Aula 3 - Inversor de Frequencia

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FREQUÊNCIA DE OPERAÇÃO DE MOTORES

FREQUÊNCIA NOMINAL (HZ)


É a frequência da rede para a qual o motor foi projetado

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TOLERÂNCIA DE VARIAÇÃO DE TENSÃO E FREQUÊNCIA
Conforme a norma NBR 7094,
o motor elétrico de indução
deve ser capaz de funcionar
de maneira satisfatória dentro
das possíveis combinações
das variações de tensão e
frequência classificados em
zona A ou zona B, conforme
figura seguinte;

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ZONA A
· O motor deverá desempenhar sua
função principal continuamente
(assegurar o seu conjugado nominal);
· O motor terá desvios em suas
características de desempenho à tensão e
frequências nominais (rendimento, fator
de potência, etc.);
· Haverá elevações de temperatura
superiores àquelas a tensão e frequência
nominais (podem exceder em
aproximadamente 10K (10°) os limites
especificados pela norma);
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ZONA B
· O motor deverá desempenhar sua
função principal (assegurar o seu
conjugado nominal);
· O motor terá desvios em suas
características de desempenho, à
tensão e frequência nominais,
superiores àqueles da zona A
· Existirá elevações de temperatura
superiores àquelas a tensão e
frequência nominais e superiores às da
zona “A”;
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O efeito aproximado da variação da tensão sobre as características do motor
está mostrado na tabela abaixo:

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O efeito aproximado da variação da frequência sobre as características do
motor está mostrado na tabela abaixo.

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LIGAÇÃO EM FREQUÊNCIAS DIFERENTES
Motores trifásicos bobinados para 50Hz poderão ser ligados também em
rede de 60Hz.
a) Ligando o motor de 50Hz, com a mesma tensão, em 60Hz:
· A potência do motor será a mesma;
· A corrente nominal é a mesma;
· A corrente de partida diminui em 17%;
· conjugado de partida diminui em 17%;
· conjugado máximo diminui em 17%;
· A velocidade nominal aumenta em 20%.

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b) Se alterar a tensão em proporção à frequência:
· Aumenta a potência do motor 20%;
· A corrente nominal é a mesma;
· A corrente de partida será aproximadamente a mesma;
· conjugado de partida será aproximadamente o mesmo;
· A rotação nominal aumenta 20%.

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REGULAÇÃO DE VELOCIDADE DE MOTORES ASSÍNCRONOS DE INDUÇÃO
INTRODUÇÃO
A relação entre velocidade, frequência, número de polos e escorregamento é
expressa.
120 × 𝑓 × 1 − 𝑠
𝜂=
𝑝
Onde: n – rotação (rpm);
f – frequência (hertz);
p – número de pólos;
s – escorregamento
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Analisando a fórmula, pode-se perceber que para regular a velocidade
de um motor
assíncrono, pode-se atuar nos seguintes parâmetros:
• p – número de polos;
• s – escorregamento;
• f – frequência da tensão (Hz).

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VARIAÇÃO DE NÚMEROS DE PÓLOS
A regulação de velocidade será discreta, sem perdas, porém, a carcaça
será maior do que a de um motor de velocidade única.
MOTORES DE DUAS VELOCIDADES COM ENROLAMENTOS POR
COMUTAÇÃO DE PÓLOS
O sistema mais comum que se apresenta é o denominado “ligação
Dahlander”. Esta ligação implica numa relação de polos de 1:2 com
consequente relação de rotação de 1:2.

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Podem ser ligados da seguinte forma:

· Conjugado constante:
O conjugado nas duas rotações é constante e a relação de potência é da ordem
de 0,63:1. Neste caso o motor tem uma ligação de Δ/YY.
Exemplo: Motor 0,63/1 cv – IV/II polos - Δ /YY.
Este caso se presta as aplicações cuja curva de torque da carga permanece
constante com a rotação.

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· Potência constante:
Neste caso, a relação de conjugado é 1:2 e a potência permanece
constante. O motor possui uma ligação YY/ Δ.
Exemplo: 10/10 cv – IV/II polos – YY/ Δ.

