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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

INSTITUTO DE SAÚDE E PRODUÇÃO ANIMAL


CURSO DE ZOOTECNIA

PERFIL DE GESTÃO DAS FAZENDAS DE GADO DE CORTE


PARTICIPANTES DO PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E
GERENCIAL DO SENAR, MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO

JAMILLY LORENA FERREIRA MONTEIRO

Belém - PA
2018
JAMILLY LORENA FERREIRA MONTEIRO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO


PERFIL DE GESTÃO DAS FAZENDAS DE GADO DE CORTE
PARTICIPANTES DO PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E
GERENCIAL DO SENAR, MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado à


Coordenação do Curso de Bacharelado em Zootecnia da
Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA para
obtenção do título Bacharel em Zootecnia.

Orientador: Dr. Prof. Cristian Faturi

Belém - PA
2018
FOLHA DE APROVAÇÃO

JAMILLY LORENA FERREIRA MONTEIRO

PERFIL DE GESTÃO DAS FAZENDAS DE GADO DE CORTE PARTICIPANTES


DO PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GERENCIAL DO SENAR,
MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS

Trabalho de Conclusão do Curso apresentado à Coordenação do Curso de Bacharelado em Zootecnia


da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA para obtenção do título Bacharel em Zootecnia

Data da aprovação. Belém-PA: ___/____/____

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________________
Prof. Dr. Cristian Faturi
(Orientador)

___________________________________________________
Msc. Jorge Cardoso de Azevedo

___________________________________________________
Msc. Sarah Oliveira Sousa Pantoja
AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, a Deus, que me deu energia e benefícios para concluir todo
esse trabalho.

Agradeço aos meus pais, que me incentivaram todos os anos que estive na
universidade.

Ao meu irmão, que sempre me ajudou como pode e indiretamente contribuiu para que
esse trabalho se realizasse.

Aos meus colegas de classe que estagiaram comigo e fazem parte deste trabalho de
alguma forma.

Ao SENAR e sua equipe de trabalho que despertou em mim o interesse no


agronegócio.

Ao professor Cristian Faturi pela orientação e dedicação.

Aos professores Kedson Lima e Cristina Manno pela grande ajuda até aqui.

Ao Seu Rayol e Dona Vaiza que sempre estiveram disponíveis nas horas de sufoco.

À Universidade Federal Rural da Amazônia, e todos os professores, pelos


ensinamentos e oportunidades oferecidas.

A todos os proprietários, gerentes e funcionários das fazendas, que me acolheram com


tanto carinho e responderam o questionário.

À Hellyda Gomes, Dioleny Freitas, Leonardo Portal e Geisy Oliveira, que têm sido
amigos atenciosos e pacientes neste período dificil.

Ao Murilo Araújo que me apresentou e incentivou na entrada do curso de Zootecnia e


ao Silvio Noronha e família, que foram as pessoas que me acolheram e me deram forças no
momento mais decisivo do curso.

A todas as pessoas que direta ou indiretamente, fizeram parte dessa etapa decisiva em
minha vida.

A todos, meu muito obrigada!


PERFIL DE GESTÃO DAS FAZENDAS DE GADO DE CORTE PARTICIPANTES
DO PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GERENCIAL DO SENAR,
MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS

RESUMO
A produção de gado de corte nos dias de hoje é de suma importância para o
agronegócio mundial, e no Brasil é o responsável pela maior parte do PIB anual, tendo que
atender um mercado consumidor muito grande e exigente. Em contrapartida, é caracterizado
pelo mau aproveitamento do potencial do rebanho, resultantes principalmente de deficiências
tecnológicas. Nesse contexto, a assistência técnica pode ser considerada um fator fundamental
para a obtenção de bons resultados na atividade pecuária de corte, pois sua ausência impede a
troca de conhecimentos e informações sobre a produção entre o produtor e o técnico, além de
reduzir a adoção de novas práticas tecnológicas que geram inovação. Pensando nisso, teve-se
interesse em realizar um estudo de caso com proprietários que trabalham com bovinocultura
de corte no município de Paragominas, que possuíram assistência técnica através do Programa
ATeG (Assistência Técnica e Gerencial) do SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural) e forçá-los a imaginar como seria a atividade pecuária de corte sem este serviço,
seguindo e vivendo de acordo apenas, com o que adquiriram como experiência de campo. A
maioria das as propriedades que foram entrevistadas, afirmaram recomendar o Programa
ATeG para outras propriedades, pois os controles funcionaram e atenderam as necessidades
das respectivas fazendas, porém ressaltam a sugestão de melhoras para o mesmo. Eles
também vêem este Programa como um direcionador positivo para o agronegócio, agregando
valor na atuação da assistência técnica e gerencial como uma forma eficiente de excelência
em gestão do agronegócio em todo o Estado, aderindo a novas instruções concebidas e
incluídas na produção da bovinocultura de corte.

Palavras-chave: Agronegócio. Bovinocultura de corte. Extensão. Propriedade Rural.


MANAGEMENT PROFILE OF CUTTING CATTLE FARMS PARTICIPATING IN
SENAR'S TECHNICAL AND MANAGEMENT ASSISTANCE PROJECT,
MUNICIPALITY OF PARAGOMINAS

ABSTRACT
Cattle production today is of great importance to world agribusiness, and in Brazil
accounts for the largest part of annual GDP, having to meet a very large and demanding
consumer market. On the other hand, it is characterized by poor utilization of the potential of
the herd, mainly due to technological deficiencies. In this context, technical assistance can be
considered a fundamental factor to obtain good results in the beef cattle industry, since its
absence prevents the exchange of knowledge and information on production between the
producer and the technician, besides reducing the adoption of new technological practices that
generate innovation. With this in mind, it was interesting to carry out a case study with
owners working with beef cattle breeding in the municipality of Paragominas, who had
technical assistance through the ATeG (Technical and Managerial Assistance) Program of
SENAR (National Rural Apprenticeship Service) and forcing them to imagine what would be
the beef cattle business without this service, following and living only according to what they
acquired as field experience. Most of the properties that were interviewed stated that they
recommend the ATeG Program for other properties, since the controls worked and met the
needs of the respective farms, but they emphasize the suggestion of improvements for the
same. They also see this Program as a positive driver for agribusiness, adding value in the
performance of technical and managerial assistance as an efficient form of excellence in
agribusiness management throughout the State, adhering to new instructions designed and
included in the production of beef cattle .

Keywords: Agribusiness. Cattle breeding. Extension. Rural property.


LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Situação das propriedades rurais brasileiras em relação ao recebimento de


Assistência Técnica e Extensão Rural .................................................................................. 16

Tabela 2 - Dimensionamento das fazendas .......................................................................... 21

Tabela 3 - Controles eficazes de acordo com os proprietários .............................................. 23

Tabela 4 - Controles ............................................................................................................ 24

Tabela 5 - Fluxo de caixa e controle de custos de produção ................................................. 26

Tabela 6 - Assistência Técnica ........................................................................................... 28

Tabela 7 - Problemas para o desenvolvimento e o trabalho de assistência técnica segundo os


pequenos e médios produtores.............................................................................................. 30
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Posse sobre mais de uma propriedade em Paragominas ..................................... 22

Gráfico 2 - Atividades desenvolvidas nas propriedades, além da boviiinocultura de corte.... 23

Gráfico 3 - Sistema de produção implantado na propriedade ............................................... 23

Gráfico 4 - Entraves encontrados com o controle de maquinário.......................................... 25

Gráfico 6 - Profissionais que prestam a Assistência Técnica ................................................ 29

Gráfico 5 - Frequência da assistência prestada ..................................................................... 29


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 10

2. OBJETIVOS ........................................................................................................... 12

