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Complexo Escolar nº5 José Manuel Luembe

Tema A – Movimento
Tempo ....................................................................................... 19 horas

Subtema 1 - Relatividade do Movimento


Objectivos Gerais:
 Compreender os conceitos de repouso e de movimento.

Conteúdos:
 Sistemas de referência (referencial);
 A relatividade do movimento;
 Trajectória de um móvel.
 O deslocamento;
 Movimentos dos corpos;
 A velocidade;
 A aceleração.

INTRODUÇÃO
Física (do grego antigo: φύσις physis "natureza") é a ciência que estuda a
natureza e seus fenômenos como um todo. Analisa suas relações e propriedades,
além de descrever e explicar a maior parte de suas consequências. Busca a
compreensão científica dos comportamentos naturais e gerais do mundo em
nossa volta, desde as partículas elementares até o universo como um todo.

Dessa forma, podemos perceber que a física está presente em absolutamente


tudo ao nosso redor. Desde nossas actividades mais cotidianas, como andar de
bicicleta, correr, arremessar uma bola de basquete, levantar peso na academia,
como em atividades complexas como o funcionamento de uma hidrelétrica. O
simples facto de estarmos parados enxergando alguma coisa envolve vários
conceitos da física. De certa forma, todo o corpo humano está envolto em
inúmeras leis da física.

DIVISÃO DA FÍSICA
O estudo da física é dividido em 5 grandes áreas: Mecânica, termologia,
ondulatória, óptica, eletricidade e física moderna.

INTRODUÇÃO Á MECÂNICA
MECÂNICA:
Mecânica é a parte da física que estuda o movimento e o repouso dos corpos,
tendo em conta as características como a velocidade, a posição, o tempo, a
aceleração, dentre outros.

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A mecânica descreve o movimento de objectos macroscópicos, desde projécteis a


partes de máquinas, além de corpos celestes, como espaçonaves, planetas,
estrelas e galáxias.

PARTES DA MECÂNICA

A. CINEMÁTICA:
Estuda o movimento e o repouso em si, sem se preocupar com o que colocou ou
tirou o objecto do movimento.
Usa como unidades: posição, comprimento, tempo, velocidade, aceleração.
Seu objetivo é descrever apenas como se movem os corpos.
B. DINÂMICA:
Estuda as causas que determinam e modificam o movimento. Ela explica, a
cinemática descreve. Ocupa-se das grandezas: massa, força
C. ESTÁTICA:
Estuda o repouso e o equilíbrio dos corpos, mais aprofundadamente.

A termologia fala sobre calor, que nada mais é do que a energia em transito, e o
trabalho produzido.

A ondulatória estuda as características e as propriedades das ondas e seus


movimentos e relações. A onda consiste-se de perturbações, pulsos ou oscilações
ocorridas em um determinado.

A Óptica nos ensina sobre os fenômenos relacionados à luz e explica os


fenômenos da reflexão, refração e difração.

O eletromagnetismo é basicamente a unificação da eletricidade, que é o estudo


das cargas elétricas, estáticas ou em movimento, com o magnetismo, que é
basicamente o estudo dos ímãs.

A física moderna apresenta os conceitos de mecânica quântica e relatividade,


representadas pelos físicos Max Planck e Albert Einstein.

Sistemas de referência ou referencial

““Para o Prof.” Se alguém lhe perguntasse qual e a sua posição neste exato
momento o que responderia?
Certamente você diria: “Em relação a que? Se for em relação à porta, é de 2m, ou
seja, estou a 2 m da porta. Se for em relação à janela, minha posição é de 3 m.”
Perceba então que, para dizer qual é a sua posição, é preciso escolher um
referencial, isto é, um ponto do espaço em relação ao qual se determina a
posição de uma partícula.
Esse ponto pode ser a origem de um sistema de coordenadas, que é a ferramenta
matemática usada para expressar as distâncias em termos das coordenadas das
partículas nesse sistema.”

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Intuitivamente, você sempre lidou com mudanças de referencial. Quando você


viaja em um automóvel que se desloca a 80 km/h, e outro automóvel o ultrapassa
a 100 km/h, esses valores estão sendo considerados em relação a um referencial
fixo em relação à estrada. O automóvel que o ultrapassa se move a 20 km/h, em
relação ao seu automóvel, ou seja, aquele automóvel viaja, no referencial fixo ao
seu automóvel, a 20 km/h.
E você, em relação ao seu próprio automóvel, quantos quilômetros se move por
hora? É claro que a resposta é: nenhum; ou, mais cientificamente falando, sua
velocidade será nula, no referencial fixo ao seu próprio automóvel. Ou, ainda, você
estará em repouso, no referencial do seu automóvel. Você vê, portanto, que o
movimento é algo de constatação explicitamente dependente de referencial.

Referencial é um corpo ou conjunto de corpos que em relação aos quais são


definidas as posições de outros corpos.

Para descrevermos os movimentos da cinemática, precisamos de adotarmos um


referencial. Nos casos unidimensionais, trata-se simplesmente de uma reta
orientada onde se escolhe a origem e a extremidade.
É muito importante definirmos ou escolhermos um referencial, porque permite nos
afirmar se um corpo está ou não em movimento.

Observe a figura abaixo:


Na figura, percebemos que o referencial é a linha demonstrada. Ela sempre
apresentará um ponto “0”, conhecido como Origem dos espaços. Funciona como o
eixo x dos planos cartesianos, onde tudo o que se encontra á direita apresenta
valor positivo, e o que se encontra á esquerda, negativo.

Agora vou adiantar um pouco. Se dois carros estão se movendo na estrada, e o


referencial não for mais uma reta, mas sim um dos carros, a situação muda.
Imagine dois carros viajando lado a lado em uma estrada, ambos com mesma
velocidade. Se o meu referencial for um dos carros, o outro nunca sai do lugar, ele
estará sempre na origem dos espaços!

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E ambos os carros estarão com velocidade zero em relação ao outro, mesmo que
o velocímetro marque 100 km/h! Daí a importância de se saber qual o referencial.
Mas não se preocupem, sempre que o referencial não for uma reta, ele será
especificado na questão.

Na cinemática, iremos sempre associar o movimento de um corpo a um


referencial.
Tarefa -1:
1. Suponha que um carro esteja parado em um semáforo que se encontra 0,5 km
a direita de um posto de gasolina. Ele começa a se mover em linha reta
(afastando-se do posto) e depois de algum tempo esta a 3 km do semáforo.
a) Quais são as posições iniciais e final em relação ao semáforo? E em relação ao
posto de gasolina?
b) Qual e o seu deslocamento em relação ao semáforo? E em relação ao posto?

