, é mais simples,
exige menos trabalho e mantém os nutrientes melhor do que as compotas e outras
conservas. Além disso, os alimentos desidratados não apenas não perdem nutrientes ou sabor,
mas os multiplicam.
A secagem ocorre quando a temperatura interna está entre 38 e 60 ºC. Sendo
necessário virar os alimentos no meio do processo e também controlar a temperatura abrindo
e fechando a janelinha instalada na madeira do fundo. Cada alimento possui uma temperatura
ideal para secagem. Depois de secos, os alimentos devem ser armazenados em recipientes
herméticos - se possível, sob vácuo - e em local escuro e seco para uma conservação por mais
tempo.
ARAUJO NETO, Pedro Rodrigues. Preparo de canteiros para o cultivo de hortaliças / Pedro
Rodrigues de Araújo Neto. - Teresina : Embrapa Meio-Norte, 2020.
CADERNO DOS MICRORGANISMOS EFICIENTES (EM). Instruções práticas sobre uso ecológico e
social do EM. 2ª Edição. 2011.
PESAGRO. Manual Técnico. 40. Bokashi Adubo Orgânico Fermentado. Ana Paula Pegorer de
Siqueira Manoel F. B. de Siqueira; 2013.