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06-03-2023

Lei nº49/2018 – R EGIME MAIOR


ACOMPANHAMENTO

Iolanda Alexandra Gonçalves Rocha


Disciplina: PCI Esco
la Profissional Profitecla
ÍNDICE
Introdução..................................................................................................................................................2
Desenvolvimento.......................................................................................................................................3
O que é o Regime maior acompanhamento...................................................................................................3
Quem pode requerer o acompanhamento?.....................................................................................................3
Quem pode beneficiar do acompanhamento?................................................................................................4
Qual o âmbito do acompanhamento?.............................................................................................................4
Quais os direitos pessoais do acompanhado? E que negócios da vida corrente pode praticar?....................5
O acompanhamento é remunerado?...............................................................................................................5
Aspetos processuais.......................................................................................................................................6
Conclusão.......................................................................................................................................................7
Webgrafia...................................................................................................................................................8

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INTRODUÇÃO

 No âmbito da disciplina de PCI, inserida no curso Técnico de Geriatria da


Escola Profissional Profitecla do Porto no modulo da carga horária de 50 horas
foi proposta a realização de um trabalho de pesquisa;
 Para a realização do presente trabalho utilizamos uma metodologia de pesquisa
científica baseada em websites e posterior análise dos conteúdos encontrados e
transcrição do que consideramos mais relevante.

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DESENVOLVIMENTO

O QUE É O REGIME MAIOR ACOMPANHAMENTO

 O regime do acompanhamento tem como objetivo garantir o bem-estar, a


recuperação, o pleno exercício dos seus direitos bem como a observância dos
deveres do adulto, focando-se na pessoa, e não apenas no seu património. Este
regime limita-se ao mínimo necessário para que a autodeterminação e
capacidades do beneficiário possam, dentro dos circunstancialismos, ser
asseguradas; não haverá lugar a acompanhamento se os deveres de assistência e
cooperação bastarem para a proteção da pessoa.

QUEM PODE REQUERER O ACOMPANHAMENTO?

 É o tribunal quem decide o acompanhamento, o qual pode ser requerido,


independentemente de autorização, pelo Ministério Público, mas também pelo
próprio ou, mediante autorização deste, pelo cônjuge, pelo unido de facto, por
qualquer parente sucessível. A autorização do beneficiário pode ser suprida pelo
tribunal.
 O acompanhamento pode ser requerido dentro do ano anterior à maioridade do
beneficiário, para que possa produzir efeitos a partir desta, ou a todo o tempo, na
maioridade. No caso de ser requerido na menoridade, as responsabilidades
parentais ou a tutela manter-se-ão até haver decisão transitada em julgado sobre
o acompanhamento.

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QUEM PODE BENEFICIAR DO ACOMPANHAMENTO?

 É beneficiário destas medidas, o cidadão maior, impossibilitado, seja por razões


de saúde, deficiência, ou pelo seu comportamento, de exercer os seus direitos, de
forma plena pessoal e consciente ou cumprir os seus deveres

QUAL O ÂMBITO DO ACOMPANHAMENTO?

 O acompanhamento deve limitar-se ao mínimo indispensável. Porém, em função


de cada caso e independentemente do pedido, pode o tribunal atribuir ao
acompanhante as funções associadas aos seguintes regimes: o exercício das
responsabilidades parentais ou dos meios de as suprir; a representação geral ou
representação especial com indicação expressa das categorias de atos para que
seja necessária; a administração total ou parcial de bens; a autorização prévia
para a prática de determinados atos ou categoria de atos e intervenções de outro
tipo, que estejam devidamente explicitadas. O acompanhante tem de assegurar o
bem-estar e a reabilitação do acompanhando, mantendo de forma permanente o
contacto com ele. As visitas devem ter, no mínimo, uma periodicidade mensal
ou outra considerada apropriada pelo tribunal. O processo de acompanhamento
tem natureza urgente e aplica-se-lhe as regras da jurisdição voluntária, com as
necessárias adaptações.

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QUAIS OS DIREITOS PESSOAIS DO ACOMPANHADO? E QUE
NEGÓCIOS DA VIDA CORRENTE PODE PRATICAR?

