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Estado – Comunidade (povo) politicamente organizada, fixada num território e dotada de soberania.
Funções do Estado
Funções jurídicas Funções não jurídicas
Legislativa Executiva Judicial Política Social Económica
Elaboração de Execução e Aplicação se Garantir o Apoiar os Dinamizar a
leis aplicação de sanções a quem bem-estar da carenciados atividade
(Assembleia leis não cumpre as população económica e o
da República e (Governo) leis (tribunais) crescimento
Governo) económico
➢ Empresas participadas: são aquelas em que o Estado detém menos de 50% do capital.
As empresas do setor empresarial do Estado podem ser criadas de raiz ou resultar do processo de
nacionalização.
Nacionalizações – transferência da propriedade de uma empresa privada para o Estado
Fatores que justificam as nacionalizações:
• importância da empresa para o país, pelo que não deve ficar nas mãos dos particulares, que pretendem
alcançar os seus objetivos pessoais em detrimento dos interesses da coletividade;
Privatizações – O Estado aliena, totalmente ou em parte, o capital de uma empresa pública, passando este
para a posse de entidades privadas. Estas operações são efetuadas, em geral, nas bolsas de valores, através
da emissão de ações.
Objetivos das privatizações:
• modernização e aumento de competitividade das unidades económicas;
Princípios defendidos
• Não intervenção do Estado na vida económica
• Propriedade privada dos meios de produção
• Livre iniciativa e livre concorrência
• Liberdade de trocas entre as Nações
A Economia, sujeita apenas aos mecanismos do mercado, não consegue autorregular-se O Estado
foi obrigado a repensar o seu comportamento não intervencionista
Estado intervencionista
Estado que providencia a satisfação das necessidades básicas das populações. Assume funções económicas
e sociais, para além das funções políticas e jurídicas. Deve intervir em certas áreas da Economia (por ex.
emprego, rendimento, investimento), com o objetivo de prevenir outras crises ou, pelo menos, minorar os seus
efeitos.
1. Eficiência
Gestão racional dos fatores de produção (trabalho, capital e recursos naturais), não permitindo desperdício
de recursos.
A defesa da eficiência pode por em causa a equidade
Falhas de mercado: ineficiências resultantes do livre funcionamento do mercado. As falhas de mercado são
a concorrência imperfeita (monopólios e oligopólios), as externalidades e a necessidade de bens públicos.
Falhas de
mercado
Concorrência
Externalidades Bens públicos
imperfeita
Externalidades positivas: quando existem benefícios indiretos resultantes de um processo produtivo (Ex:.
inovação tecnológica ou descobertas científicas)
Externalidades negativas: quando existem efeitos negativos para a sociedade, associados ao processo
produtivo (Ex: a poluição)
Bens Públicos:
➢ não são pagos diretamente;
➢ podem ser usufruídos em simultâneo por várias pessoas, sem que se possa impedir alguém de os utilizar
(não exclusivos - ninguém pode ser excluído de beneficiar de um bem público; e não rivais – o uso de um
bem público não diminui o benefício de uso de outras pessoas);
➢ são fornecidos aos cidadãos independentemente de estes quererem ou não;
➢ não apresentam oferta privada, pois não são lucrativos dentro de uma lógica de mercado, logo o Estado
tem de produzir esses bens e serviços, pois se não o fizer o mercado também não o faz. É, por isso, uma
falha de mercado. Exs.: defesa nacional, segurança pública, saúde e educação pública, estradas, pontes,
jardins, iluminação…
Medidas adotadas pelo Estado para corrigir as falhas de mercado
Concorrência Imperfeita Externalidades Bens Públicos
A formação de monopólios Positivas Negativas O Estado tem
ou de oligopólios impede a Uma vez que se traduzem Uma vez que são de produzir
formação do preço de em benefícios para a prejudiciais para a esses bens e
equilíbrio do mercado e comunidade, o Estado: população, o Estado: serviços,
anula ou condiciona a - aplica subsídios para - aplica impostos ou taxas necessários à
concorrência. O Estado diminuir o preço do bem e para aumentar o preço do satisfação de
corrige esta falha de aumentar o seu consumo, bem e diminuir o seu necessidades
mercado aprovando leis - concede benefícios e consumo, coletivas, pois
anti monopólio e contra a isenções fiscais a uma - impõe restrições e se não o fizer
concertação de preços, atividade, sanções (multas) à sua o mercado
limitando os poderes do - reduz impostos utilização, também não o
monopolista; - institui o sistema de -fixa limites máximos de faz
fixando preços máximos, patentes emissão de gases,
nacionalizando empresas e
impondo impostos, sobre o
monopolista ou oligopolista.
