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ECONOMIA
AUTORIA:
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Copyright © 2007, ESAB – Escola Superior Aberta do Brasil
Módulo de: Economia
Autoria: Moisés Brasil Coser
Várias marcas registradas são citadas no conteúdo deste módulo. Mais do que simplesmente listar esses nomes
e informar quem possui seus direitos de exploração ou ainda imprimir logotipos, o autor declara estar utilizando
tais nomes apenas para fins editoriais acadêmicos.
Declara ainda, que sua utilização tem como objetivo, exclusivamente na aplicação didática, beneficiando e
divulgando a marca do detentor, sem a intenção de infringir as regras básicas de autenticidade de sua utilização
e direitos autorais.
E por fim, declara estar utilizando parte de alguns circuitos eletrônicos, os quais foram analisados em pesquisas
de laboratório e de literaturas já editadas, que se encontram expostas ao comércio livre editorial.
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A presentação
Essa apostila traz de forma sucinta e objetiva conceitos sobre Economia. Muitos alunos até
mesmo pessoas do cotidiano falam e vive Economia, seja nas faculdades, no lar no trabalho,
enfim, todo ser humano tem contato com o fascinante mundo da Economia.
O estudo da Economia, não como ciência, remonta-se aos gregos que definiam a Economia
como sendo a “administração da casa” e etimologicamente a palavra “OIKOS” (casa) e
NOMOS (normas, lei) e pode ser definida como: a ciência social que estuda a forma pela
qual o indivíduo e a sociedade decidem como alocar recursos produtivos cada vez mais
escassos na produção e distribuição de bens e serviços, como o objetivo de satisfazer as
necessidades humanas. Por outro lado, o crescente interesse pelo estudo da Economia pode
ser percebido a partir da eclosão dos grandes conflitos mundiais e com a crise econômica
que abalou o mundo capitalista nos anos 30, do século passado. Não se admite que nos dias
de hoje profissionais de praticamente todas as áreas deixem de conhecer os principais
conceitos de Economia como: inflação, investimento, déficit público, balança comercial,
índices de preços, para citar apenas alguns. Diversas são as ciências ou áreas de atividades
econômicas que se relacionam com a Economia, como a Administração, o Direito, as
Ciências Contábeis, a Matemática, a Sociologia e a Estatística. Tudo isso torna a Economia
estimulante e excitante; todavia, também a torna desafiadora e algumas vezes perplexa.
O bjetivo
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E menta
S obre o Autor
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S UMÁRIO
UNIDADE 1 ........................................................................................................... 8
Titulo 1 - Modelagem Econômica ...................................................................... 8
UNIDADE 2 ......................................................................................................... 11
Titulo 1 - Aspectos Demográficos ................................................................... 11
UNIDADE 3 ......................................................................................................... 16
Titulo 1 – As Definições da Economia: uma breve perspectiva histórica ........ 16
UNIDADE 4 ......................................................................................................... 19
Título 1 - A Metodologia da Economia: Algumas observações gerais ............ 19
UNIDADE 5 ......................................................................................................... 23
Titulo 1 – A Evolução da Economia Como Ciências ....................................... 23
UNIDADE 6 ......................................................................................................... 28
Título 1 - David Ricardo ................................................................................... 28
UNIDADE 7 ......................................................................................................... 32
Título 1 - Teoria do Valor de David Ricardo .................................................... 32
UNIDADE 8 ......................................................................................................... 36
Título 1 - Karl Marx .......................................................................................... 36
UNIDADE 9 ......................................................................................................... 38
Título 1 - Joseph A. Schumpeter. .................................................................... 38
UNIDADE 10 ....................................................................................................... 42
Título 1 - Jean-Baptiste Say ............................................................................. 42
UNIDADE 11 ....................................................................................................... 46
Título 1 - A lei dos Mercados (ou lei de Say) ................................................... 46
UNIDADE 12 ....................................................................................................... 51
Título 1 - John Maynard Keynes ...................................................................... 51
UNIDADE 13 ....................................................................................................... 53
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Título 1 - O Problema Fundamental da Economia .......................................... 53
UNIDADE 14 ....................................................................................................... 56
Titulo 1 - O Sistema Econômico ...................................................................... 56
UNIDADE 15 ....................................................................................................... 61
Título 1 - A Evolução do Sistema Econômico Brasileiro ................................. 61
UNIDADE 16 ....................................................................................................... 77
Título 1 - A Economia nos Fins do Século XVIII .............................................. 77
UNIDADE 17 ....................................................................................................... 80
Título 1 - Macroeconomia e Microeconomia.................................................... 80
UNIDADE 18 ....................................................................................................... 84
Título 1 - Agregados Macroeconômicos .......................................................... 84
UNIDADE 19 ....................................................................................................... 90
Título 1 - Componente do Consumo ................................................................ 90
UNIDADE 20 ....................................................................................................... 96
Título 1 - Introdução a Teoria Monetária ......................................................... 96
UNIDADE 21 ..................................................................................................... 102
Título 1 - Inflação ........................................................................................... 102
UNIDADE 22 ..................................................................................................... 106
Título 1 - Metas de Inflação no Brasil – estudo de caso no Brasil após Plano
Collor .............................................................................................................. 106
UNIDADE 23 ..................................................................................................... 112
Título 1 - Cenários Macroeconômicos ........................................................... 112
UNIDADE 24 ..................................................................................................... 118
Título 1 - Introdução a Microeconomia .......................................................... 118
UNIDADE 25 ..................................................................................................... 129
Título 1 - Teoria da Firma a Produção e a Firma .......................................... 129
UNIDADE 26 ..................................................................................................... 133
Título 1 - Lei dos Rendimentos Decrescentes ............................................... 133
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UNIDADE 27 ..................................................................................................... 138
Título 1 - Economia Industrial ........................................................................ 138
UNIDADE 28 ..................................................................................................... 144
Título 1 - Estudo de Caso no Setor Industrial – o caso do custo de ociosidade
no setor industrial. .......................................................................................... 144
UNIDADE 29 ..................................................................................................... 160
Título 1 - Estudo de Caso e Análise dos Resultados .................................... 160
UNIDADE 30 ..................................................................................................... 164
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U NIDADE 1
Objetivo: Entender como surgiram as primeiras modelagens econômicas. Compreender
como se definiu o conceito de Economia e evolução da mesma.
Fatores de produção:
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TRABALHO
CAPITAL
RECURSOS
NATURAIS
BENS E
SERVIÇOS
Boa parte desses bens é consumida, outra parte permanece muito tempo na sociedade,
formando um acervo ou estoque. Ex.: Instalações industriais, estradas, obras de arte,
edifícios, etc.
Ex.: Terra.
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Agentes econômicos:
Ramo do conhecimento humano que procura estabelecer as leis que regem a produção, a
distribuição, o consumo e a circulação de bens e serviços produzidos numa sociedade.
Resumo:
Teoria Econômica - É o ramo do conhecimento humano que estuda as leis que regem
a produção.
Riqueza - É a soma dos recursos naturais disponíveis, mais sua população, mais tudo o
que foi produzido e preservado pela Economia do país.
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U NIDADE 2
Objetivo: Entender o principal fator de produção “O Trabalho” que denominamos mão de
obra.
Para entender o principal fator de produção “O Trabalho” que denominamos mão de obra,
deve-se destacar que o Governo tem inteira necessidade de controle e conhecimento desse
fator, pois é através das pessoas (consumidor) que se realiza este fator tão importante.
Razões:
Titulo 2 - Demografia
A demografia estuda:
Estado da população - Seu número, sua distribuição por sexo, idade, estado civil, grau
de escolaridade, etc.
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Movimentos das populações - Tendência para o crescimento, os movimentos
migratórios e suas consequências, etc.
O primeiro censo demográfico do Brasil foi realizado em 1872. Em 1940 foi iniciada a série
de censos decenais, (FIGE), conforme tabela e gráficos abaixo.
(Em milhares)
POPULAÇÃO
200000
175.250
169.798
157.069
146.824
150000
119.002
93.139
100000
70.070
51.943
41.236
50000
0
1940 1950 1960 1970 1980 1990 1996 2000 2008
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Distribuição de Empregados
64,4
80
60,6
55,2
48,4
47,7
45,5
60
42,3
39,8
39,4
36,3
28,4
32
40
15,1
12,5
9,3
8,5
20
7,4
7,2
0
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro Oeste
30 27,4
24,4
25
20
13,8 14,2
15 12,5
10
5,1
5 2,6
0
Até 1 1a2 2a3 3a5 5 a 10 10 a 20 Mais de 20
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Titulo 4 - RESUMO
a - População dependente
- População
• População
ocupada
• População economicamente ativa
- Desempregados
b - População ativa
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U NIDADE 3
Objetivo: Entender as principais definições da Economia e sua abordagem por vários
pensadores.
Primeiras Definições
Aristóteles (384 - 322 a.C.) - É considerado um dos primeiros pensadores econômicos. Sua
obra Política. Economia Política - Ciência que se ocupa do desenvolvimento, da inflação de
preços, do desemprego, do nível da renda social, das recessões e da plena utilização dos
escassos recursos do sistema econômico.
Com a crise dos anos 30, Keynes deslocou a partir de então, para a análise das flutuações
das atividades econômicas. Após a segunda Grande Guerra o objetivo da Economia sofreria
nova revisão. A posição central dos anos 30 cederia lugar ao exame das condições
necessárias à promoção do desenvolvimento econômico das nações. (em anexo histórico
dos principais pensadores econômicos, Adam Smith, David Ricardo, Karl Marx e Jhon
Maynard Keynes).
Em resumo:
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U NIDADE 4
Objetivo: Compreender as metodologias para estudar Economia e os principais métodos que
os pensadores utilizavam nos séculos passados.
Ex.: Todos os homens são mortais, eu sou homem, logo sou mortal.
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Título 2 - Esquema Explicativo da Metodologia Usual da Economia
Hipótese sobre o
comportamento dos fatos
Indução conhecidos e observados
Observação
sistemática Hipótese sobre o
comportamento de fatos
da realidade não conhecidos ou sobre
Dedução as possíveis relações entre
estes e os observados
Validação, pelo
Formulação de princípios,
permanente
teorias, leis ou modelos
confronto com a
explicativos ou
realidade
interpretativos da
Reelaboração ou realidade
confirmação de
acordo com as novas
observações
As leis, as teorias e os modelos econômicos devem ser entendidos dentro dos limites
circunstancias das Ciências Sociais, onde, para cada uma das leis há a possibilidade de
evidências factuais ou de comprovações em nível de confrontação com a realidade.
O grau de certeza e exatidão com que os economistas formulam e controlam as suas leis,
não pode ser comparado com o que prevalece nas Ciências Experimentais. O
enquadramento da Economia no campo das Ciências Sociais, nem sempre os fatores que
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interferem em determinado sistema ou processo podem ser isolados e mantidos sob rigoroso
controle.
As Leis da Economia devem ser entendidas como menos imperativas que as ciências
experimentais. Na Física, uma ciência experimental, os propícios, as leis, as teorias e os
modelos explicativos do comportamento das forças da natureza, podem ser determinados
com um alto grau de certeza.
A Economia é considerada uma ciência social porque as leis econômicas são mutáveis no
tempo e no espaço, não atingem um rigoroso grau de precisão. O laboratório da Economia é
a própria sociedade humana.
As Leis da Economia são menos precisas devido à ação combinada de várias tendências e
decisões individuais independente. Isso não quer dizer que as Leis da Economia sejam
destituídas de maior fundamento. Seu grau de precisão não é equiparado ao alcançado
pelas ciências experimentais. Ex.: dilatação do sólido depende da temperatura ambiente.
No campo da Economia, há muita ocorrência que podem ser dada como funções de outra.
Entre os preços e as quantidades procuradas de determinado produto, existe uma relação
funcional de dependência: Sugere a formulação da Lei da Procura, ou seja, preços se
reduzem quantidade procurada tendem a aumentar.
QP = f(p)
C = f(y)
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1. Economia Positiva - Se preocupa com a realidade, como ela é.
Pontos em comum - Estabelecem esquemas teóricos que expliquem a realidade como ela é.
Nesse momento, a ênfase é a Economia Positiva.
Definições
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U NIDADE 5
Objetivo: estudar os principais pensadores no campo da Evolução Econômica. Onde
viveram, o que estudavam, com pensavam e sua principais contribuições para a evolução da
Economia. “O Grande Adam Smith”
Os Principais Pensadores:
Adam Smith
Afirmava uma série de ideias fisiocráticas: dizia que: “a política mercantilista impedia o
crescimento econômico das nações e devia ser suprimida” e que: “cada nação tinha que
dedicar-se a um tipo de atividade econômica”. Tais ideias agradavam extremamente à
burguesia inglesa, que desejava estabelecer o comércio livre, derrubando, as tarifas
alfandegárias e especializar-se na indústria, tornando a Inglaterra a "oficina do mundo".
No século XVIII, um momento pleno de ordenação da moral burguesa, Adam Smith priorizou
o sentimento de simpatia no esforço de explicar a vida em sociedade como harmoniosa, com
equilíbrio social. Buscou demonstrar, de inúmeras formas, que os homens, na vida prática,
mostram-se não só voltados para satisfazerem seus interesses pessoais como, também, são
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dotados de um sentimento involuntário para o interesse coletivo. Traduziu, nesse duplo
caráter do homem, a defesa de uma propensão do mesmo para a vida harmônica em
sociedade.
O autor, posto para estudo, viveu na Escócia e na Inglaterra quando a ordem produtiva
burguesa já mostrava a sua face no processo de produção da riqueza, naquela forma
constituída. Os efeitos de um grande desenvolvimento da ciência e da tecnologia deixavam
suas marcas diretamente nas atividades econômicas que estavam se consolidando sob a
forma de trabalho industrial manufatureiro. No terreno da Filosofia, seus estudos sobre ética
fazem parte as chamada “escola sentimental” produzida neste período. Através de uma nova
busca de combinação da razão e dos sentimentos os pensadores ligados a essa Escola
tomaram distância de uma posição predominante à época, marcada pelo puro Racionalismo,
em Teoria Ética e concentraram todo um esforço para localizar, não só no campo da
experiência humana, mas no plano dos sentimentos naturais. Através desses, o estudo da
Ética poderia chegar às proposições de leis morais, como generalizações indutivas da
experiência.
O fato de Adam Smith ter escrito a sua “Teoria dos Sentimentos Morais”, dezessete anos
antes de sua obra mais conhecida, “A Riqueza das Nações”, em 1776, não significa que as
duas estão desconectadas em seu pensamento. Pelo contrário, acenam para uma unidade,
revelando a compreensão e comprometimento do autor com as transformações em curso na
história do capitalismo. Defensor dos interesses ligados à classe que lutava pelo poder
político e econômico contra a velha ordem, ele fazia enfaticamente a defesa do valor da
liberdade para o progresso da humanidade.
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No seio desta discussão, a dimensão atribuída à liberdade econômica impondo o interesse
pessoal como o comportamento mais adequado para o mercado livre traduz a contribuição
de Adam Smith, numa discussão desencadeada pelos filósofos de seu país de origem.
O cerne dessas questões está, principalmente, o ponto de partida para determinar a natureza
das relações de afeto e obrigações, tanto na família como na vida cívica, num exercício de
liberdade. Uma almejada unidade entre a solidariedade humana e a economia capitalista
elimina a tirania como fundamento da ordem em favor da liberdade como forma política da
vida.
Adam Smith explicou o homem natural não só como um ser portador de interesse egoísta
defendido por autores como Thomas Hobbes (1588 – 1679), mas, também, o explicou como
portador de um sentimento originário de simpatia pela sorte dos outros, marcando, de forma
acentuada, a relação social.
