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Como ajudar alunos com dificuldade de aprendizagem?

(SOBRE O
VIDEO)
A educação inclusiva é um princípio fundamental nas escolas da LBV (Legião da Boa
Vontade), onde a diversidade de alunos é valorizada e respeitada. Uma abordagem
essencial nesse contexto é o uso de tecnologias assistivas, que desempenham um
papel significativo no desenvolvimento de alunos com transtornos de aprendizagem que
participam do programa "Potencializando Habilidades".
Mas o que são tecnologias assistivas? Em linhas gerais, são ferramentas, materiais,
metodologias e recursos que promovem a autonomia de alunos com necessidades
específicas. Na LBV, a abordagem se concentra em tecnologias assistivas de baixo
custo, o que significa a utilização de recursos acessíveis para proporcionar um ambiente
de aprendizado inclusivo e eficaz.
Um exemplo prático dessa abordagem é a história de um aluno com síndrome de Down
que necessita de estímulo sensorial, especialmente na área visual, para otimizar seu
processo de aprendizagem. Para esse propósito, foi criado um quadro de incentivo no
banheiro da turma. Esse quadro é repleto de estímulos visuais que buscam afetar a
emoção do aluno e estimulá-lo por meio de um sistema de recompensas.
O quadro de incentivo funciona da seguinte forma: à medida que o aluno atinge metas
específicas, como usar o banheiro sem fraldas, são coladas estrelas no quadro. Cada
estrela representa um passo em direção ao objetivo. Esse sistema de recompensas
inclui incentivos verbais, como "Muito bem, acreditamos em você," e reforços positivos
para manter o aluno motivado.
Além disso, o quadro de incentivo inclui elementos visuais, como imagens de xixi no
vaso sanitário, cores associadas ao processo e até mesmo um carrinho, que é um
brinquedo que o aluno gosta. Através dessa estratégia, o aluno associa as figuras no
quadro com suas conquistas e, assim, entende o significado de suas ações.
No entanto, as tecnologias assistivas vão além desse exemplo específico. Elas são
adaptadas para atender às necessidades individuais de cada aluno. Os recursos de
baixo custo são desenvolvidos com base nas observações dos professores e na análise
das necessidades dos alunos com transtornos e síndromes. Essas ferramentas visam a
possibilitar o desenvolvimento desses alunos e são amplamente utilizadas em sala de
aula.
Um exemplo notável é o uso de um balanço de skate que trabalha o sistema muscular e
vestibular dos alunos, promovendo o equilíbrio e a coordenação. Esse balanço é
empregado em atividades de circuito e ajuda a desenvolver habilidades motoras
importantes. No entanto, é importante ressaltar que essas tecnologias também
beneficiam outros alunos, promovendo o equilíbrio e a coordenação motora.
Outra estratégia é o uso de mapas conceituais que auxiliam na organização de
informações e conceitos. Os professores criam mapas conceituais com cores, imagens e
abreviações para facilitar a compreensão e a retenção do conteúdo. Esses mapas são
particularmente úteis durante o processo de avaliação diferenciada, pois estimulam a
memória e auxiliam os alunos na recuperação de informações.
O impacto dessas tecnologias assistivas é notável. O uso do skate aprimora a
coordenação motora e contribui para a alfabetização, enquanto os mapas conceituais
facilitam a compreensão e a memorização do conteúdo. Em resumo, as tecnologias
assistivas são uma parte vital do compromisso da LBV com a educação inclusiva,
proporcionando oportunidades iguais de aprendizado e desenvolvimento para todos os
alunos, independentemente de suas necessidades específicas.

