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2.

Interações e seus efeitos


2.1. Interação gravítica e Terceira Lei de Newton
2.1. Interação gravítica e Terceira Lei de Newton

SUMÁRIO: Força como resultado da interação entre dois corpos.


Interações fundamentais na Natureza: gravítica,
eletromagnética, nuclear forte e nuclear fraca.
Lei da Gravitação Universal.
Terceira Lei de Newton.
Resolução de exercícios e problemas para consolidação dos
conteúdos lecionados.
Interações fundamentais na natureza

A alteração do estado de repouso ou de movimento de um corpo


ou a sua deformação, se o corpo não se mover livremente, resulta
da presença de outros corpos e da sua interação com eles,
manifestando-se sob a forma de forças. Forças são grandezas vetoriais com:

Direção
• a da reta segundo a qual a força atua;

Sentido
• que indica a orientação da força numa dada direção;

Ponto de aplicação
• no centro de massa do corpo;

Intensidade
• que indica o módulo da força e corresponde à norma
do vetor, acompanhado da respetiva unidade – no SI,
o newton (N).
Interações fundamentais na natureza

As interações podem resultar do contacto macroscópico entre os


corpos, mas também há situações em que as forças se exercem à
distância. NOTA 
A resultante das forças, F R , de um sistema de
forças consiste numa força única capaz de
produzir um efeito equivalente ao das várias
forças aplicadas no corpo. Como a
força é uma grandeza vetorial,
deve aplicar-se as regras da soma
vetorial para obter a força
resultante sobre o corpo.
A atração de um fio de água por um balão eletrizado por
fricção, de metais por um eletroíman ou da água à Terra
resultam de interações à distância.

Vídeo Youtube:
What is a Force? (Veritasium)
Interações fundamentais na natureza
Ordem de Ordem de
grandeza grandeza
Interação Função
do relativa da
alcance / m intensidade

Interação de longo alcance e à distância, que atua


sobre todas as partículas do Universo.
Gravítica É sempre atrativa e a sua intensidade é fraca. Ilimitado 1040
Para se detetar o seu efeito, um dos corpos deve ter
uma massa muito elevada.

Esta interação é responsável


pela queda dos corpos para
a superfície da Terra ou pelo
movimento dos astros no
Universo.
Interações fundamentais na natureza
Ordem de Ordem de
grandeza grandeza
Interação Função
do relativa da
alcance / m intensidade
Interação de longo alcance e à distância entre partículas
com carga elétrica ou entre ímanes. Pode ser atrativa, no
caso de cargas com sinais diferentes ou entre polos opostos,
ou repulsiva, no caso de cargas com o mesmo sinal ou entre
Eletromagnética polos iguais. Manifesta-se tanto microscópica como
Ilimitado 102
macroscopicamente e, qualquer interação do dia a dia com
corpos comuns que não seja gravítica será eletromagnética
e exercer-se-á, do ponto de vista microscópico, à distância.

Esta interação é responsável por


manter os eletrões à volta do
núcleo, garantindo a coesão
atómica, pelas ligações químicas
ou pelas interações elétricas e
magnéticas do quotidiano.
Interações fundamentais na natureza
Ordem de Ordem de
grandeza grandeza
Interação Função
do relativa da
alcance / m intensidade

Interação de curto alcance, responsável pela coesão


dos núcleos atómicos, capaz de superar a repulsão
Nuclear forte entre protões. 1015 1
O seu alcance é muito reduzido, fazendo-se sentir a
distâncias próximas da dimensão do núcleo do átomo.

Esta interação é responsável


por manter a estabilidade do
núcleo de um átomo.
Interações fundamentais na natureza
Ordem de Ordem de
grandeza grandeza
Interação Função
do relativa da
alcance / m intensidade

Interação de curto alcance responsável pelo


decaimento radioativo, nos quais um neutrão se 105
Nuclear fraca 1017
transforma num protão e vice-versa. O seu alcance
também é muito reduzido, à escala do núcleo atómico.

As reações nucleares que ocorrem no


núcleo do Sol, com libertação de
energia essencial à vida na Terra, ou a
datação de fósseis por decaimento
radioativo do carbono-14 resultam
deste tipo de interação.

Vídeo Youtube:
CERN in 3 minutes
Interação gravítica

A interação gravítica é a mais familiar e foi das primeira interações


fundamentais a ser identificada, devendo-se a Newton a sua
explicação e interpretação.

A interação entre uma maçã e a Terra é de natureza


semelhante à que existe entre a Lua e a Terra.

Isaac Newton
(1643 – 1727)
Interação gravítica

De acordo com a Lei da Gravitação Universal de Newton, dois


corpos atraem-se mutuamente exercendo,  um sobre o outro, uma
força gravítica ou força gravitacional (F g ) atrativa cuja intensidade
é diretamente proporcional ao produto das suas massas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância que os
separa.

