COMO OBTER O SELO DE BEM-ESTAR ANIMAL

E IMPULSIONAR O SEU NEGÓCIO

 O que produtores e empresas devem fazer
para obter o selo Certified Humane®,
que atesta as boas práticas na produção de carne,
leite, ovos e outras matérias-primas de origem animal

Introdução Quem pode obter Afinal, como obter O investimento Para concluir: o
a certificação a certificação? necessário uso do selo de
bem-estar animal

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O consumidor é quem As normas de certificação O que fazer para obter o Veja quanto custa Como funciona o uso do
exige: os produtores de de bem-estar animal selo Certified Humane – certificar sua empresa selo Certified Humane®
alimentos devem garantir abrangem boa parte e assegurar ao mercado – um investimento
o bem-estar dos animais da cadeia agropecuária que sua empresa respeita acessível e essencial para
– veja em qual das os animais a sustentabilidade do seu
categorias você se negócio
enquadra

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 O consumidor é quem exige: os produtores de alimentos devem garantir o bem-estar dos animais

Até não muito tempo atrás, a maioria das pessoas pouco se importava em saber como era produzida a comida que chegava à mesa. Isso
está mudando rapidamente. Nos últimos anos, uma parcela cada vez maior dos consumidores passou a exigir um comportamento ético e
responsável das empresas de alimentos. Um aspecto ocupa o topo da lista de prioridades para esses consumidores: comprovar que
os animais dos quais se originou carne, leite, ovos e outras matérias-primas não foram submetidos a condições cruéis ou degradantes ao
longo de seu ciclo de vida, do nascimento ao abate.

“O selo Certified Humane® ajuda os consumidores a saber quais,

dentre os produtos disponíveis no mercado, foram produzidos
com o devido respeito ao bem-estar animal.”

Para isso, existe um conjunto de regras estabelecendo os padrões
de alimentação, cuidados com saúde, espaço mínimo – entre outros
requisitos relacionados à qualidade de vida dos bichos – a serem
mantidos nos sítios, granjas e fazendas.
Mas como assegurar aos consumidores conscientes que as normas
estão sendo de fato seguidas?
Fazer o papel dessa espécie de “fiscal” do consumidor é a missão
da Humane Farm Animal Care (HFAC), que na América Latina é
representada pelo Instituto Certified Humane Brasil, organização
sem fins lucrativos cuja missão é monitorar o cumprimento dos
requisitos de bem-estar animal.
As empresas e criadores que demonstram cumprir as regras
recebem um selo de bem-estar animal - o Certified Humane® - a ser
exibido nas embalagens dos seus produtos. O selo ajuda, portanto,
as pessoas a tomar decisões de compra e a averiguar quais, dentre
os produtos disponíveis no mercado, foram produzidos com o
devido respeito aos animais.
Nas próximas páginas, mostraremos como funciona a certificação,
quais empresas podem buscá-la e os passos a serem percorridos
para isso. Se você é um criador ou é um fabricante de alimentos,
este assunto é do seu interesse.

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 Quem pode obter a certificação

As normas de certificação de bem-estar animal
abrangem boa parte da cadeia agropecuária
veja em qual das categorias
você se enquadra
A cadeia produtiva de alimentos e
matérias-primas de origem animal é
extensa e bastante diversificada.
Para começo de conversa, há todos os
diferentes tipos de espécies criadas para
uso na alimentação. Cada uma tem suas
próprias necessidades. É óbvio: um boi é
diferente de um suíno ou de uma ave.
Mas não é só isso. O conjunto de requisitos
para proporcionar o bem-estar ao gado
leiteiro é diferente do que deve ser seguido
na produção de gado de corte.
A qualidade de vida dos frangos depende
de uma disponibilidade de espaço,
quantidade de alimentação e de água
disponível diferentes das que devem ser
asseguradas na criação de perus.
A boa notícia: as normas de certificação
já cobrem uma boa fatia das atividades
pecuárias e da cadeia delas derivada.
Podem pleitear o selo Certified Humane
as empresas e produtores que criem ou
utilizem ingredientes produzidos a partir
das seguintes espécies:
Bovinos de corte e leiteiros.
Suínos.
Ovinos.
Frangos de corte e galinhas poedeiras.
Perus.

