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Guia de Estudo de finanças públicas

1 – O que entendes por finanças públicas e qual o seu objecto de estudo ?

R: Finanças Públicas  é a actividade realizada pelo Estado para a satisfação    das necessidades
colectivas traduzidas em receitas e despesas.  O seu objecto de estudo é a aquizição e
utilização de meios financeiros pelas colectividades públicas.

2 – Diferencie  necessidade de satisfação activa da necessidade de satisfação passiva e fale


das suas consequências ?

R: A diferença é que :

 Necessidade de satisfação activa – São aquelas que exigem uma certa actividade por
parte dos consumidores para obter o bem necessário.

Ø  Consequência: Nesta necessidade temos como consequência o Princípio da exclusão – O preço


(tira alguns da colectividade), exclúi os que não querem ou não podem pagar, logo o
consumidor só não teráo bem se não quiser ou não poder. 

 Necessidade de satisfação Passiva – São aquelas    satisfeitas    pela    mera existência


dos bens não exigindo qualquer actividade por parte dos consumidores.

Ø  Consequência: Nesta necesidade temos como consequência a não exigência de preços por parte
do produtor.

3 – Segundo autores e doutrinadores o Estado  produz três categorias de bens. Quais são ?

R: As categorías de bens produzidos pelo Estado são:

 Os bens    que satisfazem apenas necessidades colectivas

 Os bens que satisfazem em simultanêo necessidades colectivas e individuais


gratuitamente ou à preço inferior ao custo.

 Os bens que satisfazem necessidades quer colectivas como individuais a preço igual ao
custo ou superior mas inferior ao que se estabeleceria no mercado.

4 – Quais são os bens produzidos pelo Estado na perspectiva do professor Souza Franco ?

R: Na perspectiva do professor Souza Franco existem dois tipos de bens produzidos pelo Estado
que são:
 Bens Públicos propriamente dito – São os que apenas satisfazem necessidades
colectivas.

 Bens semí-públicos – Os que satisfazem as duas órdens de


necessidades.  EX: Os serviços de justiça.

5 – Fale sobre os meios de financiamento do Estado ?

R: Meios de financiamento    são as principais    formas que o Estado tem para arrecadar
receitas para cobrir despesas e implementar alguns planos….Os meios de financiamento do
Estado são:

·         Os Preços – Estes preços são os colocados aos produtos    financiados pelo Estado.

·         Os Empréstimos – São aqueles que o Estado celebra ou faz com outros Estados.

·         Os Impostos – São o principal meio de financiamento do Estado e é também o seu meio de
financiamento definitivo. Aqui o Estado goza de ius impérium, obriga o cidadão a contribuir
independentemente da procura para se cobrir as necessidades colectivas.

6 – Distinga finanças públicas de finanças privadas  ?

R: A diferença entre ambas é que :

Os meios de financiamento das empresas privadas são os preços recebidos em troca dos bens
que prodúz. Enquanto que o Estado beneficia dos impostos (meio que só ele dispõe), que o
estado exige e cidadão paga sem qualquer contraprestação, por um lado.

Por outro lado as empresas privadas produzem fazem despesas e vendem para arrecadar
receitas, só que ao produzirem essas empresas tentam    produzir ao mínimo custo possível    e
transacionar a mercadoria ao máximo preço. Com ou no Estado é bem diferente,isto é, o
Estado ou não vende o bem que prodúz ou fa-lo a um preço que não tem em vista a obtenção
de lucros mas sim a satisfação das necessidades colectivas. 

7 – O que entendes por ciência das finanças ?

R: Ciência das finanças  é a ciência que estuda a actividade do Estado exprimida em receitas e
despesas, ou seja, a acção desenvolvida pelo Estado para a satisfação das necessidades
colectivas.

8 – Diferencie finanças positivas de finanças normativas  ?

R: A diferença é que :


 Finanças Positivas – São aquelas que fazem a teoria da realidade, observando e
explicando as uniformidades do comportamento do Estado. Ao passo que

 Finanças Normativa – São aquelas que enunciam as regras e normas que o Estado deve
subordinar-se para melhor se alcançar os fins preconizados. Estas normas constituirão a
Política Financeira.

9 – Define finanças neutras ?

R: Finanças Neutras são aquelas que não modificam as posições relativa dos particulares e que
portanto tiram a cada indivíduo através da cobrança de impostos tanta utilidade quanto a que
lhe restituiram através da prestação de bens públicos.

10 – O que se lhe oferece comentar sobre políticas neutras e políticas intervencionistas ?

R:  Nas políticas Neutras, o Estado não tinha a função de intervir    na economia


privada,    acreditava-se que a economia privada poderia reger-se por sí através dos mercados,
cabendo ao Estado apenas a cobrança de receitas para cobrir e fazer despesas apenas com os
bens essenciais para a produção de bens pouco ou nada lucrativos e que os particulares não
teriam interesse em investir…

Nos finais do século    XIX    surgiram então as Finanças Intervencionistas (aquelas que
pretendem modificar as condiçõoes da economia privada)  – O Estado passou a intervir com
maior frequência na vida económica com seus instrumentos financeiros… Essa intervenção do
Estado deveu-se aos movimentos socialistas depois da grande depressão de 1929 – 1933…       

11 – Quais são os princípios que regem as finanças clássicas ou neutras ?

R: Os princípios que regem as  Finanças Clássicas são :

 Um sector Público reduzido.

