Você está na página 1de 19

UNIZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


Licenciatura em Engenharia Mecatrónica

TEMA IV: CONTOLE DE VELOCIDADE DOS MOTORES


ELÉCTRICOS

1. Controle de velocidade de motores eléctricos de corrente


contínua

2. Controle de velocidade de motores de Indução trifásico

Docente: Eng°. Orlando Guta


1
2.1. Introdução.
Em muitas aplicações industriais, velocidades variáveis ou
continuamente ajustáveis são necessárias. Exemplo: Controle de
bombeamento de agua, controle da velocidade das esteiras,…

Tradicionalmente os motores de corrente continua, sempre foram


utilizados em aplicações onde fosse necessário variar velocidade das
máquinas eléctrica.
Entretanto os motores de corrente continua são mais caros, requerem
mais manutenção, são proibitivos em ambientes agressivos. Por isso
passou-se a usar os motores de indução para essa tarefa.
2
2.2. Controle de velocidade de motores de
indução (assíncrono)
1.2.1. Equações matemáticas
120.𝑓𝑒𝑠𝑡
1. Velocidade síncrona: 𝑛𝑆 =
𝑃
𝑛𝑠 −𝑛𝑚
2. Escorregamento: 𝑆 =
𝑛𝑠
120.𝑓𝑒𝑠𝑡
3. Velocidade assíncrona: 𝑛𝑚 = (1 − 𝑆)
𝑃
4. Frequência no rotor: 𝑓𝑚 = 𝑆. 𝑓𝑒𝑠𝑡
3.𝑅2 .𝑉12
5. Característica mecânica: 𝑇𝑒𝑚 = 𝑅2 2
𝑆.𝑊𝑠 . 𝑅1 + + 𝑋1 +𝑋2 2
𝑆

3
2.2.2. Equação matemática (Cont.)

Conclusões da equação de controle de velocidade de motores de


indução
120.𝑓𝑒𝑠𝑡
𝑛𝑚 = (1 − 𝑆)
𝑃

1. A velocidade pode ser variada actuando sobre os seguintes


parâmetros:
• Frequência do estator (𝑓𝑒𝑠𝑡 )
• Número de pólos (P)
• Escorregamento (𝑆)
4
2.3. Métodos de controle de velocidade em
motores de indução
2.3.1. Variação de números de pólos (motores gaiola de esquilo)
• A variação da velocidade é discreta.
• Maior carcaça que motores de única velocidade.
• Reduzidas perdas.
• A velocidade do campo girante é alterado.

As formas de variar o número de pólos são:


1. Um enrolamento com comutação de pólos.
2. Enrolamentos separados.
5
2.3. Métodos de controle de velocidade (Cont.)
2.3.1.1. Um enrolamento com comutação de pólos
Este tipo de ligação implica uma relação de pólos par duas velocidades,
como exemplo temos os motores com ligação Dahlander, que
apresenta uma relação entre o número de pólos é de 2:1 que vai
implicar uma relação de velocidade de 1:2.
A forma como é feita a ligação dos enrolamentos vai depender da
relação entre os conjugados das duas rotações.
Exemplo: A relação entre os conjugados é constante (teremos uma
relação entre as potências de 0,63:1 cv). Ligação na figura
Exemplo: A relação entre os conjugados é variável na relação 1:2
(teremos o caso de potência constante). Ligação na figura
• Uma diminuição no n° de pólos, levará a um aumento de velocidade.
2.3. Métodos de controle de velocidade (Cont.)
2.3.1.1. Um enrolamento com comutação de pólos.
Resumo

7
2.3. Métodos de controle de velocidade (Cont.)
2.3.1.2. Enrolamentos separados
Este método apresenta a vantagem de se combinar dois enrolamentos
com qualquer número de pólos, (não há uma relação obrigatória)...

Nota: Pode haver casos com mais de duas velocidades.


Porém limitado pelo dimensionamento electromagnético do núcleo
(aumentando da carcaça)

8
2.3. Métodos de controle de velocidade (Cont.)
2.3.2. Variação do escorregamento
• A variação da velocidade é contínua.
• A velocidade do rotor é alterada de acordo com as condições exigidas pela
carga.
• Pequena faixa de variação de velocidade e acompanhada por perdas
rotóricas.
• A velocidade do campo girante é mantido constante.
• Relação entre velocidade do motor e o escorregamento…

As formas de variar o escorregamento são:


1. Variação da resistência rotórica (Motor de rotor bobinado).
2. Variação da tensão do estator.
9
2.3. Métodos de controle de velocidade (Cont.)
2.3.2.1. Variação da resistência rotórica
3. 𝑅2 . 𝐼22
𝑆=
𝑤𝑠 . 𝑇
• Há um aumento das perdas rotóricas com aumento da resistência.
• Assim a inserção de resistência no rotor, faz aumentar o
escorregamento, provacando uma diminuição de velocidade.

10
2.3. Métodos de controle de velocidade (Cont.)
2.3.2.1. Variação da resistência rotórica

Curva do Torque com variação de resistência rotórica

11
2.3. Métodos de controle de velocidade (Cont.)
2.3.2.2. Variação da tensão do estator .
𝐸2
*𝐸2 = 𝑆. 𝐸1 → 𝑆 =
𝐸1
• Pequena faixa de variação da velocidade.
• Assim um redução da tensão do estator faz aumentar o
escorregamento, consequentemente provoca uma diminuição da
velocidade.
• Abaixo de uma determinada tensão o motor pode parar.

Nota1: Pode-se usar simultaneamente os dois métodos.


Nota2: Esta forma de variar a velocidade é pouco usada por causa das
limitantes.
12
1.3. Métodos de controle de velocidade (Cont.)
1.3.2.2. Variação da tensão do estator
Considerando: 𝑉5 > 𝑉4 > 𝑉3 > 𝑉2 > 𝑉1

Curva do conjugado com a variação da tensão


13
1.3. Métodos de controle de velocidade (Cont.)

1.3.2.2. Variação da tensão do estator


A tensão do estator pode ser variada através de:
1. Inversor trifásico
2. Controlador CA trifásico

14
1.3. Métodos de controle de velocidade (Cont.)
120.𝑓𝑒𝑠𝑡
2.3.3. Variação da frequência do estator 𝑛𝑚 = (1 − 𝑆)
𝑃
Constitui actualmente o método mais atraente, em termos de controle
de velocidade dos MIT (tornando seu comportamento semelhante aos
motores de CC) isto, devido ao desenvolvimento acelerado da
electrónica de potência.
• Permite uma variação continua da velocidade.
• Altera a velocidade do campo girante.
• Pode ser feito variando a frequência com V= constante e/ou variando
∆𝑉
a frequência com a relação = 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑡. (𝑉 = 2𝜋𝑓𝑁𝜃)
∆𝑓

15
2.3.3. Variação da frequência do estator (Cont.)

16
2.3.3. Variação da frequência do estator (Cont.)

17
Conclusão
Dos métodos estudados para controle de velocidade de motores de
indução trifásico, percebe-se há métodos que permitem a variação
discreta da velocidade enquanto outros permitem a variação continua
da velocidade.
Há métodos que só podem ser usado em motores rotor em gaiola de
esquilo como por exemplo, o método de variação de números de polos
enquanto o método de variação da resistência rotórica só pode ser
usado em motores com rotores bobinados.
Actualmente o método que apresenta maiores vantagens na aplicação
é o de variação da frequência, através de conversores de frequência..

18
ESTUDO INDIVIDUAL
Inversor de frequência, principalmente no controle de
velocidade.

19

Você também pode gostar