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idealização e conceituação
TATIANA CAVACANA
textos e imagens
TATIANA CAVAÇANA e JOÃO ROCKETT
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Instituto de Permacultura da Pampa - 21 anos
Escola Rama - 11 anos
aula 01
módulo 02
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Solo: a pele do planeta
Dentro da visão do organismo agrícola podemos enxergar peles,
ou membranas de contato e de divisão de diversas formas. Quanto olhamos
todo o planeta terra essa pele é o solo.
Assim como buscamos manter nossa pele protegida, também o
solo deve estar protegido. Como o solo é uma bateria de acumulação, ou
seja ele possui muita força produtiva essa energia precisa ser conservada e
encaminhada para os objetivos da lavoura.
Pensar orgânico é entende ros processos naturais, e não acumular
técnicas soltas sobre um mundo que é todo conectado.
A pele do planeta precisa estar coberta para poder manter a
umidade, precisa estar viva para absorver e emitir força de produção,
precisa de uma conexão com plantas, pois as plantas também criam o solo e
podem gerar fertilidade mesmo em solos geológicamente “pobres" em
fertilidade.
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Formação do Solo
O solo é formado por diversos fatores e processos. Fatores que
contribuem para a formação do solo são: a rocha mãe, o clima, o tempo, o
relevo, microorganismos degradadores, plantas e seres vivos em geral. Nos
distintos climas e por períodos prolongados de tempo, fatores
intempéricos, como sol, chuva, o contato com a atmosfera e as reações
químicas, que aplicam-se sobre a rocha de origem degradando-a, o relevo
funciona como superkície de deposição e condução das rochas degradadas
e restos de seres vivos, de plantas, que acumulam-se formando solo.
Enquanto os solos se formam naturalmente através de milênios de
processos pedogenéticos, eles também se diferenciam e sobrem
transformações através de adição de material à superkície, como folhas,
cargas minerais, resíduos orgânicos, perdem-se também elementos, através
de intemperismos, da lixiviação, do relevo, e de condições climáticas,
ocorrem também transformações, quebra e composição de moléculas feitas
por microorganismos, extração e ciclagem de nutrientes por plantas, e
também através do processo de translocação de susbstâncias nas
diferentes camadas do solo.
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Não é simples entender o solo quando observam-se tantas
substâncias, elementos, conexões, processos interagindo em um sistema
complexo, que, possui uma forma de movimentar e acumular energia tão
integral, que, o solo em si, funciona como um corpo com vida própria.
Enquanto sobre o solo, as partes aéreas dos vegetais são bastante
diferentes e distinguimos cada espécie com facilidade, na rizosfera, o solo, a
microvida e as raízes formam um corpo sinérgico onde tudo é um pouco
misturado e integrado.
De forma geral pode-se dizer que climas equatoriais e tropicais
possuem maior atividade biológica e maior degradação da matéria
orgânica, enquanto nos climas temperados a matéria orgânica conserva-se
por mais tempo, gerando solos mais férteis, porém sobre a superkície do
planeta existem muitas variaedades de manchas de solos, dependendo dos
elementos de formação citados acima.
A vida do solo é fundamental para o desenvolvimento das
plantas, mas é o clima que restringe ou não a possibilidade de cultivos das
diferentes plantas. O solo possui diversas características e fases, compondo
um sistema complexo, que funciona como uma bateria de acumulação, ou
seja, como um sistema de reserva energética, que é fundamental para a
manutenção da vida.
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Textura do solo: é a proporção de partículas de diferentes
tamanhos no solo. O que dekine a classikicação quanto à textura são os
diferentes percentuais de argila, de silte e de areia, e também as graduações
granulométricas de grãos entre eles. Solos mais arenosos facilitam o cultivo
de raízes, enquanto solos mais argilosos possuem maior fertilidade, porém,
a maior contração e expansão desses solos dikiculta o seu manejo mecânico.
Por sua vez, solos siltosos têm fertilidade e estruturas médias, sendo os
menos preferíveis dentre os tipos elencados.
Estrutura do solo: é a organização dos agregados de partículas do
solo (areia, silte e argila) de diferentes tamanhos, e dos poros do solo, que
também apresentam dimensões diversas. A atividade biológica, a constante
decomposição de elementos, as reações químicas, o deslocamento de
substâncias e de microorganismos estruturam o solo, enquanto o
revolvimento, a aragem e a movimentação de maquinário pesado sobre o
solo o desestruturam e pulverizam sua delicada organização de grumos e
de espaços.
Porosidade: poros pequenos armazenam água e poros grandes
armazenam ar no solo. A porosidade é a característica que é destruída com
a compactação dos solos que, portanto, kicam sem capacidade de
armazenamento de recursos, perdendo seu potencial produtivo.
Per;il do solo: quando fazemos um corte longitudinal no solo,
podemos ver suas camadas. Essa faixas estão relacionadas aos processos de
formação original do solo e aos processos de trasmigração, percolação,
entre outros fatores pedogenéticos (de formação do solo).