2.1 GERAL .............................................................................................................. 12

2.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................... 12


3. REVISÃODE LITERATURA .............................................................................. 13

3.1 A EXTENSÃO RURAL ..................................................................................... 13

3.2 A ASSISTÊNCIA TÉCNICA ............................................................................. 14

3.3 O ATEG ............................................................................................................. 15

4. MATERIALE MÉTODOS .................................................................................... 19

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 20

5.1 DADOS DA FAZENDA ...................................................................................... 20

5.2 SOBRE OS CONTROLES ................................................................................... 23

5.3 FLUXO DE CAIXA E CONTROLE DE CUSTOS DE PRODUÇÃO ................ 25

5.4 ASSISTÊNCIA TÉCNICA ................................................................................... 27

6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 31

7. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 32

8. ANEXO A - QUESTIONÁRIO UTILIZADO NA COLETA DE DADOS .......... 35

9. ANEXO B - TERMO DE LIVRE CONSENTIMENTO ....................................... 39

10. ANEXO C - GRÁFICOS DE MÃO DE OBRA, PATRIMÔNIO E INDICES


FINANCEIROS ..........................................................................................................40
10

1. INTRODUÇÃO
A pecuária é uma atividade que está relacionada à sobrevivência e à produção de
alimentos e bens de consumo que são fundamentais para a vida humana e corresponde a todas
as técnicas utilizadas pelo homem para a criação e reprodução de animais. Essa atividade tem
fins econômicos e também de subsistência. De uma maneira geral, a pecuária é realizada para
suprir o mercado consumidor interno e externo e compreende a criação de bovino, suíno,
equino, aves, coelhos e abelhas.

A pecuária de corte é especialmente importante no Brasil, pois o abate para o


fornecimento de carne movimenta as exportações do país. De acordo com os dados da
pesquisa Produção da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil continua com o segundo maior efetivo de bovinos do
mundo e representando 22,2% do rebanho global, atrás apenas da Índia. O país é também o
segundo maior produtor de carne bovina, produzindo 15,4% do total mundial (CNA BRASIL,
2016).

Paragominas é uma região com grande concentração de propriedades rurais, já bem


conhecida pelo desmatamento indiscriminado no passado, mas que hoje vem conquistando
espaço como modelo de “cidade verde”. Suas fazendas buscam sempre aprimorar as técnicas
que acrescentem na evolução do rebanho com o menor custo admissível, porém ainda é
visível a deficiência em alguns pontos que refletem diretamente na área administrativa e
contábil.

Em 2000, as microrregiões de Redenção, São Félix do Xingu, Conceição do Araguaia,


Paragominas e Parauapebas eram responsáveis por 61% do rebanho paraense, cerca de 6, 262
milhões de animais e Paragominas era o quarto maior rebanho do estado (Fundepec – PA).

Segundo o IBGE (2016), houve um acréscimo de 1,4% na quantidade de cabeças do


rebanho bovino de 2015 para 2016 no Brasil e em Paragominas especificamente, o ano de
2016 fechou com 302.465 mil cabeças de gado, tendo participação de 1,5% no Estado do
Pará, 2,2% na Mesorregião e 24% na Microrregião, tornando o município exemplo de
pecuária no Estado. Essas informações são importantes para o entendimento da dinâmica
econômica, ou seja, para determinar as causas que promovem tanto a evolução como a
involução econômica nesta região.
11

Segundo Callado et al 2008, o agronegócio pode ser definido como um sistema


agroindustrial que busca explicar as interdependências do setor agropecuário, desde a
produção de insumos até a obtenção do produto final, independentemente do nível de
sofisticação utilizado, base tecnológica ou processo de transformação aos quais tenham sido
submetidos.

Logo, é notória a necessidade de abandonar a posição tradicional de fazendeiro para


assumir o papel de empresário rural com o apoio de uma assistência técnica que dê o suporte
necessário de gerenciamento rural, independentemente do tamanho de sua propriedade e do
seu sistema de produção de gado de corte, analisando economicamente a atividade, pois por
meio dela, o produtor passa a conhecer com detalhes e a utilizar, de maneira inteligente e
econômica, os fatores de produção (terra, trabalho e capital), para obter sucesso na sua
atividade e atingir os seus objetivos de maximização de lucros e minimização de custos.

A análise econômica é o processo pelo qual o produtor passa a conhecer os resultados


financeiros obtidos, de cada atividade da empresa rural. É mediante resultados econômicos
que o produtor pode tomar, conscientemente suas decisões e encarar o seu sistema de
produção de gado de corte como uma empresa.

A proposta do desenvolvimento de um trabalho que mensure o progresso dentro de um


sistema é capaz de fomentar a extensão da cadeia produtiva analisada, propiciando a
construção de ações para minimização dos entraves encontrados, sendo ao mesmo tempo,
importante para nortear decisões fundamentadas dentro de uma visão sistêmica dos sistemas
de produção pecuários, sendo, portanto, uma orientação para profissionais que atuam nas
ciências agrárias e sociais bem como para políticas públicas e privadas voltadas ao sistema
agroindustrial (OAIGEN et al., 2011).

Desta forma, a análise de gestão das fazendas com sistema de corte assistidas pelo
ATeG, permite identificar diferentes grupos de produtores e estruturas de produção,
analisando sua viabilidade e entraves econômicos, procurando orientar a tomada de decisões
para novas pesquisas.
12

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


Conhecer o perfil das propriedades que trabalham com bovinocultura de corte no
município de Paragominas, no âmbito gerencial, suas relações de mercado e o ambiente
organizacional onde os mesmos estão inseridos, a partir do suporte da assistência técnica e
gerencial do SENAR.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO


 Identificar como o trabalho do Programa ATeG influenciou no quadro organizacional das
propriedades.
 Mostrar a importância do controle dos investimentos, receitas e despesas da empresa
rural.
 Mostrar o nível de gestão das fazendas correlacionando com o nível tecnológico.
 Apresentar a relevância do custo de produção e dos indicadores da eficiência econômica
como ferramenta para a tomada de decisão.
13

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 A EXTENSÃO RURAL


Embora ações extensionistas estejam registradas na história da Antiguidade,
contemporaneamente o termo teve origem na extensão praticada pelas universidades inglesas
na segunda metade do século XIX. No início do século XX, a criação do serviço cooperativo
de extensão rural dos Estados Unidos, estruturado com a participação de universidades
americanas, conhecidas como land-grant colleges, consolidou naquele país, pela primeira vez
na História, uma forma institucionalizada de extensão rural (JONES e GARFORTH, 1997).
No Brasil, a ATER surgiu no final dos anos 40, a partir da implementação de diferentes
iniciativas pontuais (THORNTON, 2006) firmadas progressivamente até a criação da
Empresa Brasileira de ATER (EMBRATER) em 1975.

Segundo Peixoto (2008), o termo extensão rural não é autoexplicativo. Desde a


implantação do modelo cooperativo de extensão americano foram muitas as iniciativas de
conceituação de extensão rural. Entretanto, o termo extensão rural pode ser conceituada de
três formas diferentes: como processo, como instituição e como política. Neste estudo
prevalecerá uma interface do sentido literal (processo).

Como processo, extensão rural significaria, num sentido literal, o ato de estender,
levar ou transmitir conhecimentos de sua fonte geradora ao receptor final, o público
rural. Todavia, como processo, em um sentido amplo e atualmente mais aceito,
extensão rural pode ser entendida como um processo educativo de comunicação de
conhecimentos de qualquer natureza sejam conhecimentos técnicos ou não. Neste
caso, a extensão rural difere conceitualmente da assistência técnica pelo fato de que
esta não tem, necessariamente, um caráter educativo, pois visa somente resolver
problemas específicos, pontuais, sem capacitar o produtor rural. E é por ter um
caráter educativo que o serviço de extensão rural é, normalmente, desempenhado
pelas instituições públicas de Ater, organizações não governamentais, e
cooperativas, mas que também prestam assistência técnica. (PEIXOTO, 2008, p.
07).