Foi, também, no final deste mesmo século, que pensadores e escritores da Universidade de
Cambridge expressaram uma reação contra o exagero calvinista da Doutrina Cristã do
“pecado original” e, juntamente, manifestaram-se contrários ao pensamento de Hobbes sobre
a questão dos homens serem, fundamentalmente, individualistas.
Esses filósofos produziram um ponto de vista, que veio a tornar-se a pedra fundamental do
Liberalismo do século XVIII, valorizando uma “bondade”, potencialmente perfeita, das
disposições “naturais” da humanidade.
Na discussão sobre a essência humana defenderam a fé jovial com uma forte atração para a
beleza e bondade, fundamento de uma “natureza” tanto racional como emocional. A defesa
de um sentimento natural identificado com a virtude se opunha ao traçado que Hobbes havia
dado ao homem.
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Este debate traduz duas linhas distintas no terreno da doutrina da ética. Smith conheceu
esta discussão durante os três anos passados como estudantes na Universidade de Glasgow
(1737-1740). Ali ele conviveu com personagens importantes ligados ao iluminismo escocês
e, não só se interessou pela Física e Matemática, newtonianas, mas dedicou atenção à
Filosofia Estóica, que enfatizava a autodisciplina como uma virtude cardeal.
Fez contato com o currículo das humanidades, iniciou o estudo dos clássicos greco-romanos,
de Teologia e de Filosofia. Seu pensamento expressa a grande influência exercida sobre ele
por Francis Hutcheson (1694-1746), à época, reconhecido professor de Filosofia Moral, em
Glasgow. Todo um debate filosófico, em torno do ser, fazia parte do conteúdo trabalhado
pelo seu professor.
Além deste conteúdo ele também teve acesso às obras do mestre lançadas postumamente
em 1747, pontuando a divisão clássica da Filosofia Moral em dois ramos da ética. No
primeiro grupo, voltado para o estudo à Filosofia da Virtude, há uma crítica acentuada à
teoria do egoísmo humano presente na “Fábula das Abelhas”, de Bernard de Mandeville
(1670-1733) e no segundo, a preocupação está voltada para a defesa da lei da natureza
como um princípio ontológico do ser que apontava para a questão da liberdade.
Estas influências filosóficas aparecem na obra moral de Smith. Outras ainda se fazem
presentes quando o autor, pelo caminho das ciências naturais, enfatizou o sistema imenso e
conectado do Universo operando harmoniosamente de acordo com a lei natural, a partir do
qual acena para a ideia de uma “mão invisível” no mecanismo do mercado, como forma de
regular a atividade econômica.
Na defesa destes princípios ele apresentou uma complexa ordenação de ideias. Para
organizá-las ele não se ateve só a um método. Fez par com os racionalistas e com a
Filosofia presente na escola do “sentimento”. Amigo de David Hume (1711-1776), Adam
Smith pautou-se, também, na lógica da ciência experimental inglesa. Muitos de seus
exemplos estão ligados a esta ciência. Vale lembrar, ainda, que na elaboração da sua teoria
moral ele colocou, no exercício da sua construção teórica, vários recursos (imaginação e
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observação) que tornaram possível a valoração da sociedade que emergia, como um
progresso em curso.
Defende-se que a análise dos fundamentos que formula a Teoria dos Sentimentos Morais, na
obra de Adam Smith ajuda a entender, não só como os homens de sua época traduziram e
explicaram a vida na gestação da sociedade burguesa, mas, também, possibilita a
compreensão dos avanços e limites de nossas próprias defesas, na atualidade, quando esta
sociedade se encontra amplamente desenvolvida e sua explicação se alicerça, ainda, nos
pressupostos do pensamento do autor, ou melhor, no limite da Filosofia Política e da
Economia Política clássicas.
À sua época, Adam Smith foi o homem que procurou mostrar que a ideia de bem púbico
traduzido como humanidade, ordem, coletividade e progresso, encontrava seu sentido maior
e melhor na própria essência do homem simpático. Entendemos que essa essência
subjetiva, captada por Adam Smith como uma lei natural, é expressão da própria produção
social em curso que se identifica com um espírito comercial e com a ideia de indivíduo.
Essa sociedade, para ele, deveria, em vez de representar discórdia e hostilidade, traduzir-se
num estado de plena harmonia “sem violência ou coação [...] efetuado com naturalidade e
regularidade”. O comércio representaria um lugar de concórdia, sempre trazendo “vantagem
para os dois lados”, sinônimo de amizade entre as nações e entre os indivíduos. (SMITH,
1996, V.I, p. 467).
No processo de gestação da sociedade regida pelo capital, a Teoria dos Sentimentos Morais
de Adam Smith ajudou a colocar a História a serviço de uma Economia regida pelos
interesses da acumulação privada. A elaboração dessa teoria, que na obra do autor se
confunde com a ideia de “mão invisível”, só pode ser plenamente compreendida no próprio
terreno histórico que, na chamada “acumulação primitiva”, destruiu os pequenos monopólios
para tornar mais livre e sem tropeços a defesa de um grande monopólio que aponta para o
imperialismo burguês.
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U NIDADE 6
Objetivo: Continuar estudando os principais pensadores no campo da evolução
econômica,onde viveram, o que estudavam, como pensavam e suas principais contribuições
para a evolução da Economia. “O Fabuloso David Ricardo”
David Ricardo nasceu em Londres, no dia 18 de abril de 1772. Foi o terceiro de 17 filhos de
uma família holandesa de classe média, descendentes de judeus expulsos de Portugal.
Seguindo os passos do pai, tornou-se operador da Bolsa de Valores de Londres, onde
acumulou fortuna. Rompeu com a família (e com a religião judaica) aos 21 anos e se casou
com uma jovem “Quaker”. Morreu, prematuramente, em 11 de setembro de 1823, aos 51
anos de idade.
Um contra argumento a essa afirmação seria de que o mesmo pode ser dito a respeito de
qualquer outro grande economista. De certa forma, isso é verdade. Porém, com Ricardo a
dificuldade assume um nível mais elevado graças à abrangência de sua análise. Como bem
observou o Prof. Paul Singer, na apresentação dos Princípios de Economia Política e
tributação para a coleção Os Economistas, publicada pela Editora Abril:
Atualmente, quase não há problema teórico debatido pelos economistas, como o da Teoria
do Valor, da repartição da renda, do comércio internacional, do sistema monetário, que não
tenha como ponto de partida as formulações expostas, no começo do século XIX, por David
Ricardo.
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Apontado como o mais legítimo sucessor de Adam Smith, Ricardo não foi um acadêmico
como a maior parte dos outros grandes economistas. Descrito por Galbraith como “o único
rival sério de Smith quanto ao título de fundador da Teoria Econômica, Ricardo era judeu, era
um corretor da bolsa de valores, membro do Parlamento, dono de soberba inteligência e de
péssima oratória”. Ao contrário de Adam Smith e de seu grande intérprete francês Jean
Baptiste Say, que tinham uma visão geralmente otimista quanto às perspectivas da
humanidade, Ricardo e Malthus jamais foram considerados otimistas. “Foi graças à [Thomas
Robert] Malthus e Ricardo que a Economia se transformou numa ciência sombria”, sentencia
Galbraith em sua célebre obra: A era da incerteza.
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Para Ricardo, a renda relaciona-se com o aumento da população. Acreditava que maior
demanda, acarretada por esse aumento da população, exige o cultivo de terras menos
férteis, nas quais o custo de produção é mais elevado do que em terras mais férteis. Mas
custos e lucros deveriam ser mantidos no mesmo nível, nos dois casos, pois, de outro modo,
as terras de pior qualidade deixariam de ser cultivadas. Mesmo com essas medidas, no
entanto, os arrendatários das melhores terras acabariam tendo uma maior receita,
independente do trabalho e do capital aplicados na produção. Essa diferença em seu favor
(ou o excedente sobre o custo da produção) constituiria a renda da terra apropriada pelo
proprietário. Assim, a renda de determinada terra seria a diferença entre o valor da colheita
dessa área fértil e da colheita de outras menos férteis. Com o inevitável crescimento da
renda diferencial da terra, os proprietários rurais iriam se apossando de maior percentual do
excedente econômico, em detrimento dos capitalistas.
Dando continuidade à sua análise, observa o Prof. Paulo Sandroni, enfatizando o caráter
liberal do pensamento ricardiano:
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Da mesma forma que seu amigo [Malthus], David Ricardo previa um contínuo aumento da
população, e a população de Malthus tornou-se o operariado de Ricardo. Entre os operários
haveria tamanha concorrência na procura de emprego ou trabalho, de um lado, e de comida,
de outro lado, que tudo ficaria reduzido a um simples processo de subsistência. Era o destino
da humanidade.
Numa “sociedade em evolução”, tal fato poderia ser adiado, mas, fatalmente, surgirá, na
Inglaterra do século XIX, essa era uma restrição importante. Mas as restrições de Ricardo
nunca alcançaram as suas generalizações majestosas. No mundo ricardiano, os
trabalhadores receberiam o mínimo necessário à subsistência, nada mais do que isso. Era a
chamada lei de ferro e fogo dos salários.
Essa tendência, de acordo com Marx, será mantida e até agravada em razão do contínuo
progresso tecnológico e do contingente de trabalhadores desempregados por ele gerado.
Denominado exército industrial de reserva; constitui-se num fenômeno inerente e
absolutamente necessário à própria produção capitalista.
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U NIDADE 7
Objetivo: Continuar estudando o fabuloso David Ricardo, enfocando a “Teoria do Valor”. Um
dos icnones da sua teoria, que hoje está estampado em qualquer negociação desde a
simples venda de uma carteira de ações a nega fusões e empreendimentos.
Mesmo os mais ferrenhos defensores das ideias de Adam Smith admitem que, na análise do
valor, o grande economista escocês apresentou uma teoria caracterizada por ambiguidades.
A teoria do valor-trabalho, resgatada mais tarde por Marx, quando se torna o ponto de partida
da teoria da exploração (mais-valia), supõe que em toda e qualquer troca de mercadorias
tende a haver uma troca de quantidades iguais de trabalho, utilizado na sua produção.
Sendo assim, como explica Paul Singer, “um maço de cigarros vale vinte caixas de fósforos,
porque o tempo de trabalho necessário à produção do primeiro seria vinte vezes maior do
que aquele utilizado para produzir à segunda”.
Foi essa Teoria do Valor (e não a ambígua teoria de Adam Smith) que se consagrou como a
Teoria Clássica do Valor, cuja influência na Teoria Econômica foi absoluta até a segunda
metade do século XIX, quando ocorre a chamada Revolução Marginalista defendendo a tese
de que o valor de uma mercadoria não depende das horas de trabalho necessárias à sua
produção – uma medida objetiva –, mas sim do grau de satisfação que essa mercadoria é
capaz de proporcionar para o consumidor – uma medida subjetiva. Desde então, essas duas
concepções teóricas têm ocupado espaço destacado na arena do debate teórico da
Economia.
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Título 2 - A teoria das vantagens comparativas
Adam Smith havia desenvolvido a Teoria das Vantagens Absolutas para explicar o
funcionamento do comércio internacional. Em contraposição, Ricardo formulou a Teoria das
Vantagens Comparativas (ou dos custos comparativos), segundo a qual cada país tende a se
especializar nos ramos em que tem maiores vantagens, isto é, em que seus custos de
produção são menores do que os de seus concorrentes. Com isso, procurou demonstrar,
como bem observa Paulo Sandroni, “a vantagem de um país importar determinados
produtos, mesmo que pudesse produzi-los por preço inferior, desde que sua vantagem, em
comparação com outros produtos, fosse ainda maior”.
Embora as teorias de Ricardo sejam ensinadas pelo mundo todo, são as nações europeias
da década de 1990 que melhor testarão o legado de Ricardo. Se elas cumprirem o seu
compromisso de 1992 de derrubar todas as barreiras comerciais remanescentes entre elas,
Ricardo conseguirá uma vitória parcial.
Para uma vitória completa, os países do Mercado Comum devem, também, manter o seu
segundo compromisso – não erguer fortalezas no seu litoral que impediriam países tais como
os Estados Unidos e o Japão [e os países da América Latina] de participar do seu dinâmico
programa de prosperidade. Até aqui os resultados estão misturados. Durante a última
metade da década de 1980, enquanto o comércio dentro do Mercado Comum deu um salto
de 15%, o comércio com os países não membros caiu em cerca de 10%. Ricardo ficaria
desapontado, mas esperançoso.
Escrevendo seu livro mais importante já no primeiro quartel do século XIX, Ricardo não vive
mais o clima cultural da ordem natural, pregado pelos fisiocratas, por Smith e por Say.
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Não é fácil entender o pensamento econômico de Ricardo. Seu livro Princípios de Economia
política e tributação, de 1817, apresentam uma série de dificuldades:
1º Por se tratar de um livro cujo conteúdo faz uma crítica à Riqueza das nações, de
Smith;
2º Porque diversos capítulos aparecem sem conexão uns com os outros, o que faz
pressupor tratar-se de um livro feito “à prestação”, ou seja, à medida que Ricardo vai
sentindo necessidade de aprofundar determinados assuntos, vai acrescentando
capítulos novos. Em função dessa dificuldade, a leitura de seu livro conduz muitas
vezes os leitores a duas conclusões de prismas diferentes. Uns pensam que a linha
básica da obra consiste em mostrar que a teoria do valor-trabalho explica todos os
fatos econômicos, já que esse fator é o mais elementar, do qual os outros parecem
derivar e, assim, o sistema de Ricardo seria a explicação de como o fator trabalho
subentende todos os outros fatores como seu princípio organizador.
Para outros, a linha básica da obra consiste em mostrar quais as leis que determinam a
distribuição da renda entre as classes sociais e sua relação com as circunstâncias gerais da
sociedade. As duas problemáticas acima se encontram presentes, a bem da verdade, do
princípio ao fim do pensamento ricardiano. Ocorre, porém, que para percebê-lo parece
necessário que se confronte sua obra com a riqueza das nações de Adam Smith. Isto
porque, contendo seu livro uma série de críticas à Riqueza, é preciso ter em mente a
estrutura do livro criticado para perceber o alcance do pensamento de Ricardo. Por esse
ponto de vista - ainda que isto não esteja especificado em seu livro - o seu pensamento deve
obedecer ao seguinte plano:
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d. O papel do Estado no direcionamento do capital e desobstrução dos
obstáculos.
Nessa sequência fica mais fácil entender como Ricardo, através de sua teoria econômica,
põe à prova a harmonia do Racionalismo.
De fato, ao se aceitar a teoria da renda de Ricardo torna-se discutíveis tanto a ordem natural
dos fisiocratas, como a harmonia entre os interesses privados e o geral. Assim, não haveria
harmonia, mas conflito. Aliás, na época em que seu grande livro foi publicado, o problema
preponderante era o conflito entre os interesses da indústria e da agricultura, razão pela qual,
em sua obra, Ricardo ia a auxílio à tese industrialista, em prejuízo daquela defendida pelos
proprietários rurais.
Com base nisso, pode-se afirmar que Ricardo concordava com Smith quanto ao conceito de
riqueza nacional: “o montante de bens e serviços à disposição dos consumidores” (quanto
maior esse montante, maior a riqueza).
Ricardo, no entanto, não vê o crescimento dessa riqueza como algo retilíneo e sem conflitos
como imaginava Smith. Para ele, esse crescimento não era retilíneo, mas sim passível de
obstrução.
Ricardo procura mostrar que a causa principal do crescimento da riqueza das nações é a
acumulação de capital. Essa acumulação, por sua vez, vai depender da taxa de juros, pois,
segundo Ricardo, tanto os agricultores como os industriais são, antes de tudo, investidores,
e, como tal, não podem viver sem lucros, da mesma forma que os trabalhadores não vivem
sem salários. O motivo que os leva a acumular diminui com a redução do lucro e cessará por
completo quando seus lucros forem tão pequenos a ponto de não lhes garantir uma
compensação adequada pelo esforço e risco que devem necessariamente correr pelo
emprego do seu capital numa atividade produtiva. O empresário estará, por conseguinte,
desviando-se constantemente de uma para outra atividade, procurando sempre melhor
rentabilidade pelo emprego do capital.
