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Neuropsicopedagogia: Arcabouço teórico e conceitos

básicos.
Aula 1

Prof. Vitor da Silva Loureiro


profvitorloureiro@gmail.com
@profvitorloureiro
Cronograma das nossas aulas:
✓ Para organizarmos os nossos encontros:
✓ 18h45 – Início da aula.
✓ Retomada da aula anterior.
✓ Desenvolvimento dos temas.
✓ 20h40 às 21h – Parada.
✓ Continuidade e Problematização.
✓ Desenvolvimento.
✓ 22h45 – Encerramento.
Combinados para uma aula feliz
#1 NÃO MORRA DE COPIAR OS SLIDES.
(não copie)
#2 AVALIAÇÃO: A proposta será apresentada no portal do aluno.
#3 CONTATO: profvitorloureiro@gmail.com
#4 FALTAS: presença mínima 75%, ao longo das aulas faremos a chamada via
formulário eletrônico – o link estará no chat.
#5 EMENTA: Sim, cumpriremos nossa ementa.
#6 HORÁRIOS: Necessários para darmos conta de todo conteúdo proposto.
#8 ORGANIZAÇÃO: Sempre ao acessar a sala, mantenha o microfone
desligado, sobre o uso da câmera, preferencialmente nos momentos de
discussão mantenha ela aberta e quando precisar falar, de forma organizada,
acione seu microfone.
#7 ENSINAGEM E APRENDIZAGEM: Isso construiremos juntos em um processo
dialógico e relacional. Por isso, a participação e as contribuições são essenciais.
ATENÇÃO!
ESTE MATERIAL É DE USO PESSOAL.
Exclusivo para a abordagem didática das aulas e auxiliar seus estudos, pesquisas
e revisões, não devendo ser entregue à terceiros, nem divulgado em quaisquer
meios.
MATERIAL PREPARADO para as aulas da disciplina: Neuropsicopedagogia:
arcabouço teórico e conceitos básicos. Sendo, expressamente proibida a
reprodução de parte ou da totalidade desse conteúdo mediante qualquer forma
ou meio, sem prévia e formal autorização do professor autor e responsável pela
disciplina (Lei nº 9.610/98).
Conhecendo a turma:
Apresentação:
Pesquisador no Laboratório de Inovações Educacionais e Estudos Neuropsicopedagógicos (LIEENP-CENSUPEG) e
no Grupo de Pesquisa "Representações sociais e subjetividade docente". Compõe o grupo de gestores escolares e
pesquisadores amigos da Rede Nacional de Ciência para Educação (Rede CpE), Mestre em Educação Formação de
Gestores Educacionais pela Universidade Cidade de São Paulo (UNICID). É docente nos cursos de Especialização em
Neuropsicopedagogia Clínica e Institucional da Faculdade de Ciências, Educação, Saúde, Pesquisa e Gestão
(CENSUPEG). Atua há mais de uma década na gestão escolar e formação de professores dos anos finais e ensino
médio. É especialista em Gestão Educacional pela Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) e em
Neuropsicopedagogia Institucional e Educação Especial e Inclusiva pela Faculdade CENSUPEG, possui Licenciatura em
Filosofia e Bacharelado em Teologia. Em 2019 foi finalista do Prêmio: Rita Russo, no 2º Congresso Brasileiro de
Neuropsicopedagogia e em 2022 ganhador do Prêmio: Dica de Mestre, na categoria Educador, do 8º Congresso
Aprender Criança, Ribeirão Preto, SP.
Por que Neuropsicopedagogia
Por quê
Neuropsicopedagogia?
E você, por que Neuropsicopedagogia?
Motivação: Ato ou efeito de motivar; Série de
fatores, de natureza afetiva, intelectual ou
fisiológica, que atuam no indivíduo, determinando-
lhe o comportamento
MICHAELIS moderno dicionário da língua portuguesa. São Paulo:
Melhoramentos. Disponível
em:<http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php>
ESCOLHI ESSE CURSO PORQUE:

✓ Preciso saber mais sobre como se aprende.


✓ Necessito ampliar meus conhecimentos/atualizar.
✓ Porque eu gosto sempre de aprender coisas novas.
✓ Porque tenho alguém especial que me leva a fazer vários cursos (um filho, um
irmão, um sobrinho...)
✓ Porque quero ajudar meus alunos a aprenderem mais.
✓ Quero me aposentar, abrir meu consultório.
✓ Não me conformo com a realidade da educação que temos...
Motivação e Estímulo
“Da mesma forma que sem fome
não aprendemos a comer e sem
sede não aprendemos a beber
água, sem motivação não
conseguimos aprender.” - Iván
Izquierdo.