Como o professor deve ajudar alunos com dificuldade de


aprendizagem (CONTEUDO ADICIONAL PESQUISADO)
Lidar com alunos que enfrentam dificuldades de aprendizagem é um desafio constante
para os professores e as escolas. No entanto, esse desafio pode ser superado com
sucesso se os profissionais da educação ampliarem sua visão sobre o assunto e
adotarem estratégias adequadas. A palestra proferida pela psicopedagoga Talita Pazeto
no 21º Congresso Internacional de Educação da LBV destacou a importância desse
enfoque.
O coordenador pedagógico desempenha um papel crucial no apoio aos professores e na
busca por soluções para os alunos com dificuldades de aprendizagem. Para garantir o
aprendizado de todos os alunos, a escola deve ter um plano de expectativas de
aprendizagem bem estruturado, com atividades adequadas para cada faixa etária. Esse
planejamento é fundamental para monitorar o progresso dos alunos.
Por meio de acompanhamento periódico, registro de dados e avaliação diagnóstica, o
coordenador e o docente podem identificar quais crianças enfrentam dificuldades de
aprendizagem e colaborar para desenvolver estratégias de intervenção. O coordenador
tem uma visão mais ampla da escola, o que lhe permite pensar em estratégias para
beneficiar o grupo como um todo e fornecer as condições necessárias para o trabalho
em sala de aula.
Aqui estão algumas ações que o coordenador pedagógico pode adotar em colaboração
com a equipe educacional para auxiliar alunos com dificuldades de aprendizagem:
1. Acompanhamento e avaliação diagnóstica: É essencial ter clareza sobre as
expectativas de aprendizagem para cada série. O coordenador e o docente devem
acompanhar individualmente os alunos ao longo do ano para avaliar o progresso e
identificar dificuldades. Instrumentos de registro e avaliação diagnóstica são valiosos
para diagnosticar os problemas e traçar planos de ação.
2. Reuniões com os docentes: Realizar reuniões frequentes com os professores da
mesma série para compartilhar boas práticas e soluções para desafios comuns. Essas
reuniões são fundamentais para a formação continuada e a reflexão sobre o processo
de ensino e aprendizagem.
3. Grupos produtivos: O coordenador pode incentivar a divisão da turma em grupos
produtivos, promovendo a autonomia dos alunos. Isso permite que o professor dedique
mais atenção aos alunos que precisam de apoio adicional.
4. Professor auxiliar: Em algumas situações, a gestão escolar pode designar um
professor auxiliar para apoiar o docente em sala de aula, aliviando sua carga de trabalho
e permitindo focar nos alunos que enfrentam dificuldades.
5. Comunicação com as famílias: A parceria entre a escola e as famílias é essencial. O
coordenador e o professor devem conversar com os pais para encorajá-los a apoiar
seus filhos em casa, seja com afeto, incentivo ou fornecendo um ambiente adequado
para o estudo.
6. Grupos de apoio e reforço: Organizar grupos de apoio no contraturno escolar é uma
opção para alunos que necessitam de apoio extra. O coordenador pode coordenar essa
iniciativa, buscando apoio na secretaria ou na própria escola. É importante que esse
suporte seja temporário e sujeito a avaliações regulares.
É importante destacar que cada aluno é único, e suas necessidades variam. O
coordenador pedagógico desempenha um papel fundamental na identificação e
implementação de estratégias apropriadas para ajudar cada aluno a superar suas
dificuldades de aprendizagem.
Além disso, a intervenção preventiva é crucial. Identificar precocemente as dificuldades
de aprendizagem permite à escola abordar o problema de maneira mais direcionada,
evitando interpretações incorretas e proporcionando a assistência adequada.
A palestra da psicopedagoga Talita Pazeto enfatizou a importância de uma abordagem
preventiva, destacando que esperar que o problema se agrave antes de agir é
contraproducente. O uso de estratégias pedagógicas, como a inserção de jogos e
atividades lúdicas na sala de aula, pode ser eficaz, desde que seja realizado com
cuidado e consideração pelo bem-estar dos alunos. Dessa forma, a escola pode
desempenhar um papel significativo na superação das dificuldades de aprendizagem e
na promoção do sucesso acadêmico de todos os alunos.

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