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Introdução:
A NR-10 foi atualizada pelo Ministério do Trabalho e Emprego através da Portaria nº 598, de 7
de dezembro de 2004 e por ser de caráter obrigatório, todas as empresas devem se adequar
aos seus requisitos.
10.8.8.2 - Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer
algumas das situações a seguir:
a) Troca de função ou mudança de empresa;
b) Retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses; e
c) Modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e
organização do trabalho.
Uma vez que, a análise de risco seja estabelecida para a avaliação das condições de
trabalho é fundamental a conscientização dos trabalhadores das ferramentas da
comunicação e da mudança de conduta necessária para o trabalho em segurança.
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Níveis de Tensão conforme a NR-10
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1 – ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA - SEP
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Geração ou Produção de Energia Elétrica
De acordo com os dados apresentados pela ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica, o
Brasil possui o total 1.528 empreendimentos em operação, gerando 94.194.710 kW de
potência e sua atual Matriz de Energia Elétrica é a seguinte:
Fonte ANEEL
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Normalmente as fontes de energias elétricas ditas convencionais são as usinas hidrelétricas de
grande porte (com potência acima de 30 MW) e as usinas termelétricas. A geração de energia
por usinas hidrelétricas representa mais de 70% de nossa produção, concentrando-se nas
Regiões Sul e Sudeste do país.
Podemos definir os seguintes termos, de acordo com a NBR 5460 - Sistemas Elétricos de
Potência:
Usina Hidrelétrica – É a usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da
energia gravitacional da água.
Usina Termoelétrica – Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da
energia térmica. Os tipos mais utilizados no Brasil são:
Unidade (Termoelétrica) a gás – Unidade termoelétrica cujo motor primário é uma turbina a
gás.
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Usina Nuclear – Usina termoelétrica que utiliza a reação nuclear como fonte térmica.
No caso de geração nuclear, as usinas normalmente são situadas o mais próximo possível dos
locais de consumo com o objetivo de minimizar os custos.
Como fontes alternativas de energia elétrica existem uma gama de possibilidades, incluindo
energia solar fotovoltaica, usinas eólicas, usinas utilizando-se da queima de biomassa
(madeira, cana-de-açúcar, por exemplo) e outras fontes menos usuais como as que utilizam a
força das marés.
Usina Eólica – Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por conversão da energia
eólica.
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Transmissão
Baseados na função que exerce, podemos definir transmissão como o transporte de energia
elétrica caracterizado pelo valor nominal de tensão entre a subestação elevadora de uma usina
elétrica e a subestação abaixadora que alimenta um sistema de distribuição ou que fornece
energia elétrica a um grande consumidor;
No Brasil existe um sistema que opera em corrente contínua, o Sistema de Itaipu, com nível de
tensão de ± 600 kV .
DC
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SISTEMA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO
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Subestação – Parte de um sistema de potência concentrada em um dado local,
compreendendo primordialmente as extremidades de linhas de transmissão e/ou de
distribuição, com os respectivos dispositivos de manobra, controle e proteção, incluindo as
manobras civis e estruturas de montagem, podendo incluir também, transformadores,
equipamentos conversores e outros equipamentos.
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2 – ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
Algumas tarefas são comuns a todo e qualquer procedimento em qualquer tipo de situação.
Listamos algumas tarefas com a competência, riscos e controle dos riscos.
- Regras Cardinais.
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Trabalho em equipe
Forma especial de organização, que visa, principalmente, a ajuda mútua entre profissionais de
uma mesma organização ou área de uma organização. O trabalho em equipe pode ser descrito
como um conjunto de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou um determinado
trabalho, e são interdependentes.
Valorizando cada indivíduo e permitindo que todos façam parte de uma mesma ação, o
Trabalho em Equipe, além de possibilitar a troca de conhecimento é determinante nas relações
humanas, pois motiva o grupo a buscar de forma coesa os objetivos traçados.
Em anexo
- Exercício Nº1 .