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U NIDADE 8
Objetivo: Continuar o estudo dos principais pensadores no campo da evolução
econômica,onde viveram, o que estudavam, como pensavam e suas principais contribuições
para a evolução da Economia. “O Maior entendido sobre Capitalismo” Quer compreender o
Capitalismo. Leia as suas obras.
Já se disse que toda a conquista de igualdade com sacrifício da liberdade não valeria a pena,
pois acabaríamos perdendo esta última sem ter conseguido alcançar a primeira. O Manifesto
do Partido Comunista foi encomendado pela Liga dos Comunistas no seu congresso
realizado em Londres em 1848.
Marx e Engels partem de uma análise histórica, distinguindo as várias formas de opressão
social durante os séculos e situa a burguesia moderna como nova classe opressora. Não
deixa, porém, de citar seu grande papel revolucionário, tendo destruído o poder monárquico
e religioso valorizando a liberdade econômica extremamente competitiva e um aspecto
monetário frio em detrimento das relações pessoais e sociais, assim tratando o operário
como uma simples peça de trabalho ou fator de produção, alienando e reduzindo a liberdade
humana à simples liberdade de consumo e não a liberdade intrínseca como valor humanista.
Muito embora os desdobramentos históricos a partir deste texto, que se tornou um dos mais
lidos da Filosofia Social e política da humanidade; tem-se de compreendê-lo dentro de seu
contexto histórico-ideológico. O que, aliás, se trata de um postulado do próprio Socialismo
Científico marxista, ou mesmo da tradição do Materialismo Dialético da esquerda hegeliana.
E este contexto é, sobretudo, o da visão romântica do mundo, onde traços como: a História,
o sujeito e a voluntariedade do indivíduo são marcantes e extremados.
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Se a revolução conceitual e filosófica marxista irá marcar por mais de um século a luta
política da humanidade pela democratização das sociedades, dividindo o mundo entre as
esquerdas socialistas e as direitas liberais-conservadoras, o Determinismo da História pela
infraestrutura econômica da sociedade não irá prevalecer em face da determinação das
médias estruturas jurídicas e políticas ou mesmo das superestruturas ideológico-culturais,
como mais tarde indicarão Max Weber, a Escola de Frankfurt de Adorno, Habermas e
Benjamin e a Escola Austríaca de Von Mises e Hayek.
É preciso entender, também, que a determinação da história irá superar a própria ideologia
marxista que, na sua origem, era determinada por um capitalismo incipiente e cruel nas suas
relações sociais, sendo que o próprio capitalismo absorveu as críticas socialistas
reinventando-se no limiar do século XXI como sistema de organização social capaz de incluir
e fazer ascender socialmente grandes massas de trabalhadores, sem, no entanto sacrificar
os valores universais da humanidade que são, desde a Antiguidade Clássica, a legalidade, a
vida, a liberdade e a propriedade.
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U NIDADE 9
Objetivo: Continuar os estudos dos principais pensadores no campo da evolução
econômica,onde viveram, o que estudavam, como pensavam e suas principais contribuições
para a evolução da Economia. “O Grande Economista Industrial” Foi ele quem inspirou
Michael Port.
Na história do pensamento econômico, o ano de 1883 foi marcado por uma coincidência.
Nele ocorreram a morte de Karl Marx e os nascimentos de John Maynard Keynes e de
Joseph Schumpeter, três economistas que contribuíram significativamente, cada um a sua
maneira, para o avanço da Teoria Econômica. Schumpeter, talvez seja o menos famoso
entre esses autores, embora, sobretudo nas últimas duas décadas, sua obra tenha sido
objeto de estudo para se entenderem as profundas mudanças tecnológicas, econômicas e
sociais por que tem passado o capitalismo. Atualmente, quando o assunto é inovação,
destacam-se as suas contribuições e sua influência sobre as vertentes teóricas "neo-
schumpeterianas" ou "evolucionistas".
A obra de Schumpeter pode ser dividida em dois momentos. O primeiro corresponde aos
escritos realizados em sua juventude. Nele destacam-se A natureza e a essência da
Economia teórica, de 1908, e Teoria do desenvolvimento econômico (TDE), de 1911. Na
segunda fase destacam-se livros como: Capitalismo, socialismo e democracia, de 1942,
Ciclos econômicos, de 1939, e História da análise econômica, de 1954 (publicado
postumamente).
TDE foi a primeira obra de grande influência escrita por Schumpeter. Nela já estão
presentes, ainda que de forma incompleta, as principais teses defendidas pelo autor. Trata-
se de uma leitura fundamental para aqueles que desejam entender a dinâmica da Economia
capitalista. Apesar de em alguns trechos a leitura ser um pouco tediosa (sobretudo no
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capítulo referente ao fluxo circular), no geral, devido a frases bastante claras e diretas, as
ideias schumpeterianas são de fácil entendimento.
Para expor sua Teoria do Desenvolvimento Econômico, o autor faz um contraste com a
Teoria do Equilíbrio, que, explícita ou implicitamente, "sempre foi e ainda é o centro da teoria
tradicional". Schumpeter sustenta que o sistema de equilíbrio econômico geral proposto por
Léon Walras, destacado economista neoclássico, é indispensável para trazer à luz as
relações fundamentais que têm lugar em um sistema econômico. Ou seja, o livro começa
com uma visão da economia capitalista na qual o desenvolvimento está ausente por
completo.
Por desenvolvimento, Schumpeter entende as mudanças da vida econômica que não lhe são
impostas de fora, mas que surgem de dentro, por sua própria iniciativa. "O desenvolvimento,
no sentido usual, é um fenômeno distinto, inteiramente estranho ao que pode ser observado
no fluxo circular ou na tendência para o equilíbrio”.
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A ruptura do mundo estacionário e, também, o início de um processo de desenvolvimento
ocorrem precisamente no âmbito da produção. Para Schumpeter, é o produtor que, via de
regra, inicia a mudança econômica, e os consumidores são educados por ele, se necessário;
são, por assim dizer, ensinados a querer coisas novas, ou coisas que diferem em um
aspecto ou outro, daquelas que tinham o hábito de usar. Um entre os inúmeros exemplos
possíveis desse fenômeno diz respeito ao incrível avanço dos modelos de telefones
celulares. Atualmente, aparelhos sem display colorido, câmera fotográfica embutida e
comando e discagem por voz já estão, de certa forma, obsoletos.
No esquema proposto pelo autor, o fluxo circular é rompido pela ativação da capacidade de
transformação inerente à máquina capitalista. As inovações constituem o motor do processo
de mudança que caracteriza o desenvolvimento capitalista e resultam da iniciativa dos
agentes econômicos. Mesmo partindo de objetivos individuais, os efeitos da inovação são
amplos e levam à reorganização da atividade econômica, garantindo o aspecto instável e
evolutivo do sistema capitalista. Dessa forma, o desenvolvimento é definido pela realização
de inovações. As inovações caracterizam-se pela introdução de novas combinações
produtivas ou mudanças nas funções de produção. Schumpeter classifica essas
modificações da seguinte maneira. Em primeiro lugar, a introdução de um novo bem ou de
uma nova qualidade de um bem. Em segundo lugar, a introdução de um novo método de
produção, ou seja, um método ainda não verificado pela experiência naquele ramo produtivo
em que tal introdução é realizada e que não decorre necessariamente de qualquer
descoberta científica, mas que pode simplesmente consistir em um novo método de tratar
comercialmente uma mercadoria.
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ressalta que a lógica econômica prevalece sobre a lógica tecnológica. "E em consequência
se vê na vida real, em toda a parte, à nossa volta cordas rotas em vez de cabos de aço,
animais de tração defeituosos ao invés de linhagens de exposição, o trabalho manual mais
primitivo ao invés de máquinas perfeitas, uma desajeitada economia baseada no dinheiro em
vez de circulação de cheques, e assim por diante. O ótimo econômico e o perfeito
tecnologicamente não precisam divergir, no entanto o fazem com frequência, não apenas por
causa da ignorância e da indolência, mas porque métodos que são tecnologicamente
inferiores ainda podem ser os que melhor se ajustam às condições econômicas dadas".
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U NIDADE 10
Objetivo: Continuar os estudos dos principais pensadores no compra da evolução
econômica, onde viveram, o que estudavam, como pensavam e suas principais
contribuições para a evolução da Economia. “O Protagonista de Keynes”.
Nascido em 1767, cresceu num ambiente fortemente influenciado pelas ideias iluministas,
cujas ideias fundamentais eram o liberalismo, o individualismo e o racionalismo. Sendo
assim, acompanhou, na sua juventude, o fervilhante ambiente político que redundou na
Revolução de 1789. Ao mesmo tempo, testemunhou os primórdios da industrialização da
França, um dos países que mais cedo seguiram o caminho aberto pioneiramente pela
Inglaterra.
Jean-Baptiste Say nasceu em Lyon no ano de 1767. Foi o primogênito dos quatro filhos de
uma família protestante e é considerado um dos principais expoentes da Escola Clássica,
juntamente com Adam Smith, David Ricardo e Thomas R. Malthus. Faleceu em Paris, no ano
de 1832.
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graças às horas de folga que lhe proporciona o seu novo emprego, numa companhia de
seguros".
Após a Revolução Francesa, teve lugar a fase de jornalista liberal de Say. Esta fase se
iniciou com sua colaboração para o Courier de Provence, jornal que era dirigido por
Mirabeau. Em seguida, trabalhou no jornal La Décade Philosophique, Littéraire et Politique,
pour une Société dês Republicains, onde chegou a diretor e começou a divulgar as ideias
econômicas de Adam Smith. De acordo com Porto Carreiro, de 1799 a 1814, foi membro do
Tribunat, sendo demitido por ordem de Napoleão por se recusar a publicar algumas ideias do
imperador.
Troca as artes pela indústria, Paris por Auchy. Monta uma empresa têxtil que
dizem ter sido muito próspera (chegou a empregar 400 trabalhadores). Foi uma
experiência industrial sem dúvida exemplar, mas que serviu apenas para ilustrar
um pensamento definido.
Com o fim do império, Say se dedicou com grande afinco à atividade intelectual,
escrevendo suas obras mais importantes e dedicando-se à introdução e difusão
do ensino da Economia na França, primeiro no Athénée (1815-1816), em
seguida no Conservatório Nacional de Artes e Ofícios (1820) e, por fim, no
Collège de France (1831).
Embora a contribuição de Jean-Baptiste Say seja muito mais ampla, aqui serão abordados
apenas três aspectos, por constituírem os mais relevantes para a evolução da Teoria
Econômica.
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Título 4 - Valor utilidade
Não há dúvida que Jean-Baptiste Say tem seu nome consagrado na história do pensamento
econômico graças à lei dos mercados (ou lei de Say). No entanto, para uma compreensão
mais precisa de seu pensamento - e da lógica inerente à própria lei dos mercados - é
fundamental que se conheça sua visão do processo de produção e da determinação do
valor.
Percebe-se, portanto, que Say antecede a John Stuart Mill na defesa da tese de que é
a utilidade, e não o trabalho, o principal fator determinante do valor de uma
mercadoria. Rompe, dessa forma, com a indefinição de Smith (que não se posiciona
claramente entre os valores de uso e de troca) e, principalmente, com a posição de
Ricardo, decididamente a favor da teoria do valor-trabalho, no que foi acompanhado
por Marx e seus seguidores.
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Feitas essas considerações preliminares sobre o pioneirismo de Jean-Baptiste Say neste
aspecto essencial da Teoria Econômica, nada melhor para encerrar este item, que as
palavras do próprio economista francês, transcritas pelo historiador E. K. Hunt:
O valor que a humanidade atribui aos objetos se origina do uso que deles se possa
fazer... Tomarei a liberdade de associar o termo utilidade à capacidade de certas
coisas satisfazerem os vários desejos da humanidade... A utilidade das coisas é a
base do seu valor e seu valor constitui riqueza...
Embora o preço seja a medida do valor das coisas e o valor delas seja a medida de sua
utilidade, seria um absurdo inferir que, aumentando-se à força seu preço, sua utilidade possa
ser aumentada. O valor de troca, ou preço, é um índice da utilidade reconhecida de certa
mercadoria.
Antes de dar continuidade aos seus estudos é fundamental que você acesse sua
SALA DE AULA e faça a Atividade 1 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 11
Objetivo: Entender o surgimento de Keynes,e porque as suas teorias foram usadas de forma
contrária por Keynes.
A lei dos mercados, também conhecida como lei de Say, costuma ser apresentada com o
seguinte enunciado: "A oferta cria sua própria procura".
Trata-se de um enunciado simples e fácil de ser gravado, o que explica, em grande parte,
sua razoável popularidade. No entanto, é muito mais do que isso. Say conseguiu, através
desse enunciado aparentemente simples, tornar muito mais acessível à compreensão da
tendência ao autoequilíbrio do sistema econômico, que permanecia obscura na complexa
teoria da mão invisível de Adam Smith.
A Professora Nancy Gorgulho Braga foi muito feliz, em recente artigo elaborado para o jornal
O Economista, ao se utilizar da lei dos mercados como uma das bases de reflexão sobre o
capitalismo de nossos dias e o desafio que se apresenta ao economista contemporâneo.
Nesse artigo ela reproduziu um trecho relativo a mercados da segunda edição do Tratado de
Economia Política (1814):
Vale à pena notar que um produto, tão logo seja criado, nesse mesmo instante gera um
mercado para outros produtos em toda a grandeza de seu próprio valor. Quando o produtor
dá o toque final a seu produto, ele está ansioso para vendê-lo imediatamente, para que o
valor do produto não pereça em suas mãos. Nem está ele menos ansioso para se utilizar do
dinheiro que pode obter, porque o valor do dinheiro também é perecível. Mas o único modo
de se desfazer do dinheiro é pela compra de um produto ou outro. Assim, a mera
circunstância da criação de um produto imediatamente abre um mercado para outros
produtos.
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A figura que se segue, encontrada em diversos manuais de Economia, permite visualizar - e
assim compreender melhor - o significado da lei dos mercados, que é, em última instância, a
explicação do funcionamento de um sistema econômico simples, em que a sociedade é
dividida entre famílias e empresas. Na referida figura, observa-se que a Economia Funciona
como uma interação entre dois fluxos: o real, representado pelo fluxo externo; e o monetário,
representado pelo fluxo interno.
Nessa interação dos dois fluxos, a oferta, que corresponde à análise da produção, tem um
papel determinante. Se houver um aumento da produção de bens e serviços e, por
conseguinte, um aumento da quantidade de fatores envolvidos na produção, mais gente
estará empregada e, dessa forma, ao ser remunerada por sua participação no processo,
estará auferindo renda com a qual poderá comprar uma quantidade maior de bens e serviços
que estará sendo disponibilizada.
Por outro lado, se houver uma redução do volume de produção, as empresas poderão ser
obrigadas a desempregar fatores de produção, ocasionando uma redução do volume de
remuneração das famílias e, por extensão, menos renda para a aquisição de uma quantidade
menor de bens e serviços oferecida no mercado. A oferta, portanto, funciona como uma
espécie de termômetro do funcionamento da economia. Quando se expande, permite uma
expansão correspondente da demanda; quando se contrai, ocasiona uma contração
correspondente da demanda. Dessa forma, a economia tende naturalmente à situação de
equilíbrio.
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Vale ressaltar dois aspectos: o primeiro é que esse modelo representa o funcionamento de
um sistema econômico simplificado (que em Macroeconomia é tratado como sistema de dois
setores), que não considera nem o setor governo nem o setor externo (exportações e
importações); o segundo é que o modelo supõe que toda a renda recebida pelas famílias
será imediatamente utilizada na aquisição dos bens e serviços produzidos pelas empresas,
de tal forma que o que se constitui em renda para as famílias corresponde à despesa (custos
de produção) das empresas.