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Vida do solo: existem hoje mais de 150 mil espécies de organismos
vivos no solo, mas esse número é crescente a cada ano, pois se descobrem e
se descrevem, anualmente, centenas de novas espécies de bactérias e
milhares de espécies de fungos. Um hectare de solo pode ter 500
quilogramas de bactérias e 1500 quilogramas de fungos, entre outros tipos
de organismos, que adicionam ainda outras centenas de quilos de seres
vivos no solo. O solo possui tanta vida porque é ela que processa a maioria
de suas transformações, decompondo matéria orgânica; reduzindo
moléculas; combinando e levando elementos ao nível atômico;
transportando substâncias e disponibilizando-as para as plantas em
relações mais íntimas. Exemplos dessas relações expressam-se nas
endomicorrizas e nas ectomicorrizas, que são associações entre raízes e
fungos, e nos rizóbios, que são a simbiose entre raízes de fabáceas (e
poáceas, em menor escala) e bactérias kixadoras de nitrogênio. A vida do
solo depende das condições do solo, do seu nível de contaminação, do seu
potencial hidrogeniônico, das reações de oxidação e da redução entre
elétrons dos diferentes elementos químicos do solo (redox), além de
depender, ainda, do clima.
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Fases do solo: são três, a fase sólida, a líquida e a gasosa, além da
matéria orgânica. A parte sólida do solo é composta por minerais oriundos
das rochas que formaram o solo, ou de minerais arrastados para o solo por
diferentes processos de formação da paisagem e por compostos orgânicos,
ou seja, aqueles com base em cadeias carbonadas, como restos vegetais e
animais. A fase líquida, também chamada de solução do solo, é composta
por água, elementos e compostos dissolvidos. O ar do solo é composto por
nitrogênio, oxigênio, argônio e dióxido de carbono, entre outros gases em
menor quantidade. A composição dos gases do solo depende, também, das
reações de oxidação-redução em função das condições de aerobiose e de
anaerobiose do solo. Os gases do solo são fundamentais para as plantas e
tão limitantes para as plantas como são para nós. Podemos kicar dias sem
comer ou beber, mas apenas poucos minutos sem ar; para uma planta, essa
relação de dependência é a mesma. O solo, e não apenas os organismos e
raízes que vivem nele, possui sua própria respiração. Essa respiração do
solo é medida pela quantidade de dióxido de carbono que o solo libera,
tanto na atividade dos vegetais como da microvida. Sistemas de agricultura
que desestruturam, compactam e contaminam o solo, reduzem sua vida
através da liberação de carbono, assim como reduzimos nosso tempo de
vida acelerando o ritmo da respiração. Esse é, ainda, um fator para o
aumento da quantidade de dióxido de carbono na atmosfera.
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Fertilidade do solo: é a capacidade que o solo tem de
disponibilizar nutrientes para as plantas. Para que isso aconteça, o solo
precisa estar estruturado e com porosidade para reter água e ar, a kim de
que ofereça condições de vida para a micro e mesofauna do solo. Essa
capacidade também é determinada pela sua capacidade de troca catiônica,
que está relacionada à quantidade e aos tipos de argilas do solo.
Hidrogênio, carbono e oxigênio compõem de 90 a 95% das plantas e são
fornecidos, principalmente, pela solução do solo e pelo ar do solo.
Aproximadamente 5% de macro e de micronutrientes essenciais são
fornecidos pela fase sólida do solo, que depende da sua atividade viva para
ser transformada e disponibilizada para as plantas. Os macronutrientes são
aqueles exigidos em maiores quantidades pelas plantas. Estes são divididos
em primários - nitrogênio, fósforo e potássio -, e em secundários - cálcio,
magnésio e enxofre. Os micronutrientes são igualmente essenciais, porém
são exigidos em menores quantidades que os macronutrientes. De acordo
com a Lei dos Mínimos, um micronutriente faltante, mesmo que na
proporção mínima em que é exigido é limitante para o desenvolvimento das
plantas. São eles: boro, zinco, manganês, cobre, ferro, molibdênio, cloro,
níquel e zinco e, para algumas culturas, considera-se essencial ou benékico
o sódio, o silício, o cobalto e o selênio.
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Cor do solo: através das cores do solo, é possível identikicar a
presença ou a ausência de matéria orgânica, de ferro oxidado ou reduzido, o
que também permite identikicar se houve alagamento prévio da área, entre
outras características de formação e do estado atual do solo. Nos solos
tropicais, é uma ferramenta principalmente para identikicar presença de
matéria orgânica (solos mais escuros) ou a sua ausência (solos mais claros).
A cor do solo também pode indicar qual o tipo de rocha lhe deu origem, por
exemplo, os originados de rochas basálticas são mais escuros e férteis, e
solos mais claros podem indicar origem de granitos ou até desenvolvimento
posterior originado de arenitos, entre muitas outras possibilidades. A
matéria orgânica e as terras pretas de índio (o único tipo de solo criado por
seres humanos por sucessivas queimadas de material de kloresta, gerando
acúmulo de carvão no solo) deixam os solos escuros, porém, nem todo solo
escuro é rico em matéria orgânica ou carvão, pois a cor escura também
pode se dar pela presença de minerais. A cor do solo, especialmente nos
trópicos e nas zonas subtropicais do Hemisfério Sul, também indicam
presença de óxidos de ferro; solos avermelhados escuros e sanguíneos são
mais ricos em hematita (Fe2O3), e os amarelados e alaranjados, em goethita
(FeO), o que confere caraterísticas bastante distintas para os solos. Solos
acinzentados podem indicar solos de alagamento, como em margens de rios
ou solos que perderam muito ferro em eras anteriores.
