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O Kennedyano

Brasil bate recorde em geração de energia renovável


Foram quase 62 mil megawatts médios por mês em 2022
contribuíram para um aumento de 17,1% na produção das
hidrelétricas, para 48 mil MW médios.
Os estados que apresentaram o maior crescimento na
produção de energia hidráulica em 2022 foram: Mato
Grosso com aumento de 44 MW médio, São Paulo (219
MW médio), Tocantins (51 MW médio), Pará (599 MW
médio), Goiás (194 MW médio), Sergipe (176 MW médio),
Rio Grande do Sul (366 MW médio), Paraná (1.728 MW
médio), Minas Gerais (1.178 MW médio), Santa Catarina
(545 MW médio) e Alagoas (484 MW médio).
Já a geração solar centralizada foi o maior destaque.
Este tipo de fonte teve o maior aumento de geração em
2022, de 64,3% na comparação com o ano anterior. Ao
todo foram produzidos mais de 1,4 mil MW médios

Fazendas Solares
A geração de energia elétrica a partir de fontes reno- De acordo com a CCEE, a chegada de 88 novas fazen-
váveis no ano passado alcançou a marca de 92%. O resul- das solares ao SIN fez com que o segmento alcançasse 4%
tado, divulgado pela Câmara de Comercialização de Ener- de representatividade na matriz nacional.
gia Elétrica (CCEE), mostra que a participação das usinas Os estados do Rio Grande do Norte (178 MW médio),
hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa no total de da Bahia (666 MW médio) e do Piauí (340 MW médio) for-
energia gerado pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) foi ma os que apresentaram aumento na geração por fonte
a maior dos últimos 10 anos. No total, em 2022, foram ge- eólica.
rados quase 62 mil megawatts médios por mês de energia. A geração eólica cresceu 12,6% no comparativo anual,
Segundo a CCEE, o resultado se deu, entre outros fato- fornecendo à rede elétrica mais de 9 mil megawatts mé-
res, a um cenário hídrico climático mais favorável, que dios. Atualmente, o país conta com 891 parques eólicos,
contribuiu para a recuperação dos reservatórios de água e que juntos somam mais de 25 mil megawatts de capacida-
da expansão das usinas movidas pelo vento e pelo sol. de instalada.
No ano passado, as usinas hidrelétricas responderam A produção de energia a partir da biomassa, que tem
por 73,6% do total gerado (45.613 MW médio). As eólicas como principal matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar,
por 14,6% (9.066 MW médio). Já as demais fontes, como registrou um leve aumento de 0,3%. Com isso, este tipo
biomassa, pequenas centrais elétricas (PCH), solar e as de fonte entregou ao sistema quase 3 mil MW médios em
centrais geradoras hidrelétricas (CGH) foram responsá- 2022. Atualmente existem 321 usinas deste tipo, com ca-
veis por 11,8% (7.291 MW médio). pacidade instalada total de 14.927 MW.
Com relação à geração hidráulica, as chuvas de 2022 Fonte: Agência EBC