2. Equidade
Visa a promoção da justiça social.
A repartição primária do rendimento gera desigualdades económicas e sociais. O Estado intervém através da
repartição secundária ou redistribuição de rendimentos com o objetivo de corrigir as desigualdades existentes.
3. Estabilidade
Evitar desequilíbrios de mercado, promover o crescimento económico e o controlo dos preços, da procura, do
emprego e das contas externas.
O Estado deve intervir de forma a prevenir a instabilidade, evitando-a ou minimizando os seus efeitos – ou
seja, deve intervir de forma a garantir a estabilidade, assegurando que a economia cresce de forma
sustentada e equilibrada, e sem o surgimento de crises ou grandes oscilações nos preços.
1. Planeamento
O planeamento permite articular as diferentes iniciativas públicas e privadas nos domínios económico e social,
no sentido, de potenciar as capacidades da economia e, assim, maximizar a satisfação de necessidades
individuais e coletivas, com o mínimo dispêndio de recursos materiais, financeiros e humanos. Exige que se
inventariem recursos, se definam as necessidades de satisfação prioritária, os ramos de atividade a incentivar,
o tipo de subsídios a receber e as regiões mais carenciadas.
O planeamento assume um caráter de:
Planeamento imperativo para todo o setor público: neste setor os administradores nomeados para as
empresas públicas são obrigados a cumprir os objetivos e os meios definidos pelo plano.
Planeamento indicativo para todo setor privado que não se encontra sobre a alçada do estado: neste setor
para que os objetivos definidos no plano sejam efetivamente atingidos, o estado já que não pode obrigar,
compulsivamente a aceitá-los, lança mão de determinadas estratégias nomeadamente políticas fiscais que
incentivem a aposta em determinados setores e regulamentação de preços.
2. Orçamento de Estado
Documento onde são previstas as receitas e as despesas do Estado para determinado período, geralmente
um ano.
Patrimoniais ou voluntárias: rendimentos gerados pelo património do Estado (ex. lucros do SEE, rendas,
privatizações…).
Creditícias: resultam dos empréstimos contraídos pelo Estado, originando a divida pública interna ou externa.
Coativas: são obrigatórias e impostas pelo estado. Estas receitas são prestações pecuniárias (pagamentos
em dinheiro) exigidas aos particulares (ex. taxas, contribuições sociais e impostos).
Contribuições Sociais: são exigidas coativamente pelo Estado para financiar a Segurança Social e
são pagas pelas empresas (Contribuições a cargo da entidade patronal) e pelos trabalhadores
(Contribuições a cargo dos trabalhadores)
Taxas: pagamentos com contraprestação (bilaterais), onde é pago um serviço que foi prestado pelo
Estado.
Impostos: prestação em dinheiro que é exigida coativamente pelo Estado, sem carácter de sanção
e de forma unilateral, podendo ser direto ou indireto. Onde nenhum serviço foi prestado pelo Estado.
Impostos diretos - incidem sobre o rendimento ou sobre o património dos contribuintes, com
base numa matéria coletável, perfeitamente determinada: IRS, IRC e IM.
Impostos indiretos - incidem sobre o consumo, produção ou despesa. A matéria coletável é
indiretamente determinada. EX: IVA e imposto de consumo sobre o tabaco.
Os Estados realizam muitas vezes um volume de despesas superior ao volume das suas receitas, como
forma de estimular o crescimento das economias, verificando-se um défice orçamental. Este pode ser
financiado pelo recurso ao crédito: os Estados contraem empréstimos e endividam-se, originando a dívida
pública, pela qual pagam juros para além dos reembolsos dos empréstimos.
➢ Dívida pública fundada ou de longo prazo: a dívida deve ser paga nos períodos orçamentais seguintes
(prazo >1ano)
➢ Dívida pública flutuante ou de curto prazo: a dívida deve ser paga no período de vigência do orçamento
(1 ano).
➢ Limitação das despesas, pois não poderão ser realizadas despesas superiores, ou não previstas, no
orçamento;
➢ Exposição do plano financeiro de Estado, ao mostrar as despesas que a administração vai realizar e ao
indicar as respetivas fontes de receita.