Vídeo Escola Virtual:


m m Lei da atração gravitacional
Fg  G 1 2 2
r Vídeo Youtube:
What is Gravity? (Minute Physics)
Interação gravítica

A força gravítica que a Terra, ou qualquer outro astro, exerce sobre


um corpo, devido à interação gravítica com esse corpo, é também
designada por peso.

Embora a massa do corpo seja sempre a


mesma, o peso depende da força de atração
gravítica, a qual varia com a massa do astro e
com a distância entre o corpo e o astro.

Nota: a representação não está à escala.


Vídeo Youtube:
A Diferença Entre Massa e Peso (Veritasium)
Terceira Lei de Newton

A Terceira Lei de Newton afirma que quando dois corpos A e B


interagem
 entre si, o corpo A exerce sobre o corpo B uma força,
F A / B , e o corpo B exerce uma força sobre o corpo A, F B / A , com a
mesma intensidade e direção, mas com sentido oposto:
  Estas forças constituem um par ação-reação.
F A / B  F B / A
Ocorrem em simultâneo e resultam de uma mesma interação.

São sempre da mesma natureza.

Têm sempre a mesma intensidade.

O efeito em cada um dos corpos depende da sua massa.

Não têm efeito nulo pois atuam em corpos diferentes.


Terceira Lei de Newton

A Terceira Lei de Newton afirma que, quando dois corpos A e B


interagem entre si, o corpo A exerce sobre o corpo B uma força,
F A / B , e o corpo B exerce uma força sobre o corpo A, F B / A , com a
mesma intensidade e direção, mas com sentido oposto:
  Estas forças constituem um par ação-reação.
F A / B  F B / A
Ocorrem em simultâneo e resultam de uma mesma interação.

São sempre da mesma natureza.

Têm sempre a mesma intensidade.

O efeito em cada um dos corpos depende da sua massa.

Não têm efeito nulo pois atuam em corpos diferentes.


Terceira Lei de Newton

Vídeo Escola Virtual:


3.ª Lei de Newton

Vídeos Youtube:
STEMonstrations: Newton's Third Law of Motion
Newton's Third Law (FuseSchool)

O melhor vídeo sobre a Terceira Lei de Newton.


De todos os tempos (
Veritasium)
Terceira Lei de Newton

Vídeo Youtube:
What Forces Are Acting On You? (Veritasium)
Terceira Lei de Newton

Na Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN, antigo acrónimo para


Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), físicos e engenheiros investigam a
estrutura fundamental do Universo. Para tal, utilizam instrumentos científicos complexos,
como o LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas, para estudar o
interior do núcleo atómico e as mais pequenas partículas de que é feito o Universo. As
partículas aceleradas colidem com outras partículas, dando aos físicos pistas sobre como as
partículas interagem.
O conhecimento do Universo é complementado com a informação recolhida pelos satélites
como o Webb, que permitirá captar a luz ténue de corpos celestes mais distantes, de há 13,5 mil milhões de anos,
quando o Universo era bastante jovem. O satélite Webb, com 6,500 kg, foi lançado a bordo de um foguetão de
fabrico europeu Ariane 5, no Natal de 2021, ficando posicionado a 1,50 milhões de quilómetros da Terra.
(Considere: mTerra = 5,97×1024 kg e rTerra = 6,37×106 m)
1. Identifique a(s)interação(ões) fundamental(ais) que está(ão) na base do estudo do núcleo dos átomos
no CERN.
Como o CERN se dedica ao estudo do interior do núcleo atómico, as interações fundamentais envolvidas
são: a eletromagnética, que explica a repulsão entre os protões, partículas de carga elétrica positiva; a
nuclear forte, que explica a coesão do núcleo atómico; e a nuclear fraca, que explica o decaimento
radioativo de alguns núcleos.
Terceira Lei de Newton

Na Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN, antigo acrónimo para


Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), físicos e engenheiros investigam a
estrutura fundamental do Universo. Para tal, utilizam instrumentos científicos complexos,
como o LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas, para estudar o
interior do núcleo atómico e as mais pequenas partículas de que é feito o Universo. As
partículas aceleradas colidem com outras partículas, dando aos físicos pistas sobre como as
partículas interagem.
O conhecimento do Universo é complementado com a informação recolhida pelos satélites
como o Webb, que permitirá captar a luz ténue de corpos celestes mais distantes, de há 13,5 mil milhões de anos,
quando o Universo era bastante jovem. O satélite Webb, com 6,500 kg , foi lançado a bordo de um foguetão de
fabrico europeu Ariane 5, no Natal de 2021, ficando posicionado a 1,50 milhões de quilómetros da Terra.
(Considere: mTerra = 5,97×1024 kg e rTerra = 6,37×106 m)
2. Sendo o núcleo atómico constituído por protões, partículas de carga elétrica positiva, a distâncias tão
pequenas, como se explica que não se desintegre?
De acordo com a interação eletromagnética, as cargas elétricas positivas dos protões deveriam originar
forças repulsivas que conduziriam à instabilidade e destruição dos núcleos atómicos. Contudo, como à
distância nuclear atua também a interação nuclear forte, que, embora de curto alcance, é mais forte em
intensidade que a eletromagnética, os protões mantêm-se coesos no núcleo atómico.
Terceira Lei de Newton

