Você está na página 1de 128

NEUROCIÊNCIAS APLICADAS À

EDUCAÇÃO
Profa Dra Jackeline Moraes Malheiros
jmalheiros@gmail.com
Neuropsicopedagogia

Doutora em Neurociências (UNIFESP) Psicopedagoga Clínica e Institucional (UNIVAP)


Mestre em Neurociências (UNIFESP) Bacharel em Física Médica (UNESP)

Facebook: @i.neuropotencial
Instagram: @i.neuropotencial
EMENTA

Estuda o funcionamento do sistema nervoso para compreender como ocorre o


aprendizado, a memória, a atenção e o comportamento em uma interface com
práticas do sistema educacional formal. Disso decorre o conhecimento dos
processos de autorregulação (funções executivas) e dos comportamentos de
risco (questões socioeconômicas, alimentação, rotinas de sono), para
compreender como aspectos orgânicos, sociais, pedagógicos, emocionais e
ontogenéticos influenciam a aprendizagem.
OBJETIVO

GERAL:
Compreender como os conhecimentos advindos das Neurociências podem ser aplicados no
contexto educacional, relacionando-o a Pedagogia e Psicologia Cognitiva, evidenciando o
conceito de Neuropsicopedagogia conforme art. 10 do Código de Ética Técnico-Profissional da
SBNPp, observando assim os benefícios para aprendizagem humana, visando a reintegração
pessoal, social e educacional das pessoas.
Como a neurociência pode
contribuir para educação???
Itens Educadores (N = 1643)
Discordo Concordo Em dúvida
(%) (%) (%)
1. Habilidades cognitivas são herdadas e não podem ser
F 26 48,4 25,5
modificadas.
2. Usamos cerca de 9 a 10% de nosso cérebro. F 24,2 48 27,8
3. A sensação de felicidade, prazer e tristeza é
F 27,1 52,5 20,5
vivenciada pelo coração.
4. Exercício físico melhora a capacidade mental. V 10,3 74,1 15,6
5. Com o avançar da idade os neurônios vão morrendo. V 14,7 57 28,2
6. O sono é importante, pois é o único momento em
F 9,7 79,7 10,6
que o cérebro descansa de verdade.
7. Diferenças na dominância de hemisférios cerebrais
(esquerdo ou direito) explicam melhor desempenho em F 26,4 58,6 15
humanas ou exatas.

Lopes, F. M. O que sabemos sobre neurociências? conceitos e equívocos entre o público geral e entre educadores. 2020. Rev. psicopedag. vol.37 no.113 São Paulo
Itens SEM curso (N=590) COM curso (N=1053)
Em Em
Discordo Concordo Discordo Concordo
dúvida dúvida
(%) (%) (%) (%)
(%) (%)
1. Habilidades cognitivas são herdadas e não
F 29,5 46,1 24,4 24,1 49,8 26,1
podem ser modificadas.
2. Usamos cerca de 9 a 10% de nosso cérebro. F 27,3 46,8 25,9 22,5 48,6 28,9
3. A sensação de felicidade, prazer e tristeza é
F 29 49,7 21,4 26 54 19,9
vivenciada pelo coração.
4. Exercício físico melhora a capacidade
V 9,5 77,5 13,1 10,8 72,2 17
mental.
5. Com o avançar da idade os neurônios vão
V 14,2 57,8 28 15 56,6 28,4
morrendo.
6. O sono é importante, pois é o único
momento em que o cérebro descansa de F 11,2 78,8 10 8,8 80,2 10,9
verdade.
7. Diferenças na dominância de hemisférios
cerebrais (esquerdo ou direito) explicam F 29,5 56,9 13,6 24,7 59,5 15,8
melhor desempenho em humanas ou exatas.
Lopes, F. M. O que sabemos sobre neurociências? conceitos e equívocos entre o público geral e entre educadores. 2020. Rev. psicopedag. vol.37 no.113 São Paulo
COMO APRENDEMOS?

ORGÂNICOS
(Neurológicos) EMOCIONAIS

APRENDIZAGEM
HUMANA

SOCIAIS PEDAGÓGICOS
(família/escola)
ROTTA, 2016, p. 7
Relações cognitivas + História de vida

Fatores Neurobiológicos Fatores Socioculturais


• integridade anatômica e • tipo de escola;
funcional; • escolaridade dos pais e
• idade; cuidadores;
• sexo; • método pedagógico;
• influência genética. • frequência e qualidade de
hábitos de leitura.
Dificuldade
escolar

Avaliação da criança com


Adequar
Não
Realmente dificuldade escolar
expectativa vai mal?

