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INTRODUÇÃO
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MATERIAIS E MÉTODO
Para a produção do jogo didático foi utilizado material de baixo custo e fácil aquisição
como: uma cartolina; dois metros de papel adesivo, para a plastificação das cartas, a fim de
apresentarem uma maior durabilidade ao serem manipuladas; tesoura; cola de isopor e as
cartas do baralho impressas.
O jogo é formado por 25 cartas (Figura 1), divididas em duas categorias: 1- carta
contendo imagens (carta-imagem) e 2- cartas com temas, cartas-vírus (Figura 2); cartas-
bactérias (Figura 3); cartas-algas (Figura 4); cartas-protozoários (Figura 5) e cartas-
fungos (Figura 6). Do conjunto de cada cinco cartas para cada tema, quatro são referentes a
conceitos e uma apresenta uma imagem do tema em questão.
Figura 1. Visão geral do jogo, mostrando todas as cartas. As quatro primeiras fileiras,
representam as cartas com temas e a última as cartas com imagens.
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Figura 2. Cartas-vírus
Figura 3. Cartas-bactérias
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Figura 4. Cartas-algas
Figura 5. Cartas-protozoários
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Figura 6. Cartas-fungos
O jogo pode ser aplicado para até cinco grupos de cinco alunos sob o comando de um
mediador, que poderá ser o professor ou um monitor. Cada grupo deverá escolher um
representante entre os membros do grupo, para conduzir a logística do jogo, ou seja, fazer a
ponte entre os grupos adversários. Para iniciar o jogo, as cartas devem ser embaralhadas pelo
mediador e distribuídas aos representantes de cada grupo. Para iniciar a partida, o
representante do grupo irá ao centro da sala para disputar o “zero ou um” a fim de decidir
quem iniciará o jogo. O jogador iniciante irá escolher uma carta que queira descartar dentre
aquelas que ele recebeu, passando a mesma para o representante do grupo à sua esquerda, que
deverá cumprir o mesmo ritual. Ganhará o jogo o grupo que primeiro formar a sequência
correta de algum dos temas propostos, ou seja, fizer corretamente as correlações
conceito/imagem.
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Para a verificação da eficácia do jogo, o mesmo foi aplicado em uma turma do 2º ano
do Ensino Médio de Teresina Piauí. O jogo foi aplicado em uma turma de 14 alunos, os quais
foram submetidos a um pré-teste (antes da aplicação do jogo), com 10 questões de múltipla
escolha sobre o tema abordado e um pós-teste (após aplicação do jogo), com as mesmas 10
questões do pré-teste, acrescido de duas questões subjetivas que versavam sobre se a
utilização do jogo de alguma forma tinha auxiliado no processo de aprendizagem dos
conteúdos vistos e se haviam achado a atividade interessante. Vale ressaltar que o jogo foi
aplicado após os alunos terem visto o conteúdo abordado no jogo, e que tanto as questões dos
testes, como os conteúdos das cartas do baralho, foram baseadas nos livros do Amabis e
Martho (2007) e do Linhares e Gewandsznajder (2012), utilizados como livro texto nas
escolas públicas de Ensino Médio de Teresina.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base nos dados indicados pelo Gráfico 1, pôde-se observar que a média das notas
do pré-teste foi de 3,0 e a do pós-teste de 4,1, demonstrando um aumento de 1,1 pontos. Essa
média foi obtida através da análise da soma de todas as notas dos 14 alunos, referentes às 10
questões de ambos os testes.
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Pré-teste Pós-teste
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Os resultados mostraram que a atividade didática foi importante para uma maior
assimilação do conteúdo, corroborando com as experiências relatadas por vários autores,
(ALVES et al., 2010; SILVA et al., 2010; MOURA et al., 2010; REGO et al., 2010; VALOIS
et al., 2010; BARBOSA et al., 2012; FREITAS et al., 2012; NASCIMENTO-SILVA et al.,
2012 e RAMOS et al., 2012), numa experiência exitosa de mais de cinco anos na produção e
aplicação de jogos didáticos e atividades lúdicas com diversos conteúdos de Biologia em
escolas públicas de ensino médio de Teresina Piauí. Além disso, a experiência também
demonstrou que a produção, aplicação e verificação da eficiência de jogos didáticos e
atividades lúdicas foi um importante aliado, não somente para os professores e alunos das
escolas, nas quais foram trabalhados, mas, também para os alunos de licenciatura (futuros
professores) que desenvolveram diversas habilidades na construção do saber ensinar
(PITOMBEIRA et al., 2010; DANTAS e CARVALHO, 2012).
Segundo Cicillini (1997), o livro didático representa atualmente o principal recurso de
trabalho da maioria dos professores da rede pública de ensino. É nesse tipo de material que, na
maioria das vezes, os professores se apoiam para preparar suas aulas, sendo também através
dele, que os alunos têm suporte para suas atividades extraclasse. Entretanto, professores e
alunos podem se utilizar de outros recursos didáticos bem como de procedimentos
metodológicos diversificados no processo de ensino/aprendizagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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BIBLIOGRAFIA
MIRANDA, S. No Fascínio do jogo, a alegria de aprender. In: Ciência Hoje, v.28, 64-66.
2001.
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RAMOS, C.A; DANTAS, S.MM.M; MATOS, L.A. O Uso de Óculos 3D anáglifo como
Ferramenta para o Aprendizado da Estereoscópio do Olho Humano. Revista da SBEnBIO,
v.5. 2012.
RÊGO, S.S; PACHECO, A.A; MOURA, A.C.C; SILVA, F.F; MOURA, H.F; ALVES, P.C.S;
VELOIS, R.S; SOUSA, S.A; PITOMBEIRA, T.N; DANTAS, S.M.M.M. O Aprendizado de
Conceitos de Ciências através do Lúdico: O Uso do Dominó. Revista da SBEnBIO. Nº 3.
2010.
VALOIS, R.S; PACHECO, A.A; MOURA, A.C,C; SILVA, F.F; MOURA,H.F.N; ALVES,
P.C.A; SOUSA,S.A; RÊGO, S.S; PITOMBEIRA, T.N; DANTAS, S.M.M.M; Trilhando
Conhecimento Ecológico”, Revista de SBEnBIO, Nº 3. 2010.
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