A gastrite aparece de repente, tem curta duração e desaparece, na maioria das vezes, sem deixar sequelas. Pode ser definida como a inflamação da mucosa gástrica. São fatores desencadeadores: medicamentos (aspirina, anti- inflamatórios etc.), ingestão de bebidas alcoólicas, fumo, situações de estresse (queimaduras graves, politrauma etc.). A forma crônica da gastrite é definida histologicamente pela atrofia crônica progressiva da mucosa gástrica. Úlcera péptica é uma doença de etiologia ainda pouco conhecida, de evolução crônica, com surtos de ativação e períodos de remissão, caracterizada por perda circunscrita de tecido nas áreas do tubo digestório, que entram em contato com a secreção de ácido péptico do estômago.
Tanto na gastrite como na úlcera, o ponto central é o desequilíbrio entre os
fatores que agridem a mucosa, como ácido clorídrico, pepsina, bile, medicamentos ulcerogênicos, e os que a protegem, como barreira mucosa, prostaglandinas, secreção mucosa. Esse desequilíbrio resulta em lesão da mucosa. Um fator importante na etiopatogenia da úlcera é a presença do Helicobacter pylori, que aparece em cerca de 70% das úlceras gástricas e de 90% nas duodenais. Terapia- Em casos mais graves, que envolvem sangramento é importante salientar que a conduta inicial será de jejun: e observação da evolução clínica. Dieta a base de leite: Embora possa levar ao alívio instantâneo, quando ingerido, o leite por ser rico em cálcio e proteínas, resulta em rebote ácido, isto é, estimula a produção ácida gástrica e acaba intensificando a dor. Levar em conta as tolerâncias individuais é fundamental, respeitando-as à medida do possível, sempre atentando para existência de conceitos inadequados sobre a ação dos alimentos e, nesse caso, procurando esclarecer o paciente sobre mitos e verdades. Pancreatite Aguda É caracterizada por intensa resposta inflamatória sistêmica e hipermetabolismo, criando um estado de grande catabolismo. Na pancreatite aguda leve, o repouso do trato digestório, por 2 a 5 dias, habitualmente é o suficiente para que haja resolução da dor abdominal e diminuição das enzimas pancreáticas (amilase e lipase), critérios comumente utilizados para o início da dieta oral, embora haja estudos mostrando que a utilização de dieta oral desde o princípio do quadro não altere a evolução do processo. É indicada dieta hipolipídica, iniciando com a consistência líquida e evoluindo conforme a tolerância. Na pancreatite aguda grave, cada vez mais se recomenda o uso de nutrição enteral precoce por: Preservar a integridade anatômica e funcional do trato gastrointestinal (TGI) e de seu tecido linfoide, preservando indiretamente a imunidade local e sistêmica; Reduzir translocação bacteriana; Reduzir a resposta inflamatória sistêmica; Melhorar a perfusão pancreática pelo aumento do fluxo esplâncnico causado pela nutrição enteral; Evitar a imunossupressão associada à nutrição parenteral