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· Conjugado variável
Neste caso, a relação de potência será de aproximadamente 1:4. É
muito aplicado às cargas como bombas, ventiladores. Sua ligação é
Y/YY.
Exemplo: 1/4 cv – IV-II pólos – Y/YY.

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VARIAÇÃO DO ESCORREGAMENTO
Neste caso, a velocidade do campo girante é mantida constante, e a
velocidade do rotor é alterada de acordo com as condições exigidas
pela carga, que podem ser:
· Variação da resistência rotórica;
· Variação da tensão do estator;
· Variação de ambas, simultaneamente.
Estas variações são conseguidas através do aumento das perdas
rotóricas, o que limita a utilização desse sistema.

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VARIAÇÃO DA FREQÜÊNCIA
Ao se variar a frequência da tensão do estator, está se variando a
velocidade do campo girante. Com isso pode-se variar a velocidade do
rotor, mantendo-se constante o escorregamento da máquina e,
portanto, as perdas podem ser otimizadas de acordo com as condições
da carga.

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Ao se variar a frequência de alimentação do motor CA, varia-se sua
velocidade síncrona, o que significa que todas as velocidades síncronas
variam desde f ≈ 0 até a máxima frequência do conversor.

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Teoricamente, existem duas faixas de atuação: uma com fluxo
constante, até a frequência nominal, e outra com enfraquecimento de
campo, correspondente àquela acima da frequência nominal, ou seja:

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CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO DE MOTORES COM CONTROLE DE
VELOCIDADE ATRAVÉS DE CONVERSORES DE FREQUÊNCIA
a) Operação em rotações abaixo da rotação obtida com a frequência nominal.
Geralmente até 50% da frequência nominal utiliza-se o fator k (de 0,7 à 1) de
redutor de potência ou se quiser, pode-se utilizar o fator de serviço e/ou o
aumento da classe de isolamento para manter o torque constante. Abaixo de
50% da frequência nominal, para manter-se o torque constante, geralmente
deve-se aumentar a relação V/f do conversor.
b) Operação em rotações acima da rotação obtida com a frequência nominal.
Neste caso, como o motor funcionará com enfraquecimento de campo, a
máxima velocidade estará limitada pelo torque máximo do motor e pela
máxima velocidade periférica das partes girantes do motor (ventilador, rotor
mancais).
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CONSIDERAÇÕES SOBRE A APLICAÇÃO DE MOTORES COM CONTROLE DE
VELOCIDADE ATRAVÉS DE CONVERSORES DE FREQUÊNCIA
c) Rendimento: como a tensão de alimentação não é senoidal, haverá
harmônicas que provocarão maiores perdas e consequente redução do
rendimento.
d) Ruído: variará sensivelmente em função da frequência e do conteúdo de
harmônicas do conversor.
e) Se um motor autoventilado trabalha com velocidade menor do que a
nominal, terá sua capacidade de refrigeração diminuída.
f) A tensão de saída dos conversores apresenta uma forma não
perfeitamente senoidal, o que implica em harmônicas de ordem superior,
que provocam um aumento de perdas no motor.
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CONVERSORES ESTÁTICOS DE FREQUÊNCIA
O mais eficiente método controle de velocidade de motores de indução
trifásicos, com menores perdas no dispositivo responsável pela variação
da velocidade, consiste na variação da frequência (f1) da fonte
alimentadora através de conversores de frequência, onde o motor pode
ser controlado de modo a prover um ajuste contínuo de velocidade e
conjugado com relação à carga mecânica.

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para o conjugado desenvolvido pelo motor assíncrono vale a seguinte
relação:

e que o fluxo depende da relação U1/f1,

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Para possibilitar a operação do motor com torque constante
para diferentes velocidades, deve-se fazer variar a tensão U1
(tensão no estator) proporcionalmente com a variação da
frequência f1 mantendo desta forma o fluxo constante.