É para Frente que se Anda, artigo do


Kennedyano Roberto Luciano
Recomendamos
|Pág 07| Programa de Rádio
Indicação: escute aos sábados na Rádio Favela, 106,7FM, das 12:00h
às 14:00h o programa Trilha Sonora. Música e história dos filmes.
Transporte na Engenharia Civil, por Apresentação de Carlos Abreu e produção de Tadeu Abreu. Vale a pena
Fernando de Oliveira Pessoa
|Pág 02| Podcast Vão Livre
O Podcast Vão Livre é um programa quinzenal que traz um bate-
papo leve e descontraído sobre engenharia e arquitetura.
Siga o Vão Livre nas redes sociais: Instagram: @vaolivre.podcast
https://youtube.com/@VaoLivrePodcasth
https://youtube.com/@vaolivrepodcast-cortes3569
Transportes na Engenharia Civil
Todo início de semestre, pergunto aos meus alu- Investir no setor é primor-
nos se algum deles ingressou no curso de Enge- dial para o Brasil, que apresen-
nharia Civil com pretensão de trabalhar em alguma ta déficits na infraestrutura ne-
atividade relacionada aos Transportes, após con- cessária, seja na implantação,
cluir o curso. Ao longo de vinte anos lecionando na na manutenção e ou na moder-
Faculdade Kennedy, recebi resposta positiva de um nização das redes existentes.
único aluno, imediatamente taxado pelos colegas de Nas áreas urbanas, em razão
“puxa saco”, com o perdão da palavra. No entanto, do processo de adensamento
não é de se estranhar o fato de os alunos não asso- populacional e, nas áreas ru-
ciarem as atividades do Engenheiro Civil ao campo rais, em função da necessidade
dos Transportes. de aprimoramento logístico que
Importante lembrar que o curso na Kennedy beneficie o abastecimento in-
surgiu com o diferencial da ênfase em Transportes terno e facilite a exportação da produção.
tendo, em seu corpo docente, especialistas gabarita- Investir no setor traz como consequência a gera-
dos. Com o passar do tempo, alterações curriculares ção de empregos para profissionais das mais diver-
foram sendo implementadas e as matérias relacio- sas áreas, em destaque para os Engenheiros Civis
nadas aos Transportes foram se reduzindo, dando e os especialistas em Transportes. Não é à toa que
espaço a outras abordagens, tendo em vista a abran- o setor de Transportes é considerado como uma
gência do curso, que não para de se expandir. indústria de geração de empregos.
No Brasil, os cursos de graduação em Engenha- O campo de atuação do Engenheiro Civil no setor
ria de Transportes são relativamente recentes e ofe- de Transportes é bastante amplo e pode ser decom-
recidos em escolas públicas. Alunos da Engenharia posto de várias formas, permitindo ao profissional
Civil, da Arquitetura e de alguns outros cursos rece- atuar em uma ou mais áreas do conhecimento. Em
bem pouquíssimas informações sobre as atividades primeiro lugar, a escolha recai entre trabalhar com
desses profissionais no campo dos Transportes. Sen- transporte de passageiros ou transporte de cargas.
do assim, a procura por especialização na área tam- Quanto à área de abrangência, o profissional poderá
bém se torna muito baixa. optar por trabalhar com transporte urbano ou rural
Os Transportes são considerados como ativida- (regional ou internacional). Quanto ao modo, pode
des meio, mas nem por isso são menos importantes optar pelo rodoviário, ferroviário, aquaviário, aero-
do que as atividades fim, tendo em vista que sem viário ou dutoviário. Quanto ao tipo de atividade,
eles as outras atividades correm o risco de funciona- pode se dedicar ao planejamento de sistemas de
rem de forma precária ou até mesmo de nem funcio- transporte; aos projetos de infraestrutura (vias, esta-
narem. ções, terminais, obras de arte etc.); aos projetos de
Outra questão relevante é que os Transportes es- trânsito (circulação, geométricos e de sinalização); à
tão diretamente relacionados com o desenvolvimen- implantação e manutenção de vias e de dispositivos
to social e econômico de uma cidade, região ou país. de sinalização e controle do tráfego e, por fim, à
Social, ao permitir o deslocamento das pessoas para operação/fiscalização e monitoramento do tráfego.
a realização de suas atividades e econômico, ao per- Quanto ao setor, pode optar por trabalhar no setor
mitir o deslocamento das cargas, sejam elas insu- público (gestão, operação e fiscalização) ou no setor
mos ou bens de consumo. Sua importância é tal que privado (prestação de serviços). Importante notar
é considerado como um dos índices de determinação que o cruzamento dessas opções gera infinitas pos-
do nível de desenvolvimento: quanto mais estrutura- sibilidades de atuação para o Engenheiro Civil.
do é o setor de Transportes, mais desenvolvido é o No último semestre, por iniciativa do Professor Flávio
país. Aburachid Vieira, conversei um pouco com os alunos do