 Privatização da economia – O Estado devia defender a propriedade e iniciativa privada,


dedicar-se apenas as actividades que não apresentassem interrese para iniciativa privada.

 O princípio do mínimo – que se traduzia em actividade financeira do Estado dever


absover a menor parcela do rendimento nacional.

12 – Fale sobre as características das finanças intervencionistas ?

R: As Finanças Intervencionistas caracterizam-se pelos seguintes aspectos:

 Autonomia do sector público – O poder público deixou de se subordinar ao sector


privado.
 Passou-se a obedecer a regra do óptimo – Reduziu-se os desequilíbrios resultantes da
economia de iniciativa privada, em vez de o Estado    ter aquela intervenção mínima na
economia.

 Passa a haver uma integração entre economia e finanças.

 As Finanças Públicas ganharam um carácter de funcionalidade – Passaram a ser


utilizadas como instrumento de políticas económico-sociais, fazendo surgir as políticas de
estabilização, desenvolvimento e redistribuição da riqueza.

 O Estado passou a intervir directamente na economia, assumindo um papel de relevo


na actividade económica, com uma atitude ativa, limitando as actividades privadas e a
direcciona-la para intervir em sectores de importância para o desenvolvimento da economia…

 Os parlamentos começam a ter menos poder.

 Começou a haver uma superioridade dos Direitos economicos e sociais, tais como :


Direito a segurança social, ao emprego, saúde, educação igualdade de oportunidades e
qualidade de vida.

 Resurgiu o património mobiliário e imobiliário, derivados da criação de empresas


públicas e mistas, a compra de acções e obrigações de empresas privadas em situação difícel.

 Alteração do conceito de equilibrio orçamental.    

13 – Hoje em dia um Estado intervencionista se propõe a satisfazer três principais


finalidades. Fale sobre elas ?

R:  As três principais finalidades que um Estado intervencionista    se propõe satisfazer são :

 Redistribuição da riqueza e do rendimento a favor dos que têm rendimento mais


pequeno, isto é, o Estado transfere rendimento dos “ricos para os pobres”…

 Estabilidade económica – Para se atenuar os efeitos dos períodos de depressão e


recessão estabilizou-se o emprego e o nível    dos preços a curto prazo.

 Desenvolvimento económico – Aumentar o rendimento potencial a longo prazo, para


aumentar o mais possível o rendimento per capíta. 

14 – O que é actividade financeira e como se caracteriza ?

R: Actividade Financeira é a actividade que o Estado realiza para a satisfação das necessidades
colectivas…Caracterizam-se em despesas e receitas.

15 – Defina Direito Financeiro ?

R: Direito Financeiro são as normas que regulam a obtenção gestão e dispêndio dos meios
financeiros públicos.

16 – O que entendes por Direito Tributário ?

R: Direito Tributário  é o conjunto de normas respeitante a obtenção de receitas cujo o


montante é autoritariamente estabelecido pelo estado.

17 – O que é Direito Fiscal ?


R: Direito Fiscal é um conjunto de normas que regulam a incidência, lançamento e cobrança
dos impostos.

18 – Defina Receitas Correntes, Receitas de capital e Despesas orçamentais ?

R: Passareia definir cada uma delas :

 Receitas Correntes – São aquelas que advêm de meios próprios do estado…Ex:impostos


e taxas.

 Receitas de Capital – são aquelas que vêm a par daquelas que o estado cria, na qual o
estado recebe mas dá uma contraprestação.

 Despesas Orçamentais – são aquelas despesas públicas a que o estado se propõe a


satisfazer.

OBS: Natureza Juridíca – É a importância que determinada matéria tem para o Direito.

19 – A Economia de mercado tem várias limitações diga quais são ?

R: As limitações da economia de mercado são :

·         Desigualdade na distribuição das riquezas;

·         Instabilidade em determinados sectores;

·         Situações monopolistas;

·         Actividades económicas que por reflexos beneficiam ou prejudicam outros;

·         Provisão inadequada de bens públicos, nomeadamente colectivos;

·         Má distribuição dos recursos.

20 –Fale das regras de organização do orçamento  ?

R:As regas de organização do orçamento são :

 Regra da Unidade – nesta regra as receitas e as despesas do estado devem ser escritas
em um único documento…esta regra é justificada em duas razões :

Ø  O orçamento serve para as despesas como para as receitas, por isso é convincente que sejam
previstas no mesmo documento, pois se saberá logo se o montante das receitas cobrirá as
despesas ou não.

Ø  O orçamento expõe o plano financeiro que será melhor apriendido se contar de um único
documento.

 Regra de especificação – Nesta regra as receitas devem ser inscritas


descriminadamente…Quando se fala de uma especificação tem a ver com cada
departamento…

 Regra da Universalidade – Esta regra estabelece que as receitas e as despesas devem


ser inscritas no orçamento sem qualquer descontos…

 Regra da não Consignação – Dá-se sobretudo quando se prevêm arrecadar


determinadas receitas ou pagar determinada despesa e não acontece.
21 – Diferencie Orçamento de gerencia e orçamento de exercício ?

R: A diferença existente entres âmbas é que :

·         Orçamento de gerência – É aquele em que se prevêm as receitas que o estado irá cobrar e as
despesas que irá pagar durante o período financeiro..

·         Orçamento de Exercício  – Aquele em que se prevêm as receitas que o estado irá cobrar e as
despesas que irá pagar em virtude de creditos e dividas que irá surgir a seu favor e contra sí
durante o período financeiro.

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