Solução:
a) Em relação ao semáforo a posição inicial e xis = 0 m e a posição final e xfs = 3
km.
Já em relação ao posto de gasolina a posição inicial e xip = 0,5 km e a posição
final é xfp = 3,5 km.
b) Com os valores das posições iniciais e finais, em relação ao semáforo e em
relação ao posto de gasolina, podem ser calculados os respectivos
deslocamentos. Usando a expressão que:

Tarefa -2
2. Um aluno, sentado na carteira da sala, observa os colegas, também sentados
nas respectivas carteiras, bem como um mosca que voa perseguindo o professor
que fiscaliza a prova da turma.
Das alternativas abaixo, a única que retrata uma análise correta do aluno é:
a) A velocidade de todos os meus colegas é nula para todo observador na
superfície da Terra.
b) Eu estou em repouso em relação aos meus colegas, mas nós estamos em
movimento em relação a todo observador na superfície da Terra.
c) Como não há repouso absoluto, não há nenhum referencial em relação ao qual
nós, alunos, estejamos em repouso.
d) A velocidade do mosca é a mesma, tanto em relação ao meus colegas, quanto
em relação ao professor.
e) Mesmo para o professor, que não pára de andar pela sala, seria possível
achar um referencial em relação ao qual ele estivesse em repouso.

Soluções:
1 Alternativa e.

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Trajectória de um móvel.

Trajetória é o nome dado ao percurso realizado por um determinado corpo no


espaço, com base a um referencial pré-definido.
Ou seja, É o caminho determinado por uma sucessão de pontos, por onde o móvel
passa em relação a um certo referencial.

Consideremos um móvel que esteja em movimento para um dado


referencial. Portanto, a posição desse móvel, em relação ao referencial,
altera-se no decorrer do tempo.
Se unirmos as sucessivas posições do móvel por uma linha contínua,
obteremos a trajetória descrita pelo móvel para o referencial adotado.
Na figura abaixo, P1, P2, P3, ... representam as sucessivas posições ocupadas
pelo móvel, correspondentes aos instantes t1, t2, t3, ... A curva obtida com a união
das sucessivas posições ocupadas pelo móvel é denominada trajetória.

Na figura abaixo, notamos que a caixa em queda pode apresentar 2 trajetórias,


dependendo do referencial.
Por exemplo, se tomarmos o piloto do avião como referencial, a trajetória da caixa
será retilínea.
Ora, o avião e a caixa estavam acoplados, quando ela foi solta, continuaram a se
mover com mesma velocidade.
Assim, toda vez que o piloto olhar para baixo, a caixa estará na mesma direção do
avião, só que cada vez mais próxima do solo.
Tomando o jovem no solo como observador, a trajetória será uma parábola, pois
ele está parado, enquanto a caixa foi arremessada para a frente pelo avião e é
puxada para a terra pela gravidade.

PONTO MATERIAL E CORPO EXTENSO “Para o Prof.”


Um ponto é como chamamos um corpo ou objecto que estamos estudando.
Se as suas dimensões forem importantes para a questão, chamamos ele de corpo
extenso.

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Mas se, ao contrário, suas dimensões não influem no exercício, poderemos


desprezar suas medidas e chamamos esse corpo de ponto material.
Um carro viajando em uma estrada será tido como ponto material.
Um carro que tem de manobrar e estacionar entre dois outros é um corpo extenso;
TEMPO (t) “Para o Prof.”
O tempo é, na física, tido como um dos conceitos primitivos. Conceitos primitivos
na física são aqueles que não podem/ precisam de ser definidos.
O SI adota o segundo como unidade. Porém outras são comumente utilizadas:
1 min = 60 s
1 hora = 60 min = 3600 s
1 dia = 24h = 8640 s
INSTANTE E INTERVALO DE TEMPO (Δt) “Para o Prof.”
Instante de tempo é o valor do tempo no momento em que eu faço a pergunta. É
como se você perguntasse as horas para alguém na rua, ou perguntasse para o
seu colega que horas começou o jogo, ou que horas será a próxima aula de física.
O instante é determinado por uma quantidade que simbolizaremos por “t”.
Nos exercícios e física, chamamos sempre t0 o tempo em que o evento se iniciou.
É a origem dos tempos. Chamamos de t1 o evento de interesse que aconteceu
depois da origem dos tempos
Intervalo de tempo já representa a quantidade de tempo decorrida entre t0 e t1, e
é representado pelo símbolo Δt (delta t).
Logo: Δt = t1 - t0
Por exemplo: Um carro iniciou viagem ás 12:00 hrs e chegou no destino ás 17:00
hrs. Então, o t0 = 12:00 hrs, t1 = 17:00 hrs e Δt = 17 – 12= 5 hrs.

O deslocamento e distancia percorrida;

DESLOCAMENTO (Δs) é a grandeza que determina a posição de um móvel numa


determinada trajectória, a partir de uma origem arbitrária (origem dos espaços).
Chama – se deslocamento de um corpo ao segmento de recta orientado que
une a posição inicial do corpo a sua posição final.

As unidades de espaço são: cm, m, km, etc.


O símbolo de espaço é “s”.

Δs= s1 - s0

Por exemplo:

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Na figura, temos uma trajetória dada pela linha vermelha, com origem dos
espaços e sentido para a direita. Assim, o espaço do carro no instante t=2s é 3 m,
enquanto no instante inicial t0 o seu espaço é -2m.
Nota: nem sempre t0 estará na origem dos espaços!

O deslocamento já é a variação dos espaços, e é representado pelo símbolo Δs.


Por exemplo, o deslocamento do móvel do instante t0=1s e t1=2s é:
Δs= s1-s0= 3 – 0 = 3 m. Já o deslocamento do instante t0 = 0 a t1 = 3 será:
Δs= s1-s0 = 6 - (-2) = 8 m
Vemos que, se a posição inicial e a final coincidirem, como em uma volta em uma
pista circular, o deslocamento será zero.
Se a partícula se mover no sentido da trajetória, s 1 será maior que s0 e Δs será
positivo.
Se mover-se em sentido contrário, s1 será menor que s0 e o Δs, negativo.
Tarefa -3
3. Um móvel parte do km 50, indo até o km 60, onde, mudando o sentido do
movimento, vai até o km 32. O deslocamento escalar e a distância efetivamente
percorrida são, respectivamente:
a) 28 km e 28 km d) -18 km e 18 km
b) 18 km e 38 km e) 38 km e 18 km
c) -18 km e 38 km

Soluções:
Alternativa c.
O deslocamento escalar corresponde ao espaço percorridos, dado por:

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DISTANCIA PERCORRIDA

Enquanto no deslocamento consideramos a posição final menos inicial, para


calcularmos a distância percorrida nos preocupamos com a trajetória.
Veja a figura abaixo:

Considere sA = 0 km e sB = 30 Km

Diferentemente do deslocamento, que bastaria saber a posição final e subtrair da


inicial, para definirmos a distância precisaremos levar em conta as tortuosidades
da trajectória.
No caso, o valor da distância percorrida é 50km, enquanto o deslocamento é
apenas 30 km.

Outro exemplo:
Neste segundo caso, o deslocamento da partícula seria: Δs= s1 - s0 = 3 - (-2) = 5.
Já a distância percorrida seria: |Δs| = |s ida| + |s volta |= | 6 – (-2) | + |6 - 3 | = 11.
As barras verticais indicam que, se o resultado da operação for negativo, trocarei o
sinal para positivo.
Em suma, na distância percorrida não me preocupo com o sentido da trajetória,
considero todos os valores como positivos.
A distância percorrida é uma grandeza escalar, enquanto o deslocamento é
vetorial.