Cabras.
A diversidade existe também nas
características dos criadores. Vitelos (bovinos jovens).
Há produtores grandes e pequenos.
Eles podem atuar em grupos ou Bisontes (Búfalos)
isoladamente. Sua produção pode ser
negociada com atacadistas ou com
indústrias. E existem inúmeras formas de
industrializar a matéria-prima de origem
animal.

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Se a sua propriedade rural ou empresa inclui uma das espécies acima, o próximo passo é averiguar como a sua atividade ou estrutura de
produção se encaixa nas categorias que podem ser certificadas. Veja quais podem pleitear o selo Certified Humane:
Produtores individuais
A HFAC pode certificar o cumprimento
das normas de bem-estar animal por um
produtor isolado. Pode ser, por exemplo,
um pecuarista de gado bovino, avicultor,
suinocultor ou criador de qualquer uma das
demais espécies para as quais as normas
e os requisitos de bem-estar já estão
estabelecidos. A certificação tem custos
acessíveis para propriedades menores e
o processo todo é descomplicado. Assim
qualquer produtor, seja ele grande ou
pequeno, pode buscar o certificado de bem-
estar animal para seus negócios.
Empresas que beneficiam produtos
de origem animal
As empresas que compram produtos de
origem animal e os beneficiam, embalam e
revendem também podem se certificar. A
Operação de Fabricação de Produtos (PMO)
é o caso dos frigoríficos e dos laticínios, por
exemplo. Nessa situação, um dos principais
aspectos exigidos pela HFAC é que toda a
matéria-prima seja adquirida de produtores
certificados.
Produção conjunta (integração)
Trata-se de uma empresa
que adquire produtos de operações
individuais de produção que são também
inspecionadas conforme os padrões da HFAC,
processa tais produtos e os vende com a
sua marca. Os produtores integrados têm o
seu próprio certificado, mas este permanece
associado à empresa ou cooperativa
integradora, que financia a operação.
Comercializadores de bovinos de corte
As empresas que compram bovinos de corte
constituem uma categoria à parte. Para obter
o selo, a empresa inserida nessa atividade
deverá ter um Sistema de Controle Interno
capaz de assegurar que os pecuaristas com
os quais se abastece seguem os padrões de
bem-estar animal estabelecidos pela HFAC.
A certificação de um grupo de compra de
bovinos também inclui as operações de
processamento e manipulação da carne e dos
derivados produzidos.
Grupos de produtores
Quando o número de produtores envolvidos
em uma operação de produção conjunta é
muito grande, pode-se optar pela certificação
de Grupo de Produtores, que envolve a
implementação de um Sistema de Controle
Interno (SCI) pela própria empresa a ser
certificada. Neste caso a empresa deve
realizar as auditorias de bem-estar animal
em todos os produtores envolvidos pelo
menos uma vez ao ano, e a HFAC, durante sua
auditoria anual, visita apenas uma amostra do
total de produtores, além de avaliar a eficácia
do SCI.
Restaurantes
O selo Certified Humane pode ser obtido
por estabelecimentos em diferentes pontos
da cadeia agropecuária – inclusive pelos
restaurantes, que preparam e servem a
comida diretamente aos consumidores. A
garantia, assim, é que o prato indicado no
cardápio com o selo de certificação seja
elaborado unicamente com ingredientes
de origem animal obtidos de fornecedores
devidamente certificados.
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 Afinal, como obter a certificação?