Nesse sentido, o dinheiro vai das empresas para as famílias sob diferentes formas de
remuneração dos fatores de produção, e retorna das famílias para as empresas quando cada
membro dessas famílias, exercendo papéis alternativos no teatro da economia, atua como
consumidor ou investidor, adquirindo os produtos oferecidos pelas empresas.
Esses dois aspectos conduzem a dois corolários que foram depois fonte de contundentes
críticas à lei dos mercados. O primeiro aspecto supõe que o mercado é capaz de evitar uma
crise geral da economia, já que o sistema econômico seria dotado da capacidade de se
autoequilibrar. A Grande Depressão da década de 1930 foi uma dura demonstração da
possibilidade do contrário. O segundo aspecto supõe que o dinheiro (ou moeda) é
simplesmente um meio de troca, não tendo influência direta no processo de produção e
circulação.
O grande economista inglês, John Maynard Keynes, já analisado nestas mesmas Iscas
Intelectuais, foi um dos que melhor demonstrou as limitações da lei dos mercados,
chamando a atenção para três vazamentos que impedem, na vida real, que a economia
funcione em equilíbrio automático, como supunha Say, a poupança, os impostos, e o
excesso de gastos com importações relativamente às receitas com exportações. A partir
desses vazamentos, propôs a mão visível do Estado para desempenhar o papel que a mão
invisível do mercado não foi capaz de desempenhar satisfatoriamente.
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Título 2 - Ênfase no papel do empreendedor
Jean-Baptiste Say costuma ser descrito como um seguidor das ideias de Adam Smith, mas
na verdade ele vai muito além. "É o primeiro economista da oferta", afirma Jean-Pierre
Potier, que dirigiu a coletânea universitária Jean-Baptiste Say, nouveaux regards sur son
oeuvre (Éditions Economica). Ele insiste nas condições da produção, valorizando o papel do
empreendedor. Para os clássicos do século XVIII, a sociedade se dividia em trabalhadores, e
capitalistas. Jean-Baptiste Say recusou essa visão. A seus olhos, cada um pode
desempenhar uma dessas funções num momento ou outro. Esse enfoque será retomado
posteriormente pela escola neoclássica.
Say contribuiu para a teoria moderna dos custos do monopólio ao apontar que os
monopolistas não apenas criaram o que atualmente chamamos de perdas de eficiência (ou
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perdas de peso morto), mas também usaram os recursos escassos na sua concorrência para
obter e proteger suas posições de monopólio.
Say foi original em destacar aspectos da teoria econômica cujo reconhecimento acabou
sendo para economistas que o sucederam, como é o caso de John Stuart Mill.
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U NIDADE 12
Objetivo: Continuar os estudos dos principais pensadores no campo da evolução
econômica. Onde viveram, o que estudavam, como pensavam e suas principais
contribuições para a evolução da Economia. “O Homem que devolveu o Gramuor da Amércia
do Norte.
Essa unidade será breve, pois será utilizada para trabalho de pesquisa, pois suas teorias são
as que mais se aproximam da realidade atual.
Nasceu em Cambridge, filho de John Neville Keynes. Estudou em Eton e no Kings College
de Cambridge. Graduou-se em Matemática e se especializou em Economia, tendo estudado
com Alfred Marshall e A. Pigou. Entrou como funcionário do Indian Office em 1906.
Permaneceu dois anos na Ásia, até que em 1908 ingressou como professor de Economia em
Cambridge, cargo que manteve até 1915. Em 1916 ingressou no Tesouro britânico onde
ocupou cargos importantes. Representou este organismo na Conferência de Paz de Paris,
cargo que renunciou em 1919 por ser contra o regime de reparações que estava sendo
imposto à Alemanha. Voltou a Cambridge como professor e trabalhou, simultaneamente,
com atividades privadas em empresas de seguros e investimentos, o que lhe proporcionou
rendas relevantes. Criticou a política deflacionista do governo e se opôs, inutilmente, à volta
ao padrão ouro.
Na década dos anos trinta os países do ocidente sofreram a mais grave crise econômica
conhecida até o presente momento: a Grande Depressão. A corrente marginalista não estava
capacitada para explicar esse fenômeno. Em 1936 J.M. Keynes publicou sua Teoria Geral do
Emprego, os Juros e o Dinheiro, o livro que, sem dúvida alguma, tem influenciado de forma
mais profunda o estilo de vida das sociedades industriais depois da Segunda Guerra
Mundial. As decisões de poupança são tomadas pelos indivíduos em função de sua renda,
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enquanto que as decisões de investimentos são tomadas pelos empresários em função de
suas expectativas de lucro. Não há nenhuma razão pela qual a poupança e o investimento
devam coincidir. Quando as expectativas dos empresários são favoráveis, grandes volumes
de investimentos provocam uma fase expansiva. Quando as expectativas são desfavoráveis,
a contração da demanda pode provocar uma depressão. O Estado pode impedir a queda da
demanda aumentando seus próprios gastos.
Durante a Segunda Guerra Mundial Keynes retornou ao Tesouro britânico. Em 1944 liderou a
delegação de seu país na Conferência de Bretton Woods, da qual surgiram o Banco Mundial
e o Fundo Monetário Internacional. Morreu dois anos depois, em 1946, em Sussex.
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U NIDADE 13
Objetivo: Entender os problemas fundamentais da Economia “Necessidade Ilimitadas e
Recursos Escassos. O que Fazer?
Bens Serviços
Coletivo Individual
Mesmo para as necessidades puramente biológicas surgem novos desejos. Pode-se dizer
que: As necessidades humanas são ilimitadas. A produção de Bens e Serviços exige a
organização e a combinação dos fatores de produção. Entretanto, esses fatores são
limitados, escassos:
Necessidades Ilimitadas
Fatores Limitados
Lei da Escassez
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A Teoria Econômica - Procura conhecer e sistematizar essas soluções, através da análise do
comportamento dos agentes econômicos. Objetivo - Propor soluções:
1. O que Produzir?
2. Quanto Produzir?
3. Como Produzir?
Trabalho
Recursos Naturais
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A proporção em que esses recursos são combinados depende da abundância ou da
escassez.
Alimentos (Milhões de T)
7,5
Q
Vestuário
0 5 10 20
(Milhões de peças)
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U NIDADE 14
Objetivo: Continuar o entendimento dos problemas fundamentais da Economia “Necessidade
Ilimitadas e Recursos Escassos. O que Fazer?
Ele troca sua força de trabalho por um salário, permitindo adquirir bens e serviços.
Os elementos integrantes de um sistema econômico não são apenas pessoas, mas todos os
fatores de produção.
Unidade Produtora - Instituição organizadora dos fatores de produção. Nem tudo que é
produzido e destinado diretamente ao consumo. Uma fábrica de chapa de aço, não tem as
pessoas como consumidores diretos. Da mesma forma uma empresa de informática. São
bens ou serviços que entram na produção de outros bens e serviços.
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Título 2 - A produção econômica pode ser classificada em três categorias:
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Fluxo Real Oferta
Oferta e Demanda - São duas funções mais importantes do sistema econômico, essas
funções formam o Mercado.
S. Primário
S. Secundário
S. Terciário
Alimentos
Salários Fluxo vestuários Fluxo Real
Juros Monetário serviços (Oferta)
Lucros (Demanda) equipamentos
Aluguéis
etc.
Mercado
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Admitimos:
Sistema econômico fechado - Não mantém relações com outros sistemas (sem exportações
e sem importações). Não possui setor público, (Governo). Todas as rendas recebidas pelos
empresários são gastas em bens e serviços. Toda produção da empresa é vendida (sem
estoque). Exemplo:
Empresas Famílias
Obs: Normalmente um sistema econômico é formado por mais duas entidades: O setor
público e o resto do mundo.
Mercado
Troca de renda pelo produto
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PROCESSO DE CIRCULAÇÃO
Fluxo Real
Aparelho produtivo
Fluxo Monetário
Famílias Mercado
Bens e
Serviços
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U NIDADE 15
Objetivo: Estudar a evolução da economia brasileira. O que levou o crescimento do Brasil,
quais seus principais ciclos e o crescimento desordenado, causando um país
Subdesenvolvido.
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carolíngio, muito representada no século XVI, que teria sido levada para S. Tomé pelos
plantadores e mestres de engenhos da Madeira.
No Brasil, a economia açucareira gerou uma dinâmica sociocultural diversa, que deixou
rastros evidentes na literatura: o caso mais evidente é o de José Lins do Rego (1901-1957),
que escreveu um conjunto de romances a retratar o ciclo da cana-de-açúcar: Menino de
Engenho (1932), Doidinho (1933), Banguê (1934), o Moleque Ricardo (1935), Usina (1936),
Fogo Morto (1943) e Meus Verdes Anos (1956).
Na Madeira, esta vivência não entusiasmou a veia literária dos seus protagonistas e apenas
na atualidade o tema despertou o interesse de Horácio Bento de Gouveia, em Águas Mansas
(1963), e João França em A ilha e o Tempo (1972).
Por outro lado, é de salientar que a safra açucareira teve também implicações na política de
urbanização do espaço rural, condicionando uma forma peculiar de ligação do espaço
agrícola-industrial com as estruturas de mando e controle social. A célebre trilogia rural, tão
bem definida por Gilberto Freire, teve o seu primeiro aparecimento aqui na Madeira, sendo
testemunho atual disso a célebre lombada de João Esmeraldo (Ponta do Sol). Mas outros
mais exemplos poderiam referenciar na ilha que, lamentavelmente, estão se perdendo.
Talvez por estas implicações do açúcar se defina ao espaço rural, ou por outras razões que
desconhecemos, se definiu para o Funchal epítetos pouco expressivos da realidade. Assim a
partir da publicação do livro de António Aragão sobre a cidade do Funchal ficou estabelecido
que ela fosse a "primeira cidade construída por Europeus fora a Europa" e dentro da sua
malha urbana de uma "cidade do açúcar" e outra do "vinho". Esta aventureira definição não
colhe argumentos a seu favor.
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Todos são unânimes em afirmar a adaptação do modelo europeu às condições geohumanas
dos novos espaços e a forte vinculação às diretivas régias e à mão de obra especializada da
península. O desenvolvimento econômico assentado na produção ou comércio de certos
produtos; surge em todas as áreas, não como fator definidor da traça urbana e arquitetônica,
mas sim como meio.
Por outro lado, os monarcas intervêm com assiduidade nessa política arquitetônica, enviando
regimentos e planos sobre o modo porque se deverá proceder à construção. Tenha-se em
atenção às recomendações dadas por D. Manuel para a construção da cerca e muros
conforme o sistema delineado em Setúbal.
Por outro lado, o mesmo monarca - ao ordenar em 1485 a construção dos paços do concílio,
da igreja, alfândega e praça - pretendia dar ao Funchal uma dimensão peninsular. Terá sido
esse espaço urbanizado à custa dos proventos do açúcar que conduziu à errada formulação
dos princípios geradores do urbanismo funchalense.
Confrontados os estudos sobre a história das cidades das demais ilhas atlânticas e do Novo
Mundo, onde a cana-de-açúcar foi dominante, não se encontra qualquer definição deste tipo
para a malha arquitetônica urbana. Como por exemplo, o caso de Canárias, onde é evidente,
também, um extremo seguidismo aos cânones peninsulares.
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Por isso, não se entende a forma despropositada com que se tem defendido a existência no
Funchal de uma cidade do açúcar. Mas, do açúcar, a única coisa que se poderá dizer é que
a imagem do açúcar ficou apenas o registro nas armas da cidade a partir do século XVI, a
que se juntou a videira no século dezenove. Não obstante o fato daquele espaço, que é hoje
o centro da cidade, ter sido no século XV uma área de canaviais (o Campo do Duque), as
alterações que se produziram a partir da década de oitenta do século XV conduziram à sua
adequação aos modelos arquitetônicas peninsulares.
E a imposição lançada em 1485 sobre o vinho, surgiu única e exclusivamente com o intuito
de criar um fundo municipal para o "nobrecimento" da vila. Com isto, não se quer excluir a
função relevante dos proventos arrecadados pela economia açucareira na valorização do
patrimônio urbano, mas apenas referenciar que não houve uma ligação direta entre as duas
situações.
Em bem verdade se diga que o recinto urbano, que emerge a partir da década de sessenta
entre as ribeiras de João Gomes e Santa Luzia e, depois, para além desta última, foi o
princípio da futura cidade, dominada pelos mercadores do açúcar. As residências de João
Esmeraldo, de D. Mécia, do capitão do donatário, bem como os conventos (Encarnação, S.
Francisco e Santa Clara) e igrejas (Sé, Capela dos Reis Magos, Madre de Deus e matrizes
de Machico, Ponta do Sol, Calheta e Ribeira Brava) foram erguidas e embelezadas
artisticamente a partir dos proventos acumulados com a safra do açúcar.
Mas uma coisa é o açúcar ser fonte de receita, participadora deste processo, e outra é
resultarem daí implicações urbanísticas e plásticas. Na verdade, a vila que é elevada em
1508 à categoria de cidade deve apenas ser considerada como a cidade dos mercadores de
açúcar e nunca a cidade do açúcar.
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suas colônias no Caribe, fazendo com que a Coroa portuguesa voltasse a estimular a
descoberta de metais.
Os paulistas, que conheciam bem o sertão, iriam desempenhar um papel importante nessa
nova fase da história colonial. Já em 1674, destacou-se a bandeira de Fernão Dias Pais, que,
apesar de não ter descoberto metais preciosos, serviu para indicar o caminho para o interior
de Minas. Poucos anos depois, a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva – o Anhanguera –
abriria caminho para o Brasil central (Goiás e Mato Grosso).
Descoberta do ouro e povoamento – A procura de metais preciosos no Brasil era bem antiga
e datava do início da colonização, sobretudo depois da descoberta da rica mina de prata de
Potosí, em 1545, na atual Bolívia. A criação do Governo Geral em 1548, e a sua instalação
no ano seguinte, foi um reflexo daquela descoberta.
De fato, diversas foram as “entradas” (expedições sertanistas oficiais) que partiram da Bahia,
Espírito Santo, Ceará, Sergipe e Pernambuco para o interior.
Contudo, durante os anos em que permaneceu no sertão, desbravou grande parte do interior
das Gerais e abriu caminho para futuras descobertas de importância.
Costuma-se atribuir o início da mineração à descoberta do ouro feita por Antônio Rodrigues
Arzão, em 1693, embora a corrida do ouro começasse efetivamente com a descoberta das
minas de Ouro Preto por Antônio Dias de Oliveira, em 1698.
Além de se difundir pelo Brasil, a notícia chegou a Portugal através da correspondência dos
governadores ao rei.
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De diversos pontos do Brasil começou a chegar grande quantidade de aventureiros, ávidos
de rápido enriquecimento. Mesmo de Portugal vieram, a cada ano, cerca de 10 mil pessoas,
durante sessenta anos.
População das minas: paulistas e emboabas – A população era bastante heterogênea, mas
distinguiam-se claramente paulistas e forasteiros. Estes eram chamados, depreciativamente,
pelos paulistas, de “emboabas”, que em língua tupi queria dizer “pássaro de pés
emplumados” - referência irônica aos forasteiros, que usavam botas; os paulistas andavam
descalços.
Nesse tempo a população paulista era de mamelucos e índios que utilizavam como língua o
tupi, mais do que o português. Embora minoritários, os paulistas hostilizavam e eram
hostilizados pelos emboabas. Julgavam-se donos das minas por direito de descoberta. Mas a
rivalidade entre paulistas e emboabas tinha outros motivos mais significativos.
