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Relações Económicas de Portugal com a UE e com o Resto do Mundo

- 1957 – CEE (6 países: Bélgica, Holanda, Luxemburgo, França, Itália e Alemanha)

- até à década de 60: Economia mias fechada, modelo protecionista;

- década de 60:

• Entrada na EFTA ( Associação Europeia de Comércio Livre) em 1961;


• Abertura ao exterior, forte crescimento económico (Taxa do PIB > 5%).

- Anos 70: Choques petrolíferos – Abrandamento no crescimento

- 1986:

• Adesão de Portugal à CEE;


• Redirecionamento do comércio internacional: criação e desvio do comércio;
• Quer nas exportações, quer nas importações, cresce o peso da CEE/UE;
• Permanente incapacidade da produção nacional suportar a procura interna;
• Necessidade de forte importação;
• Défice crónico da Balança de Bens: PT importa mais do que exporta e importa produtos de valor superior ao do
que exporta.

Peso da UE no comércio internacional

- Forte peso (70-80% das exportações e das importações)

• “monomercado”, aspeto negativo: excessiva dependência;


• Aspeto positivo: perda de peso da UE no total de comércio internacional → alguma diversificação.

Blocos: UE, PALOP (países africanos de língua oficial portuguesa, NAFTA (EUA, Canadá, México), MercoSul (Brasil,
Argentina, Uruguai)

Em resumo:

- Forte predomínio do comércio intra-UE;


-Tendência para diminuir o peso do comércio intra-UE;
-Crescimento de outros blocos;
-Crescimento estratégico de alguns países extra-UE, como a China e o Brasil.

A Intervenção do Estado na Economia

Elementos do Estado: povo, território, poder político/soberania

Funções do Estado

Funções Jurídicas:

• Função Legislativa (elaborar as leis): Assembleia da República;


• Função Executiva (governar/administrar): Governo;
• Função Judicial (aplicar leis): Tribunais.

Funções não Jurídicas:

• Função Política: tem em vista a satisfação dos interesses gerais da sociedade (ex: justiça, segurança, defesa), ou
seja, todas as atividades tradicionais do Estado Liberal.

Estado Liberal/ Estado Intervencionista

Estado não intervém na economia/Estado assume funções económicas relevantes


• Função Social: tem em vista assegurar condições mínimas de bem-estar da população (ex: fixação de salário
mínimo, criação do RSI, subsídio de desemprego);

• Função Económica: tem em vista o desenvolvimento/crescimento económico:

- criação de infraestruturas (rede de estradas, portos, ferrovia, aeroportos), desenvolvimento da ciência, aposta na
educação e na saúde, produção de bens e serviços essenciais (transportes públicos), controlo dos preços dos bens
essenciais, promover o emprego/combate ao desemprego, política monetária (taxa de juro), política orçamental,
política fiscal.

A Organização do Estado

Os órgãos de soberania

1. O Presidente da República (poder moderador)


2. A Assembleia da República (poder legislativo)
3. O Governo (poder executivo)
4. Os Tribunais (poder judicial)

O Setor Público

• SEE (Setor Empresarial do Estado): contributo para o PIB – setores-chave da economia


- Empresas Públicas, ex: RTP (100%);
-Empresas Participadas: >50% do capital.

• SPA (Setor Público Administrativo): é importante para fazer funcionar os órgãos administrativos (ministérios,
direções-gerais), lança infraestruturas (rodoviárias, portuárias, aéreas, ferroviárias) – forte contributo para o PIB;
presta serviços essenciais (educação, saúde, assistência social).

Breve história do Seto Público em Portugal

- até ao 25 de abril de 1974: economia de base privada, existência de grandes grupos económicos;

- pós 25 de abril: nacionalizações

• Passar do setor privado para o setor público: O QUÊ? Os setores essenciais: a banca, seguros, siderurgia,
cimenteiras, transportes, moagens, bebidas, etc

Porque se leva a cabo uma nacionalização?

• Porque se trata de um setor essencial/estratégico;


• Porque a empresa é essencial e está a descapitalizar-se (próxima da falência);
• Porque a empresa é essencial e é preciso manter/proteger o emprego;
• Porque presta serviços essenciais (transportes públicos).

