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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB

CENTRO DE CIÊNCIAS APLICADAS E EDUCAÇÃO - CCAE


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO - DED
CURSO DE PEDAGOGIA

FRANCILHA FLORÊNCIO DA SILVA


WELLINGTON PEDRO DA SILVA

SABERES E PRÁTICAS: O SUPERMERCADO NA SALA DE AULA COMO


FERRAMENTA INTERDISCIPLINAR

Mamanguape/PB
Maio, 2015
SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO...........................................................................................03

2. DIAGNÓSTICO...............................................................................................04

3. O ENSINO FUNDAMENTAL E SEUS APECTOS CONSTITUCIONAIS......11

3.1 OS ALUNOS E OS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO

ENSINO FUNDAMENTAL...........................................................16

3.2 A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO E SUA FORMAÇÃO NA

ATUALIDADE..............................................................................20

4. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO..................................................................27

5. JUSTIFICATIVA............................................................................................32

6. OBJETIVOS..................................................................................................35

7. CONTEÚDOS................................................................................................36

8. RECURSOS MATERIAIS..............................................................................37

9. PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES..........................................................38

10. AVALIAÇÃO................................................................................................54

11. REFERÊNCIAS............................................................................................57

12. ANEXOS......................................................................................................59

13. APÊNDICES................................................................................................60
1. APRESENTAÇÃO

O presente trabalho visa tem como um dos principais objetivos: observar o


processo de ensino aprendizagem utilizado na sala de aula pelo docente e discente,
bem como analisar o espaço e as circunstâncias que se encontram as escolas,
através do exercício da observação, da prática e da análise crítica do cotidiano
avaliando a práxis pedagógica da instituição assistida.
Sabendo que o estágio auxilia no fortalecimento da unicidade teoria e prática,
visto que aproxima o espaço acadêmico ao espaço profissional obtendo assim maior
conhecimento sobre a docência construímos de forma autêntica nossa identidade
profissional. Uma vez que o estágio de observação é significativamente um
instrumento de obtenção de conhecimento escolar e de conexão mesmo que
indiretamente do acadêmico a realidade das escolas.
Deste modo, o estágio é um artifício que auxilia na formação docente,
assinalando estudo reflexivo, visando à incorporação do acadêmico a visão de futuro
profissional da educação. Revendo os pontos positivos e negativos encontrados no
ambiente educativo, a fim de obter entrosamento, entendimento e análise de que a
educação deve se aplicar em tempo futuro enquanto profissional da área.
Nessa linha de pensamento, o estágio é indispensável para a nossa formação
acadêmica e futuro pedagogo, já que o mesmo comporta imprescindível visão futura
das ações que deve ser seguidas, ou não, no espaço escolar, ampliando o
entendimento sobre o trabalho pedagógico, através da observação, tornando a
nossa formação eficaz e propícia permitindo a criticidade e a construção identitária.
Neste sentido, ressaltamos as mais diversas e diferentes formas de atividades
pedagógicas encontradas durante o diagnóstico que nos aproximou da realidade
vivida diariamente, no qual podemos obter o aprendizado e a reflexão, fazendo com
que fosse desenvolvido o raciocínio lógico das disposições conhecidas e a sua
inserção enquanto discente produzindo instrumentos de análise em busca de ações
benéficas futuramente a fim de melhorias na educação.
O estágio descrito neste projeto de trabalho será realizado nas dependências
escolares da Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental de Pedra Furada,
localizada na cidade de Curral de Cima / PB.
2. DIAGNÓSTICO

A Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental de Pedra Furada está


situada no Sítio Pedra Furada, zona rural do município de Curral de Cima – PB, na
qual possui cerca de 75 alunos matriculados e distribuídos nos anos iniciais do
Ensino Fundamental, bem como na Educação de Jovens e Adultos e na Educação
Infantil.
A escola foi fundada em 05 de maio de 1998, na administração do prefeito
Manoel Lourenço Fernandes e reformada em 15 de novembro de 2014 na
administração do prefeito Nadir Fernandes de Farias, através dos recursos do
FNDE, Escola Ideal, e a Prefeitura Municipal de Curral de Cima. A escola possui
esse nome pela localidade em que se encontra. A localização da escola apesar de
ser do campo não interfere no seu funcionamento.
Os problemas sociais existentes interferem no funcionamento da escola. A
infraestrutura é uma das principais carências das escolas. As principais
potencialidades da escola são dedicação dos professores e a satisfação profissional.
A escola sempre que necessário realiza reuniões com os pais, geralmente são
realizadas no início do ano letivo, trimestralmente ou semestralmente.
A relação escola e comunidade é consideravelmente adequada. Não funciona
o Conselho de pais e mestres, porém, quando solicitados, os pais ajudam de alguma
forma na escola. Quando necessária à comunidade faz uso das dependências da
escola.
A estrutura física da escola é regular, em termos de conservação do prédio
escolar, porém algo que consideramos um fator negativo para a inclusão de todos, é
a falta de adaptação para o acesso de alunos com necessidades especiais.
A respectiva escola não dispõe de rampas suficientes para a acessibilidade de
alunos que apresentem alguma deficiência, pois há muitos degraus, estes, são
encontrados na entrada para as salas de aula, diretoria e banheiros, dificultando o
acesso de crianças com necessidades especiais. Ressaltamos que há apenas uma
rampa na entrada da escola o que não garante a inclusão escolar em sua totalidade.
Alguns dos educandos frequentam o programa Mais Educação, outros auxiliam
os pais em pequenas tarefas, há aqueles que são submetidos ao trabalho infantil e
existem alguns que vivem “soltos” por descaso dos pais.
A gestora nos informou que alguns alunos estudam visando obter um futuro
melhor, diferente da realidade que atualmente vivem; outros apenas para agradar os
pais ou devido à exigência dos mesmos.
Para aqueles que visam um futuro mais confortável, muitas vezes surgem
obstáculos como: trabalho infantil, cansaço físico; interrompendo os sonhos. No
entanto, existem ainda os que ultrapassam essas barreiras.
A instituição dispõe dos seguintes recursos e equipamentos de uso didático
pedagógico:
 Televisão;
 Aparelho de vídeo;
 Equipamentos de som portátil;
 Computadores;
 Copiadora;
 Jogos educativos;
 Brinquedos
 Livros de Literatura e Paradidáticos;
 Material dourado
Os recursos financeiros para a escola são obtidos através dos Programas: PAA
(Programa de Aquisição de Alimentos), PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola),
PDE (Plano de Desenvolvimento da Escola), dentre outros.
O ambiente onde a merenda escolar é preparada pelas cozinheiras, é bastante
conservado e muito higienizado. Verificamos que durante o preparo dos alimentos,
as funcionárias costumam utilizar de acessórios e roupas adequadas, evitando a
contaminação. Os alimentos são estocados em um espaço arejado numa sala
dentro da cantina, onde a comida é feita pelos funcionários. O cardápio é composto
por comidas nutritivas e saudáveis, com o acompanhamento de uma Nutricionista,
que periodicamente orienta as merendeiras quanto ao alojamento e preparo das
comidas.
O cardápio escolar é elaborado pela Nutricionista de acordo com as
necessidades nutritivas dos alunos e o período de safra dos alimentos, visto que a
instituição utiliza o programa PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), onde os
agricultores do município comercializam seus produtos com a escola.
Semanalmente são oferecidos aos alunos: macaxeira, sucos, bolos, cuscuz com
ovos, feijão com arroz, achocolatado, biscoitos doces e salgados, macarronada,
sopa, dentre outros.
A estrutura física é composta por uma cozinha, dois sanitários, um pátio
interno, onde as crianças podem brincar e podem fazer suas refeições, pois não há
refeitório. As crianças fazem suas refeições no pátio em pé ou sentadas nas
calçadas. Quanto às atividades físicas, estas são realizadas apenas na sala de aula
ou no pátio, pois não existe nenhuma quadra para a realização de exercícios físicos.
A escola apresenta um espaço muito limitado. Verificamos a ausência de
ambiente para os professores, secretaria, salas para reuniões, como também não há
nenhum serviço assistencial, há apenas uma diretoria na qual é utilizada para todos
os fins docentes e pedagógicos.
Os projetos desenvolvidos na instituição correspondem apenas às datas
comemorativas presentes no calendário letivo: festa das mães, festas juninas com
comidas típicas, quadrilhas; o folclore, entretanto, ocorre à participação frequente da
comunidade nas atividades.
A educadora durante a observação adotava como metodologias aulas
explicativas e expositivas, através de leitura de imagens, o uso de material dourado,
seguidas de atividades escritas a fim de reconhecer a importância das atitudes, do
respeito e da solidariedade no processo de ensino e aprendizagem. Em uma
conversa informal realizada com a professora da turma que será realizado o estágio
supervisionado, a mesma relata que diariamente procura relacionar os conteúdos
com atitudes de respeito e solidariedade, uma vez que não há um respeito mútuo
para com os colegas na sala de aula.
O processo avaliativo procede de forma contínua através da participação e a
interação nos exercícios orais e escritos por meio de atividades diárias lúdicas que
visem avaliar a coletividade, a sociabilidade e o comportamento, valorizando a
cultura e a realidade de cada indivíduo. Diariamente são utilizados como recursos
didáticos nas aulas, o mimeógrafo, como também atividades xerocopiadas, o
aparelho de televisão e o notebook, como também lápis de cor, gravuras, jogos
pedagógicos, dentre outros.
A escola funciona apenas nos períodos matutino e vespertino, na qual os
alunos estão distribuídos da seguinte forma:
Fonte: Secretaria de Educação

Fonte: Secretaria de Educação


Fonte: Secretaria de Educação
Os professores da respectiva instituição possuem Graduação em Pedagogia.
Alguns possuem pós-graduação em áreas afins. Ambos apresentam uma idade
média que varia entre 29 e 50 anos, 100% dos educadores são do sexo feminino e o
tempo de atuação na função varia entre 04 e 20 anos de serviço prestado.
Os cursos de formação continuada que os professores participam atualmente
são: Cursos de informática com duração de 06 meses a dois anos de duração,
SISPACTO, um programa nacional pela alfabetização na idade certa, no qual atribui
uma maior assistência aos professores para que os mesmos possam utilizar na sala
de aula metodologias e recursos didáticos mais criativos e lúdicos, incentivando as
crianças a conhecer e a ler livros de literatura. O período do respectivo curso tem
duração de dois anos.
Professor Ingresso Graduação Especialização Mestrado Doutorado Total
Ed. Concurso X X - - 01
Infantil
1º ano Contrato - - - - 01
2º ano Concurso X X - - 01
3º ano Concurso X X - - 01
4º ano Concurso X X - - 01
5º ano Concurso X X - - 01

Fonte: Secretaria de Educação


Durante os dias de observação verificamos que algumas crianças chegam
acompanhadas dos seus respectivos pais, entram na sala de aula e começam a
interagir com os seus colegas de turma. Quando a professora chega, a princípio, ela
começa a atender os pais dos alunos que em todos os dias de observação vinham
se informar com a docente como está procedendo à aprendizagem dos seus filhos.
Bom tempo depois, à aula inicia. Diariamente a professora introduz a aula com
cantigas animadas e divertidas. Logo depois a professora começa a corrigir as
tarefas de casa. O barulho e a movimentação na sala de aula se iniciam ocasionado
pelos alunos. Até mesmo pela idade, ambos não conseguem se controlar muito
tempo sentados.
A professora durante o período de observação fazia o uso contínuo de tarefas
xerocopiadas que sempre estavam prontas antes do início das aulas, trazem
diferentes atividades de classe para as crianças, pois, ambos os alunos não estão
em um mesmo ritmo de aprendizagem, atividades de recorte e cole, dentre outras.
O corpo de funcionários da respectiva unidade escolar está distribuído da
seguinte forma:

FUNCIONÁRIOS INGRESSO ESCOLARIDADE TOTAL

Direção Indicação Superior completo 01

Limpeza Concurso Nível Médio 02

Cozinha Concurso Nível Fundamental 02

Vigilância Concurso Nível médio 01


Fonte: Secretaria de Educação

A escola não dispõe de vice-diretor, apenas de uma gestora com o nome de


Elizabeth Ferreira da Silva, que nos recebeu com toda a atenção e nos possibilitou
uma imensa satisfação, com seu profissionalismo. Reiterou-nos sobre os
acontecimentos da escola. Ao perguntarmos pelo coordenador, a mesma nos
esclareceu que há uma Coordenadora Pedagógica, Gerlane Pereira, que coordena
não apenas a escola em que iremos estagiar, mas quatro escolas do município, de
acordo com os relatos da gestora, a instituição não possui secretários, bem como
supervisor e Psicólogo como também Assistente Social.
A instituição escolar não possui Projeto Político Pedagógico, há apenas um
rascunho do mesmo. A gestora disponibilizou o rascunho, no qual se contempla nas
principais discussões sobre o Ensino Fundamental a busca por alternativas diante
da realidade escolar e a superação dos problemas em um período de curto e longo
prazo.

