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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA DE MATO GROSSO DO SUL

FACULDADES INTEGRADAS DE TRÊS LAGOAS


ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

MARIA LUIZA MALAFAIA BORRI

A UTILIZAÇÃO DE PLANILHAS ELETRÔNICAS NO PROCESSO DE


GESTÃO DO CONHECIMENTO DE UMA INDÚSTRIA DO SETOR
QUÍMICO NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS (MS): ESTUDO DE
CASO

TRÊS LAGOAS
2020
MARIA LUIZA MALAFAIA BORRI

A UTILIZAÇÃO DE PLANILHAS ELETRÔNICAS NO PROCESSO DE


GESTÃO DO CONHECIMENTO DE UMA INDÚSTRIA DO SETOR
QUÍMICO NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS (MS): ESTUDO DE
CASO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Engenharia de Produção das
Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS,
como requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia de Produção.

Orientadora: Prof.ª M.ª Karla de Frias Freitas


Coorientadora: Prof.ª M.ª Carla G. da S. Leite

TRÊS LAGOAS
2020
Malafaia Borri, Maria Luiza.

A utilização de planilhas eletrônicas no processo de gestão do


conhecimento de uma indústria do setor químico no município de Três
Lagoas (MS): Estudo de caso. Maria Luiza Malafaia Borri. Três Lagoas,
2020. 42 p.

Orientadora: Karla de Frias Freitas.


Trabalho de conclusão de curso – Graduação em Engenharia de Produção.
Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS.

1. Planilhas Eletrônicas 1. 2. Indústria Multinacional 2.


I. Orientador (De Frias Freitas, Karla). II. Faculdades Integradas de Três
Lagoas – AEMS.
MARIA LUIZA MALAFAIA BORRI

A UTILIZAÇÃO DE PLANILHAS ELETRÔNICAS NO PROCESSO DE


GESTÃO DO CONHECIMENTO DE UMA INDÚSTRIA DO SETOR
QUÍMICO NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS (MS): ESTUDO DE
CASO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Curso de Engenharia de Produção das
Faculdades Integradas de Três Lagoas – AEMS,
como requisito parcial para obtenção do título de
Bacharel em Engenharia de Produção,
orientado pela Prof.ª M.ª Karla de Frias Freitas

Comissão Examinadora

Prof.ª M.ª Karla de Frias Freitas ____________________


(Orientador) Assinatura

Prof. Carlos Augusto Serra da Costa ____________________


(Arguidor 1) Assinatura

Prof. Bruno Motta da Silva ____________________


(Arguidor 2) Assinatura

Aprovado em de de .
DEDICO este trabalho aos meus avós, que
sempre acreditaram em mim e sempre fizeram o
impossível pela minha felicidade. Eles são a
alegria e a luz da minha vida.
AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Teresinha e Alessandro, pelo incentivo, pelas conversas e pela
referência que são pra mim. O orgulho que sinto de vocês é de encher o peito. Sem
vocês eu não seria a mulher forte que eu sou hoje. Amo vocês.
À minha irmã, Beatriz, que mesmo tendo o papel de sempre me irritar, eu não trocaria
por nada nem ninguém. Amo você.
À minha família, por todos os momentos felizes que compartilharam comigo, esses
momentos fizeram com que nas horas difíceis, fosse mais fácil continuar.
À minha orientadora, Karla, que no último minuto possível aceitou (a partir do meu
desespero) fazer parte desse trabalho e mesmo com diversas outras atribuições, o fez
ser o melhor possível. Não sei nem explicar o quanto sou grata. Você tem o meu
carinho e minha admiração eternamente.
À minha coorientadora, Carla, que me incentivou a terminar esse trabalho quando o
que eu mais queria era desistir e ainda se prontificou a me ajudar da melhor forma
possível. Não sei como ela não enlouqueceu. Você tem um coração gigante, obrigada!
Aos meus avós, que são meu coração fora do peito. Simples assim.
Ao meu namorado, Rafael, por sempre me incentivar a ser o meu melhor e nunca me
deixar esquecer que eu consigo qualquer coisa, basta querer. Obrigada por estar
sempre aqui para segurar minha mão.
Ao time da produção e logística da empresa desse estudo: Alessandro, Wilson,
Ricardo, Tiago, Gustavo, Lucas, Iriley, Edson, Thaís, Thiago, José Cícero, Robson,
Everton, Paulo, Tarcísio, Heleno e Walan, por compartilharem seu tempo e
conhecimento comigo. Vocês foram essenciais durante meu processo de
aprendizagem e crescimento. Como futura engenheira de produção, vocês foram (e
são) parte essencial desse título. Obrigada por todas as risadas e todos os dias que
vocês fizeram ser mais leves. Vocês foram como uma família pra mim. Por tudo isso,
vocês têm um lugar guardado no meu coração.
Ao time da manutenção da empresa desse estudo: Matheus (você continua sendo o
melhor trainee), Eduardo, Antônio, Daniel, Lucas Gomes, Paulo, Vilson, Lucas Oliveira
e Jercino, por me sempre me acolherem e ensinarem do zero com tamanha boa
vontade. Se hoje eu me interesso tanto pela área da manutenção, eu devo isso à
paciência e vontade que vocês tiveram ao me ensinar tanto.
Ao time do administrativo da empresa desse estudo: Ingrid, Angélica, João Henrique
e Jacqueline, por sempre me incentivarem, acreditarem em mim e tornar os dias mais
leves. Não existe produção sem vocês.
À todos os amigos que fiz durante meu estágio e que hoje, longe ou perto, levo no
coração: Bruno, Ingrid, Pâmela, Aurora e Alexandre.
Aos meus supervisores de estágio:
Darlan Lago, obrigada por ter feito questão de que o meu estágio fosse uma troca.
Tenho muito orgulho e saudades desse estágio. Se essa experiência foi a melhor
possível, foi graças a você.
Eucildes Santana, obrigada por mesmo na correria ter tirado um tempo para me
ensinar pelo menos 1% do que você sabe.
Thiago Braz, você (que inclusive foi citado como referência nesse trabalho pela
excelente monografia defendida) é um cara sensacional. Sempre disposto a ajudar
quem quer que seja e de coração aberto. Toda vez que algo era muito confuso pra
mim, você tinha a paciência de sentar e me ensinar. Obrigada!
Mariana, a melhor de todas na sua área, inteligentíssima, do bem. Sinto falta dos seus
puxões de orelha. Só diz que você é chata quem não conhece o tamanho do coração
que você tem.
À Beatriz ou Bia, a pessoa mais alto astral que eu conheci nessa vida, inteligente,
doce e humilde como você ainda está para nascer.
Em especial ao meu amigo e mestre na Engenharia de Produção, José Eduardo, por
todo o conhecimento que compartilhou comigo. Sua humildade, amizade, inteligência
ímpar e forma de liderar me motivaram e ainda me motivam a seguir na área de
produção. Se um dia eu for metade da engenheira, pessoa e líder que você é, com
esse coração gigante, sei que estarei no caminho certo. Espero um dia poder ser
novamente fazer parte da sua equipe, dessa vez, como engenheira. Obrigada por
tudo! Você é imensamente especial. Sensacional. Sempre vou ser sua fã e de seu
trabalho.
Por fim, agradeço a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram para a realização
deste trabalho.
“Nunca se esqueça de quem é, porque é certo que o mundo não se lembrará. Faça
disso sua força. Assim, não poderá ser nunca a sua fraqueza. Arme-se com essa
lembrança, e ela nunca poderá ser usada para magoá-lo.”
George R.R. Martin (2010, p. 45)