Sim Escola adequada? Erro pedagógico?

Como está a saúde


geral da criança?

Melhorar sono, alimentação, exercício físico

+
Checar visão e audição

Avaliar dificuldade
escolar
Montenegro, Maria Augusta. Nem Tudo é Déficit de Atenção.
“o cérebro humano tem sido descrito como o único computador
universal que pode funcionar com glicose (...). Infelizmente, também
é o único computador que é entregue sem manual de instruções.
Assim, vemo-nos obrigados a aprender à medida que evoluímos”
Henry Adler
(apud Alvares, F. Manual de Estratégias de Reabilitação Neuropsicológica para Atenção, memória e funções executivas)

Imagine ao acrescentarmos as emoções, as experiências e


histórias de vida, o ambiente? Quanta imprevisibilidade!
NEUROPSICOPEDAGOGIA

O NEUROPSICOPEDAGOGO CLÍNICO OU INSTITUCIONAL, É UM


PROFUNDO CONHECEDOR DA APRENDIZAGEM HUMANA. ASSIM,
PRECISA DOMINAR AS BASES CIENTÍFICAS E CONCEITUAIS DESTA NOVA
CIÊNCIA.
O QUE É NEUROPSICOPEDAGOGIA?
A Neuropsicopedagogia é uma ciência
transdisciplinar, fundamentada nos
conhecimentos da Neurociências aplicada à
educação, com interfaces da Pedagogia e
Psicologia Cognitiva que tem como objeto
formal de estudo a relação entre o
funcionamento do sistema nervoso e a
aprendizagem humana numa perspectiva de
reintegração pessoal, social e educacional.

(Artigo 10 - RESOLUÇÃO SBNPp N° 05/2021)


Psicologia
Cognitiva

Neurociências
aplicada à Pedagogia
Educação

NPp
Humanas Exatas
• Educação • Matemática
• Psicologia • Física
• Química

Área biológica e da Tecnológicas


saúde • Informática
• Biologia • Biotecnologia
• Medicina
• Enfermagem
• Fisioterapia
Neurociências
“As neurociências estudam os
neurônios e suas moléculas
constituintes, os órgãos do sistema
nervoso e suas funções específicas,
e também as funções cognitivas e o
comportamento que são resultantes
dessas estruturas” (2011, p.142)
Um comportamento simples é mediado por muitas
regiões do encéfalo

Amígdala - Mecanismo de homeostase – ajustar Programa motor


frequência cardíaca e respiração
Identificar a bola

Amigdala ativa o hipotálamo para motivar


o jogador a executar uma boa jogada

KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .
KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .

Um comportamento simples é mediado por muitas


regiões do encéfalo
Córtex parietal posterior – sentido de Córtex motor envia sinais a medula que
espaço e de onde braço e raquete estão ativam e inibem músculos.
localizados.
Núcleos da base – iniciação de padrões
motores e evocação de movimentos
aprendidos.

Tronco encefálico – frequência cardíaca,


respiração e alerta.
Hipocampo – envolvido em atingir a bola e Cerebelo ajusta os movimentos
na memória.
O que é necessário para entender todo este processo?

Neurotransmissores

Transmissão
sináptica
Potencial de ação

Microestrutura
O que é necessário para entender todo este processo?

Funções
Memória Executivas
Atenção
Divisão
anatômica
O que é necessário para entender todo este processo?

Alimentação

Sono

Sistema límbico

Neuroplasticidade

Sistema Sensorial
ESTUDO DIRIGIDO
• Link no chat, no grupo do whatsapp
AULA 2
Questão 1
COMO APRENDEMOS?

ORGÂNICOS
(Neurológicos) EMOCIONAIS

APRENDIZAGEM
HUMANA

SOCIAIS PEDAGÓGICOS
(família/escola)
ROTTA, 2016, p. 7
Questão 2
A estrutura do neurônio

Corpo celular – Centro metabólico;

Dendritos – Receber sinais;

Axônio – Unidade condutora.


KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto
Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014.
Morfologia dos neurônios

Os neurônios cerebelares de Purkinje


e os neurônios piramidais do
hipocampo possuem padrões distintos
de ramificações dendríticas.

KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .
BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências : desvendando o sistema nervoso. 3ed. Porto Alegre : Artmed, 2008.
Questão 3 e 4
Bainha de mielina

Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico

KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014.
BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências : desvendando o sistema nervoso. 3ed. Porto Alegre : Artmed, 2008.
Bainha de mielina

BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências : desvendando o sistema nervoso. 3ed. Porto Alegre : Artmed, 2008.
Condução da informação

BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências : desvendando o sistema nervoso. 3ed. Porto Alegre : Artmed, 2008.
Condução saltatória

BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências : desvendando o sistema nervoso. 3ed. Porto Alegre : Artmed, 2008.
Questão 5
1. Uma pessoa pisa em uma tachinha;

2. O rompimento da pele é traduzido em sinais ascendentes que percorrem as fibras nervosas sensoriais;

3. Na medula espinhal a informação é distribuída aos interneurônios;

4. O comando motor leva a contração muscular e à retirada do pé.


Membrana Plasmática
- Consiste de um mosaico de lipídeos e proteínas;
- Bicamada fosfolipídica;
- Fosfolipideos – cabeça hidrofílica
cauda hidrofóbica
- Barreira aos íons solúveis em água.
- Os íons atravessam a membrana somente por poros ou
aberturas especializadas na membrana – canais iônicos.
Canais iônicos

Canais iônicos – proteínas


integrais de membrana presente
em todas as células do corpo. Que
atravessam os dois domínios da
membrana.
Canais iônicos
• Propriedades dos canais iônicos
1. permeabilidade;
- velocidades extremamente altas (cerca de 100
milhões de íons/segundo).

2. seletividade de íons específicos;

3. cinética própria:
- canais dependentes de voltagem; íon
- canais dependentes de ligantes;
- canais controlados por estímulos mecânicos (pressão ou estiramento);
- canais não modulados.
Potencial de membrana no repouso
POTENCIAL DE REPOUSO

Diferença no potencial de
membrana na ausência de
estímulo.

A face interna é negativa em


relação à externa.
O excesso de íons positivos no lado
externo da membrana e os íons
negativos no interior da membrana
representa uma pequena fração do
numero total de íons dentro e fora da
célula no repouso.

QUAIS AS BASES IÔNICAS PARA O ESTABELECIMENTO DESTE


POTENCIAL DE MEMBRANA?
Potencial de ação
➢ Unidade básica da condução informação.
➢ Conduz a informação por meio de um desequilíbrio no potencial de repouso
da membrana.
POTENCIAL DE AÇÃO
As células nervosas são capazes de
transportar os sinais a longa distância
devido a sua capacidade de gerar PA.

O PA é um evento elétrico transitório no qual


ocorre a completa inversão da polaridade
elétrica da membrana.

Repolarização Etapas do PA
Despolarização

- Despolarização;
- Inversão de polaridade da membrana;
- Repolarização;
- Hiperpolarizaçâo.

Aumento da condutância iônica através da


membrana durante o PA.

Quais os íons responsáveis pelo PA?


Potencial de repouso Hiperpolarizaçâo
Repouso

Despolarização
Repolarização

Repouso
Propriedades do Potencial de Ação
E3
- Estímulo sublimiar (E1, E2): não causa PA
- Estimulo limiar (E3): causa um único PA
- Estímulo supra-limiar: causa mais de 1 PA, sem alterar a
E1 E2 amplitude.

- Uma vez iniciado o PA, é impossível impedi-lo de


acontecer.

EVENTO TUDO-OU-
NADA
Condução da informação

BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências : desvendando o sistema nervoso. 3ed. Porto Alegre : Artmed, 2008.
Condução saltatória

BEAR, M.F.; CONNORS, B.W.; PARADISO, M.A. Neurociências : desvendando o sistema nervoso. 3ed. Porto Alegre : Artmed, 2008.
Questão 6 e 7
Transmissão sináptica
Transmissão sináptica
Transmissão sináptica
Os NT causam excitação (estimulação) ou inibição (desestimulação) nas membranas pós-sinápticas.