 O acompanhado pode exercer de forma livre o exercício dos seus direitos


pessoais e a celebração de negócios da sua vida corrente, exceto se existir uma
disposição legal ou decisão judicial em sentido contrário. São considerados
direitos pessoais, designadamente, os direitos de casar ou de constituir situações
de união, de procriar, de perfilhar ou de adotar, de cuidar e de educar os filhos
ou adotados, de escolher profissão, de se descolar no país ou no estrangeiro, de
fixar domicílio e residência e de estabelecer relações com quem entender e de
testar. O internamento do maior acompanhado fica dependente de autorização
judicial. Em caso de urgência, pode o internamento ser imediatamente solicitado
pelo acompanhante, ficando sujeito à ratificação do juiz. Ao acompanhado, no
caso de a sentença dispor nesse sentido, encontra-se vedada a outorga de
testamento. É-lhe ainda vedado o direito de recorrer a técnicas de procriação
medicamente assistida.

O ACOMPANHAMENTO É REMUNERADO?

 O acompanhamento é gratuito, sem prejuízo da alocação de possíveis despesas,


consoante a condição do acompanhado e do acompanhante. O acompanhante
tem de prestar contas ao acompanhado e ao tribunal, quando cesse a sua função,
ou na sua pendência, se assim for judicialmente determinado. O Ministério
Público tem intervenção no incidente de prestação de contas e caso as mesmas
não sejam prestadas espontaneamente, tem legitimidade para assim requerer.

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ASPETOS PROCESSUAIS

 Nas situações de urgência, em que as alterações do comportamento são mais


exuberantes e se cumprem claramente os pressupostos do artigo 12.º da Lei de
Saúde Mental, o procedimento é ligeiramente diferente: uma vez confirmada na
avaliação a necessidade de internamento compulsivo, o médico psiquiatra do
Serviço de Urgência faz o requerimento diretamente ao tribunal, o qual tem de
emitir uma decisão em 48 horas (prazo máximo para a estadia no hospital sem
autorização judicial formal). Caso o tribunal decida um internamento
compulsivo, desencadeia a partir desta fase um processo semelhante ao
internamento compulsivo comum, com a ressalva de na 2ª avaliação psiquiátrica
não poder participar o médico psiquiatra que admitiu o doente no serviço de
urgência.

 O internamento compulsivo pode ser efetuado em serviços especializados de


saúde mental, de acordo com a área geográfica de residência do doente, mas
também pode ocorrer no domicílio dos doentes (em regime designado de
tratamento ambulatório compulsivo).

 Não há diferenças na prestação de cuidados aos doentes admitidos


voluntariamente ou compulsivamente, que ficam alojados nas mesmas
enfermarias, sob os cuidados das mesmas equipas de saúde mental. Na lei de
saúde mental portuguesa não está definida uma duração mínima ou máxima para
o internamento compulsivo: uma vez que a filosofia subjacente defende o
tratamento o menos restritivo possível (de preferência na comunidade), o regime
compulsivo é imediatamente suspenso (com comunicação obrigatória ao
tribunal) nos casos em que o doente aceita o tratamento voluntário, sendo
obrigatória uma revisão judicial em cada dois meses de internamento.

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CONCLUSÃO

 Após a realização do trabalho, concluo que consegui alcançar todos os


objetivos principais.
 Fiz uma pesquisa elaborada sobre o tópico que me foi proposto que é a Lei
nº49/2018- Regime maior acompanhado.
 Adquiri conhecimentos tais como: garantir o bem-estar, a recuperação, o pleno
exercício dos seus direitos bem como a observância dos deveres do adulto,
focando-se na pessoa, e não apenas no seu património, é beneficiário destas
medidas, o cidadão maior, impossibilitado, seja por razões de saúde, deficiência,
ou pelo seu comportamento, de exercer os seus direitos, de forma plena pessoal
e consciente ou cumprir os seus deveres, o acompanhamento deve limitar-se ao
mínimo indispensável, O acompanhante tem de assegurar o bem-estar e a
reabilitação do acompanhando, mantendo de forma permanente o contacto com
ele O acompanhante tem de assegurar o bem-estar e a reabilitação do
acompanhando, mantendo de forma permanente o contacto com ele.
 Com esta pesquisa fiquei a conhecer melhor esta Lei e os seus direitos.

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WEBGRAFIA

https://www.ministeriopublico.pt/perguntas-frequentes/protecao-de-adultos
https://eportugal.gov.pt/guias/cuidador-informal/regime-do-maior-acompanhado
https://crlisboa.org/docs/publicacoes/on-line/regime-maior-acompanhado.pdf
https://justica.gov.pt/Guias/guia-do-maior-acompanhado

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