3. O ENSINO FUNDAMENTAL E SEUS ASPECTOS CONSTITUCIONAIS


O Ensino Fundamental é, precisamente, a segunda etapa da Educação
básica, regulamentada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 9.394 de 20
de Dezembro de 1996, que determina que no currículo escolar do Ensino
Fundamental sejam contemplados, o ensino da Língua Portuguesa, da Matemática,
conhecimento da natureza, do mundo físico, da sociedade, da política, da história e
da cultural, contemplando os diferentes conhecimentos para que as crianças
construam noções básicas para a vida na sociedade, enfatizando a formação
humana.
Essa etapa de ensino estava regulamentada de acordo com a Lei n° 9. 394/96
em oito anos de duração, após muitos debates e conferências sobre a melhoria da
qualidade da Educação no Brasil, foi implantada no Ensino Fundamental a
ampliação de oito para nove anos de duração, regulamentada pela Lei n° 11. 114,
de 16 de maio de 2005, e com a Lei n° 11. 274, de 24 de fevereiro de 2006,
tornando obrigatória a matrícula das crianças com seis anos de idade, com o intuito
de assegurar a permanência das crianças principalmente das classes populares no
ambiente educacional.
Nessa etapa de ensino é obrigatória a matrícula de todas as crianças com 6
anos de idade no Ensino Fundamental, com a finalidade de possibilitar que todas as
crianças tenham acesso e permanência na escola, especialmente aquelas que não
encontravam vagas nas escolas públicas e não podiam ter acesso a uma escola
privada e um ensino apropriado a sua faixa etária e o seu desenvolvimento cognitivo
e intelectual.
Nesse sentido, todo o interesse com essa ampliação é a inserção e
permanência da criança no mundo letrado, a fim de garantir uma formação integral
da criança, bem como a participação eficaz no desenvolvimento de produção de
novos conhecimentos.
Essa ampliação está diretamente ligada à alfabetização, a maior interação
com outras crianças da mesma idade e a ampliação das possibilidades de
aprendizagens. Entretanto, essa antecipação do acesso da criança ao Ensino
Fundamental acaba exigindo uma nova estrutura curricular, uma nova organização
dos espaços escolares, dos conteúdos, do perfil do professor, entre outros.
De acordo com Ministério da Educação e Cultura MEC (2006) a ampliação do
Ensino Fundamental de nove anos apresenta desafios, primeiramente exige uma
reorganização da estrutura do ensino, a adequação dos espaços físicos da escola,
dos profissionais, da quantidade de salas de aula, de materiais e das práticas
pedagógicas.
É evidente que o currículo carece de uma nova estrutura, uma nova
abordagem do ensino, a fim de que as crianças tenham maior êxito no seu
desenvolvimento. A escola tem o dever de proporcionar um lugar que favoreça a
aprendizagem, nesse sentido, faz-se necessária a reorganização da estrutura do
Ensino Fundamental contemplando todo conhecimento necessário à criança,
especialmente as economicamente desfavorecidas.
As crianças pertencentes às classes minoritárias são carentes de cultura de
letramento, sendo necessária a inserção imediata dessas crianças ao mundo
letrado, a fim de suprir as necessidades e garantir o desenvolvimento de habilidades
cognitivas, habilidades de leitura e escrita, consciência fonológica, aquisição do
sistema da escrita, entre outros.
A ampliação aponta a melhoria no ensino e na aprendizagem, por oferecer
maior vivência no âmbito escolar, mais tempo para a realização de atividades
pedagógicas, tempo este, dedicado à alfabetização das crianças, que por sua vez,
deve ser levado em conta os aspectos psicológicos e afetivos. Nesse sentido,
ressaltamos o trabalho pedagógico voltado para a realização de brincadeiras e
jogos, pois elas conhecem o mundo através da ludicidade.
Ressaltamos a importância da relação entre os currículos da Educação
Infantil e dos primeiros anos do Ensino Fundamental, pois as crianças devem
continuar aprendendo através de brincadeiras, a partir do momento em que a
criança inicia a segunda etapa da Educação Básica, ou seja, o Ensino Fundamental
há uma brusca ruptura entre as práticas pedagógicas anteriores e as práticas
seguintes, ocasionando um enorme desconforto por parte dos alunos.
Nessa linha de pensamento, devemos fazer com que os dois sistemas
trabalhem em conjunto, complementando-se, uma vez que (...) “o papel da
Educação Infantil é preparar a criança para que esteja pronta a atender os requisitos
exigidos pelo ensino fundamental.” (CAMPOS, 2011, p. 14).
Portanto, para que de fato essa inter-relação aconteça efetivamente,
enfatizamos a presença dos pais nas escolas, o diálogo, a troca de ideias e
experiências com professores dessas duas etapas de ensino, e o trabalho conjunto
de toda a comunidade escolar, favorecendo a aprendizagem.
Os primeiros anos de escolaridade oferecem articulações e diferentes
conhecimentos e principalmente o desenvolvimento da linguagem escrita, desse
modo requer novas propostas de atividades e novas estratégias metodológicas
adequadas para a interação da criança com o mundo letrado e com outras crianças
da mesma idade, a fim de desenvolver capacidade de criar e recriar situações na
sociedade.
O processo de aprendizagem da escrita precisa de tempo, trabalho
pedagógico instigante e articulações entre diferentes saberes para que os alunos
aprendam significativamente e construam sua identidade própria.
Espera-se que as crianças do primeiro ciclo consigam diferenciar símbolos, se
comunicar com os colegas, participar de atividades em grupo, e ser alfabetizada
nessa faixa etária, sendo o segundo ciclo voltado especialmente a sistematização do
conhecimento, ampliando assim, as possibilidades de aprendizagem, principalmente
das crianças das classes populares, pois as crianças que frequentam ambientes
letrados possuem maior facilidade em aprender e sentem maior interesse pelo
mundo da leitura e da escrita.
O ciclo de sistematização é uma dimensão prática da política educativa voltada
para a produção de saberes a partir das experiências sociais vivenciadas,
focalizando a construção e a interpretação da realidade, a fim de que o aluno
compreenda as diversidades existentes na sociedade.
A sistematização tem o objetivo de assegurar a fixação dos conteúdos, sendo a
alfabetização o alicerce, ou seja, a base sólida do aprender a conhecer, e a
sistematização a construção constante de conhecimento, de reflexão para a
transformação da realidade.
Nesse sentido, o 4° e o 5° ano possibilita a formação individual e coletiva,
permite a apropriação das suas experiências, construção de saberes e compreensão
do mundo real. Sendo o ciclo de sistematização um processo de investigação,
interpretação e reflexão para a transformação da realidade.
O primeiro ciclo do Ensino Fundamental é dedicado essencialmente, a
alfabetização dos alunos. Espera-se que nesse ciclo eles adquiram habilidades
como ler e escrever, codificar e decodificar símbolos e, dessa forma, estejam aptos
para o segundo ciclo, o ciclo de sistematização. Porém, a realidade nos mostra os
desafios que a Educação brasileira apresenta em alfabetizar as crianças nesse
período.
Dessa forma, com esses empecilhos, as crianças acabam, não sendo
alfabetizadas no tempo certo, dificultando a aprendizagem, deixando a alfabetização
para o segundo ciclo, distorcendo totalmente as orientações da proposta do 4° e 5°
ano de escolaridade. Nesse contexto, cabe ao professor adotar práticas que
facilitem a aprendizagem dos alunos e o desenvolvimento gradual do aluno.
De acordo com as propostas estabelecidas para o primeiro ciclo é que as
crianças sejam alfabetizadas até os oito anos de idade, exigindo da escola medidas
diferenciadas de acesso a diversas atividades que favoreçam a alfabetização e o
letramento, a interação com o mundo físico e a formação identitária.
Nesse sentido, faz-se necessário, o uso de atividades que respeitem o nível de
aprendizagem de cada criança, atividades, estas, que despertem o interesse em
aprender, para que ao ingressar no segundo ciclo estejam aptas para as exigências
dessa etapa. Nessa perspectiva, o professor tem papel principal, na mediação do
conhecimento e no desenvolvimento de práticas pedagógicas eficazes para a
promoção da Educação Básica, nos primeiros anos do Ensino Fundamental.
As propostas de ensino são estruturadas de acordo com o nível de
aprendizagem dos alunos, dessa forma, faz-se necessário o compromisso com a
dimensão curricular e pedagógica, a fim de promover o processo de ensino e
aprendizagem de forma autêntica, eficaz e emancipatória, fazendo as intervenções
necessárias, adequando às exigências curriculares ao perfil do aluno.
A efetivação do trabalho docente é um fator importantíssimo no processo de
aprendizagem, pois, na medida em que o professor incorpora em suas atividades
diárias, práticas de incentivo e de promoção da aprendizagem, retorna como
condições de desenvolvimento do aluno.
Portanto, quando a prática não é eficaz, acaba deixando brechas gigantescas,
adiando e perpetuando a insegurança do aluno e o sentimento negativo da
aprendizagem, resultando no fracasso escolar.
Em linhas gerais, o ciclo de sistematização permite a construção sucessiva do
aprendizado, sendo fonte de sustentação para aquisição de novos aprendizados e
dessa forma, os alunos devem está aptos para compreender o universo natural,
social, político, cultural, tecnológico, histórico e artístico da sociedade, os valores, as
regras, os costumes, a fim de que possam refletir sobre a atual organização social e
possam criar estratégias para as mudanças que se fazem necessária no contexto
social.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001) os alunos matriculados
no Ensino Fundamental precisam compreender o universo em que vivem, adquirir
capacidades diversificadas que atendam a perspectiva formativa.
A criança deve desenvolver capacidades essenciais para a vida coletiva,
conhecer os seus direitos e deveres dentro de uma sociedade, desenvolver a
solidariedade e o respeito mútuo, a fim de conviver socialmente, estabelecendo a
interação com as pessoas. Conhecer o perfil de cada sujeito social, seu
comportamento, suas ideias, sua maneira de agir e pensar.
Nesse sentido, o professor deve possibilitar que o aluno desenvolva a inter-
relação, compreendendo cada opinião, na qual possa analisar cada ponto de vista,
ter capacidade de ouvir o outro, refletir sobre a situação e expor sua opinião própria.
O aluno deve ser capaz de refletir sobre os fatos do cotidiano e expor seu
ponto de vista, desenvolvendo assim, a autonomia, tendo opinião própria sobre os
acontecimentos da sociedade, sendo capaz de dialogar, expor seu pensamento com
criticidade e saber conviver com os indivíduos da sociedade tomando decisões
coletivamente.
Os alunos devem conhecer a sociedade em que convive, o país em que
habita, seus aspectos sociais, históricos, culturais, políticos, econômicos e materiais.
Conhecer a pátria em que está inserido, e formar sua identidade territorial, aceitando
a pluralidade existente no país, conhecer a cultura de outras nações e respeitar as
diversidades culturais existente em cada país.
É essencial que o aluno conheça as diferenças culturais existentes no país e
as respeite, tenha senso de justiça e lute contra toda forma de preconceito que
possa existir, sendo um indivíduo atuante na sociedade, buscando sempre o melhor
para a sociedade, buscando transformá-la, com ética e cidadania.
O aluno, antes de tudo, precisa ter segurança em si, conhecer seu interior,
seus desejos, ter habilidades e capacidades afetivas, cognitiva, física, entre outros
elementos básicos para a sua formação identitária e cuidado com o seu corpo e sua
mente.
O Ensino Fundamental exige o uso de diferentes linguagens para que o aluno
possa expressar suas ideias, sejam capazes de interpretar, saber utilizar os recursos
disponíveis em busca de novos saberes, sendo um indivíduo autêntico,
questionando os fatos da realidade, sendo criativo e buscando melhorias para a
sociedade em que convive.
Nesse sentido, para que aconteça, de fato, o desenvolvimento dessas
capacidades, é necessário que a escola apresente um trabalho eficaz, centralizado
no desenvolvimento e formação identitária da criança como um ser autêntico,
criativo, e autônomo. Sendo, o professor mediador do conhecimento, que deve
oferecer condições de aprendizagens e desenvolvimento de capacidades, através
de novas práticas educativas. Os alunos precisam entender o porquê e o para que
de cada conteúdo e atividade para que os mesmos tenham argumentos suficientes
para construir sua identidade.

