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ra, Setembro de 2023

UNIVERSIDADE CATÓLICADE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

Licenciatura em ensino de História

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA ECONÓMICA

Beira, Setembro de 2023

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA

INTRODUÇÃO À HISTÓRIA ECONÓMICA

Estudante: Rosa Chaviriquira Tavanhe., Código número: 708235490

Docente: Amostra Sobrinho Gomes Alfandiga

Curso: Licenciatura em ensino de História

Turma: A

Disciplina: História Económica

Ano de frequência: 1º, II Semestre

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Beira, Setembro de 2023

Índice

1. Introdução. …………………………..:…………………….………………… 4
2. Objectivos do trabalho …………………………..:……………………………
5
2.1. Objectivo geral …………………………..:…………………………………
5
2.2. Objectivos específicos………………………….……………………………
5
3. Metodologia …………………………..:………………….………………….. 5
4. A Interdisciplinaridade …………………………..:………………..………… 6
4.1. Importância da interdisciplinaridade no ensino …………………..………..: 6

5. Relação entre História Económica e Economia …………….……………………


6

5.1. Objecto de estudo da história…………….……..:………………………………


6

5.2 Objeto de estudo da história econômica ………………………..……………… 7

5.3. Relação entre o objeto de estudo da História Económica e Economia………… 7

6. História Económica e fases históricas ………………………………...:…………


8

6.1 A gênese e formação da história econômica…………..…………………………


8

6.2. Etapas do contato entre Economia e História……………..…………………… 8

7. Fases históricas …………………………..:………………………………………


9

7.1 Fase primitiva…………………………..:……….………………………………


9

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7.2 Fase esclavagista……………………………....:………………………………
10

7.3 Fase capitalista…………………………..:……………………….…………… 11

7.3.1 Capitalismo comercial…………………………..:……………………………


11

7.3.1 Capitalismo comercial…………………………..:…...………………………


11

7.3.2 Capitalismo Industrial…………………………..:...…………………………


12

7.3.3 Capitalismo Financeiro……………………….....:…………………………12

8. Problemática de periodização da Antiguidade………………..………………… 12

8.1. Antigas periodizações da História…………………………..:…………………


13

9. Conclusões finais …………………………..:……….………………………… 14

9. Referências bibliográficas…………………………..:………..…………………15

1. Introdução

Devido a interdisciplinaridade ser vista como uma forma de pensamento, ela, então,
passou a ser aceita na educação. Nessa área ela foi considerada como uma relação
interna da disciplina principal e a disciplina aplicada.

Muitos educadores tem adotado a prática da interdisciplinaridade por crerem que ela
contribui para a construção do conhecimento, indo além das fronteiras que são
estabelecidas entre as disciplinas.

A interdisciplinaridade começa a ser usada por educadores nos primeiros anos do aluno
da escola (no ensino fundamental), sendo que, com ela, os professores precisam
estimular os alunos a relacionarem os conteúdos das diferentes disciplinas. Logo, ela
traduz-se aqui como a ligação que o aluno deverá fazer entre distintas disciplinas.

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Os fatos econômicos acontecem em um ambiente histórico. Dessa forma, as idéias e
teorias econômicas são formuladas de acordo com o contexto histórico em que se
desenvolvem as atividades e as instituições econômicas.

Por exemplo, o crescimento econômico mundial formidável observado nas décadas de


1950 e 1960 está relacionado a um contexto frenético do pós-guerra, que influenciou os
aspectos políticos, sociais e econômicos da sociedade de um modo geral e, portanto,
tratado no âmbito da História.

A História analisa os fatos sempre incluindo a ótica social, política, culturais e


econômicos. O desenvolvimento das teorias econômicas, por sua vez, é baseado em
fatos históricos.

A Economia não pode fazer testes para desenvolver as teorias, então a alternativa é
utilizar dados históricos para comprovar estatisticamente as hipóteses formuladas. Além
disso, é necessário incluir a análise do contexto histórico no desenvolvimento teórico,
para enriquecer a análise econômica e observar as reações sociais a determinadas
situações e medidas econômicas.

