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Sueli do Nascimento
Doutora em Serviço Social pela UFRJ
Professora adjunta da UniRedentor Paraíba do Sul
Representante de referência do
Núcleo Maria Conga e Andorinhas do Conselho Regional de Serviço Social/RJ
Email: sucacimento@yahoo.com.br
Resumo: O objetivo deste texto é discutir a interação entre a política social, território e
intersetorialidade cujo o debate é propiciar reflexões sobre práticas intersetorias, bem como
concentrar a análise que aponte avanços, possibilidades e limites/desafios através do exame de
18 artigos científicos identificados na base de dados Scielo, entre os anos 2000-2018. Tal
estudo tem o papel de subsidiar as análises sobre a política social no Brasil dos anos 2000.
Palavras-chave: Política Social. Território. Intersetorialidade.
Abstract: The purpose of the text is to discuss the interaction between social policy, territory
and intersectoriality, whose debate is to foster reflections on intersectoral practices that face
the multiple faces of the social issue and to subsidize the professional performance, as well as
concentrate the analysis on intersectoral practices, that point out advances, possibilities and
limits / challenges through the examination of 18 scientific articles.
Keywords: Social Policy. Territory. Intersectoriality.
1 – INTRODUÇÃO
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Esses serviços postos para a população são consolidados nas políticas públicas, por
isso este artigo vem contribuir num caminho de reflexão sobre a interação entre a política
social, território e intersetorialidade. Tomando como referência: a ação intersetorial no
enfrentamento das expressões da questão social via política social, localizadas e executadas
nos territórios que estão contidos no espaço de relação com o capital, para tal nos embasamos
em pesquisa bibliográfica cujo debate visava a prática intersetorial.
Assim, este artigo está estruturado nesta introdução, logo após, o debate Política
Social, território e intersetorialidade. Por fim, as análises de experiência que versam sobre as
análises de práticas de intersetorialidade na literatura dos anos 2000 e as considerações finais.
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Para Faleiros (2009), a política social deve ser entendida no contexto capitalista e no
movimento histórico das transformações dessas mesmas estruturas. Neste aspecto, a produção
de mecanismos que atuem ora no conflito de classe, ora na manutenção das relações de
exploração exige um Estado que possa atenuar tais relações e colaborar para geração de lucro.
Desse modo, as políticas sociais aparecem como instrumento de relação que está em disputa a
direção a ser tomada.
Nesses termos, a política social aqui abordada leva em consideração a sua função de
reprodução da força de trabalho, ou seja, a necessidade que o trabalhador dispõe para
trabalhar, mas possui questões objetivas para a sua manutenção e da família na sociedade
capitalista, que é viabilizada pelo Estado, por meio de políticas públicas. Por outro lado,
Faleiros (idem, p.54) expõe que as políticas sociais não asseguram apenas os trabalhadores
vinculados à produção, porém aqueles que estão fora da produção como: crianças, idosos e
inválidos por meio da manutenção do consumo.
Por outro lado, as políticas sociais são importantes instrumentos do estado burguês
para o enfrentar os períodos de crises. Em tais momentos, a política social é acionada pelo
Estado para assegurar o salário indireto, financiado pelo fundo público, que é parte da mais
valia extraída do trabalhador no exercício da sua atividade laborativa. Nestes termos,
passamos por um atual período histórico em que os salários indiretos estão sendo subsidiados
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pelo Estado, aliados ao processo de ajustes que impacta diretamente as políticas sociais, mas
com um traço de populismo na viabilização das políticas de transferência de renda ainda que
seja com restrição de acesso da população.
Desta forma a política social, a partir dos anos 2000, traz em seu bojo de forma
estratégica a categoria território, que na literatura possui concepções das quais tomamos como
referência Milton Santos (2000, 1998), David Harvey (2005) e Henri Lefebvre (2000, 2008)
para nos auxiliar a compreender tal categoria.
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Vale dizer que Milton Santos aprimora o conceito de território levando-o a nos dizer
em 1998 (p.16) que o território são formas, mas o território usado são objetos e ações,
sinônimo de espaço humano, espaço habitado o qual retrata uma dialética. O território só se
torna um conceito utilizável na medida que é usado para a análise social e quando o pensamos
em conjunto com aqueles atores que dele se utilizam no cotidiano.