3.1 OS ALUNOS E OS PROCESSOS DE ENSINO E APRENDIZAGEM NO


ENSINO FUNDAMENTAL

As crianças antes de adentrar aos espaços escolares já trazem uma bagagem


significativa de conhecimentos obtida através dos espaços sociais (família, igreja,
rua, região, etc), trazendo o histórico da sua cultura, dos costumes e crenças, dos
comportamentos presenciados e assumidos historicamente.
Quando a criança é inserida no contexto escolar, sua experiência de vida
influencia muito no seu modo de aprender, sendo assim, a experiência, fator
estruturante na aquisição do saber. Tudo que é ensinado deve ser associado à
experiência do aluno, a fim de que, este, compreenda o conhecimento formal e
sistematizado.
Dessa forma, Kramer (2000, p.16) enfatiza que “as crianças produzem cultura e
são produzidas na cultura em que se inserem (em seu espaço) e que lhes é
contemporânea (de seu tempo)”. Assim, o que o aluno já sabe, deve ser levado em
conta para que a aprendizagem seja progressiva e seja garantido o desenvolvimento
cognitivo. Sendo a experiência de vida, o alicerce para os demais saberes. De
acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001):

A escola, na perspectiva de construções de cidadania, precisa assumir a


valorização da cultura de sua própria comunidade e, ao, mesmo tempo,
buscar ultrapassar seus limites, proporcionando às crianças pertencentes
aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz respeito
aos conhecimentos socialmente relevantes da cultura brasileira no âmbito
nacional e regional como que faz parte do patrimônio universal da
humanidade. (BRASIL, 2001, p. 46, V. 1).
Nessa linha de pensamento, podemos afirmar que a criança possui uma cultura
de hábitos, valores, costumes e crenças de uma determinada região, e ao frequentar
o espaço formalizado, a criança necessita de uma valorização dessa cultura,
considerando a sua particularidade, atendendo assim, as exigências da diversidade
cultural.
É interessante ressaltar que sejam trabalhados diferentes saberes, a fim de
que todos que fazem parte da cultura brasileira tenham acesso ao conhecimento,
que não se restrinja ao conhecer, mas que se tornem saberes significativos,
construtivos e progressivos.
O conhecimento formalizado, hierarquizado amplia a visão de mundo do aluno,
e possibilita um processo de construção e reconstrução do conhecimento, o que os
torna capaz de produzir novos conhecimentos e oferece condições ideais para a sua
formação identitária.
Sabendo que “1a criança não é uma tábua rasa”, que traz consigo muitas
informações, cabe ao professor trabalhar o conhecimento formal associando ao que
o aluno já sabe, para que a aprendizagem seja de fato, progressiva.
Para que o conhecimento seja efetivo, é necessário que haja questionamentos
e contradições de crenças enraizadas. Pois, é através desse processo de
levantamentos de ideias, hipóteses, situações-problema e contradição do conhecido,
que é despertado a curiosidade tornando a aprendizagem significativamente efetiva.
Uma vez que, como afirma Kramer (2000):
As crianças não formam uma comunidade isolada; elas são parte do grupo
e suas brincadeiras expressam esse pertencimento. Elas não são filhotes,
mas sujeitos sociais; nascem no interior de uma classe, de uma etnia, de
um grupo social. Os costumes, valores, hábitos, as práticas sociais, as
experiências interferem em suas ações e nos significados que atribuem às
pessoas, às coisas e às relações. (KRAMER, 2000, p. 17).

É nesse sentido que a escola deve trabalhar, nessa perspectiva de acolher a


diversidade cultural, histórica, política, de valores e crenças, sendo a instituição,
agente principal para a construção de saberes e desconstrução de preconceitos
enraizados, visto que a cultura influencia no modo de vida e de relações das
pessoas.

1
Termo utilizado pelo filósofo Aristóteles, onde o mesmo afirma que o ser humano ao nascer não apresentava
conhecimento algum.
Desse modo, [...] “os professores ocupam uma posição estratégica no interior
das relações complexas que unem as sociedades contemporâneas aos saberes que
elas produzem e mobilizam com diversos fins.” (TARDIF, 2012, p. 33).
Cada criança possui uma cultura diferente, uma forma diferente de se
relacionar com as pessoas, uma forma diferente de aprender, exigindo uma prática
pedagógica diversificada, incluindo atividades que permitam exploração e recursos
didáticos diferenciados que despertem o desejo em aprender. Pois, a criança
conhece o mundo através das coisas reais, através da exploração do objeto, a
exploração das coisas ao seu redor.
É preciso propor atividades escolares e extraescolares embasadas na vida
cultural do aluno, para que, o mesmo sinta vontade em aprender, apresente
situações do seu mundo, da sua vida cotidiana, fazendo recortes da vida do aluno,
da família e da sociedade.
O desenvolvimento do aluno depende da intervenção pedagógica, mas
principalmente da autonomia da criança, do desejo de aprender, pois a criança é
agente do seu próprio conhecimento e este processo dar-se através de práticas
pedagógicas que o incentive que despertem o desejo, a ânsia de aprender, de
conhecer e de construir saberes.
É preciso que o aluno sinta confiança no professor, para que os dois tenham
uma boa relação, a fim de estreitar laços afetivos, muito presente na vida das
crianças, o respeito às diferenças, e o incentivo a solidariedade.
O professor deve propor atividades e metas a serem alcançadas, ter bom
planejamento para facilitar a aprendizagem do aluno, pois a cognição do aluno
influencia muito na sua aquisição do saber, no seu desenvolvimento. Destacamos a
importância de trabalhar a inter-relação com as crianças a fim de que percebam o
outro, as opiniões dos colegas e possam fazer uma aprendizagem progressiva. De
acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001):
[...] a disponibilidade cognitiva e emocional dos alunos para a aprendizagem
é fator essencial para que haja uma interação cooperativa, sem depreciação
do colega por sua eventual falta de informação ou incompreensão. Aprender
a conviver em grupo supõe um domínio progressivo de procedimentos,
valores, normas e atitudes. (BRASIL, 2001, p. 98, V. 1).

A relação aluno-professor e professor-aluno, também, influenciam muito no


ensino e principalmente na aprendizagem das crianças, o professor precisa ter o
domínio do conhecimento e também conhecer o nível de desenvolvimento do aluno
para que a aprendizagem seja promovida.
Nessa perspectiva, o professor é mediador do conhecimento formal e o aluno o
indivíduo que compreende o conhecimento, associa a outro conhecimento e, assim
poderá, futuramente, construir saberes. Dessa forma, [...] um professor é, antes de
tudo, alguém que sabe alguma coisa e cuja função consiste em transmitir esse
saber a outros. (TARDIF, 2012, p. 31).
As crianças desde cedo aprendem com experiências, a partir da interação que
tem com seus semelhantes e o meio em que vive. O cotidiano escolar tem como
papel, criar espaços e oportunidades para que as crianças se desenvolvam através
de atividades lúdicas, tanto em sala de aula como fora dela, fazendo com que os
conhecimentos sejam assimilados de maneira prazerosa, possibilitando que as
crianças se desenvolvam como um todo.
Partindo desse pressuposto, a escola deve ser um espaço estimulante,
educativo, seguro, afetivo, com professores realmente preparados para acompanhar
a criança nesse processo intenso e cotidiano de descobertas e de crescimento.
Precisa propiciar a possibilidade de uma base sólida que influenciará todo o
desenvolvimento futuro da criança.
Ao longo dos anos que perfazem esta etapa da vida escolar, os alunos
constroem conhecimentos a partir de diferentes estratégias de aprendizagem,
respeitando os limites e as possibilidades cognitivas, motoras e sócias afetivas que a
faixa etária lhes permite.
É fundamental que a prática pedagógica durante o 2º ciclo seja organizada de
maneira que proporcione as crianças condições para que desenvolvam sua
autoestima, estabeleçam e ampliem suas relações sociais, respeitando as
diferenças do outro, desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração.
Sendo assim, vemos a necessidade da utilização de diversos procedimentos
didáticos, onde a troca de informações e a experimentação são fundamentais, ou
seja, os alunos aprendam a fazer na prática.
Em linhas gerais, o profissional docente deve conciliar o objetivo pedagógico
com os desejos do aluno. Para isso, é necessário encontrar equilíbrio sempre móvel
entre o cumprimento de suas funções pedagógicas e contribuir para o
desenvolvimento da subjetividade, para a construção do ser humano autônomo e
criativo.
3.2 A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO E A SUA FORMAÇÃO NA ATUALIDADE

Em meio às transformações, com tantas informações é evidenciada a


necessidade da formação dos professores para atuarem de forma diferenciada a fim
de superar as desigualdades escolares. Nessa linha de pensamento, o mais
necessário é repensar a formação inicial e contínua dos professores a partir das
práticas pedagógicas e docentes, atuando e investigando a realidade dos alunos
através das experiências escolares.
Deste modo, a construção da identidade do professor dar-se-á através da
necessidade de se verem como futuros professores no trabalho coletivo nas escolas,
enfrentando os desafios escolares. Formar o professor com suas habilitações, para
que este humanize a fim de lhes fazer jus às atitudes e a construção dos seus
saberes-fazeres através do cotidiano escolar que é imposto à vida docente, fazendo
sua própria síntese reflexiva do seu desempenho como professor, e, dessa forma
construindo sua identidade profissional.
A identidade docente é mutável, mas isso não quer dizer que seja fajuta, ela se
constrói de acordo com a realidade e se transforma a partir delas. É na criticidade,
na revisão social da profissão, nas práticas pedagógicas e experiências escolares e
extraescolares que se constitui a identidade docente. De acordo com Vasconcellos
(2003):
É preciso que o futuro profissional docente tome conhecimento sobre seu
papel na sociedade, é preciso que o mesmo tenha saberes pedagógicos
enraizados e avalie a cada dia a sua prática, frente a essa afirmação o
estágio de observação dá uma visão das práticas dos desafios pedagógicos
e do que seja um professor. (VASCONCELLOS, 2003, p. 87).