2. Objectivos do trabalho

2.1. Objectivo geral

 Compreender a introdução da história econômica

2.2. Objectivos específicos

Definir o conceito motivação no processo de ensino e aprendizagem;

Apresentar os diversos tipos de motivação;

Descrever as principais teorias motivacionais.

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3. Metodologia

Para a realização deste trabalho foi necessário o uso do método de pesquisa


bibliográfica que consistiu na consulta de várias obras e artigos científicos relacionadas
com a temática em estudo.

4. A Interdisciplinaridade

Para Saraiva (2022), citando Fazenda (1994, p. 39) A interdisciplinaridade surge em


decorrência da diversidade de várias disciplinas, aproveitando sua identidade individual
e suas ideias, que são aceitas como enriquecimento e complementaridade de aquisições
e concepções coletivas. Ela só ocorre quando cada um dos envolvidos consegue ser
autônomo o suficiente para confiar em si mesmo, para reconhecer os erros, e ao mesmo
tempo, apontar soluções criativas.

Para Paulo Freire (1987), a interdisciplinaridade é o processo metodológico de


construção do conhecimento pelo sujeito com base em sua relação com o contexto, com

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a realidade e com sua cultura. Busca-se a expressão dessa interdisciplinaridade pela
caracterização de dois movimentos dialéticos: a problematização da situação, pela qual
se desvela a realidade, e a sistematização dos conhecimentos de forma integrada

4.1. Importância da interdisciplinaridade no ensino

Neide Rodrigues Favarão e Cíntia Araújo, apresentados por Saraiva (2022), ressaltam
que: “A interdisciplinaridade pode auxiliar na dissociação do conhecimento produzido e
orientar a produção de uma nova ordem de conhecimento, constituindo condição
necessária para melhoria da qualidade do Ensino, mediante a superação da
fragmentação, uma vez que orienta a formação global do homem”.

Para o autor Juares da Silva Thiesen aponta para a importância de um ensino


interdisciplinar: “Um processo educativo desenvolvido na perspectiva interdisciplinar
possibilita o aprofundamento da compreensão da relação entre teoria e prática, contribui
para uma formação mais crítica, criativa e responsável e coloca escola e educadores
diante de novos desafios tanto no plano ontológico quanto no plano epistemológico.”
(destaques nossos)

5. Relação entre História Económica e Economia

5.1. Objecto de estudo da história,

Para Araújo (2018), a História é uma ciência que estuda o desenvolvimento do Homem
ao longo dos tempos (passado, presente e futuro) e é considerada uma ciência porque
tem um objeto de estudo e um método próprio.

Ainda para o mesmo auto o objetivo de estudo da história é o Homem e seu método é o
processo que o historiador utiliza para construir a História, isto é, o historiador deve
recolher informações que organiza, seleciona criticamente, analisa, interpreta, coloca
hipóteses de explicação e, por último, escreve uma síntese.

5.2 Objeto de estudo da história econômica

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Para Motta e Rebollar (2015) a História Econômica é o ramo da História que estuda os
fenômenos econômicos no tempo, e também o ramo da economia, que estuda os fatos à
luz da análise econômica. O seu objeto consiste em estudar os modelos e/ou doutrinas
econômicas de cada época, a partir do pensamento econômico que perpassa.

Os períodos históricos, ou melhor, da antiguidade, idade média, mercantilismo, doutrina


liberal e individualista, reações socialistas e as não socialistas, até as reações contra a
ciência clássica.

Neste sentido, a História pode ser vista como um dos três pilares básicos da ciência
econômica, junto com a teoria econômica de um lado e os vários

Campos da economia aplicada, de outro. Esses três pilares tem uma importância
equivalente e devem ser considerados tão indispensáveis pelos historiadores como pelos
teóricos e/ou analistas da economia. Nem os primeiros nem os segundos podem ir muito
longe em suas sistematizações e generalizações sem o aporte conjunto desses pilares. O
historiador econômico, em particular, sempre carece do suporte de um arcabouço
teórico capaz de propiciar os pressupostos

5.3. Relação entre o objeto de estudo da História Económica e Economia

Para Chazoita e Pinheiro, as ligações da História com a Economia resultam do carácter


tradicional do fenómeno económico, que nunca surge desligado de antecedentes
históricos. Toma-se como exemplo, Adam Smith e Karl Marx, ambos basearam as suas
construções em estudos desenvolvidos de antecedentes históricos.