De outra forma, Harvey (2005, p. 191) não trabalha com a categoria território, neste
aspecto: como concebe o espaço na perspectiva marxista? Para ele a organização espacial e
geográfica é produto necessário do processo de acumulação capitalista. E sem as
possibilidades de se organizar, de se expandir e se desenvolver de forma desigual
geograficamente, o capitalismo já teria parado de funcionar como sistema econômico e
político. Se tal mudança geográfica não ocorresse, não rumaríamos ao “ajuste espacial”
vinculado as contradições internas do capitalismo, sobretudo com a superacumulação de
capital numa área geográfica, junto com a inserção desigual de diversos territórios e
formações sociais no mercado mundial capitalista
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Com isso, buscamos compreender que Harvey não tem uma concepção evidenciada da
categoria território, mas tende a situá-lo de forma velada a partir da sua compreensão de
espaço. Entendemos que isso se coloca à proporção que usa o conceito território sem muita
preocupação de explicá-lo ou evidenciá-lo na sua elaboração de concepção de espaço
conforme suas produções teóricas.
Por outro lado, há a concepção de Lefebvre o qual não possui, também, a preocupação
de trabalhar com a categoria território, mas de construir uma teoria do espaço, precisamente
da produção do espaço; tomando como referência o processo de produção de mercadorias,
quando busca pensar o espaço; assim como a mercadoria é produzida e tem valor, valor de
uso e valor de troca, o espaço possui as mesmas mediações, ou seja, valor, valor de uso e
troca.
Para Lefebvre (2008, p.57) o espaço que busca enfatizar é aquele da sociedade
capitalista. Este espaço se pretende racional para fins comerciais, sendo ao mesmo tempo
global (trata-se de todo o planeta) e fragmentado (parcelado, loteado). O espaço é tomado pela
burguesia a partir de um duplo poder a saber: (1) a propriedade privada do solo que se
generaliza por todo espaço, entretanto há uma exceção os espaços da coletividade e do
Estado; (2) o conhecimento, a ação, a estratégia do próprio Estado. Tais poderes pressupõem
conflitos intermináveis pela posse ou o exercício do controle sobre o espaço.
Visto por essa contradição, o espaço, de acordo com Lefebvre (2008), é basilar para o
capitalismo, pois deixou de ser um meio geográfico passivo ou geométrico vazio para ser
instrumental. Estando desta forma subordinado ao dinheiro e ao capital que o lotea e
comercializa o espaço inteiro.
Mas qual é o significado de espaço em Lefebvre? Para o autor o espaço precisa ser
pensado de forma trinitária, ou seja, enquanto “prática espacial/ espaço percebido que engloba
a produção e reprodução, lugares especificados e conjuntos espaciais próprios a cada
formação social, que assegura a continuidade numa relativa coesão que implica o espaço
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social e a relação dos membros da sociedade ao seu espaço” (LEFEBVRE, 2000, p. 58-59).
Enquanto representações do espaço/espaço concebido que estão vinculado as relações de
produção, a ordem, os signos, símbolos, códigos e as relações frontais. Há como se produzir o
espaço a partir da ação dos planificadores, urbanistas e cientistas. E enquanto “espaços de
representação/espaço do vivido que apresentam o lado do clandestino e subterrâneo da vida
social, mas também à arte, que eventualmente poder-se-ia não como código dos espaços de
representação. ” Neste caso, vinculado aos espaços dos usuários, habitantes, ou seja,
teleológico. (Lefebvre, 2000, p.59). Tal forma trinitária ainda nos possibilita ver o espaço
social, não o geográfico ou o geométrico, mas o social com suas características, isto é,
percebido, concebido e vivido.
Para Lefebvre (2000, p. 149-150) o espaço possui uma forma, precisamente, o espaço
social. Para ele este espaço é tudo que existe no seu interior, tudo que é produzido pela
natureza ou pela sociedade ou pela cooperação e conflitos. Com isso, sendo obra e produto de
realização do “ser social”, que em momentos históricos tem construções diferenciadas, ganha
características fetichizadas. “E a matéria prima da produção do espaço é a própria natureza,
transformada em produto, destroçada, hoje acabada, arruinada, com certeza localizada, cheia
de paradoxo. ” (Idem p. 178)
Assim partimos de Souza (2015, p.31) que entende a relação espaço com o território se
referindo ao espaço geográfico como um espaço social. Neste espaço em que as dinâmicas são
resultantes das relações sociais vinculadas as dinâmicas naturais e seus condicionantes. Desta
forma, é importante trazer alguns pontos desta reflexão: 1) é possível valorizar o conceito de
espaço social sem perder de vista o debate do espaço geográfico, pois, teríamos duas camadas
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ou dois níveis conceituais primordiais, em que o espaço geográfico é maior que o espaço
social, 2) da relação espaço social com as diferentes interfaces das relações sociais emergem o
conceito território, lugar e muitos outros que podem ser considerados conceitos derivados.
(SOUZA: 2015, p. 31-32)
Souza (2015) considera interessante notar que o território é uma projeção espacial das
relações de poder, sendo por isso mesmo uma relação social espacializada. Neste aspecto, o
espaço social a partir das relações sociais em determinadas circunstâncias ou a partir de uma
determinada perspectiva contribui para materializar a categoria território.