Assim, a extensão rural, considerada como eixo para ligação entre os centros de
produção do conhecimento e os produtores rurais, veio a reboque da pesquisa como forma de
reduzir o fosso advindo da relação pesquisa-produtor que esta primeira, por si só, não
conseguia solucionar, e assim, solidificar uma proposta de desenvolvimento. Creditava-se aos
extensionistas rurais o papel de solucionadores de problemas do meio rural, consolidando-os
como agentes de mudança. Ao mesmo tempo em que é possível perceber o impacto das ações
extensionistas para a promoção do desenvolvimento em âmbitos mais locais, a extensão rural
passou a ser alvo de críticas políticas e acadêmicas por não conseguir se fortalecer enquanto
14

estratégia de promoção do desenvolvimento no meio rural, que seria o seu papel fundamental.
(PETARLY, 2013)

Embora este conceito passe por constante processo de mudança, a extensão rural passa
por várias transformações ao longo do tempo, e reconhece-se que atualmente o conceito
engloba aspectos produtivos, populacionais, econômicos, sociais, culturais, ambientais e de
acesso a estruturas institucionais públicas numa perspectiva de melhoria da qualidade de vida
e de bem estar das populações que vivem no meio rural, onde atividades agrícolas são
complementadas por atividades não agrícolas e pluriativas. (PETARLY, 2013)

3.2 A ASSISTÊNCIA TÉCNICA


A assistência técnica é de relevante importância no processo de comunicação e de
difusão de novas tecnologias geradas pela pesquisa (e eventualmente pelos próprios
produtores ou pelos serviços de extensão rural que são oficiais) que são essenciais ao
desenvolvimento rural no seu mais amplo sentido, ou seja, no desenvolvimento das
atividades agropecuárias, florestais, de extrativismo e pesqueira (PEIXOTO, 2008). Porém, a
assistência técnica, diferente de extensão rural, tem um caráter mais individual e limita-se a
aplicar a tecnologia via técnico. Neste particular, o profissional atua como o detentor do saber,
criando certa dependência do pequeno produtor. Ela visa resolver problemas imediatos, com
maior objetividade, mas não tem a intenção maior de repassar o conhecimento para a família
rural, mantendo constante a relação técnico-produtor. (OTALIZ, 2005).

Segundo Silva (2016), a assistência técnica e aextensão rural juntos, são serviços
fundamentais no processo de desenvolvimento rural e da atividade agropecuária, pois é um
instrumento de comunicação de conhecimento de novas tecnologias, geradas pela pesquisa, e
outros conhecimentos.

Uma propriedade rural deve ser encarada como um negócio, administrado de modo
empresarial. O proprietário precisa ter uma visão empresarial para que consiga ter uma
rentabilidade adequada. Nesse contexto, a assistência técnica pode auxiliar. Para que esse
serviço seja viável, ele deve resultar em um benefício maior que o custo. O produtor não pode
enxergar a assistência técnica como um custo a mais na produção e sim como uma forma de
melhorar sua produtividade e competitividade no mercado. (BARROS; FERNANDES, 2011)
15

O profissional contratado deve estar atualizado e conhecer bem as características


regionais. É importante acessar materiais novos e publicações de instituições de pesquisa cada
vez mais presentes na mídia de forma mais simples e prática para entendimento fora do meio
científico.

Também é importante conhecer além das características produtivas da espécie animal


e vegetal em questão, ou seja, de toda a cadeia produtiva. Há necessidade de ter um
direcionamento gerencial, com olhar para o mercado como um todo, saber negociar, vender
seu produto, diferenciá-lo dos demais. O estudo do mercado é fundamental, uma vez que
devemos ofertar aquilo que ele deseja, para isso, o profissional que atua no gerenciamento
deve ter uma visão multidisciplinar com noções de manejo produtivo, administrativo e
financeiro. (BARROS; FERNANDES, 2011)

3.3 O ATEG
O Brasil é líder mundial na utilização de tecnologia agrícola, mas ela não chega às
classes produtoras de menor renda. Há uma enorme carência de profissionais especializados
para disseminar todo o conhecimento que o Brasil adquiriu com pesquisa e tecnologia.

O baixo acesso a assistência técnica e extensão rural é um dos principais fatores de


baixa disseminação de tecnologia no campo. A extinção da Embrater, a Empresa Brasileira
de Assistência Técnica e Extensão Rural, em 1990, concentrou o conhecimento entre os
grandes produtores rurais e deixou órfão os médios e pequenos, que não conseguiram
acompanhar todos os avanços proporcionados pela pesquisa e a tecnologia.

Na tabela 1, observa-se que de acordo com o censo agropecuário do IBGE, de 2006,


estas ações, no setor rural são ainda muito baixas.

Ainda de acordo com o IBGE, a população economicamente ativa no meio rural é de


36 milhões de pessoas, 19% do total brasileiro. Destes, 6,4% possuem ensino médio completo
e somente 1% tem curso superior, o que comprova a necessidade da ampliação do acesso dos
brasileiros do meio rural ao conhecimento.
16

Tabela 1- Situação das propriedades rurais brasileiras em relação ao recebimento de


Assistência Técnica e Extensão Rural

Quantidade %
Não receberam 4.030.473 77,88
Receberam Regularmente 482.452 9,32
Receberam Ocasionalmente 662.564 12,8

Total de Estabelecimentos 5.175.489 100


Fonte: Censo Agropecuário 2006 (IBGE)

Com a enorme capilaridade que tem e por acreditar que pode contribuir ainda mais
com a multiplicação do conhecimento, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR)
criou a metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) com meritocracia para
auxiliar, principalmente, os produtores rurais das classes C, D e E que não têm acesso à
extensão rural e às novas tecnologias.

A produção assistida do SENAR é realizada com grupos de produtores selecionados e


desenvolvida por metas. A remuneração da equipe técnica segue critérios de meritocracia, ou
seja, depende do cumprimento das metas de assistência técnica pactuadas, que devem
abranger o aumento da produtividade e renda nas propriedades.

A metodologia do ATeG está fundamentada em cinco etapas, que envolvem todo o


processo a ser aplicado no desenvolvimento da propriedade rural atendida. São elas:
Diagnóstico Produtivo Individualizado, onde são levantadas informações produtivas,
ambientais, sociais e econômicas necessárias para estabelecer metas e um cronograma de
ações; Planejamento Estratégico, que promove a pactuação dos objetivos que ocorre entre o
produtor rural e seu técnico de campo, sempre com o acompanhamento de um supervisor;
Adequação Tecnológica, que acontece quando são feitas as recomendações pela equipe
técnica que geram impacto direto em todo o sistema de produção; Capacitação Profissional
Complementar, onde utilizando a experiência do SENAR, os cursos de curta e média duração,
complementam os conhecimentos trazidos pelo técnico de campo e auxiliam nas decisões
tomadas pelo produtor rural; e por último, porém não menos importante, a Avaliação
Sistemática de Resultados, que usa um conjunto de ferramentas operacionais e tecnológicas,
desenvolvidas pelo SENAR que apontam para o alcance do resultado ou sinalizam a
necessidade de ajustes no planejamento da propriedade.
17

A proposta é garantir ao produtor, capacitação para o empreendedorismo e a gestão do


negócio, elevação da renda e a produtividade buscando eficiência e eficácia, aumento da
rentabilidade, estabelecimento do perfil tecnológico, social e econômico e elaboração do
planejamento estratégico da propriedade.