Ora, a História Económica, História e Economia não diferem quanto ao objecto de


estudo, o homem e as suas interacções sociais e económicas, mas diferem quanto as
teorias.

A História é, segundo Marc Bloch, a ciência dos homens no tempo. Acrescenta-se o


termo espaço. E o seu objecto de estudo são os homens. Ao passo que a Economia é,
segundo Samuelson e Nordhaus, o estudo da forma como as sociedades utilizam
recursos escassos para produzir bens com valor e de como os distribuem entre os vários
indivíduos. E os clássicos da Economia, Adam Smith, consideravam que o objecto da
Economia era a riqueza.

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Motta e Rebollar (2015), citando Szmrecsányi (1992), destaca ser importante ressaltar
que esse intercâmbio e essa interdependência entre a história, a teoria e as várias áreas
de conhecimento aplicadas não constitui apenas uma característica da ciência
econômica, mas é um aspecto comum a todas as ciências humanas e sociais. Não há
compartimentos estanques no conhecimento histórico, por essa razão a história
econômica só pode ser adequadamente estudada na medida em que tiver como pano de
fundo o processo histórico como um todo, e não apenas seus aspectos econômicos.

A importância de trazermos esta interdisciplinaridade é analisar os recursos utilizados


por vários povos, em particular do ‘’Crescente Fértil”, como fonte de criação da riqueza.
E que estes recursos jogaram um papel extremamente importante na fixação e aumento
populacional ( Chazoita e Pinheiro).

6. História Económica e fases históricas

6.1. A gênese e formação da história econômica

Motta e Rebollar (2015) basado-se nos autores Aquino; Franco e Lopes (1980)
apresenta na sequência um panorama sobre as principais etapas de formação da História
Econômica. A História Econômica tem raízes no século XIX, em virtude da ação da
chamada Escola Histórica de Economia e, ainda, devido à ênfase dada ao fator
econômico na interpretação da realidade histórica pelo Marxismo. Já, no século XX, em
Virtude das reformulações que se deram na estrutura do conhecimento histórico, as
produções históricas explicitam um efetivo contato entre a Economia, fornecedora de
acervo teórico, e a História.

6.2. Etapas do contato entre Economia e História

Segundo Motta e Rebollar (2015), até a década de 1930, apareceram os primeiros


trabalhos expressivos abordando a realidade econômica em termos qualitativos e
centrados em torno de alguns temas: capitalismo, vida econômica dos Tempos
Modernos e dos Tempos Medievais, a vida econômica da Antiguidade. Os principais

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representantes desse período foram Max Weber, Henri Sée, Henri Pirenne e Gustave
Glotz.

Aida segundo o autor após a década de 1930, deu-se o aparecimento da História


Econômica Quantitativa, com utilização flagrante dos dados estatísticos. Pouco depois
de 1945, tivemos a afirmação da História Econômica Quantitativa e Qualitativa. Os
temas mais comuns são: apreensão das estruturas econômicas, das conjunturas ou dos
movimentos de fluxo e refluxo da vida econômica, em termos qualitativos e
quantitativos.

Após 1945, surgiu a preocupação com crises econômicas, crescimento econômico,


estudos dos preços e dos movimentos dos preços (inflação e deflação), produção e
consumo, macro e microempresas. A História Social implantou-se como uma exigência
da História Econômica e se afirmou com uma aproximação entre a Sociologia e
Antropologia. A partir da década de 1930, voltou-se, sobretudo, para o estudo das
estruturas sociais e das relações coletivas, tanto em termos quantitativos quanto
qualitativos.