O que fazer para obter o selo Certified Humane e assegurar ao mercado que sua empresa respeita os animais

1. O primeiro passo: conhecer as necessidades dos animais

O primeiro passo para obter o selo Certified Humane® é estudar quais as boas práticas de bem-estar
animal a seguir na propriedade ou na empresa que se quer certificar. Só assim será possível avaliar as
adaptações necessárias para que cada operação se adapte ao que as normas exigem. De maneira geral,
o objetivo é garantir que os animais sejam criados sem sofrimento físico, psicológico ou desconforto
ambiental. Cada espécie tem suas próprias características e necessidades.
Os referenciais para cada uma delas podem ser encontrados no site da HFAC.

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2. Solicitar a inspeção

Os interessados em obter o certificado devem fazer a solicitação inicial. Nessa etapa, é preciso preencher
um questionário cujas questões abordam detalhadamente como é a operação da fazenda, da granja ou
da empresa que está buscando a certificação. No caso das propriedades rurais, por exemplo, as questões
dizem respeito a aspectos como o número de animais alojados ou em criação, a estrutura de aviários,
chiqueiros ou estábulos, os equipamentos utilizados e os métodos aplicados para criação, crescimento,
engorda e abate.

Há uma tarifa inicial a ser paga (veja mais adiante detalhes sobre os custos do processo de certificação).
Recebido o pagamento e o questionário respondido, os técnicos do Instituto Certified Humane Brasil
fazem uma avaliação inicial. Uma das possibilidades é que eles aprovem a continuidade do processo de
certificação. Mas em alguns casos ocorre a devolução do questionário com a indicação dos aspectos que
não estão em conformidade com as normas de bem-estar animal. Nesse caso, os criadores ou empresários
têm de rever seus pontos fracos para seguir adiante.

A solicitação inicial é semelhante a que precisa ser feita anualmente para renovar o certificado. Nessa
ocasião, o responsável pela operação deve preencher o formulário de renovação, informando as mudanças
realizadas desde a última inspeção.

“O objetivo das inspeções é avaliar se, de fato, as normas de bem-estar animal

são aplicadas pelas empresas e produtores”

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 3. Submeter-se à inspeção
Após a análise do questionário
inicial, a Humane Farm destaca
os inspetores que vão visitar e
verificar as instalações para as
quais a certificação foi solicitada.
O objetivo é a conclusão de todo
o trabalho de inspeção até 30 dias
após a solicitação inicial.
O objetivo da inspeção é avaliar se,
de fato, as normas de bem-estar
adequadas ao tipo de animal que
está sendo criado são seguidas
de modo adequado. O resultado
das inspeções poderá ser a
aprovação, dando direito aos
produtores ou às empresas a usar
o selo Certified Humane® em seus
produtos.
COMO OBTER O SELO DE BEM-ESTAR ANIMAL E IMPULSIONAR O SEU NEGÓCIO
Existem situações em que o trabalho de inspeção poderia se
tornar muito extenso, elevando demais os custos.
É o que acontece quando há muitos produtores envolvidos,
por exemplo. Nesses casos, a HFAC exige a existência de um
Sistema de Controle interno, cuja função é garantir que todos os
produtores respeitem as normas de forma contínua. Na prática,
o Sistema de Controle Interno – que pode ser constituído por um
profissional ou por uma equipe – estabelece procedimentos a
serem seguidos, produz relatórios de acompanhamento, realiza
treinamentos e define os critérios para que um produtor possa
participar do grupo. Define, além disso, as penalidades para
quem não respeita as normas. Isso é extremamente importante,
uma vez que todo o grupo terá a certificação suspensa caso um
de seus integrantes descumprir as normas.
Obrigatoriamente, todos os produtores que compõem o grupo
são visitados pelo menos uma vez ao ano pelo Sistema de
Controle Interno. No momento da inspeção anual, os inspetores
da HFAC irão avaliar esse sistema para averiguar se ele é
confiável. Então, no mínimo 10% dos integrantes do grupo serão
inspecionados pela HFAC, que vão avaliar se de fato as normas
estão sendo cumpridas e se o controle interno está fazendo
bem o seu trabalho. A cada ano, a amostra de produtores é
modificada.
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Há particularidades em cada uma das atividades a serem
certificadas. Mas, em linhas gerais, os inspetores seguem um
roteiro bastante semelhante. Eles fazem primeiro uma reunião
de abertura dos trabalhos com o produtor ou responsável pela
empresa a ser certificada. Na inspeção, avaliam-se as condições
de manejo dos animais.
Os inspetores também buscam confirmar a veracidade das
informações prestadas pelos responsáveis nos formulários de
solicitação. Ao longo da visita, eles entrevistam administradores
e funcionários para verificar o nível de conhecimento do pessoal
sobre as exigências a que estão submetidas as operações quem
recebe a certificação.