Exemplo: Considere que um avião voe 500 km de oeste para leste em linha reta e
em seguida 300 km de leste para oeste.
A distância total Dt percorrida pelo avião foi:

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Já O deslocamento resultante do avião, no entanto, e o segmento OW, que


corresponde a variação de sua posição ao final do trajeto (ele saiu do ponto O e
chegou ao ponto W). Seu modulo e:

Como o deslocamento e uma grandeza vetorial, devemos especificar além de seu


módulo, sua direcção e sentido. O deslocamento do avião foi então 200 km do
ponto O ao ponto W.

Tarefa

1. Considere que um avião se desloque 900 km do Sul para o norte em linha reta.
Em seguida ele retorna para o mesmo ponto de partida saindo do Norte a sul.
a) Qual o deslocamento resultante do avião?
b) Qual e a distância total percorrida?

a) O deslocamento do avião é igual à variação de sua posição no trajecto


∆𝑆 = 𝑆2 − 𝑆1 = 900𝑘𝑚 − 900𝑘𝑚 = 0 , pois ele sai de um ponto e retorna a esse
mesmo ponto, tendo um deslocamento nulo.
b) A distância total percorrida é igual a 𝑑 = 𝑑1 + 𝑑2 = 900𝑘𝑚 + 900𝑘𝑚 = 1800𝑘𝑚,
pois é a soma da distância percorrida na ida mais a distância percorrida na volta.

GRANDEZAS VETORIAIS E ESCALARES “Para o Prof.:”:

Grandezas escalares são aquelas descritas por um número e unidade.

As grandezas vetoriais são representadas por vetores.

Vetores são entidades matemáticas que possuem MÓDULO, DIREÇÃO E


SENTIDO, utilizados na física para expressar as grandezas vetoriais. São
representados por um segmento de reta AB onde A representa a origem e B a
sua extremidade.

Exemplo: A velocidade de um avião a jato e de 900 km/h do sul para o norte. O


deslocamento de um aluno dentro da sala de aula foi de 3,2 m da porta para o
fundo da sala.

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Todos esses exemplos são de grandezas vetoriais, nos quais se especificam uma
intensidade ou módulo (900 km/h e 3,2 m), uma direção (sul-norte, porta-fundo
da sala) e um sentido (de sul para norte, da porta para o fundo da sala).

Conversão de unidades
Toda equação científica deve possuir uma coerência dimensional, ou seja, deve-
se operar com essas equações mantendo uma coerência com as unidades das
grandezas envolvidas.
Você pode somar, subtrair, multiplicar ou dividir unidades, desde que elas sejam
correspondentes – não faz sentido somar laranjas com macas, e isso também e
valido para as grandezas físicas.
Você somara dois ou mais termos de uma equação somente se eles possuírem a
mesma unidade, e o mesmo vale para operações com multiplicação, divisão etc.
Exemplo1: a) Coloca-se em um recipiente três quantidades diferentes de água:
10l, 500 ml e 47ml.
Qual será a quantidade final em litros?
Somando essas quantidades obtemos: 10 l + 500 ml + 47 ml
10 l + 547 m l
Como 1 ml = 10-3 l
547 ml = 0,547 l.
Então: 10 l+0,547 l = 10,547 l

Exemplo2: Para converter de km/h para m/s temos de achar o factor de


conversão. No caso 1 km/h = 1,000 m/3.600 s = 0,28 m/s. Logo, um carro
andando a 100 km/h teria uma velocidade em m/s dada por 100 × (1 km/h) = 100
× (0,28 m/s) = 28 m/s.
Sabe-se que 1 mi = 1,61 km ou 1 km = 0,62 mi. A conversão e mais simples: 100
× (1 km/h) = 100 × (0,62 mi/h) = 62 mi/h. Sim, seria multado, pois estaria andando
a 161 km/h.

Movimento dos Corpos

Quando falamos em quantidade de movimento, estamos falando de quanto


movimento há. Em um caminhão, há mais movimento do que em um carro com a
mesma velocidade, simplesmente porque há mais matéria em movimento. Por
isso, a quantidade de movimento é massa multiplicada pela velocidade.
q=m.v

Onde: q é quantidade de movimentos; m é a massa do corpo e v a velocidade

MOVIMENTO E REPOUSO

Dizemos que um corpo está em movimento quando a sua posição muda com o
passar do tempo, para um dado referencial.

Dizemos que um corpo esta em repouso quando assume sempre a mesma


posição com o passar do tempo.

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O estado de repouso ou movimento de um corpo depende do referencial ou


sistema de referência.
O que nos leva a afirmar o seguinte:

 Um corpo pode estar em movimento em relação a um determinado


referencial, mas pode estar em repouso relativamente a outro referencial;
 Um corpo está em movimento, relativamente a um dado referencial, se a
sua posição variar ao longo do tempo;
 Um corpo esta em repouso, relativamente a um dado referencial, se a sua
posição não variar ao longo do tempo;
Para descrever o movimento de um corpo temos de escolher um referencial e é
relativamente a este que observamos a posição do corpo ao longo do tempo.

Exemplos: Leia com atenção a tira da Turma da Mônica mostrada abaixo e


analise as afirmativas que se seguem, considerando os princípios da Mecânica
Clássica.

I. Cascão encontra-se em movimento em relação ao skate e também em relação


ao amigo Cebolinha.
II. Cascão encontra-se em repouso em relação ao skate, mas em movimento em
relação ao amigo Cebolinha.
III. Em relação a um referencial fixo fora da Terra, Cascão jamais pode estar em
repouso.
Estão corretas:
a) apenas I
b) I e II
c) I e III
d) II e III
e) I, II e III
R.: LETRA D

TIPOS DE MOVIMENTO:

Acelerado, Retardado e Uniforme

Sabemos que um objecto qualquer, seja um carro, um avião, ou uma pessoa,


podem estar em repouso ou em movimento, de acordo com o seu referencial.

Aprendemos que a trajectória pode ser rectilínea, curvilínea ou mista.


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Conforme a trajectória, os movimentos dos corpos dividem – se em rectilíneos e


curvilíneos.

Independentemente da sua trajectória, os movimentos dividem – se em


uniformes e variados.

Quando ele está em movimento, ele pode se mover sempre com velocidade
constante ou pode variar a sua velocidade, aumentando - a ou diminuindo.

Movimento Uniforme é aquele cuja velocidade nunca varia, ela se mantem


constante e diferente de zero (se for zero é repouso, não movimento).

Isso significa que não existe aceleração nesse movimento! Ou seja;

Movimento Rectilíneo Uniforme é aquele que um corpo realiza ao longo de uma


trajectória rectilínea, percorrendo distâncias iguais em intervalos de tempo iguais.

A imagem abaixo mostra bem o que acontece: ocorrem sempre as mesmas


variações de espaço por cada segundo!

Agora, precisamos atentar que o movimento uniforme serve para qualquer tipo
de trajetória, tanto retilínea como curvilínea.

Sendo assim, teremos basicamente dois tipos de movimento uniforme: o retilíneo


(cuja sigla é MRU- movimento retilíneo uniforme) e o curvilíneo (MCU- movimento
curvilíneo uniforme).