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Por onde começar?
O mais óbvio e recorrente é que as pessoas comecem pela terra.
Mas a realidade observada durante mais de 30 anos de trabalho com
agricultura orgânica, consultorias e assistência, além das viajens que
fazemos é que ter terra em maior ou menor escala, ou dispor de espaço nõa
é o ponto de partirda.
Tanto para quem quer viver no campo quanto para começar seus
cultivos, o mais important eé dekinir o que pretende fazer no campo, ou
quais coisas pretende cultivar e para quê.
Tudo começa com nossas dekinições e escolhas, a terra e o
conhecimento vem depois para quem não os têm, e frequentemente os que
têm a terra, nela não produzem, ou infelizmente produzem menos e em
piores condições do que poderiam se usassem duas diretrizes básicas:
dekinição de objetivos e persistir em realizar o objetivo considerando
sempre o custo energético, considerando energia tudo aquilo que é capaz
de realizar trabalho: força de trabalho humano, combustíveis, força de
trabalho das máquinas, força de trabalho animal, dinheiro, insumos,
matérias primas, tempo e espaço, e todos os bens naturais e elementos
envolvidos na produção agrícola.
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O pensamento de organismo agrícola é a base, portanto, da sua
pequena ou grande horta, pois sempre é possível organizar unidades, ou
corpos de produção e trabalho em qualquer espaço, e essa é a prova que a
natureza nos apresenta com tantos tipos de seres vivos, dos microscópicos
aos grandes planetas, com tantos processos integrados e inter-relacionados
que criam a grande unidade de vida.
Portanto, tudo começa por sabermos o que queremos fazer, e com
tudo que temos (energias) para realizar esse querer agora mesmo. Quando
falamos nas agriculturas comece listando os alimentos que pretende
produzir. Existem aqui duas dituações básicas: a produçõa de super-
existência, que é a do seu consumo pessoal e a produção comercial, que é
aquela feita para vender. Os produtos para vender podem ser entregues in
natura, ou podem ser benekiciados, ou seja, podem ser transformados em
outros produtos.
A dekinição é sua e é daí que tudo parte, só depois é que você
busca encaixar isso na terra ou no espaço, quando você não tem muito
espaço para plantar, vai poder fazer um excelente exercício de prioridades,
coisa que é muito frequente no campo, pois em face da demanda de
trabalho e dos ciclos naturais é sempre muito importante saber o que é
prioridade em cada momento do ano. E quando seu espaço é restrito você
vai escolher o que é prioritário.
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POUCO ESPAÇO: escolha os lugares com mais luminosidade, sempre é possível
sombrear, nas não é possível aumentar a incidência solar em locais com tem muiTO
pouca luz, aqui onde estamos no Sul, o paralelo é estamos na latitude 31,5, nunca bate sol
do lado sul do terreno, e em nada no terreno que tenha espaços voltados para o lado sul,
assim também se você está num apartamento, numa casa com ou sem quintal, busque
lugares onde bata sol para cultivar.
GRANDES QUINTAIS: chamamos de grandes quintais as áreas de onde
podemos tirar todas as hortaliças, tubérculos, raízes, folhas, klores comestíveis e uma boa
quantidade de frutos, e alguns grãos. Grãos necessitam maiores áreas porque o consumo,
usualmente, é maior. A horta de super-exisgência de zona 1 do Instituto de Permacultura
da Pampa, tem 400 metors qudrados, mais de 100 ítens entre grãos, hortaliças, frutas,
ervas e klores que provêem todo consumo anual de alimento, com excessão dos grãos, e,
existe excedente de hortaliças.
PEQUENAS ÁREAS, em um hectare é possível criar uma unidade agrícola capaz
de prover alimento e abrigo para uma família de 4 pessoas, sa disponibilidade hídrica,
depende do lugar e varia muito. A partir daí você também pode tornar-se auto sukiciente
em grãos, pode criar sistemas agroklorestasis e produzir parte da madeira que precisa
para cercas e construções. Cultivos consorciados com árvores nem sempre conkiguram
agroklorestas, e para obter a estabilidade das matas é necessário áreas maiores que os
grandes quintais e resultam em núcleos bastant eprodutivos em pequenas áreas.
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A partir daí, conforme as áreas aumentam em tamanho, a escala e
variedade de cultivos, depende do tipo de interesse comercial, ou de
acordos no uso da terra que oportunizem que outras pessoas possam usar,
na criação de áreas de preservação ou klorestas de alimentos com foco em
regeneração e criação de zonas 4, que em Permacultura são zonas onde se
cultivam produtos de mais longo prazo, como madeira de lei, nozes e frutos
de produção mais lenta como nogueiras e tamareiras, entre outras
atividades, conforma a criatividade do agricultor.
Depois de pensar nos cultivos que gostaria de ter, você pode olhar
para o espaço e dekinir prioridades de cultivo, partindo da necessidade ou
do interesse de consumo. Então partimos para o prepraro da terra.
