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Qual a diferença entre Soft Start e

Inversor de Frequência?
inversores de motor trifasico
 3 anos atrás

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by Wellingt...
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Soft start é um dispositivo eletrônico composto de pontes tiristorizadas (SCRs na
configuração antiparalelo acionadas por uma placa eletrônica, a fim de controlar a
corrente de partida de motores de corrente alternada trifásicos. Seu uso é comum em
bombas centrífugas, ventiladores, e motores de elevada potência cuja aplicação não
exija a variação de velocidade.

A soft-stater controla a tensão sobre o motor através do circuito de potência ,


constituido por seis SCRs, variando o ângulo de disparo dos mesmos e
consequentemente variando a tensão eficaz aplicada ao motor. Assim, pode-se controlar
a corrente de partida do motor, proporcionando uma "partida suave" (soft start em
inglês), de forma a não provocar quedas de tensão elétrica bruscas na rede de
alimentação, como ocorre em partidas diretas.

Costumam funcionar com a tecnologia chamada by-pass, a qual, após o motor partir e
receber toda a tensão da rede, liga-se um contator que substitui os módulos de tiristores,
evitando sobreaquecimento dos mesmos.

inversor de frequencia

O conversor de freqüência, também conhecidos como inversor de freqüência, são


dispositivos eletrônicos que convertem a tensão da rede alternada senoidal, em tensão
contínua de amplitude e freqüência constantes e finalmente converter esta última, em
uma tensão de amplitude e freqüência variáveis.

A denominação Inversor ou Conversor é bastante controversa, sendo que alguns


fabricantes utilizam Inversor e outros Conversor. Inerentemente ao projeto básico de um
Conversor de Freqüencia, teremos na entrada o bloco retificador, o circuito
intermediário composto de um banco de capacitores eletrolíticos e circuitos de filtragem
de alta freqüencia e finalmente o bloco inversor, ou seja, o inversor na verdade é um
bloco composto de transistores IGBT, dentro do conversor. Na indústria entretanto,
ambos os termos são imediatamente reconhecidos, fazendo alusão ao equipamento
eletrônico de potência que controla a velocidade ou torque de motores elétricos.

Eles são usados em motores elétricos de indução trifásicos para susbtituir os rústicos
sistemas de variação de velocidades mecânicos, tais como polias e variadores
hidráulicos, bem como os custosos motores de corrente contínua pelo conjunto motor
assíncrono e inversor, mais barato, de manutenção mais simples e reposição profusa.

Os conversores de frequência costumam também atuar como dispositivos de proteção


para os mais variados problemas de rede elétrica que se pode ocorrer, como
desbalanceamente entre fases, sobrecarga, queda de tensão, etc.

Normalmente, os conversores são montados em painéis elétricos, sendo um dispositivo


utilizado em larga escala na automação industrial. Podem trabalhar em interfaces com
computadores, centrais de comando, e conduzir, simultaneamente, dezenas de motores,
dependendo do porte e tecnologia do dispositivo.

Os conversores costumam ser dimensionados mais precisamente, pela corrente do


motor. O dimensionamento pela potência do motor pode também ser feita, entretanto, a
corrente é a principal grandeza elétrica limitante no dimensionamento. Importante
também notar outros aspectos da aplicação, durante o dimensionamento, como por
exemplo, demanda de torque (constante ou quadrático), precisão de controle, partidas e
frenagens bruscas ou em intervalos curtos ou muito longos, regime de trabalho, e outros
aspectos particulares de cada aplicação. Dentre os diversos fabricantes deste produto,
temos uma vasta coleção de catálogos e normas, que devem sempre ser consultados.

Quando o acionamento elétrico não exige variação da velocidade do motor, querendo-se


apenas uma partida mais suave, de forma que limite-se a corrente de partida evitando
assim quedas de tensão da rede de alimentação, costuma-se utilizar soft-starters.

Os conversores de Freqüencia tem uma vasta aplicação na indústria de máquinas e


processos em geral. Com a capacidade inerente de variar a velocidade de motores
elétricos trifásicos de Corrente Alternada, permitem a aos projetistas, desenvolver
máquinas que sem os mesmos, seriam praticamente impossíveis de serem fabricadas.

Os conversores de Freqüencia de última geração, não somente controlam a velocidade


do eixo de motores elétricos trifásicos de corrente alternada, como também, controlam
outros parâmetros inerentes ao motor elétrico, sendo que um deles, é o controle de
Torque.

Através da funcionalidade que os microprocessadores trouxeram, os conversores de


Freqüencia hoje, são dotados de poderosas CPUs ou placas de controle
microprocessadas, que possibilitam uma infindável variedade de métodos de controle,
expandindo e flexibilizando o uso dos mesmos. Cada fabricante consegue implementar
sua própria estratégia de controle, de modo a obter domínio total sobre o
comportamento do eixo do motor elétrico, permitindo em muitos casos que motores
elétricos trifásicos de corrente alternada, substituirem Servo Motores em muitas
aplicações. Os benefícios são diversos, como redução no custo de desenvolvimento,
custo dos sistemas de acionamento, custo de manutenção.

Muitos conversores hoje, são dotados de opcionais que permitem implementar técnicas
de controle de movimento, manipulação de vários eixos de acionamento,
Posicionamento e Sincronismo de Velocidade ou Sincronismo de Posição.

Modernas técnicas de chaveamento da forma de onda de tensão e também da frequência


aplicada sobre o estator do motor elétrico, permitem o controle com excelente precisão,
sobre o eixo do motor. Uma das técnicas mais conhecidas é o PWM ou "Pulse Width
Modulation". Tais técnicas são sempre aliadas ao modelamento matemático preciso do
motor elétrico. Os conversores de última geração, fazem medições precisas e
estimativas dos parâmetros elétricos do motor, de modo a obter os dados necessários
para o modelamento e consequente controle preciso do motor.

Os Conversores de Freqüencia, por serem dispositivos dotados comumente de uma


ponte retificadora trifásica a diodos, ou seja, tratam-se de cargas não lineares, geram
harmônicas. Os fabricantes de Conversores de Freqüencia disponibilizam filtros de
harmônicas, alguns já integrados ao produto, outros opcionais. Existem várias técnicas
para filtragem de harmônicas, que vão desde as mais simples e menos custosas, como
indutores na barra DC ou indutores nas entradas do conversor, antes da ponte
retificadora, passando pelos retificadores de 12 ou 18 diodos ou pulsos, utilizando
transformadores defasadores até chegar aos filtros ativos ou retificadores a IGBT, para
diminuição ou até mesmo eliminação das harmônicas tanto de corrente quanto de tensão
elétrica.

O termo conversor geralmente é utilizado em linguagem comercial, enquanto inversor,


já é uma linguagem técnica.

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