O conhecimento na vida docente do pedagogo expõe muito mais do que


informações, mais ampliação de saberes a fim de contextualizá-los, investigá-lo e
dessa maneira produzir novos conhecimentos. Em meio a tantas informações, a
mídia requer a figura do professor para atuar como mediador entre a sociedade
informacional e os alunos, possibilitando o seu desenvolvimento humanístico. Neste
sentido, educar é humanizar, a fim de civilizar os indivíduos e para que isto ocorra é
necessária à preparação cientifica, técnica e social, através dos processos sociais,
sistemáticos e intencionais e dessa forma possibilitando os alunos construir a
cidadania.
Conhecer a realidade escolar implica realizar observações e pesquisas,
olhando de perto todo o contexto e as práticas. É um passo para a construção da
identidade do professor.
A formação inicial e contínua do professor implica em um confronto com as
experiências e práticas do cotidiano escolar, dessa forma trocam-se experiências e
assim vão constituindo os seus saberes, é na reflexão da ação, na reflexão sobre a
ação e da reflexão sobre a reflexão na ação que se constitui o profissional
autônomo, um processo de auto formação a partir de suas práticas.
Preparar o professor que assuma uma atitude reflexiva em relação ao ensino e
as condições sociais é de extrema importância, onde os mesmos possam ser
capazes de educar conscientemente praticando o discurso da liberdade e da
democracia, onde possam atuar de modo reflexivo na sociedade globalizada, com
suas constantes transformações.
Consideramos que os processos de atuação e formação dos professores
possam vir a colaborar com a valorização da docência e superar o contexto escolar,
através das práticas e das reflexões sobre as mesmas, dessa forma atuando com
autonomia e construindo a sua identidade profissional e consolidando novos
saberes.
A partir da experiência, o professor toma direção própria, autonomia didática a
fim de enfrentar os desafios do processo de ensino-aprendizagem. O espaço da sala
de aula de certa forma impõe o professor a atuar de forma imediata o que muitas
vezes acaba sendo desvantajoso e resulta na desvalorização docente, é nesse
sentido que deve ser buscado a formação contínua e a formação de novos
professores, ajudando o professor a lidar com o cotidiano escolar com os desafios a
serem superados. Dessa forma Pimenta; Lima (2004) afirma que:
O estágio abre possibilidade para os professores orientadores proporem a
mobilização de pesquisas para ampliar a compreensão das situações
vivenciadas e observadas nas escolas, nos sistemas de ensino e nas
demais situações ou estimularem, a partir dessa vivência, a elaboração de
projetos de pesquisa a ser desenvolvido concomitantemente ou após o
período de estágio. (PIMENTA; LIMA, 2004, p.51).

Para exercer sua autonomia é preciso que o professor seja sujeito do seu
próprio trabalho. No contexto da sociedade capitalista, o trabalho docente implica
uma análise crítica da própria docência. Deve ser compreendido no contexto da
organização escolar, elaborando seu próprio conceito. O trabalho docente
desenvolve-se, transforma-se de acordo com as diferentes situações sociais
incluindo o saber pedagógico, a qualificação docente e a práxis.
É no exercício da docência que o professor constrói e participa do processo
educacional na sociedade, buscando na sua identidade a diferença entre os demais
trabalhos. Estabelecendo elementos específicos e complexos, onde há uma
necessidade de um profissional qualificado para o exercício da função. As divisões
de tarefas põe muitas vezes o trabalho docente ao contexto limitado de seu poder
nas decisões e autonomia por está voltado apenas para determinada função.
Os sentimentos decorrentes da mudança são o medo e a insegurança, reações
estas, manifestadas por todos os professores, por ser vista como desafio e ameaça
ao já existente, mas é próprio do homem idealizar a perfeição, neste sentido faz-se
necessário à mudança para a adaptação à necessidade, suportando as pressões
internas e externas, no entanto, muitos tendem a desistir, pois incorporar as
mudanças exige força de vontade e coragem, isso é o que deve ser adicionado na
educação, assumir riscos a fim de obter bons resultados e boa aprendizagem tanto
para os alunos, quanto para os professores.
O que se ver atualmente na educação é o desejo de transformação, mas o que
se evidencia são as dificuldades e limitações onde à culpa do mal resolvido, da não
realização é sempre dos outros, os professores precisam ter um olhar de mudança,
isso é o que de fato necessita a educação brasileira, que apresenta tantos fatores
agravantes como má-formação de professores, baixa remuneração, evasão,
repetência, entre outros fatos que acabam acarretando distorções na educação.
O circulo da insatisfação dos alunos aumentam na medida em que veem a
escola como algo que pouco tem a oferecer. Percebe-se a partir daí a importância
de todos nós assumirmos a responsabilidade pela educação, a começar pela
prática, a fim de um ensino de boa qualidade.
A educação brasileira refere-se a um problema de qualidade, o ensino de
massa e de elite que resultam de vários valores socioeconômicos e mudar essa
realidade necessita de uma decisão política eficaz onde todos são envolvidos, na
luta pela adesão de qualidade na educação nacional. Nessa conjuntura PIMENTA;
LIMA (2004) destacam que:
O professor no espaço do estágio tem a possibilidade de se
reconhecer como sujeito que não apenas reproduz o conhecimento,
mas também pode tornar seu próprio trabalho de sala de aula em
um espaço de práxis docente e de transformação humana. É na
ação refletida e no redirecionamento de sua prática que o professor
pode ser agente de mudanças na escola e na sociedade.
(PIMENTA, 2004, p.132).

A necessidade da nova proposta pedagógica no contexto escolar é formar


indivíduos capazes de serem autônomos, adotando modelo construtivista, pois o
tradicional restringe a capacidade do indivíduo, tornando um sujeito sem autonomia,
sem criticidade, impossibilitando-o de crescer individualmente em seus atos, seu
cognitivo e seu convívio social. O professor deve se responsabilizar pela
aprendizagem e pelo aprendiz, instigando o cognitivo da criança para que a mesma
seja capaz de se desenvolver e a intervindo quando necessário.
Diante das ações da sala de aula o apego ao método leva o professor a se
frustrar quando a prática não funciona afirmando que a teoria na prática é outra, e
dessa forma se apegando a rotina das atividades e a mecanização. Aderir ao novo é
contraditório a sua expectativa, o desespero invade, e o desejo é simplesmente
continuarem na mesma, pois só assim não tem como errar, puro engano, já que as
crianças dessa maneira agindo coletivamente, ou seja, sendo controladas no geral,
sem serem vistas e avaliadas individualmente, acaba enfraquecendo
intelectualmente o seu desenvolvimento pessoal.
O autoritarismo dentro da sala de aula deixa bem claro aos alunos quem
manda e quem obedece, gerando temor. O que se mantinha mais acesa a esse
autoritarismo eram as avaliações estas usadas como armas para intimidar os
alunos, que por sinal não resolvia a questão da aprendizagem, mas de certa forma
intimidava-os e os desequilibravam.
O processo de ensino-aprendizagem é um trabalho pedagógico que se
completam na medida em que um deve ser o objetivo do outro, e o sucesso e o
insucesso dar-se-á através da relação professor-aluno, o que muitas vezes denotam
autoritarismo, gerando o individualismo e agressividade por parte dos alunos,
sustentando a ideia de autoridade através do medo e da competição entre os
alunos.
A construção da personalidade dar-se-á através da convivência com os outros,
relacionando sua autonomia e sua submissão, o poder de um lado e o medo do
outro, quando convocados a refazer, ou a inovar, de início sobressai o medo e a
insegurança, mas se tem o poder, tem capacidade suficiente para tal solicitação
social. Para uma melhor atuação o professor deve ter uma bagagem de
conhecimentos válidos sobre a prática docente, a fim de configurar um trabalho
dinâmico, transformador e atenda todas as realidades do contexto escolar. Nesse
sentido, Azzi (2002) destaca:

É muito difícil ao professor, sem condições de uma reflexão quer com os


outros professores, quer com autores, captar a essência de seu trabalho. A
percepção que ele tem de seu trabalho, muitas vezes superficial, é afetada
pelo conhecimento que apresenta sobre este, pela capacidade de usar esse
conhecimento e pela participação, consciente ou não, no processo de
produção coletivo do saber pedagógico a compreensão do próprio trabalho
demanda do professor um conhecimento que possibilite a leitura d sua
realidade e, também, uma coletivização de sua prática. (AZZI, 2002, p. 48).

O homem é um ser particular e genérico, capaz de viver no mundo,


desenvolver suas capacidades e habilidades, sentimentos e ideologias e estas são
colocadas em funcionamento de acordo com a realidade. O saber cotidiano é
influenciado pelas ciências sociais, arte, religião e assim este acolhe certas
aquisições cientificas usando de maneira pragmática.
O pensamento cotidiano caracteriza o homem, como um ser preocupado com
sua auto conservação, diferenciando o particular do indivíduo. O particular não tem
autoconsciência do eu, como membro da sociedade o individuo é capaz de
organizar e conduzir sua própria vida.
O trabalho docente manifesta-se através da análise da prática do cotidiano,
com a realidade da sala de aula, exigindo qualificação e capacidades interativas,
visando à escola pública à democratização. A formação de professores constituindo
como um fator relevante para a qualidade de ensino nas escolas públicas voltadas
principalmente para a democratização da prática social.
Os problemas educacionais como o estresse, acompanham a vida dos
professores, mas existem aqueles que resistem a esses embates da profissão. De
certa forma o prazer de ensinar supera todos esses problemas. Os pais são os
primeiros a contribuírem para o descaso com a docência. Os mesmos “jogam” seus
filhos na escola e não se interessam de se informar como seus filhos estão se
comportando, aprendendo, se desenvolvendo, muitos só procuram a escola, os
professores, quando os filhos não correspondem ao sucesso almejado, procurando
os professores para responsabilizar pelo insucesso do filho.
Hoje as famílias deixam as responsabilidades da educação para a escola, para
os professores e o que deveria ser aprendido em casa, os valores, o
comportamento, os eventuais papéis de respeito, o que retorna como conflito, entre
os pais e professores, o que deveria ser contrário, pais e professores se ajudando,
até porque a criança na sua formação permanece grande parte de sua vida dentro
da sala de aula.
O professor é o sujeito responsável, que tem que lidar com essas
transformações das crianças, as quais em muitos casos necessitam de atenção
especial, na maioria das vezes os profissionais não estão preparados para tal
situação, principalmente casos que envolvam pré-adolescência com as diversas
tensões que rondam a mente da criança, e o professor é o encarregado de “dar
conta de tudo”.
A sobrecarga de trabalho mental é imensa, a desvalorização acaba afetando
muito a vida do professor, os baixos salários ocasionam a desqualificação e a
insegurança dos contratos, de permanência ou não no emprego.
O mal-estar docente está em evidência, mas o que se constata é que bem-
estar docente nasce da percepção de que eles fazem um trabalho belíssimo,
importantíssimo para o futuro, e esse prazer em fazer um bem social, fazendo a
diferença é o que torna a profissão prazerosa, é o professor quem ensina o sujeito “a
dar seus primeiros passos” metaforicamente falando, indicam o caminho a seguir,
desse ato resulta uma boa sensação, a responsabilidade da transmissão, do saber
por que e para que está ensinando é o que satisfaz o profissional docente. Desse
modo Pimenta; Lima (2004) esclarece que:
O estágio, nessa perspectiva, reduz-se a observar os professores em aula
e imitar esses modelos, sem proceder a uma análise crítica fundamentada
teoricamente e legitimada na realidade social em que o ensino se
processa. Assim a observação se imita a sala de aula sem análise do
contexto escolar, e espera-se do estagiário a elaboração de aulas modelo.
(PIMENTA; LIMA 2004, p. 36).