O ano de 2015 marcou a consolidação da ATeG do SENAR. O modelo que alia


adequação tecnológica e consultoria gerencial das propriedades rurais ganhou a adesão de um
número maior de Estados e atraiu importantes parcerias para o SENAR Brasil. E hoje, já são
desenvolvidas ações em 32.605 propriedades rurais, oferecendo consultoria técnica e
gerencial, de forma efetiva e constante.

Além de atender o produtor rural e proporcionar a melhoria da produtividade no


campo, a ATeG do SENAR também pode contribuir com estudos e pesquisas do meio
acadêmico. A metodologia foi apresentada durante o 55º Congresso da Sociedade Brasileira
de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober), que aconteceu em agosto de 2017,
na Universidade Federal de Santa Maria (RS).

“O nosso objetivo é atender o produtor rural e melhorar os índices de sua atividade


rural, mas as informações que são compiladas pela nossa Central de Inteligência podem
contribuir para análises mais aprofundadas, que vão gerar conhecimento e maior eficiência.
Isso vai beneficiar todo o setor e retornar para o próprio produtor, facilitando a sua tomada de
decisão”, projetou Matheus Ferreira, coordenador geral do ATeG nacional.

O SENAR do Distrito Federal lançou o Programa ATeG apresentando serviços de


importância fundamental no processo de desenvolvimento rural, pois promovem a educação
no âmbito agropecuário, adequando o conhecimento obtido com a vivência no meio rural,
sendo um serviço de educação não formal de caráter continuado no meio rural.

No ATeG de Santa Catarina, Pagani destaca que o programa oferece aos produtores
rurais, visitas técnicas e gerenciais no período de dois anos objetivando um melhor
desenvolvimento das propriedades.

Na pecuária de corte é trabalhada a cria, a recria e a engorda dos animais. É atendida


toda a cadeia produtiva desde genética, manejo adequado, melhoria da alimentação e
das instalações das propriedades. Tudo isso, visando aumentar a produtividade e,
consequentemente, os lucros dos produtores catarinenses (PAGANI, 2016).

Com o objetivo de proporcionar aumento da produção, evolução na produtividade e no


nível de gestão, além do incremento da renda líquida em propriedades rurais do Pará, o
Sistema FAEPA/SENAR-PA iniciou em 2016 a ATeG.
18

4. MATERIAL E MÉTODOS
Através do SENAR, o Programa ATeG, em parceria com o Sindicato dos Produtores
Rurais de Paragominas, assistiu vinte propriedades de bovinocultura de corte em campo,
analisando o manejo nas fazendas e implantando os controles necessários nos escritórios das
mesmas, no período de dois anos entre 2016 e 2018.

A proposta foi realizar visitas mensais, orientando e auxiliando o produtor rural sobre
medidas a serem tomadas, com conhecimentos técnicos, podendo ser ajustado conforme as
necessidades encontradas na região.

Logo, o acompanhamento se deu visitando as propriedades rurais cadastradas, na


função de observar e fazer uma análise inicial e geral a respeito de tudo que envolvesse a
pecuária de corte, desde o manejo em campo com pastagens e animais e afins, até as
benfeitorias do local, no intuito de estabelecer e programar controles simples e viáveis que
contribuíssem com a diminuição dos custos, aumento das receitas e ponderação a respeito de
possíveis investimentos.

Os controles lançados pelo Programa ATeG são de fácil entendimento, prático e


objetivo, na intenção de haver um feedback entre técnico, produtor e mão de obra contratada,
e servem para facilitar o gerenciamento financeiro, de rebanho e estoque da propriedade. São
estes: Controle de Suplementação; Controle de Pesagem e Vacinação; Levantamento de
Estoque; Controle de Estoque da Farmácia; Evolução do rebanho, Controle de Maquinário,
Controle Diária de Trabalho; Controle de Rebanho; Controle de Combustível; Plano de
Contas e Receitas e Despesas.

Tendo finalizado o trabalho de dois anos com assistência técnica nas propriedades,
uma pesquisa foi desenvolvida no município de Paragominas, localizado na mesorregião
sudeste do Estado do Pará, através da aplicação de questionários (Anexo A), elaborados no
modelo de entrevista através da ferramenta Formulários Google, via e-mail, nas propriedades
que trabalham com bovinocultura de corte, e participaram do Programa de Assistência
Técnica e Gerencial do SENAR e optou-se por um termo de livre consentimento (anexo B).

O questionário foi estruturado e adaptado conforme Dantas et al.(2014), distribuído


por partes, denominado de direcionadores e cada um foi composto por perguntas relacionadas
a temática em questão. As temáticas abordadas foram: Dados Cadastrais; Dados da Fazenda;
Controles; Fluxo de Caixa e Custos de Produção, Assistência Técnica, Mão de Obra,
Patrimônio e Indicadores Financeiros. A partir das respostas dos produtores foi avaliado o
19

grau de importância de cada direcionador dentro do sistema, observando os principais fatores


que afetam o desempenho da atividade e consequentemente sua competitividade.

O trabalho foi realizado no período de março a junho de 2018. Sendo a coleta dos
dados realizada virtualmente através de link lançado no e-mail e redes sociais que tornasse
mais cômodo e viável ao produtor responder. Das 20 propriedades participantes do programa,
obteve-se resposta de 16 propriedades. Posteriormente os dados foram tabulados e submetidos
à análise estatística descritiva, com ênfase na distribuição de frequências relativas das
respostas. Para isso utilizou-se o software Microsoft Office Excel 2010®, presente no pacote
Office 2010 Windows®
20

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5.1 Dados da Fazenda


Ao visitar o campo e implementar os controles, durante a assistência prestada, era
possível observar tanto os pontos negativos como irregularidade de altura do comedouro,
ausência de sal nos cochos, predominância de plantas invasoras, animais mortos próximos aos
bebedouros, etc., quanto os positivos como presença de sistema rotacionado com período de
descanso e de ocupação, presença de sal fresco e colher para mexer no cocho, altura de
entrada e saída de capim na média. Em seguida, mostravasse a importância em se utilizar os
controles, bem como, juntos poder verificar quais controles seriam viáveis para aquele
determinado momento.

No escritório, encontravam-se outros fatores limitantes, falta de recursos de software e


hardware, espaço físico onde pudesse se estabelecer todo o processo administrativo e
econômico ou até mesmo mão de obra para capacitar. No entanto, todo o processo pôde ser
conduzido com muita clareza e atenção, um comprometimento bem positivo advindo dos
proprietários, gerentes e funcionários, dispostos a aprender e acompanhar as mudanças para a
evolução em suas propriedades.

A produção de carne na região é predominantemente desenvolvida em sistema


extensivo, sendo a pastagem a principal fonte de alimentação do rebanho. Gonçalves e
Teixeira Neto (2002) ao caracterizarem o sistema de produção no sudeste paraense
constataram que 94% dos produtores desenvolvem atividade nesse tipo de sistema
(extensivo). É evidente o potencial dos sistemas de produção de carne a pasto no Brasil,
sobretudo na região norte, no entanto para viabilizar esse tipo de sistema é necessário a
escolha adequada da forrageira, além de fatores como uso intensivo das pastagens envolvendo
mecanização, correção de solo e manejo correto. O aproveitamento racional da pastagem
utilizada em sistemas de pastejo semi-intensivo possibilita um equilíbrio entre alta produção e
o valor nutritivo da forragem, ocasionando ainda a utilização uniforme das pastagens visando
uma maior produção (GONÇALVES et al., 2005).