NT excitatórios (neurônios excitatórios)


NT inibitórios (neurônios inibitórios)

KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .
Dopamina

Bomba de
Recaptaçâo

Receptor
dopaminérgico
Neurotransmissores
Ácido Gama- • inibidor que reduz a atividade neuronal.
Aminobutírico (GABA)

Acetilcolina • Aprendizagem e memória.

• Regula o sistema de recompensa cerebral, o sono,


Dopamina humor, atenção, aprendizagem, controle do vômito,
dor e amamentação.
• Associada a transtornos afetivos e de humor, como
Serotonina agressividade, depressão e ansiedade. Atua na
regulação do ritmo circadiano, sono e apetite.
Neurotransmissores
• importante para o desenvolvimento neural,
Glutamato plasticidade sináptica, aprendizado e memória.

Epinefrina ou • controla o foco mental e atenção.


Adrenalina
Norepinefrina ou • humor, ansiedade, sono
Noradrenalina
• ação analgésica, estimula a sensação de bem-estar,
Endorfina conforto, melhor estado de humor e alegria.
Contatos sinápticos

Contatos sinápticos podem ocorrer no


corpo celular, nos dendritos ou no
axônio dos neurônios pós-sinápticos.

KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .
Questão 8 e 9
Sinapse elétrica e sinapse química

KREBS, Claudia; WEINBERG, Joanne; AKESSON, Elizabeth. Neurociências: ilustrada. Porto Alegre: ARTMED, 2013
Questão 10
Mas o cérebro possui apenas neurônios?

As células gliais são células de suporte


(mais numerosas 10 a 50 vezes)
Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico

KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .
Células gliais

Micróglia: Ativada durante infecções, lesões e convulsões


(defesa).
Células gliais

Oligodendrócito
- Produz mielina no Sistema
Nervoso Central.
Células gliais

Astrócito
- Suprimento de nutrientes;
- Barreira hematoencefálica;
- Ajudam a manter a concentração iônica
correta de potássio no espaço extracelular;
- Regula atividades sinápticas pela remoção
dos transmissores;
- Suporte.
Células gliais

KREBS, Claudia; WEINBERG, Joanne; AKESSON, Elizabeth. Neurociências: ilustrada. Porto Alegre: ARTMED, 2013
AULA 3
O que você precisa saber até aqui!
Quais os fatores que afetam a aprendizagem humana?

O que é Neuropsicopedagogia?

Quais as partes de um neurônio?

O que é bainha de mielina?

Como se dá a condução da informação em um neurônio mielinizado? E no não mielinizado?

O que é Potencial de Ação?

Explique os passos da Transmissão Sináptica.

O que são Neurotransmissores (NT)?

Quais as principais diferenças entre sinapse elétrica e sinapse química?

Quais as células da glia e suas principais funções?


Questão 11 e 12
DIVISÃO ANATÔMICA DO SISTEMA NERVOSO

Sistema nervoso central (SNC):

que consiste do encéfalo e da medula espinal.

Sistema nervoso periférico (SNP):

composto por nervos, gânglios e terminações


nervosas.
Telencéfalo
Cérebro Divisão Estrutural
Diencéfalo
Encéfalo Cerebelo Bulbo

SNC Tronco Encefálico Mesencéfalo

Ponte
Medula Espinal
Espinhais – 31 pares
Nervos
Cranianos – 12 pares
Espinhais
sensitivos
SNP Gânglios Cranianos

Autônomos - motores
aferentes
Terminações Nervosas
eferentes
Divisões do SNC

KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .
Principais divisões do SNC

KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .
Córtex Cerebral
Dois tipos de substâncias:
Cinzenta: consiste de corpos
celulares, dendritos, glias e
porção desmielinizada de
axônios;

Branca: fibras (axônios)


mielinizadas.

Os dois hemisférios se comunicam


através do corpo caloso.
Substância cinzenta e branca
Córtex Cerebral
LOBO FRONTAL: processamentos complexos (cognição,
planejamento e iniciação dos movimentos voluntários)
LOBO PARIETAL: área de projeção e processamento
somestésico
LOBO TEMPORAL: área de projeção e processamento
auditivo.
LOBO OCCIPITAL: área de projeção e processamento
visual
INSULA: fica oculto sob os lobos frontais e temporal

Cada hemisfério é dividido em 5 lobos


Um caso do século XIX, revelando como a personalidade depende do córtex
pré-frontal

Phineas Gage, com a haste de ferro de Uma reconstrução por computador de um


cerca de 1m que atravessou sua cabeça desenho da passagem da haste de ferro
devido a uma explosão. através do encéfalo de Gage.
As divisões do SNC

KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .
95
Funções neurais - localização

Área de Broca: Expressão da linguagem - lobo frontal esquerdo.