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CONVERSOR REGULADOR INDIRETO – CONVERSORES COM
CIRCUITO INTERMEDIÁRIO
O conversor indireto é composto de um retificador (controlado ou não)
que produz uma tensão contínua, e um inversor que produz a partir
desta tensão contínua uma tensão alternada de frequência variável.
A formação da tensão de saída é completamente independente da rede
em termos de tensão e frequência.

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TÉCNICA DE TENSÃO IMPOSTA
Através de um conversor de frequência de tensão imposta, a tensão do
circuito intermediário CC (link DC) é imposta ao motor e a amplitude e o
ângulo de fase da corrente do motor dependerá da carga a ser acionada.
motor dependerá da carga a ser acionada.
Sendo necessário para este tipo de conversor a característica de se manter a
relação U/f constante, para se manter o fluxo de magnetização constante e
consequentemente o torque disponível no motor igual ao nominal para
qualquer rotação (conforme visto anteriormente), temos que a tensão deve
variar proporcionalmente com relação a frequência.

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Funcionamento geral de inversores
Um conversor de frequência com modulação por largura de pulsos
consiste basicamente dos seguintes blocos, conforme mostra a figura a
seguir:
I - Fonte de tensão contínua elaborada a partir de uma ponte
retificadora (diodos) alimentada por uma rede monofásica ou trifásica;
II - Filtro capacitivo (link DC);
III - Inversor constituído de transistores de potência;
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Circuito de Potência

AC DC AC
Ponte retificadora
A ponte retificadora de diodos transforma a tensão alternada de
entrada em uma tensão contínua que é filtrada por um banco de
capacitores.

DIODO

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Funcionamento
Ponte retificadora

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EXEMPLO

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Ponte não controlada na entrada que pode ser monofásica
ou trifásica dependendo do modelo do inversor.
+ Ud + Ud

REDE

- Ud - Ud

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O circuito de corrente contínua é chamado de CIRCUITO INTERMEDIÁRIO. Esta
tensão contínua alimenta uma ponte inversora formada por transistores de
potência.

(+)

CH1 CH3 CH5


T1
Link DC T2
T3
CH4 CH6 CH2

(-)

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Para formar um sistema de tensões trifásicas com um conversor, os
transistores são chaveados com sinais gerados externamente, por um
microcontrolador digital numa sequência pré-estabelecida, gerando uma
forma de onda retangular ou escalonada de um sistema trifásico, nos
terminais de saída CA.
Aumentando-se ou diminuindo-se a taxa de variação do chaveamento,
pode-se alterar a frequência do sistema trifásico gerado, inclusive
aumentando a frequência acima do valor da rede.

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Como é possível transformar uma tensão CC em tensão CA ?

+
Ud
T1
+
Ud
CH1

T1
CH4
- Ud

- Ud CH1
aberta CH4
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Sistema de modulação PWM ( Pulse Width Modulation )

portadora

Senóide de referência

Tensão média de saída

Forma de onda da saída

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VÍDEO

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tENSÃO

Tensão Corrente
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Características do controle de velocidade e torque
A variação U/f é feita
linearmente até a frequência
nominal do motor (50/60 Hz).

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Características do controle de velocidade e torque
Acima desta, a tensão que já é a nominal permanece constante e há então
apenas a variação da frequência que é aplicada ao enrolamento do estator.
Com isto determinamos uma área acima da frequência nominal que
chamamos região de enfraquecimento de campo, ou seja, uma região
onde o fluxo começa a decrescer e, portanto, o torque também começa a
diminuir.

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O conjugado será constante se o produto entre o fluxo e a
corrente rotórica for constante.

C = ke   m  I 2
Podemos considerar que I2 seja praticamente constante.
Assim devemos avaliar como se comporta o fluxo.

U U
m = k1  f  =K
f
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Assim a curva característica conjugado x velocidade do motor acionado
com conversor de frequência pode ser colocada da seguinte maneira:

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O conjugado permanece constante até a frequência nominal e, acima desta,
começa a decrescer. A potência de saída do conversor de frequência
comporta-se da mesma forma que a variação U/f, ou seja, cresce linearmente
até a frequência nominal e permanece constante acima desta.

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