EXPEDIENTE
Jornalista Responsável Contato:
Maria Fernanda P. R. Ferreira - 31 98321-9492
9.017 JP Instagram
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Produção, edição e fotografia
Rua Cristiano Moreira Sales, 150 - Sala 1103 - Maria Fernanda e Prof. José Informativo dos Engenheiros
Dimas Rietra da Kennedy
Bairro: Estoril - BH/MG - CEP: 30494-360 Email:
(31) 98800-4351 / (31) 2528-6668 jdrietra@gmail.com.br Todos os Direitos Reservados
1° período sobre Transportes e pude perceber que a maio- nhos passíveis de exploração pelos alunos e, com certeza,
ria deles ingressou no curso com uma visão limitada sobre o campo dos Transportes é um dos mais promissores, ten-
o assunto. Acredito que esse encontro cumpriu o objetivo: do em vista sua relevante importância para o País.
de ampliar o entendimento sobre os diversos campos de
atuação do Engenheiro Civil. Fernando de Oliveira Pessoa - Engenheiro Civil e Pro-
Para terminar, entendo que o papel das faculdades, fessor da disciplina de Gestão e Controle de Transporte
como formadores de profissionais, é pavimentar os cami- e Trânsito, das Faculdades Kennedy

Obras em Destaque
Revitalização do Instituto Raul Soares é concluída
A Kennedyana Fabiana Lisboa foi a responsável pela obra de revitalização da unidade de urgência do Instituto
Raul Soares, em Belo Horizonte.
O Instituto Raul Soares foi erguido em Belo Horizonte inspirado no hospital psi-
quiátrico de Frankfurt da Alemanha, que com sua configuração arquitetônica em
alas representam em planta baixa o corpo humano. O caráter vanguardista da
construção simbolizou um grande avanço para a história da engenharia do
Brasil à epoca.
A área externa do serviço de urgência do instituto pertencente a Funda-
ção Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig ) passou por obras de revi-
talização e por se tratar de prédio tombado pelo patrimônio histórico, foi apli-
cada uma técnica de modernização de construções antigas chamada Retrofit,
cujo objetivo foi corrigir problemas de infraestrutura tornando o espaço mais
seguro, sem no entanto retirar seus elementos originais históricos e arqui-
tetônicos.
As melhorias se deram na renovação do telhamento e da cobertura do
pátio de entrada da urgência, parte elétrica, drenagem pluvial, SPDA, além
de instalação de um letreiro luminoso para identificação do serviço. O valor total
investido alcançou 440 mil reais.
A Kennedyana Fabiana Lisboa responsável pela coordenação de execução e acom-
panhamento de intervenções da diretoria de planejamento, gestão e
financeira (DPGF) da Fhemig, foi a responsável pela revitalização e
enfatiza: “diante de tantas variáveis, assim como toda intervenção
em imóvel tombado, essa não foi uma missão fácil, pois precisamos
respeitar a história viva que a edificação representa, mas também
revitalizá-la para garantir um atendimento seguro e salubre aos
usuários. Por meio da análise bioclimática, houve aproveitamento das
condições naturais de iluminação e ventilação, essenciais para proje-
tos ligados a serviços de saúde, “ conclui Fabiana.
A Kennedyana formou-se em 2003 e depois de exercer a profissão
em inúmeras construtoras empresta toda sua experiência a Fhemig
onde no caso da presente obra, fez o projeto, licitou e fiscalizou, após
20 anos sem investimentos.