Veja o que é feito durante a inspeção, por tipo de atividade:

Criação de animais Transporte Animal Unidades de Processamento Grupos de Produtores

• Verificação de documentos
e registros da granja ou fazenda,
incluindo as informações
prestadas por veterinários,
fornecedores de ração e de
outras mercadorias, além de
prestadores de serviços
para a propriedade.
• Observação dos
procedimentos de manejo
e cuidado dos animais para
verificar o grau de conformidade
da operação com os padrões
e diretrizes da HFAC.
• Avaliação sobre as condições
de manutenção dos veículos.
• Averiguação sobre a
conformidade do veículo
para as espécies que serão
transportadas.
• Observação dos
procedimentos de embarque,
transporte e desembarque dos
animais e manejo dos que se
ferem ou ficam doentes.
• Avaliação das condições de
manutenção de equipamentos
e instalações.
• Averiguação da capacidade de rastrear
animais e ingredientes de produtos.
• Verificação da adequação dos sistemas
de manejo dos animais vivos, dos
procedimentos de desembarque dos
animais na planta de processamento.
• Avaliação dos sistemas de controle das
origens, identificação e aparência dos
animais, além dos protocolos de abate,
manejo de animais feridos ou doentes e
os planos de ação de emergência.
• Avaliação do Sistema de Controle
Interno a que os produtores do
grupo estejam submetidos.
(O SCI precisa preencher alguns
requisitos, como realizar inspeções
anuais nos produtores, documentar
integralmente as visitas de inspeção
e executar as ações apropriadas em
caso de suspeitas de irregularidade,
entre outras.)
• Inspeção de parte dos produtores
do grupo, cujo resultado será
comparado com o das inspeções
feitas pelo Sistema de Controle
Interno.

A inspeção é concluída com uma reunião de encerramento. registradas na ata de inspeção, na qual o inspetor deverá listar
Nela, o inspetor apresenta à equipe um resumo das atividades e as eventuais não conformidades encontradas. O documento é
das conclusões da auditoria. Essas atividades e conclusões são assinado pelo solicitante da certificação e pelo inspetor.

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 4. Aguardar o resultado da inspeção
As inspeções terminam com
uma reunião final entre o
inspetor e o responsável
pela propriedade rural
ou pela empresa avaliada.
Depois, o inspetor escreverá
um relatório com as suas
constatações. Em alguns casos,
ele pode identificar uma não
conformidade menor. Em
outras palavras,
é a constatação de pequenas
irregularidades que precisam
de correção, mas que não
comprometem, de modo
geral, a qualidade de vida dos
animais. Quando isso ocorre,
o estabelecimento terá um
prazo determinado para tomar
as medidas necessárias para
se adequar completamente às
normas – mas já terá o direito
de usar o selo.
Bem diferentes são os casos
nos quais se constata as
não conformidades maiores.
Basicamente, são problemas
graves, a ponto de determinar
que uma operação não pode
ser certificada. Isso ocorre
quando algum procedimento
considerado importante
não é realizado, os inspetores
não têm acesso às instalações
que precisam ser avaliadas
ou quando o excesso de
não conformidades menores
compromete a certificação.
Na prática, uma não
conformidade maior significa
que HFAC não pode assegurar
de modo adequado a
qualidade de vida dos animais
porque o produtor
ou a empresa não cumpriram
os critérios mínimos.
“As propriedades rurais
aprovadas ganham o direito de
usar o selo Certified Humane
em seus produtos”
As propriedades rurais e empresas nas
quais não forem constatadas nenhuma
irregularidade recebem uma certificação
válida por um ano. Ao final desse prazo,
para a manutenção da certificação, será
preciso renovar a inspeção.
As que apresentaram não conformidades
menores recebem um certificado
condicional válido por 30 dias. É o prazo
para corrigir os problemas, ainda que
pequenos - nesse caso, será concedida a
certificação definitiva, válida também por
um ano. Nenhum certificado será atribuído
a quem apresentar uma ou mais não
conformidade maior, que terá de resolver
essas questões antes de pedir uma nova
inspeção.