Nacionalizar porquê? Por motivos puramente económicos ou motivos ideológicos

A partir dos anos 80: Portugal candidata-se à adesão à CEE (espaço de concorrência), movimento pró-liberalismo
nos EUA e na Europa (tendência para o aumento das privatizações)

Evolução da intervenção do Estado na economia

1º - Séc-XVII/XIX – Revolução Industrial – LIBERALISMO (Adam Smith, David Ricardo)

• Propriedade privada dos meios de produção (Livre Iniciativa Privada); objetivo: LUCRO;
• O Estado não deve intervir na economia, a ele caberia apenas as funções de soberania (despesa, segurança,
justiça) e os setores/atividades não rentáveis;
• Autorregulação do mercado (dos preços, do trabalho)
2º - Os excessos do liberalismo no séc.XX

• A economia não era regulada: criação de distorções (monopólio e oligopólio) na concorrência, violação dos
direitos sociais, desregulação da oferta e da procura

1929

- Crise de superprodução

- CRASH: resulta de uma desregulação da economia (ausência do estado), dá-se uma crise económica profunda:
DESEMPREGO

Década de 30: surgem as teorias intervencionistas

INTERVENCIONISMO/KEYNESIANISMO (John Mayard Keynes)

Teoria do multiplicador: 1 invest./Estado = doses sucessivas de investimento privado

1 dose de investimento público induz doses sucessivas de investimento privado

1. Criação de políticas anticrise:


- através de medidas fiscais: diminuição de impostos crescimento económico
- através de medidas monetárias: diminuição das taxas de juro – aumento da procura
- através da política de preços: tabelamento de preços de bens essenciais

2. Criação de um SEE: certas empresas estratégicas devem continuar na posse do Estado

3. Regulação da atividade económica: por exemplo, criação de políticas antitrust (anti monopólio e oligopólio)

4. Defesa da necessidade de investimento público: teoria do multiplicador

Conclusão:

- o mercado apresenta insuficiências (ineficiências e falhas);


- o Estado é chamado a intervir tendo como objetivo: a eficiência, a equidade, a estabilidade.

1- Eficiência: produzir o mais possível com os menores recursos possíveis

• O Estado é chamado a produzir bens públicos: saúde, águas, educação, segurança, defesa, estradas, luz pública;
• O Estado é chamado a regulamentar mercados (monopólio e oligopólio)

2- Equidade

• O Mercado não assegura a equidade;


• O Estado é chamado a corrigir desigualdades: assegurar a equidade, políticas fiscais, políticas sociais (subsídio de
desemprego, apoio escolar, rendas sociais, RSI, transportes públicos)

3- Estabilidade

• O Estado pode adotar medidas que promovem a estabilidade; ex: reduzidos aumentos salariais – reduz a procura
– reduz a inflação (que é uma instabilidade)

Falhas do mercado

- concorrência imperfeita: monopólio, oligopólio;


- externalidades negativas: poluição, radioatividade, gases com efeito estufa.
Instrumentos de intervenção do Estado na economia

1. Planeamento

- é um instrumento de médio/longo ano;


-apresenta as opções estratégicas a seguir
-é indicativo para o setor privado/ é imperativo para o setor público

Ex: aposta na reindustrialização, aposta na energia verde (compra de novos autocarros de passageiros a energia
limpa)

2. ORÇAMENTO GERAL DO ESTADO


• É um documento sob a forma de lei onde são previstas todas as despesas e receitas do Estado durante um ano;
• É uma previsão;
• É anual (o ano económico coincide com o ano civil;
• É o instrumento financeiro do governo.

Como se elabora um orçamento?

1º O Governo faz o levantamento das suas despesas que tem a suportar: despesa de saúde, educação, segurança
social, defesa, segurança, justiça, juros de dívida pública;

2º Em função das despesas, o Governo vai arrecadar as receitas: impostos, venda de património

Funções do Orçamento

• Adaptar as receitas às despesas: só devem ser arrecadas receitas na estrita medida em que cobram as despesas;
• Limitar as despesas: só se efetivam as despesas expressamente previstas no orçamento;
• Expor o plano financeiro do Estado: pela análise do orçamento podemos tirar conclusões acerca de quais são as
prioridades do Governo para o ano em curso. Ex: se há uma aposta na educação, na criação de infraestruturas,
na cultura.