Empreendimentos e Construções Ltda


Transformar grandes ideias em realidade. É para isso que os
profissionais da Engeasa estão no mercado de construção
civil há mais de 30 anos. São centenas de obras com alto
padrão de entrega, nos segmentos:
Residencial / Comercial / Industrial / Médico-Hospitalar
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Reaproveitamento do lodo oriundo de estações de trata-
mento de esgoto sanitário e sua utilização como matéria
prima na fabricação de tijolos cerâmicos vazados
Os recursos hídricos têm sido ameaçados continuamente. As reservas de água
potável estão se exaurindo devido ao consumo desenfreado entre outros. A ideia é atuar
de forma efetiva com aplicação de investimento nos sistemas de tratamento de esgo-
tamento sanitário e gerenciamento da disposição final do resíduo sólido gerado, cha-
mado Lodo, que é rico em nutrientes e matéria orgânica, altamente contaminante e
prejudicial ao meio ambiente. Dessa forma, a proposta deste estudo é tornar o Lodo
matéria prima para fabricação de tijolos vazados, ao ser incorporado à massa cerâ-
mica. Visando à preservação ambiental, já que seu descarte sem tratamento é prejudi-
cial à área na qual é depositado, esse projeto de pesquisa pretende reintegrar o lodo
descartado ao ciclo produtivo, com a utilização de técnicas de reuso.
Foram fabricados tijolos cerâmicos vazados, contendo 0%, 10%, 20%, 30% de lodo,
com as dimensões de 88 x 71 x 35 mm, moldados utilizando-se uma prensa mecanizada em olaria e quei-
mados em forno industrial tipo Hoffman.
O lodo utilizado como matéria-prima na modelagem dos corpos de prova foi recolhido do leito de secagem
de uma ETE, em forma de torrões secos, proveniente do tratamento anaeróbio UASB. Foram utilizados dois
tipos de argila, denominada argila de várzea advindas do pátio da própria Olaria, onde foram moldados
os corpos de prova.

Lodo recolhido do leito de secagem. Argila recolhida do pátio da Olaria Forno Hoffman _ vista superior

Tijolos Moldados Corpos de prova sendo medidos

Em comparação ao tijolo testemunha, os tijolos com percentual de lodo tiveram alteração de odor apenas
na fase úmida. Quanto à deformação, apenas algumas peças com porcentagem de 30% apresentaram ares-
tas quebradas e fissuras superficiais, o que leva a deduzir que, houve uma homogeneidade irregular.
O percentual de absorção de água dos tijolos é distinta entre eles, isto implica que há realmente um incre-
mento significativo da absorção quanto ao aumento da dosagem de percentual de lodo.
Na análise de resistência à compressão, os tijolos com dosagem de 10% e 20% de lodo tiveram um per-
centual de RC acima do tijolo-testemunha.

Fonte: Gráfico elaborado pela autora com base no resultado dos cálculos da média de absorção de água dos tijolos

Fonte: Gráfico elaborado pela autora com base no aumento da Resistência à Compressão dos tijolos com 10 e 20% de lodo.

Constatou-se que: os tijolos não tiveram alteração de odor após a queima; em nenhuma das dosagens
constatou-se variações de dimensões consideráveis. Para as condições especificadas neste experimento
pode-se concluir que, as dosagens máximas que podem ser incorporadas a massa cerâmica na fabricação
de tijolos vazados atendendo aos requisitos técnicos são de 10 e 20% de lodo. Em relação às normas
ambientais, estudos realizados demostraram que os tijolos maciços após a queima, em caso de demolição
estão inseridos na classe II A- não perigosos e inertes (DUARTE/2008).
Por Kennedyana Monira Kansaon Tarabai

Endereço: Rua de Aldebaram, 1550 -


Cidade Verde, Betim - MG, 32649-420
Telefone: (31) 3532-1652 - @betmixconcreto
Kennedyano de Sucesso
Marcilaine Regina M. Ribeiro
Graduada na Kennedy em 2003, possui Especialização em Engenharia de
Transportes, MBA Gestão de Projetos e recentemente adquiriu o título de En-
genheira de Segurança do Trabalho, entre outros cursos técnicos. Atua na cons-
trução civil desde o Planejamento, Gerenciamento até a Execução de obras
sejam elas Residenciais, Comerciais, Hospitalares, Escolares, Restaurações,
Industriais e Mineradoras. Além de atuar na Área de Avaliações e Perícias
desenvolvendo Laudos Técnicos de Avaliação Estrutural, Patologias Constru-
tivas, entre outros.
Trabalha na Vertex Soluções e já trabalhou na PHV Engenharia, Habitare
e na Lacosta Engenharia.