Lembre disso, a motivação é


essencial ao processo de
aprendizagem humana.
NOSSA EMENTA E OBJETIVO
EMENTA

Conceitua a Neuropsicopedagogia e sua identidade como ciência da aprendizagem, nos


campos de atuação institucional e clínico, segundo o Código de Ética da Sociedade Brasileira de
Neuropsicopedagogia (SBNPp) e apresenta o arcabouço teórico desta ciência, caracterizando
os conceitos essenciais para a atuação profissional.
OBJETIVO GERAL

Compreender as teorias que embasam a neuropsicopedagogia por meio do seu


arcabouço teórico, correlacionando-a como a ciência da aprendizagem oriunda do
diálogo transdisciplinar entre os saberes das Neurociências aplicadas à educação,
Pedagogia e Psicologia Cognitiva.
Definindo conceitos
A SBNPp
• Nascida em 2014 a SBNPp – Sociedade Brasileira de Neuropsicopedagogia é
a entidade de referência do universo da Neuropsicopedagogia e Neuro
Educação;
• A SBNPp busca direcionar e regulamentar a formação e prática profissional
do neuropsicopedagogo;
• Em 2019 após ampla defesa a SBNPp conquistou a Classificação Brasileira
de Ocupações (CBO) documento que retrata a realidade das profissões do
mercado de trabalho brasileiro;
• A NPp possui dois cadastros na CBO, sendo Neuropsicopedagogo clínico e
Neuropsicopedagogo Institucional
Como a SBNPp define a NPp?

(Art. 10º. RESOLUÇÃO SBNPp n°05 de 12 de abril de 2021 –


SBNPp)
Conceituações sobre a NPp
(...)a neuropsicopedagogia procura reunir e integrar os estudos do
desenvolvimento, das estruturas, das funções e das disfunções do cérebro,
ao mesmo tempo que estuda os processos psicocognitivos responsáveis
pela aprendizagem e os processos psicopedagógicos responsáveis pelo
ensino.
(Fonseca V. Papel das funções cognitivas, conativas e executivas na aprendizagem: uma abordagem
neuropsicopedagógica. Rev. Psicopedagogia 2014;31(96):236-253)

um novo campo de especialização profissional, de pesquisa, ação e


intervenção, baseados nos avanços das Neurociências e suas
aplicabilidades no campo da Educação e Psicopedagogia
(Beclair 2014, p.23. apud Freitas e Coelho, 2019)
(...)estuda a interação entre o cérebro, a mente e o aprendizado,
possibilitando, através de métodos rigorosamente científicos, o
planejamento de intervenções precisas que promovam o
desenvolvimento de sujeitos epistêmicos. (MARQUES, 2008, p.11)

(...) o campo de estudo do neuropsicopedagogo tem ênfase nos


desdobramentos da aprendizagem nos diversos aspectos humanos, mas
sobretudo na educação(...) (CARDOSO, MUNCK, LOUREIRO, 2021)
A função do neuropsicopedagogo é contribuir na promoção da
aprendizagem dos sujeitos com e sem transtornos e dificuldades de
aprendizagem. Nesse sentido, deverá atuar através da avaliação, da
intervenção, do acompanhamento, da orientação de estudos e do ensino
de estratégias de aprendizagem. Além disso, deverá manter diálogos
permanentes com a família, com a escola e com outros profissionais
envolvidos no caso (Russo, 2019)
Esses comentários,
realmente dialogam com
a definição da NPp e o
papel do
neuropsicopedagogo?
(...)a neuropsicopedagogia procura reunir e integrar os estudos do
desenvolvimento, das estruturas, das funções e das disfunções do cérebro,
ao mesmo tempo que estuda os processos psicocognitivos responsáveis
pela aprendizagem e os processos psicopedagógicos responsáveis pelo
ensino.
(Fonseca V. Papel das funções cognitivas, conativas e executivas na aprendizagem: uma abordagem
neuropsicopedagógica. Rev. Psicopedagogia 2014;31(96):236-253)

um novo campo de especialização profissional, de pesquisa, ação e


intervenção, baseados nos avanços das Neurociências e suas
aplicabilidades no campo da Educação e Psicopedagogia
(Beclair 2014, p.23. apud Freitas e Coelho, 2019)
(...)estuda a interação entre o cérebro, a mente e o aprendizado,
possibilitando, através de métodos rigorosamente científicos, o
planejamento de intervenções precisas que promovam o
desenvolvimento de sujeitos epistêmicos. (MARQUES, 2008, p.11)