Área de Wernicke: Compreensão da linguagem (processa sinais auditivos) –
parte posterior do lobo temporal esquerdo.
KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .
Regiões específicas do córtex envolvidas com o reconhecimento da palavra falada ou
escrita podem ser identificadas pela tomografia por emissão de pósitrons (PET).

KANDEL, E.R. Princípios de Neurociências Porto Alegre Ed. MC HILL 5a. Edição 2014 .
Telencéfalo
Cérebro
Divisão Estrutural
Diencéfalo
Encéfalo Cerebelo Bulbo

SNC Tronco Encefálico Mesencéfalo

Ponte
Medula Espinal
Espinhais – 31 pares
Nervos
Cranianos – 12 pares
Espinhais
sensitivos
SNP Gânglios Cranianos

Autônomos - motores
aferentes
Terminações Nervosas
eferentes
Telencéfalo
Cérebro
Divisão Estrutural
Diencéfalo
Encéfalo Cerebelo Bulbo

SNC Tronco Encefálico Mesencéfalo

Ponte
Medula Espinal
Espinhais – 31 pares
Nervos
Cranianos – 12 pares
Espinhais
sensitivos
SNP Gânglios Cranianos

Autônomos - motores
aferentes
Terminações Nervosas
eferentes
Encéfalo

Encéfalo: centro controlador do SNC.

Protegido pelo crânio, pode ser extremamente


complexo.
• O encéfalo é protegido por tecidos conjuntivos chamados
meninges: um sistema de membranas que separa o encéfalo da
caixa craniana.
• São 3 camadas de membranas:
• dura mater (+ externa);
• aracnóide;
• pia mater (+ interna).

O encéfalo está imerso no fluído cerebro-espinal (LCS), que circula entre as meninges e
ventrículos, importante no metabolismo e na prevenção de choques mecânicos.
Ventrículos cerebrais

Cavidades preenchidas por líquido:


Laterais (2), 3° e 4°
3° e 4° estão ligados pelo aqueduto cerebral conectado ao canal central na medula espinal.
Líquido cerebroespinhal (ou cefaloraquidiano - CSF)

• Formação
Plexo coróide;
Parede dos ventrículos.
• Circulação
Ao redor do encéfalo.
• Função
Absorção de choques
mecânicos;
Circulação.
Telencéfalo
Cérebro
Divisão Estrutural
Diencéfalo
Encéfalo Cerebelo Bulbo

SNC Tronco Encefálico Mesencéfalo

Ponte
Medula Espinal
Espinhais – 31 pares
Nervos
Cranianos – 12 pares
Espinhais
sensitivos
SNP Gânglios Cranianos

Autônomos - motores
aferentes
Terminações Nervosas
eferentes
Tronco Encefálico: bulbo, ponte e mesencéfalo

•Bulbo: controle visceral, processamento de informação sensória e motora.

•Ponte: liga informação (sobre movimentos) para e do cerebelo.

•Mesencéfalo: associado às áreas motoras (movimentação ocular e a coordenação dos


reflexos visuais e auditivos).
Tronco Encefálico: bulbo, ponte e mesencéfalo
Telencéfalo
Cérebro
Divisão Estrutural
Diencéfalo
Encéfalo Cerebelo Bulbo

SNC Tronco Encefálico Mesencéfalo

Ponte
Medula Espinal
Espinhais – 31 pares
Nervos
Cranianos – 12 pares
Espinhais
sensitivos
SNP Gânglios Cranianos

Autônomos - motores
aferentes
Terminações Nervosas
eferentes
Cerebelo

Pequeno cérebro: coordenação e aprendizado motor.