- Exercício Nº2
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3 – ASPECTOS COMPORTAMENTAIS
Percepção
• Define-se a percepção como sendo a interpretação que o indivíduo faz dos estímulos
recebidos do meio ambiente através dos sentidos de tato, audição, visão, paladar e olfato. Os
estímulos também podem ser internos, tais como a sensação de fome, sede, frio, as emoções,
etc. A maneira de perceber o mundo e as situações varia de pessoa para pessoa. As pessoas
agem no mundo de acordo com suas percepções. A percepção pode sofrer distorções
provocadas por fatores que podem alterar a realidade dos fatos. Dentre eles podemos
destacar:
Fatores físicos- Deficiência nos órgãos receptores dos estímulos. Quem sofre de deficiência
auditiva, por exemplo, pode interpretar mal as mensagens que ouve.
Emoção- Reduz ou impede o raciocínio. Por exemplo: uma pessoa com raiva pode agredir
alguém que nada teve a ver com a causa da raiva.
Cultura– Tende-se a perceber e emitir juízo de valor de acordo com as crenças do ambiente
social no qual se adquiriu a cultura;
Crenças e valores– Percebe-se melhor o que se acredita ser verdade e o que se considera
importante;
Interesse- O indivíduo focaliza o que é de seu interesse, o que importa o que é útil, traz
proveito a alguém, ou seja, age no interesse de um amigo.
Percepção do risco: esse tipo de percepção tem como base à experiência de cada um em
relação ao trabalho a ser desenvolvido e o conhecimento do conceito de risco e perigo, aliado a
prática preventiva de evitar acidentes.
CORPO
MENTE
SOCIAL
A resposta a estas perguntas definirá se seu comportamento está propício a gerenciar pessoas
e tarefas de maneira adequada ou se você precisa esforçar-se um pouco mais no sentido de se
adequar, MODIFICANDO SEUS PENSAMENTOS para conseguir estabelecer um bom padrão de
qualidade de vida, trabalho e resultados para você mesmo e para organização, inclusive no
sentido de interferir nos resultados de terceiros.
RELAÇÕES HUMANAS
Temos tendência a creditar que as pessoas reagem ao mundo exatamente como nós e nos
surpreendemos quando isto não acontece, porém fatores mentais e emocionais, são os
principais responsáveis por esta dicotomia.
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Existe extraordinária diferença entre as pessoas, e as mudanças constantes nas pessoas nos
faz crer que é praticamente impossível prever ações e reações e que portanto a necessidade
de normalização em trabalhos de risco, torna-se fundamental.
Na prática no entanto isto não ocorre, as pessoas simplesmente desistem de algo sem nunca
ter tentado, colocam obstáculos sem nunca ter feito e criam resistência sem saber exatamente
para que.
Para que nossos pensamentos e atitudes se modifiquem aponto de atingirmos tantos objetivos
pessoais como profissionais, os valores pessoais precisam ter um critério bem definido sobre
conceitos de ética, responsabilidade, disciplina, organização, segurança, saúde, auto-estima,
etc.
Diferenças individuais agregam valores e podem fazer com que resultados aconteçam antes e
melhor do que o esperado, caso seja usado o melhor do potencial de cada pessoa. É a escolha
do homem certo, no lugar certo a probabilidade de acerto na execução das tarefas é
significativamente alto.
Os comportamentos são determinados pela maneira como pensamos, o fato das pessoas não
agirem maneira igual, refere-se exatamente ao fato das pessoas não serem iguais em termos
de pensamento e neste aspecto, existem apenas duas possibilidades no pensar: O
pensamento convergente e o pensamento divergente.
Nas relações humanas, os valores pessoais são fundamentais, já que a integração acontece
por questão de finalidades, no desenvolvimento das relações tanto razão quanto emoção,
precisam ser devidamente equilibradas para que flua energia nas relações e assim as coisas
aconteçam em conformidade com o necessário, especialmente no que tange a lideranças.
PLANEJAMENTO
As atitudes é que fazem com que efetivamente a Norma seja atendida, ou seja, esteja sendo
aplicada, daí a importância do conteúdo comportamental dentro deste contexto, sem mudança
de atitude e pensamento não há mudança na estrutura.