Preprar a terra tem muitos signikicados práticos: desmatar, revirar
e gradear o solo, descompactar, fertilizar, criar canteiros elevados,
encanteirar, construir caixas de um metro quadrado para criar espaço para
“fazer solo.” Tudo isso tem um único segundo objetivo: criar berços para as
sementes e mudas.
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SOLO COMPACTADO é um solo sem ar, onde os poros maiores do solo foram comprimidos e ocupados pela porçõa
minerla do solo, portanto a solução é abrir espaço novament epara que o solo possa respirar, para isso, confomre o caso é
necessário subsolar com trator, em área spequenas pode ser feita subsolagem manual. A descompactaçõa do solo tamb’me pode
ser feita com sementes de plantas de raízes pivotantes, ou ainda com pousio, permitindo que os processos naturais feitos por
cupins e plantas criem novamente espaço no solo.
SOLO ERODIDO é o solo que perdeu as camadas férteis, que são as camadas superiores do solo, tantas vezes, como é
comum observarmos, com surgimento de grandes valetas, ou voçorocas que são como dortes na pele do planeta, por onde sangra
a fertilidade do solo. Normalmente é necessário retirar anmais e operaçõa de ma’quinas e trabalhar com patamares e contençõa
de terra para que tudo que cai sobre o terreno: folhas, insetos mortro e principalmente água possam permanecer no terreno,
fazendo com que a fertilidade retorne com o tempo.
ÁREAS COM ÁRVORES dependem do interesse de cultivo, o preparo pode ser a retirada de capões de mato, ou de linhas
de árvores onde serão implantados outros cultivos de interesse.
ÁREAS ABERTAS, não estando a área excessivamente degradada o plantio orgânico deve ser iniciado, mesmo que ainda
não resulte em produção ótima, pois a agricultura orgânica é naturalmente regenerativa, no isntitutode Permacultura da Pampa
toda regeneração foi feito com suscessivos cultivos, a cada ano para que a estabilidade da área passasse a trazer os resultados de
uma área natural, porém com os cultivos de interesse, esse é o sentido de se criar paisagens cultivadas. Agroklorestas podem ser
facilmente iniciadas com o plantio das árvores de plantas de interesse, hortas começam com o encanteiramento, ou o
encanteiramento é feito depois de aração e gradagem dependendo do solo, e áreas de grãos podem ser preparadas com aragem e
quebra de torrões com a grade.
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PEQUENOS ESPAÇOS podem ser organizados com canteiros
elevados feitos com ou sem caixas, a ideia é criar um espaço restrito e
contido onde possamos acumular matéria orgânica, dessa forma podemos
“criar solo” mais facilmente e podemos semear e colocar mudas em menos
de 24 horas de trabalho, se for possível conseguir terra vegetal sukiciente
para preencher esse espaço. Também é possível ir criando solo com
compostagem laminar dentro da própria caixa, e quando esta estiver com
20 centrímetros de solo já é possivel semear e trasnplantar mudas.
Para criar as caixas utilize madeira de qualquer qualidade, que
não tenham sido tratadas com químicos contaminantes, verikique na
madeireira e peça tábuas sem tratamento.
O tamanho pode ser dekinido a aprtir do espaço disponível, ou do
melhor aproveitamento da madeira, por exemplo, se as tábuas são de 2,70
metros, canteiros de 2,70 por 0,90 metros não geram desperdício de
madeira. As caixas podem ser fortalecidas por estacas colocadas nos cantos
internos, isso aumenta a área para você parafusar as tábuas.
Elas degradam mais rápido ou devagar dependendo do lugar, e
isso também faz parte do seu ciclo produtivo. Quando as madeiras
degradarem coloque tudo para compostar e faça uma caixa nova. Plásticos
de vasos são bem menos duráveis que a madeira, memso exposta ao clima,
e custam muito mais caro, além disso vasos possuem formatos e tamanhos
limitados que impedem criarmos uma pequena organicidade combinando
plantas.
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Manter o solo vivo: adubação orgânica
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Compostagem,
biofertilizantes e caldas
A compostagem pode ser utilizada na produção agroecológica para
hortaliças, plantas medicinais, pomares e grãos. Os nutrientes presentes no
composto são liberados de forma lenta conforme a atividade da vida no
solo, a umidade e a temperatura, disponibilizando, através da
mineralização os compo-nentes químicos essenciais.
Compostagem laminar - a compostagem é feita diretamente sobre o
lugar de uso, em camadas de material orgânico com 7-15cm de altura e
posterior cobertura com palha, casca de arroz ou serragem.
Compostagem orgânica - adubo composto obtido do processo de
decomposição feito por micro-organismos. Montam-se as pilhas com
camadas de palhada (fontes de carbono) e matéria orgânica (30:1) nas
quais acelera-se a decomposição realizada por bactérias e fungos.
Vermicompostagem - compostagem feita por minhocas, promove a
decomposição de resíduos e as minhocas liberam ácidos que enriquecem o
húmus.
