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CIRCUITOS MAGNtTICOS
1. Introdução
força·-ma.gn.etomot:t:'iz e C:!."'iada
•?
p~!la cir~ulaçao
~~
Q • )
cop:tco como no c:aso das espiras de uma bo'IJ:lila#o
11
Em. Ot•T.T.'OS ~a,'30S a origem d.essa f emomo esta na estru
tura atÔmi.ca do mate:riaJ. 9 .-~e,mo no caso dos: imãs permanente., Nesse CJ!
Jt12:.Di\IJES
GRANCEZA s2.r~m~ RELAÇÕES
~'J o E. o :3o CoGoSo
força
'j arJpe:r·e- ·esp:.r o gilbert
lA= 0~4lL Gb
magrretom:::Jtr:.z [A) (Gb}
f'lux~ 8
R
~ ~·r~~f m:~:;;y~J1 lWb= 10 M
magn.e-'3.~e:') Vfb
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in.dução
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N'otag C:::Jmo I·= T{~ 1~2"-' dimensão~
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)t ·:=__::::._}:~ [ H/rt e a
l
~--~~
Et. J
[~H~
·- rq·2s
-3-
1.3 - SimplificaçÕes
H = 79 9 6 o 10 B
4 (6)
Às v~zes 7 além da relação (5) 9 conhece-se a função:
JJ..
/ :.(
=f (H )
i
(7)
, , ,
que tambem e dada sob a for.ma de tabelas ou gráf'icoo
- A I
2~5 - Obtençao da Relutancia Magnetica Rg
'i{ = fi (a)
u-S-J..
rx
2o6 .... EQuaçÕes básiaas dos circuitos magnétiaos
"
a) No caso de circuito elétrico a corrente elétrica (I) é
considerada como efeito e a :f'Ôrça eletromotriz (E) é considerada como
causa.. O suporte material para a passagem da corrente é o circuito ele
trico, que é caracterizado por sua resist~cia (R) ou sua condu~cia
(G)o
b) Para 1~ trecho do circuito elétricoj a relação entreaca~
g
sa e o ef'ei to gerEJ..mente e constante e expressa pela :,ei de Obn g
(v=Rrl
ou lr=GYj
c-) A resist~cia (R) e a condut~cia (G) podem ser tamb~ de
terminadas a partir da geometria (comprimento
s) e do material (resistiT.idadef ) 9 pela ex:pressãog
tas vezes so podem ser resolvidos por tentativas, a eles nao sendo
poss!vel aplicarem-se os métodos de superposição dos efeitos, válidos
..
sÕmente para si~ temas .].ineares o
f') Para circu.i tos elétricos dispomos de uma grande ·variedade
de materiais, .alguns dos quais cam ~esistividades tão baixas que se
medem em)JiLCLU.(como. o cobre para o.qual P= 1~78~.Ao..u.) e outras tão
1~ J 6
elevadas que se medem em. 10 :h. !"11'1 (como c epoxi~f=2,3~o10..t"L ,.,..,)o Isto
permite caracterizar perfeLtamente ·as classes de materiais condutores
e isolantes pois a relaçã~ entre as resistividades Chega a lo
24
o
CIRCUITO E!JtTRICO
nao
v E I J E 1
R G t Linear !Linear
J J
v W/q I I/S V /m V/I I/ V J I~
VOLT
v
Joule
Coul.
J I c
.Amp~re ilmE~re2
A
metro
A /m
2
Volt Obm
metro
V;1ri. .n
Siemem
s
ilmE~re
volt.m
A/V .. m
:;
I r·/
1
é
1
E
R.-=v·-s
CIRCUITO MAG~TICO
J . J p B B
:r dW
~ d~ B
a:"
v[·!H·J
dS Q <P J H
llmp.
Tesla IAmE~re llmp~re
Joule we-oer Weber
Espira Weber .. }L
Weber tnetro metro llmpere llmpam
I ·.···H
J A A Wb Wb
A W6 Wb T
m W5 A :iLm ~=;cs
i 1
.
3.5 -Leis de Kirchhoff para os circuitos magnéticos
mal:bas 1::.
~=i
~· =O 'L
J=.l.
1·J =O (12)
Yl
nos
I
f:
,(,. .l
L: =O L
i:!
