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Os bens produzidos pelo Estado que satisfazem necessidades coletivas são sempre bens
públicos,, simplesmente acabamos de ver que esses bens ou muitos deles, satisfazem ao
mesmo tempo necessidades de satisfação ativa daí que se possa distinguir entre bens
públicos propriamente ditos os que se limitam a satisfazer necessidades coletivas e bens
semi-públicos, os que satisfazem as duas ordens de necessidades, assim é público o serviço
de doenças contagiosas e é semi-público o da administração da justiça.
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Os meios de financiamento do Estado são:
• os preços: os preços dos próprios bens que o Estado produz, oferece e vende; O Estado
produz, geralmente, um grande património do direito privado, que ele administra como
qualquer particular terrenos, empresas públicas e muitas vezes tem como finalidade
imediata o lucro, também possui ações e obrigações de empresas daí resultam
rendimentos líquidos que podem ser destinados à cobertura das despesas com a satisfação
de necessidades coletivas. Estado produz bens semi-públicos e muitas vezes cobra preços
pela sua utilização individual.
• empréstimos: uma coisa é contrair o empréstimo que o Estado pode proceder
acidentalmente para fazer face a determinadas despesas, outra seria o recurso sistemático
ao crédito, às receitas creditícias , não só para cobrir todos os anos o grosso das despesas
com os bens públicos e semi-públicos mas ainda para pagar os juros dos empréstimos
anteriores, hoje em dia o recurso aos empréstimos, as receitas creditícias são uma prática
corrente.
• receita dos Estados (impostos): o imposto é o principal meio de financiamento do Estado,
visto que o Estado goza do poder de império, constrange os cidadãos a contribuir,
independentemente, de qualquer procura da parte deles para a satisfação das necessidades
coletivas, exige unilateralmente sem dar nada específico em troca, uma parcela dos seus
rendimentos são os impostos que os cidadãos pagam. Estamos a falar das falar das
finanças públicas, das finanças do Estados ao contrário das finanças privadas como
qualquer empresa privada produz bens, tem despesas , tem de financiar essas despesas e
tem que ter os seus meios de financiamento, dinheiro do dono da empresas ou dos seus
sócios ou também pode recorrer a um empréstimo à receitas crediticias como também
recorre o Estado.
Finanças positivas: estas finanças é a ação desenvolvida pelo estado para a satisfação de
necessidades coletivas.
Finanças normativas: é a ação mais adequada para a satisfação de tais necessidades, através
de um conjunto de regras ou normas que constituem a política financeira, daí tratar-se
também de finanças normativas.
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• Simplicidade das finanças públicas: os impostos eram uma receita típica de período
liberal, segundo o principio do equilíbrio orçamental em que as despesas totais deveriam
ser iguais às receitas normais.
Estas finanças foram fortemente influenciadas por Keynes, para tentar corrigir os
desequilíbrios económicos. Nos dias de hoje, muitas vezes em vez de finanças
intervencionistas falam-se em finanças funcionais para traduzir a ideia de que a escolha
desses instrumentos, a escolha das receitas e despesas públicas devem basear-se na maneira
como cada uma delas funciona nos efeitos que exerce sobre a economia nacional, ao
contrário das finanças neutrais o Estado abandona a posição de abstenção, através das
finanças intervencionistas o Estado utiliza instrumentos de políticas económicas.
As finanças intervencionistas também podem ser designadas por finanças funcionais para
traduzir a ideia de que a escolha desses instrumentos são eficazes em determinadas alturas e
para o Estado tomar as decisões certas tendo em atenção o bem-estar social.
Artigo 9º, 32º, 36º, 58º (n4 - duodécimo: ) da lei de enquadramento orçamental
O Orçamento da Gerência é aquele em que se prevê as receitas que o estado irá cobrar mas
despesas que irá pagar durante o período financeira. É, portanto, uma previsão de receitas e
de despesas na sua fase terminal de cobranças e de pagamentos.
O nosso orçamento é de gerência e escrevem somente as receitas ou as despesas relativas
desse ano, se for uma despesa só a despesa efetiva paga esse ano, se for um crédito de 100
milhões de euros a receber em dois anos, escreve-se 50 milhões em cada ano.
O Orçamento do Exercício é aquele em que se prevê as receitas que o Estado irá cobrar e as
despesas que irá pagar em virtude dos créditos e das dívidas que irão surgir em seu favor e
contra si durante o período financeiro. É, portanto, uma previsão de receitas e de despesas
na sua fase inicial de créditos e de dividas.
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Funções do Orçamento do Estado:
• Relação das receitas com as despesas , mas se as receitas tem de cobrir as despesas então
há que fixar o limite dessas últimas. Na verdade de que serviria prever receitas se o
montante das despesas pudesse variar o total das despesas é a soma das despesas de todos
os serviços do Estado de modo que se as despesas de cada um dos serviços estiverem
fixadas estará fixado o total da despesa, mas é através do orçamento que a cada um dos
serviços são atribuídas verbas autorizações de gastar, isto é, são os chamados créditos.
• Fixação das despesas: o orçamento das despesas é assim uma serie de aberturas de
créditos aos serviços e como estes têm de confinar as suas despesas aos créditos que lhes
foram assinados, o total da despesa é dado pela soma dos créditos orçamentais.
• Exposição no plano financeiro: o orçamento representa o próprio programa financeiro, é
nele que se concretiza o plano da administração, o desenvolvimento que se vai dar ou as
restrições que se irão colocar à atividade dos serviços, bem cimo a importância dos
recursos que se vão transferir do setor privado para o setor público.
Regra da não compensação: as receitas e as despesas que devem inscritas no orçamento sem
qualquer compensação ou desconto, o que traduz que as receitas e as despesas devem ser
todas orçamentadas. Se as receitas fossem compensadas pelas despesas, não era possível
fixar o montante exato das despesas. > artigo 15 da lei do enquadramento.
Regra da não consignação: todas as receitas devem servir para cobrir todas as despesas. As
receitas devem indiscriminadamente ser destinadas à cobertura das despesas e não qualquer
receita afetada à cobertura de despesa em especial. > art. 16 da leo & art. 105º n.4 da CRP.
CASO PRÁTICO:
O Estado conta arrecadar a receita de um determinado imposto 100 milhões de euros. Sendo
que desses 100 milhões, 50 milhões de euros irá prescrever no orçamento em 2023 e os
outros 50 milhões de euros no orçamento 2024.
Despesas correntes: estas despesas são as despesas que o Estado faz em bens consumíveis
durante o período financeiro, o que vão traduzir-se na compra de bens consumíveis. Como
tampem são despesas correntes, as despesas com os vencimentos dos funcionários públicos
e com a aquisição de objetos cujo uso se esgota no decurso do ano, como papel, luz,
eletricidade, água, etc.
Despesas de capital: estas despesas são as que o Estado faz em bens duradouros ou que
contribuem para a formação de aforro. Despesas em bens duradouros como as despesas em
edifícios públicos, estradas, pontes, aeroportos, portos, etc.
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Receitas correntes: são as que provem do rendimento do próprio período é o caso das
receitas patrimoniais, das taxas e todo o tipo de impostos.
Receitas de capital: são as que provém do aforro, é o caso dos empréstimos que os
capitalistas concedem ao Estado com o dinheiro que pouparam. Ex: certificados do aforro.