Políticas conjunturais: têm como objetivo a correção dos desequilíbrios no curto prazo, num período inferior
a 1 ano. Ex.: políticas orçamentais, fiscais, monetárias, de preços, de combate ao desemprego e redistribuição
de rendimentos.
Políticas estruturais: têm como objetivo uma alteração do funcionamento e das estruturas em que assenta
a economia. Os seus efeitos fazem-se sentir a médio (entre 1 e 5 anos) e a longo prazo, por um período
superior a 5 anos. Ex.: políticas setoriais, políticas de crescimento económico (ambiente, educação, saúde e
Segurança social).
Política fiscal
Traduz-se na criação ou aplicação de impostos sobre o rendimento, o património ou o consumo (impostos
diretos ou indiretos).
Tem como objetivo a redução das desigualdades existentes (por ex. aplicação de taxas progressivas) e o
financiamento de políticas sociais. É a principal fonte de receitas do Estado.
Sistemas de tributação:
Proporcional: a taxa a aplicar à matéria coletável (valor sobre o qual incide o imposto) é sempre a mesma;
o imposto varia na proporção da matéria coletável – por ex. a taxa é sempre 10%, quer a matéria coletável
seja 100€ ou 500€
Progressivo: a taxa aumenta à medida que aumenta a matéria coletável – por ex. taxa de 10% se a matéria
coletável for 100€, taxa de 20% se a matéria coletável for 500€
Regressivo: a taxa diminui à medida que aumenta a matéria coletável – por ex. taxa de 20% se a matéria
coletável for 100€, taxa de 10% se a matéria coletável for 500€
Política orçamental
Corrigir os excessos do ciclo económico (política contraciclo) e promover a estabilidade.
Usa como instrumento o Orçamento de Estado (receitas e despesas públicas).
Política monetária
Visa o controlo da quantidade de moeda em circulação, das taxas de juro e das condições de crédito. Permite
controlar a inflação e atividade económica
Com a adesão à União Económica e Monetária, vigora uma política monetária e cambial única, definida para
toda a Zona Euro pelo Banco Central Europeu.
“No caso da União Europeia, a política monetária da Zona Euro é definida por um órgão supranacional, o
Banco Central Europeu, enquanto que as atuações sobre as finanças públicas (política orçamental) são da
responsabilidade de cada Estado, embora sujeitas a algumas condicionantes.”
Política monetária restritiva Política monetária expansionista
(diminui a massa monetária em circulação) (aumenta a massa monetária em circulação)
Aumento da taxa de juro ativas Diminuição da taxa de juro ativa
Difícil acesso ao crédito Fácil acesso ao crédito
Aumento da taxa de desconto Diminui a taxa de desconto
Venda de títulos em open market Compra de títulos em open market
Aumento das reservas bancárias Diminuição das reservas bancárias
Desvalorização da moeda Valorização da moeda
Política de preços
Visa combater a inflação e alcançar uma maior justiça social através do controlo dos bens essenciais.
Instrumentos:
▪ Congelamento dos preços
▪ Subsídios à produção de bens essenciais
▪ Fixação de preços máximos de bens essenciais – por ex. pão, leite, eletricidade
▪ Controlo administrativo dos preços no caso de monopólios e oligopólios (Autoridade da Concorrência)
▪ Controlo do preço de bens e serviços produzidos pelo Sector Empresarial do Estado
▪ Impostos indiretos – por ex. diferentes taxas de IVA
Numa economia globalizada e cada vez mais competitiva, a política de preços tem vindo a deixar de ser
regulada pelos Estados.
Instrumentos:
Política fiscal: aplicação de impostos diretos progressivos, cujas receitas são depois aplicadas ao
serviço dos mais carenciados. As famílias e empreses com maiores rendimentos terão de pagar ao
Estado uma parcela mais elevada de imposto.
Política de preços: fixação dos preços de bens de grande consumo para proteger a população mais
desfavorecida – por ex. concessão de subsídios aos bens de primeira necessidade; impostos sobre
bens de luxo
Política social: a Segurança Social efetua transferências para as famílias – por ex. subsídios e outras
prestações sociais, para garantir um nível de vida digno aos mais carenciados. O Estado também
produz bens ou presta serviços a baixo custo ou gratuitamente.