O comércio de abastecimento das Minas era controlado por alguns emboabas que auferiam
grandes lucros. Dada a sua riqueza e a importância da atividade que exerciam, passaram a
ter grande influência. Manuel Nunes Viana, português que veio ainda menino para a Bahia,
era um desses ricos comerciantes e principal líder dos emboabas. Era proprietário de
fazendas de gado no São Francisco e estava associado aos comerciantes da Bahia.
A Guerra dos Emboabas – O estopim da guerra foi o desentendimento entre Nunes Viana e
Borba Gato, que era guarda-mor das Minas e, portanto, representante do poder real. A fim de
combater o contrabando do ouro, a Coroa havia proibido o comércio entre as Minas e a
Bahia, com exceção do gado. Apesar dessa determinação, o comércio proibido continuou,
sob a liderança de Nunes Viana. Borba Gato determinou então a expulsão de Nunes Viana
das Minas, mas este não a acatou e foi apoiado pelos emboabas.
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Ora, a maior parte das Minas era ocupada pelos emboabas, e os paulistas estavam
concentrados no rio das Mortes, de onde os emboabas decidiram, então, desalojá-los. Sendo
minoritários, os paulistas se retiraram, mas um grupo deles, com maioria de índios, foi
cercados pelos emboabas, que exigiram a rendição, prometendo poupar-lhe a vida caso
depusesse as armas. Foi o que fizeram os paulistas. Mas, mesmo assim, foram
massacrados no local que ganhou o nome de Capão da Traição.
Expulsos das Minas, os paulistas penetraram em Goiás e Mato Grosso, onde novas jazidas
seriam descobertas.
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permanente número de escravos era incompatível com a natureza incerta das descobertas e
da produtividade das minas.
São Paulo – A descoberta das minas funcionou como um poderoso estímulo às atividades
econômicas em São Paulo. Porém, no início do século XVIII, a sua população mal
ultrapassava 15 mil pessoas e uma boa parte dela foi para as minas. Em compensação,
recebeu um acréscimo populacional proveniente de Portugal e já no final do século XVIII
tinha perto de 117 mil habitantes.
O outro, saindo de São Paulo, percorria Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Jacareí,
Pindamonhangaba, Guaratinguetá e Lorena para chegar às três principais regiões
mineradoras: Ribeirão do Carmo, Ouro Preto e rio das Velhas. Um terceiro caminho passava
por Mogi-Guaçu e correspondia, grosso modo, ao traçado da Estrada de Ferro Mojiana, hoje
desativada.
A Bahia possuía uma ligação com Minas muito anterior à descoberta do ouro. O caminho foi
aberto pelos bandeirantes paulistas no século XVII do sul para o norte. A vantagem dessa via
era a sua segurança e conforto. Não faltavam pastos para os cavalos, nem alimento para os
viajantes. As estradas eram mais largas e podiam ser percorridas sem medo de ataques
indígenas.
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A Bahia estava apta a se integrar à economia mineira por várias razões: era um centro antigo
de colonização e, como tal, tinha uma economia mais bem preparada para atender às
demandas de Minas; a sua pecuária havia se expandido para o sertão e pelo rio São
Francisco dirigindo-se para as minas; além disso, era um grande centro importador de
produtos europeus e tinha a vantagem de estar mais próximo de Portugal do que os portos
sulinos.
Como aconteceu com outras regiões, grande contingente de baianos foi atraído pelas minas.
Até senhores de engenho abandonaram tudo e se mudaram para lá com todos os seus bens
e escravos.
Mas as autoridades coloniais não viam a integração da Bahia na economia mineira com bons
olhos. Não interessava ao rei que os baianos abandonassem a economia açucareira. Havia
ainda a preocupação com a venda de escravos dos engenhos para as minas. Por outro lado,
o contrabando do ouro era difícil de ser controlado na estrada de Minas à Bahia. Por isso, a
Bahia foi proibida de fazer comércio com as Gerais, exceto no que se refere ao gado. A
proibição, entretanto, foi inútil. Contrariando as determinações, os baianos continuaram tão
ativos no comércio com as minas quanto os paulistas e os fluminenses.
De qualquer modo, para efeitos legais, o comércio muito intenso mantido pelos mercadores
baianos com as minas era considerado contrabando. E uma das maiores figuras desse
contrabando era, justamente, Manuel Nunes Viana, que teve um destacado papel no
episódio da Guerra dos Emboabas.
O Rio de Janeiro, no começo, não dispunha de acesso direto às minas, o que dificultava o
seu comércio. Mas rapidamente se beneficiou com a abertura do “caminho novo”, construído
em três anos (de 1698 a 1701) e aperfeiçoado entre 1701 e 1707.
Com a sua abertura, a viagem do Rio para Minas poderia ser realizada em doze ou
dezessete dias, conforme o ritmo da marcha. A vantagem do “caminho novo” era óbvia
comparada com o de São Paulo a Minas, no qual se gastavam sessenta dias. E essa
vantagem teve importantes consequências, pois transformou o Rio no principal fornecedor
das minas e na principal rota de escoamento do ouro. São Paulo sofreu os efeitos da nova
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situação, mas graças à descoberta de minas em Goiás e Mato Grosso as perdas foram
contrabalançadas.
O gado muar era essencial como meio de transporte. E o principal centro produtor estava
localizado na região platina, que, tradicionalmente, fornecia esse gado para as minas
peruanas. Com a decadência destas últimas, um novo estimulo para a sua criação veio de
Minas. Assim se intensificou a ocupação da região platina, que resultou, no final, na
incorporação do Rio Grande do Sul ao domínio português.
Minas era também um grande mercado de escravos. A crescente demanda de mão de obra
escrava provocou significativas alterações no tráfico. Na África, a moeda de compra de
escravos era o fumo. A Bahia e Pernambuco tornaram-se, ao mesmo tempo, grandes
produtores de fumo e agenciadores de escravos africanos, propiciando o aparecimento de
armadores e traficantes brasileiros.
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A intensificação do tráfico teve efeitos internos importantes. Na Bahia e em Pernambuco
ocorreu à expansão da cultura do tabaco e, no Rio, do engenho de aguardente, destacando-
se Parati.
Assim, atuando como pólo de atração econômica, a mineração favoreceu a integração das
várias regiões antes dispersas e desarticuladas. Surgiu desse modo, um fenômeno antes
desconhecido na colônia: a formação de um mercado interno articulado. Outra consequência
importante da mineração foi a de ter deslocado o eixo econômico do nordeste para o sul,
valorizando principalmente o porto do Rio de Janeiro. Não foi por acaso que em 1763, na
administração pombalina, â capital da colônia acabou transferida da Bahia para o Rio de
Janeiro.
Porém, Portugal tinha um ponto fraco: â sua indústria manufatureira era muito pouco
desenvolvida, de modo que â maioria das mercadorias vendidas às minas era importada da
Inglaterra.
Os holandeses e franceses que não tinham esse mesmo acesso, conseguiam introduzir suas
mercadorias através do contrabando realizado com navios brasileiros na África, que, além de
escravos, traziam seus produtos para serem vendidos nas minas.
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Mineração e urbanização. A atividade mineradora era altamente especializada, de modo que
toda mercadoria necessária ao consumo vinha de fora. Por isso, ao lado dos milhares de
mineradores, foram se estabelecendo artesãos e comerciantes, dando à região das minas
um povoamento com forte tendência urbanizada. Também a administração, preocupada em
evitar o contrabando e a sonegação, favoreceu a urbanização. O agrupamento em cidades
facilitava o controle sobre a produção mineradora. Assim, rapidamente os arraiais de ouro se
transformavam em centros urbanos: Vila Rica do Ouro Preto, Sabará, Ribeirão do Carmo
(atual Mariana), São João Del Rei, etc.
Apesar disso, não se deve concluir que a escravidão fosse menos rigorosa nas minas. Tal
como nos centros açucareiros, a desigualdade foi reproduzida com a mesma intensidade e a
pobreza contrastava com a opulência de uma minoria. Ao contrário do que se acreditava a
mineração não foi mais democrática. E mais, as grandes fortunas não tiveram origem na
atividade minerada, mas no comércio.
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Desde o século XVII a mineração já se encontrava regulamentada. Os Códigos Mineiros de
1603 e 161 S, embora admitissem a livre exploração das minas, impunham uma fiscalização
rigorosa na cobrança do quinto (quinta parte do ouro extraído).
Com as descobertas do final do século XVII, a metrópole elaborou um novo código, que
substituiu os anteriores e perdurou até o final do período colonial: o Regimento dos
Superintendentes, Guardas-mores e Oficiais Deputados para as Minas de Ouro, que data de
1720.
Para a aplicação efetiva das medidas contidas no regimento, foi criada a Intendência das
Minas para cada capitania em que o ouro havia sido descoberto. A principal característica
desse órgão era a sua completa independência em relação a outras autoridades coloniais. A
intendência reportava-se diretamente ao Conselho Ultramarino.
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A exploração das datas deveria iniciar-se num prazo de quarenta dias. Caso contrário, o
proprietário era obrigado a devolver o seu lote. Em caso de perda dos escravos, a data
poderia ser vendida.
Tributação em Minas – O objetivo da Coroa era garantir, por todos os meios, a sua renda.
Desde o século XVII, existia uma legislação minerada que estipulava o pagamento de 20%°
(1/5) do ouro descoberto e explorado. Com a descoberta do ouro em Minas, o primeiro
problema foi o de saber de que modo esse imposto - o quinto - deveria ser cobrado:
A primeira a ser aplicada foi a Capitação, que era, na prática, um imposto que incidia sobre o
número de escravas de cada minerador, esperando-se, com isso, que a arrecadação
correspondesse ao “quinto”. Mas essa medida gerou revolta, pois os mineradores ficavam
sujeitos ao pagamento mesmo que seus escravos não encontrassem ouro algum.
Tentou-se, por isso, adotar o Sistema de Fintas, que consistia no pagamento, pela população
minerada, de 30 arrobas anuais fixas, que, teoricamente, corresponderiam ao quinto. Mas
quem não concordou dessa vez foi o rei, que obrigou a volta ao regime de capitação. Devido
a novas revoltas, ele recuou e aceitou o sistema de fintas, cujo pagamento foi garantido
pelas Câmaras Municipais locais. Esse sistema foi adotado em 1718.
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Em junho de 1720 eclodiu em Vila Rica um sério levante organizado por grandes
mineradores, ao qual aderiram, também, os setores populares encabeçados por Filipe dos
Santos. No processo, o movimento se radicalizou e acabou sendo controlado por este último.
Provavelmente por sua sugestão, os revoltosos chegaram a pensar em assassinar o
governador e declarar a independência da capitania.
Dezesseis dias depois da eclosão da revolta, Assumar ocupou Vila Rica com 1500 soldados
e pôs fim ao movimento. Filipe dos Santos foi sumariamente condenado e executado e o seu
corpo esquartejado.
Em 1751, a capitação foi novamente abolida para se adotar um sistema conjugado: Casas de
Fundição e cobrança de cotas anuais fixadas em 100 arrobas (1500 kg). Além disso, ficou
estabelecido que, se as cotas não fossem pagas, toda a população ficaria sujeita à derrama
(cobrança forçada para completar as 100 arrobas). Esse recurso extremo e odiado pelos
mineiros foi um dos fatores que levaram à Inconfidência Mineira em 1789.
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sucedido mais tarde por Felisberto Caldeira Brant. Esse sistema perdurou até 1771, quando
então se estabeleceu o monopólio real, com a instalação da Real Extração.
No tempo de Pombal (1750 - 1777), a extração ficou limitada ao Distrito Diamantino, atual
Diamantina, absolutamente isolado do resto da colônia. Sua administração era exercida pela
Intendência dos Diamantes, cuja criação data de 1734. No distrito, o intendente possuía
poder virtualmente absoluto, incluindo o direito de vida e morte sobre as pessoas de sua
jurisdição. Ninguém podia entrar ou sair do distrito sem sua expressa autorização. A fim de
evitar o contrabando, instalou-se um verdadeiro regime de terror, com estímulo à delação, o
que favoreceu a criação de um clima de medo e total insegurança.
O predomínio do ouro de aluvião, de fácil extração, não requeria uma tecnologia sofisticada.
Porém, à medida que esses depósitos aluvionais se esgotavam, era necessário passar para
a exploração das rochas matrizes (quartzo itabirito) extremamente duras e que demandavam
uma tecnologia com maiores aperfeiçoamentos. Chegando nesse ponto, a mineração entrou
em acentuada decadência.
A quase completa ignorância dos mineradores (o conhecimento que se tinha era fruto da
experiência) e a utilização pouco frequente de novas técnicas, por falta de interesse e de
capital, selaram o destino das minas no Brasil. A atividade se manteve porque a área de
exploração era grande e as explorações foram conquistando essa região até que ela se
exaurisse completamente nos inícios do século XIX. À Coroa só interessava o quinto. Assim,
a partir de 1824, já na época do Brasil independente, concedeu-se o direito de prospecção a
estrangeiros, que recomeçaram a explorar com melhores recursos técnicos e mão de obra
barata.
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U NIDADE 16
Objetivo: Continuar o estudo da evolução da economia brasileira. O que levou o crescimento
do Brasil, os seus principais ciclos, a um crescimento desordenado, causando um país
subdesenvolvido.
O esgotamento do ouro ocorre no contexto da crise do Antigo Regime, motivada pelas pro-
fundas transformações na Europa. O renascimento agrícola esteve ligado, de um lado, ao
incremento demográfico do século XVIII e, de outro, à grande alteração da ordem econômica
inglesa em meados do século, com a Revolução Industrial.
Com isso, criou-se na Europa uma demanda intensa de produtos agrícolas para alimentar a
população em crescimento. Por outro lado, a Revolução Industrial, que se iniciou no setor
têxtil do algodão, ampliou consideravelmente a demanda por essa matéria-prima. O fornece-
dor tradicional do algodão era a Índia, agora incapaz de suprir satisfatoriamente a. crescente
demanda. No século XVIII, as colônias sulistas dos atuais EUA, importantes fornecedoras do
algodão, paralisaram suas remessas em virtude de seu rompimento com a Inglaterra e do
início da Guerra de Independência (1776 - 1781). As pressões das circunstâncias levaram a
Inglaterra a se voltar para outros mercados, favorecendo então o Brasil, que intensificou a
produção algodoeira.
A produção açucareira retomou, por seu turno, um ritmo acelerado de expansão, também, na
segunda metade do século XVIII, em virtude da Revolução Francesa (1789 - 1799), que
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estimulou as rebeliões coloniais antilhanas de dominação francesa, desorganizando a
produção açucareira e favorecendo a exportação brasileira. Importantes centros de produção
açucareira como o Haiti (colônia francesa) conheceram uma agitação sem precedentes. Em
razão disso, os engenhos do Brasil foram reativados, beneficiando-se da nova conjuntura.
Por fim, a neutralidade portuguesa diante dos conflitos europeus, desencadeados com a
Revolução Francesa, criou condições para o incremento de seu comércio colonial.
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Título 2 - Período evolutivo da Economia Brasileira
1980 a 1983 - Período de maior crise brasileira (redução da atividades para ajustar as
necessidades de sua divida externa)
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U NIDADE 17
Objetivo: Entender como surgiram as necessidades de medir a evolução da economia,
através dos principais indicadores e a forma de contabilizar isso.
A ciência econômica pode ser dividida em várias áreas, tais como: história do pensamento
econômico, teoria econômica, econometria, Microeconomia, Macroeconomia, economia
internacional, economia brasileira, e outras correlatas, tais como: custos industriais, mercado
financeiro e de capitais, cenários econômicos, conjuntura econômica, projeto de viabilidade
econômica, etc.
Título 2 - MACROECONOMIA
CONTABILIDADE SOCIAL
RENDA E PRODUTO
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Para que medir a produção realizada no sistema econômico?