A área total das propriedades variou de 500 a 5000 ha, sendo classificadas como
propriedades grandes à muito grandes de acordo com o Instituto de Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), estando a maioria na faixa de 2.200ha – 2.500ha com média de 1.986ha e
desvio padrão de 1.139ha. A área de pastagem apresentou em média de 778,2ha, sendo que
21

seu desvio padrão foi de 909,3ha. O plantel médio de animais existentes nos estabelecimentos
rurais atualmente é de 1234,1, com desvio padrão de 747,6 e com a maioria no intervalo de
800 a 1000 animais (Tabela 2).

Ao calcular o número de animais por área de pastagem, foi possível observar que as
fazendas, com excessão de B, E e H, mesmo após a assistência, estão apontando possíveis
sinais de subpastejo por motivos até então, não questionados. Esse ocorrido vai de encontro
ao que propõe GOMES et al. (2017), que ilustra as dimensões dos elos componentes da
cadeia produtiva da pecuária de corte em 2015, onde a taxa de lotação é de 1,25 cab./ha, ou
seja, em um intervalo de 1 à 2 animais por hectares de pasto. De acordo com Sergio Raposo
de Medeiros, pesquisador de Nutrição Animal, da Embrapa Gado de Corte, o subpastejo tem
trazido grandes prejuízos para os pecuaristas, isso porque poucos animais são utilizados além
do que a pastagem oferta, acarretando problemas secundários como a degradação do solo,
presença de plantas invasoras, irregularidade na altura das pastagens e perda de nutrientes da
forrageira.

Tabela 2 - Dimensionamento das fazendas

Fazenda Área Total (ha) Área de Pastagem (ha) Nº de animais


A 4.500 1700 2300
B 2.200 45 178
C 2.437 1248 n/s
D 500 450 300
E 1.260 180 480
F 2.500 1.000 800
G n/s n/s 1519
H 900 500 2000
I 1.260 600 998
J 738 200 300
K 1600 900 900
L 5000 3000 3800
M 1300 200 400
N 2200 250 200
O 2500 950 1000
P 900 450 890
Nota: n/s – a propriedade não soube informar os dados solicitados
Fonte: ARQUIVO PESSOAL

Durante a entrevista, 60% dos proprietários afirmaram não possuir mais de uma
propriedade na região, 20% afirma possuir mais de uma propriedade, 6,67% possuem mais
22

duas propriedades e outros 13,33% possuem três ou mais propriedades (Gráfico 1). Este
último percentual pode ter relação com o fato dos proprietários terem o costume de trabalhar
com um sistema fechado de cria, recria e terminação e trabalhem com produção agropecuária.

Gráfico 1 - Posse sobre mais de uma propriedade em Paragominas


9
6

n %
3 n
2 22
1 %
60.00%
20.00% 6.67% 13.33% 60%
20% 20%
1 2 3 N/P
1 / %= valor percentual
Nota: n= número de entrevistados 3 N/P

Fonte: ARQUIVO PESSOAL

Conforme o gráfico 2, podemos observar que além da bovinocultura de corte, todas as


propriedades trabalham intensivamente com a agricultura, 33,3% trabalham também com
suinocultura e ovinocaprinocultura, apenas 16,7% com piscicultura e nenhuma investe em
avicultura. Em trabalho realizado por Dantas et al. (2014) na cidade de Ulianópolis-PA,
município limítrofe de Paragominas, obteve resultados semelhantes, apresentando como base
econômica a atividade agropecuária com população bovina de 70.913 cabeças com aptidão
para corte e leite, mas que no entanto seu aspecto mais forte é a agricultura.

Em 67% das propriedades envolvidas, a produção é desenvolvida principalmente


através do sistema de terminação, porém 33% desenvolvem seus trabalhos através do sistema
de cria e recria (Gráfico 3). De acordo com o pecuarista Mauro Lúcio de Castro Costa em
2012 durante uma entrevista ao site “Boi a pasto”, sua propriedade possui uma área total de
4.356 hectares, na fazenda Marupiara, com apenas 860 hectares disponíveis, dentro de um
projeto, para a criação de recria e engorda de boi a pasto. “O restante é área de
reflorestamento, principalmente porque estamos em Paragominas”, enfatiza o pecuarista.
Hoje, sua propriedade serve de inspiração para as demais da região e por duas razões: maior
produtividade e menor impacto ambiental, devido adotar o sistema de terminação.
23

Gráfico 2 - Atividades desenvolvidas nas Gráfico 3 - Sistema de produção implantado


propriedades, além da bovinocultura de corte

Avicultura 0.0%
0

Ovinocaprinocultura 33.3%
2 33%
%
16.7% n Cria e Recria
Piscicultura
1
Terminação
Suinocultura 33.3% 67%
2

Agricultura 100.0%
6

Fonte: ARQUIVO PESSOAL Fonte: ARQUIVO PESSOAL


Nota: n= número de entrevistados / %= valor percentual

5.2 Sobre os controles


De acordo com a tabela 3, o controle mais eficaz é o de pesagem e vacinação com
90,9% de resultado, mas podemos considerar com grande aceitabilidade, os controles de
rebanho (81,8%), receitas e despesas (81,8%), estoque (72,7%), suplementação (63,6%),
levantamento de estoque (63,6%), evolução do rebanho (63,6%), controle de maquinário
(63,6%) e plano de contas (63,6%), respectivamente. Quanto ao controle de diárias de
trabalho e controle de combustível, estes apresentaram um baixo percentual de eficácia com
apenas 45,5%, cada.

Tabela 3 - Controles eficazes de acordo com os proprietários

Controles Menções %
Controle de suplementação 12 63,6%
Controle de pesagem e vacinação 15 90,9%
Levantamento de estoque 12 63,6%
Controle de estoque 13 72,7%
Evolução do rebanho 12 63,6%
Controle de maquinário 12 63,6%
Controle de diárias de trabalho 10 45,5%
Controle de rebanho 14 81,8%
24

Controle de combustível 10 45,5%


Plano de contas 12 63,6%
Receitas e despesas 14 81,8%
Nota: n= número de entrevistados / %= valor percentual
Fonte: ARQUIVO PESSOAL

Quando foi perguntado a respeito da assiduidade com as anotações de registro de


movimentação de rebanho, nascimento, morte, venda e compra, 87,5% dos entrevistados
responderam que estão cumprindo com estas anotações, porém 6,25% não estão mais
anotando este registro e outros 6,25% afirmam estarem anotando parcialmente (Tabela 4).
Sobre o desperdício de suplementação, 86,67% dos entrevistados responderam que houve
uma diminuição do desperdício com a introdução do respectivo controle e apenas 13,33% não
conseguiram diminuir o desperdício. Segundo a grande maioria os proprietários (93,33%),
houve menos desperdício na farmácia, depois da atuação do Programa nas propriedades e
93,33% também alegaram que o controle de combustível contribuiu de alguma forma com a
rastreabilidade de seus custos.

Tabela 4 - Controles

Sim Não Talvez


Perguntas
% N % n % N
Tens anotado o
registro da
movimentação do
87,5 14 6,25 1 6,25 1
rebanho,
nascimento, morte,
venda, compra?
O desperdício de
suplementação
diminuiu com a
86,67 13 13,33 2 - -
introdução do
respectivo
controle?
Houve menos
desperdício na
farmácia, depois da 93,33 14 6,67 1 - -
atuação do
Programa?
25

O controle de
combustível
contribuiu de
93,33 14 - - 6,67 1
alguma forma com
a rastreabilidade de
seus custos?
Na sua opinião,
existe algum
controle que deve 6,67 1 93,33 14 - -
entrar ou sair do
Programa?
Nota: n= número de entrevistados / %= valor percentual
Fonte: ARQUIVO PESSOAL

Seguindo ainda com a tabela 4, novamente 93,33% dos entrevistados dizem que na
opinião deles, nenhum controle deve entrar ou sair do Programa, contra apenas 6,67% que
discorda.
Com relação ao controle de maquinário, 34% das propriedades afirmaram ter
dificuldades ainda com este, pois o operador não é alfabetizado; outros 22% afirmaram que dá
muito trabalho operar este controle, 11% não sabe informar, contudo, 33% dos entrevistados
não veem qualquer entrave neste controle.