Assim, outra contribuição importante é de Saquet (2015, p.72), pois explica-nos que
espaço e território não são sinônimos, mas categorias diferentes que assumem distintos
significados. Neste aspecto, o referido autor diz que há unidade entre espaço e território,
entretanto, correspondendo a dois níveis e processos socioespaciais distintos de nossa vida
cotidiana e a dois conceitos diferentes no pensamento científico. Com isso, apresenta
características para diferenciar o espaço do território: 1) as relações de poder, as redes e as
identidades; 2) os processos espaços-temporais que marcam determinadas parcelas do espaço
nas formas área-rede, rede-rede ou área-rede-lugar.
Com isso, Saquet (2015, p.78) destaca que há três processos de diferenciação entre
espaço e território: a) as relações de poder numa compreensão multidimensional constituindo
campos de força econômicos, políticos e culturais ([i]materias) com uma miríade de
combinações; b) a construção histórica de identidades; c) o movimento de territorialização1,
desterritorialização2 e retorialização3 (TDR).
Saquet (2006, p.82) diz que o espaço geográfico tem um valor de uso e um valor de
troca e é elemento constituinte do território, como também possui uma perspectiva política e
simbólica. Neste sentido, o espaço e o território são processos indissociáveis da vida
cotidiana.
1
Haesbaert (2014, p. 72-73) informa-nos que há múltiplas formas de territoriazação.
2
“Equivale a todo processo de saída ou de destruição de um território”. (HAESBAERT,2014,184)
3
Produção de territorialidades (fixação) precárias para alguns grupos e para outros vantajosos. (HAESBAERT, 2011).
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Por fim, temos os apontamentos de Haesbaert (2014) que aborda a mediação entre
espaço e território, primeiramente informando que o espaço possui duas formas de
abordagem: espaço absoluto e espaço relativo. Dessa forma há para a geografia uma noção-
mestre de espaço geográfico definido como configuração territorial e relações sociais, depois
como, um conjunto indissociável de sistemas, objetos e sistemas de ações. Portanto, todo
espaço geográfico é também ação, movimento e representação simbólica.
Essas reflexões nos ajudam entender que não podemos discutir território sem termos
uma referência de concepção de espaço que pode ser filosófica, matemática, sociológica e até
psicológica. O espaço é a chave mestra para a compreensão do território, por isso é necessário
enfatizar a necessidade de relacionar aspectos econômicos com sociohistóricos, culturais,
simbólicos dentre outros, para compreender o papel fundante do território enquanto elemento
chave para a compreensão da relação política social e intersetorialidade.
Iniciamos este item com a seguinte questão de Coutinho (2011) para pensar a relação
política social e território mediada pela estratégia da intersetorialidade nas políticas sociais
voltadas para a reprodução social do trabalhador:
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Até que ponto a segregação das populações que vivem próximas e/ou abaixo
da chamada ‘linha da pobreza’ na periferia, submetidas a formas extremas de
exploração do trabalho, não continua a coexistir com as políticas públicas
orientadas por uma lógica voltada para o atendimento prioritários das
necessidades do capital em matéria de infra-estrutura e serviços urbanos,
relegando a plano secundário as relativas à reprodução da força de trabalho?
(COUTINHO, 2011, p. 110)
Tanto a política social quanto o território trazem no seu bojo uma relação intrínseca
com a reprodução do capital. A política social4 é um elemento fundante no interior do Estado
burguês para enfrentar as crises em que o capital não consegue mais se reproduzir, e por outro
lado, o território5 está contido no espaço produzido na expansão do capital, através das
relações sociais de produção e reprodução, qualificadas enquanto poder, política, cultura e
outras.
É nesta relação entre política social e território, que podemos buscar elucidar a questão
acima a partir de sua análise, ou seja, os trabalhadores que sofrem com a intensificação do
trabalho possibilitam que o capital se alimente do consumo de sua força motriz através do
assalariamento e pelo produto do mais trabalho, favorecendo a redução do custo de sua
reprodução enquanto trabalhador.
Desta forma, as alterações realizadas pelo capital no mundo do trabalho atende as suas
próprias necessidades de reprodução, que ressoará na forma como o Estado viabilizará as
políticas públicas, ou seja as políticas e serviços urbanos valorizados nos territórios que
possam acumular e reproduzir o capital e, no plano secundário, as políticas sociais voltadas
para a reprodução do trabalhador.
4
Revisite item 2 do presente artigo.
5
Revisite item 2 do presente artigo.
6
Nesses processos espaciais específicos também podemos incluir os loteamentos clandestinos, as favelas, os cortiços e todos
territórios constituído a partir da relação capital com o espaço, em que expressam um território de precarização de vida da
população.