É bom lembrar que as fazendas ou empresas certificadas podem receber inspeções sem aviso: nesses casos, os
responsáveis serão avisados sobre a visita com no máximo 24 horas de antecedência.

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 5. Renovação anual

A cada ano, é preciso

renovar a inspeção para
a emissão de um novo
certificado. A prática da HFAC
é solicitar a atualização da
documentação necessária 90
dias antes de completados
12 meses desde a última
inspeção anual.

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Veja quanto custa certificar sua empresa – um investimento acessível e essencial para a sustentabilidade do seu negócio
Eis uma dúvida comum entre
os produtores e empresários
interessados na certificação:
afinal, quanto custa?
Antes de mais nada,
é preciso esclarecer os itens
incluídos na conta.
O investimento necessário
Tarifas de solicitação
Para dar início ao processo,
há uma taxa de 450 reais
pela análise dos relatórios
preenchidos para solicitar a
certificação inicial.
ou
Renovação anual
Essa taxa é cobrada
anualmente para a
renovação do certificado. Ela
é, hoje, de 450 reais quando
o responsável pela
propriedade ou empresa
envia o formulário de
renovação pelo menos dois
meses antes do aniversário
da inspeção – o valor passa a
ser de 900 reais caso o envio
seja feito apenas um mês
antes e de 1800 reais se for
na data em que a inspeção
estiver perdendo a validade.
Tarifas de inspeção Tarifas de Certificação
Depois, vêm os custos de inspeção. Por fim, há a tarifa de
A tarifa é cobrada por dia de serviço certificação, cobrada
dos inspetores — considera-se que apenas de quem
uma diária é equivalente a oito horas obtém o certificado
de trabalho dos inspetores. O tempo de conformidade, com
necessário para a inspeção varia de base no número de
acordo com a extensão do serviço. animais ou de produtos
A inspeção de uma granja de frangos certificados produzidos.
com apenas um aviário vai durar
menos do que a de um grupo que
congregra vários produtores. O
cliente inspecionado também arca “Não é exagero
com as despesas de transporte, dizer que o custo
hospedagem e alimentação dos da certificação
inspetores. Em alguns casos, esses por animal ou
custos podem ser repartidos entre por produto
vários produtores ou empresas
numa mesma região. Para isso é
acaba sendo
necessário que eles se articulem irrisório, diante
para realizar as inspeções num das oportunidades
mesmo período. Há um valor que se abrem num
tabelado para granjas e fazendas e mercado cada vez
outro para operações industriais ou mais exigente”
de beneficiamento (veja a seguir).
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 Eis as tabelas (válidas a partir de 2021) sobre o valor cobrado para as etapas de solicitação da certificação,
inspeção das operações e pela certificação em si (volumes, quando indicados, correspondem a estimativa anual):