épl =O (13)
quem a direção em que a corrente está passando nas espiras para que o
polegar colocado perpendicularmente aos outros dedos, indique o pÓlo
tA. , - -
norte da bobina. Este polo para as conveçoes de sinal na aplicaçao das
leis de Kircbhoff, receberá a polaridade (+) e o pÓlo sul a polarida-
de (-)o
Admite-se que o fluxo vá do (+) norte para o (-) sul,através
do circuito externo~ percorrendo a fonte de fomomo do (-) sul para o
(+) norteo
P~ facilitar a aplicação correta das leis, é convenientefa
zer-se em cada caso a analogia com o ci.rcui to elétrico, como é indic-ª
do a
. f'ig. 2.
A-----"
E._ -IR
~ AB
-IR_
-.se-IRCD=IRDE- E
2
=IR_-T_R__
-~, -"FA
=O
J J. - J = BAB t AB + 5 BC 1_ BC + • • •• • • ..
2
(19)
J.i-AB fLBC
-9-
~l.-]; = HABe ..Q.AB +~C" .Q_BC + ••oou = ~.AB +1c + ~CD+ •• (20)
-
' __ ,~; _,• r
1ª cpl ~l çpl ~ H l H H
~.Ql H2~ H3 .Q.3 'Jl+ '32+ 33
2 3
s1 52 53
3ª etc, - - - - - - - - - -
4ª' etc. - - - - - - - - - -
Tabela 2
3.7 - ObservaçÕes
a) A permeabilidade do espaço vazio é dada por:
/-" =!'-)C. .A
b) O ar tem permeabilidade relativa pràticamente igual ~ do
,
vacuo, de modo que:
ou JL
I ar
~ L,fl
i.o
10-6=1,256.1~ (MoKoSe racionalizado)
Bar = ~g 6
1õ Har (MoKoS., racio~lizado)
ou, como já vimos em (6)~ H = 79o6 x 104 B (MoKoS.)racionalizado~
ar ar
c) Em mui tos catálogos as unidades de fluxo e indução m.agnéti
cos são expressas respectivamente em linhas e k:Uolinhas por centi.-
-li-
+ ~5 ~ 3 -!.. . . . . . . -+- ~ n
-rtÁn
(21)
a) Densidade de fluxo B :
8 = _j_= 3200 X 106 =1,24 T
s 25 s x 1o4
'
8=12400G
b) Intensidade de campo H :
;pelo grá.:rico
8 l( H ( 1ab. 6 ou f i g. 2 O)
:22-='a B= l~ 24 -H= 672 A/m.
c) FÔrça magnetomotriz 3 :
fig. 5
5o lo 2 - Calcular a f ..m.mo 1' necessária para es-tabelecer um fiU;xo
de 1500;c'Wb no nÚcleo da figura 6o ~l = l~g4 am~
"' ~ = 32g3 íml.
® l.L.= lp02 m
Sz 1~ = Og30~I m
® --- aço :fundido
®---- f·erro comum.
6
•
-13-
B .:.
1 -.oc.-, sl
p l?oo x 10""
6
1~94· ~·J.o-3
= O 773 T
~
= 7730 G-
e da Tabela 7 tiramos # 27 A W Ga
5.1.3 - Calcular a f .m ..mo 'J para criar um fluxo de 2000 ).1... no entre-
,
ferro do nuc1eo da figura 7&
aço fundido
0..= 5 9 00 em
r - - - - - - - - - - - - - - - -- -,
I I
I I
.t-= 5,lffi em
I
I
i~= 0,7620 m
. I
I
I
I
lt= 0,4 mm
I I
~-- ----------- ----.!
7
a) Intensidade ·de campo He no entreferro
, . ...