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Bokashi - em japonês signikica “matéria orgânica fermentada”, é uma
mistura balanceada de matérias orgânicas de origem vegetal e/ou animal,
submetidas ao processo de fermentação controlada. Oferece micro e macro
nutrientes essenciais, estimula a microvida do solo com nutrientes
disponibilizados sob a forma de quelatos orgânicos, ou seja, presos nas
estruturas orgânicas tendo a vantagem de não se perderem facilmente por
volatilização ou lixiviação após a aplicação no solo.
Biofertilizantes - são fertilizantes líquidos concentrados que devem
ser diluídos para aplicar. Possuem compostos bioativos, resultantes da
biodi-gestão de material orgânico de origem animal e vegetal feita por
microorganismos. Contêm células vivas ou latentes de microorganismos de
metabolismo aeróbico ou anaeróbico, que fertilizam e nutrem o solo e as
plantas.
Caldas - é preferível buscar o solo estável e enriquecido e
principalmente plantas adaptadas, bem nutridas, sem radicais livres em
excesso. Se houver necessidade de remediação rápida, apenas em casos
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críticos e considerando prejuízos ao equilibrio do sistema é permitido uso
de caldas em diluições especíkicas conforme a legislação de produtos
orgânicos.
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Compostagem laminar
A compostagem laminar imita o processo natural de deposição e
decomposição de matéria orgânica sobre o solo, com uma borda de
alimento disponível sobre o canteiro, a fauna do solo aumenta para
cumprir sua função decompositora, disponibili-zando nutrientes,
estruturação e vitalização do solo.
Na natureza os restos animais e vegetais se acumulam sobre o solo.
Na borda entre o material a ser decomposto e o solo surge uma camada de
alta fertilidade que aos poucos é levada para camadas mais profundas por
translocação. Esses nutrientes são liberados pela ação de microorganismos
de forma lenta e em simbiose com as raízes das plantas.
A maior parte do material rico, disponível para as plantas, kica onde
será usado, na rizosfera, de forma que a perda de nutriente e energia é
mínima. A compostagem laminar atrai para o canteiro as formas de vida
necessárias para a decomposição, aumentando a vida no solo e
consequentemente sua estruturação e porosidade.
A compostagem laminar é prática, pois não requer aeração e
revolvimento de solo. Ela é feita em camadas de restos vegetais compactas
de aproximadamente 7-15 centrímetros de espessura. Produtos de origem
animal podem atrair formigas carnívoras, é melhor evitar.
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Essa camada deve ser coberta com material rico em carbono: casca de
arroz, folhas secas, restos de roçada, maravalha ou cerragem de madeira
sem tratamento químico, levemente pressionado sobre a camada de
material as de hortaliças e árvores, funcionando também como sementeira.
Tudo deve kicar bem coberto. Esse material vai reter umidade, aportar
carbono e impedir oviposição de moscas. Após 30 dias está pronto o húmus
jovem que pode receber mudas, se o canteiro já estiver plantado, tambem é
possível fazer a compostagem laminar colocando os resíduos ao redor das
plantas e cobrindo com fontes de carbono.
Como a lamina de resíduo é estreita (7-15 cm) há pouco aquecimento
e muitas sementes do com-posto germinam, e do canteiro fertilizado
retiram-se mudas de hortaliças e árvores, funcionando também como
sementeira.
A decomposição diretamente sobre o canteiro, reduz esforço de
transporte, pode ser feita com pequenas quantias de resíduos e elimina o
revolvimento de pilhas. Se o resíduo a ser compostado precisa ser
esterilizado devem-se montar compostos com pilhas altas (80-100 cm) que
geram calor sukiciente para inviabilizar sementes indesejadas, e esse ainda
calor pode ser usado para outros kins.
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Compostagem orgânica
MACRO
nutrientes, são exigidos
N em maiores porcentagens
nitrogênio, componente da que os MICROnutrientes ambos
molécula de clorofila, o são essenciais para o
nitrogênio é imprescindível para desenvolvimento da planta. Os
as plantas, no composto coloca-se macronutrientes primários são
1 parte para cada 30 partes de Nitrogênio, Fósforo e Potássio, e os
carbono. A adubação verde feita secundários Cálcio, Magnésio e
com leguminosas (ervilha, feijões, Enxofre. Fontes: farinha de ossos,
ervilhaca) na área de cultivo palhada de palmeiras, calcário
incrementa N no solo. Fontes: dolomítico, esterco,
material verde, esterco, adubação verde, entre
urina, restos vegetais outros.
crus. C
carbono, de 90-95% da
matéria seca da planta é
composta por elementos
orgânicos, compostos de carbono.
Coloca-se numa proporção de 30
partes para cada 1 parte de
nitrogênio. Fontes: palhadas,
casca de arroz, cerragem,
galhos, tocos, material de
poda e material
seco.
24
A compostagem de pilha gera
muito calor, podendo incendiar
se a temperatura ultrapassar
70o, deve-se baixar a altura da
pilha, molhar ou aerar. Montar
MICRO o composto sobre uma treliça
nutrientes, 95% do feita de bambu ou caibros, ou
material orgânico da colocar um cano no centro do
planta só podem ser composto e retirá-lo depois
incorporados com a Inoculante, são estratégias de ventilação
participação também dos a pilha de composto vai para resfriar o composto.