Segundo Vasconcellos e Garcia (2004, p. 3), apresentado por Motta e Rebollar (2015),
em qualquer sociedade, os recursos produtivos ou fatores de produção (mão-de-obra,
terra, matérias-primas, dentre outros) são limitados. Por outro lado, as necessidades
humanas são ilimitadas e sempre se renovam, por força do próprio crescimento
populacional e do contínuo desejo de elevação do padrão de vida. Independentemente
do grau de desenvolvimento do país, nenhum deles dispõe de todos os recursos
necessários para satisfazer todas as necessidades da coletividade. Tem-se então um
problema de escassez: recursos limitados contrapondo-se a necessidades humanas
ilimitadas.

7. Fases históricas

Segundo Eduardo J. Costa Reizinho na sua obra Introdução à Economia, apresentado


por Chazoita e Pinheiro, são três as grandes fases históricas: a primitiva, a esclavagista e
a capitalista.

7.1 Fase primitiva

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Para Manfred, a história da raça humana abrange todo o espaço de tempo desde que o
homem apareceu pela primeira vez na Terra, que se julga grosso modo ser de 1 000 000
de anos. No primeiro período da história humana não existiam povos independentes
nem estados, e os homens viviam em pequenos grupos, clãs ou tribos. Este período é
conhecido como a época da sociedade primitiva. Os arqueólogos dividiram a história da
Humanidade em três idades, de acordo com a matéria-prima com que faziam os
instrumentos: a Idade da Pedra, a Idade do Bronze e a Idade do Ferro.

No entanto, esta divisão revelou-se pouco adequada, particularmente no que se refere


aos primeiros períodos da sociedade primitiva, alguns dos quais se prolongaram por
muitos milhares de anos. E, por isso, apareceram subdivisões. A Idade da Pedra foi
dividida em Paleolítico (Idade Antiga da Pedra), Mesolítico (Idade Média da Pedra) e
Neolítico (Nova Idade da Pedra). Além disto, o Paleolítico e o Neolítico foram divididos
em Inferior, Médio e Superior (Manfred).

A fase primitiva é a mais desconhecida e a mais longa. Nasceu com o homem há


dezenas de milhares de anos e a que se fez também nestes anos. O seu modo de vida não
se distinguia dos irracionais. Só com o passar de tempo, inventou a palavra, base do
pensamento e da acção racional (Chazoita e Pinheiro).

7.2 Fase esclavagista

Findo a fase primitiva, veio a esclavagista que presume-se ter origem entre as regiões do
Danúbio e do Indo. Estas regiões ofereciam boas condições naturais para diversa
actividades económicas: agricultura e pecuária cujas consequências se traduziram na
sedentarização dos povos; e exploração de metais. Ao praticarem esta actividades, este
povo diferenciou-se do dos primitivos em que a comunhão de bens era o que os
caracteriza, ao que este último povo, é caracterizado por ser conquistador e
escravizador. O povo esclavagista lançou-se na conquista pela Ásia e pela Europa. Mais
tarde, também a África e América. A organização esclavagista, diferente da primitiva, da
simplicidade dos laços primitivos, assentou numa autoridade que comandou as
transformações e obrigou os homens a viverem de outro modo, a profissionalizarem-se.
Essa autoridade foram os senhores esclavagistas (Chazoita e Pinheiro).

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De acordo com José (2021), o tráfico de escravos começa a ser praticado muito antes do
século XVIII, mas é em meados deste século que ganha uma dimensão e proporções
particularmente grandes, tornando-se numa actividade sistemática e, mais do que isso,
tornando-se no principal atractivo dos mercadores. A partir de meados do século XVIII
a mercadoria mais procurada pelos mercadores já não era o marfim ou o ouro, mas sim
o próprio produtor daquelas e outras mercadorias, o Homem. A génese do tráfico
esclavagista pode ser encontrada tanto em factores externos como internos. No século
XVIII a crescente procura de mão-de-obra nas plantações europeias nas Américas
alimentou o interesse dos europeus pelos escravos provenientes da África.