No que diz respeito ao estágio de observação dar-se-á através da análise das


práticas dos professores e da escola, nessa linha de pensamento é na observação
de tais práticas que somos induzidos a seguir a que modelo de aula, aquele
conceito e aquela prática, visto que o estágio aproxima o acadêmico da sua área de
atuação.
O trabalho coletivo ajuda muito na superação das dificuldades encontradas no
ambiente escolar, o reconhecimento do bom trabalho exercido pelos professores
revigora-os profissionalmente, bem como o agir em conjunto.
Esse mal-estar e bem-estar docente andam juntos, um de certa forma
impulsiona o outro, a importância da luta e do compromisso político constrói a vida
do profissional docente, a responsabilidade para com o outro, a coragem, a
capacidade de intervir nas decisões da escola, o ato reflexivo, as alegrias
encontradas, tudo isso forma a profissão docente. Assim sendo, Tardif (2002) afirma
que:
A experiência provoca, assim, um efeito de retomada crítica
(retroalimentação) dos saberes adquiridos antes ou fora da prática
profissional. Ela filtra e seleciona os outros saberes, permitindo assim aos
professores reverem seus saberes, julgá-los e avaliá-los e, portanto,
objetivar um saber formado de todos os saberes retraduzidos e
submetidos ao processo de validação constituído pela prática cotidiana.
(TARDIF, 2002, p. 53).

O que acontece na vida do professor é muito agravante, sua longa jornada de


trabalho, para sua sobrevivência e a desvalorização do seu trabalho acaba
resultando cansaço pela rotina, desmotivação e até abandono da profissão.
Distanciam-se das atividades culturais, bem como da formação continuada pela falta
de condições.
A alienação e a contínua tarefa inacabável que rodeia a vida do professor, as
modificações constantes na educação levam os professores a ficarem
desorientados, as autoridades provenientes do governo, do sistema impõe a
aceitação, uns fogem, outros tendem a usar rigidez nos seus métodos.
A tendência do professor é crescer e ao mesmo tempo diminuir, crescer no
sentido em que acredita no seu ofício, no seu ensino, na educação, esperando uma
resposta positiva através dos seus alunos, no sentido de não refletir, se acomodar
no seu trabalho, não procurar meios de se analisar, de se reinventar, construindo um
leque de mal-estar docente.
O homem é contrário a adotar as novas tendências, os novos desafios
tornando um sentimento de sofrimento, de decepção, de instabilidade e desta nasce
o desejo da segurança, de permanecer onde está, evitando o sofrimento, os
choques emocionais, influenciando-os a tomarem várias atitudes.
Dessa forma tendem a verem os alunos como indivíduos capazes de amenizar
o sofrimento das duras jornadas de trabalho, veem os alunos como sua segunda
família, criando relações de afeto, e nesse clima de encontros e desencontros acaba
agravando a situação e aumentando os sentimentos de dor e angústia com relação
à docência. Assim sendo, Tardif (2002) afirma que:
Todo saber implica um processo de aprendizagem e de formação; e,
quanto mais desenvolvido, formalizado e sistematizado é um saber, como
acontece com as ciências e os saberes contemporâneos, mais longo e
complexo se torna o processo de aprendizagem, o qual por sua vez, exige
uma formalização e uma sistematização adequada. (TARDIF, 2002, p. 35).

O trabalho é colocado na vida do ser humano como principal objetivo enquanto


ser social, dessa forma o ser é submetido ao trabalho, explorado muitas das vezes,
alienado. O capitalismo explora o homem, e o objeto do trabalho se distancia do
objetivo, levando ao estranhamento.
O professor, dessa maneira acaba condicionado, e permanece no mesmo
estado, a formação continuada é impedida pelas longas jornadas de trabalho e pelos
baixos salários, dessa forma reduzir-se o envolvimento e a afetividade restando o
sofrimento psíquico, frente a esse sofrimento, cria-se uma defesa, resistindo às
mudanças, o envolvimento, a fim de evitar novas angústias, novos sofrimentos.
A proletarização distancia o professor da profissionalização, da finalidade do
seu trabalho, onde a desqualificação e os baixos salários são resultados desse
processo, a feminilização é outro fato que acarreta consequências negativas como
os salários precários e a desvalorização docente, resultando no mal-estar.
O acúmulo de estresse desencadeia problemas psíquicos, emocionais,
comportamentais, os sentimentos são o cansaço da mesmice dos problemas
existentes na educação, muitos tendem a criar estratégias para distrair-se,
controlando quando possível, usando ou descartando quando necessário.
Portanto, a descrença na docência é grande, professores revoltados com a
vida que levam, com as condições de vida que tem, as impossibilidades acabam
gerando descontroles emocionais, psíquicos, abandono da profissão e inúmeras
séries de desconfortos.

4. PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Ao adentrar ao espaço da escola municipal de Pedra Furada, precisamente


na sala do 4° e 5° do Ensino Fundamental, percebemos a urgência na alfabetização.
As crianças apresentam carências na promoção do saber. Observamos a
necessidade de trabalhar a Matemática interdisciplinar abordando os demais
Componentes Curriculares a partir do “Jogo Matemático”.
Nossa proposta é basicamente a construção de um supermercado na sala de
aula, na qual iremos trabalhar as operações matemáticas; a leitura e a interpretação
dos rótulos dos produtos; os processos que envolvem a trajetória dos produtos; a
solidariedade; a construção da personalidade; senso crítico; abordando as questões
ambientais, históricas, culturais e políticas.
Nesse sentido, viabilizamos a eficácia dessa proposta de intervenção na
respectiva escola, favorecendo o pensamento crítico, formação identitária,
contemplando o letramento das crianças a partir do Jogo Matemático.
Compreendendo que o Jogo Matemático, é um importante instrumento de
ensino e aprendizagem, direcionamos nosso olhar para a melhoria da qualidade de
ensino no Letramento e na sistematização do conhecimento dos educandos, através
do material concreto, transmitindo uma nova percepção de aprender de forma lúdica,
prazerosa e, ao mesmo tempo, desafiadora, transmitindo cultura e informações
necessárias para o desenvolvimento da criança, mediando o mundo letrado através
dos jogos.
Buscamos com essa proposta, que as crianças tenham, em suas aulas,
atividades que despertem o interesse em aprender, na qual o jogo educativo, seja
um instrumento de reflexão, formação cognitiva, social e cultural, e que possa
proporcionar diferentes estímulos para o desenvolvimento de suas potencialidades,
contribuindo com a construção da aprendizagem.
Assim sendo, o projeto de intervenção enfatiza práticas pedagógicas
diversificadas, utilizando o Jogo Matemático, através de um supermercado,
implantado na escola, auxiliando no ciclo de sistematização do Ensino Fundamental,
na qual busca contribuir no processo de aprendizagem da criança.
No primeiro dia iremos trabalhar com os Componentes Curriculares da Língua
Portuguesa e da Geografia, sendo no primeiro momento a construção de uma roda
de conversa, os alunos serão direcionados a compreender a importância do gênero
textual panfleto para o cotidiano das pessoas.
Ao decorrer das discussões serão feitas indagações sobre o texto informativo.
Qual a finalidade do texto, a função social, o principal veículo de circulação, o
público que se destina o texto informativo. Com a entrega de alguns panfletos, será
explorado coletivamente as características comuns em cada panfleto. Por sua vez,
os alunos serão levados a identificar algumas informações básicas do gênero:
molduras, imagens, fontes diferentes, preços, frases curtas e apelativas, dentre
outros.
Após compreender algumas características básicas do gênero textual, os
alunos serão convidados a produzir coletivamente um panfleto para o supermercado
exposto na sala de aula. Antes de produzir propriamente o texto, os alunos serão
estimulados a pensarem sobre os apontamentos discutidos na roda de conversa. Ou
seja, devem pensar qual é o interlocutor do texto a ser produzido, os instrumentos e
as imagens necessárias para chamar a atenção do possível leitor, a forma como o
texto será construído.
Logo em seguida, a temática, regiões brasileiras será apresentada aos alunos
por meio de um vídeo explicativo, como também a partir do conhecimento prévio
adquirido ao longo da sua formação; atividade impressa com o objetivo de explorar o
conteúdo apontado.
Para essas atividades serão necessários os materiais como: panfletos, folha
A4, lápis hidrocor, lápis grafite, borracha, cola, tesoura, figuras impressas, caneta
esferográfica, notebook, projetor multimídia, caixa amplificadora e atividade
impressa.
No 2° dia abordaremos a Matemática e História, na qual, serão trabalhadas as
operações matemáticas adição e subtração, apresentadas aos educandos por meio
do jogo trilha, onde os alunos terão a oportunidade de aperfeiçoar o seu
conhecimento de juntar e retirar por meio da atividade. A princípio, será apresentado
o funcionamento do jogo, bem com suas respectivas regras, logo depois, os alunos
espontaneamente serão levados a escolher o seu parceiro no jogo.
Em seguida, os educandos a partir de uma roda de conversa serão levados a
discutir sobre a função dos principais agentes responsáveis por produzir e fabricar
os alimentos que chegam até a nossa casa. Logo após será realizado uma atividade
impressa.
No 3° dia serão trabalhados a Matemática, Educação Artística, Ensino
Religioso, na qual cada educando utilizando os conhecimentos de números naturais,
ordinais e fracionários, bem como das operações adição e subtração, deverá
preencher as lacunas presentes em cada texto apresentado com o número que o
mesmo considerar mais adequado para a situação. Em seguida, os alunos serão
convidados a confeccionar objetos e brinquedos utilizando o material disponível no
lixo.
Proporcionando a partir da confecção, a troca de informações, conhecimentos
e atitudes pertinentes ao meio ambiente, através de experiências significativas sobre
a reciclagem e os recursos naturais. A partir de uma roda de conversa, será
discutido coletivamente com os alunos a importância do respeito ao próximo nos
diferentes espaços sociais. Atividade impressa de acordo com a proposta apontada
na roda de conversa.
No 4° dia serão abordados a Matemática e a Língua Portuguesa, em uma
roda de conversa os alunos serão levados a discutir sobre a importância e a
necessidade dos números em nosso cotidiano. Através do panfleto de
supermercado serão trabalhadas com os educandos as ideias de peso e preços, no
qual, deve ser observado onde os números aparecem no folheto, suas principais
formas se é peso ou se é preço. Será realizada uma atividade impressa
correspondente ao conteúdo de grandezas e medidas.
Será apresentado aos educandos o gênero receita culinária, no qual serão
feitas indagações sobre o texto. Qual a finalidade, a função social, o principal veículo
de circulação, o público que se destina o texto. Em seguida, serão conhecidas as
características presentes na estrutura do respectivo texto. Logo depois, os alunos
em grupo serão convidados á realizar uma visita ao supermercado da sala de aula,
com o objetivo de adquirir materiais para a realização de uma receita previamente
escolhida pelo grupo.
No 5° dia, abordaremos Língua Portuguesa e Ciências, trabalharemos com os
rótulos das embalagens, pois elas trazem conhecimentos fundamentais para o
indivíduo, uma vez que podem ser encontrados no mesmo os cuidados quanto o
funcionamento e manutenção, a data de validade, modo de usar e de
armazenamento do produto.
Deste modo, os alunos serão direcionados a participar de uma roda de
conversa com o objetivo de explorar as informações presentes nos rótulos, como
também verificar as cores, formas, desenhos, palavras. Em seguida, serão levados a
construir um rótulo para uma determinada embalagem.
Logo depois, para introduzir a temática, alimentação saudável, será realizada
uma contação da obra: “Eu não gosto disso!” da autora Shirley Souza, publicado
pela Editora Escala Educacional, no ano de 2010. Seguido de uma interpretação da
obra, com intuito de favorecer a aprendizagem com significado.
No 6° dia, abordaremos a Língua Portuguesa e Geografia, os alunos serão
direcionados a produzir em grupo uma lista de compras a partir dos produtos
presentes no supermercado da sala de aula. Em seguida, será apresentado um
vídeo correspondente os produtos alimentícios típicos de cada região brasileira.
Logo depois, será proposto, uma roda de conversa, no qual será discutido a
temática apresentada no vídeo. Posteriormente, os alunos irão realizar uma
atividade correspondente aos produtos alimentícios típicos de cada região brasileira.
No 7° encontro trabalharemos com a Matemática e o Ensino Religioso, os
alunos serão direcionados a produzir em grupo uma lista de compras a partir dos
produtos presentes no supermercado da sala de aula. Em seguida, será
apresentado um vídeo correspondente os produtos alimentícios típicos de cada
região brasileira. Logo depois, será proposto uma roda de conversa, no qual será
discutido a temática apresentada no vídeo. Posteriormente, os alunos irão realizar
uma atividade correspondente aos produtos alimentícios típicos de cada região
brasileira.
No 8° encontro contemplaremos a Matemática e a Educação Artística, os
alunos serão direcionados a resolver as diversas situações problemas a partir do
uso exclusivo de materiais concretos a exemplo do dinheiro chinês e do panfleto de
supermercado. Será levado sempre em consideração na resolução das atividades o
cálculo mental e o raciocínio lógico. Em seguida, será confeccionado em sala de
aula, a partir do trabalho coletivo de todos os alunos um painel ilustrativo utilizando
como instrumento principal tampinhas de garrafas pet.
No 9° dia de aula abordaremos a Língua Portuguesa e a Matemática, A partir
de um vídeo os alunos irão ter contato com algumas propagandas e slogans que são
frequentes no meio social. Em seguida, os educandos serão direcionados para uma
roda de conversa, com o objetivo de perceber que as propagandas são textos
publicitários com a finalidade básica de convencer o consumidor. Será apresentado
as principais características linguísticas e textuais e seu principal veículo de
comunicação. Posteriormente, será realizado a construção de um slogan, a partir
dos slogans apresentados, procurando relacioná-lo com a temática mãe.
Logo depois, os educandos deverão procurar e anotar a partir do texto
apresentado, palavras e expressões relacionadas a Matemática, como também
classificar os números presentes em naturais, fracionários e ordinais e resolver
algumas situações-problema.
No 10° dia abordaremos todos os componentes curriculares, Na aula desse
dia realizaremos a culminância do nosso projeto de Estágio com a retomada e a
discussão das atividades realizadas ao longo das duas semanas de estágio. Nesse
dia será construído coletivamente uma pirâmide alimentar, no qual será
demonstrado a quantidade exata de alimentos que compõe uma alimentação
balanceada. Será entregue um portfólio a cada aluno com todas as atividades
desenvolvidas durante o estágio. Em seguida será realizada uma roda de conversa
sobre a execução do projeto e a avaliação do mesmo.