As Despesas Públicas

• Despesas correntes: são despesas anuais que têm efeito durante a vigência do orçamento desse ano
Ex: pagamentos a funcionários, juros da dívida

• Despesas de capital: são despesas que embora realizadas durante a vigência do orçamento, têm
implicações/efeitos nos anos seguintes
Ex: investimento em infraestruturas, compra de ações, reembolso de empréstimos

As Receitas Públicas

• Coativas (correntes): resultam de uma obrigação


Ex: impostos, taxas, multas, coimas (coimas de trânsito)

Diferença entre imposto e taxa


prestação bilateral que resulta da
prestação pecuniária unilateral prestação de um serviço
sem carácter de sanção e que
constitui uma receita pública

• Creditícias (capital): resultam da obtenção de empréstimos que dão origem à dívida pública
• Patrimoniais (capital): resultam da alienação de património de Estado
Ex: venda de empresas públicas (privatização), venda de ações de uma empresa pública ou participada, venda de
imóveis ou floresta, concessões (ex: BRISA)

Exercício: Pagamento de juros – despesa corrente


Propinas da faculdade – receita corrente coativa: taxa
Taxa de audiovisual -receita corrente coativa: imposto
Venda de ações – receita capital patrimonial
Obtenção de empréstimo – receita de capital creditícia
Pagamento de empréstimo – despesa de capital
IMI – receita corrente coativa
Pagamento de novo c.c. – receita corrente coativa
Gastos com pessoal – despesa corrente
Nova ala pediátrica Hospital de S.João – despesa de capital
IRC – receita corrente coativa
Pagamento de pensões – despesa corrente
Descontos para a Segurança Social – receita corrente coativa
Privatização dos CTT – receita de capital patrimonial
Taxa moderadora do hospital – receita corrente coativa
Alienação de edifícios – receita de capital patrimonial

Impostos: a principal fonte de receita do Estado

• Diretos: sobre o rendimento e o património; ex: IRS (rendimento de pessoas singulares), IRC (incidem sobre o
lucro das empresas), IMI (incide sobre o valor patrimonial dos imóveis)
• Indiretos: sobre o consumo e a despesa; ex: IVA (6%, 13%, 23%), IPP, IA, IABA, IT, IS

- com taxas progressivas: IRS – rendimento das famílias;


- com taxas proporcionais: IRC – lucro das empresas
- com taxas degressivas: IVA - consumo

Os impostos e a equidade

Taxas progressivas maiores rendimentos → mais impostos → mais equidade

Os impostos e as transferências sociais

Rendimentos mais altos Rendimentos mais baixos

Mais impostos progressivos Menos impostos progressivos

Mais transferências sociais

EQUIDADE

O OGE tem de apresentar saldo positivo? As contas públicas têm de estar equilibradas?

1992 – Tratado de Maastricht

• Criação da EU (1.01.1993)
• Criação da UEM (União Económica Monetária- “moeda única”) até 1.01.1999
• Fixação dos critérios de convergência para atingir a UEM.
1. Critério de estabilidade dos preços
- A taxa de inflação não pode exceder 1,5% a média dos três países com a taxa mais baixa~
Ex: F 1% | B 1,5% | LUX 1% - Média: 1.2% + 1.5% = 2.7 % (máximo)

2. Critério de equilíbrio das Contas Públicas


O défice orçamental não pode exceder 3% do PIB

3. Critério das taxas de juro


As taxas de juro de longo prazo não podem exceder 2% a média dos três países com as taxas mais baixas

4. Critério da Dívida Pública


A Dívida Pública não pode exceder 60% do PIB

5. Critério da Estabilidade Cambial


A moeda nacional terá uma oscilação compreendida numa faixa estreita

Os saldos orçamentais

Receitas públicas > Despesas públicas = SUPERAVITE orçamental (excedente orçamental)

Receitas públicas = Despesas públicas = EQUILÍBRIO orçamental

Receitas públicas < Despesas públicas = DÉFICE orçamental (origina a despesa pública)

Saldo Corrente: Receitas correntes – Despesas correntes

Saldo de Capital: Receitas de capital – Despesas de capital

Saldo Global: Receitas totais – Despesas totais (excluindo ativos e passivos financeiros, empréstimos e amortizações
de dívida – é o que releva para efeitos do controlo de défice)

Saldo Primário: Receitas totais – Despesas totais (excluindo juros da dívida)

Relação entre défice e dívida pública

Como posso obter financiamento? É necessário socorrer-se dos mercados financeiros

➢ Nos mercados, os países estão classificados pelo seu nível de risco, são as agências de rating que atribuem a
cada país o seu grau de risco, que vai determinar a maior dificuldade de acesso ao financiamento, atribuindo-
lhes notas