(...) o campo de estudo do neuropsicopedagogo tem ênfase nos


desdobramentos da aprendizagem nos diversos aspectos humanos, mas
sobretudo na educação(...) (CARDOSO, MUNCK, LOUREIRO, 2021)
A função do neuropsicopedagogo é contribuir na promoção da
aprendizagem dos sujeitos com e sem transtornos e dificuldades de
aprendizagem. Nesse sentido, deverá atuar através da avaliação, da
intervenção, do acompanhamento, da orientação de estudos e do ensino
de estratégias de aprendizagem. Além disso, deverá manter diálogos
permanentes com a família, com a escola e com outros profissionais
envolvidos no caso (Russo, 2019)
Diferenciando e construindo
saberes
DEFINIÇÃO DA NOSSA CIÊNCIA

A Neuropsicopedagogia é uma ciência transdisciplinar, fundamentada nos


conhecimentos da Neurociências aplicada à educação, com interfaces da
Pedagogia e Psicologia Cognitiva que tem como objeto formal de estudo a
relação entre o funcionamento do sistema nervoso e a aprendizagem
humana numa perspectiva de reintegração pessoal, social e educacional.
(Art. 10º. RESOLUÇÃO SBNPp n°05 de 12 de abril de 2021 – SBNPp)
SCIENTIA - CIÊNCIA

De forma literal, o termo ciência vem do


latim scientia e significa de forma ampla:
conhecimento ou saber
PARA PENSAR: Se ciência é igual a conhecimento.
Então, todo conhecimento é ciência?
Antes de buscarmos uma definição para o conceito de
CIÊNCIA, vamos identificar alguns saberes que não são
científicos*:
conhecimento popular • superficial, sensitivo (vivências), subjetivo, assistemático, acrítico.

- senso comum
• Valorativo (se sustenta no sagrado), inspiracional, exato (dogma),
conhecimento sistemático, não verificável (atitude de fé).
religioso - teológico
• valorativo e não verificável, sistemático, infalível e exato, pois seus
conhecimento postulados e suas hipóteses não são submetidos à experimentação,
racional (encadeamento lógico nos seus postulados).
filosófico
• factual, pois lida com ocorrências ou fatos que se
manifestam de algum modo;
• contingente, pois suas proposições são verdadeiras ou
falsas com base na experiência e não apenas na razão;
• sistemático, pois é um saber ordenado logicamente,
A ciência – formando um sistema de ideias (teoria) e não
conhecimentos dispersos e desconexos;
conhecimento • verificável, pois só considera ciência o que é
comprovado pelo método científico;
científico • falível, pois não é definitivo ou absoluto,
representando sempre um estágio da evolução do
conhecimento;
• aproximadamente exato, devido ao fato de ser falível,
pois a teoria existente pode ser reformulada ou
aprimorada por novas técnicas e métodos.
Fundamentalmente, o que diferencia a ciência do conhecimento de
senso comum é o método científico, empregado na primeira, que visa
permitir se conhecer além da percepção humana e da experiência
imediata e pode, sob as mesmas condições, ser verificado
(repetibilidade do fenômeno)

(Pacheco, 2008, pag. 298)


(*)Pacheco e Pacheco. O que é ciência? Uma abordagem para cursos tecnológicos. International Conference on Engineering
and Technology Education. INTERTECH. March 02 - 05, 2008, São Paulo, BRAZIL. Disponível em:
http://www.inf.ufsc.br/~lucia.pacheco/INE5407/1-Ciencia/069-Ciencia&Sociedade_INTERTECH'2008.pdf
Afinal, o que seria o mundo sem
ciência?
Nossos fundamentos
Pedagogia

NEUROPSICOPEDAGOGIA

Neurociências Psicologia
Cognitiva
“O objetivo das neurociências é a compreensão de como o fluxo de sinais
elétricos através de circuitos neurais origina a mente – como percebemos,
agimos, pensamos, aprendemos e lembramos. Embora ainda estejamos muitas
décadas distantes de alcançar tal nível de compreensão, os neurocientistas tem
feito progressos significativos na obtenção de informações acerca dos mecanismos
subjacentes ao comportamento, os sinais de saída que podem ser observados em
relação ao sistema nervoso de seres humanos e outros organismos.”