7.3 Fase capitalista

Para Chazoita e Pinheiro, a nova organização exigiu a divisão do trabalho e que muitos
passassem a estar unidos através do seu trabalho complementar em vastas regiões.
Formaram-se assim sociedade divididas em classes, em que uma classe minoritária,
detentora de poder, oprimia as outras classes. Dentro dessas sociedades, classes em
embrião espreitavam e viriam a desalojar as minorias esclavagistas do poder. Eram os
comerciantes e os industriais, detentores de poder económico; esta classe burguesa
mercantil revelou-se com mais força que os senhores, que assentavam os seus direitos
antigos, na hereditariedade. Aparece então o capitalismo, comercial, que depressa se
tornara industrial devido a Revolução Industrial na Inglaterra, e se estendeu depois à
Europa e mais tarde a globo inteiro.

Para Pena, o capitalismo subdivide-se em três partes:

7.3.1 Capitalismo comercial

Ainda segundo Pena, alavancou-se graças ao início da formação do sistema capitalista e


a consequente expansão do comércio internacional no contexto da Europa. Essa fase
ficou marcada pela expansão marítima comercial e também colonial, com a formação de
colônias europeias em várias partes do mundo, com destaque para as Américas e
também para o continente africano.

Ainda segundo o autor Pena, nesse período, intensificou-se a prática do mercantilismo,


um sistema econômico geralmente concebido como “um conjunto de práticas” não
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planejadas. Esse sistema era calcado na busca e controle de matérias-primas e metais
preciosos (metalismo), além da intensiva troca comercial internacional, em que cada
Estado procurava manter uma balança comercial favorável. Outro desenvolvimento
importante durante essa fase do capitalismo foi a manufatura, o que foi mais tarde
desenvolvido a partir das revoluções industriais. O resultado sobre o espaço geográfico
foi a constituição de muitas cidades e o crescimento de algumas outras, embora a
população continuasse maioritariamente rural tanto nos países imperialistas centrais
quanto nas colônias e nações menos desenvolvidas.

7.3.2 Capitalismo Industrial

De acordo com o autor já mencionado, o capitalismo industrial, esta que é a segunda


fase do capitalismo, por ter sido um efeito direto da emergência, expansão e
centralidade exercida pelas fábricas graças ao processo de Revolução Industrial iniciado
em meados do século XVIII na Inglaterra. Com isso, a luta por matérias-primas,
transformadas depois em mercadorias industrializadas, intensificou-se ao longo do
globo, e a Divisão Internacional do Trabalho foi assim estruturada: de um lado, as
colônias atuando como fornecedoras de matérias-primas e produtos primários em geral;
do outro lado, as metrópoles e países industrializados como fornecedores de
mercadorias.

7.3.3 Capitalismo Financeiro

Para o autor Pena, essa é a atual fase do capitalismo, marcada pelo protagonismo
exercido pela especulação financeira e pela bolsa de valores, que passou a ser uma
espécie de “termômetro” sobre a economia de um país. Basicamente, essa fase do
capitalismo estrutura-se com a formação do mercado de ações e a sua especulação em
termos de valores, taxas, juros e outros. Em algumas abordagens, diz-se que no
Capitalismo Financeiro houve uma espécie de fusão entre capital bancário e capital
industrial. Isso ocorreu porque as empresas passaram a ser divididas em ações
negociadas com base em valores e calculadas a partir do potencial de lucratividade
oferecido por tais empresas.

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8. Problemática de periodização da Antiguidade

Para Para Chazoita e Pinheiro, a História Económica abarca o período que vai desde a
Antiguidade1 a Idade Moderna, passando pela Idade Média. É importante sublinhar que
tratar-se-á de forma exaustiva e aprofundados aspectos económicos, ou seja, os recursos
naturais que bem usados criaram riquezas e diferentes estágios de desenvolvimento
económico de regiões que contribuíram para a história da humanidade