Gráfico 4 - Entraves encontrados com o controle de maquinário

O operador não é
alfabetizado

33% 34% Dá muito trabalho

Não sabe informar


11%
22% Não existe

Nota: n= número de entrevistados / %= valor percentual


Fonte: ARQUIVO PESSOAL

A ausência de controle zootécnico limita o crescimento da atividade, pois, para Viana


et al. (2006) a gestão da atividade torna-se indispensável para manter um fluxo de caixa mais
estável, além de uma análise mais precisa dos custos e seus componentes, objetivando elevar
os índices de lucratividade e rentabilidade da empresa rural.
26

A função desses controles é preencher lacunas e resolver os entraves da rotina em uma


empresa rural. Dessa forma, se torna de grande importância, uma vez que a empresa rural
busca uma solução econômica, seguida de maximização de lucros.

Nesse contexto de resultados apresentados a respeito dos controles, a ATeG tornou


mais claro os pontos a serem corrigidos nas propriedades e atuava com planos de ação que
contribuiu para a melhoria dos índices produtivos local.

5.3 Fluxo de caixa e controle de custos de produção


Sobre fluxo de caixa e custos de produção, foi perguntado aos entrevistados se após o
término da assistência de dois anos do ATeG, sua propriedade continuou realizando o
planejamento financeiro a curto, médio e longo prazo e como resposta obteve-se que 81,25%
ainda realizam o planejamento e apenas 18,75% não o realizam mais (Tabela 5).
Ao perguntar se a propriedade ainda utiliza a planilha de fluxo de caixa, inserido no
plano de contas, com eficiência, 68,75% responderam que sim, 12,5% responderam que não e
outros 18,75% dizem não ter certeza. Quando perguntado se estão sendo realizados os
registros de receitas e despesas da propriedade, todos afirmaram com propriedade que estão
realizando com eficácia. Dos entrevistados, 66,67% não estão possuindo o mesmo centro de
custo para mais de uma atividade agropecuária e 68,75% estão realizando tomadas de decisão
baseadas no histórico de informações financeiras (Tabela 5).

Tabela 5 - Fluxo de caixa e controle de custos de produção

Sim Não Talvez


Perguntas
% n % n % N
Após o término da
assistência de 2
anos do ATeG, sua
propriedade realiza
81,25 13 18,75 3 - -
o planejamento
financeiro a curto,
médio e longo
prazo?
A propriedade
utiliza a planilha de
68,75 11 12,5 2 18,75 3
fluxo de caixa,
inserido no plano
27

de contas, com
eficiência?
Estão sendo
realizados os
registros de receitas 100 16 - - - -
e despesas da
propriedade?
Está possuindo o
mesmo centro de
custo para mais de 26,67 4 66,67 10 6,67 1
uma atividade
agropecuária?
Está realizando
tomadas de decisão
baseadas no
68,75 11 25 4 6,25 1
histórico de
informações
financeiras?
Nota: n= número de entrevistados / %= valor percentual
Fonte: ARQUIVO PESSOAL

Nesse contexto a gestão de custos de produção tem extrema importância, pois gera
informações para que o gestor tome decisões mais acertadas e em tempo hábil, pois em um
mercado caracterizado pela concorrência, o resultado econômico depende do gerenciamento
dos custos de produção, e administrar bem essas variáveis que estão em seu controle torna-se
uma importante estratégia para tornar seu produto mais competitivo (COSTA, et al., 2013).

5.4 Assistência Técnica

Com relação ao acesso a assistência técnica (Tabela 6), 50% dos produtores
garantiram não ter acesso a este serviço e dos 50% que afirmaram ter, a maioria relata,
conforme mostra o gráfico 5, que os mesmos são periódicos e costuma acontecer
mensalmente (67%) ou semestralmente (33%) por veterinários (50%), agrônomos (33%) e
zootecnistas (17%), respectivamente (Gráfico 6).

E os produtores que não estão sendo assistidos desde que o Programa saiu, alegaram
alguns problemas para o desenvolvimento e trabalho como continuidade de assistência técnica
principalmente pela falta de profissionais ou problemas para gerenciar a atividade produtiva
28

como uma empresa (50%), conforme a tabela 7. Para Oliveira et al. (2013) essa falta de
assistência técnica pode ser vista como o principal fator que leva aos baixos índices
produtivos do rebanho bovino, fazendo com que o produtor não tenha acesso a inovações
tecnológicas.

Ainda a respeito da tabela 6, 73,33% dos proprietários afirmaram que as planilhas de


controles ainda funcionam em suas propriedades, 20% afirmaram que não e 13,33 diz
funcionar às vezes. Sobre a satisfação com o Programa, 56,25% dos pecuaristas alegam que o
ATeG atendeu as necessidades das fazendas cadastradas, 31,25% consideram terem ser
atendidos parcialmente e apenas 6,25% afirma não ter atendido suas necessidades.

A grande maioria dos entrevistados (87,5%) considera o Programa como um


direcionador positivo para o agronegócio e o recomendam para outras propriedades rurais,
porém 6,25% acreditam que precisa melhorar ou preferem não opinar e outros 6,25% não
recomendam.

Esses dados apontam o resultado do Programa como algo altamente satisfatório.


Conforme aponta a Agência SEBRAE de Notícias do Rio Grande do Norte, que também
trabalham com assistência técnica continuada, esta auxilia no desenvolvimento de fazendas
com consultorias e apoio especializado; pecuaristas aprendem a gerir propriedade e realizar
manejo reprodutivo do rebanho para obter melhores resultados com gado leiteiro.

Tabela 6 - Assistência Técnica

Sim Não Talvez


Perguntas
% N % N % N
Atualmente, você
possui alguma 50 8 50 8 - -
assistência técnica?
As planilhas de
controle ainda
73,33 11 20 3 13,33 2
funcionam em sua
propriedade?

Na sua opinião, o
Programa ATeG
atendeu às 56,25 9 6,25 1 31,25 5*
necessidades da
fazenda?
29

Você considera o
Programa como um
direcionador 87,5 14 6,25 1 6,25 1**
positivo para o
agronegócio?
Você recomendaria
este Programa para
outras 87,5 14 6,25 1 6,25 1***
propriedades
rurais?
Nota: *parcialmente / **precisa melhorar / ***prefere não opinar
Nota: n= número de entrevistados / %= valor percentual
Fonte: ARQUIVO PESSOAL

A assistência técnica pode ser considerada um fator fundamental para a obtenção de


bons resultados na atividade da pecuária de corte, pois sua ausência impede a troca de
conhecimentos e informações sobre a produção entre o produtor e o técnico, além de reduzir a
adoção de novas práticas tecnológicas que geram inovação. A efetiva assistência técnica é
determinante para a viabilidade técnica e econômica das explorações, principalmente nas
pequenas e médias propriedades (BAZOTTI et al., 2012).

