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1 - DADOS CADASTRAIS
Órgão / Entidade Proponente CNPJ
SAF- Secretaria de Estado da Agricultura Familiar do Maranhão 21.681.460/0001-00
Endereço Comercial
Av. Luís Rei de França, Lote E 1- C, São Luis - MA S/N. Bairro: Turu
Endereço CEP:
R. Granja Barreto, S/N - Outeiro da Cruz, São Luís – MA, 65043-265
DESCRIÇÃO DO ATENDIMENTO
Título do Projeto/Evento Período de Execução
Início: Término:
Implantação de tecnologias avançadas na colheita de açaí. 12/07/2022 12/07/2023
Identificação do Objeto
Aquisição de colheitadeiras de açaí para agroextrativistas do Estado do Maranhão
PLANO DE TRABALHO
2- JUSTIFICATIVA DA PROPOSIÇÃO
Descrever, tecnicamente, a importância do Convênio com o MAPA para o fortalecimento das ações de Defesa Agropecuária, em nível regional
e nacional.
Um dos principais desafios para o desenvolvimento da Amazônia relaciona-se ao real envolvimento das populações
locais, especialmente do meio rural, nas decisões relacionadas a suas vidas – esta raramente tem voz e poder, especialmente
para decidir sobre o que afeta diretamente as suas próprias vidas. Estas populações devem ter seus direitos básicos atendidos,
o que inclui, minimamente, conhecer a legislação, as normas para o bom manejo e a segurança do trabalho, e de que maneira
podem participar de cadeias de valor (açaí)com maior voz; especialmente em relação a cadeias de valor do extrativismo vegetal
e animal (pesca principalmente) e da agricultura familiar.
Desde tempos imemoriais sobe-se na palmeira açaizeiro (Euterpe oleácea) para coletar cachos de frutos. O principal
equipamento para a subida na palmeira é um laço preparado com a própria folha jovem do açaizeiro – a peconha – ou com outro
material, como aniagem ou de sacos de fibras sintéticas. Para o alto da palmeira, o peconheiro leva um objeto cortante
(geralmente faca ou terçado (facão)) para retirar o cacho. Em sua descida, traz um ou mais cachos e o facão, na maior parte das
vezes, sem bainha, ou seja, com a lâmina exposta.
Esta é uma atividade que o ribeirinho, principalmente meninos, aprende desde jovem, como parte das tradições da
socialização ao trabalho relacionadas ao manejo de recursos naturais de seu ambiente florestal e aquático. Em todo o planeta, a
agricultura e o extrativismo tradicionais se reproduzem no aprendizado passado de geração a geração pela introdução dos mais
jovens nas múltiplas atividades da família e, no extrativismo do açaí isto não é diferente.
Numa atividade tradicional, o jovem, que é mais ágil, mais leve, ousado e mais corajoso, sobe rapidamente em uma ou
poucas árvores de açaí e colhe o necessário para o consumo diário da família. Entretanto, na última década, com o crescimento
exponencial da demanda pelo vinho (polpa) de açaí, a coleta passou a atender, não apenas o consumo da própria família ou
localidade, ou o limitado mercado regional, que consume o açaí fresco, in natura, para se transformar em uma cadeia de valor de
interesse global, envolvendo novos elos de cadeia de valor (industrias processadoras, atacadistas, varejistas e outros).
É patente o aumento exponencial do plantio de açaí, tanto em várzeas como em regiões secas (de terra firme) e esta
certamente irá superar em área e em produção o açaí de várzea. Observa-se no açaí plantado, em que as árvores são mantidas
mais baixas por um processo de manejo, uma necessidade bem menor de subir nas árvores para a coleta do cacho, tal qual
ocorre no extrativismo do açaí nativo em várzeas. Há, inclusive, formas de plantio que permitem certa mecanização na coleta e
uso de escadas, evitando-se subir na árvores. No entanto, o presente trabalho dedica-se a estudar o açaí das várzeas, manejado
por populações tradicionais.
Entretanto, o maior risco ainda reside na precariedade do trabalho relacionado ao açaí, tanto ao subir na palmeira como
no manejar o açaizal (corte de árvores mais velhas, derrubada de outras árvores etc.). Risco tanto de acidentes, como de lesões
e deformações permanentes em membros (por exemplo, arqueando pernas e pês). De qualquer maneira, o que efetivamente se
deve considerar é a exposição de dezenas de milhares de jovens (número que precisa ser melhor avaliado pelos órgãos
competentes), muitos sem idade para trabalhar, tanto homens, como mulheres, a uma atividade profissional que exige grande
esforço e é de alto risco.
Do ponto de vista econômico, esta externalidade social – o não reconhecimento dos riscos trabalhistas –, como outras
de caráter ambiental, ora não tratadas, não impacta na distribuição de renda da cadeia de valor. Esta insegurança para a saúde
do trabalhador não se reflete no preço do produto, ainda que seja conhecida pelos diferentes participantes da cadeia e ignorada
por aqueles que exercem maior poder na cadeia – processadores (batedores locais e industrias, de diferentes dimensões). Os
processadores – as industrias e os batedores apenas se preocupam com o paneiro (cesto) de fruto na porta de seu negócio, sem
buscar as verdadeiras condições de sua produção.