“A beleza do aprendizado é que ninguém pode roubá-lo de você.”


B.B King
RESUMO

A utilização de indicadores de desempenho é necessária na indústria multinacional


para que possam ser estabelecidos parâmetros padronizados de produção, processo
e qualidade, pois, a partir do envio de informações padronizadas, faz-se o
direcionamento de recursos entre as diferentes unidades da empresa. Esses
indicadores precisam ser controlados diariamente em cada filial para posterior reporte
ao setor corporativo, e além disso, também funcionam como análise interna de
performance e qualidade em diversos setores. Diante deste fato, o presente trabalho
tem por objetivo identificar a importância, bem como, a porcentagem de interação e
utilização de planilhas eletrônicas no controle, na geração de conhecimento e na
tomada de decisão de uma das unidades de uma indústria multinacional do setor
químico localizada no município de Três Lagoas – MS. No intuito de atingir esse
objetivo, aplicou-se um questionário para que fosse verificado o nível de interação do
colaborador com planilhas eletrônicas, e este foi distribuído entre os diferentes cargos
da empresa. A análise dos questionário teve como finalidade compreender como o
conhecimento gerado através das planilhas eletrônicas impactam no dia a dia de
trabalho dos entrevistados e na tomada de decisão, por parte da liderança. Os
principais resultados apontaram que, todos os entrevistados utilizam ao menos uma
planilha eletrônica em seu dia a dia de trabalho e que com isto é possível gerar
conhecimento por meio de indicadores. De todos os entrevistados, 67% conseguem
tomar decisões através do conhecimento gerado pelas planilhas eletrônicas. A área
que se destacou no impacto dessas decisões foi a de processos. Ainda pode ser
observado que o uso de planilhas eletrônicas é essencial no controle interno de
performance no reporte ao corporativo e também na tomada de decisão.

Palavras-chave: Planilhas Eletrônicas. Gestão do Conhecimento. Indústria


Multinacional. Indicadores.
ABSTRACT

The use of performance indicators is necessary in multinational industry so that is able


to define standardized parameters of process, production and quality, since the
standardized data is sent to the industry, after that the recourses are directly sent to
different filial of the same company. These indicators need to be controlled personally
for each filial so it can be reported to the corporate sector, thus it can also work as an
internal performance analysis and quality into a variety of sectors. That said, the
following work has its objective to identify the importance and the percentage of
interaction and use of electronic spreadsheets in control, knowledge management and
decision making in one of these sites of a multinational industry inside the chemist
sector in the city of Três Lagoas – MS. In order to achieve this goal, a questionnaire
was applied to verify the level of employee interaction with electronic spreadsheets
distributed in different positions of the company. The analysis of the questionnaires
aimed to understand how the comprehension made through electronic spreadsheets
affect interviewers’ work daily routine and the decision made by the part of the
leadership. The main results pointed out that all the interviewed use at least one
electronic spreadsheet in their daily work and that with this it is possible to generate
knowledge by using indicators. Of all interviewed, 67% can make decisions through
knowledge management with electronic spreadsheets. The area that stood out in the
impact of these decisions was the process area. It could still be observed that the use
of electronic spreadsheets is essential to the internal performance control, corporate
reporting and also in decisions making.

Keywords: Electronic Spreadsheets; Knowledge Management; Multinacional Industry;


Indicators;
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Início do questionário e nível de interação cinco. ...................................... 29


Figura 2. Níveis de interação dois, três, quatro e início do nível um do questionário.
.................................................................................................................................. 30
Figura 3. Nível de interação um do questionário. ..................................................... 31
Figura 4. Gráfico de distribuição dos cargos entre os entrevistados. ....................... 32
Figura 5. Gráfico de utilização das planilhas eletrônicas. ......................................... 32
Figura 6. Gráfico das áreas de maior impacto das decisões tomadas a partir dos
indicadores gerados através das planilhas eletrônicas. ............................................ 34
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Níveis de interação do questionário. ......................................................... 28


Tabela 2. Relação entre nível de interação e os cargos entrevistados. .................... 33
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