5. JUSTIFICATIVA

A importância de se trabalhar com o supermercado na sala de aula, é de


apresenta para os alunos a oportunidade de usar suas próprias habilidades de ler,
ouvir, questionar, observar, interpretar e avaliar sua capacidade de aprendizado
através de atividades lúdicas, sendo também uma boa forma de comunicação entre
o professor e os alunos na sala de aula.
Sendo necessária, a atenção as percepções do processo de aprendizagem de
cada aluno, visto que a forma de aprender de cada aluno é diferente, ou seja, um
aluno pode aprender a trabalhar as operações matemáticas mais rápido que o outro
aluno. Buscaremos, assim, observar vários métodos de se trabalhar nessas
circunstâncias e posa despertar o interesse durante as aulas, possibilitando uma
práxis pedagógica mais dinâmica.
As atividades lúdicas na sala de aula tornam as aulas mais prazerosas,
desafiadoras, intuitivas, facilitando o processo de ensino e a aprendizagem, fazendo
com que o aluno se aproprie do conhecimento matemático e ao mesmo tempo
desenvolva o senso crítico, aprendendo a conviver e a aprender a aprender novos
conhecimentos.
Enfatizamos atividades lúdicas para que favoreçam o ensino e a
aprendizagem, para que os alunos tenham a oportunidades de ler, ouvir, questionar,
manipular objetos, agrupar, calcular, memorizar, selecionar e assim aprimorar sua
capacidade de aprendizado através de atividades dinâmicas, como jogos,
brincadeiras, e auxiliar no processo comunicativo e formativo.
É através de atividades lúdicas como os jogos, que os alunos aprendem a agir,
a se comunicar, a conviver com seus colegas, a trocar ideias, suposições,
transmitindo assim, ao aluno, entusiasmo para aprender e o encantamento ao
realizar as atividades, favorecendo o desenvolvendo integral, visto que a matemática
envolve termos específicos, relações lógicas, incluindo o saber social, situações da
realidade, da vida concreta, sendo significativo o aprendizado.
É importante ressaltar, a seleção de atividades que atribuam significado ao
aluno, que proporcione a participação de todos, a interação da turma, sejam em
grupo, dupla, trio, para que o aluno aprimore saberes essenciais para a vida, o
senso crítico, a dedução, a cognição e a linguagem oral e comunicativa.
Os jogos matemáticos são importantes aliados na aprendizagem dos alunos,
uma vez que os alunos podem observar o material concreto, manipular, selecionar,
criar hipóteses, estimular o raciocínio lógico e dedutivo e, assim, contribuir na
fixação dos conceitos específicos da matemática e das demais áreas do
conhecimento.
Nosso papel, enquanto professor, é propor aos alunos atividades criativas que
atendam as expectativas da educação, da aprendizagem em sua dimensão,
atividades que proporcione liberdade de pensamento, desafios, crítica, compromisso
e responsabilidade, auxiliando assim, no processo de ensino e da aprendizagem.
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001, p.19) A
aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, a apreensão do
significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo
em suas relações com outros objetos e acontecimentos. Isto é, o conhecimento
matemático só é fixado, aprendido realmente, quando o conhecimento é atribuído a
outro conhecimento, executado nas situações reais do cotidiano, aplicado em outras
circunstâncias fora da escola, e quando o mesmo dá embasamento a outro saber.

Ainda de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (200): A


matemática desenvolve-se, desse modo, mediante um processo conflitivo entre
muitos elementos contrastantes: o concreto e o abstrato, o particular e o geral, o
formal e o informal, o finito e o infinito, o discreto e o contínuo. (BRASIL, 2001, p.
28). Dessa forma, o campo matemático abrange situações corriqueiras, envolvendo
situações concretas e abstratas, frente a isso, criaremos situações em que o aluno
tenha o contato com as diversas atividades lúdicas que permitam o desenvolvimento
de habilidades dedutivas e formativas que despertem a curiosidade e o raciocínio
lógico. Dessa forma os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001) aponta que:
[...] o ensino de Matemática prestará sua contribuição à medida que forem
exploradas metodologias que priorizem a criação de estratégias, a
comprovação, a justificativa, a argumentação, o espírito crítico, e favoreçam
a criatividade, o trabalho coletivo, a iniciativa pessoal e autonomia advinda
do desenvolvimento da confiança na própria capacidade de conhecer e
enfrentar desafios. (BRASIL, 2001, p. 31).

O ensino da matemática aborda uma dimensionalidade de conceitos, exigindo


do profissional docente estratégias pedagógicas, que atribua sentido aos conceitos e
conteúdos, agir de forma coesa com a realidade do aluno e os estimular nesse
processo do aprender, ter autonomia, criatividade, coletividade e ser desafiado o
tempo todo a desenvolver suas potencialidades cognitivas e comunicativa e
trabalhar a interdisciplinaridade na sala de aula.
Esse processo se configura através de atitudes motivacionais, dotadas de
objetividade, apresentando melhor desempenho na aprendizagem, enfatizamos
atividades formadoras no ensino fundamental, que envolva atividades novas, através
de jogos, na qual, esses meios que permitam que o aluno aprenda
significativamente, através de um processo divertido e ao mesmo tempo formador.
É de fundamental importância, o trabalho com os conceitos matemáticos com
as crianças do ensino fundamental de modo que possam desenvolver seu raciocínio
lógico favorecendo a imaginação, a aprendizagem sobre regras e formação
individual e social, sabendo que um não existe um único caminho para o ensino,
mas um conjunto de metodologias adequadas a realidade dos alunos, relacionando
conceitos matemáticos com o mundo real do aluno. Dessa forma, os Parâmetros
Curriculares Nacionais (2001) nos orienta que:

Por meio dos jogos as crianças não apenas vivenciam situações que se
repetem, mas aprendem a lidar com símbolos e a pensar por analogia
(jogos simbólicos): os significativos das coisas passam a ser imaginados por
elas. Ao criarem essas analogias, tornam-se produtoras de linguagens,
criadoras de convenções, capacitando-se para se submeterem a regras e
dar explicações. (BRASIL, 2001, p.48).

Através dos jogos matemáticos o professor pode intervir de diversas


maneiras, propor situações inusitadas para o aluno, o instigar a refletir mais sobre o
que está executando, orientar sobre o erro e a possibilidade de acertos, dessa
forma, todo o conteúdo trabalhado na aula deve ser estruturado entre si,
diversificado e ser fundamentalmente organizado em estruturas sólidas, concretas
constituído de significados essenciais.
Portanto, o jogo matemático preparado de maneira coesa com o conteúdo
abordado e levando em consideração o nível de conhecimento dos alunos é um
excelente aliado no processo de ensino, proporciona ao aluno formação crítica,
identitária e cognitiva, atribui significado a vida cotidiana escolar e social.

6. OBJETIVOS

Objetivo Geral:

Proporcionar a troca de informações, conhecimentos e atitudes a partir da utilização


do material concreto, supermercado, como ferramenta interdisciplinar, através de
experiências significativas que envolvam uma variedade de situações-problema, por
meio de atividades investigativas vinculadas ao lúdico e a realidade social na qual os
alunos estão inseridos.

Objetivos Específicos:

 Desenvolver atividades que propiciem a promoção de atitudes e valores;


 Possibilitar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, enfatizando a
relação entre consumo, a compra e venda de produtos;
 Incentivar o uso do cálculo mental e do raciocínio lógico;
 Estimular a construção do conhecimento a partir da realidade em que os
alunos estão inseridos;
7. CONTEÚDOS

Para ser desenvolvido a temática jogos pedagógicos a partir do supermercado na


sala de aula, deve ser levado em consideração:

1. CONTEÚDOS CONCEITUAIS:

 Identificar a partir da leitura oral e escrita as informações contidas no


texto;
 Estabelecer relações entre a adição e subtração;
 Perceber a organização dos produtos no supermercado;
 Reconhecer os preços dos produtos comprados no supermercado;
 Detectar a importância dos números em nosso dia a dia;
 Identificar a estrutura e os elementos que compõem os gêneros
textuais;

2. CONTEÚDOS PROCEDIMENTAIS:

 Despertar para o uso do cálculo mental e do raciocínio lógico;


 Estimular a utilização de materiais concretos;
 Refletir sobre as relações entre o oral e o escrito
 Analisar as diferentes informações encontradas nos rótulos;

3. CONTEÚDOS ATITUDINAIS:

 Possibilitar a interação entre os colegas;


 Proporcionar a troca de informações, conhecimentos e atitudes;
 Estimular a participação e a construção do respeito, tornando-se
sujeito responsável pelo meio em que vive;
 Explorar a criatividade;
 Resgatar atitudes de cooperação, responsabilidade, participação, e
respeito a partir das atividades propostas;
 Contribuir para com o desenvolvimento do pensamento crítico
8. RECURSOS MATERIAIS

 Panfletos;
 Folha A4;
 Lápis hidrocor;
 Lápis grafite
 Borracha;
 Cola;
 Tesoura;
 Figuras impressas;
 Caneta esferográfica;
 Notebook;
 Projetor multimídia;
 Caixa amplificadora;
 Atividade impressas;
 Dado;
 Cartolina;
 Material para reciclagem;
 Tampinhas de garrafa;
 E.V.A. colorido;
 Barbantes;
 Pinceis;
 Tintas coloridas;
 Livro paradidático;
 Dinheiro chinês;
 Papel madeira;
 Caixas de papelão;
 Embalagens alimentícias com rótulo;
 TNT;
9. PLANEJAMENTO DE ATIVIDADES

1º DIA: 27/05/2015
ANO DE ESCOLARIDADE: 4º e 5º ano
TEMA: Os panfletos e suas informações

DISCIPLINAS E CONTEÚDOS CONTEMPLADOS:


Língua Portuguesa: Leitura, produção textual
Geografia: Regiões brasileiras

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Identificar a estrutura e os elementos que compõem um panfleto;
 Perceber a finalidade do gênero textual panfleto;
 Produzir um panfleto escrito para o supermercado da sala de aula;
 Conhecer as principais características das regiões brasileiras;
 Refletir sobre a vasta variedade de alimentos produzidos por cada região

METODOLOGIA UTILIZADA:
A partir da construção da roda de conversa, os alunos serão direcionados a
compreender a importância do gênero textual panfleto para o cotidiano das pessoas.
Ao decorrer das discussões serão feitas indagações sobre o texto informativo. Qual
a finalidade do texto, a função social, o principal veículo de circulação, o público que
se destina o texto informativo. Com a entrega de alguns panfletos, será explorado
coletivamente as características comuns em cada panfleto. Por sua vez, os alunos
serão levados a identificar algumas informações básicas do gênero: molduras,
imagens, fontes diferentes, preços, frases curtas e apelativas, dentre outros.
Após compreender algumas características básicas do gênero textual, os alunos
serão convidados a produzir coletivamente um panfleto para o supermercado
exposto na sala de aula. Antes de produzir propriamente o texto, os alunos serão
estimulados a pensarem sobre os apontamentos discutidos na roda de conversa. Ou
seja, devem pensar qual é o interlocutor do texto a ser produzido, os instrumentos e
as imagens necessárias para chamar a atenção do possível leitor, a forma como o
texto será construído.
Logo em seguida, a temática, regiões brasileiras será apresentada aos alunos por
meio de um vídeo explicativo, como também a partir do conhecimento prévio
adquirido ao longo da sua formação; atividade impressa com o objetivo de explorar o
conteúdo apontado.