O projeto define diretrizes que visam melhorar a qualidade de vida nos quesitos social e humanitário trabalhista das
famílias agroextrativistas bem com a qualidade ambiental das localidades onde ocorrerão as ações. Tendo como objetivo
fornecer equipamentos que otimizem a retirada de açaí, garantindo aos agroextrativistas mais segurança em suas atividades
geradoras de trabalho e renda.
Na pecuária, considerada por muitos especialistas a mais perigosa atividade no meio rural, além de ser a atividade
que mais pessoas envolve, inexiste um programa de saúde e segurança do trabalho, o que resulta em diferentes riscos
físicos, biológicos, químicos e agronométricos. Diversos outros setores são considerados perigosos, como a extração de
madeira, a cultura da cana-de-açúcar quando não mecanizada, a do abacaxi e, a partir do relatório o Instituto Peabiru, em
parceria com a FUNDACENTRO iniciaram um processo de pesquisa para demonstrar que existe também precariedade do
trabalho voltado ao extrativismo do açaí.
No estado do Maranhão em torno de 85% da produção de frutos de açaí têm origem no extrativismo, enquanto apenas
15% restantes são provenientes de açaizais manejados e cultivados em terra firme. Naturalmente, a colheita de açaí é uma
operação onerosa, difícil e que inclui diversos riscos aos seus colheitadores, pois os estipes atingem facilmente de 10 a 15
metros de altura.
Com o emprego de colhetadeiras nos açaizais, os agroextrativistas terão um mecanismo que lhes permitirão ter uma
colheita segura, garantindo a qualidade do produto e mantendo bons níveis de sustentabilidade, uma vez que as plantas não
sofrerão estresses devido ao peso dos colheitadores. Alinhado a práticas de manejo de baixo impacto ambiental, garantirão
aos açaizais uma vida útil de produção constante, de forma totalmente sustentável.
PLANO DE TRABALHO
3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Nº da Meta Especificação Unidade QDTE Valor total Duração
1
Adquirir 240 unidades de colhetadeiras de açaí. UN
240 600.000,00 12/07/22 12/07/2023
Etapas Unid. Fornecimento Quantidade Valor Unitário Valor total Início Término
Abertura de processo liciatório para
aquisição de colhetadeiras de açaí.
600.000,00
Total Consolidado
PLANO DE TRABALHO
4. RELAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS POR META
Beneficiários
Meta Específicação dos Beneficiários
Diretos Indiretos Total
Famílias agroextrativistas 240 1.200 1.440
Natureza da
Meta Etapa Especificação Despesa* Unid. Quant. Valor Unitário Valor Total
33.90.
1.1 Adquirir colhetadeiras de açaí. 44.90.
Unid. 240 2.500,00 600.000,00
33.90.
1.2 44.90.
33.90.
1.3 44.90.
1
33.90.
1.4 44.90.
Total de Custeio
Total de Custeio
Valor do Repasse 587.977,60
Total de Custeio
(Especificar instalações, equipamentos, mão-de-obra especializada a ser utilizada na execução dos serviços)
Especificação Quantidade
RECURSOS HUMANOS
Agronomo 05
Administrativo 10
Técnico Agrícola 03
RECURSOS MATERIAS
Veículos 05
Data-show 01
GPS 03
Computador (Notebook) 10
Mesa de Escritório 05
Cadeira de Escritório 10
Armário de Escritório 03
7. CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO (R$ 1,00)
Concedente (Valor do Repasse)
Meta jan.-20 fev.-20 mar.-20 abr.-20 mai.-20 jun.-20 jul.-20 ago.-20 set.-2022 out.-20 nov.-20 dez.-20
1 ( -) ( - ) (587.977,60 - )
2 ( - )
3 ( - )
4 ( - )
5 ( - )
7 ( - )
Total ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - )
Convenente (contrapartida)
Meta jan.-20 fev.-20 mar.-20 abr.-20 mai.-20 jun.-20 jul.-20 ago.-20 set.-2022 out.-2022 nov.-20 dez.-20
1 ( -) ( - ) ( - ) 12.022,40
2 ( - )
3 ( - )
4 ( - )
5 ( - )
7 ( - )
Total ( -) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( - ) ( ) ( 12.022,40 - ) ( - ) ( - )
PLANO DE TRABALHO
8. LOCALIZAÇÃO DOS BENS
DECRIÇÃO DO BEM
( Tipo, marca, modelo, ano e outras LOCALIZAÇÃO Quantidade
características necessárias) Regional / Base de Serviço
ITEM DISCRIMINAÇÃO DA ATIVIDADE Período de Executor Regime Local de Duraç Unidade Quant. Público Quant. Unitário Total
execução Realização ão
Repasse 2021
Natureza da Despesa
Concedente Convenente Total Geral
Código Especificação
3.3.30.41 Custeio
4.4.30.42 Investimento 587.977,60 12.022,40
Total ( 587.977,60- ) ( 12.022,40- ) ( 600.000,00- )
13. DECLARAÇÃO
Na qualidade de representante legal do proponente, declaro, para fins de prova junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, para os efeitos e
sob as penas da lei, que inexiste qualquer débito em mora ou situação de inadimplência com o Tesouro Nacional ou qualquer órgão ou entidade da
Administração Pública Federal, que impeça a transferência de recursos oriundo de dotações consignadas nos orçamentos da União, na forma desse Plano de
Trabalho.
Pede deferimento.
Aprovado.
Brasília, de de 2022
Local e data