NICs New Industrialized Countries


TICs Tecnologias de Informação e Comunicações
TI Tecnologia da Informação
ERP Enterprise Resource Planning
KPIs Key Performance Indicators
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 15
1.1 Empresas Multinacionais ..................................................................................... 16
1.1.1 Origem e Evolução ........................................................................................... 16
1.1.2 Conceito ........................................................................................................... 17
1.1.3 Empresas Transnacionais ................................................................................ 17
1.1.4 As Empresas Transnacionais no Brasil e sua Influência .................................. 18
1.2 Terceira Revolução Industrial .............................................................................. 19
1.2.1 Sociedade e Economia..................................................................................... 20
1.3 Globalização ........................................................................................................ 21
1.4 Tecnologia da Informação ................................................................................... 21
1.4.1 Influência da Tecnologia de Informação nas Empresas Multinacionais ........... 21
1.4.2 Tecnologia da Informação como Estratégia Competitiva ................................. 22
1.4 Planilhas Eletrônicas ........................................................................................... 23
1.5 Dados .................................................................................................................. 23
1.6 Informação .......................................................................................................... 24
1.7 Conhecimento ..................................................................................................... 24
1.8 Gestão do Conhecimento .................................................................................... 24
1.9 Key Performance Indicators - KPIs ..................................................................... 24
1.9.1 O Papel dos KPIs nas Avaliações de Desempenho dentro das Organizações 25
2 OBJETIVO ............................................................................................................. 26
3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 27
3.1 Questionário ........................................................................................................ 27
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 32
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 35
6 REFERÊNCIAS...................................................................................................... 37
APÊNDICE A – Fluxograma do Questionário............................................................ 42
1 INTRODUÇÃO

A globalização, juntamente com Terceira Revolução Industrial inseriu no


mercado um novo conceito de indústrias, conhecidas hoje como multinacionais.
Segundo David e Anthony (1999), a globalização pode ser conceituada como a
interação à distância, ou seja, quando ações de agentes de um lugar do globo
ocasionam consequências significativas para outros. Inseridas nesse contexto de
globalização, as indústrias multinacionais trabalham com a descentralização da
informação, estabelecendo diretrizes e metas globais apresentadas por meio de
procedimentos e manuais, que posteriormente são adequados para a realidade de
cada país através da diretoria regional, levando em consideração a legislação
pertinente, os fatores geográficos e outras disposições gerais. Posteriormente, esses
procedimentos e manuais são adequados por cada unidade, considerando as
diferenças entre organograma, matérias primas, produtos acabados e stakeholders.
Concomitantemente, além das metas e dos parâmetros de processo, sabe-se
que a segurança, o meio ambiente e a manutenção e operação, são critérios
previamente estipulados e devem ser preservados, mesmo com as diferenças entre
as unidades e localidades. Subsequentemente, faz-se necessário um sistema de
controle.
Segundo Anthony e Govindarajan, (2008), é imprescindível em qualquer
organização, que pratique a descentralização de informação, o controle de dados.
Além disso, este deve ser alinhado as estratégias da empresa, e pode ser feito através
de um ou mais sistemas.
Um sistema é uma forma predeterminada e normalmente repetitiva de realizar
uma atividade ou um conjunto de atividades. Os sistemas são caracterizados
por uma série de etapas mais ou menos periódicas, coordenadas e
recorrentes, que tem como finalidade realizar um propósito especificado.
(ANTHONY E GOVINDARAJAN, 2008, P. 5-6)

Em geral os sistemas procuram atuar como descrito:


Instrumentos que possibilitam uma avaliação analítica e, quando necessária,
sintética da empresa; [...]
Meios para suportar a qualidade, produtividade e inovação tecnológica
organizacional;
Geradores de modelos de informação para auxiliar os processos decisórios
empresariais;
Produtores de informações oportunas e geradores de conhecimento;
Valores agregados e complementares à modernidade, perenidade,
lucratividade e competitividade empresarial. (REZENDE E ABREU, 2000, P.
32)

15
Conforme Rezende e Abreu (2003), nesse contexto, pode-se considerar o uso
de planilhas eletrônicas inserido em um sistema de informação que, no enfoque atual
das empresas, tem o objetivo de auxiliar nos respectivos processos decisórios e na
tomada de decisão.

1.1 Empresas Multinacionais

1.1.1 Origem e Evolução


As empresas multinacionais são consideradas o estágio final de um longo
processo de internacionalização da economia. Elas tiveram seu início próximo ao final
do século XIX, e ganharam força no momento pós Segunda Guerra Mundial, além de
terem sido influenciadas pela Terceira Revolução Industrial e também pela
globalização, ocorridos na segunda metade do século XX. (GORENDER, 1997)
A partir da década de 70, com o desenvolvimento das telecomunicações,
transportes e uma série de evoluções e descobertas no campo tecnológico, as
empresas passaram a competir no mercado internacional. Com a inserção desses
avanços tecnológicos, a empresas foram impulsionadas a começar o processo de
internacionalização, este, que começou como um modelo de federação coordenada
pela matriz e passou a se tornar cada vez mais descentralizado, acompanhando a
evolução da tecnologia da informação. (BARTLETT E GHOSHAL, 1998)
Conforme Maculan (2005), as empresas precisavam se tornar mais inovadoras
e eficientes, para isso foi necessário fragmentar sua produção ao redor do mundo e
adotar estruturas mais flexíveis. Portanto, a expansão para mercados externos se
tornou parte obrigatória nas tomadas de decisões da época além de que, fez com que
as empresas aproveitassem as oportunidades de negócios e mantivessem a
competitividade, e com isso passaram a ultrapassar as fronteiras.
Segundo estudos de Fleury & Fleury (2004), as empresas multinacionais, em
resumo, surgiram em resposta as seguintes demandas: controlar as fontes de
fornecimento de matérias-primas, facilitar exportações controlando os mercados,
evitar a concorrência das empresas locais, encontrar no exterior, mão de obra mais
econômica e eliminar barreiras alfandegárias.
Afonsêca (2006), afirma que para que se chegasse no formato atual, foi preciso
a combinação de diversos fatores como: grandes fusões corporativas, alta

16
concentração de capital nas indústrias e grandes investimentos, além do processo de
informatização que reduziu distâncias no mundo todo.
De acordo com Greer e Singh (2020), em 1971, as multinacionais chegaram a
controlar até 80% do comércio mundial, e no início do século XXI, dominavam pelo
menos um quarto da produção mundial.