MICROnutrientes. São tão naturalmente desenvolver e
essenciais quanto os atrair organismos
MACROnutrientes porém degradadores. É possível acelerar
exigidos em pequenas o processo colocando
quantidades. Fontes: pó biofertilizantes ou compostos
de rocha e cinzas. estabilizados, microorganismos
efetivos, serrapilheira, leveduras,
além de componentes ricos
em açúcar para servir de Água,
alimento para a a umidade é
microvida. fundamental para a pilha
decompor e formar húmus,
então regue cada camada com
água ou com uma diluição de 20%
de biofertilizante. No composto é
melhor faltar água do que sobrar,
pois pode ocorrer apodrecimento
que gera mau cheiro e
aparecimento de larvas
indesejadas.
25
Bokashi 1
prepare uma
calda com o melado,
o fermento biológico e
a água, use entre cada
teste essa receita básica camada do
para uma pilha de 3 x 1 x 1 Bokashi. 2
metros. O Bokashi é
montado em camadas,
13 sacos* de casca de arroz inicie por uma camada
15 sacos de terra de mato de 15 centímetros
de casca de
20 sacos de esterco animal arroz.
2 sacos de farelo de arroz ou trigo
3
3 sacos de carvão vegetal
4 sacos de serrapilheira coloque sobre a
casca de arroz 10
5 kg de cinza ou pó de rocha centímetros de
3 litros de melado terra de mato.
300 gramas de fermento biológico 4
50 litros de água coloque 10
centímetros de
*saco grande de farinha, ou carro de mão esterco animal.
Tempo de produção: 15 dias
Sistema: aeróbico
Manter em local coberto
26
5
adicione 3
pás de farelo
de arroz ou
trigo.
6
coloque mais
calda, repita
essas camadas Tomar cuidado para não kicar
7
até tusar todo
com umidade em excesso,
material.
revire a mistura do prejudica a fermentação. Faça
segundo ao sétimo dia.
Quantidades maiores podem o teste da mão: pegue um
ser reviradas com máquinas punhado do Bokashi que está
ou revolva a pilha com pá sendo preparado e aperte, não
para misturar bem.
pode escorrer líquido.
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Quando coloca-se esterco ou algum tipo de matéria
Biofertilizante
orgânica para fermentar por microorganismos,
estimula-se as bactérias, leveduras e fungos a
transformarem esta biomassa em um preparado Receita básica de biofertilizante aeróbico:
nutritivo e vivo para o solo.
100 litros de água
Delvino Magro usou o biofertilizante enrriquecido super 30 kg de esterco fresco
magro (a receita ao lado é uma composição 3 kg açúcar mascavo
simplikicada), como apoio para transições de 5 litros de soro de leite
agriculturas convencionais para orgânicas, dando 5 kg de cinza
suporte às instabilidades decorrentes da transição. 3 litros de melaço de cana ou cana picada
Biofertilizantes são uma forma mais rápida de recuperar 3 kg de folhas de leguminosas
instabilidades na lavoura.
Para preparar o biofertilizante misture tudo num
tambor de 200 litros acrescente mais água até que
a mistura chegue próximo da borda do tambor,
mexa bem a cada 2 ou 3 dias. Depois da
fermentação, que leva de 30 a 45 dias dependendo
da temperatura ambiente, ele estará pronto para
usar: para compor diluições de 20 litros usar: 1
litro de fertilizante para cada 19 litros de água
(diluição de 5%), para uso foliar, e 4-5 litros para
19 litros de água (diluição 20-25%) para uso direto
no solo. O odor deve ser agradável ligeiramente
agridoce, cheiro podre signikica que o
biofertilizante não fermentou bem e não pode ser
usado, caso isso ocorra jogue fora e recomece.
28
SuperMagro
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Adubação Verde
A compostagem laminar imita o processo natural de deposição e
decomposição de matéria orgânica sobre o solo, com uma borda de
alimento disponível sobre o canteiro, a fauna do solo aumenta para
cumprir sua função decompositora, disponibili-zando nutrientes,
estruturação e vitalização do solo.
Na natureza os restos animais e vegetais se acumulam sobre o solo.
Na borda entre o material a ser decomposto e o solo surge uma camada de
alta fertilidade que aos poucos é levada para camadas mais profundas por
translocação. Esses nutrientes são liberados pela ação de microorganismos
de forma lenta e em simbiose com as raízes das plantas.
A maior parte do material rico, disponível para as plantas, kica onde
será usado, na rizosfera, de forma que a perda de nutriente e energia é
mínima. A compostagem laminar atrai para o canteiro as formas de vida
necessárias para a decomposição, aumentando a vida no solo e
consequentemente sua estruturação e porosidade.
A compostagem laminar é prática, pois não requer aeração e
revolvimento de solo. Ela é feita em camadas de restos vegetais compactas
de aproximadamente 7-15 centrímetros de espessura. Produtos de origem
animal podem atrair formigas carnívoras, é melhor evitar.
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Essa camada deve ser coberta com material rico em carbono: casca de
arroz, folhas secas, restos de roçada, maravalha ou cerragem de madeira
sem tratamento químico, levemente pressionado sobre a camada de
material as de hortaliças e árvores, funcionando também como sementeira.