Tarifas de solicitação (em reais) Tarifas de Certificação

Tarifa de revisão inicial da solicitação 450 Bovinos (em reais por cabeça)
Renovação anual (de 60 a 30 dias antes do vencimento) 450 De 0 a 25.000 animais 2,0970
Renovação anual (de 29 dias antes até a data do vencimento) 900 De 25.001 a 50.000 animais 1,5726
Após a data de vencimento 1.800 De 50.001 a 75.000 animais 1,1794
De 75.001 a 100.000 animais 0,8846
Tarifas de inspeção (em reais por inspetor ao dia) De 100.001 a 200.000 animais 0,6634
Fazendas ou granjas 2.250 De 200.001 a 300.000 animais 0,4976
Acima de 300.000 animais 0,3197
Operações de processamento, frigoríficos ou abatedouros 2.750
Suínos (em reais por suíno)
Tarifas de Certificação De 0 a 35.000 animais 1,0485
Vacas leiteiras (em reais por 1.000 litros de leite produzido) 0,6674 De 35.001 a 65.000 animais 0,7901
De 65.001 a 100.000 animais 0,5899
Ovelhas/Cordeiros - Leite (em reais por 1.000 litros de leite) 0,6674
De 100.001 a 200.000 animais 0,4425
Ovelhas/Cordeiros - Carne (em reais por cabeça) 0,4649 De 200.001 a 300.000 animais 0,3319
Perus (em reais por ave) 0,0695 Acima de 300.000 animais 0,2489
Bovinos jovens (vitelo) (em reais por cabeça) 1,0485 Frangos de corte (em reais por ave)
Cabras - Leite (em reais por 1.000 litros produzidos) 0,6674 De 0 a 6 milhões 0,0063
Entre 6 e 15 milhões 0,0044
Cabras - Carne (em reais por cabeça) 0,4649
Entre 15 e 30 milhões 0,0034
Galinhas poedeiras (em reais por caixa com 30 dúzias de ovos)
Entre 30 e 40 milhões 0,0026
De 0 a 50.000 caixas 0,1415
Acima de 40 milhões 0,0019
De 50.001 a 100.000 caixas 0,1062 Bisontes/Búfalos (em reais por cabeça)
Acima de 100.000 caixas 0,0708 De 0 a 500 animais 1,8761
De 500 a 2.500 animais 1,4072
Acima de 2.500 animais 0,9383 12
 Para concluir: o uso do selo de bem-estar animal
Como funciona o uso do selo Certified Humane®
Após o processo de certificação, sua empresa
poderá usar o selo Certified Humane® em seus
produtos. Trata-se de um sinal visível para o mercado
de que seu negócio toma medidas concretas para
garantir a qualidade de vida dos animais criados para
consumo humano.
Você pode perguntar: mas por que isso importa?
Por muitas razões, é a resposta. Uma delas diz
respeito à produtividade. A experiência dos
produtores certificados mostra que nas granjas e
fazendas certificadas o rebanho sofre menos com
problemas de saúde, contribuindo para o ganho de
peso e diminuindo as perdas de animais por doença.
Mas há outros aspectos a considerar. Uma parcela
crescente da população está exigindo o direito
de consumir alimentos cuja produção não tenha
resultado em sofrimento de nenhum ser vivo.
O respeito ao bem-estar dos animais constitui um
compromisso fundamental com as pessoas.
Um exemplo: quando a comida que nos nutre
provém de animais saudáveis, nossa saúde fica
mais protegida, livre das ameaças que emanam da
irresponsabilidade com a sanidade animal.
A organização das cadeias de produção de
alimentos passa por uma transformação
profunda. Grandes empresas de alimentos
estão exigindo que seus fornecedores
comprovem, por meio da certificação, que
asseguram o bem-estar animal. Como não
poderia deixar de ser, é o comportamento
do consumidor que está impulsionando a
mudança. Isso ocorre inclusive no Brasil.
Pesquisas recentes mostram que o respeito ao
bem-estar animal é um dos principais aspectos
que as pessoas valorizam numa empresa.
Boa parte da população afirma evitar consumir
produtos cuja matéria-prima animal foi obtida
de modo cruel ou doloroso.
Ao mesmo tempo, cresce o número de pessoas
que diz estar disposta a pagar mais por
alimentos produzidos sem dor ou sofrimento
desnecessário para qualquer ser vivo.
A questão realmente importante: de que lado da história você quer ficar?
O bem-estar animal é uma das fontes da sustentabilidade do seu negócio.
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 www.certifiedhumanebrasil.org

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