(KANDEL E SCHWARTZ JH JESSEL TM. Princípios de Neurociências. 5ªed. Porto


Alegre: Artmed; 2014)
As neurociências são ciências naturais, que descobrem os princípios

da estrutura e do funcionamento neurais, proporcionando

compreensão dos fenômenos observados.

(Guerra, 2011, p. 03)

Guerra, Leonor Bezerra. O diálogo entre a neurociência e a educação: da


euforia aos desafios e possibilidades. Revista Interlocução, v. 4, n. 4, p. 3,
2011.
Multidisciplinaridade
✓ Compreender o sistema nervoso exige múltiplas abordagens

✓ Diferentes especialistas

Física e Teoria dos Teoria da


Fisiologia Morfologia Biologia Medicina Psicologia Matemática
Química Sistemas Informação
O neurocientista Roberto Lent (2001, p.6) define os campos de investigação das neurociências, naquilo que
podemos chamar de 5 grandes eixos:

A neurociência molecular: tem como objeto de


estudo as diversas moléculas de importância
funcional no sistema nervoso e suas interações

A neurociência celular: aborda as células que


formam o sistema nervoso, sua estrutura e
função

Foto: http://www.faperj.br/?id=935.2.9

A neurociência sistêmica: considera populações LENT, Roberto. Cem bilhões de neurônios? Conceitos
de células situadas em diversas regiões do Fundamentais de Neurociência. São Paulo: Atheneu, 2001.
sistema nervoso, que constituem sistemas
funcionais como o visual, o auditivo, o motor,
etc.
A neurociência comportamental: dedica-se
a estudar as estruturas neurais que
produzem comportamentos e outros
fenômenos psicológicos como o sono,
comportamentos sexuais, emocionais, e
muitos outros

e neurociência cognitiva: trata das


capacidades mentais mais complexas,
geralmente típicas do Homem, como a
linguagem, a autoconsciência, a memória,
etc(...)
As Neurociências: Um
resumo histórico*
O homem deve saber que de nenhum outro lugar, mas
apenas do encéfalo, vem a alegria, o prazer, o riso e a
diversão, o pesar e o luto, o desalento e a lamentação.
E por meio dele, de uma maneira especial, nós
adquirimos sabedoria e conhecimento, enxergamos e
ouvimos, sabemos o que é justo e injusto, o que é bom
e o que é ruim, o que é doce e o que é insípido... E pelo
mesmo órgão nos tornamos loucos e delirantes, e
medos e terrores nos assombram... Todas essas coisas
nós temos de suportar quando o encéfalo não está
sadio... Nesse sentido, opino que é o encéfalo quem
exerce o maior poder no homem. – Hipócrates, Da
Doença Sagrada (Século IV a.C.)

*Revista NeuroInfo n° 18 DEzembro 2021. unipampa. Disponível em:


https://www.flipsnack.com/EA85D788B7A/revista-neuroinfo-n-18-dezembro-2021.html
Fundamentos em Bio-Neuro Psicologia. A história da neurociência. PUC RIO. Disponível em:
http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/a-hist%C3%B3ria-da-neuroci%C3%AAncia.html
Indícios demonstram que desde a antiguidade havia a compreensão de
que o encéfalo era vital para a sobrevivência humana.

Crânios incas que indicam procedimento de trepanação (Foto:


Universidade de Miami/ Reprodução)

Revista NeuroInfo n° 18 DEzembro 2021. unipampa. Disponível em:


https://www.flipsnack.com/EA85D788B7A/revista-neuroinfo-n-18-
dezembro-2021.html
Ao longo dos séculos a curiosidade sobre as funções
do cérebro desencadearam inúmeras controversas.
Para Aristóteles (335 a. C.):O filosofo grego Aristóteles
reitera a crença antiga de que o coração é o órgão
superior; o cérebro, diz ele, é um radiador que impede o
superaquecimento do corpo.

O medico romano Galena (170 a.C.) lança a teoria de que o


temperamento e o caráter humanos são decorrentes do quatro
“humores” (líquidos mantidos nos ventrículos do cérebro). A
ideia persistiu por mais de 1000 anos. A descrições de anatomia
de Galeno, usadas por gerações de médicos, tiveram como base
principal em macacos e porcos.