Bruno Batista Braga


Formado em 2011 é Engenheiro Sênior com experiência em desenvolvimen-
to e implantação do sistema construtivo em parede de concreto desde 2009, com
enfoque no MCMV, atuando nos estudos de viabilidade, avaliação de fabrican-
tes e tipos de forma, materiais e subsistemas, treinamento de equipes, crono-
gramas e planejamento.com sua experiência na liderança de grandes equipes
participou da construção de mais de 20.000 unidades habitacionais em paredes
de concreto nos estados de MG, RJ, RO, CE e DF.
Possui MBA em Gestão de Negócios Imobiliários e Construção Civil pela
FGV e atualmente trabalha na Direcional Engenharia (SP). Trabalhou anterio-
mente na MRV Engenharia (RJ), JC Gontijo Engenharia. Tem domínio do pa-
cote office, MS Project e Auto Cad e fala fluentemente inglês.

Adynan Marques
Formado na turma de 2003, Adynan é sócio da Construtora VAM Enge-
nharia, atuando na Edificação de Prédios Comerciais e Residenciais de Alto
Luxo nas áreas nobres de Belo Horizonte, há mais de 20 anos. O Kennedyano
é o Responsável Técnico por todas as etapas da construção desde a regulariza-
ção do imóvel até a entrega das chaves.
Adynan trabalhou na Celso Gontijo De Paula, Fundações e Engenharia de
Solos e Somattos Engenharia e Comércio Ltda.
É para frente que se anda
É para frente que se anda
Estamos vivendo um momento turbulento de incertezas, com enormes desafios
aos que conseguiram sucesso político. Não se sabe até onde as investigações sobre
os fatos ocorridos no dia 8 de janeiro vão chegar, nem quem são os envolvidos na cúpu-
la do governo, inclusive militares. Junto a isso, ainda temos um cenário de grandes
dificuldades econômicas e de instabilidade política, problemas que precisam ser su-
perados para que o país possa voltar à normalidade.
E olha que a posse dos eleitos na Câmara, a grande maioria de oposição ao atual
governo, acontecerá em fevereiro. Caso não consiga o apoio do legislativo e não fizer
por onde merecer, não terá a menor chance de dar certo. Os primeiros sinais já foram
efetivados, com o aumento do número de ministérios para 37 e a indicação e posse
de pessoas que assumem o posto, trazendo consigo uma carga enorme de processos,
com média de no mínimo dez para cada um, tendo como exemplo o que os convi-
dou. O objetivo é o de cooptar diversos partidos políticos e segmentos da sociedade para conseguir uma
boa base comprometida com as ações que fazem parte das promessas de campanha. Talvez, quando o
novo congresso assumir, a situação política se normalize um pouco mais.
Neste momento, existe uma distinção entre os reacionários, os extremistas, a direita radical e um deslo-
camento dos conservadores que pretendem ser moderados ou institucionais. Diante dos acontecimentos, te-
remos mudanças não apenas da repressão aos atos de vandalismo, mas também no governo federal. Obser-
vamos um crescimento do conservadorismo no país e isso acontece pelo envelhecimento da população. As
pessoas quando ficam mais velhas estão presas a tradições e há uma tendência de abraçarem o conserva-
dorismo, com opção pela centro-direita e direita. Elas repudiam os atos de vandalismo, mas não aceitam ser
chamadas de terroristas e golpistas. Que ninguém se engane apostando que a pacificação do país será um
processo natural ao longo do tempo. Será necessária uma resiliência dos que prezam a democracia.
Acrescenta-se a este momento, estamos em uma época de crises sem precedentes: a primeira pande-
mia global em um século, o maior conflito na Europa desde a II Guerra Mundial, a mais alta inflação em
muitos anos, insegurança alimentar e energética, além das mudanças climáticas. É fundamental o poder