Gráfico 6 - Frequência da assistência prestada Gráfico 5 - Profissionais que prestam a


Assistência Técnica

17%
33%
33%
Mensal Agrônomo
Semestral Veterinário
67%
Zootecnista
50%

Fonte: ARQUIVO PESSOAL Fonte: ARQUIVO PESSOAL

Nota: n= número de entrevistados/ %= valor percentual


30

Tabela 7 - Problemas para o desenvolvimento e o trabalho de assistência técnica segundo os


pequenos e médios produtores

Problemas Menções %
1 -Falta de profissionais ou problemas para gerenciar a atividade produtiva como
4 50
uma empresa
2-Organizando o quadro de funcionários 1 12,5
3-Praticando o aprendido no treinamento 1 12,5
4-Por enquanto não precisa 2 25
Nota: n= número de entrevistados / %= valor percentual
Fonte: ARQUIVO PESSOAL

Ainda foram realizadas algumas questões de caráter não obrigatório que envolveram
Mão de Obra, Patrimônio e Indicadores Financeiros (ver em Anexo C), onde foi possível
observar que diante do que foi respondido por alguns produtores, 83% das propriedades
possuem mão de obra temporária na atividade de bovinocultura de corte. Eles também
afirmaram (67%) que dos funcionários fixos d ̸ h na pecuária, costumam trabalhar com
intervalo entre 2 à 4 homens e, ao todo, possuem mais de 7 funcionários, responderam 83%
dos entrevistados. Segundo 67% que responderam, seus funcionários possuem o ensino
fundamental e 33% são analfabetos, no entanto, todos os empregados fazem cursos e
treinamentos conforme a disponibilidade.

Todas as propriedades afirmaram realizar a manutenção de benfeitorias, porém 33%


ainda não sabem calcular depreciação. Todos também disseram saber realizar cálculo de
margem bruta e ter ciência de quanto custa para produzir um @, e ao perguntar qual o peso
médio do animal terminado, 67% costumam terminar o animal com a média entre 481-540kg.
31

6. CONCLUSÃO
A maioria dos entrevistados afirmam recomendar o Programa ATeG para outras
propriedades, pois os controles funcionaram e atenderam as necessidades das respectivas
fazendas, porém ressaltam a necessidade de melhorá-lo. Também vêem este Programa como
um direcionador positivo para o agronegócio, agregando valor na atuação da assistência
técnica e gerencial como uma forma eficiente de excelência em gestão do agronegócio em
todo o Estado do Pará, aderindo a novas instruções concebidas e incluídas na produção da
bovinocultura de corte. Ações estratégicas poderiam ser realizadas, com o propósito de
expandir a ATeG e assim atingir o maior número de propriedades por município, no Estado
do Pará, de forma a abstrair dificuldades de cada propriedade rural e ajudá-los a encontrar o
seu caminho para a produtividade e lucratividade.
32

REFERÊNCIAS

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produção animal. Belém, PA. 2015

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Região de Paragominas. Comunicado Técnico 96. INSS 1516-9308. CAMPO Grande, MS.
Outubro, 2015

DANTAS, V. V. Caracterização dos sistemas de produção na bovinocultura leiteira nas


mesorregiões sudeste e nordeste paraense. Belém, PA. 2014

GALVÃO, I. M. F. Da fronteira à sustentabilidade? O caso de Paragominas – PA. Belém,


2013

GOMES, R. C. Evolução e Qualidade da Pecuária Brasileira. Nota Técnica da Embrapa


Gado de Corte.Campo Grande, mar. 2017.

LANDINI, F. P. Problemas enfrentados por extensionistas rurais brasileiros e sua


relação com suas concepções de extensão rural. Ciência Rural, Santa Maria, v.45, n.2,
p.371-377, fev, 2015.

LOPES, M. A. Custo de produção do gado de corte. Boletim Técnico 47. Lavras, MG.

MONTEIRO, J. L. F. Avaliação da adição de ômega 3 na dieta de aves da linhagem


Dekalb Brown e White em associação com o gene FADS II como resposta na deposição
de gordura em ovos. Belém, PA. 2017

MONTEIRO, J. L. Implementação da escrituração zootécnica em propriedades rurais


assistidas pelo programa ATEG/SENAR em parceria com o Sindicato dos Produtores
Rurais, no município de Paragominas, Pará. Belém, PA. 2017

PEIXOTO, M. Extensão rural no Brasil – uma abordagem histórica da legislação.


Brasília, outubro, 2008

PEREIRA, A. A. Preferência e hábitos de consumo da carne suína dentro da comunidade


ufraniana. Belém, PA. 2016

PETARLY, R. R. Assistência técnica e extensão rural para quê? O caso da cooperativa


agropecuária de patrocínio. Viçosa, Minas Gerais. 2013
33

SILVA, D. S. da. O aumento da produtividade e lucratividade da pecuária bovina na


Amazônia: o caso do projeto Pecuária Verde em Paragominas. Imazon. Belém, PA.
Dezembro de 2014

Análises e Indicadores do Agronegócio. Assistência Técnica e Extensão Rural no Brasil:


um pouco de sua história. ISSN 1980 0711. Instituto de Economia Agrícola. v. 11, n. 5,
maio 2016. Disponível em http://www.iea.sp.gov.br. Acessado em 13 de abril de 2018 as
13:03hs

Atividade Rural. Bovinocultura de Corte - Introdução e importância econômica.


Disponível em http://atividaderural.com.br/artigos/4e88ab8858267.pdf. Acessado em 13 de
setembro de 2017 as 13:23hs

CNA Brasil. Pecuária de Corte. Disponível em


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Acessado em 04 de setembro de 2017 as 01:29hs.

Congresso Capixaba de Pecuária Bovina. A importância sócioeconômica da pecuária de


corte no Brasil. Disponível em
http://www.agricultura.mg.gov.br/files/apresenta2009/PECUARIA_DE_CORTE.pdf.
Acessado em 13 de setembro de 2017 as 12:09hs.

Ebah. A importância socioeconômica da pecuária de corte para o Brasil. Disponível em


http://www.ebah.com.br/content/ABAAAgNloAG/a-importancia-socioeconomica-
pecuariacorte-brasil#. Acessado em 13 de setembro de 2017 as 13:12hs.

Econômico Valor. PIB do Brasil avança 1% no primeiro trimeste de 2017. Disponível em


http://www.valor.com.br/brasil/4988724/pib-do-brasil-avanca-1-no-primeiro-trimestre-
de2017. Acessado em 04 de setembro de 2017 as 03:02hs.

Fonte do Saber – Mania de Conhecimento. A Pecuária e Sua Importância no Brasil.


Disponível em http://www.fontedosaber.com/. Acessado em 12 de setembro de 2017 as
01:23hs

Grupo Escolar. Qual a importância da pecuária? Disponível em


http://www.grupoescolar.com/pesquisa/qual-a-importancia-da-pecuaria.html. Acessado em 13
de setembro de 2017 as 11:25hs.
34

IBGE. Agricultua e pecuária. Disponível em https://www.ibge.gov.br/estatisticas-


novoportal/economicas/agricultura-e-pecuaria.html. Acessado em 04 de setembro as 06:02hs.

MilkPoint. O papel da assistência técnica na produção pecuária: introdução à temática.


Disponível em https://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/ovinos-e-caprinos/o-papel-da-
assistencia-tecnica-na-producao-pecuaria-introducao-a-tematica-70391n.aspx. Acessado em
12 de setembro de 2017 as 02:35hs.

Otaliz. Mas afinal... O que é extensão rural? - SCOT CONSULTORIA. Disponível em


www.scotconsultoria.com.br. Acessado em 13 de julho de 2018 as 16:16hs.