A area da _secçao transversal efetiva do entref'erro S
,
e um pouco ~
e
mentada devido ao espraiamento de fluxo nessa regiãoo
2 -4 2
sf = 25,8 em = 25,8 x 10 m
c) F.m.m. ~ necessária
~= N.I =H Í +H R_
f f e e 4 -4
N.I = 127 x 0,762 + 61~0 X 10 X 4x 10 = 96 + 264 = 360 A
Notar que um entreferro de 0~0004 m exige 73% da f.m.m. total ap~
sar de ser c~rca de 2000 vêzes menor em comprimento o Nos casos em que não
há saturação no ferro e que o entreferro seja apreciável (c;rca de alguns
milésimos do comprimento do ferro) 9 despreza-se em primeira aproximação a
f.m.m. necessária para o material ferromagnético 9 visto ser ela muito pe-
quena em relação aos amperespira totaiso
fig. 9
-15-
b) Intensidade de cam:eo H
H ,
4000
= 1,52
H= lJ ma.x = 2. 670 A/m
.l
c) Fluxo má:rimo
Da tabela B x H , para o aço fundido (tabela 6),obtemos:
B , = 1,545 T donde ~ , = B , X S = 1,545 x 25,8.10-4 = 4,18x
ma.x ma.x max 10-3Wb
5. 2. 2 - Calcular o fluxo produzido por uma f .m.m. de 2500 A no
, .
nucleo da f1.gura 1.1..
il = 1,020 Ll
.9. 2 = o, 305 m
r-·-·-·-· sl= 19,4 c m
2
2
I ~ = 32,3 c m
I Q)-- aço :fundido
I ®--ferro comum
L _______ _
fig.ll
I - Solução por a:eroximaçÕes sucessivas
" 3
b) Façamos ~ = 3,0 x 10- e calculamos o 3 corres:eondente
11
-
I I - Soluçao por processo gratico
" ,
Podemos resolver o mesmo problema gr~icamente, Conhecidas as
curvas Bi x H de temi namos as curvas
1
lPi x 3"..:. dos diversos trechos do
circuito magn~tico, através das equaçÕes (1) e (2), pois S;_ .e. li.. são
conhecidos·.
A seguir traçamos a curva qJ x 3= ,. onde 'J =~. l: , segundo
as equaçÕes (3) e (4). Essa curva ~ denominada "curva de magnetização
total do circuito", representada na figo 12.
I{>('Wio)
aço fundido
P.
.(OI
.i.. -3 total
1.!1=2,95 lO
~= 2500 'J'(A)
fig. 12
5'.2.3 - Calcular o fluxo no entreferro criado por uma bobina
que produz força magnetomotriz de 600 Amperespiras no nÚcleo da fig.13.
Desprezar o efeito de eapraiamento de fluxo no entreferroo
s-f
f erro comum
~--·
if = o, 7620 m
~ = 0,4 m
Sr.= .25,8 em
2
2
se;= 25,8 em
fig. 13
SoluÇão: Êste problema, embora solucionável por aproximaçÕes sucessi~
· apresenta uma solução gráfica muito interessante, por ser um
circuito magnético composto de dois trechos apenas.
-18-
onde = 79 4
K e-~ "'0
Xl.
4
~e/S e (23)-
a f .. m.,ma total será dado por ~J== 3" + J.
e então, teremos ~f= 'J = Ke = cp e f (24)
~
(!;o
1- = 236 A
' Je = 364 A
~(A)
figo 14
6. Propriedades dos materiais magnéticos
-19-
va tende a ficar quase paralela ao eixo das abcissas, com uma inclina-
ção pequena prÓpria do espaço vazio ~ )o
•
Eaerg:La '-ri
mama
v"~o:l r...~
Ti p o Br ~~=(T) A )
relativa a{a.,.. H,.,)
A
H H
+H
m
:f
:fig. 17a
B
I
i
r------------,
I
mas com.og e= N.S.* (26)
i(t)
s e i- 1H (27)
e(t) N Nd<i>
I : pois e= N d't""" (28)
L _______ _j - N.I
e H--y- (29)
:fig. 18 dW =V H dB (30)
teremos
onde V= Q. S (31)
é o volume do material magnético.
-23-
Tabela 4
(38)
® 3 ~ ® ® ®
h
h
@ @ 8
+.,"--D --~,.~,
L
(a) D
1
(~)
® :fluxo positivo
0 :fluxo negativo :fig. 18
R
x
=A
dx
(41)
, ,
onde ~x é o comprimento do caminho .percorrido por ix ( t) e<1z e a area da
seção medida perpendicula:rmente ~ direção da corrente Íx ( t).