público e privado trabalhar com afinco, aplicando o enfoque certo para podermos efetivamente atender
as aspirações da população. Precisamos de empregos, ruas mais seguras, serviços públicos e de saúde com
qualidade, internet mais rápida, melhor infraestrutura, além de outros elementos essenciais da vida que
todos merecidamente desejam. Faz-se necessário abordar as desigualdades sociais e atender demandas
imediatas por melhores serviços públicos, apesar dos recursos limitados. Vimos que durante a pandemia,
os déficits dobraram e a dívida pública disparou. Mesmo assim, o Brasil fechou o ano com inflação inferior
a 6 % ao ano, índice mais baixo que Estados Unidos e a maioria dos países da Europa. Também tivemos a
menor taxa de desemprego nos últimos anos e as estatais com lucro de R$ 250 bilhões. Só o Banco do Bra-
sil lucrou R$ 30 bilhões no ano passado, sendo o melhor resultado da história. O saldo da balança comer-
cial foi recorde, com mais de USD 60 bilhões. As reservas internacionais estão acima de USD 320 bilhões.
Para que essas demandas sejam atendidas devemos priorizar melhor os recursos disponíveis, ace-
lerando o crescimento, aumentando a produção e impulsionando a inovação. Tudo isso é preciso para abor-
dar as questões sociais, acabar com a pobreza e a desigualdade em todas as dimensões. No mundo de hoje,
os níveis recordes de inflação estão afetando famílias que já estavam à beira de uma crise. Além desses desa-
fios, o poder público deve enfrentar também as mudanças climáticas que já provocam desastres naturais
cada vez mais frequentes. Temos que valorizar e incentivar os melhores cérebros a focarem no desen-
volvimento internacional. Somente quando se sentirem valorizados, respeitados e escutados poderemos
encontrar as melhores soluções. Não se trata apenas de uma questão de recursos humanos, mas um
imperativo operacional que passa pela qualidade da educação. Carecemos criar um ambiente receptivo onde
saibamos escutar, aprender e respeitar diferentes enfoques, não um lugar de intolerância e polarização, ten-
do a humildade de aceitar que não somos donos da verdade. Precisamos aprender com nossas vitórias e fra-
cassos, implicando em um maior diálogo entre governo e as partes interessadas, criando soluções mais efica-
zes e incentivando novas idéias. A confiança de ambos os lados é uma poderosa ferramenta para obter êxito.
Este alicerce do trabalho será baseado em um compromisso com a meritocracia, ética e diversidade em todos
os níveis. É interessante observar que, mesmo neste contexto de polarização e incerteza que estamos vendo
globalmente, há um consenso esmagador sobre a necessidade de nos fortalecermos de forma ágil e eficaz,
baseado em uma governança com sólida estratégia de capital humano e transformação digital bem sucedi-
da. Para isso, é necessário avaliar melhor este impacto e proporcionar incentivos, processos e políticas na
medida certa, implicando uma colaboração estreita e criativa com o setor privado para mobilizar capital e
ter impacto efetivo no desenvolvimento do nosso país.
Os vastos recursos naturais e o espírito empreendedor de nossa gente oferecem um enorme potencial. Só
precisa ativá-lo de forma sustentável, incluindo a necessidade de energia limpa. Necessário ainda incluir um
valor subjacente que sustente esta visão: promover o estado de direito e instituições democráticas eficazes
que são cruciais para o desenvolvimento. Acredito que uma liderança bem sucedida tem que ser colabora-
tiva, inspirar o diálogo e a transparência , assim como fomentar a confiança e promover a prosperidade.

