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Índice

1. Introdução ................................................................................................................................ 1

1.1 Objectivo Geral ................................................................................................................ 1

1.2 Objectivos Específicos ..................................................................................................... 1

2. Variação da Velocidade de Motores de Indução Trifásicos .................................................... 2

2.1 Inversor frequência ........................................................................................................... 2

2.1.1 Curvas Características ............................................................................................... 3

2.1.2 Modos de controlo .................................................................................................... 4

3. Conclusão ................................................................................................................................ 7

4. Bibliografia .............................................................................................................................. 8
1. INTRODUÇÃO
O motor elétrico, mais utilizado atualmente na prática, é o motor de indução trifásico de rotor em
gaiola de esquilo. Esta situação deve-se ao facto da maioria dos sistemas catuais de distribuição
de energia elétrica serem em corrente alternada. A sua larga utilização é justificada pela sua
robustez (não existem partes que se desgastam facilmente, tais como comutador e escovas), pelo
seu baixo custo, pouca necessidade de manutenção e ainda, pela possibilidade de utilização em
qualquer tipo de aplicação, incluindo ambientes hostis, ambientes explosivos, ambientes com
poeiras, aplicações navais.
Portanto Neste presente trabalho pretendemos fazer abordagens referente ao controle de
velocidade de motores de indução trifásicos por meio do inversor de frequência, por tanto desde
que os primeiros motores surgiram os projetistas percebiam a necessidade de controlar a sua
velocidade, no entanto várias técnicas foram utilizadas ao longo dos anos e tiveram glória, com a
evolução da eletrónica de potência e a fácil integração com outros dispositivos, criou-se o
inversor de frequência que é um dispositivo eletrónico muito fundamental na indústria no quilo
que se refere ao controle de motores de indução trifásicos.
No entanto no controle de motores de indução trifásicos são adotados dois tipos de inversores
que são escalar e vetorial, contudo a principal diferença entre esses

1.1 Objectivo Geral


 Conhecer o controlo de velocidade por meio de inversor de frequência

1.2 Objectivos Específicos


 Explicar o método de controlo escalar do inversor de frequência
 Caracterizar o controlo escalar do inversor de frequência
 Apresentar as técnicas usadas na variação de velocidade de um motor controlado por
inversor de frequência
 Apresentar o performance do motor controlado por inversor de frequência perante as
cargas.

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2. VARIAÇÃO DA VELOCIDADE DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS
A variação de números de rotações de um MIT para uma determinada carga pode ser obtida
atuando-se nos seguintes fatores:
 Frequência de rede;
 Número de par de polos;
 Valor eficaz da tensão estatórica;
 Resistência rotórica (rotor bobinado).
Tendo em vista que a frequência da rede é constante e que o número de par de polos de cada
motor ser invariável, com exceção dos motores Dahlander, a maneira mais simples e eficiente
que temos atualmente para variarmos a velocidade dos motores de indução trifásicos é através do
controle do valor eficaz ou da frequência da tensão estentórica. Para tanto pode-se utilizar
dispositivos eletrônicos de acionamento, tais como os inversores de frequência.

2.1 Inversor frequência


Inversores de frequência são dispositivos destinados ao controle e variação da velocidade de
motores, são utilizados em indústrias de diversos segmentos, pois além da facilidade de
aplicação, possuem flexibilidade de controlo de velocidade sem grande perda de torque do
motor, aceleração suave através de programação, frenagem direta no motor sem a necessidade de
freios mecânicos, além de diversas formas de controlo. Seu funcionamento está baseado no
recebimento da tensão da rede elétrica e processamento dessa tensão através dos seguintes
blocos:
 Retificador: formado por ponte de díodo ou SCR´s.
é o bloco responsável pela retificação da tensão, transformando a tensão alternada da
rede em tensão continua.
 Link CC (filtro): responsável pela regulação da tensão retificada e armazenamento
através de bancos de Capacitores.
 Inversor: formado por transístores IGBT, é responsável pela inversão da tensão continua
em um sinal alternado com tensão e frequência variáveis.

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Figura 1: Esquema elétrico dos componentes de um inversor de frequência
Fonte: WEG 2008

2.1.1 Curvas Características


Com a utilização do inversor de frequência as curvas características de binário, potência e
corrente do motor alteram-se. Isto porque passamos a controlar a frequência e a tensão aplicada
ao motor de indução. Quando pretendemos um binário constante, para diferentes velocidades do
motor, temos de variar a tensão de forma proporcional à variação da frequência de forma a
manter o fluxo constante. A variação da tensão e da frequência é linear até atingirmos a tensão
nominal do motor como podemos verificar na figura 2.
Acima da tensão nominal variamos apenas a frequência aplicada ao enrolamento do estator
[WEG, 2008].

Figura 2: Curva representativa da tensão em função da frequência


Fonte: [WEG, 2008].