8.1. Antigas periodizações da História

Para Emanuel (2021), destaca que a história, de feição política e eurocentrica dividia-se
em períodos cronológicos, delimitando por pontos de referência exactos, os factos da
história política :
1° Antiguidade iniciada no século V a. C., terminou em 470 d.C., com a queda do
império Romano.do ocidente.
2° A idade Media ate 1453, terminado com a queda de Constantino.
3° A ideda Moderna (ate 1789 com a inclusão da revolução francesa.
4° A idade Contemporânea ( da revolução Francesa ate aos nossos dias)

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9. Conclusões finais

Conclui-se que a interdisciplinaridade no ambiente escolar é definida pelo modo de


ensinar no qual o foco é a construção do conhecimento por parte do aluno. Assim,
quando ela aplicada nas escolas, esse conceito visa fazer com que o processo de
aprendizagem concentre-se na visão de que o processo de aprendizagem nunca termina,
mas o temos para toda a vida, nas várias etapas dela.

É muito importante que a educação seja entendida e trabalhada de forma interdisciplinar


no ensino. Pois essa abordagem ajuda o aluno a desenvolver sua capacidade de visão
crítica e, assim, contribuir como agente ativo na melhoria do processo de ensino-
aprendizagem.

As ligações da História com a Economia resultam do carácter tradicional do fenómeno


económico, que nunca surge desligado de antecedentes históricos. Toma-se como
exemplo, Adam Smith e Karl Marx, ambos basearam as suas construções em estudos
desenvolvidos de antecedentes históricos.

O estudo da economia no decorrer da história é muito importante para que possamos


interpretar cenários socioeconômicos atuais e assim identificar as principais
características dos modos de produção construídos ao longo da história.

Nesse sentido, a História tem sido constantemente reescrita, representando por isso
mesmo muito mais que um simples estudo do passado. Seu principal objeto de análise

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reside na transformação dos homens e da sociedade por meio do tempo. São os
processos e mecanismos de mudança a partir do tempo, e não o passado por si, que mais
atraem o enfoque dos estudos históricos em geral.

Enquanto a História relata os fatos, localizando-os no tempo e no espaço, a Economia


estuda a alocação dos recursos escassos da sociedade em uma determinada época.
Assim a economia tenta resolver os problemas econômicos quer seja estáticos ou
dinâmicos, lançando mão dos relatos históricos para melhor direcionar as decisões de
um fazer perfeito, isto é, não incorrendo nos erros do passado, como ainda se incorre
hoje em dia.

Em suma a importância da periodização da história reside na sua necessidade para a


sistematização do estudo do passado da humanidade, facilitando desta maneira, o estudo
do ensino da história

9. Referências bibliográficas

ARAÚJO, João. (2018), História (Conceito, Definição, O que é). Disponível em:
https://knoow.net/historia/historiaportug/historia-definicao/

CHAZOITA, Luís Manuel e PINHEIRO, Romeu. Manual de Curso de Licenciatura em


Ensino de História: Relação entre História Económica e Economia, HO166-HISTÓRIA
ECONÓMICA I, Introdução à História Económica
EMANUEL, Domingos Upinji.(2021), A periodização e os seus problemas. Disponível
em: https://pt.scribd.com/document/545709444/A-periodizacao-e-seus-problemas

JOSÉ, Fausto. O Ciclo dos Escravos. (2021). Disponível em:


https://www.escolamz.com/2021/06/O-Ciclo-dos-Escravos-1750-60-Seculo-
XX.html#google_vignette

MANFRED, A. Z. História do Mundo, A Sociedade Primitiva. Vol. 1. Disponível em:


https://www.marxists.org/portugues/manfred/historia/v01/01.htm#topp

MOTTA , Alexandre de Medeiros e PALHOÇA, Paola Beatriz May Rebollar, (2015).


História Econômica. Universidade do Sul de Santa Catarina

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PENA, Rodolfo F. Alves. “Fases do capitalismo”; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/geografia/fases-do-capitalismo.htm. Acesso em 19 de
setembro de 2023”

SARAIVA, Educação. (2022). Saiba o que é interdisciplinaridade no ensino superior,


qual sua importância e como aplicar. Disponível em:
https://blog.saraivaeducacao.com.br/interdisciplinaridade/

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