Ambos apresentarão velocidades constantes, por serem uniformes. Vamos


trabalhar cada um separadamente

Para determinar a posição de um corpo em qualquer instante no MRU é


necessário recorrer a seguinte formula:
∆𝑋 𝑋−𝑋𝑜
𝑉= = → ∆𝑋 = 𝑣∆𝑡 → 𝑋 − 𝑋0 = 𝑣(𝑡 − 𝑡0 ) ↔ 𝑿 = 𝑿𝟎 + 𝑽𝒙𝒕
∆𝑡 𝑡−𝑡0

A velocidade

A velocidade é uma grandeza física que caracteriza a rapidez do movimento de


𝑺
um corpo. 𝑽 = 𝒕 (m/s) ou seja

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É uma grandeza igual a razão entre o deslocamento do corpo e o tempo em que


esse se desloca.

O deslocamento pode ser caracterizado pela equação: 𝒔 = 𝒗 𝒙 𝒕

Uma vez que se s e v.t são iguais, as suas projecções no eixo x também são
iguais, o que nos permite determinar a coordenada do corpo em qualquer instante.
Sabendo que: 𝑿 = 𝑿𝟎 + 𝑺𝒙 , temos: 𝑿 = 𝑿𝟎 + 𝑽𝒙𝒕.
Esta equação mostra que no movimento rectilíneo uniforme, a coordenada da
posição do corpo depende linearmente do tempo.

y Sx = x – x0
S X = x0 + Sx
sy 𝑿 = 𝑿𝟎 + 𝑽𝒙𝒕
y0 sx

x0 x
Exercicios
1. Dois automóveis partem simultaneamente de uma bomba de gasolina e
seguem por uma estrada que vai de Oeste a Este, um com a velocidade de
60 Km/h e outro a 90 Km/h. Determina a posição dos automóveis, e a
distancia entre eles, 30 minutos depois da sua partida, se:
a) Ambos se movem no mesmo sentido.
b) Ambos se movem em sentidos contrários.
2. Dada a equação do movimento de um corpo, x = 20 + 10t. Determina:
a) A sua posição inicial do corpo e a sua velocidade.
b) O deslocamento realizado do primeiro ao quarto segundo.
3. Um automobilista viajando a 30 Km/h, percorre metade do trajecto, a partir
do ponto de origem, em 2 h. A que velocidade deve continuar o movimento
se no mesmo tempo tiver de terminar o percurso e regressar ao ponto de
origem?

VELOCIDADE MÉDIA E INSTANTÂNEA

A velocidade é a razão entre o deslocamento de corpo e o intervalo de tempo


durante o qual ele se deslocou.
𝑺 𝑺
E definida por: 𝑽 = = ; A unidade no S.I é m/s (metros / segundo).
∆𝒕 𝒕𝟐 − 𝒕𝟏

Contudo, km/h é comumente utilizado também. Eventualmente, a questão pode


misturar dados com unidades diferentes.
Logo, precisamos saber converter essas duas
unidades entre si:
𝐾𝑚 3600 𝑠
= 1000𝑚 = 3,6

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1h = 60min x 60 s = 3600 s

A velocidade média é a distância em média, percorrida por um corpo num certo


intervalo de tempo.
∆𝑆
𝑉𝑚 =
∆𝑡
Essa velocidade média pode assumir ainda valores positivos e negativos.

Se o movimento se dá no sentido da trajetória, a variação dos espaços será


positiva e, consequentemente, a velocidade também.
Chamamos isso de movimento progressivo.
Se o móvel se desloca contra a trajetória, teremos velocidade negativa e o
movimento será retrogrado:

Exemplo:
Um carro partiu às 6 horas da manhã de uma cidade situada no km 10 de uma
rodovia. Continuando a viagem, o carro chegou às 10 horas da manhã na outra
cidade, que está no km 250.
Assim, podemos dizer que o deslocamento do veículo foi de 240 km (250km -
10km), durante um intervalo de tempo de 4 horas (10h - 6h).
Dessa forma, podemos afirmar que, em média, a variação do espaço foi de:
∆𝑆 (250𝐾𝑚−10𝐾𝑚) 240𝐾𝑚
𝑉𝑚 = ∆𝑡 = (10ℎ−6ℎ) = 4ℎ = 60𝐾𝑚/ℎ
∆𝑠
∆𝑡 =
∆𝑉
Isso não significa que o carro percorreu necessariamente 60 km em cada hora
(Vm=60km/h). Obviamente, ele não manteve o mesmo valor de velocidade toda a
viagem.
Pode ser que ele tenha percorrido 80km na primeira hora, 50 km na segunda, 40
km na terceira, 70 km na quarta. Por isso, dizemos que percorreu, em média, 60
km em cada hora.

Velocidade Instantânea é aquela que é determinada em um instante de tempo


durante o movimento.
A velocidade instantânea é a derivada da posição em relação ao tempo.
𝑺
𝑽 = 𝒕 (m/s)

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Tarefa -4
1.Numa pista atlética retangular de lados a = 160 m e b = 60 m, um atleta corre
com velocidade de módulo constante v = 5 m/s, no sentido horário, conforme
mostrado na figura.
Em t = 0 s, o atleta encontra - se no ponto A. O módulo do deslocamento do atleta,
após 60 s de corrida, em metros, é:
a) 100 d) 10 000 b) 220 e) 18 000 c) 300

Soluções:
Alternativa c.
Se v = 5 m/s, após 60 s o atleta terá percorrido:
△ 𝑠 = 𝑣.△ 𝑡 ⇒△ 𝑠 = 5.60 = 300𝑚;
𝐾𝑚 3,6
𝑉𝐻 = 3,6 = = 1,0𝑚/𝑠;
ℎ 3,6
30𝑚 30𝑚
𝑉𝐴 = = = 0,50𝑚/𝑠;
𝑚𝑖𝑛 60𝑠
60𝑐𝑚
𝑉𝐼 = = 0,60𝑚/𝑠;
𝑠
𝑙𝑜𝑔𝑜: 𝑉𝐻 > 𝑉𝐼 > 𝑉𝐴
Velocidade escalar média ou velocidade de percurso

Relembrando, a velocidade media não depende da distância total percorrida, mas


do deslocamento de um corpo que se moveu ao longo de uma trajetória.
Se um corpo se desloca 10 m de A a B e em seguida retorna, fazendo o caminho de B a
A, o seu deslocamento resultante é igual a zero e, portanto, sua velocidade media é nula.

Velocidade escalar média ou velocidade de percurso é a razão entre a


distância total percorrida por um corpo e o intervalo de tempo durante o qual ele
se deslocou.
∆𝑑
Então: 𝑉𝑒 = ∆𝑡

Se o corpo se desloca 10 m de A a B em 2s e em seguida 10 m de B a A em 3s,


sua velocidade média é nula (pois o deslocamento é zero), mas sua
velocidade escalar média é 4,0 m/s, pois:
∆𝑑 10𝑚 + 10𝑚
𝑉𝑒 = = = 4,0𝑚/𝑠
∆𝑡 5𝑠

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Rapidez Média é uma grandeza escalar, determinada pelo comprimento da


trajectória que o corpo percorre em média por unidade de tempo.
𝑋1 + 𝑋𝑛
(Um): 𝑈𝑚 = 𝑡1 + 𝑡𝑛
(m/s)
Se a direcção e o sentido do movimento não variam, a rapidez media coincide com o
módulo do vector deslocamento.

A aceleração.

Aceleração é a variação das velocidades instantâneas ocorrida por unidade de


tempo, para um dado intervalo.