E você há de concordar que MUDAR PENSAMENTO E ATITUDE não é fácil como parece ou como
gostaríamos que fosse. Em nossa vida, integram 3 fenômenos complementares que dificultam
este processo de mudança de acordo com a forma como pensamos. A qualidade de
pensamento, atitudes e a definição de prioridades, são fundamentais para que as metas sejam
obtidas.
Estes três fenômenos são: PENSAMENTO – ATITUDE – SENTIMENTO o que de acordo como
priorizamos conseguimos ou não realizar algo em nossa vida profissional e pessoal.
As AÇÕES PREVENTIVAS são aquelas que você realiza para que algo de ruim não ocorra,
previne antes que aconteça.
A AÇÕES CORRETIVAS, refere-se á decisões a ações a serem tomadas caso ocorra algo que
não esteja sendo realizado de acordo com as normas estabelecidas.
COMUNICAÇÃO
Neste sentido, a sociedade globalizada atual demanda que o profissional atue cada vez mais
em equipe e transpareça naturalidade, segurança, persuasão, credibilidade e fidedignidade,
levando as empresas a oferecer mais transparência na prestação de serviço.
A eficácia dessa comunicação começa com a consciência de que a maneira como dizemos
alguma coisa tem mais impacto do que aquilo que dizemos.
De fato, a reação das pessoas àquilo que falamos é provocada muito mais pelo sentimento que
despertamos nelas a partir da forma como falamos do que propriamente o conteúdo em si. A
ênfase que colocamos nas palavras influencia a maneira como as pessoas interpretam o que
falamos.
A nossa atitude, postura, expressões faciais e nosso tom de voz efetivamente determinam o
impacto que causamos no outro quando dizemos alguma coisa.
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4 – CONDIÇÕES IMPEDITIVAS PARA SERVIÇOS
A NR 10 visando garantir uma maior proteção aos trabalhadores que, direta ou indiretamente,
interajam em instalações elétricas e serviços com eletricidade, estabeleceu diversos
procedimentos a serem seguidos durante a realização destas atividades.
Qualquer serviço deverá ser precedido de rigorosa inspeção visual de todos os materiais
componentes da instalação, visando confirmar a integridade física de todos os materiais, bem
como as boas condições das montagens originais destes.
• Todo trabalho em instalações elétricas energizadas em AT, bem como aqueles que
interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de serviço específica
para data e local, assinada por superior responsável pela área.
• Nenhum serviço deve ser iniciado se houver condições que comprometam a integridade
física da equipe.
Nos circuitos em AT, os trabalhos sem tensão não poderão ser realizados sem os
procedimentos de desenergização descritos na NR-10..
Classificando em:
ZR - Zona de Risco.
ZC - Zona Controlada.
ZL - Zona Livre.
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Onde:
ZL – Zona livre;
Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que
seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos
de acidentes.
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b) Indução;
Um corpo carregado com certa carga elétrica, próximo a outro corpo, induz (provoca)
aparecimento, nesse outro corpo, de uma carga igual e de sinal contrário (positivo x negativo).
Os trabalhos com linha transversais e/ou paralelas, utilizar o sistema de aterramento tantos
quantos necessários.
c) Descarga atmosférica;
Ao longo dos anos, várias teorias foram desenvolvidas
para explicar o fenômeno dos raios. Atualmente tem-se
que a fricção entre as partículas de água e gelo que
formam as nuvens, provocada pelos ventos
ascendentes, de forte intensidade, dão origem a uma
grande quantidade de cargas elétricas.
COMO SE PREVENIR
Durante uma tempestade, se recomenda não sair de casa e não permanecer nas ruas. Em
casa, as chances de ocorrer acidentes diminuem, devido a prédios, árvores e outras
residências com proteção, atrativos em potencial para as descargas. Em casa, não se deve
usar o telefone, com exceção do tipo "sem fio", nem se aproximar de objetos metálicos
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(janelas, grades ou tomadas). Os eletrodomésticos devem ser desligados da rede elétrica.
Essas diretrizes evitam os efeitos indiretos das descargas, pois a boa condutividade dos
materiais presentes nesses objetos pode provocar acidentes.