RECURSOS NECESSÁRIOS:
Panfletos, folha A4, lápis hidrocor, lápis grafite, borracha, cola, tesoura, figuras
impressas, caneta esferográfica, notebook, projetor multimídia, caixa amplificadora e
atividade impressa.

AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem na respectiva aula ocorrerá de forma contínua a partir
da colaboração e da participação dos educandos nas diferentes atividades e
situações propostas.
2º DIA: 28/05/2015
ANO DE ESCOLARIDADE: 4º e 5º ano
TEMA: O uso do jogo no ensino da Matemática

DISCIPLINAS E CONTEÚDOS CONTEMPLADOS:


Matemática: Adição e subtração
História: Quem produz os alimentos que chegam à nossa casa?

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Explorar o cálculo mental, a concentração e o raciocínio lógico-matemático;
 Possibilitar a interação e o desenvolvimento de estratégias entre os colegas;
 Estabelecer relação entre a adição e a subtração;
 Conhecer os agentes responsáveis pela produção dos alimentos

METODOLOGIA UTILIZADA:
As operações matemáticas adição e subtração serão apresentadas aos educandos
por meio do jogo trilha, onde os alunos terão a oportunidade de aperfeiçoar o seu
conhecimento de juntar e retirar por meio da atividade. A princípio, será apresentado
o funcionamento do jogo, bem com suas respectivas regras, logo depois, os alunos
espontaneamente serão levados a escolher o seu parceiro no jogo.
Em seguida, os educandos a partir de uma roda de conversa serão levados a
discutir sobre a função dos principais agentes responsáveis por produzir e fabricar
os alimentos que chegam até a nossa casa. Logo após será realizado uma atividade
impressa.

RECURSOS NECESSÁRIOS:
Dado, cartolina, lápis hidrocor, lápis grafite, borracha, caneta esferográfica e
atividade impressa.

AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem na respectiva aula ocorrerá de forma contínua a partir
da colaboração e da participação dos educandos nas diferentes atividades e
situações propostas.
3º DIA: 29/05/2015
ANO DE ESCOLARIDADE: 4º e 5º ano
TEMA: Reciclando e brincando

DISCIPLINAS E CONTEÚDOS CONTEMPLADOS:


Matemática: Adição e subtração; números ordinais, naturais e fracionários
Educação Artística: Reciclando: confecção de brinquedos e objetos
Ensino Religioso: Valores: respeito mútuo

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Explorar o sentido dos números no trabalho com os textos;
 Construir a promoção de atitudes e valores para com o meio ambiente;
 Estimular o aproveitamento do lixo e a preservação ambiental;
 Incentivar a prática do respeito para com o próximo;
 Reconhecer a importância da convivência e da construção do respeito

METODOLOGIA UTILIZADA:
Cada educando utilizando os conhecimentos de números naturais, ordinais e
fracionários, bem como das operações adição e subtração, deverá preencher as
lacunas presentes em cada texto apresentado com o número que o mesmo
considerar mais adequado para a situação. Em seguida, os alunos serão convidados
a confeccionar objetos e brinquedos utilizando o material disponível no lixo.
Proporcionando a partir da confecção, a troca de informações, conhecimentos e
atitudes pertinentes ao meio ambiente, através de experiências significativas sobre a
reciclagem e os recursos naturais. A partir de uma roda de conversa, será discutido
coletivamente com os alunos a importância do respeito ao próximo nos diferentes
espaços sociais. Atividade impressa de acordo com a proposta apontada na roda de
conversa.

RECURSOS NECESSÁRIOS:
Material para reciclagem, tesoura, cola, e.v.a, barbantes, pinceis, tintas coloridas,
lápis hidrocor, lápis grafite, borracha, caneta esferográfica e atividade impressa.
AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem na respectiva aula ocorrerá de forma contínua a partir
da colaboração e da participação dos educandos nas diferentes atividades e
situações propostas.
4º DIA: 01/06/2015
ANO DE ESCOLARIDADE: 4º e 5º ano
TEMA: Gênero textual: receita culinária

DISCIPLINAS E CONTEÚDOS CONTEMPLADOS:


Matemática: Grandezas e Medidas
Língua Portuguesa: Gênero textual: receita culinária

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Compreender em que situações os números são empregados no
supermercado;
 Perceber a importância dos números em nosso dia a dia;
 Conhecer e utilizar o conhecimento de pesos e preços;
 Produzir uma receita culinária;
 Identificar as quantidades utilizadas na receita e qual medida foi utilizada;
 Refletir sobre as relações entre o oral e o escrito

METODOLOGIA UTILIZADA:
Em uma roda de conversa os alunos serão levados a discutir sobre a importância e
a necessidade dos números em nosso cotidiano. Através do panfleto de
supermercado serão trabalhadas com os educandos as ideias de peso e preços, no
qual, deve ser observado onde os números aparecem no folheto, suas principais
formas se é peso ou se é preço. Será realizada uma atividade impressa
correspondente ao conteúdo de grandezas e medidas.
Será apresentado aos educandos o gênero receita culinária, no qual serão feitas
indagações sobre o texto. Qual a finalidade, a função social, o principal veículo de
circulação, o público que se destina o texto. Em seguida, serão conhecidas as
características presentes na estrutura do respectivo texto. Logo depois, os alunos
em grupo serão convidados á realizar uma visita ao supermercado da sala de aula,
com o objetivo de adquirir materiais para a realização de uma receita previamente
escolhida pelo grupo.
RECURSOS NECESSÁRIOS:
Panfletos, folha A4, lápis hidrocor, lápis grafite, borracha, caneta esferográfica,
atividade impressa.

AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem na respectiva aula ocorrerá de forma contínua a partir
da colaboração e da participação dos educandos nas diferentes atividades e
situações propostas.
5º DIA: 02/06/2015
ANO DE ESCOLARIDADE: 4º e 5º ano
TEMA: Trabalhando rótulos e embalagens

DISCIPLINAS E CONTEÚDOS CONTEMPLADOS:


Língua Portuguesa: Leitura, escrita, interpretação de texto
Ciências: Alimentação saudável

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Identificar as principais informações presentes nos rótulos;
 Estimular a curiosidade e analisar as diferentes informações encontradas nos
rótulos;
 Conhecer e diferenciar os variados tipos de rótulos;
 Explorar letras e famílias silábicas a partir desse material;
 Incentivar a aquisição de hábitos correspondentes alimentação saudável;
 Reconhecer a importância das verduras para a saúde;
 Refletir sobre os perigos causados pelos alimentos gordurosos;

METODOLOGIA UTILIZADA:
Os rótulos das embalagens trazem conhecimentos fundamentais para o indivíduo,
uma vez que podem ser encontrados no mesmo os cuidados quanto o
funcionamento e manutenção, data de validade, modo de usar e de armazenamento
do produto. Deste modo, os alunos serão direcionados a participar de uma roda de
conversa com o objetivo de explorar as informações presentes nos rótulos, como
também verificar as cores, formas, desenhos, palavras. Em seguida, serão levados
a construir um rótulo para uma determinada embalagem.
Logo depois, para introduzir a temática, alimentação saudável, será realizado uma
contação da obra: “Eu não gosto disso!” da autora Shirley Souza, publicado pela
Editora Escala Educacional, no ano de 2010. Seguido de uma interpretação da obra.

RECURSOS NECESSÁRIOS:
Folha A4, lápis hidrocor, lápis grafite, borracha, atividade impressa e o livro
paradidático.
AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem na respectiva aula ocorrerá de forma contínua a partir
da colaboração e da participação dos educandos nas diferentes atividades e
situações propostas.
6º DIA: 03/06/2015
ANO DE ESCOLARIDADE: 4º e 5º ano
TEMA: Gênero Textual: Listas de compras

DISCIPLINAS E CONTEÚDOS CONTEMPLADOS:


Língua Portuguesa: Produção de texto: lista de compras
Geografia: Regiões brasileiras: alimentação típica

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Produzir uma lista de compras;
 Estimular o hábito pela leitura e escrita;
 Conhecer os alimentos típicos de cada região brasileira;
 Valorizar a cultura de cada região

METODOLOGIA UTILIZADA:
Os alunos serão direcionados a produzir em grupo uma lista de compras a partir dos
produtos presentes no supermercado da sala de aula. Em seguida, será
apresentado um vídeo correspondente os produtos alimentícios típicos de cada
região brasileira. Logo depois, será proposto uma roda de conversa, no qual será
discutido a temática apresentada no vídeo. Posteriormente, os alunos irão realizar
uma atividade correspondente aos produtos alimentícios típicos de cada região
brasileira.

RECURSOS NECESSÁRIOS:
Folha A4, lápis hidrocor, lápis grafite, borracha, cola, tesoura, figuras impressas,
caneta esferográfica, notebook, projetor multimídia e caixa amplificadora.

AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem na respectiva aula ocorrerá de forma contínua a partir
da colaboração e da participação dos educandos nas diferentes atividades e
situações propostas.

7º DIA: 04/06/2015
ANO DE ESCOLARIDADE: 4º e 5º ano
TEMA: Ida ao supermercado
DISCIPLINAS E CONTEÚDOS CONTEMPLADOS:
Matemática: Adição e subtração
Ensino Religioso: Valores: Atitudes de solidariedade e respeito

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Vivenciar situações de compra e venda utilizando o dinheiro;
 Perceber a organização dos produtos no supermercado;
 Reconhecer os preços dos produtos comprados no supermercado;
 Explorar o cálculo mental e o raciocínio lógico-matemático diante das
situações;
 Estabelecer relação entre a adição e a subtração;
 Estimular ações de cooperação e solidariedade;
 Resgatar atitudes de cooperação, responsabilidade, participação, e respeito;
METODOLOGIA UTILIZADA:
A partir das listas de compras produzidas na aula anterior, cada grupo será
direcionado ao supermercado com uma quantia de dinheiro específica com o
objetivo de comprar todos os produtos alimentícios presentes na lista. Serão
propostos situações-problemas com os produtos comprados. Após a realização das
comprar cada grupo será conduzido até o caixa do supermercado.
Em seguida, a turma irá construir coletivamente uma árvore onde os frutos serão
atitudes, valores essenciais para a prática coletiva da solidariedade.