Tudo deve kicar bem coberto. Esse material vai reter umidade, aportar
carbono e impedir oviposição de moscas. Após 30 dias está pronto o húmus
jovem que pode receber mudas, se o canteiro já estiver plantado, tambem é
possível fazer a compostagem laminar colocando os resíduos ao redor das
plantas e cobrindo com fontes de carbono.
Como a lamina de resíduo é estreita (7-15 cm) há pouco aquecimento
e muitas sementes do com-posto germinam, e do canteiro fertilizado
retiram-se mudas de hortaliças e árvores, funcionando também como
sementeira.
A decomposição diretamente sobre o canteiro, reduz esforço de
transporte, pode ser feita com pequenas quantias de resíduos e elimina o
revolvimento de pilhas. Se o resíduo a ser compostado precisa ser
esterilizado devem-se montar compostos com pilhas altas (80-100 cm) que
geram calor sukiciente para inviabilizar sementes indesejadas, e esse ainda
calor pode ser usado para outros kins.
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Adubação Verde
A forma mais simples e efetiva de recuperar e fertilizar grandes áreas
é trabalhando com sementes. A adubação verde é o cultivo de plantas que
devem ser incorporadas ou deitadas sobre o solo para elevar os níveis de
matéria orgânica, isso é feito com a semeadura de diferentes plantas ao
longo do ano.
Os cultivos de interesse também podem servir como adubação verde
conforme a sequencia d eplantio, de forma que conkigure uma rotação de
culturas, ou que sejam feitos consórcios de plantas companheiras paraq ue,
ao invés de haver um esgotamento do solo a produçõa gere fertilidade
ppara o solo, pois as plantas também criam o solo.
Plantas passam a constituir o solo não apenas depositando sua
biomassa, mas também por ativar processos bioqu;imicos no solo através
de sua simbiose com microorganismos.
O coquetel de sementes criado por Renè Piamont, estimado colega e
agricultor biodinâmico, serve de base para a semeadura de adubos verdes,
sendo que a semeadura deve ser feita a lanço, em terra bem preparada e
calcareada, se necessário, e a incorporação das sementes pode ser feita
com grade leve ou dependendo da área, com rastelo, de mão.
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Coquetel de Sementes Biodinâmico
Não é necessário usar todas as sementes, a lista abaixo é uma sugestão de plantas que servem para adubação verde.
primavera/verão
- 20 kg de milho
- 10 kg de mucuna preta
- 10 kg de feijão de porco outono/inverno
- 10 kg de lab lab
- 10 kg de guandú - aveia
- 10 kg de girassol - centeio
- 5 kg de crotalária - cevada
- 5 kg de mamona - trigo
- 5 kg de feijão miúdo - triticale
- 4 kg de painço - trigo mourisco
- 4 kg de leucena - nabo forrageiro
- 4 kg de calopogonio - beterraba açicareira
- 5 kg de soja - ervilhaca
- 4 kg de sorgo - tremoço
- 2 kg de mileto - trevos
- 0,5 kg de abóbora
Obs: Totalizando 60 kg
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Tabela massa verde por hectare.
Lablab 15 a 30 60 a 180
Nabo forrageiro 20 a 30 30 a 60
Aveia preta 30 a 60 50 a 70
Centeio 10 a 30 124
Ervilhaca 20 a 28 90 a 180
Tremoço branco 20 a 30 60 a 90
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Manter o solo vivo
É importante focar em manter o solo vivo se quisermos ter terra fértil, para isso as interações observadas no módulo 01, entre
os elementos que constituem a lavoura, é fundamental, para isso não esqueça das estratégias a aseguir.
Mulche: cobertura do solo - materiais diferentes podem ser usados para cobrir o solo: restos de roçadas, palha, resíduos de
podas, casca de arroz, serragem (que não seja de madeira tratada), folhas, papelão e jornais velhos para cobrir canteiros e lavouras.
Mantendo as condições de umidade e temperatura, a microvida do solo se desenvolve e realiza sua importante atividade na ciclagem
e disponibilização dos nutrientes, na estruturação do solo, decomposição da matéria orgânica e formação de húmus. Todos os solos
vivos do planeta estão cobertos, a natureza ensina que solos descobertos gradativamente kicam estéreis e que solos sem vida acabam
kicando sem cobertura.
Leguminosas - muitas espécies da família das leguminosas (fabáceas), trabalham em associação com bactérias kixadoras de
nitrogênico formando nódulos onde ocorre a relação simbiótica entre bactérias e raízes. O manejo destas plantas pode adiantar o
processo de recuperação dos solos empobrecidos, da mesma forma, pesquisas demonstram uma associação similar entre palmeiras
e fungos, facilitando a absorção de fósforo. O uso de leguminosas como adubo verde aumenta o nitrogênio no solo, porém em solos
com pouco carbono o incremento de nitrogênio pode decompor carbono necessário para crescimento da planta, em zonas
equatoriais o nitrogênio volatiliza muito rápido, nessa situação é importante cobrir o solo, e não acelerar os processos de
decomposição, pois a agricultura é solar e não de solo em locais com alta radiação. A melhor estratégia depende de uma boa leitura
da paisagem e de informação.