1.1.2 Conceito
Para o economista e geógrafo Dicken (2010), as empresas multinacionais são
as que têm o poder de controlar e coordenar operações em mais de um país.
De modo geral, pode-se dizer que empresas multinacionais são as que,
independentemente de seu país de origem, compram entidades em dois ou mais
países, e são ligadas por controle acionário ou de uma forma com que possam exercer
significante influência sobre a atividade das demais. As multinacionais operam sobre
um sistema de tomada de decisões que as permitem executar estratégias comuns e
políticas coerentes por meio de um ou mais centros de decisões. Além de exercer
influência, as unidades de negócios também dividem recursos, responsabilidades e
conhecimento umas com as outras. (UNTAC, 2010)
Em resumo, são empresas que exigem um processo complexo de cooperação
e coordenação, cujo o capital social não pertence a qualquer país em particular.
(BARTLETT E GHOSHAL, 1998)
A partir das várias definições apresentadas, inexiste, na atualidade, o
reconhecimento jurídico-legislativo das Empresas Transnacionais, sendo, portanto, a
sua principal característica, o exercício de uma estratégia global a partir de um
controle central unificado. (BAPTISTA, 1987)

1.1.3 Empresas Transnacionais


Atualmente, o termo multinacional vem sendo substituído gradualmente por
transnacional, já que este representa melhor as características das novas corporações
globais e evita equívocos em relação a empresa ter multinacionalidades. Mello (1993)
afirma que as empresas transnacionais são como empresas que atuam através e além
das fronteiras estatais. Sendo este, um conceito mais correto, porque o qualificativo
“multinacional” ao ser interpretado literalmente, pode conduzir a um equívoco, já que
estas empresas não têm muitas nacionalidades.

17
Sendo assim, se a matriz é norte-americana, porém subsidiária no Brasil ela é
brasileira, caso for subsidiária na Argentina é argentina, e assim sucessivamente.
(MELLO, 1993)
De forma prática, o conceito de transacional é descrito por Antenor Nascimento
Neto, a partir do trecho:
A Ford é um carro de que nacionalidade? Resposta: depende. A Ford
americana é dona de 24% da Mazda japonesa, numa operação em que
fabricam carros pequenos. Juntas, as duas companhias são sócias da
coreana Kia Motors. A Kia vende peças para a Ford/Mazda. E a Yamaha
japonesa vende os motores. O que aparece no final é um carro Ford, só que
ele não tem identidade nacional. Para complicar ainda mais, o grande
mercado desses automóveis é a Europa. (NETO, 1996, P. 83-84)

1.1.4 As Empresas Transnacionais no Brasil e sua Influência


A década de 90 evidenciou transformações e mudanças na postura estratégica
referente tanto à operacionalização das empresas quanto à economia brasileira.
Segundo Afonsêca (2006), nessa época, o modelo empresarial brasileiro viu–se em
um importante ciclo de transformações, chamado de reengenharia de negócios, onde
predominaram os arranjos organizacionais, como, por exemplo, as fusões e
aquisições, e a verificação da considerável ampliação de alianças estratégicas.
Igualmente, nessa época, evidenciou–se, a inserção externa da economia no
processo de globalização, acarretando mudanças crescentes na política econômica
do país, decorrentes de suas características tanto micro quanto macroeconômicas.
Esse período foi também marcado pela tendência a processos de
interdependência entre países e a internacionalização, que, para Rodrigues (1999),
pode ser definida como sendo um processo gradual no qual uma empresa percorre
diferentes estágios, e cada um representa um comprometimento maior para com um
sócio estrangeiro ou país.
Para Lacerda (2003), as empresas transnacionais representam o grande fator
indutor dos investimentos diretos estrangeiros e do comércio internacional.
Afonsêca (2006), afirma que o processo de internacionalização de empresas
em países em desenvolvimento originou-se, de alguns motivos tais como: existência
de mão-de-obra barata, a escassez de recursos naturais no país de origem e
atratividade dos mercados locais. Assim como nos países latino-americanos, no
Brasil, a adoção de políticas favoráveis às transnacionais e suas subsidiárias foi o
principal impulso para o desenvolvimento industrial.

18
Segundo Mateus (2004), quanto a influência, nos dias atuais, as empresas
transnacionais instaladas no Brasil investem em capacitação, trazem investimentos
externos, novos produtos condizentes para mercados mais dinâmicos, inovação
tecnológica, e modernização das empresas locais.

1.2 Terceira Revolução Industrial


Com seu início na década de 1970 e tendo como base a alta tecnologia,
também conhecida como tecnologia de ponta (hightech), a Terceira Revolução
Industrial, no que diz respeito à economia e à política, gerou o chamado neoliberalismo
e a era da globalização. Com isso, a mudança no modo de produzir ocorreu
simultaneamente na organização do Estado e no processo de trabalho dos setores
primário (agropecuária e extração de minérios), secundário (indústria, informática e
pesquisa) e terciário (serviços). (MEDEIROS E ROCHA, 2004)
Pasquini (2020) afirma que na Terceira Revolução Industrial, foram criadas e
aprimoradas também:
• O uso de energia atômica;
• Telefonia móvel;
• Robôs de uso industrial;
• Desenvolvimento da biotecnologia;
• Foguete de longo alcance;
• Utilização de energias renováveis;
Durante a segunda guerra mundial, aconteceu uma grande transformação no
setor da tecnologia, com rápidas conquistas cientificas em função das necessidades
apresentadas pela guerra. Nesse cenário, os conhecimentos científicos desenvolvidos
durante a guerra uniram-se com as necessidades da produção industrial já no pós-
guerra, deixando o processo produtivo da indústria condicionado pelo conhecimento
científico. Se destacam na produção nesse período, a influência das novas
descobertas científicas e do avanço da tecnologia, a produção da informática, de
softwares, da biotecnologia e das telecomunicações etc. Assim, essa revolução
assumiu um protagonismo crescente na transformação da sociedade, como também
nas novas organizações de produção (CUOGO, 2014).
Para Silva et. al. (2002), a Terceira Revolução Industrial surgiu como uma das
consequências dos avanços tecnológicos dos séculos XX e XXI. Esclarecem os

19
autores, que mais do que um esperado avanço tecnológico, a Indústria 3.0 trouxe uma
renovação no processo econômico, político e social, com alta complexidade e grande
dinamismo.
A Terceira Revolução Industrial, também chamada de Revolução Informacional
e Técnico-Científica foi formada a partir das grandes descobertas e do processo de
inovação tecnológica, nos campos da robótica, informática, automação, dos
transportes, das telecomunicações, da biotecnologia, além da nanotecnologia.
(SAKURAI E ZUCHI, 2018).