ACELERAÇÃO MÉDIA E INSTANTANEA


Aceleração média é a razão entre a variação de velocidade Δv de uma partícula e
o intervalo de tempo Δt durante o qual a variação ocorre.
∆𝑽
Logo: 𝒂𝒎 = ∆𝒕

Sua unidade, no SI, é m/s², mas também pode aparecer km/h²

Por exemplo:

Um automóvel move-se sobre uma estrada de modo que ao meio dia (t1 = 12h)
sua velocidade escalar é v1 = 60 km/h e às duas horas da tarde (t2 = 14h) sua
velocidade escalar é v2 = 90 km/h.

No caso, percebemos que a velocidade variou, como esperado em uma viagem.


Isso significa que há aceleração, que é dada pela variação da velocidade (v2 - v1 =
90 – 60 = 30) pela variação do intervalo de tempo (t2 - t1 = 14h - 12h = 2h), e seu
valor é 15km/h2 (30/2).
Neste caso vimos um movimento em que a velocidade aumenta com o tempo.
Logo, a aceleração é positiva e temos um movimento acelerado.

17
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Mais um exemplo:
Perceba que o carro está reduzindo a velocidade. Isto também é aceleração, pois
varia a velocidade, só que teremos agora uma aceleração negativa. Imagine que
passaram - se duas horas de A até C.

Assim, a aceleração no intervalo AC será: 20km/h – 60km/h / 2 hrs = - 20km/h²

O sinal negativo da aceleração indica que o carro está freando, e ela está
trabalhando contra a velocidade. Temos então um movimento retardado.
Se os sinais da velocidade e da aceleração de uma partícula são iguais, a
velocidade escalar da partícula aumenta. Se os sinais são opostos, a velocidade
escalar diminui.

Nota:
Quando: a > 0 aumento de velocidade ou seja movimento acelerado;
Para ser acelerado, a velocidade e a aceleração devem ter o mesmo sinal!
Quando: a < 0 redução da velocidade ou seja movimento retardado.
Para ser retardado, velocidade e aceleração devem ter sinais contrários!

Dicas:
O acelerômetro é um instrumento de medidas que calcula a intensidade de aceleração de
um corpo. Atualmente ele é muito utilizado em videogames onde o movimento dos controles
interage com os jogos. Também é utilizado em telefones celulares, como podemos ver
abaixo para um jogo de corrida.

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Tarefa -5
Um passageiro anotou, a cada minuto, a velocidade indicada pelo velocímetro do
táxi em que viajava; o resultado foi 12 km/h, 18 km/h, 24 km/h e 30 km/h. Pode-se
afirmar que:
a) O movimento do carro é uniforme;
b) A aceleração média do carro é de 6 km/h, por minuto;
c) O movimento do carro é retardado;
d) A aceleração do carro é 6 km/h2;
e) A aceleração do carro é 0,1 km/h, por segundo.

Solução
Alternativa b.
A aceleração do carro é de:
∆𝑣 18−12 24−18 30−24
𝑎= = = = = 6 𝐾𝑚/ℎ por minuto
∆𝑡 1𝑚𝑖𝑛 1𝑚𝑖𝑛 1𝑚𝑖𝑛

Exercícios

1. Dois moveis A e B percorrem a mesma trajectória e seus espaços são


medidos a partir de uma origem comum. Suas funções horarias, para S em
metros e t em segundos, são: SA = 10 + 2t e SB = 40 – 4t.
Determine:
a) O instante do encontro;
b) A posição do encontro:

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Subtema 2 - Movimentos Rectilíneos

Objectivo geral:
 Caracterizar os movimentos rectilíneos uniformes e variados.

Conteúdos:
 Movimento rectilíneo e uniforme;
 Movimento rectilíneo e variado;
 Representação de gráficos;
 Interpretação de gráficos.

M.R.U.- MOVIMENTO RETILINEO UNIFORME


MRU é aquele em que o corpo sofre deslocamentos iguais em intervalos de
tempos iguais.

MRU é um movimento uniforme quando a velocidade é constante, cuja trajectória


é uma reta.

Lembrando ainda que o MRU pode ser progressivo quando é para frente a favor
da trajetória ou retrogrado quando é para trás, contra o sentido da trajetória.

Onde o progressivo apresenta velocidade positiva e o retrogrado, apresenta


velocidade negativa.

Não confunda com posição negativa! Se o móvel vai da posição -5 para -2, ele é
progressivo! Apesar de estar na parte negativa da trajetória, ele está caminhando
para a origem, “para frente”!

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Movimento Rectilíneo e Variado


Tal como dissemos anteriormente, de uma forma geral, na vida quotidiana, os
movimentos não são uniformes.
Movimento Rectilíneo Não Uniforme ou Variado é aquele que se realiza em
uma trajetória retilínea e que a velocidade varia com o decorrer do tempo.
Movimento Rectilíneo Uniformemente Variado é quando o corpo se move ao
longo de uma trajectória rectilínea e a velocidade vária uniformemente no decorrer
do tempo.
Possui as seguintes características:
∆𝑽 𝑽𝟏 −𝑽𝟐
 Aceleração constante e diferente de zero. 𝒂 = =
∆𝒕 𝒕𝟏 −𝒕𝟐

 O módulo da velocidade vária de modo uniforme ou seja:


∆𝑡1 = ∆𝑡2 ∆𝑉1 = ∆𝑉2
Função da Velocidade
Como temos a velocidade variável no MRUV. Temos uma equação que determina
a velocidade do corpo em qualquer instante de tempo (t):
Partindo da definição da aceleração: ∆𝑉 𝑉1 − 𝑉2
= 𝑎=
∆𝑡 𝑡1 − 𝑡2
Aplicando as observações descritas acima, temos: 𝑉1 − 𝑉0
𝑎=
𝑡1 − 0
Simplificando a expressão, temos que: 𝑎. 𝑡 = 𝑉 − 𝑉0
Isolando a velocidade v, fica: 𝑉0 + 𝑎. 𝑡 = 𝑉
Portanto a Função da velocidade no MRUV é dada por: 𝑉 = 𝑉0 + 𝑎. 𝑡
Esta expressão é chamada de equação horária das velocidades de um MRUV.
𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂. 𝒕
Onde:
v = velocidade instantânea (m/s);
v0 = velocidade inicial (m/s);
a = aceleração do movimento (m/s2); - Aceleração Constante
t = instante de tempo (s).
No MUV quando a velocidade e a aceleração têm mesmo sinal (ambas são
positivas ou ambas são negativas) o movimento é dito acelerado.
Quando a velocidade e a aceleração possuem sinais diferentes, o movimento é
retardado.

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IMPORTANTE: só com a aceleração não consigo dizer se o movimento é


acelerado ou retardado, preciso de saber o sentido do vetor velocidade também!
Contudo, se souber se a velocidade diminui ou aumenta com o passar do tempo,
posso classifica-la como acelerada ou retardada, respectivamente.

