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Fermentação do E2G etanol de segunda geração

Existem muitas rotas (hidrólise básica, ácida, com ácido diluído, enzimática etc.) e
configurações (por exemplo, hidrólise e fermentação realizadas no mesmo reator ou não,
fermentação separada com os diferentes açúcares no mesmo reator ou não, produção das
enzimas no mesmo reator ou não etc.) que podem ser utilizadas para se produzir E2G,
sendo que cada combinação possui vantagens e desvantagens em relação às
demais.1 Atualmente, a rota mais utilizada e desenvolvida é a rota enzimática, na qual
enzimas específicas são utilizadas para hidrolisar o material após o pré-tratamento.

Produzir essas enzimas de forma barata ainda é um dos principais entraves e desafios
dessa tecnologia. Poucas empresas no mundo as produzem de forma comercial, além da
dificuldade em reaproveitar esses organismos. De acordo com pesquisas recentes, essa
etapa do processo é atualmente a mais pesquisada mundo afora, apesar de o Brasil ainda
engatinhar nessas pesquisas e as poucas empresas que possuem usinas de segunda
geração ainda precisarem importar esse material.

A necessidade de desenvolver combustíveis alternativos ao petróleo e reduzir a emissão de


poluentes tem sido cada vez maior. O grande desafio – além da sustentabilidade – é a
viabilidade econômica. Produtos alternativos e de origem renovável costumam possuir uma
produção onerosa, o que dificulta pesquisas, investimentos e a chegada até o consumidor
final.
Foi baseado nesse cenário que o surgiu o Bioetanol, também conhecido como Etanol de 2ª
geração. Um combustível obtido através da fermentação controlada e da destilação de
resíduos vegetais, como o bagaço da cana-de-açúcar, a beterraba, trigo ou o milho. Apesar
da produção vegetal, o processo ainda possui um custo muito alto.
Uma pesquisa desenvolvida com o apoio da Finep viabilizou a produção do combustível
com custo reduzido, utilizando um coquetel enzimático (mistura de enzimas específicas)
capaz de acelerar o processo. A inovação gera a degradação da parede celular da cana-de-
açúcar para que ocorra a liberação do açúcar do bagaço, resultando na fermentação. Além
de tornar o processo mais eficiente, o coquetel impacta diretamente no custo do produto
final.

SciELO - Brasil - O ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO NO BRASIL: POLÍTICAS E REDES


SOCIOTÉCNICAS O ETANOL DE SEGUNDA GERAÇÃO NO BRASIL: POLÍTICAS E REDES
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