Observando-se que:
R = 2J'h
X Lo X
A pot~cia instant~ea dissipada em um elemento dx pela corrente
,
sera:
2
p (t) = (ex(t))
X R
X
p ( t) = 2 h dB ) ~3
1 (~
X
Fazendo-se z+ ,
_/)
.(",
-25-
p(t) =Lc~
S.f dt
(47)
p = _D2 ( d B eV
J
,-, :::: n 2 o d
2 ~
( d B ; u v (4S)
A 8}J d t 8 ,P d t
donde (50)
A I 2
Concluimos que potencia di.ssipada no volume da fig., 18a,sera n
v~zes a pot~cia dissipada no mesmo volume da .figo 18b, para qualquer
forma de <P (t)o
Camo a potência médiaP dissipada por lâmina será proporcional
ao quadrado do valor eficaz de tensão E 9 poderemos escrever~
(5l)
Es'ta afirmação é f'~cilmente v:eri:ficada a partir da equação(471
aplicando-se a definição de valor médio para a pot~cia.,
Para ondas baxm~nicas o valor ef'icaz da tensão por lâmina será:
E = ( 2 T[ /-{2) f.. S o B
m
o que... indica que a perda será proporcional. ao quadrado da :frequ~ncia ~
ao quadrado da indução máxima B
mo
Então as perdas Foucaul.t Pf para todo o volume será:
2
Pf = Ko B! o f o V (52)
I
I
P/ f 2
Pf/ fl
,., I
em fonna de laminas isoladas -----J:...-
umas das outras(utilizando-a.e
ver.Oiz,oxidaÇão ou·outro meio)
!}pW f1 l}pW f2
de ac~rdo com as equaÇÕes (48)
a (50); fig.. 19
22) pelo emp~~go de material
de resistividade mais· é~ evada do que a do f erro comum, de ac~rdo com a
equação (47)o
-27-
doces.
Por outro lado verificou-se que a introdução de silfcio no fe~
em· porcentagens que atingem até 4%~ pode melhorar as caracterfsticas mag-
néticas (menor .ciclo de histerese) e aumentar a resistibilidade elétrica
do material. Isto corresponde a reduzir as perdas de histerese e de Fou-
cault. Esta é a razão da preferência de utilização do ferro-silicioso em
forma de l~inas para a constituição do nÚcleo de máquinas e de transfor-
madores.
·A importincia da liga ferro-silfcio, acompanhado de tratamento
térmico conveniente, sob o ponto de vista de resistividade, pode ser ver~
ficada nà tabela 5a.
Tipo . "'!;·~ io
· . . Dil.l.Cl.O Resistividade
( jJ- .n c:.o.u)
Field grade 1% 16
Arma ture grade 1% 19
Eletrictrical grade 1% 26
Motor grade 2~5% 42
_Dynamo grade ~175% 50
TABELA ;ia
~
Gage-Number 29 28 27 26 25 24 23 22
u.s.so Motor 1,01 1,05 1,09 1,14 1,22 1,30 1,44 1,60
u.s.s .. Dínamo 0982 0,86 0~80 0~94 1,02 1,10 = =
u.s .. s .. Trans:former 72 0~72 0,76 o,ao o,s3 0,30 0,97 = =
u.. s.s .. Trans:former 65 0~65 0~68 0~72 o~ 5 - 7
= = =
u.. s.s .. Transformer 58 0,58 o,61 o,65 0,68 = = = =
Tabela 5b
:fluxo ( B) da ordem. de,0,3 a· 1,0 T com forças magnetizantes (H) muito bai-
xas, da ordem de 2 a·200 amperespiras por metro ( A/m ) ..
8o2o Resumo das caracterfsticas magnéticas dos materiais :ferromagnéticos
~
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· ~ LIL:t: ::i::: tilitHYlldi ji' :~L l~~j!~i2ii~~"-;~_i!~~~ :~}:~i g..UJJ~~()ilJbjiiJJ~;,_~~L_::_~
-JIX-1
1 o.
i=
-30-
9. Indutância
Consideremos o circuito magnético da figo 2l.o A f'om.mo ~ criada
pela passagem da corrente (i) nas (N) espiras da bobinao O fluxo criado
,
sel!'a:
(57)
r------- - - -,
Supondo-se a permeabilidade(~) .i.=-f<-t) I
-ü-Q-ü-ü-0-0-ü-0-0-0-0-