Fala Kennedyana
A Kennedyana Hatlen Soares contou parte de sua trajetória na Kennedy
Um pouquinho atrasada... Depois de 1 ano e 4 meses voltei ao lugar
onde iniciei um grande sonho. Em março de 2015 fui recebida na Escola
de Engenharia Kennedy, com grande honra e como uma pessoa impor-
tante e essencial para aquele local.
Por muitos momentos pensei em desistir, foram dias difíceis, mas
também dias leves. Fiz amizades que carregarei para sempre, conheci o
amor da minha vida, tive Mestres que se tornaram eternos professores.
Foi a melhor fase da minha vida, foram momentos de conhecimento in-
tenso, aprendizados que definiram minhas estratégias, projetos e pla-
nos, conhecimentos que ninguém será capaz de retirar de mim. Ao lem-
brar de tudo que passei para hoje estar aqui lhes contando, tive uma
certeza e um momento de agradecimento que se prolongará por toda
eternidade. Foi Deus o grande responsável por mais essa conquista, não
sou merecedora, mas sou grata.
Prof. Dimas, Mestre, o senhor em especial será meu eterno profes-
sor. Me lembro do quão difícil foi concluir sua disciplina. Sou de uma
família simples, tive de abandonar os estudos por 8 anos para poder tra-
balhar. Me formei no ensino médio por meio de provas do Enem, não ti-
ve base para entrar em uma faculdade tão conceituada como a EEK,
mas me esforcei por 5 semestres com o senhor e quando menos espe-
rei, estava eu ensinando aos colegas essa disciplina que hoje amo, por
sua causa, logo, logo chego ao Mestrado.
Obrigada por tudo Professor Dimas!

Rua Nossa Senhora das Graças, 116 - Pedro Leopoldo/MG


Email: malloy@malloy.com.br - Tel: 31 3661-1944

Participe do nosso informativo: mande-nos artigos, fotos ou conte-nos histórias do seu