Défice orçamental: Que défice releva para Bruxelas? – O défice do Saldo Global

Limite imposto pela UE: défice menor ou igual a 3% do PIB

- Se for superior, há um “procedimento por infração” por parte da UE

Exercício

Receitas Públicas Despesas Públicas

Impostos 30 000 Pagamentos a pessoal 20 000


Diretos 13 000
Indiretos 17 000 Investimento 8 000

Taxas, multas e coimas 2 000 Consumo corrente 2 000

Contribuições da S.S. 19 000 Pensões 21 000

Alienação de património 3 000 Outras transferências 3 000

Dividendos 1 500 Juros da dívida pública 7 000

Privatizações 1 000

Rendimentos de carteira 800 PIB 100 000


Calcula:

a) O Saldo Corrente
(30 000 + 2 000 + 19 000) – (20 000 + 2 000 + 21 000 + 7 000 + 3 000) = 51 000 – 53 000 = -2 000 – défice
corrente

b) o Saldo Global
(30 000 + 2 000 + 19 000 + 3 000 + 1 500 + 1 000 + 800) – (20 000 + 8 000 + 2 000 + 21 000 + 3 000 + 7 000) =
57 000 – 61 000 = - 3 700 – défice

c) o Saldo Primário = Saldo Global – despesas c/juros de dívida


- 3 700 + 7 000 = 3 300 – o valor que nos indica se as receitas cobririam a despesa se não fosse o problema dos
juros da dívida

d) Qual é a percentagem do défice?

3% ---- 3 000 – défice máximo

X ------ 3700 x = 3,7 % do PIB, ou seja, infringe a regra do equilíbrio das contas públicas

e) Que soluções adotarias para diminuir o défice?

R: Privatizações ( não muito estratégicas), aumento das receitas de capital, cogular salários e pensões.

--------------------

Défice ano 1

Défice ano 2 Endividamento (Dívida Pública) Necessidade de obter financiamento


Défice ano 3

Recurso aos “mercados” (risco: altas taxas


de juro)
Aumento da dívida
pública (país endividado)

Prejudica o crescimento económico (retira uma parte que se


destinaria ao aumento da procura interna para pagar uma dívida)

Recapitulando:

Instrumentos de intervenção do Estado na atividade económica: o Planeamento, Políticas económicas e sociais, o


Orçamento Geral do Estado

Políticas económicas sociais

➢ É o conjunto de atuações levadas a cabo pelo Estado, no âmbito económico e social, tendo em vista atingir
determinados objetivos afixados previamente (ex: melhor redistribuição, incentivos ao
crescimento/desenvolvimento, criação de infraestruturas geradoras de emprego)

O que se pretende com essas políticas?

• Garantir melhor afetação dos recursos disponíveis;


• Regular a atividade económica de modo a evitar desequilíbrios (inflação, desemprego)
• Intervir na repartição do rendimento (promovendo a equidade)
Fases de uma política económica e social

1 2 3 4
Identificação de Fixação de objetivos Que instrumentos Avaliação de
Finalidades
utilizar conhecimentos
Ex: aumentar as
Ex: baixar o défice receitas e controlar Ex: aumentar os Ex: o défice cresce
orçamental para 2% as despesas impostos indiretos para 4% do PIB
do PIB

Políticas

• Conjunturais: têm efeito no curto prazo (até 1 ano);


• Estruturais: alteram o próprio modo de funcionamento da economia e as suas bases (médio e longo prazo)

1. Política monetária: relacionada com a moeda monetária em circulação

Instrumentos: taxas de juro, reservas de caixa, plafonds de crédito, operações em open market (traduz-se na
compra/venda de títulos de dívida pública, aumentando ou diminuindo assim a massa monetária em circulação)

- Portugal não tem autonomia para definir a política monetária – cabe ao BCE

a) Política Monetária EXPANSIONISTA

Taxas de juro

Reservas de caixa
Aumento da procura Crescimento económico
Plafonds de crédito
Perigo: inflação, desequilíbrio
Operações em open market externo, aumento de impostos

b) Política Monetária RESTRITIVA/CONTRACIONISTA

Taxas de juro

Reservas de caixa
Contração da procura Menos crescimento económico
Plafonds de crédito

Operações em open market

BCE

Taxa de cedência

BANCO A → BANCO B → BANCO C → BANCO D

→Taxa Euribor: taxa interbancária (financiamento entre bancos)


2. Política Fiscal: levada a cabo através dos impostos (criação, extinção, aumento, diminuição)
a) Política Fiscal EXPANSIONISTA