Revista NeuroInfo n° 18 DEzembro 2021. unipampa. Disponível em:


https://www.flipsnack.com/EA85D788B7A/revista-neuroinfo-n-18-
dezembro-2021.html
O filosofo francês Renê Descartes (1649), considerava que o
cérebro era um sistema hidráulico que controla o comportamento.
Funções mentais “mais elevadas” seriam geradas por uma
entidade espiritual, que interagiria com o corpo e a glândula
pineal.

Paul Broca (1824-1880). Estudando cuidadosamente o encéfalo


de um homem que perdera a capacidade de falar depois de uma
lesão cerebral, Broca convenceu- se de que diferentes funções
podiam estar localizadas em diferentes partes do cérebro.

Revista NeuroInfo n° 18 DEzembro 2021. unipampa. Disponível em:


https://www.flipsnack.com/EA85D788B7A/revista-neuroinfo-n-18-
dezembro-2021.html
O homem que se perdeu - Phineas Gage

Este educado e benquisto supervisor de obras


ferrovias americano passou por uma transformação,
tornando-se agressivo e desrespeitoso depois que
teve parte do cérebro destruída em um acidente. O
estudo deste paciente demonstrou que faculdades
como o juízo moral e social podem estar localizados
no lobos frontais.

https://www.youtube.com/w
atch?v=yXbAMHzYGJ0

In: http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/a-
hist%C3%B3ria-da-neuroci%C3%AAncia.html
MORAES, Alberto Parahyba Quartim de - O Livro do cérebro.
Vol 1. São Paulo. SP, Editora Duetto - 2009. Pag 8 até 11.
O caso HM - Henry Gustav Molaison

https://www.youtube.com/watch?
v=W0TTQroCjoQ&t=29s
FREITAS, Neli Klix. Desenvolvimento humano, organização funcional do cérebro e aprendizagem no pensamento de Luria e de
Vygotsky. Ciênc. cogn., Rio de Janeiro , v. 9, p. 91-96, nov. 2006 . Disponível em
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212006000300010&lng=pt&nrm=iso>.
Luria foi o primeiro investigador a propor um modelo explicativo para as funções
coordenadas pelos lobos frontais (Hamdan & Pereira, 2009). Com base em suas
observações de pacientes com lesões nos lobos frontais, Luria (1970) propôs a Teoria dos
Sistemas Funcionais (cf. Figura 2). Esta teoria preconiza que o cérebro humano
compreende três unidades funcionais, que interagem entre si. A primeira compreende o
Alexander Romanovich tronco encefálico e tem como função regular a excitabilidade do córtex cerebral; a
Luria (1902 -1977) segunda abrange a parte mais posterior do córtex cerebral sendo responsável por obter,
processar e armazenar as informações que chegam do mundo exterior; e, por fim, a
terceira, que se encontra localizada a nível do lobo frontal, mais especificamente no
córtex pré-frontal, tem como função programar, regular e verificar o comportamento
SILVA, Márcia Teixeira da. A cópia da Figura Complexa de Rey
humano (Luria, 1981;Uheara et al., 2013), exercendo assim, um papel executivo (Ardila,
na avaliação do funcionamento executivo: Um estudo 2008).
exploratório com estudantes universitários. 2017. Tese de
Doutorado.
1ª unidade – tronco encefálico
(regula o tônus, a vigília e os
estados mentais);
2ª unidade – córtex posterior
(regula, analisa e armazena as
informações); e
3ª unidade – córtex anterior
(programa, regula e verifica as
atividades)

BERTOQUE, L.A.D.P. Linguagem, neurociência e cognição: ampliando os


fundamentos para o planejamento de aulas de língua portuguesa. Polifonia, https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php
Cuiabá-MT, v. 25, n.38.1, p. 193-388, maio-agosto.2018. /4674768/mod_resource/content/1/Aula
%206_%20Luria_pdf.pdf
Apresentação do vídeo institucional
Lista de vídeos:

Mario Sergio Cortella responde: Qual a diferença entre motivação e estímulo?


https://www.youtube.com/watch?v=zG7y7gT9AV8&t=60s

CIÊNCIA, ACHISMOS E FAKE NEWS | SCHWARZA: https://www.youtube.com/watch?v=jIb3BzOTFKU

O Mundo sem Ciência: https://www.youtube.com/watch?v=9qnNUCl3_yM

Fantástico – O que é neurociência? https://www.youtube.com/watch?v=StFkuK2qi3U

SER MAIS LADO DIREITO OU ESQUERDO DO CÉREBRO: MITO OU VERDADE? | Claudia Feitosa-Santana:
https://www.youtube.com/watch?v=Byd_GHQgA-A

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