Às vezes é necessário mudar de unidades. De gramas para quilogramas, de


quilômetros para metros e assim por diante. Isso é fundamental para
compararmos coisas que estão medidas em diferentes unidades. Na Física uma
das coisas importantes é saber passar de km/h para m/s e de m/s para km/h.
Tente responder:

Qual carro está correndo mais: um que está a 25 m/s ou outro que corre a 60
km/h?
Fazendo as contas.
Sabemos que:
1 km = 1.000 metros
1 h = 3.600 segundos
Então:
60 km = 60.000 metros
60 km/h = 60.000 ÷ 3.600 m/s
Calculando, temos: 16,7 m/s, ou seja, o segundo carro corre menos.

ATENÇÃO: uma unidade de velocidade bastante utilizada em nosso dia-a-dia é o


quilômetro por hora (Km/h).
Podemos transformar velocidades em m/s para Km/h ou vice-versa observando as
seguintes condições:
Km/h para m/s basta dividir a velocidade dada em Km/h por 3,6
m/s para Km/h basta multiplicar a velocidade em Km/h por 3,6
1) Transforme 20m/s em Km/h: 2) Transforme 108Km/h em m/s:
108
20 x 3,6 = 72 Km/h = 30m/s
3,6
EXERCÍCIOS MRV
1. Um móvel realiza um MRUV e a sua velocidade vária com o decorrer do
tempo com a função: v = - 20 + 4t. Determine:
a) A velocidade inicial e à aceleração escalar; R: V0 = -20m/s
b) Sua velocidade no instante t = 4 s; R: V = -20 + 4 x 4 = -4 m/s
c) O instante em que atingirá a velocidade de 20 m/s; R: v = -20+4x10 = 20

22
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Vamos substituir v pelo seu valor (20) na função horária da velocidade: v =


𝟒𝟎
-20+4t = 20 = -20 + 4t » 20+20 = 4t » 40 = 4t » 𝒕 = = 𝟏𝟎 ⟹
𝟒
𝑽𝟏 − 𝑽𝟎
𝒕=
𝒂
d) O instante em que ocorrerá a inversão no sentido do movimento.
20
R: v = - 20 + 4t » 0 = - 20 + 4t » 20 = 4t » 𝑡 = = 5 » v = -20 + 4 x 5 = 0
4

GRÁFICO DA VELOCIDADE, ACELERAÇÃO E S X T NO M.R.U.V.

Passemos a analisar os gráficos do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado.


Gráficos da Velocidade em Função do Tempo (v x t)
No caso do MRUV a função da velocidade é:
v = vo + a.t
Observamos que a função é do 1º grau, portanto o gráfico será uma reta
crescente ou decrescente.

Gráficos da Aceleração em Função do Tempo (a x t)


No MRUV a aceleração é constante, e, portanto, o gráfico será uma reta paralela
ao eixo t.

Função Horária da Posição


Fornece a posição em que o corpo (em M.R.U.V.) se encontra para um dado
instante de tempo qualquer.
A posição para um móvel em MRUV têm função horária:

𝟏
𝑿 = 𝑿𝟎 + 𝑽𝒐 . 𝒕 + . 𝒂 . 𝒕𝟐
𝟐
Onde: s = posição final (m);

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s0 = posição inicial (m);


v0 = velocidade inicial (m/s);
a = aceleração (m/s2); - aceleração deve ser constante!
t = instante de tempo (s).
Nota: Cálculo do deslocamento quando não há tempo
𝑣 2 + 𝑣02
𝑆=
2. 𝑎
Exercício
1. Um avião para descolar precisa atingir uma velocidade de 180 Km/h. Se o
movimento do avião decorrer com uma aceleração constante de 2,5 m/s 2
calcule o deslocamento efectuado na pista.
Dados
𝑣0 = 0; 𝑣1 = 180 𝐾𝑚/ℎ = 50 𝑚/𝑠; 𝑎 = 2,5𝑚/𝑠 2 ; 𝑠 =?

Resolução
𝑣 2 − 𝑣02 50𝑚/𝑠 − 0
𝑠= = = 500𝑚
2. 𝑎 2.2,5𝑚/𝑠 2
Exercícios
1. Um corpo desloca-se sobre uma trajetória retilínea (com aceleração
constante), obedecendo à função horária s = 65 + 2.t.(– 3).t2 (no S.I.).
Determine:
a) A sua posição inicial, sua velocidade inicial e a sua aceleração;
𝟏 𝟏
R.: s0 = 65m; v0 = 2m/s; 𝟐 . 𝒂. 𝒕𝟐 → 𝟐 . 𝒂 = −𝟑 → 𝟏. 𝒂 = (−𝟑). 𝟐 → 𝒂 = −𝟔 𝒎/𝒔𝟐
a = -6 m/s2
b) A função horária da velocidade: Do item anterior, temos: v = v0 + a.t
v0 = 2m/s a = - 6 m/s2
c) O instante em que o corpo passa pela origem das posições (s = 0m).
s = 0m
s = 65 + 2t - 3t2
0 = 65 + 2t - 3t2 equação do 2º grau para resolvê-la devemos utilizar a
Fórmula de Bháskara
Para deixá-la na forma geral:
3t2 - 2t - 65 = 0 aplicando a fórmula de Bháskara:
a = 3 b = - 2 c = - 65
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −(−2) ± √(−2)2 − 4.3. (−65) 2 + 28
t= ⟹t= ⟹𝑡=
2𝑎 2.3 6
⟹ 𝑡 = 5𝑠
d) A posição do corpo instante de 10s.
s = 65 + 2.t - 3 t2 ⟹ s = 65 + 2.10 - 3. (10)2⟹ s = 65 + 20 - 3.100 ⟹ s = - 215
m

24
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2. Um corpo desloca-se sobre uma trajetória retilínea (com aceleração


constante), obedecendo à função horária s = 40 – 2.t + 2.t2 (no S.I.).
Determine:
a) a sua posição inicial, sua velocidade inicial e a sua aceleração;
R.: s0 = 40m
v0 = - 2m/s
a = 4m/s2

b) a função horária da velocidade: v = - 2 + 4.t


c) o instante em que o corpo passa pela posição 52m; t = 3s
d) a posição do corpo no instante de 20s. s = 800m
3. É dado o movimento cujo espaço s, varia em função do tempo conforme: s
𝑡2
= 10 – 2t + 2 . Determine:
a) O espaço, a velocidade inicial e a aceleração;
b) A função horária da velocidade em relação ao tempo;
c) O instante em que muda de sentido nessa velocidade;
d) O espaço neste instante.
Resolução:
a) s0 = 10 m; v0 = - 2 m/s; a = 1 m/s2
b) v = - 2 m/s + t
c) v = −2 + t ⟹ 0 = −2 + t ⟹ t = 2

22 4 4
d) s = 10 – 2.2 + ⇒ s = 10 − 4 + ⟹ s= 6+ ⇒ s= 8m
2 2 2

4. Dois moveis (1 e 2), que circulam na mesma via em sentidos opostos,


obedecendo as seguintes funções horarias:
S1 = −10 + 20𝑡 𝑒 S2 = 15 + 5𝑡 + 2𝑡 2 . Determine:

a) Em que instantes eles se cruzam?


b) Nas posições onde elas sem cruzam?
Resolução:
a) Para determinar os instantes, deve-se igualar as duas funções: S1 = S2 ,
logo: −10 + 20𝑡 = 15 + 5𝑡 + 2𝑡 2 ⇒ 2𝑡 2 − 15𝑡 + 25 = 0 sendo, a = 2; b = 15
e c = 25 teremos:

−𝑏±√𝑏 2 −4𝑎𝑐 15±√152 −4.2.25


𝑡= ⇒𝑡=
2𝑎 2.2
15 ± √225 − 200 15 ± √25 15 ± 5
⇒𝑡= ⇒𝑡= ⇒𝑡=
4 4 4
15 ± 5 15 − 5 15 + 5
⇒𝑡= ⇒ 𝑡1 = ⇒ 𝑡1 = 2,5𝑠 𝑒 𝑡2 = ⇒ 𝑡2 = 5𝑠
4 4 4
Pode-se perceber que os moveis cruzam-se duas vezes nos instantes 2,5 s e 5 s.