Escassez
2º
Fatores Determinantes:
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Produto
Duas Óticas
Renda
Produto de uma economia - Soma dos valores monetários bens e serviços, voltado para o
consumo final, e produzido em um período de tempo.
Renda de uma economia - Soma da remuneração para aos fatores de produção durante o
processo produtivo.
Produto - Total das vendas num determinado período de tempo mais estoques avaliados a
preço de mercado.
Vendas
Receita
Remuneração dos
fatores
Esgotamento
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Título 2 - Identidade Fundamental da Teoria Macroeconômica
Exemplo
Produto Renda
- Alimentos - Salários = 5 b
- Vestuário - Aluguéis = 3 b
- Habitação - Juros =1b
- Educação - Lucros =1b
- Transporte
10 Bilhões 10 Bilhões
Objetivo - Medir a produção que se realiza num sistema econômico, num determinado
período de tempo.
Contabilidade Nacional
(mede)
Produto da Economia
Agregados
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U NIDADE 18
Objetivo: Estudar os principais indicadores, denominados de agregados Macroeconômicos.
Produto Interno Bruto (PIB) - Soma dos valores monetários dos bens e serviços finais,
produzidos a partir dos fatores de produção que estão dentro das fronteiras geográficas do
país.
Governo Estadual
Agentes econômicos
Dinheiro
Tributação
Atividades econômicas
Consumidor final
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O Governo tem interesse que determinado produto tenha preços baixos, subsidiado os
mesmos - Subsídio - Visa à diminuição dos custos de produção.
Presença do Governo
Possibilidade de Modificar
Sistema Econômico
PIB p.m. e PIB c.f. - São úteis na medida em que é necessário avaliar quantitativamente a
presença do Governo no sistema econômico.
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Em 1 ano esse país tenha apresentado:
Exemplo
- PIB p.m. - 250 Bilhões
Imaginemos:
- Impostos Indiretos - 50 Bilhões
País
- Subsídios - 40 Bilhões
- Consumidores
A partir destes dados podemos obter o PIB c.f. = 240 b.
- Empresas
- Governo
- Resto do mundo Resumo:
250 Bilhões (PIB p.m.)
- 50 Bilhões (impostos indiretos)
+40 Bilhões (Subsídios)
240 Bilhões (PIB c.f.)
Ex.: Anterior
50 Bilhões (depreciação)
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PNL (Produto Nacional Líquido)
Deslocamento de fatores de
Fator Capital
produção
Transferência de Renda
Subtraindo do PIL c.f. a renda enviada ao exterior e somando a renda recebida do exterior,
teremos o Produto Nacional Líquido a Custo de Fatores (PNL c.f.) ou Renda Nacional
Líquida a Custo de Fatores (RNL c.f.) ou RN (Renda Nacional)
Ex.: Anterior
O país envia para o exterior 20 bilhões a título de remuneração dos fatores e recebe 15
bilhões como remuneração dos fatores que se encontra no exterior, mas que são
propriedades de seus cidadãos o PNL c.f. é 185 Bilhões
+15 Bilhões (Renda recebida do exterior) = 185 Bilhões (PNL c.f.) ou (RNL c.f..) ou RN
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Renda Pessoal Disponível (RPD)
Quantidade que permanece em poder das pessoas para ser consumido ou poupado
1º Aspecto.
2º Aspecto
3º Aspecto
Contas Nacionais
Título 4 - Histórico:
Especificação 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988
1. Produto Interno Bruto
a custo de fatores 11.188 22.142 45.924 107.009 359.537 1.288.925 3.295.993 10.697.642 83.739.004
menos: renda líquida
enviada ao exterior 396 997 2.592 9.770 32.145 72.732 162.217 616.220 3.394.688
2. Produto Nacional Bruto
(Renda nacional) a custo
de fatores 10.792 21.145 43.332 97.239 327.392 1.216.193 3.133.776 10.081.422 80.344.316
mais: Tributos Indiretos 1.674 3.170 6.355 15.024 40.257 146.167 466.853 1.398.284 9.212.303
menos: Subsídios 460 658 1.254 3.106 6.147 21.780 53.897 196.015 998.817
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U NIDADE 19
Objetivo: Estudar as duas abordagens analisadas na unidade dos pensadores Say e Keynes
a aplicação prática..
Pessoa
Salário Satisfação
A renda pessoal é gasta com consumo de bens, duráveis, não duráveis e serviços.
Entretanto, as pessoas podem realizar todas as suas despesas e ainda restar uma
parte e poupar.
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S= Y- C
Y= C+ S
S = Poupança (Saving)
Y = Renda (Yield)
C = Consumo
Renda = Produto
Volta a Pergunta:
S = I
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S - Poupança
I = Investimento
Lei de Say - A oferta cria sua própria procura (teoria otimista dos Clássicos) ----- (Crises).
Princípio da Demanda Efetiva - Keynes e Kalecki - Era o inverso da lei de Say “A Demanda
determina o nível de produção”
Produção Produção
Renda Renda
Vazamento
Mercado
Bancos Juros
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Uma Economia Fechada e sem Governo
Trabalhadores
Economia Fechada e sem Governo
Empresários
Governo
Setor Externo
Empresários Trabalhadores
Capital Trabalho
Pleno Emprego
Produto desta Economia?
Y = W + L
Y = Produto ou Renda (yields)
W = Salários (Wages)
L = Lucro
Trabalhadores
W = Cw
Cw = Consumo dos trabalhadores
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Empresário
L = C1 + S
C1 = Consumo empresários
S = Poupança (saving)
D = Cw + C1 + I
W + L = Cw + C1 + I
L = C1 + I
L - C1 = I
S = I
S = I
Oferta = Demanda
Tudo que é produzido é consumido - Economia de Say
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Se eles estivessem pessimistas em relação ao futuro?
S > I
Título 4 - RESUMO:
Mercado de
produtos e serviços G
to as
en to
s
m
ra $ $
tu
fa
pr
t os od
odu ut
os
pr
serviços serviços
Empresas $ Governo $ Unidade Familiares
tributos tributos
Cu
sto
o
lh
s
$
ba
tra
ins
um
os
$
lário
(capital, trabalho...)
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U NIDADE 20
Objetivo: Entender a Teoria Monetária, surgimento da moeda como meio de troca. A Maior
descoberta da História”
Moeda - É tudo aquilo que serve como meio de troca num sistema econômico.
Servindo como meio de pagamento, o sal circulava em vários países (dai vem o termo
salário), como exemplo a Libéria, onde trezentos torrões compravam um escravo. Entre as
versões primitivas de moeda, as conchas foram, sem duvida, as mais difundidas.
Especialmente os cauris (espécie de búzio), que nos séculos XVII e XVIII virou a moeda
internacional; metade do mundo entesourava e comprava cauris
As primeiras moedas gregas começaram a serem cunhadas a partir do século VII a.C.
Com figuras de animais verdadeiros, plantas e objetos úteis ao homem.
As moedas primitivas mais famosas eram a coruja, o pegasus e a tartaruga.
As tartarugas foram as primeiras moedas a serem cunhadas na Grécia, seus exemplares
mais antigos são de 625 a.C. e durante um século foram elas que ditavam as leis nas trocas
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comerciais. Essas moedas representavam Egina, florescentes empório comercial do
Peloponeso e eram mais valiosas que as corujas, valiam o dobro: 2 dracmas (dracma –
unidade da moeda de prata).
Por volta do ano 525 a.C., Atenas cunhou uma moeda esplêndida no valor de 4 dracmas, a
tetradracma. Estas moedas estão entre as mais fascinantes da Antiguidade e por quase dois
séculos não sofreram modificações. Após a vitória da batalha de Salamina, contra os persas
(480 a.C.), os atenienses cunharam uma moeda no valor de dez dracmas, o decadracma.
Aos poucos, todas as cidades gregas começaram a cunhar moedas com efígies divinas.
1. Moeda Metálica - Moeda cunhada em metal precioso que trazia no verso o seu peso.
2. Papel Moeda - Recibo emitido pelo cunhador assegurava a seu portador certa
quantidade de ouro expresso no documento.
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As Modalidades da Moeda
4. Moeda Fiduciária - Emitida pelos bancos centrais de cada país, tendo curso
obrigatório por lei,
5. Padrão Ouro - Sistema monetário em que o papel moeda emitido pelas autoridades
monetárias tem uma relação com a quantidade de ouro que o país possui (extinto).
6. Encaixe - Porcentagem dos depósitos feitos num banco, que não pode ser
emprestado. Determinado pelo BACEN.
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2. Demanda de moeda por precaução - Guardar para o imprevisto
Md
0 A Md
Oferta de Moeda
Mo
0 B Mo
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Taxa de juros de equilíbrio - É determinada no mercado monetário, onde a oferta de
moeda se iguala à sua demanda.
io E
Md
0 Mo Mo ; Md
io
i’o
0 Mo M’o Mo ; Md
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Antes de dar continuidade aos seus estudos é fundamental que você acesse sua
SALA DE AULA e faça a Atividade 2 no “link” ATIVIDADES.
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U NIDADE 21
Objetivo: Compreender o principal indicador econômico, a inflação.
Título 1 - Inflação
Característica
Generalizada e contínua - Faz com que a inflação seja um processo e não uma ocorrência
passageira.
1. Índice de preço ao consumidor (IPC) – Indica as variações médias dos preços de uma
cesta de bens e serviços de consumo, ponderadas por suas participações. Bens mais
usados pelas unidades familiares.
3. Índice da construção civil (ICC) – É um índice que acompanha apenas a evolução dos
preços dos materiais, equipamentos, e mão de obra empregada na construção civil.
4. Índice Geral de Preço (IGP) - É a média ponderada dos índices anteriores, com pesos
diferentes. É a medida oficial da inflação no Brasil.
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Obs.: O IPC nos doa uma ideia clara de seu objetivo, que é medir a evolução de todos os
preços da economia.
2. Sobre a balança comercial - Com a inflação, os preços dos bens e serviços produzidos
internamente tendem a ficar mais carros que os importados.
Outras Consequências:
1. Inflação de demanda - É causada pelo crescimento dos meios de pagamento, que não é
acompanhado pelo crescimento da produção.
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Um caso típico de inflação de demanda
Ponto de Pleno
P OA Emprego
PA2
PA2
PA1
PA1
PA0
PA0
Q0 Q1 Q2 Q
OA Ponto de Pleno
Emprego
PA
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Título 4 - Inflação Estrutural
As teorias estruturalistas buscam explicações para inflações altas e crônicas, que ocorrem na
maior parte das Economias de baixa renda.
As causas:
Inflação Inercial
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U NIDADE 22
Objetivo: Entender o principal instrumento para frear a inflação utilizada por vários governos.
O estudo de caso do Brasil
Título 1 - Metas de Inflação no Brasil – estudo de caso no Brasil após Plano Collor
Por sua vez, os que defendem o poder discricionário na condução da política monetária
criticam seus opositores porque as regras engessam a Autoridade Monetária e impedem que
ela responda a choques e, então, evite resultados desfavoráveis aos agentes econômicos.
Na década de 90, uma novidade passou a "dominar" este debate e passou a ser adotada em
vários países: o arcabouço (ou regime) de metas de inflação. Trata-se de uma tentativa de
combinar os benefícios das regras com poder discricionário. Logo, neste regime a Autoridade
Monetária fica responsável por conduzir a política monetária de modo que a meta
estabelecida para a inflação seja atingida.
No entanto, não há apenas um valor central para a meta (no Brasil, para 2002, este valor foi
de 3,5% com a inflação oficial sendo o IPCA - índice de preços ao consumidor amplo - do
IBGE), mas um intervalo em torno deste valor no qual deveria ficar a inflação (de 2 pontos
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percentuais no Brasil, para 2002: logo a inflação deveria ficar entre 1,5% e 5,5%). Tanto o
valor central como a amplitude do intervalo dão informações relevantes sobre a condução da
política monetária e sobre a capacidade da Autoridade Monetária cumprir seu compromisso.
Basta pensar em casos extremos de um país que estabelece uma meta de 8% com um
intervalo de 7 pontos percentuais (logo, a inflação deste país pode ficar entre 1% e 15%) e
outro que estipula uma meta de 12% com um intervalo de 1 ponto percentual (que significa
inflação entre 11% e 13%).
Uma das vantagens do regime de metas é que, além de estabelecer um intervalo para a
inflação que permite algum grau de discricionariedade na condução da política monetária,
possibilita que a Autoridade Monetária responda aos choques sofridos pela economia, sem
abandonar um comportamento "coerente" de buscar atingir a meta estabelecida, ancorando,
então, as expectativas dos agentes econômicos.
Este sistema tem como elementos centrais a transparência nas decisões e na forma de
proceder e uma maior comunicação com o público. É neste esforço que os bancos centrais
divulgam atas detalhadas das decisões tomadas sobre a política monetária, além de análises
sobre a evolução das principais variáveis macroeconômicas.
No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária, do Banco Central) divulga as atas de suas
reuniões uma semana após as mesmas, com análise dos condicionantes da decisão tomada,
além de projeções da inflação para o ano corrente e o próximo (e as hipóteses deste
exercício). Trimestralmente são divulgados os denominados "Relatórios de Inflação", com
uma análise detalhada da economia brasileira, discussões acerca do modelo de previsão do
Banco Central e projeções de inflação e crescimento.
Entretanto, o sistema de metas de inflação combina não apenas os benefícios das regras
com o poder discricionário, mas, também, seus custos. No Brasil, em meados de cada ano
são anunciadas a meta e o intervalo de flutuação a vigorarem em um ano e meio. Ou seja,
exemplo: em junho de 2002 foi anunciada a meta para 2004.
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que persegue uma inflação "muito baixa". Além disto, trata-se de uma alteração de um
compromisso previamente definido, depois de não ter cumprido o estabelecido para 2002.
O valor central para a meta em 2004, definido em meados de 2002, era de 3,25%, com um
intervalo de dois pontos percentuais. Logo, a Autoridade Monetária mirava uma inflação entre
1,25% e 5,25%. Logo depois o valor central foi alterado para 7,0%, com um intervalo de
flutuação de 2,5 pontos percentuais. Então, a inflação deveria ficar entre 2,5% e 9,5% em
2004.
O importante é que o regime de metas de inflação tem uma flexibilidade que permite estas
revisões, desde que justificadas. E as interpretações da revisão para o ano de 2004 (como
exemplo) refletiram, em parte, aquelas duas amplas visões anteriormente apresentadas.
Para os que entenderam como mais um arranhão à credibilidade do Banco Central, o regime
de metas é equivalente a uma regra que, portanto, não deve ser alterada.
Algumas visões deste grupo chegam até a pensar a política monetária como uma instituição,
sobre a qual não devem pairar dúvidas, em especial em ano eleitoral. Para os simpatizantes
da condução discricionária da política monetária, enfim o Banco Central admitiu que havia
algum erro "estrutural" na definição de uma meta "tão baixa". De todo modo, esta decisão
não tem nenhum traço eleitoreiro, foi tomada durante o procedimento regular de anúncio das
metas.
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Título 2 - Veja a seguir um histórico da inflação durante vários planos econômicos:
A inflação teve queda acentuada após o Plano Real. Considerado o período de julho de 1994
até maio de 2000, a taxa média de inflação, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor
Amplo/IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, foi de
apenas 11,4 % ao ano, o que contrasta com a média de 1.280,9% ao ano, durante os cinco
anos anteriores (1988 - 1993).
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O repasse da elevação cambial aos preços foi pequeno e restrito aos bens transacionados
com o exterior e a alguns preços administrados. A desvalorização e a alta nos preços do
petróleo afetaram mais o IGP–DI (composto por produtos, mais sensíveis aos preços
externos) do que os índices de inflação no varejo. O IPCA, índice de preço utilizado pelo
Banco Central para monitorar as metas de inflação do ano, encerrou 1999, em patamar
inferior a 9% e o acumulado em doze meses em maio de 2000 situa-se abaixo dos 7%.