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Acima da frequência nominal existe uma área, a qual designamos como enfraquecimento de
campo, uma vez que o fluxo diminui devido ao aumento da frequência que não pode ser
acompanhado com o aumento da tensão, o que provoca também uma diminuição do binário. A
curva característica de binário em função da frequência está representada na figura 3

Figura 3: Curva características de binário em função da frequência


Fonte: FRANCHI, C. M.
Da figura 4 verificamos que, o binário permanece constante até atingirmos a frequência nominal
e acima desta o binário começa a diminuir gradualmente. A potência de saída do inversor de
frequência aumenta linearmente até atingirmos a frequência nominal, seguindo a variação da
relação entre a tensão e a frequência, permanecendo constante acima da frequência nominal
como podemos observar na figura 5

Figura 4: Curva característica da potência de saída do


inversor de frequência
Fonte: FRANCHI, C. M.

2.1.2 Modos de controlo


Basicamente existem dois tipos de controlo dos inversores eletrônicos: o escalar e o vetorial.

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2.1.2.1 Inversor de Controlo escalar
O controlo escalar tem como principal característica, a relação entre o valor eficaz da tensão e a
sua frequência constante, ou seja, sempre que se altera um dos fatores o outro também é alterado
de forma proporcional, a fim de manter a relação Volts/Hertz sempre constante.
Percebe-se através da equação (4), que alterando-se o valor eficaz da tensão e frequência de
modo proporcional, o fluxo magnetizante se mantém, mantendo assim o torque do motor. Esse
tipo de controlo é realizado em malha aberta e a precisão da velocidade é em função do
escorregamento do motor.

Equação 4: fluxo magnéctico


Fonte: FRANCHI, C. M.
É aplicado em sistemas que não requerem controlos dinâmicos e precisão de torque e velocidade.
É recomendado para aplicações onde há necessidade de ligação de diversos motores em um
único inversor. O controlo escalar não é recomendado para aplicações que requerem baixas
velocidades, pois a queda de tensão em baixas frequências é alta, e afeta significativamente a
magnitude da corrente de produção de fluxo. Alguns inversores possuem funções especiais como
Boost de partida, compensação de escorregamento, torque extra de partida e outros. Mesmo com
as limitações em baixas frequências, esse controle é largamente utilizado devido a simplicidade e
custo benefício, pois na maioria das aplicações não requer alta precisão e rapidez no controle da
velocidade.

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Figura 6: Variação da tensão Versus Frequência com corrente constante
Fonte: FRANCHI, C. M.

2.1.2.2 Características do controlo Escalar


 Menor custo se comparador ao controle vetorial;
 É utilizado em aplicações onde não requer alta precisão no controle do torque e da
velocidade;
 Precisão na faixa de 0,5% da rotação nominal sem que a carga seja variada, e de 3% a 5%
em caso de variação na carga;
 O controlo é realizado em malha aberta, ou seja, sem leitura da velocidade através de
sensor;
 A precisão da velocidade é em função do escorregamento.

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3. CONCLUSÃO
Terminada a realização do trabalho é de salientar que o mesmo desenvolvido em torno de um
sistema que permite fazer o controlo da velocidade do motor de indução trifásico, muito
particularmente utilizando um inversor de frequência comandados a partir de um autómato. O
arranque eletrónico através do inversor de frequência permitiu além da redução da corrente de
arranque do motor, uma maior eficiência energética, um arranque suave e ainda, um melhor
controlo do binário de arranque. Considera-se ainda que, o inversor de frequência ao permitir o
controlo da frequência aplicada ao motor, facilita de forma relativamente simples, realizar o
controlo de velocidade do motor de indução. Considera-se este trabalho finalizado para todos os
objetivos proposto no início.

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4. BIBLIOGRAFIA
1. Almeida, Ferreira e Both A. (2005). Technical and Economical Considerations to Improve the
Penetration of Variable Speed Drives for Electric Motor Systems; IEEE Transactions on Industry
Applications; January/February.
2. Cabrita C. M. P. Cabrita; (1997) Eletrónica de Potência II; Edição de autor; Departamento de
Engenharia Eletromecânica UBI; Covilhã.
3. Cabrita C. M. P. Cabrita; (1992) Motores Elétricos Industriais; Edição do autor; Secção de
Máquinas Elétricas e Eletrónica de Potência I.S.T.
4. Camargo e Rezek R. Camargo, A. J. J. Rezek; (2008) Desempenho de Motores de Indução
Trifásicos Alimentados por Inversores de Frequência; INDUSCON – VIII Conferência
Internacional de Aplicações Industriais; Poços de Caldas.
5. Franchi e Camargo C. M. Franchi, V. A. Camargo; (1994), Controladores Lógicos
Programáveis – Sistemas Discretos; Editora Érica 2ª Edição.

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