1.2.1 Sociedade e Economia


As mudanças do capitalismo nos anos 70, que buscavam uma perspectiva
liberal, acabaram sendo fatores propícios para a inovação tecnológica, originando à
terceira Revolução Industrial, a denominada Revolução Tecnológica. (CUOGO, 2012)
Segundo Júnior (2000), nesse período, as empresas das economias ocidentais,
passaram a ter o quadro econômico acentuado pela queda na demanda de produtos
industrializados, aumentando o excesso de tempo ocioso e do custo fixo. Como opção
a esses fenômenos, buscaram maior racionalização dos investimentos, diminuíram o
número de funcionários, resultando no aumento dos números de desemprego, que já
era notório quando comparado com os períodos anteriores em que houve maior
crescimento econômico. Iniciou-se a busca por novas alternativas tecnológicas para
reduzir custos e aumentar a produtividade, como, por exemplo, a intensificação do
uso da microeletrônica, automação, rearranjo da localização de fábricas e fechamento
de unidades consideradas inadequadas e caras. Além disso, havia a concorrência
com as gigantes japonesas nos anos 70 e 80, que obtinham melhores resultados,
porque já haviam antecipado uma série de mudanças de ordem organizacional e
tecnológica a partir da década de 50.
Júnior (2000), afirma que foi necessário implementar uma estratégia que
pudesse trazer como resultado maior qualidade, o aumento da produtividade, novos
produtos e processos e diferentes formas de trabalho, capazes de diminuir a
monotonia de trabalho - verificado nas empresas de inspiração fordista - característica
marcante da segunda revolução industrial. Esse movimento de grandes
transformações técnicas, sociais, culturais e econômicas que se acentuou nos anos
80 constituiu um processo de profunda transformação no interior das sociedades
capitalistas, sendo então chamado de terceira revolução tecno-científica, não só nas

20
rotinas fabris, como em praticamente todas as atividades socioeconômicas. Esse
processo resultou em um novo formato de organização produtiva que, além de estar
presente e atuar de forma sincronizada em vários países, requereu a criação,
expansão e manutenção da rede de parcerias, consórcios de produção e de
exportação, e ainda mais cooperação no desenvolvimento de tecnologias, produtos e
processos.

1.3 Globalização
Substituindo conceitos como o de transnacionalização e internacionalização, o
termo globalização começou a ser utilizado em meados da década de 80. Inicialmente,
essa definição era sustentada por setores que defendiam a maior participação de
países em desenvolvimento, especialmente os NICs Asiáticos e Latino Americanos
em uma economia que fosse administrada internacionalmente. Ao fim da década de
80, mas principalmente, na década de 90, que o termo globalização passou a ser
empregado em dois sentidos: descrevendo o processo de integração da economia
mundial e de forma normativa, prescrevendo uma estratégia de desenvolvimento
baseada na rápida integração da economia mundial. (PRADO, 2002)

1.4 Tecnologia da Informação


Uma definição encontrada é:
A Tecnologia de Informação contemporânea vai além do computador isolado
e abrange as redes de comunicações, equipamentos de fax e copiadoras
"inteligentes", workstations (estações de trabalho), processamento de
imagens, processamento de gráficos, aplicações multimídia e comunicações
em vídeo". (LAUDON E LAUDON, 1999, p. 72)

Em conformidade com estudos de Campos (1994, p. 36), o termo tecnologia da


informação pode ser identificado como “o conjunto de hardware e software que
desempenha uma ou mais tarefas de processamento de informações. Faz parte do
sistema de informações das organizações, tal como coletar, transmitir, estocar,
recuperar, manipular e exibir dados”.

1.4.1 Influência da Tecnologia de Informação nas Empresas Multinacionais


Ghoshal e Bartlett (1990), afirmam que existe um conceito, de que as empresas
multinacionais são organizações atuando em rede, já que elas envolvem um grupo

21
geograficamente disperso e que incluem uma sede (ou matriz) e as distintas filiais
nacionais conectadas.
As empresas multinacionais atuam simultaneamente em vários países do
mundo, por meio de suas filiais, que são, de certo modo, independentes para atuarem,
mas ao mesmo tempo recebem orientações, supervisão e grandes fluxos de
conhecimento das empresas matrizes. (SMALE, 2008)
A transferência de conhecimento na relação matriz-filial de empresas
multinacionais é conceituada por Maehler e Dias (2013) como um processo em que
as habilidades técnicas, gerenciais, tecnológicas são compartilhadas entre duas ou
mais filiais interdependentes, em diferentes sentidos. Esse compartilhamento de
conhecimento, principalmente de conhecimento técnico, geralmente segue o fluxo
matriz-filial, mas pode assumir o caminho reverso, da filial para a matriz, a partir do
grande número de dados e informações coletados pelas filiais. Para que o fluxo de
transmissão de conhecimento seja concretizado, as TICs, passam a ter suma
importância, afinal, são elas as responsáveis pelo compartilhamento de informações,
ideias, dados, conceitos e técnicas por longas distâncias geográficas, acarretando
uma grande redução de custos para as empresas.
Para Tseng (2008, p. 150) “é óbvio que a TI é uma ferramenta crucial para as
empresas atingirem a vantagem competitiva e a inovação organizacional”. Pode-se
afirmar que devido ao crescente aumento no volume de dados e informações, as
empresas vem utilizando a TI para integrar as várias empresas de um grupo por meio
de diversas ferramentas, como a intranet, sistemas ERP e automação, dentre outros
que permitem uma maior organização e integração dos dados de negócios. Para o
autor, a TI tem trazido mais facilidade para os consumidores, empregados,
fornecedores, clientes e parceiros interagirem entre si ao desempenharem suas
funções, seja a empresa seja uma multinacional ou não.
Assim, supõe-se que empresas que possuam acesso e competência técnica
em ferramentas de TI teriam melhores condições de compartilhar conhecimento.
(MAEHLER E DIAS 2013)

1.4.2 Tecnologia da Informação como Estratégia Competitiva


Conforme Torres (1995, p. 16) definiu, “vivemos em um mundo em que um dos
mais fortes fatores de competitividade para qualquer empresa, em qualquer ramo de
negócios, é o uso da tecnologia, adequada aos seus objetivos”.