Nos primeiros meses de 2000, a taxa de inflação medida pelo IPCA apresentou a maior
queda desde a criação desse índice. Esse comportamento indica que o impacto da variação
cambial já foi superado, e que a inflação retoma sua trajetória de queda firme e persistente,
observada a partir do Plano Real.
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A mesma metodologia é utilizada para o período de 2008 e 2009, já com projeção para 2010
a 2014.
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U NIDADE 23
Objetivo: Entender como utilizar técnicas de montagem de cenários econômicos para fins de
projeções, tanto para o Governo como para as indústrias se planejarem para o futuro.
Variáveis exógenas são aquelas variáveis sobre as quais se pode prever um comportamento
a partir de determinadas restrições. Normalmente dependem de decisões do governo. Por
exemplo, pode-se construir um cenário considerando o PIB, a taxa de juros e a taxa de
câmbios como varáveis exógenas.
Variáveis endógenas são aquelas cuja evolução é definida pelo comportamento das variáveis
exógenas. Por exemplo, poderíamos considerar a inflação como variável endógena seguindo
o exemplo anterior. Ou seja, o comportamento da inflação vai depender do comportamento
das variáveis exógenas taxa de câmbio, taxa de juros e nível de atividades da economia
(PIB).
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Título 2 - Políticas econômicas
Política Estabilização – Tem como objetivo estabilizar a economia como um todo. Essa
política é utilizada em momento de alta Inflação.
Política Expansionista – Tem como objetivo fazer com que a economia (todo mercado)
cresça, sem que haja inflação.
Política Contracionista – Tem como objetivo fazer o mercado recuar, evitando inflação
elevada – utilizada em momento de inflação galopante.
Para cada política o governo pode utilizar de três (03) meios para alcançá-las: 1) Política
Monetária, 2) Política Fiscal e 3) Política Cambial.
A mais conhecida é o recolhimento compulsório, percentual que não pode ser emprestados
pelo banco, exemplo: a cada x unidade monetária x% não pode ser emprestado. Quando o
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Governo quer retirar moeda de circulação ele aumenta o recolhimento compulsório ou o
contrário. Outra forma muito conhecida e a Taxa de Juros (custo do dinheiro), ele
simplesmente aumenta ou diminui a taxa de juros.
Política Fiscal
A política fiscal, nesse caso, toma a forma de elevação de impostos, contenção dos salários
dos funcionários públicos e dos trabalhadores, o que reduz a renda disponível e o consumo
da população, além de desestimular os investimentos privado. O consumo e o investimento
podem ainda ser contidos pela elevação da taxa de interna de juros. A Política Tributária
pode afetar, ainda, as exportações e facilitando as importações, o que tende a elevar a dívida
externa do país.
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Política Cambial
Cambio fixo: a moeda nacional tem uma única taxa de troca com o dólar e com cada uma
das moedas vinculadas ao dólar. Os países mantêm o mesmo poder de paridade sendo a
taxa determinada pelo governo (que também pode efetuar reajuste). Uma vantagem dessa
taxa é permitir a integração dos mercados internacionais em uma rede de mercados e uma
desvantagem é o artificialismo do sistema para economias inflacionárias com desequilíbrio
na balança de pagamentos. O Banco Central-BC é obrigado a honrar o valor da moeda: um
aumento na compra de dólares, pressão para queda no valor da moeda local, o BC usa as
reservas de US$, vendendo a moeda e reduzindo a pressão.
Banda Cambial – O Governo determina uma banda para que o dólar flutue dentro desta
banda, um valor mínimo e um valor máximo, se ultrapassar o governo compra dólar do
mercado mais barato, o contrário ele vende dólar, fazendo com que o valor flutue sempre
dentro da banda cambial. É uma política semelhante ao cambio fixo, porém com uma
margem de flutuação.
Cambio flutuante: há um único valor em relação ao dólar, mas a taxa flutua conforme a
oferta e procura no mercado de divisas. Se ocorrer muita procura por dólar, sua cotação
aumenta e a moeda local se desvaloriza. Se o movimento é no sentido de venda de dólares,
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sua cotação cai e a moeda nacional se valoriza. Sua principal vantagem é que o valor de
todas as moedas é estabelecido a um preço que busca o equilíbrio do mercado de divisas. O
BC só intervém se considerar as oscilações exageradas.
Diante dessas medidas que o Governo pode adotar em suas políticas pode-se, a partir daí,
traçar um provável cenário da economia nos próximos semestres, renovando sempre a cada
semestre.
Cenário Pessimista – i I D X G L En
Legenda:
Viés de queda
Viés de Alta
Taxa de Juros
Inflação
Dólar
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Crise mundial
Barril de Petróleo
Safra Agrícola
Taxa de Juros
Inflação
Dólar
Crise mundial
Barril de Petróleo
Safra Agrícola
Baseado nas informações do dia a dia determina o provável cenário para o próximo
semestre.
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U NIDADE 24
Objetivo: Entender sobre o comportamento do consumidor. Abordar a Microeconomia, como
surgiu a necessidade de prever o comportamento dos consumidores e empresários, as
primeiras abordagens e como medi-las.
Oferta e Demanda - São duas das funções mais importantes do sistema econômico, essas
funções formam o mercado
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Esquema dos Fluxos do Sistema Econômico
S. Primário
S. Secundário
S. Terciario
Alimentos
Salários Fluxo vestuários Fluxo Real
Juros Monetário serviços (Oferta)
Lucros (Demanda) equipamentos
Aluguéis
etc.
Mercado
Macroeconomia e Microeconomia
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Evolução da Teoria Microeconômica
Microeconomia
Consumidor Empresário
Ramos da Microeconomia
Cada unidade de consumo, seja indivíduos ou uma família, dispõe de certa quantidade de
renda
Indivíduo
Q = Renda (Δx t)
Bens Serviços
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É natural que esse indivíduo procuraria obter a satisfação do maior número de
necessidades possíveis.
Quanto maior for a renda, maior será sua possibilidade de obter maior utilidade.
R2 > R1 ~ = Utis
Representação Gráfica
Renda
D
R2
ΔR
R1
Δc
C1 C2
Limite
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Para maximizar sua utilidade, o consumidor deve escolher quais bens ou serviços vai
adquirir.
Acreditava que a utilidade era uma característica mensurável, que podia ser medir.
Detalhamento da teoria
Críticas:
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2º Propriedade aditiva da utilidade - Existe alguns bens que, quando consumido ao
mesmo tempo, tem maior utilidade que consumido separados (não se pode somar).
A teoria ordinal, apenas ordena os bens, não lhe atribuindo qualquer quantidade de
utilidade.
A teoria cardinal e ordinal dá uma ideia dos esforços dos economistas para tenta
encontrar os fundamentos da teoria do consumidor.
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Deslocamento das Curvas de Demanda
Deslocamento
(P)
(Q)
R C Q
R C Q
Bens normais
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Luxo - Δ >D
Bens Inferiores
Bens Substitutos - Podem ser substituídos entre si, pois satisfazem a mesma necessidade
(concorrentes)
(P) (P) D D’
P1 P1
P0
D
(Q)
Q1 Q0 Q0 Q1
Manteiga Margarina
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Bens complementares - Um depende do outro
(P) (P) D’ D
P1 P1
P0
D
(Q) (Q)
Q1 Q0 Q1 Q0
Combustível Automóvel
Produtos que são menos consumidos hoje podem vir a ser consumido no futuro (Marketing).
(P) (P) D’ D
P0 P1
D
(Q) (Q)
Q0 Q1 Q0
Marketing agressivo
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Qo
Fatores que deslocam a curva de Oferta
2. Bens relacionados;
3. Bens complementares;
4. Tecnologia;
5. Condições climáticas.
2. Bens Relacionados:
2.1. Bens Substitutos - São aqueles que podem ser substituídos entre si. (milho e soja).
Uma diminuição no preço de um deles deslocará a produção para o que não teve
seus preços diminuídos.
2.2. Bens Complementares - São aqueles que sempre são produzidos em conjunto.
3. Tecnologia:
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A utilização de tecnologia permite a produção de um bem ou serviço com menor
custo.
4. Condições Climáticas:
Representação matemática:
Legenda:
I = Insumos
T = Tecnologia
C = Condições Climáticas
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U NIDADE 25
Objetivo: Continuar o estudo da Microeconomia. Abordagem da teoria da Firma.
TEORIA DA FIRMA
Abrangência:
o Teoria da Produção;
Conceitos Básicos
Fatores Fixos: são os que permanecem inalterados quando a produção varia (ex:
instalações industriais);
Produção: processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção em bens
e/ou serviços para venda no mercado.
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Título 2 - Decisões Empresariais
Conceitos:
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q = f (N, K, M T)
q = quantidade produzida;
N = mão de obra;
M = matéria-prima utilizada;
T = área utilizada.
Análise de Curto Prazo: para uma empresa, o curto prazo refere-se ao período de
tempo no qual pelo menos um insumo de produção permanece fixo.
q = f (N, K)
o Como o fator capital foi considerado fixo, o nível do produto varia apenas em
função de alterações na mão de obra, em curto prazo, coeteris paribus, ou seja:
q = f (N)
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Título 4 - Produtividade Média e Marginal
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U NIDADE 26
Objetivo: Entender a principal lei da Microeconomia “Os Rendimentos Decrescentes”
Produtividade Produtividade
Empregados Produto (q)
Marginal Média
0 0 - 0.0
1 50 50 50.0
2 120 70 60.0
3 180 60 60.0
4 230 50 57.5
5 270 40 54.0
6 300 30 50.0
7 320 20 45,7
8 330 10 41.2
9 332 2 36.9
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Produto Médio e Produto Marginal do Trabalho
Produto Médio e Produto Marginal do Trabalho
70
(milhares de unidades por ano)
60
50 Produtividade
Média do
40 Trabalho
30 Rendimentos
Decrescentes: o produto
marginal do trabalho
20 diminui à medida que a
Produtividade
Marginal do
quantidade de trabalho
10 empregada aumenta.
Trabalho
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Empregados
Análise de Longo Prazo: quando aplicado a uma empresa, o “longo prazo” refere-se ao
período no qual se alteram as quantidades de todos os seus insumos de produção, ou seja,
não existem fatores fixos.
Exemplo: Um sistema simplificado com apenas dois fatores de produção, mão de obra
e capital, ambos variáveis. A função produção seria:
q = f (N, K)
Essa função pode ser representada por uma curva chamada de Isoquanta de
Produção.
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Isoquantas
Isoquanta significa igual quantidade. Pode ser definida como sendo uma curva nas quais
todos os pontos mostram, graficamente, diferentes combinações eficientes de insumos que
geram a mesma quantidade de produto.
Mapa de Produção
Ferramentas
8 A
125 unidades
100 unidades
75 unidades
50 unidades
25 unidades
6 Trabalhadores
Título 3 - Taxa Marginal de Substituição Técnica (entre fatores)
A Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMSNK) do fator trabalho (N) pelo fator capital (K)
refere-se à quantidade de N de que a empresa pode desistir e, aumentando a quantidade de
K, manter constante a quantidade produzida do bem, ou seja, manter-se na mesma
isoquanta de produção.
Fórmula: TMSKN = - N / K
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Taxa Marginal de Substituição Técnica
Máquinas
8
TMSNK = - 12 / 3 = - 4
7
6
B
5
4
3
A
2
q = 20
1
0 5 8 10 15 20 25 30 35 40
Empregados
Rendimentos de Escala
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Do ponto de vista tecnológico, as economias de escala acontecem em razão das
indivisibilidades na produção e da divisão do trabalho.
A partir de certa escala é possível, por exemplo, operar por meio de linhas de
montagem, aproveitando as vantagens da divisão do trabalho e da especialização de
funções.
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U NIDADE 27
Objetivo: Entender a Economia Industrial, baseada nas teorias Shumpeterianas
(Schumpeter). As classifcações de Mercado.
A Economia Industrial é o ramo das ciências econômicas que trata do comportamento das
empresas em mercados imperfeitos: poder de mercado e situações de concorrência
estratégica entre empresas.
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Os economistas classificam os mercados as seguintes formas:
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pequena parte destes é responsável por uma parcela bastante expressiva das
compras ocorridas no mercado.
Esta não é a única classificação possível dos mercados, embora seja a mais utilizada.
Título 3 - Detalhamento
Monopólio
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Alguns monopólios são instituídos com apoio legal para estimular um determinado setor da
empresa nacional, ou para protegê-la da concorrência estrangeira, supostamente desleal por
usar métodos de produção mais eficientes e que barateiam o preço ao consumidor.
Outros monopólios são criados pelo Estado sob a justificativa de aumentar a oferta do
produto e baratear seu custo. A empresa estatal Petrobrás era a única com permissão para
prospecção, pesquisa e refino do petróleo até 1995, quando o Congresso autoriza a entrada
de empresas privadas no setor.
Oligopólio
Cartel
No seu sentido pleno, os cartéis começaram na Alemanha no século XIX e tiveram seu
apogeu no período entre as guerras mundiais. Os cartéis prejudicam a economia por impedir
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o acesso do consumidor à livre-concorrência e beneficiar empresas não-rentáveis. Tendem a
durar pouco devido ao conflito de interesses.
Holding
Sociedade anônima é uma designação dada às empresas que abrem seu capital e emitem
ações que são negociadas em bolsa de valores. Neste caso, a maioria das ações de cada
uma delas é controlada por uma única empresa, a holding.
Dumping
Prática comercial que consiste em vender um produto ou serviço por um preço irreal para
eliminar a concorrência e conquistar a clientela. Proibida por lei, pode ser aplicada tanto no
mercado interno quanto no externo. No primeiro caso, o dumping concretiza-se quando um
produto ou serviço é vendido abaixo do seu preço de custo, contrariando em tese um dos
princípios fundamentais do Capitalismo, que é a busca do lucro.
A única forma de obter lucro é cobrar preço acima do custo de produção. No mercado
externo, pratica-se o dumping ao se vender um produto por preço inferior ao cobrado para os
consumidores do país de origem. Os EUA acusam o Japão de praticar dumping no setor
automobilístico.
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Truste
Os trustes surgiram em 1882 nos EUA, e o temor de que adquirissem poder muito grande e
impusessem monopólios muito extensos fez com que logo fossem adotadas leis antitrustes,
como a Lei Sherman, aprovada pelos norte-americanos em 1890.
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U NIDADE 28
Objetivo: Realizar um estudo de caso baseado em artigo cientifico desenvolvido pelo autor
do módulo enfocando as teorias industriais.
Diante desse contexto algumas questões poderiam ser levantadas: Como devem ser
determinados os custos das atividades operacionais em períodos de ociosidade operacional
causada por fatores anormais? Procedeu-se uma incursão teórica na gestão estratégica de
custos, no sentido de demonstrar, por meio de um modelo, a sistemática de identificação,
quantificação e determinação dos custos de ociosidade.
A metodologia de pesquisa foi um estudo de caso aplicado em uma empresa do setor têxtil
do Espírito Santo. Assim o presente estudo contribui para a análise do problema do custo de
ociosidade e do impacto que o mesmo pode gerar para efeito de avaliação patrimonial.
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INTRODUÇÃO
A década de 80 marcou o início da busca pela vantagem competitiva, que é uma realidade
até os dias atuais, cujas empresas buscam a sustentação no mercado. Com isso, novas
tecnologias avançadas de produção e filosofias de gestão empresarial começam a ganhar
espaço e atenção.
O CMS é utilizado também para a aquisição e utilização eficiente e eficaz dos recursos
produtivos, abrangendo todo o ciclo de vida dos produtos – introdução, crescimento,
maturidade e declínio. (NAKAGAWA, 2000).