Na Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN, antigo acrónimo para


Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), físicos e engenheiros investigam a
estrutura fundamental do Universo. Para tal, utilizam instrumentos científicos complexos,
como o LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas, para estudar o
interior do núcleo atómico e as mais pequenas partículas de que é feito o Universo. As
partículas aceleradas colidem com outras partículas, dando aos físicos pistas sobre como as
partículas interagem.
O conhecimento do Universo é complementado com a informação recolhida pelos satélites
como o Webb, que permitirá captar a luz ténue de corpos celestes mais distantes, de há 13,5 mil milhões de anos,
quando o Universo era bastante jovem. O satélite Webb, com 6,500 kg , foi lançado a bordo de um foguetão de
fabrico europeu Ariane 5, no Natal de 2021, ficando posicionado a 1,50 milhões de quilómetros da Terra.
(Considere: mTerra = 5,97×1024 kg e rTerra = 6,37×106 m)
3. Compare a intensidade da força gravítica que a Terra exerce no satélite Webb quando se encontra à
superfície da Terra com a intensidade da força gravítica que a Terra exerce no satélite em órbita.
m m
G T2 s
Fg, T rT G mT ms ro2 (1,50  109 )2
    5,55  10 4  Fg, T  5,55  10 4  Fg, o
Fg, o G mT ms 2
G mT ms rT (6,37  10 ) 6 2

2
ro
Terceira Lei de Newton

Na Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN, antigo acrónimo para


Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), físicos e engenheiros investigam a
estrutura fundamental do Universo. Para tal, utilizam instrumentos científicos complexos,
como o LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas, para estudar o
interior do núcleo atómico e as mais pequenas partículas de que é feito o Universo. As
partículas aceleradas colidem com outras partículas, dando aos físicos pistas sobre como as
partículas interagem.
O conhecimento do Universo é complementado com a informação recolhida pelos satélites
como o Webb, que permitirá captar a luz ténue de corpos celestes mais distantes, de há 13,5 mil milhões de anos,
quando o Universo era bastante jovem. O satélite Webb, com 6,500 kg , foi lançado a bordo de um foguetão de
fabrico europeu Ariane 5, no Natal de 2021, ficando posicionado a 1,50 milhões de quilómetros da Terra.
(Considere: mTerra = 5,97×1024 kg e rTerra = 6,37×106 m)
4. Qual é a relação da intensidade da força gravítica que a Terra exerce no satélite, em órbita, e a
intensidade da força gravítica que o satélite exerce sobre a Terra?
São iguais porque a força gravítica que a Terra exerce sobre o satélite e a força gravítica que o satélite
exerce sobre a Terra são um par ação-reação, logo têm a mesma intensidade. Além disso, a intensidade
dessas forças resulta do produto das massas da Terra e do satélite que é igual.
Terceira Lei de Newton

Na Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN, antigo acrónimo para


Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire), físicos e engenheiros investigam a
estrutura fundamental do Universo. Para tal, utilizam instrumentos científicos complexos,
como o LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas, para estudar o
interior do núcleo atómico e as mais pequenas partículas de que é feito o Universo. As
partículas aceleradas colidem com outras partículas, dando aos físicos pistas sobre como as
partículas interagem.
O conhecimento do Universo é complementado com a informação recolhida pelos satélites
como o Webb, que permitirá captar a luz ténue de corpos celestes mais distantes, de há 13,5 mil milhões de anos,
quando o Universo era bastante jovem. O satélite Webb, com 6,500 kg , foi lançado a bordo de um foguetão de
fabrico europeu Ariane 5, no Natal de 2021, ficando posicionado a 1,50 milhões de quilómetros da Terra.
(Considere: mTerra = 5,97×1024 kg e rTerra = 6,37×106 m)
5. O lançamento do foguetão baseia-se na Terceira Lei de Newton. Para
se lançar, os foguetões expelem para baixo enormes quantidades de gás
aquecido resultante da combustão de combustível.
Represente as forças que estão aplicadas no gás e no foguetão.
2. Interações e seus efeitos
2.1. Interação gravítica e Terceira Lei de Newton

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