Portal do Agronegócio. Pesquisa do IBGE confirma curva de aumento da oferta de


bovinos. Disponível em http://www.portaldoagronegocio.com.br/noticia/pesquisa-do-ibge-
confirma-curva-de-aumento-da-oferta-de-bovinos-164162. Acessado em 04 de setembro de
2017 as 04:21hs

Revista Agropecuária. A importância da pecuária na economia brasileira. Disponivel em


http://www.revistaagropecuaria.com.br/2012/07/16/a-importancia-da-pecuaria-na-economia-
brasileira/. Acessado em 13 de setembro de 2017 as 11:47hs

SlideShare. Boas práticas em bovinos de corte (gado de corte). Disponível em


https://pt.slideshare.net/carpen2/boas-prticas-em-bovinos-de-corte-gado-de-corte. Acessado
em 13 de setembro de 2017 as 13:09hs

SENAR. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural do Distrito Federal.


http://www.senardf.org.br/senar2016/1288-2/. Acessado em 12 de setembro de 2017 as
04:04hs.
35

ANEXO A – QUESTIONÁRIO UTILIZADO PARA A COLETA DE DADOS

“PERFIL DE GESTÃO DAS FAZENDAS DE GADO DE CORTE PARTICIPANTES


DO PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E GERENCIAL DO SENAR,
MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS”

*DADOS CADASTRAIS

Nome: ____________________________ Celular: ___________________________

Endereço: _____________________________________________________________

*DADOS DA FAZENDA

1.Qual a área total da fazenda? ____________ 2. Qual a área de pastagem? ___________

3.Qual o sistema de produção implantado? ( ) Cria e Recria ( ) Terminação

4.Quantos animais você possui de acordo com a categoria? ___________________________

5.Quais atividades são desenvolvidas na propriedade, além da bovinocultura de corte?

( ) Agricultura ( ) Suinocultura ( ) Piscicultura ( ) Ovinocapricultura

( ) Avicultura ( ) Outros: ___________________________

6.Possui mais de uma fazenda em Paragominas? Quantas? _________________________

*SOBRE OS CONTROLES

7.Quais dos controles abaixo têm sido eficaz na produção da fazenda?

( ) Controle de suplementação ( ) Controle de pesagem e vacinação ( ) Levantamento


de estoque ( ) Controle de estoque ( ) Evolução do rebanho ( ) Controle de
maquinário ( ) Controle de diárias de trabalho ( ) Controle de rebanho ( ) Controle
de combustível ( ) Plano de contas ( ) Receitas e despesas
36

8.Tens anotado o registro da movimentação do rebanho, nascimento, morte, venda, compra?

( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes

9. O desperdício de suplementação diminuiu com a introdução do respectivo controle?

( ) Sim ( ) Não

10.Houve menos desperdício na farmácia, depois da atuação do Programa?

( ) Sim ( ) Não

11.Após o Programa, que entrave ainda se vê com o controle de maquinário?

( ) O operador não é alfabetizado ( ) Dá muito trabalho ( ) Não acha importante

( ) Não sabe informar ( ) Outros: ________________________

12.O controle de combustível contribuiu de alguma forma com a rastreabilidade de seus


custos?

( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez

13.Em sua opinião, existe algum controle que deva entrar ou sair do Programa?

( ) Sim ( ) Não

*FLUXO DE CAIXAE CONTROLE DE CUSTOS DE PRODUÇÃO

14.Após o término das assistência de 2 anos da ATeG, sua propriedade realiza o planejamento
financeiro a curto, médio e longo prazo?

( ) Sim ( ) Não

15.A propriedade utiliza a planilha de fluxo de caixa, inserido no plano de contas, com
eficiência?

( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez

16.Estão sendo realizados os registros de receitas e despesas da propriedade?

( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez

17.Está possuindo o mesmo centro de custo para mais de uma atividade agropecuária?
37

( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez

18.Está realizando tomadas de decisão baseadas no histórico de informações financeiras?

( ) Sim ( ) Não ( ) Talvez

*ASSISTÊNCIA TÉCNICA

19.Atualmente, você possui alguma assistência técnica? ( ) Sim ( ) Não

20.Se a resposta for SIM, por quem?

Um Zootecnista ( ) Um Agrônomo ( ) Um Veterinário ( ) Outras: _____________

21.Qual a frequência da assistência técnica?

Semanal ( ) Quinzenal ( ) Mensal ( ) Semestral ( ) Anual ( )

22.Se a resposta for NÃO, qual o motivo?

_________________________________________________________________________

23.As planilhas de controle ainda funcionam em sua propriedade?

( ) Sim ( ) Não ( ) As vezes

24.Em sua opinião, o Programa ATeG atendeu às necessidades da fazenda?

( ) Sim ( ) Não ( ) Parcialmente

25.Você considera o Programa como um direcionador positivo para o agronegócio?

( ) Sim ( ) Não ( ) Precisa melhorar

26.Você recomendaria este Programa para outras propriedades rurais?

( ) Sim ( ) Não ( ) Prefiro não opinar

MÃO DE OBRA

Possui mão de obra temporária na atividade?

Sim ( ) Não ( )
38

Qual o número de funcionários fixos d/h na pecuária?

Apenas 1 ( ) De 2 a 4 ( ) De 5 a 7 ( ) Acima de 7 ( )

Número total de funcionários na propriedade.

Apenas 1 ( ) De 2 a 4 ( ) De 5 a 7 ( ) Acima de 7 ( )

Qual o nível de escolaridade dos funcionários.

Analfabeto ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( )

Superior ( ) Qual?__________________________________________

Os empregados fazem cursos e treinamentos?

Sim ( ) Não ( )

Qual a frequência?

Mensal ( ) Semestral ( ) Anual ( ) Depende da disponibilidade ( )

PATRIMÔNIO

Realiza manutenção de benfeitorias?Sim () Não ( )

Calcula depreciação?Sim () Não ( )

Tem conhecimento do quanto custa para produzir uma @?Sim ( ) Não ( )

Qual o peso médio do animal terminado?

480 ( ) 481-540 ( ) 541-570 ( ) 570-610 ( )

INDICADORES FINANCEIROS

Realiza o cálculo da margem bruta?

Sim ( ) Não ( )

Obs.: As temáticas com o asterístico “*” devem ter suas perguntas obrigatoriamente
respondidas. As demais são consideradas opcionais.
39

ANEXO B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

DECLARAÇÃO

Eu _______________________________________, portador do RG nº ______________,


declaro que aceito que os dados obtidos do “PERFIL DE GESTÃO DAS FAZENDAS DE
GADO DE CORTE PARTICIPANTES DO PROJETO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA
E GERENCIAL DO SENAR, MUNICÍPIO DE PARAGOMINAS”, sejam usados para os
devidos fins de pesquisa e estou ciente que meus dados pessoais não serão divulgados.

Belém, _____ de __________________de 2018.


40

ANEXO C – GRÁFICOS DE MÃO DE OBRA, PATRIMÔNIO E INDICES


FINANCEIROS

Mão de obra temporária na atividade Número de funcionários fixos d/h na


pecuária

17%
Apenas 1
33%
De 2 a 4
De 5 a 7
67% Acima de 7
83%

Sim Não
Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018) Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018)

Número total de funcionários na Nível de escolaridade dos funcionários


propriedade

17% Analfabeto
Apenas 1
De 2 a 4 33% Ensino
Fundamental
De 5 a 7
Ensino Médio
Acima de 7 67%
83%
Ensino Superior

Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018) Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018)

Incentivo a cursos e treinamentos Frequência dos cursos e treinamentos

Mensal

Semestral
Sim
Não Anual

Depende da
100% 100%
disponibilidade

Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018) Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018)


41

Manutenção de benfeitorias Conhecimento de cálculo de depreciação

33%
Sim Sim
Não Não
67%

100%

Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018) Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018)

Conhecimento do quanto custa para Peso médio do animal terminado


produzir uma @

33% 480

Sim 481-540

Não 541-570
67% 570-610

100%

Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018) Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018)

Realização do cálculo da margem bruta

Sim
Não

100%

Fonte: MONTEIRO, J. L. F (2018)

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