tempo de estudante de sua vida profissional. (jdrietra@gmail.com)
ENTREVISTA DO MÊS: Pedro Antônio Abrantes Cardoso
Trajetória profissional das Construções com o professor
Fiz muitos estágios quando Osvaldo Magalhães tirei zero, ape-
ainda cursava o curso de engenha- sar de ter passado cola para toda a
ria na Kennedy. Era época em que turma que tirou nota máxima. Fui
grandes empresas iam as facul- argumentar com o professor o mo-
dades em busca de novos profis- tivo de tal nota. Ele então disse
sionais. Optei pela Mendes Júnior que os valores estavam corretos,
onde trabalhei dois anos. Em São mas sem as respectivas unidades.
Luís do Maranhão participei da
execução da construção da ponte O que sente mais falta dos tem-
ferroviária do Estreito dos Mosqui- pos da Kennedy
tos e da execução da plataforma A camaradagem entre os cole-
da fábrica da Alcan (1,0 km x 1,5 gas. O ensino na época era anual e
km), executado em cinco meses. participávamos juntos de toda jor-
Voltando a Belo Horizonte, parti- nada estudantil. Sofríamos juntos
cipei da execução das passarelas com os trabalhos e com as provas.
e viadutos da via expressa. Na
CAB, participei da equipe de cál- Lição que ficou
culo estrutural executando tra- Neste tempo de estudante e de
balhos como pontes, reservatórios, profissional da engenharia aprendi
ETA, ETE e obras pequenas no que é preciso ser humilde, apren-
Brasil inteiro, por seis anos. Tra- der com os mais experientes no
balhei ainda na OR Civil Constru- canteiro de obras e no escritório de
tora como engenheiro supervisor, projetos.
Formado pela Escola de Enge- na Sadel como diretor técnico por
nharia Kennedy em 1981, Pedro dois anos nas obras do Parque da Pedro lecionou Concreto Arma-
Cardoso é projetista de estrutura, Lagoa do Nado em BH e em pontes do e Pontes na Kennedy, na Uni-
elétrico (baixa tensão) e hidráulico. para a Construtora Santana”. versidade de Itaúna, Pitágoras e na
Seu escritório de projetos elabora FACEB de Bom Despacho. Atual-
obras residenciais, industriais e Caso pitoresco vivido na escola mente, ele tem um escritorio na ci-
pontes. Numa prova de Estabilidade dade de Divinópolis.
Alerta de uma Kennedyana
Engenheiro para quê ? profissão. E ele nem escutou
Esta foi a pergunta que um eletricista me fez, as- a pergunta do eletricista. Será
sim que tive contato com profissionais de construção mesmo? Será que este pedido
numa pequena cidade das Minas Gerais. E confes- de desregulamentação da en-
so... Entre o espanto e a admiração, ainda não con- genharia não vem de um cla-
segui verdadeiramente descobrir a melhor resposta. mor popular para nos impelir a
Ora sou formada há 30 anos. E nunca havia me sermos um grupo de profissio-
deparado com esta pergunta, mesmo assistindo atô- nais mais ativos coletivamente
nita a erros grosseiros de execução e projeto, prin- e deixarmos de visar tanto o
cipalmente os viários. Muitas vezes tive vontade de lucro a qualquer preço e passar
sair gritando aos quatro cantos, esta mesma per- a vislumbrar o bem estar a
gunta. Contudo, percebo que a nossa apatia foi per- qualquer custo? Será que a
mitindo que a sociedade descarregasse nos nossos nossa sociedade não está nos
ombros todas as mazelas de um sistema corrupto e dando uma chance de trazer de
que, com braços da engenharia, se justifica e se cor- volta a nobreza de nossa profissão, afastando-a, de
robora. Houve uma época em que, ao mostrarmos a vez, da imagem maniqueísta que foi produzida duran-
carteirinha do Crea, vinha logo a pergunta: “traba- te décadas, abrindo espaço para profissionais de to-
lhou na Odebrecht?”, de maneira acusatória e, mal- das as outras áreas virem a utilizar-nos como galinha
dosa. Infelizmente viramos sinônimo de “conchavos, dos ovos de ouro?
de desvios, de malefícios”, para na derrocada final, Fica aí, uma pequena reflexão sobre a prática nossa
um certo político se achar no direito de propor a re- de cada dia.
tirada da necessidade de regulamentação de nossa

Uma vida dedicada a


educação
Sueli Moreira formou na Escola de Engenharia
Kennedy em 1992, tendo ainda graduação em Li-
cenciatura Plena para o Ensino Técnico pela Fun-
dação de Educação para o Trabalho de Minas Ge-
rais em 1998 e graduação em Licenciatura Plena
em Física, pela mesma Fundação e Especializa-
ção em Química lato-sensu pela UFLA/ FAEP/ Uni-
versidade Federal de Lavras. Destacamos ainda
que a Kennedyana cursou educação ambiental, es-
cola sociologia e educação, como disciplina opta-
tiva da grade de Mestrado em Educação da Uni-
versidade do Estado de Minas Gerais.
Na área da engenharia tem experiência em pro-
cessos construtivos, orçamento e controle de custo
de obras residenciais e comerciais. Como engenheira
atuou nas seguintes empresas: MRV, CAC, Sólido
Engenharia, entre outras. Hoje atua no ensino mé-
dio como professora de Física na rede pública do Es-
tado de Minas Gerais.
Sueli é autora do livro in-
fantil “Aurora e o Pé de Amo-
ra“ pela editora Viseu, lança-
do em 2020. O Livro está dis-
ponível em: editora Viseu, Ma-
gazine Luiza, americanas.com,
shopping, Amazon, lojas física
Berthon Papelaria bairro Fer-
não Dias. Ela ainda tem traba-
lho publicado na revista Dia-
logia, edição número 41.

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