22
Sendo assim, uma das maiores transformações no cenário competitivo é a
evolução contínua da tecnologia que, devido ao seu grande uso e sua grande
propagação, impactou de modo significativo todas as atividades humanas. Dentre as
novas tecnologias, destaca-se a Tecnologia da Informação, que passou a ser um
importante fator competitivo para as organizações. (ALBANO, 2001).
É fato evidente que, para a sobrevivência das organizações, é imprescindível
uma reestruturação desde a sua gestão. No entanto, para melhor se adaptarem às
mudanças, é necessária uma correta utilização da TI, visto que, através desta,
poderão modernizar-se administrativamente, atualizar-se tecnologicamente em todos
os setores, e identificar oportunidades de mercado. Portanto, uma correta e adequada
utilização dessa tecnologia é um dos fatores críticos para que as organizações
possam enfrentar a concorrência. (TEÓFILO, 2007)

1.4 Planilhas Eletrônicas


As planilhas eletrônicas são aplicativos que, segundo Araujo (2014), possuem
diversas ferramentas para armazenamento, análise e apresentação de dados de
forma digital. São ferramentas capazes de efetuar cálculos através de fórmulas e
funções, onde cada tabela é composta de linhas e colunas e formada por uma grade.
Além disso, transformam dados em informações através de indicadores de
desempenho, e estes transmitem o conhecimento necessário para tomada de
decisão.

1.5 Dados
Para Cervo (2007), dados são registros, fatos e estatísticas aleatórias que
separadamente não possuem nenhum significado relevante e nem conduzem a uma
compressão. Eles representam um ou mais significados dentro de um sistema que
isoladamente não é capaz de transmitir uma mensagem, informação ou representar
algum conhecimento.
Segundo Reis e Reis (2002), geralmente, a coleta de dados é feita através de
entrevistas e respostas a questionários. Os dados devem ser armazenados e
sistematizados para que sejam tratados e analisados de forma a gerar informação,
para que seja compreendida e estudada.

23
1.6 Informação
Cunha (2008) descreve que o conceito de informação de forma mais ampla é
uma prova que apoia ou sustenta um fato.
Mais especificamente, Rezende e Abreu, (2003) explicam que informação é
todo o dado trabalhado, tratado, útil e com valor significativo atribuído ou agregado a
ele, e que tenha sentido natural e lógico para quem usa a informação. Sendo assim,
as informações fundamentam o conhecimento, embasam conclusões e respaldam
decisões.

1.7 Conhecimento
É considerado, segundo Hashimoto (2003), como a capacidade adquirida por
alguém, de operar e interpretar um conjunto de informações.
Essa capacidade é criada a partir das relações entre diferentes informações, e
dessas, com outros conjuntos que já lhe são familiares, podendo ser experiências,
valores, referências, etc., que são logicamente relacionados. Assim sendo, o
conhecimento nos permite compreender e relacionar as informações dentro de um
contexto e nos leva a tomar decisões e tirar conclusões. (CASTRO, 2011)

1.8 Gestão do Conhecimento


Segundo a definição de Sveiby (1998, p. 3), “a Gestão do Conhecimento não é
mais uma moda de eficiência operacional. Faz parte da estratégia empresarial”.
Drucker (1990), garante que gestão do conhecimento é a capacidade de
descobrir, captar, criar, classificar, gerenciar, mapear, distribuir, multiplicar e reter
conhecimento com eficiência, eficácia e efetividade. Sendo assim, uma organização
pode se colocar em posição de vantagem competitiva em relação às outras.
Para Fernandes (2019), a utilização de sistemas de gestão do conhecimento
permite a diminuição de redundâncias, a aceleração dos processos internos, o
aumento da transparência e a valorização do conhecimento interno.

1.9 Key Performance Indicators - KPIs


Os KPIs, chamados de indicadores de desempenho, podem ser definidos
como indicadores que têm impacto significativo sobre o desempenho global e local de
uma organização nas áreas de planejamento e controle estratégico, tático e
operacional (GUNASEKARAN; PATEL; MCGAUGHEY, 2004).

24
Para Parmenter (2010), de modo geral, os KPIs devem monitorar atividades
com uma periodicidade definida, já que devem prover mecanismos a fim de aumentar
o desempenho futuro.
Van Bellen (2002, p. 5) afirma que o objetivo principal dos indicadores “é o de
agregar e quantificar informações de uma maneira que sua significância fique mais
aparente. Os indicadores simplificam as informações sobre fenômenos complexos
tentando melhorar com isso o processo de comunicação”.

1.9.1 O Papel dos KPIs nas Avaliações de Desempenho dentro das Organizações
As organizações estão inseridas em um ambiente dinâmico, onde precisam
ajustar-se às novas demandas impostas por transformações recorrentes, o que exige
dos gestores uma nova visão empresarial. Essa visão requer o exercício da percepção
para analisar o negócio na sua dimensão presente, nas suas interações com as
variáveis do ambiente, porém, tendo sempre em vista as expectativas do futuro,
gerando assim modificações constantes no ambiente organizacional. (LUCENA,
1995)
Nascimento, et. al. (2011) apontam que, nesse contexto, a avaliação de
desempenho das organizações continua sendo uma atividade fundamental na gestão
empresarial, trazendo novos desafios aos gestores, frente à introdução das
tecnologias de informação. Esse novo contexto exigiu um novo olhar sobre o que
significa avaliar o desempenho organizacional.
Segundo Coelho, et al. (2008), cada vez mais são realizados estudos acerca
das avaliações de desempenho nas organizações, pois, além de serem uma
ferramenta necessária a administração empresarial, tornaram-se uma medida
estratégica e competitiva nas organizações, que, por sua vez, precisam desenvolver
processos gerenciais que as auxiliem na avaliação de seu desempenho, para
posterior tomada de decisão por parte da liderança.
Petri (2005, p. 39) destaca que os gestores devem “buscar formas de medir e
de avaliar a eficiência, a eficácia, a efetividade, a qualidade, a produtividade, a
inovação, a lucratividade, entre outras características”; podendo para tal fazer uso dos
indicadores.