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Desta forma, é necessário entender a prática intersetorial para poder nos possibilitar
enfoques com tendências de garantia de direitos, mas segundo Sposati (2006, p. 137), ela
pode não ser fortalecedora dos objetivos do Estado e dos direitos de cidadania e,
consequentemente, tende a provocar a fragmentação da responsabilidade pública em múltiplas
forças locais, com isso, analisando a democracia como modelo de Estado Mínimo que opera
pela subsidiariedade, ou seja, pela omissão dos setores da gestão intersetorial, e não por
responsabilidade própria do Estado.
7
A questão social, aqui, é entendida como conjunto das expressões das desigualdades sociais produzidas na sociedade
capitalista madura, vinculada às interações com o Estado. A sua origem está no caráter coletivo da produção em oposição à
apropriação privada da atividade humana, ou seja, os frutos do trabalho, tal ação humana precisa de liberdade a fim de vender
o trabalho e consequentemente conseguir satisfazer as próprias necessidades vitais. Assim, a questão social expressa as
desigualdades econômicas, políticas e culturais das classes sociais intermediadas pela relação de gênero, características
étnico-raciais e formações regionais, colocando na pauta as relações entre os estratos da sociedade civil e do estado.
(IAMAMOTO, 2004, p.17)
8
Nos referimos a sociedade civil de acordo com as elaborações de Gramsci debatidas por Coutinho (2003, p. 127) quando
expõe que “ela é formada precisamente pelo conjunto das organizações responsáveis pela elaboração e/ou difusão das
ideologias, compreendendo o sistema escolar, as Igrejas, os partidos políticos, os sindicatos, as organizações profissionais, a
organização material da cultura (revistas, jornais, editoras, meios de comunicação de massa) etc.”
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A compreensão dos avanços passa pelo entendimento do que seja o Estado, a sua
formação e sua compreensão em anos recentes, sabendo que no seu interior há a busca de
avanços pautados nos discursos da eficácia, eficiência e efetividade sem trazer à baila o
debate de luta de classe e frações de classe como elemento decisivo de orientação da política
pública pelos entes da federação.
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Vale ressaltar que a ação intersetorial não pressupõe reunião de recursos dos setores,
mas a viabilidade de realização de uma ação conjuntura com ações dos setores das políticas
públicas, que poderá envolver recursos. Estes recursos são provenientes do fundo público que
passa por disputas internas e lutas classistas para o acesso. As ações intersetoriais é uma
possibilidade para abrir o debate sobre os recursos a serem usados e os resultados esperados
pelas políticas em relação ao impacto sobre uma determinada expressão da questão social.
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Outro ponto é trazer experiências que foram aplicadas sobre a intersetorialidade para
que professores, técnicos e alunos possam ter acesso a informações necessárias para a
construção de uma inter-relação que se quer avançada e de atendimento às garantias sociais
pautadas nas legislações e fora delas. Compreender isso nos traz a necessidade de pesquisar e
de conhecer profissionais mais arrojados e com algum acúmulo empírico.
4- CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Entender que há uma estreita relação entre política social e território enquanto
modalidade de organização do capital, que busca se valorizar e acumular é de extrema
importância, e, desta forma, a intersetorialidade precisa ser vista como tática para atingir a
população trabalhadora através do esforço de universalizar e afiançar direitos que possibilite o
fortalecimento do público alvo das políticas públicas.
Com isso, foi necessário refletir sobre as experiências de ações práticas relativa a
intersetorialidade, visando apontar as possibilidades, limites e desafios que possam corroborar
às ações interdisciplinares promovidas pelas práticas intersetoriais. Vale lembrar que este
trabalho está sobre bases secundárias de pesquisa e que por isso precisamos realizar novas
investigações que favoreçam ao debate aqui proposto, sobretudo a articulação entre o Estado,
política social e intersetorialidade.
5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COUTINHO, Carlos Nelson. GRAMSCI um estudo sobre o seu pensamento político. 2 ed.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
FALEIROS, Vicente de Paula. A política social do Estado Capitalista. 12 ed. São Paulo:
Cortez, 2009.
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LEFEBVRE, Henri. A produção do Espaço. Tradução Doralice Pereira e Sergio Martins (do
original): La production de e’espace. 4 ed. Paris: Editiori Anthropos, 2000.
SAQUET, Marco Aurélio. Proposições para Estudos territoriais. GEOgrafia. Ano III, n 15,
2006, p. 71-85.
SANTOS, Milton. Território e Sociedade – entrevista com Milton Santos. São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2000.
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SOUZA, Marcelo José Lopes de. Os conceitos fundamentais da Pesquisa Sócio-espacial.2 ed.
Rio de Janeiro: Bertrand, 2015.
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