RECURSOS NECESSÁRIOS:
Folha A4, cartolina, lápis hidrocor, lápis grafite, borracha, cola, tesoura e dinheiro
chinês.
AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem na respectiva aula ocorrerá de forma contínua a partir
da colaboração e da participação dos educandos nas diferentes atividades e
situações propostas.

8º DIA: 05/06/2015
ANO DE ESCOLARIDADE: 4º e 5º ano
TEMA: Trabalhando o dinheiro chinês na sala de aula

DISCIPLINAS E CONTEÚDOS CONTEMPLADOS:


Matemática: Situações problemas envolvendo adição e subtração
Educação Artística: Reciclagem de tampinhas de garrafas

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Incentivar o uso de material concreto para a resolução das situações
problemas;
 Despertar para o uso do cálculo mental e do raciocínio lógico diante das
situações problemas evidenciadas;
 Estimular o uso do cálculo mental a partir do dinheiro chinês;
 Perceber a importância da redução do lixo;
 Contribuir para a conservação do meio ambiente, reaproveitando o lixo por
meio da reciclagem;
 Produzir atividades e trabalhos com materiais recicláveis

METODOLOGIA UTILIZADA:
Os alunos serão direcionados a resolver as diversas situações problemas a partir do
uso exclusivo de materiais concretos a exemplo do dinheiro chinês e do panfleto de
supermercado. Será levado sempre em consideração na resolução das atividades o
cálculo mental e o raciocínio lógico.
Em seguida, será confeccionado em sala de aula, a partir do trabalho coletivo de
todos os alunos um painel ilustrativo utilizando como instrumento principal tampinhas
de garrafas pet.

RECURSOS NECESSÁRIOS:
Atividade impressa, panfletos, cola, tesoura, dinheiro chinês, cartolina, lápis hidrocor,
lápis grafite, borracha, caneta esferográfica, tintas, pinceis e tampinhas de garrafa.

AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem na respectiva aula ocorrerá de forma contínua a partir
da colaboração e da participação dos educandos nas diferentes atividades e
situações propostas.
9º DIA: 06/06/2015
ANO DE ESCOLARIDADE: 4º e 5º ano
TEMA: Gêneros textuais: propagandas e slogans

DISCIPLINAS E CONTEÚDOS CONTEMPLADOS:


Língua Portuguesa: Gêneros textuais: propagandas e slogans
Matemática: leitura, escrita e interpretação de textos que envolvem situações
matemáticas

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Reconhecer o slogan e a propaganda como um meio de interação entre o
leitor e a mídia;
 Produzir um slogan;
 Contribuir com o desenvolvimento do pensamento crítico diante das
propagandas que circulam diariamente;
 Identificar a partir da leitura e escrita as informações matemáticas contidas no
texto;
 Exercitar a partir de situações-problema os dados presentes no texto

METODOLOGIA UTILIZADA:
A partir de um vídeo os alunos irão ter contato com algumas propagandas e slogans
que são frequentes no meio social. Em seguida, os educandos serão direcionados
para uma roda de conversa, com o objetivo de perceber que as propagandas são
textos publicitários com a finalidade básica de convencer o consumidor. Será
apresentado as principais características linguísticas e textuais e seu principal
veículo de comunicação. Posteriormente, será realizado a construção de um slogan,
a partir dos slogans apresentados, procurando relacioná-lo com a temática mãe.
Logo depois, os educandos deverão procurar e anotar a partir do texto apresentado,
palavras e expressões relacionadas a Matemática, como também classificar os
números presentes em naturais, fracionários e ordinais e resolver algumas
situações-problema.

RECURSOS NECESSÁRIOS:
Folha A4, lápis hidrocor, lápis grafite, borracha, cola, tesoura, caneta esferográfica,
notebook, projetor multimídia e caixa amplificadora e atividade impressa.

AVALIAÇÃO:
A avaliação da aprendizagem na respectiva aula ocorrerá de forma contínua a partir
da colaboração e da participação dos educandos nas diferentes atividades e
situações propostas.
10º DIA: 07/06/2015

ANO DE ESCOLARIDADE: 4º e 5º ano

TEMA: Culminância do projeto

DISCIPLINAS E CONTEÚDOS CONTEMPLADOS:


Todos os componentes curriculares

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
 Produzir uma pirâmide alimentar;
 Refletir sobre as práticas adotadas durante a execução do projeto

METODOLOGIA UTILIZADA:
Na aula desse dia realizaremos a culminância do nosso projeto de Estágio com a
retomada e a discussão das atividades realizadas ao longo das duas semanas de
estágio. Nesse dia será construído coletivamente uma pirâmide alimentar, no qual
será demonstrado a quantidade exata de alimentos que compõe uma alimentação
balanceada. Será entregue um portfólio a cada aluno com todas as atividades
desenvolvidas durante o estágio. Em seguida será realizada uma roda de conversa
sobre a execução do projeto e a avaliação do mesmo.

RECURSOS NECESSÁRIOS:
Papel madeira, lápis hidrocor, lápis grafite, borracha, cola, tesoura, figuras
impressas.
AVALIAÇÃO:
Nesse dia será considerada a colaboração e participação dos educandos nas
diferentes atividades e situações propostas.

10. AVALIAÇÃO

Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001), a avaliação deve ser


um processo contínuo e sistemático, no qual, não de restrinja a classificação e o
tradicionalismo, sendo um sistema de verificação constante de desenvolvimento
gradual das diversas potencialidades do aluno. Nessa perspectiva Albuquerque
(2013) afirma que:
Existem múltiplos olhares sobre a avaliação. Dependendo dos interesses
em jogo, das forças sociais que a movem, ela pode ser construída para
reafirmar o compromisso com a produção da vida humana, com projetos
democráticos para a qualidade social ou servir para implementar um projeto
que negue parcial ou radicalmente esta ética, transformando-se em mais um
mecanismo seletivo ou em uma estratégia da gestão de políticas
excludentes, classificatórias, nas mãos da globalização de mercado.
(ALBUQUERQUE, 2013, p. 3).

Nessa linha de pensamento, a avaliação deve ser construtiva e inclusiva,


reafirmando um comprometimento com a formação individual e social do aluno,
favorecendo as classes desfavorecidas, a fim de que as mesmas, tenham
oportunidades de conhecer o mundo em que convive e possam expor suas opiniões
e desenvolver habilidades essenciais para a vida em sociedade, sendo avaliado
contínuo e sistematicamente e não de forma classificatória.
A avaliação deve ser formativa tanto para o aluno, quanto para o professor.
Para o professor, a avaliação deve ser um instrumento de orientação, de reflexão,
de construção do planejamento e orientação para melhorias nas práticas
pedagógicas. Para o aluno, a avaliação significa a superação de dificuldades, a
continuação do aprendizado, o processo de desenvolvimento intelectual, de
formação e de construção de identidade.
Nesse sentido, cabe ao professor ser mediador do conhecimento, fazer as
observações e intervenções pedagógicas necessárias, para que o aluno conheça os
seus limites e superações, esteja motivado a aprender e construa sua identidade
através do processo investigativo, intuitivo, reflexivo e avaliativo.
Dessa forma, o professor deve acompanhar o desenvolvimento individual dos
seus alunos, verificando se o conhecimento aprendido é utilizado em outro contexto,
orientando-os a tomar consciência dos seus avanços em determinada situação
didática, e na vida social e prática. Nessa perspectiva, o professor como mediador,
tem como objetivo, verificar se, de fato, o conjunto de práticas pedagógicas e
avaliativas estão sendo eficazes para a autonomia do aluno e para a superação de
suas limitações.
O professor deve utilizar diferentes códigos, a fim de proporcionar no aluno
habilidades essenciais para a sua formação. Aos alunos, que ainda não dominam a
escrita, é necessário que o professor crie condições de aprendizagens e autonomia,
como diálogos, entrevistas e debates, para que o aluno possa ser avaliado através
da construção do seu pensamento e de seu posicionamento.
É essencial que o professor faça registro do nível de desenvolvimento de cada
criança, suas limitações e suas superações, para ter o conhecimento sobre o que o
aluno já sabe e o que ele poderá aprender posteriormente. O professor deve ainda,
expor os objetivos que está avaliando, assim os alunos poderão perceber o porquê e
o para que está sendo avaliado.
Os critérios da avaliação são estruturados no saber (conhecer), no saber-fazer,
e saber ser. Então, dessa forma é determinado que os alunos tenham capacidades
para aprender o conhecimento a ele ensinado, possam adquirir habilidades para
realizar o conhecimento aprendido e saiba inseri-lo em outro contexto
compreendendo o ser social e a vida em sociedade.
Os critérios presentes no contexto avaliativo é que, os alunos, ao saírem de
um ciclo para o outro, estejam aptos para as novas exigências e possam suprir as
reivindicações das etapas seguintes, a etapa anterior dar subsídio à etapa
subsequente, sendo fundamental, que as práticas avaliativas considerem a realidade
de cada aluno. De acordo com Esteban (2001):
O processo de avaliação do resultado escolar dos alunos e alunas está
profundamente marcado pela necessidade de criação de uma nova cultura
sobre avaliação, que ultrapasse os limites da técnica e incorpore em sua
dinâmica a dimensão ética. (ESTEBAN, 2001, p. 8).

Nessa linha de pensamento, o processo avaliativo resulta no desenvolvimento


do aluno ao longo do ciclo, e para que isso aconteça de forma eficaz, o processo
avaliativo necessita de uma visão ampliada do significado da avaliação da
aprendizagem, para que os alunos tenham maior êxito em seus potenciais e possam
desenvolver sua aprendizagem com significado. As aprendizagens devem ter
significados e as práticas sejam superadas para que os alunos possam também
superar as dificuldades encontradas.
Portanto, a avaliação aborda a aprovação e a reprovação do aluno. A
aprovação do aluno deve ser vista como o desenvolvimento de habilidades múltiplas
do aluno e o aprofundamento do seu aprendizado deverá ocorrer posteriormente. A
reprovação deve ser vista como uma nova chance de alcançar metas que precisam
ser cumpridas para atingir um novo patamar. A aprovação deve ser compreendida
como um processo de uma nova etapa que venha garantir o sucesso escolar do
aluno e não uma mera formalidade curricular.
11. REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Targélia de Souza. Ética e avaliação: elos pedagógicos em


defesa da vida na escola. Ed. Construir, 2007. Disponível em:
http//www.construirnoticias.com.br/asp/matéria.asp?id=1376 > Acesso em:
31/10/2013

AZZI, Sandra. Trabalho docente: autonomia didática e construção do saber


pedagógico. In: PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Saberes pedagógicos e
atividade docente. 3.ed. São Paulo: Cortez, 2002.

BRASIL, Secretária de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:


introdução. 3 ed. Brasília: MEC, vol 1, 2001.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares


Nacionais: Matemática. 3ª ed. Brasília: MEC,vol.3, 2001.

CAMPOS, Maria Malta. Ensino Fundamental e os desafios da Lei n. 11.274/2006:


por uma prática educativa nos anos iniciais do Ensino Fundamental que respeite os
direitos da criança à aprendizagem. Disponível em portal do professor. mec. Gov.
br/storemateriais/0000012182.polf. Salto para o futuro – Anos iniciais do Ensino
Fundamental – Ano XIX – n° 12 – Setembro/20011.

ESTEBAN, Maria Teresa. Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. 3


ed. Rio de Janeiro: DPeA, 2001.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria do Socorro Lucena. Estágio e docência.
São Paulo: Cortez, 2004.

TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 5.ed. Petrópolis,


RJ: Vozes,2002.

VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Para onde vai o professor? 10. ed. São
Paulo: Libertad, 2003.

_____ Direitos da criança e projeto político-pedagógico de educação infantil. In:


BAZILIO, L.; KRAMER, S. Infância, educação e direitos humanos. São Paulo:
Cortez, 2003.
12. ANEXOS
13. APÊNDICES

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