25
2 OBJETIVO

O objetivo deste trabalho foi identificar a importância da utilização de planilhas


eletrônicas como sistema de gestão do conhecimento, bem como o auxílio nos
processos decisórios e o nível de interação entre os diferentes cargos e setores com
as mesmas enquanto sistema de informação em uma indústria multinacional do setor
químico.

26
3 MATERIAIS E MÉTODOS

A coleta de dados ocorreu por meio de um questionário online, que foi


distribuído para todos os quarenta colaboradores da unidade onde foi realizado o
estudo de caso. Do total, vinte e cinco responderam ao questionário.
Conforme Manzato (2012) alega, resultados são informações traduzidas
numérica e graficamente de forma a analisá-las a partir de recursos estatísticos. Desta
forma, portanto, este estudo é considerado uma pesquisa quantitativa.
No que se refere aos meios de obtenção e coleta de dados, estes, se
classificam como dados de campo. Foi aplicado um questionário para que os
colaboradores respondessem e auxiliasse na obtenção dos objetivos deste trabalho.
Estudos de Ganga (2012) salientam que inúmeras publicações da área de
Engenharia de Produção têm abordado o estudo de caso como método de pesquisa,
uma vez que esse método se destaca pelo propósito de promover a construção, teste
e ampliação de teorias e a exploração e melhor compreensão de um fenômeno em
seu contexto real. Por este motivo, e dada sua importância, foi utilizado este método.
Em conformidade com Kauark, et. al. (2010), essa pesquisa, por ter o objetivo
de gerar conhecimento prático e envolver interesses locais, pode ser caracterizada
como uma pesquisa de natureza aplicada.
A pesquisa do tipo descritiva, como é o caso desse trabalho, pretende
descrever as características de determinada população ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Envolve também o uso de técnicas padronizadas de coleta
de dados: questionário e observação sistemática. Esse tipo de pesquisa assume a
forma de levantamento. (KAUARK, ET. AL. 2010)

3.1 Questionário
O questionário aplicado abordava um total de trinta e duas perguntas e elas
eram relativas ao grau de interação do entrevistado com as planilhas eletrônicas.
Esses níveis de interação do colaborador com as planilhas eletrônicas foram
divididos em cinco e descritos detalhadamente conforme a Tabela 1.

27
Tabela 1. Níveis de interação do questionário.
Interação Nível Descrição

Nele, o entrevistado toma decisões a partir das informações


geradas pelas planilhas eletrônicas com impacto direto em
Muito Alta 1 diferentes setores da empresa, ou, as decisões tomadas a partir
desses indicadores afetam seu dia a dia de trabalho
diretamente.

Nele, o entrevistado efetua o lançamento e consulta de dados e gera


indicadores, porém, não é responsável pela tomada de decisão
Alta 2
através dos indicadores, ou, as decisões tomadas a partir desses
indicadores afetam seu dia a dia de trabalho indiretamente.

Nele, o entrevistado efetua o lançamento e consulta de dados, mas


não gera indicadores e nem toma decisões a partir dos
Média 3
indicadores, porém, o entrevistado tem conhecimento de para que
as planilhas eletrônicas que ele tem interação, são utilizadas.

Nele, o entrevistado efetua o lançamento e consulta de dados, não


gera indicadores e nem toma decisões a partir dos indicadores, e
Baixa 4
também não tem conhecimento de para que as planilhas
eletrônicas que ele tem interação, são utilizadas.

Nenhuma 5 O entrevistado não utiliza nenhuma planilha eletrônica.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

Conforme apresentado na Figura 1, pode-se verificar a correlação das


perguntas iniciais do questionário e o nível de interação cinco, ou seja, quando não
há nenhuma interação entre o funcionário e planilhas eletrônicas. O conector 1
direciona o leitor às perguntas referentes ao nível de interação 3 (representado pela
Figura 2), enquanto o conector 2 direciona o leitor às perguntas do nível de interação
1 (representado pela Figura 3).

28
Figura 1. Início do questionário e nível de interação cinco.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

29
A Figura 2 apresenta a continuação do fluxograma presente na figura 1 através
do conector 1. Pode-se observar na Figura 2 a representação dos níveis de interação
dois (alto), três (médio) e quatro (baixa interação). O conector 3 presente na Figura
direciona o leitor às perguntas do nível de interação 1 (representado pela Figura 3).

Figura 2. Níveis de interação dois, três, quatro e início do nível um do questionário.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

30
A Figura 3 apresenta a continuação do fluxograma presente na Figura 1,
através do conector 3, a continuação do fluxograma presente na Figura 2, através do
conector 2 e representa o nível de interação um (muito alta).

Figura 3. Nível de interação um do questionário.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os vinte e cinco entrevistados representam 62,5% do quadro total de


funcionários da empresa estudada. Destes, 100% utilizam ao menos uma planilha
eletrônica no seu cotidiano de trabalho e consideram as planilhas eletrônicas uma
ferramenta necessária na rotina industrial para controles de qualidade, processos,
produção, gerencial e manutenção.
A Figura 4 apresenta a distribuição dos cargos entre os entrevistados.

4%
Figura 4. Gráfico de distribuição dos cargos entre os entrevistados.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

A Figura 5 apresenta as atividades para quais os entrevistados mais utilizam


suas planilhas eletrônicas.