Plantios de cobertura - da mesma forma que a adubação verde, os plantios de cobertura também melhoram a estrutura geral
dos solos. Além de executarem este trabalho, podem também cumprir outras funções como: forragem para animais, alimen-tação
humana ou mulche.
Esterco animal - o valor do esterco animal como adubo é conhecido desde a Grécia antiga, em 355 a.C. Xenofonte akirmou que
o estado grego tinha sido arruinado porque “o valor do uso dos estercos na terra não foi levado a sério”. O esterco incrementa a
microvida do solo, é matéria orgânica rica em nutrientes e vida, pode ser usado com aplicações mecani-zadas ou manuais, com uso
de tratores vivos, através da pecuária rotativa, ou pode ser processado em biofertizantes líquidos e espalhados no solo.
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Aplicar Usar
rotação de bordas nas
culturas extremidades dos Consorciar
introduzindo a maior patamares, bordas culturas Plante
diversidade possível podem ter um cultivo em companheiras e árvores que
em cada época e aléias, auxiliar na introduzir árvores aceitem poda para
lugar. sustentação, funcionarem caducas na horta e nos produção de biomassa.
como faixa produtiva cultivos anuais. Cultivares que sirvam
ou quebra vento.
para madeira geram
Estabelecer patamares, renda para o
acompanhando as curvas do Evitar futuro.
terreno, para eliminar a erosão revolvimento do
e perda de solo. Patamares solo, depois de
auxiliam na conservação da água preparar, não realizar Aproveite ao
no terreno e reduzem energia práticas que compactem o máximo a insolação
de trabalho com a criação de solo como uso de cultivando em diversos
áreas planas de cultivo. maquinário pesado e estratos criando sombra
pisoteio de para os cultivos que
animais necessitam e expondo
Um cultivo deve os que pedem mais
Não deixar o sempre favorecer os luz.
solo exposto ao plantios consorciados e os
sol sem cobertura que virão na próxima estação, Evite combater pragas e Não usar
de palha ou o solo deve melhorar a cada doenças, procure identikicar químicos
vegetal. safra, cultive adubação e atuar nas causas do contaminantes,
verde junto com o cultivo desequilíbrio. Elas são prezando pela vida
de interesse. indicadoras biológicas e do solo e da
atuam no reequilibrio ecologia local.
ecológico.
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João Rockett é coordenador fundador do Instituto de Tatiana Cavaçana é coordenadora mantenedora do
Permacultura da Pampa | Escola Rama Vida Integral há Instituto de Permacultura da Pampa | Escola Rama Vida
20 anos atua como permacultor diplomado por Bill Integral, responsável pela reabertura e re-desenho
Mollison. Foi idealizador e fundador do projeto de permacultural do Instituto. É designer e projetista
Sementes Agroecológicas BioNatur, trabalho pioneiro na industrial (1999-SP), permacultora (2010-RS) e
produção de sementes orgânicas de hortaliças no Brasil e engenheira agrônoma com especialização em Agricultura
na América Latina, e na proposição de leis de produção Biodinâmica (2017-SP), possui especialização em
orgânica de alimentos. Desenvolveu estruturas psicologia junguiana (2000-SP). Fundadora da Escola
organizacionais agroecológicas em comunidades de Rama de educação integral (2011), que trata da educação
famílias e produtores orgânicos, acompanhando a ambiental, do comportamento e da leitura da paisagem na
produção e as estruturas criando redes de produção e aplicação prática da Permacultura. Através do Instituto de
comércio de produtos agrícolas. Trabalha com sementes Permacultura da Pampa desenvolveu projetos continuados
e alimentos orgânicos há mais de 30 anos. Desenvolveu na Amazônia e no Rio Grande do Sul, envolvendo
projetos como Líder Avina, capacitou milhares de regeneração de áreas degradadas, agricultura orgânica e
agricultores e certikicou centenas de permacultores no desenvolvimento de mercados rurais. Através da Escola
Brasil e no exterior. Implantou o programa Ecoversidade, Rama trabalha a difusão da Permacultura com cursos de
a universidade ecológica, para estudantes internacionais capacitação e programas de sensibilização e autoeducação
através do Instituto de Permacultura da Pampa, entre em contextos rurais e urbanos, realizou trabalhos em
dezenas de projetos em parceria com instituições no parceria com fundações, instituições, órgãos privados e
Brasil, África e Índia. Realizou trabalho pioneiro com públicos, universidades e escolas técnicas. Foi fundadora/
sementes orgânicas e com Permacultura, no Brasil e na diretora da Stromboli (1996-2011-SP), companhia para
América Latina. Realiza conferências e palestras estudo e desenvolvimento do teatro de animação em São
compartilhando conhecimento e experiência em diversas Paulo-SP, com a qual desenvolveu dezenas de projetos
áreas da permacultura e da agricultura orgânica. Presta artísticos, mantêm o trabalho fotográkico Materama Design,
consultoria em sustentabilidade para setores rurais, Fotograkia sem fronteira: coordenadas de amor, imagens da
urbanos e industriais. terra. www.materama.com.br
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@rama.permacultura
www.ipep.org.br 33