Diminuição dos impostos às famílias MAIOR PROCURA


Crescimento
Diminuição dos impostos às empresas MAIOR INVESTIMENTO Económico
Diminuição dos impostos diretos MAIS CONSUMO/PROCURA

MAS…

• Défice orçamental;
• Riscos inflacionistas.

b) Política Fiscal RESTRITIVA/CONTRACIONISTA

Mais impostos às famílias MENOS PROCURA


Mais impostos às empresas MENOS INVESTIMENTO Menos crescimento

Mais impostos indiretos BAIXA A PROCURA/CONSUMO

MAS…

• Correção da inflação
• Correção do défice orçamental

Política Fiscal: serve também como instrumento de redistribuição

Recordando…Repartição primária: Trabalho e Capital (S+R+J+L) – Economia

Repartição Secundária: Redistribuição – Estado

Taxa progressiva dos impostos diretos (IRS)

3) Política Orçamental

- levada a cabo através do Orçamento Geral do Estado (OGE), ou seja, pela leitura do orçamento (ex: quanto
pretende cobrar de impostos, que despesas prevê ter, que fatia vai para o investimento, que parte vai para a Saúde
ou para a Educação) nós conseguimos decifrar as opções, as linhas de orientação, as escolhas, ou seja, as políticas.

a) Política Orçamental EXPANSIONISTA

Aumento das despesas Ex: mais investimento -- + crescimento

Ex: aumento dos vencimentos -- + procura -- +crescimento

Problema: DESEQUILÍBRIO ORÇAMENTAL


b) Política Orçamental RESTRITIVA/CONTRACIONISTA

Menos despesas correntes (salários,


MAS…
pensões, transferências) Equilíbrio das contas públicas
• Menos crescimento económico
Menos investimento

- o OGE é um instrumento de contra-ciclo

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x: ciclo económico desfavorável (recessão)

- orçamento expansionista: aumento das despesas públicas → maior procura → crescimento económico

y: ciclo económico de crescimento (com aquecimento da economia)

- orçamento restritivo: corte nas despesas públicas → menor procura → menos crescimento (equilíbrio das contas
públicas, controlo da inflação, diminuição da despesa externa)

4. Política Cambial

Câmbio: relação de troca entre duas moedas

- valorização da moeda – 1 unidade de moeda adquire mais unidades de outra moeda;

- desvalorização da moeda – 1 unidade de moeda adquire menos unidades de outra moeda.

Quais os objetivos da Política Cambial?

- Ao desvalorizar a moeda, o objetivo é o de tornar as exportações mais competitivas;

- Ao valorizar a moeda, o objetivo é o de aumentar o poder de compra, tornando as importações mais baratas.

(Isto são Políticas Económicas)

Valorização ou desvalorização

• Em resultado de uma política económica;


• Em resultado do funcionamento do mercado:
- mais procura de uma moeda → valorização
- mais oferta de uma moeda → desvalorização

5. Política de Preços

Objetivos: económicos e sociais

➔ O Estado, hoje, fixa preços? NÃO, é o mercado que determina os preços


➔ Mas existem, digamos, “preços sociais”(ex: preço dos transportes públicos, preço da água)

Preços tabelados: preços fixados pelo Estado para certos bens e serviços essenciais. Estando na UE, os preços de
mercado tendem a ser preços de mercado e não tabelados pelo Estado.
6. Política de Emprego

Objetivos: manter/criar/diminuir o emprego

a) Medidas do lado da oferta de emprego (procura de trabalho):


- redução dos impostos às empresas (ex: baixar o IRC);
- redução das contribuições para a S.S.;
- isenção das contribuições para a S.S. em casos de 1º emprego.

b) Medidas do lado da oferta de trabalho (procura de emprego):


- subsídio de desemprego;
- aumento da duração do subsídio de desemprego.

Aumento da idade da reforma → Aumento da taxa de desemprego

Diminuição da idade da reforma → Diminuição da taxa de desemprego

POLÍTICA NATUREZA AUTONOMIA PT


Monetária Conjuntural NÃO
Fiscal Conjuntural SIM
Orçamental Conjuntural SIM (condicionado)
Cambial Conjuntural ----
Preços Conjuntural SIM, mas…
Emprego Conjuntural SIM

7. Política de Rendimento

Objetivo: maior equidade

Instrumentos da Política da Rendimento: taxas progressivas dos impostos diretos (IRS), salário mínimo (assegurar
um mínimo de rendimento que permita viver em dignidade, transferências sociais (pensões, subsídio de
desemprego, subsídio de família).

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