Figura 5. Gráfico de utilização das planilhas eletrônicas.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

32
Em relação aos níveis de interação, 64% dos entrevistados representam a
parcela que integra o nível de interação 1 com planilhas eletrônicas, ou seja, o nível
classificado como muito alto, onde a interação os leva a tomada de decisão com
impacto direto nos diferentes setores da empresa.
Os 36% restantes se encaixam no nível de interação 2, classificado como alta
interação entre o entrevistado e a planilha eletrônica, onde o colaborador faz
lançamento de dados, consulta de dados e até mesmo gera indicadores, porém, não
é responsável pela tomada de decisão através destes. Nenhum entrevistado
apresentou os demais níveis de interação.
Relacionando o cargo ao nível de interação tem-se o percentual expresso na
Tabela 2.
Tabela 2. Relação entre nível de interação e os cargos entrevistados.
N° DE RESPOSTAS PORCENTAGEM DE RESPOSTAS
NÍVEL DE INTERAÇÃO/CARGO
CARGO/NÍVEL DE INTERAÇÃO CARGO/NÍVEL DE INTERAÇÃO
NÍVEL 1 16 64%
Liderança 6 24%
Administrativo 3 12%
Técnico 3 12%
Especialista 2 8%
Operacional - Operador de Área de Produção 2 8%
NÍVEL 2 9 36%
Operacional - Operador de Área de Produção 3 12%
Administrativo 2 8%
Operacional - Operador de Logística 2 8%
Liderança 1 4%
Operação - Operador de Painel de Controle 1 4%
TOTAL GERAL 25 100%
Fonte: Elaborado pelo Autor.

Ao atingirem o nível 1, onde a interação com planilhas eletrônicas é


considerada muito alta, os entrevistados eram perguntados se tomavam decisões a
partir dos indicadores gerados através das planilhas eletrônicas e quais áreas eram
impactadas por esses indicadores. Obteve-se então os resultados apresentados na
Figura 6.

33
Figura 6. Gráfico das áreas de maior impacto das decisões tomadas a partir dos indicadores
gerados através das planilhas eletrônicas.

Fonte: Elaborado pelo Autor.

A área de maior impacto apresentada foi a área de processos, onde, dentre os


dezesseis entrevistados que alcançaram o nível 1 de interação, ou seja, 87% dos
dados, apontaram o setor como sendo impactado diretamente pelas decisões
tomadas por eles a partir de indicadores feitos através das planilhas eletrônicas.
Esse número pode ser explicado que, por se tratar de uma indústria química,
todas as áreas tem relação com o processo de fabricação dos químicos, sendo o
principal, o dióxido de cloro. Este processo é controlado para manter o equilíbrio ideal
entre a capacidade de produção, a confiabilidade do processo e os custos da
operação. (EKA CHEMICALS, 2008)
Lima (2020), aponta que o processo químico industrial referente a indústria
fonte desse estudo de caso tem muitos desafios e necessita de constante análise e
monitoramento de seu sistema, portanto a melhoria contínua tem sido uma opção para
alcançar resultados satisfatórios que buscam, por sua vez, baixo custo operacional e
investimentos mais acessíveis para obtenção de sustentabilidade
A segunda área mais impactada foi a da qualidade, responsável por 81,3% dos
dados, o que corrobora com trecho anterior, pois todo processo químico possui altos
níveis controle e análises de qualidade para garantir o produto final livre de impurezas
ou contaminantes. A aplicação de métodos de qualidade nas indústrias químicas vai
além da garantia de permanência no mercado. Se as ferramentas de qualidade forem
aplicadas de forma ineficiente, o processo químico pode causar danos ao meio
ambiente pelo descumprimento de normas ambientais, e também à saúde do
consumidor final. (GARCIA, 2019)

34
5 CONCLUSÃO

A proposta desta pesquisa foi a de estudar de que forma as planilhas


eletrônicas, por meio da gestão do conhecimento e elaboração e indicadores, podem
auxiliar os tomadores de decisão em uma indústria multinacional, considerando as
suas especificidades de gestão, bem como o seu processo de decisão baseado na
troca matriz-filial.
Para alcançar este objetivo, em um primeiro momento, através de uma extensa
pesquisa bibliográfica, foram levantadas as informações necessárias para embasar
teoricamente o trabalho acerca das suas variáveis, ou seja, a indústria multinacional,
sua particularidade de gestão e o processo decisório nestas empresas a partir das
planilhas eletrônicas como sistema informatizado de apoio à decisão.
Na corrida para atender às demandas do mercado, as empresas estão focadas
em soluções que as diferenciem competitivamente. Decisões corretas e rápidas são
extremamente necessárias para alcançar bons resultados. É necessário então, reduzir
os custos operacionais e otimizar o planejamento e execução das atividades, gerando
lucro e satisfazendo o cliente.
Saber utilizar os recursos oferecidos pela Tecnologia de Informação como
ferramentas para alcançar seus objetivos é a forma que as empresas viram para
aumentar a competitividade.
As planilhas eletrônicas enquanto sistema de informação possibilitam um
acompanhamento das rotinas financeiras, o gerenciamento de dados para conseguir
informações precisas, rápidas e principalmente úteis ao processo de tomada de
decisão. Garantindo assim uma estruturação da gestão do conhecimento, resultando
em vantagem competitiva sobre as demais empresas.
Conclui-se nesse trabalho que, independe do cargo ocupado, todos os
entrevistados fazem uso de planilhas eletrônicas na sua rotina de trabalho e de forma
direta ou indireta executam planos de ação vindos das informações geradas e do
conhecimento agregado por parte da liderança as informações encontradas nas
planilhas eletrônicas.
Quanto ao nível de interação concluiu-se que na empresa fonte do estudo de
caso, 36% dos entrevistados possuem interação alta (nível de interação 2) e 64%
muito alta interação (nível de interação 1) o que prova a importância do uso das
planilhas eletrônicas como ferramenta necessária no cotidiano da empresa tanto para

35
armazenamento e controle de dados, quanto para geração de informação e gestão do
conhecimento a fim de auxiliar os processos decisórios em diferentes setores.

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APÊNDICE A – Fluxograma do Questionário

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