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b) Para se determinar as posições onde se cruzam é necessário substituir os tempos


em uma das funções dadas:

S1 = −10 + 20.5 ⇒ S1 = −10 + 100 ⇒ S1 = 90𝑚


Ou
S1 = −10 + 20.2,5 ⇒ S1 = −10 + 50 ⇒ S1 = 40𝑚
S2 = 15 + 5.2,5 + 2. 2,52 ⇒ S2 = 15 + 12,5 + 12,5 = 40𝑚
Ou
= 15 + 5.5 + 2. 52 ⇒ S2 = 15 + 25 + 50 = 90𝑚

ATENÇÃO: em Física, intervalos de tempo com valores negativos não tem


sentido. Isso acontece devido ao facto de que, sendo negativos, esses tempos
representariam valores que ocorreram antes do início do movimento, o que é
incoerente. Por exemplo, para o problema acima, o valor de t’’ indicaria que o
corpo passou pela posição inicial 4,3 segundos ANTES de começar a se
movimentar, o que é incoerente.

Equação de Torricelli
Relaciona a velocidade com o deslocamento:
Temos até agora duas funções que nos permitem saber a posição do móvel e a
sua velocidade em relação ao tempo. Torna-se útil encontrar uma equação que
possibilite conhecer a velocidade de um móvel sem saber o tempo.
A equação de Torricelli relaciona a velocidade com o espaço percorrido pelo
móvel. É obtida eliminando o tempo entre as funções horárias da posição e da
𝒂.𝒕𝟐
velocidade. 𝒔 = 𝒔𝟎 + 𝒗. 𝒕 . (𝟏) ; 𝒗 = 𝒗𝟎 + 𝒂. 𝒕 (𝟐)
𝟐

Isolando o tempo “t” na segunda equação e substituindo na primeira, vem:


𝑣−𝑣0 𝒗 − 𝒗𝟎 𝟏 𝒗 – 𝒗𝟎 𝟐
De (2): 𝑡 = Substituindo em (1) 𝒔 = 𝒔𝟎 + 𝒗𝟎 . ( ) + 𝟐 . 𝒂. ( )
𝑎 𝒂 𝒂

𝒗𝒗𝟎 − 𝒗𝟐𝟎 𝟏 𝒗𝟐 − 𝟐𝒗𝒗𝟎 + 𝒗𝟐𝟎


𝒔 = 𝒔𝟎 + + ( )
𝒂 𝟐 𝒂
Reduzindo ao mesmo denominador:
𝟐𝒂(𝑺 − 𝑺𝟎 ) = 𝟐𝒗𝟎 𝒗 − 𝟐𝒗𝟐𝟎 + 𝒗𝟐 − 𝟐𝒗𝒗𝟎 + 𝒗𝟐𝟎 ⟹ 𝟐𝒂(𝑺 − 𝑺𝟎 ) = −𝒗𝟐𝟎 + 𝒗𝟐
⟹ 𝒗𝟐 = 𝒗𝟐𝟎 + 𝟐𝒂(𝑺 − 𝑺𝟎 ) 𝒎𝒂𝒔 ∆𝑺 = 𝑺 − 𝑺𝟎 𝐬𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐬𝐬𝐢𝐦: 𝒗𝟐 = 𝒗𝟐𝟎 + 𝟐. 𝒂. ∆𝒔
A equação conhecida como Equação de Torricelli, fornece a velocidade v (x) de
um corpo que se move com aceleração constante em qualquer posição x,
conhecida sua posição inicial s0 e sua velocidade inicial v0.
No MRUV, como a aceleração é constante, a aceleração média será igual a
instantânea, logo: a = am

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Exercícios
1. Uma bicicleta tem velocidade inicial de 4m/s e adquire uma aceleração
constante de 1,8 m/s2. Qual é a sua velocidade após percorrer uma distância de
50m?
DADOS:
V0 = 4m/s v2 = v02 + 2.a.∆s v2 = 196
a = 1,8m/s2 v2 = 42 + 2.(1,8).50 v = √196
∆s = 50m v2 = 16 + 180 v = 14m/s
v=?
2. Um carro corre a uma velocidade de 20m/s. Quando freado, pára
totalmente após percorrer 50m. Calcule a aceleração introduzida pelos freios do
carro.

V0 = 20 m/s parado (v = 0 m/s)

DADOS:
∆s = 50m
v0 = 20m/s v2 = v02 + 2.a. ∆s
v = 0m/s - PARADO! 02 = (20)2 + 2.a.50
a = ??? 0 = 400 + 100.a
∆s = 50m - a = 4 x (-1) »
400
- a = 100

-100.a = 400
a = - 4m/s2 é negativa pois faz a velocidade diminuir no
decorrer do tempo.
3. Um carro a 90 Km/h é freado uniformemente com a aceleração em módulo
de 2,5 m/s2 até parar. Determine a variação do espaço desde o inicio da frenagem
até a paragem.
DADOS: Resolução:
V0 = 90 Km/h = 25 m/s v = v02 + 2a∆s ⇒
2

a = - 2,5 m/s2 0 = 252 − 2.2,5. ∆s ⇒


252
∆s =? ∆s = ⇒ ∆s = 125m
5

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Gráfico S x t no M.R.U.V.
𝒂.𝒕𝟐
Para o MRUV temos que 𝒔 = 𝒔𝟎 + 𝒗. 𝒕 . . Como esta é uma função do 2º grau
𝟐

em t, o gráfico correspondente será uma parábola.

PROPRIEDADES DO DIAGRAMA:
1. O diagrama horário de um MRUV resulta sempre numa parábola, a qual
pode apresentar sua concavidade voltada para cima ou para baixo:

O facto de a concavidade ser voltada para cima ou para baixo depende de o sinal
da aceleração ser positivo ou negativo.
2. No diagrama horário, quando a curva se apresenta ascendente, a
velocidade é positiva; quando descendente, a velocidade é negativa. Nos
vértices das parábolas, as velocidades se anulam.

A 2ª propriedade é que de uma maneira não muito simples, pode-se calcular


velocidades através de tangentes, da mesma forma que já foi visto no M.U.. A
demonstração disso você verá quando cursar a universidade e poderá utilizar esse
fato quando conhecer um pouco de limites e derivadas que será dado no curso de
Matemática. Que pode ser acelerado ou retardado.