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Dentre os diversos problemas que preocupam os gestores das empresas para vencer a
competição global, um deles é o relacionado ao gerenciamento do comportamento dos
custos. Kaplan (1996, p. 12) salienta que “sessenta anos de literatura surgiram advogando a
separação dos custos em componentes fixos e variáveis, para decisões corretas sobre os
produtos e controle dos custos”.
A variabilidade ou não dos custos é determinada em relação a uma dada faixa de operação e
num intervalo de tempo, causada por ação gerencial ou estimação.
Os custos, frequentemente estão condicionados a questões ambientais, tecnológicas e de
natureza econômica que alteram o seu comportamento. (HORNGREN, FOSTER e DATAR,
2000).
Diante deste cenário, este trabalho procurará resposta à seguinte questão problema:
1
Brigham, Gapesnki e Ehrhardt (2002, p.568) citam que: “se uma alta porcentagem dos custos totais é fixos,
então se diz que a empresa tem alto grau de alavancagem operacional”.
2
A Comissão de Valores Mobiliário (CVM) conceitua custo de ociosidade como um fator não rotineiro ou não
recorrente (PO nº 24 de 15 de janeiro de 1992).
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Nesse ambiente, a presente pesquisa tem por objetivo evidenciar empiricamente como
determinar o custo de ociosidade e a sua consequente mensuração. O trabalho foi realizado
utilizando a metodologia de estudo de caso numa empresa do setor têxtil. O estudo tomou
por base o modelo de determinação dos custos de ociosidade desenvolvido pela empresa
durante os anos de 1995 e 1996, cuja utilização se deu até o ano de 2002. Esse modelo foi
adotado por diversas indústrias têxteis brasileiras.
Nos dizeres de Guerreiro e Christians (1992, p. 299). “No Brasil, a aplicação do custo de
ociosidade para fins de gerenciamento não é muito difundido. O custo de ociosidade é
conhecido internacionalmente (...), o correto tratamento contábil do custo correspondente à
ociosidade tem sido pouco discutido e menos ainda adotado no Brasil”.
Para o controle de gestão e para a avaliação das empresas competitivas a adequação dos
recursos tecnológicos, materiais e humanos, associada ao nível de atividade ou produção,
constitui-se numa das mais importantes atividades para o equilíbrio, com a capacidade
prática ou nível eficiente de execução das atividades.
muitos recursos são adquiridos antes da demanda real pelo recurso ser
realizada [...]; assim, essas despesas podem ser definidas como despesas fixas
comprometidas. Elas correspondem essencialmente a recursos comprometidos
– custos incorridos que fornecem uma capacidade de atividade em longo prazo.
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podem resultar em problemas de continuidade dos negócios empresariais pelo desequilíbrio
entre a capacidade nominal e a capacidade prática.
O custo de produção é uma das informações mais importantes para qualquer atividade
produtiva, seja serviço, comércio ou indústria. Para algumas indústrias, tal informação surge
quando tratar-se derelevância ainda maior, por dois motivos básicos: (i) atividade num
mercado que se aproxima da competição perfeita, no qual o preço não pode ser administrado
por nenhum agente individualmente; (ii) como o preço não é passível de ser ditado pelos
agentes, ofertantes e demandantes, resta a gestão do custo de produção pela busca de uma
melhor rentabilidade da atividade.
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Este trabalho foi estruturado da seguinte maneira: (I) introdução incluindo o problema,
objetivo e a limitação da pesquisa; (II) referencial teórico; (III) metodologia da pesquisa; (IV)
estudo de caso e análise dos resultados; (V) considerações finais e sugestões para futuras
pesquisas e; (VII) bibliografias utilizadas.
Ambiente Competitivo
No período de 1880 a 1910 surgiu uma demanda por novas informações gerenciais não
proporcionadas pelos sistemas de custos existentes. Os complexos processos industriais
dificultavam os gerentes na coleta de informações precisas e exatas sobre a eficiência dos
trabalhadores empenhados nas tarefas especializadas.
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Conforme afirma Nakagawa (2000, p. 33) “foi basicamente a partir da segunda metade dos
anos 70 que os principais países ocidentais industrializados começaram a sentir o impacto
da prática de uma nova forma de competição global, por parte de países como Japão, Coréia
do Sul, Taiwan e outros”.
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Fonte: Nakagawa (2000, p. 34)
Excelência Empresarial
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concorrentes globais obrigando empresas do mesmo ramo a adotarem estratégia ou saírem
do negócio”.
A vantagem competitiva surge nas empresas que trabalham de forma proativa na utilização
da excelência de manufatura. A rentabilidade em longo prazo é determinada pela posição da
empresa em relação aos seus rivais.
Porter (1989) sugere que uma empresa pode ser desagregada em atividades: atividades
primárias e atividades de apoio, conforme ilustra a Figura 3.
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Fonte: PORTER (1989, p. 35)
Para Porter (1989, p.31) a vantagem competitiva não pode ser compreendida observando-se
a empresa como um todo. Ela tem sua origem nas inúmeras atividades distintas que uma
empresa executa no projeto, na produção, no marketing, na entrega e no suporte de seu
produto.
Cada estratégia genérica implica qualificações e exigências diferentes para o sucesso, que
comumente se traduzem em diferenças na cultura e na estrutura organizacionais. Essas
diferenças estão ilustradas na Figura 4.
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Porter (1986, p. 49-52) afirma que os dois tipos básicos de vantagem competitiva:
diferenciação ou liderança no custo total combinam com o enfoque (escopo) de uma
determinada empresa no seu setor, para sustentar sua vantagem competitiva. A
complexidade produtiva, a modificação ambiental, e a necessidade de readaptação dada às
rápidas e profundas mudanças nesse ambiente em que as empresas competiam, tornou os
sistemas de custos consagrados obsoletos para medição.
A busca por soluções que pudessem ser implementadas para acabar com os desvios
causados pelas metodologias de custeio em uso particularmente nas economias mais
avançadas tecnologicamente surgiu 1986 na cidade de Boston – EUA um Fórum
Internacional, organizado pela CAM – (Computer Aided Manufacturing – International, Inc.),
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no qual foram estabelecidas as premissas básicas do que se chamou o Cost Managment
System (CMS). (NAKAGAWA, 2000, p.34)
O CMS foi desenvolvido com o conceito de fornecer as informações de custos voltadas para
apoiar as decisões estratégicas e operacionais de forma adequada. Durante sua concepção,
três fases foram adotadas: seu desenho conceitual, sua arquitetura e sua implementação. O
CMS é ainda empregado para a aquisição e utilização eficiente e eficaz dos recursos
produtivos, abrangendo todo o ciclo de vida dos produtos – introdução, crescimento,
maturidade e declínio.
Bezerra (2000, p. 49-51), a partir das definições de Berliner e Brimson (1992) conceituou o
CMS da seguinte maneira:
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III. Gerencia redução de custos;
V. Indicador de desperdícios;
O desenho conceitual do CMS considera premissa que as empresas incorrem em custos por
meio das atividades realizadas em suas estruturas operacionais.
Dentro do conceito ABC uma empresa deve ser desagregada em suas atividades de
relevância estratégica, em seguida atribuídos todos os sacrifícios de recursos necessários a
desempenhá-las através de uma alocação direta, rastreamento e em último caso rateio. Os
custos associados com as atividades representam investimentos da empresa para o futuro,
portanto, devem ser incluídos tanto nos processos quanto no ciclo de vida dos produtos. Na
estrutura conceitual do desenho do CMS, Nakagawa (2000, p.46) defende que a
contabilidade por atividades (ABC – Activity Based Costing) é de fundamental importância
porque é por meio dela que se consegue: (I) descrever o processo de manufatura; (II)
estabelecer um denominador comum entre a contabilidade de custos, mensuração de
desempenho e gestão de investimentos; e (III) a visibilidade de atividades que não adicionam
valor.
Custo de Ociosidade
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Conforme Lang, McFarland e Schiff apud Guerreiro e Christians (1992, p. 303) a capacidade
normal “pode ser definida como capacidade de uma fábrica de produzir uma quantidade de
produtos suficiente para atender à demanda média de vendas durante um período que inclua
as oscilações decorrentes de razões sazonais e cíclicas”.
O valor, dentro da ótica do consumidor, dos itens que sofrem a transformação, isto é, o
produto após a atividade vale mais do que antes. Normalmente, são atividades de
transformação, que modificam fisicamente o produto.
O trabalho que não agrega valor, ou trabalho adicional, compreende as atividades que não
aumentam o valor do produto, porém, provêm suportes para o trabalho efetivo. Nesta classe,
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encontram-se atividades como preparação de máquinas, manutenção, etc. As perdas
propriamente ditas além de não adicionarem valor aos produtos também não são
necessárias ao trabalho efetivo, sendo que, às vezes, até diminuem o valor destes produtos.
Nesta categoria situam-se a produção de itens defeituosos, a movimentação desnecessária,
a inspeção de qualidade, capacidade ociosa, etc.
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Título 4 – METODOLOGIA
Este estudo contou, também, com a experiência dos autores, que desenvolvem suas
atividades laborais nas áreas contábil, financeira e gerencial. Trata-se, portanto, de uma
investigação empírica.
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U NIDADE 29
Objetivo: Continuar o estudo de caso, enfocando as terorias industriais baseado em estudo
de caso de uma empresa textil.
Ambiente têxtil
Logo, torna-se necessário uma medição prévia dos níveis agregados de demanda e
capacidade para o período de planejamento. (SLACK et al, 1997). Esse equilíbrio muitas
vezes é obtido por reduções substanciais dos custos fixos e aumento da escala de produção
por meio da integração das operações fabris visto no setor, muitas empresas possuem
processo altamente verticalizado3.
Pelo exposto, os custos são afetados pelo equilíbrio entre capacidade e demanda. Níveis de
capacidade (produção) inferiores a demanda significam subutilização de custos fixos e,
portanto, alto custo unitário de estocagem e fuga de capital de giro. Não se considera no
presente trabalho o conceito de economia de escala4, mas tão somente a qualidade dos
custos unitários se bem empregados.
3
Verticalização: Diz - responsável que uma é verticalizada quando ela é responsável por toda a cadeia de
produção ou pela parte principal operação.
4
Economia de Escala: está ligada à relação entre custos médios e a produção, ou seja, a economia ocorre
quando o custo unitário cai com o aumento do nível de atividade, influenciada pelos custos fixos que não se
alteram, quando o volume de produção aumento ou diminui.
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Uma questão relevante ligada a este aspecto é que o pressuposto da Economia de Escala
não reflete, necessariamente, em potencialização de capital de giro. SLACK et al (1997, p.
348) comenta que “o capital de giro será afetado se uma operação decidir produzir estoque
de bens acabados antecipando-se à demanda. Isto pode permitir atender a demanda, mas a
organização deve financiar o estoque até que seja vendido”. (grifo nosso). A Figura 5
demonstra a relação de custos agregados versus estimativa da capacidade.
A Figura acima montra que, quando a capacidade de produção estiver abaixo da capacidade
para qual a fábrica foi projetada para produzir (produção abaixo da linha pontilhada), as
despesas fixas ficam comprometidas, ou seja, aquelas que foram adquiridas antes da
demanda real ocorrer, são transformadas em custos de ociosidade. Como exemplo,
podemos citar a aquisição de um conjunto de máquinas industriais para atender um nível de
produção projetada. Sendo este parcialmente utilizado, temos que a diferença entre a
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capacidade adquirida e a execução real da atividade provoca uma geração do custo de
ociosidade em forma de depreciação.
O período adotado para a amostra foi de 1995 e 1996. O custo de ociosidade foi determinado
da seguinte maneira para o ano de 1995: Na atividade denominada Fiação I (fiação de fibras
naturais), a capacidade instalada de produção anual e mensal foi obtida por meio do manual
dos equipamentos, respectivamente, 2.400.000 kg e 200.000 kg, sendo que a capacidade de
produção real anual e mensal foi obtida por meio dos registros de produção realizada em
função da demanda, neste caso 1.500.516 kg anual e 125.043 kg mensais.
Os mesmos cálculos poderão ser efetuados para as demais atividades, ou seja, Fiação II
(fiação de fibras sintéticas), Tecelagem, Tinturaria e Acabamento. Tais cálculos são
demonstrados na Tabela 1.
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Para o ano de 1996 os cálculos foram efetuados da mesma forma, ou seja, na atividade
denominada Fiação I, a capacidade instalada de produção anual e mensal foi obtida por meio
do manual dos equipamentos – os novos valores de 2.040.000 kg e 170.000 kg
respectivamente, sendo que a capacidade de produção real anual e mensal foi obtida por
meio dos registros de produção realizada em função da demanda, neste caso 1.986.521 kg
anual e 165.543 kg mensais. A eficiência em percentual (%) – utilização dos equipamentos
pela produção – é obtida dividindo-se a produção real pela capacidade instalada, ou seja,
1.986.521 kg/2.040.000 kg chegando ao resultado de 97,38%.
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U NIDADE 30
Objetivo Continuar o estudo de caso, enfocando as teorias industriais baseado em estudo de
caso de uma empresa textil.
Os mesmos cálculos poderão ser efetuados para as demais atividades, ou seja, Fiação II,
Tecelagem e Tinturaria e acabamento, conforme demonstrados na Tabela 2.
Para aplicar o custo de ociosidade utilizou-se a estrutura de custos fixos da empresa apenas
no ano de 1996, conforme demonstrado na Tabela 3.
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Com base nas Tabelas 2 e 3, explicitou-se o cálculo da determinação dos custos de
ociosidade de um conjunto de contas previamente estruturadas por área de responsabilidade
(centro de custos).
As diversas áreas possuem características diferentes entre si, não sendo oportuno para
efeitos gerenciais tratar a organização como um todo. Com base nos dados da capacidade
instalada e produção real, por área, obtém-se o percentual da capacidade ociosa da seguinte
maneira: [(produção real (-) capacidade instalada)] / capacidade instalada = % do custo de
ociosidade.
Este percentual, agora passa a ser aplicado sobre o valor de cada conta da estrutura de
custos fixos de cada uma das áreas, obtendo-se assim o valor do custo de ociosidade a ser
eliminado dos estoques e a título de item extraordinário, levado diretamente à despesa não
operacional.
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(demanda contratada)5 de R$ 415.464,89; depreciação de R$ 1.757.583,21; Seguros de R$
54.864,45 e custos estruturais de R$ 2.001.869,85. Chegar-se-á aos valores dos custos de
ociosidade a serem eliminados dentro da estrutura de custos fixos de R$ 10.885,18 para
energia elétrica; R$ 46.048,68 para depreciação; R$ 1.437,37 para seguros e R$ 52.448,99
para os custos estruturais. Esses dados estão na Tabela 4. Para as demais atividades o
procedimento para a determinação do cálculo do custo da ociosidade obedece a mesma
metodologia.
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Título 2 - CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA FUTURAS PESQUISAS
O propósito deste estudo não foi o de criar um modelo aplicável à determinação dos custos
fixos da capacidade de produção ociosa tão somente para o setor têxtil. Entretanto, trata-se
de um modelo aplicado por uma grande empresa deste setor, durante muito tempo.
A atividade têxtil se apresenta como uma das áreas onde não há uma padronização, isto é,
são atividades difíceis de serem flexibilizadas, especialmente com relação ao volume de
produção. Normalmente a capacidade depende do mix de produtos demandados. Neste
sentido, buscou o estudo, um tratamento que permita de forma sistemática a identificação e a
quantificação da ociosidade, com o propósito de auxiliar o processo de análise e melhoria da
eficiência empresarial.
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Antes de iniciar sua Avaliação Online, é fundamental que você acesse sua SALA
DE AULA e faça a Atividade 3 no “link” ATIVIDADES.
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G LOSSÁRIO
Caso haja dúvidas sobre algum termo ou sigla utilizada, consulte o link Glossário em sua
sala de aula, no site da ESAB.
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