Telencéfalo
Cérebro
Divisão Estrutural
Diencéfalo
Encéfalo Cerebelo Bulbo

SNC Tronco Encefálico Mesencéfalo

Ponte
Medula Espinal
Espinhais – 31 pares
Nervos
Cranianos – 12 pares
Espinhais
sensitivos
SNP Gânglios Cranianos

Autônomos - motores
aferentes
Terminações Nervosas
eferentes
Cérebro
Diencéfalo

Telencéfalo
Diencéfalo

TÁLAMO
Núcleos funcionalmente distintos
Principal relê de retransmissão cerebral (processa a maior parte das informações que chegam ao córtex cerebral)
- Sensorial
- Motora
- Sistema Límbico
HIPOTÁLAMO
Muitos núcleos funcionalmente distintos
Regula a função vegetativa, endócrina e visceral.
Principais subdivisões do tálamo

TÁLAMO
O tálamo é uma importante estação de retransmissão para o fluxo de informação sensorial.
O hipotálamo integra respostas comportamentais (motoras somáticas) autônomas e
neuroendócrinas envolvidas em seis funções vitais.
Telencéfalo
Cérebro
Divisão Estrutural
Diencéfalo
Encéfalo Cerebelo Bulbo

SNC Tronco Encefálico Mesencéfalo

Ponte
Medula Espinal
Espinhais – 31 pares
Nervos
Cranianos – 12 pares
Espinhais
sensitivos
SNP Gânglios Cranianos

Autônomos - motores
aferentes
Terminações Nervosas
eferentes
Telencéfalo
Dois hemisférios separados incompletamente pela
fissura longitudinal, cujo assoalho é formado pelo
corpo caloso.

Sulcos
Giros e circunvoluções
Telencéfalo
Cérebro
Divisão Estrutural
Diencéfalo
Encéfalo Cerebelo Bulbo

SNC Tronco Encefálico Mesencéfalo

Ponte
Medula Espinal
Espinhais – 31 pares
Nervos
Cranianos – 12 pares
Espinhais
sensitivos
SNP Gânglios Cranianos

Autônomos - motores
aferentes
Terminações Nervosas
eferentes
Nervos Espinhais
Nervos espinhais: União de uma raíz
ventral (motora) e dorsal (sensorial).

O tronco do nervo espinhal é funcionalmente


misto e deixa o canal vertebral pelo forame
intervertebral.

Ramo dorsal : inerva a pele e músculos da região


dorsal do tronco, da nuca e região occipital da
cabeça.

Ramo ventral: inerva a pele, musculatura, ossos


e vasos dos membros e região antero-lateral do
pescoço e tronco.
Nervos Espinhais
Homúnculo Motor Homúnculo Sensitivo

O homúnculo ilustra a quantidade relativa de área cortical dedicada a porções específicas do corpo.
Reflete a densidade de receptores ou ao grau de controle motor.
Nervos Cranianos
Nervo Craniano Emergência Principal função

I. Olfatório Telencéfalo Sentido especial (Olfação)


II. Óptico Diencéfalo Sentido especial (Visão)
III. Óculo-motor Mesencéfalo Motricidade somática
IV. Troclear Mesencéfalo Motricidade somática
V. Trigêmeo Ponte Sensibilidade e motricidade
somáticas
VI. Abducente Bulbo/ponte Motricidade somática
VII. Facial Bulbo/ponte Motricidade somática e
sentido especial (Gustação)

VIII. Acústico- Bulbo Sentido especial


vestibular (Audição/Equilíbrio)
IX. Bulbo Sensibilidade e motricidade
Glossofaríngeo somáticas
X. Vago Bulbo Sensibilidade visceral e
motricidade visceral
XI. Acessório Bulbo e medula Motricidade somática
XII. Hipoglosso Bulbo Motricidade somática
Nervos Cranianos
Sistema nervoso periférico

- O sistema nervoso periférico apresenta as divisões somática


e autônoma.
- A divisão somática leva informação da pele até o encéfalo e
do encéfalo até os músculos.
- A divisão autônoma regula funções involuntárias, incluindo
atividades do coração e dos músculos lisos no sistema
digestório e nas glândulas.
O que você precisa saber até aqui!
Quais são as partes do Sistema Nervoso Central?

Sobre o Sistema Nervoso Periférico, o que são gânglios e nervos?

O que é substância branca e substância cinzenta?

Quais os lobos cerebrais e suas principais funções?

Fale sobre as áreas de Broca e Wernicke?

Quais as funções das meninges e do líquido cefaloraquidiano?

Fale sobre o tronco encefálico: áreas e funções.

Fale sobre o cerebelo.

Fale sobre o diencéfalo: áreas e funções.

Fale sobre as divisões autonômica e somática do sistema nervoso periférico.

Você também pode gostar