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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO

CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA/ELETRÔNICA


DISCIPLINA: ELETRÔNICA INDUSTRIAL
PROFESSOR: BIANCA AZEVEDO SALGADO
8º PERÍODO

INVERSORES DE
FREQUÊNCIA -
VETORIAL

FABIO JOSE RODRIGUES DA SILVA JUNIOR 20170055

GABRIEL SOARES SANTIAGO 18270021

MARIA EDUARDA DA SILVA SÁ 20170042

PEDRO HENRIQUE CARVALHO MAGALDI 13270091

Resende 2023
1. INTRODUÇÃO
O inversor de frequência é um dispositivo eletrônico utilizado para controlar a
velocidade de motores elétricos. Ele converte a energia elétrica de corrente alternada (CA)
para corrente contínua (CC) e, em seguida, volta a converter para CA com frequência
variável, permitindo o controle preciso da velocidade do motor.

O inversor de frequência vetorial, também conhecido como controle vetorial de


campo (V/Hz) ou controle vetorial sem sensor, é uma variação avançada do inversor de
frequência convencional. Ele oferece um controle mais preciso sobre o motor elétrico,
especialmente em termos de velocidade, torque e resposta dinâmica.

2. FUNCIONAMENTO
O inversor de frequência vetorial é um dispositivo sofisticado utilizado para o
controle da velocidade e torque de motores elétricos. Seu funcionamento se baseia na
manipulação independente da amplitude e frequência da alimentação elétrica fornecida ao
motor, conferindo-lhe uma capacidade notável de regulação precisa. Esse método vetorial
possibilita um controle refinado das grandezas elétricas, indo além do que é alcançado por
inversores de frequência convencionais.

A técnica vetorial, ao isolar e regular de maneira independente tanto a corrente


quanto a tensão do motor, propicia um desempenho superior em termos de eficiência e
precisão. Esse controle refinado é particularmente vantajoso em cenários industriais, onde
a automação demanda uma resposta ágil e ajustes precisos na operação do motor. Ao
otimizar o fluxo de energia para o motor de maneira tão precisa, o inversor de frequência
vetorial se destaca como uma solução avançada para aplicações exigentes que
demandam precisão e eficiência energética.

O controle independente no inversor de frequência vetorial é alcançado por meio de


algoritmos complexos que manipulam a corrente e a tensão do motor de maneira
separada. A técnica vetorial exige uma compreensão detalhada da posição do rotor do
motor, que é obtida através de sensores ou algoritmos de estimativa.

Para controlar a corrente, o inversor utiliza informações sobre a posição do rotor


para gerar uma corrente magnética no enrolamento do motor, chamada de corrente
magnetizante. Simultaneamente, o inversor ajusta a amplitude e a frequência da tensão
aplicada ao motor para criar um campo magnético rotativo, resultando em torque. Esse
controle preciso da corrente e tensão permite uma regulação refinada da velocidade e do
torque do motor.

Em essência, o inversor de frequência vetorial utiliza cálculos e feedback constante


para ajustar dinamicamente a corrente e a tensão, proporcionando um controle
independente que é essencial para aplicações que demandam precisão e eficiência
energética.

3. VANTAGENS E DESVANTAGENS
3.1. VANTAGENS DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA VETORIAL

Controle Preciso de velocidade e torque: inversor de frequência vetorial oferece


um controle mais preciso sobre a velocidade e o torque do motor, proporcionando um
desempenho superior em comparação com os inversores de frequência convencionais.

Melhor desempenho em baixas velocidades: é eficaz em manter um controle


estável e preciso em baixas velocidades, o que é útil em aplicações onde a operação em
velocidades reduzidas é necessária.

Resposta dinâmica aprimorada: o controle vetorial proporciona uma resposta


dinâmica rápida a mudanças na carga ou nas condições de operação, garantindo uma
regulação eficaz da velocidade do motor.

Operação sem sensor: muitos inversores de frequência vetoriais podem operar sem
a necessidade de sensores de posição do rotor, simplificando a instalação e manutenção.

Maior eficiência energética: a capacidade de controlar com precisão a velocidade


do motor permite um uso mais eficiente de energia, contribuindo para a economia de
energia elétrica.

3.2. DESVANTAGENS DO INVERSOR DE FREQUÊNCIA VETORIAL:

Complexidade de configuração: em comparação com os inversores de frequência


convencionais, os inversores de frequência vetoriais podem ser mais complexos de
configurar e ajustar, exigindo um conhecimento mais aprofundado.

Custo: geralmente, os inversores de frequência vetoriais tendem a ser mais caros


do que os inversores de frequência convencionais, o que pode ser um fator limitante em
algumas aplicações.

Manutenção mais complexa: a manutenção de inversores de frequência vetoriais


pode ser mais complexa devido à sua tecnologia avançada, exigindo pessoal qualificado e
treinado.

Requisitos de monitoramento: em algumas aplicações, pode ser necessário um


monitoramento mais rigoroso para garantir um desempenho ótimo, o que pode adicionar
complexidade ao sistema.

Sensibilidade a distúrbios de rede: inversores de frequência vetoriais podem ser


mais sensíveis a distúrbios na rede elétrica, exigindo a implementação de medidas de
proteção adicionais.

4. APLICAÇÕES
O controle vetorial é recomendado em aplicações em que é necessário alta
performance dinâmica, respostas rápidas e alta precisão da regulação de velocidade.
Com este controle consegue-se trabalhar com torque preciso em uma extensa faixa de
operação, em especial onde-se é necessário manter o torque com baixas frequências. A
sua programação permite que a relação entre a tensão e a frequência utilizados sejam
alterados, diferentemente dos escalares que possuem essa relação inteiramente
constante. Está presente em processos que necessitam de uma precisão maior, como por
exemplo, elevadores, guinchos e máquinas operatrizes.

5. REALIZAR UMA SIMULAÇÃO UTILIZANDO O INVERSOR DE


FREQUÊNCIA

Figura 1: Inversor de frequência completo (entrada e saída).


Figura 2: Saída com os IGBTs.

Figura 3: Sistema de controle contruido por PWMs comparadores de onda triangular com senoidal.
6. CONCLUSÃO
Os inversores de frequência vetoriais apresentam vantagens significativas em
termos de controle preciso de velocidade e torque, desempenho em baixas velocidades,
resposta dinâmica aprimorada e eficiência energética. Essas características os tornam
ideais para aplicações industriais de alto desempenho, onde um controle preciso do motor
é essencial. Além disso, a capacidade de operação sem sensores simplifica a instalação
em alguns casos.

No entanto, é importante considerar as desvantagens, como a complexidade de


configuração, custo mais elevado e manutenção mais complexa. Esses fatores podem
influenciar a decisão de escolher um inversor de frequência vetorial em determinadas
situações.
REFERÊNCIAS
CRAVO, Edilson. Inversor de Frequência: Como Funciona, Tipos e Vantagens.
Disponível em:< https://blog.kalatec.com.br/inversor-de-frequencia/>.

Dimensional | A Sonepar Company. Quando usar inversor com controle escalar e


controle vetorial? Disponível em: <https://blog.dimensional.com.br/quando-se-usa-
inversor-com-controle-escalar-e-quando-se-usa-controle-vetorial/>.

[1] FRANCHI, C. M., Inversores de Frequência: Teoria e Aplicações, 2ª Edição, São


Paulo, Érica, 2009.

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