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Representação de gráficos

GRÁFICO VxT

Podemos representar o M.R.U. graficamente de duas formas. A primeira, mais


fácil e óbvia, é o gráfico velocidade por tempo. Ora, sabemos que a velocidade
dos movimentos uniformes é constante. Logo, teremos essa forma de gráfico:

Sabendo que pode ser progressivo (v>0) ou retrogrado (v<0), teremos:

Um dado interessante é que a área sobre o gráfico é equivalente à distância


percorrida:

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FUNÇÃO HORARIA – GRAFICO SxT

Essa é a segunda forma de se representar, agora em um gráfico posição por


tempo.
Então como construir um gráfico em função da posição? Simples, basta
transformar a nossa clássica fórmula:

Percebam q ela é igual à função de 1° grau da matemática, y=a x + b, com “s”


equivalendo a “y”, “v” igual a “a”, “t” a “x” e “s”.

Logo, já podemos inferir que a reta sempre corta o eixo das ordenadas no ponto
“So”. Além disso, se o movimento for progressivo, teremos V>0 e o gráfico fica
positivo.
Quando o movimento for retrogrado, teremos v<0, e o gráfico fica negativo. Veja
os exemplos adiante:
Exemplo de função horaria. Se o móvel não sair da origem dos espaços, a reta
não sai do ponto (0,0) do gráfico, mas vai cortar o eixo das abscissas no ponto da
posição inicial
A seguir, exemplo de movimento progressivo (gráfico da esquerda) e retrogrado
(gráfico da direita)

Lançamento Vertical e Queda Livre

O que difere o lançamento vertical da queda livre é o facto de a velocidade inicial


no lançamento vertical ser diferente de zero.
No caso da queda livre só poderemos ter movimentos no sentido de cima para
baixo, no caso do lançamento vertical poderemos ter movimentos em ambos os
sentidos, ou seja, de cima para baixo ou de baixo para cima.

Queda Livre
O Movimento de Queda Livre é caracterizado pelo abandono de um corpo a uma
certa altura em relação ao solo.
Analisemos a seguinte situação:
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Aceleração da gravidade é uma grandeza vetorial, com as seguintes


características:
Módulo: g 9,8 m/s2;
Direção: Vertical;
Sentido: Orientado para o centro da Terra
Lançamento Vertical
É caracterizado pelo lançamento vertical para cima ou para baixo de um corpo
com velocidade diferente de zero. Este movimento é afetado pela aceleração da
gravidade, ou seja, é um movimento retilíneo uniformemente variado e obedece
todas as equações do MRUV. (V = v0 + a.t; S = S0 + V0.t + ½.a.t2;).
O que sei do lançamento vertical para cima?
As equações que descrevem os movimentos verticais são as mesmas que foram
apresentadas para o MRUV, devido à presença da aceleração da gravidade.
Portanto as equações que regem esses movimentos são:

Queda Livre Lançamento Vertical


𝑣 = 𝑔. 𝑡 𝑣 = 𝑣0 + 𝑔. 𝑡
1 1
𝑠 = 𝑔. 𝑡 2 𝑠 = 𝑠0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2 2
𝑣 2 = 2. 𝑔. ∆𝑆 𝑣 2 = 𝑣0 2 2. 𝑔. ∆𝑆
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Equações

Equação da velocidade; horaria das posições; De Torricelli; as mesmas que


MRUV (V2 = v02 + 2aS);

Tempo de subida:
(Como na subida o corpo estará sendo freado, devemos considerar a aceleração negativa e
substituiremos g pelo seu valor, agora negativo: g = - 10m/s2)
𝑽
𝑻𝑺 = 𝒈𝟎
Onde:
TS = Tempo de subida
V0 = Velocidade inicial
g = Aceleração da gravidade

Altura máxima:
𝒗𝟐
𝑯 = 𝟐𝒈𝟎
Onde:
𝑯 = Altura máxima
𝒗𝟐𝟎 = Quadrado da Velocidade inicial
𝟐𝒈 = Dobro da Aceleração da gravidade

Tempo de queda:

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𝟐𝑯
𝑻𝒒 = √ 𝒈
Exercícios

1. Um corpo é abandonado do alto de uma torre de 12m de altura em relação


ao solo. Desprezando a resistência do ar e admitindo g = 10m/s2, pedem-se:

a) O tempo gasto para atingir o solo.


b) A velocidade ao atingir o solo.
Dados
h = 12m
g = 10m/s2
Tq=?
V=?

2. Uma pedra é abandonada do topo de um prédio e gasta exatamente 5s


para atingir o solo. Qual a altura do prédio? Considere g = 10m/s2.

3. Um corpo inicialmente em repouso é largado de uma altura igual a 45m e


cai livremente. Se a resistência do ar é desprezível, qual o seu tempo total
de queda?

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Vocabulário
1. Referencial – Corpo ou ponto que serve de referência no estudo do
movimento de outo corpo. O facto de se considerar um corpo em repouso
ou em movimento depende do referencial escolhido.

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2. Trajectória – Conjunto de posições ocupadas por um corpo, ao longo do


tempo, no referencial escolhido.
3. Deslocamento – Medida do segmento de recta que une a posição inicial
ocupada pelo corpo com a sua posição final.
4. Rapidez Média – Grandeza escalar determinada pelo comprimento da
trajectória que o corpo percorre em média por unidade de tempo. No
Sistema Internacional de Unidades (S.I), exprime – se em m/s ou ms-1.
5. Velocidade – Grandeza vectorial caracterizada por direção, sentido e um
valor numérico. No Sistema Internacional de Unidades (SI), exprime – se
em m/s ou ms-1.
6. Velocidade Média – Grandeza que é calculada pelo quociente entre a
distância percorrida sobre a trajectória e o intervalo de tempo que demora a
percorre-la. No Sistema Internacional de Unidades (SI), exprime – se em
m/s ou ms-1.
7. Movimento Rectilíneo – Quando este se desloca segundo uma trajectória
rectilínea.
8. Movimento Uniforme – Quando a velocidade é constante ao longo do
tempo.
9. Movimento Acelerado – Quando a velocidade aumenta ao longo do
tempo.
10. Movimento Retardado - Quando a velocidade diminui ao longo do tempo.
11. Aceleração Média – Grandeza física que mede a rapidez com que a
velocidade varia num dado intervalo de tempo. No Sistema Internacional de
Unidades (SI), exprime – se em m/s2 ou ms-2.
12. Aceleração – Grandeza física vectorial caracterizada por uma direcção, um
sentido e um valor numérico.
13. Queda Livre – Quando um corpo é somente deixado cair ou é lançado na
vertical e, se se considerar que a resistência do ar é desprezada, os corpos
ficam sujeitos apenas à força gravítica. Por este motivo, estes corpos são
chamados de graves e o seu movimento é designado por queda livre,
independentemente de o corpo estar a cair ou a subir.

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Mapa de Conceitos
É definido a partir de REFENCIAL
MOVIMENTO
um
Descrito
pelas
grandeza
s físicas

Distancia Velocidade (v) e velocidade


𝑠
percorrida (s) média (Vm) 𝑉𝑚 = ∆𝑡

Pode
ser

Constante Variável

existe

Movimento Uniforme Aceleração (a) e


aceleração média (am)
∆𝑣
𝑎𝑚 =
∆𝑡

∆𝑣 = 0 𝑚/𝑠
𝑎 = 0 𝑚/𝑠 2

Movimento Movimento
acelerado retardado

O valor da O valor da
velocidade aumenta velocidade diminui

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