1) Método Franklin, porém com limitações em função da altura e do Nível de proteção (ver
tabela);
O método Franklin, devido às suas limitações impostas pela Norma passa a ser cada vez
menos usado em edifícios sendo ideal para edificações de pequeno porte.
O método da esfera Rolante é o mais recente dos três acima mencionados e consiste em fazer
rolar uma esfera, por toda a edificação. Esta esfera terá um raio definido em função do Nível de
Proteção, Os locais onde a esfera tocar a edificação são os locais mais expostos a descargas.
Resumindo poderemos dizer que os locais onde a esfera toca, o raio também pode tocar,
devendo estes locais serem protegidos por elementos metálicos (captores Franklin ou
condutores metálicos).
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Nas redes elétricas
Descarga atmosférica transversal – Ocorre quando a tensão, rica em corrente, caminha pelo
condutor sem diferença de potencial entre as fases, ou fase e neutro, formando um único
campo elétrico. Tal caso é pouco freqüente na rede elétrica, pois se o equipamento eletro-
eletrônico alimentado nesta rede não estiver aterrado, não será atrativo para a descarga
atmosférica.
O próprio transformador e o quadro de distribuição são mais atrativos para esse tipo de
descarga, por estarem aterrados. Caso o equipamento eletro-eletrônico esteja aterrado, a
descarga passará pelo equipamento, danificando-o.
Na rede telefônica e nas antenas, 90% das descargas atmosféricas ocorrem de forma
transversal, pois não há diferença de potencial entre os seus pólos, mas há o atrativo no
equipamento eletro-eletrônico acoplado à rede elétrica, servindo como elemento condutor e
conseqüentemente danificado.
Descarga atmosférica longitudinal - Representa 98% dos casos em que a rede elétrica é
atingida e consiste em descarga que se propaga apenas por uma das fases (ou neutro). Seu
atrativo é a outra fase (ou neutro), pois haverá entre elas uma grande diferença de potencial,
sendo a interligação feita através do equipamento eletro-eletrônico conectado à rede elétrica.
d) Eletricidade estática;
A eletricidade estática é uma carga elétrica em repouso. Ela é gerada principalmente por um
desbalanceamento de elétrons localizado sob uma superfície ou no ar do ambiente.
Uma das formas de "produzir" eletricidade é através da fricção. Certos corpos como o vidro
friccionado com lã fica eletrizado positivamente e com flanela, negativamente. A resina
friccionada com lã fica negativa e com uma folha de metal fica positiva.
A eletricidade estática é uma carga elétrica em repouso. Ela é gerada principalmente por um
desbalanceamento de elétrons localizado sob uma superfície ou no ar do ambiente.
• Os estudos iniciais sobre o assunto levantaram a suspeita de que crianças que residem
próximas a linhas de transmissão têm uma probabilidade 1,5 (uma e meia) vezes maior de
desenvolver leucemia;
- Todas as ordens operativas deverão ser transmitidas passo a passo, de forma completa,
sem se saltar passos nem alterar a ordem estabelecida nos Procedimentos de Operação;
- Ambas as partes deverão questionar se nada mais há para ser transmitido antes de encerrar
a chamada.
Para a segurança do trabalhador nestas condições (altura), o novo texto da NR-10 determina
que deve ser garantida a segurança dos trabalhadores, usuários e terceiros nas tarefas de
Construção, Montagens, Operação e Manutenção (item 10.4 da norma).
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6 – TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO NO SEP
ANÁLISE DE RISCO
Identificar riscos
O segredo da Análise de Riscos é uma observação rigorosa e crítica de cada trabalho. O
sucesso na identificação dos riscos será maior quanto maior for o conhecimento
técnico/operacional dos envolvidos.
Estimar os riscos
Cada risco, cada perigo, cada possível causa de acidente, deve ser identificada, registrada e
tratada em separado, como um problema sério que merece atenção especial. Todo o cuidado
deve ser tomado para evitar-se o desprezo por riscos menores ou menos evidentes.
Toda atividade operacional realizado por um trabalhador que interaja no SEP é passível de ser
detalhada em uma seqüência lógica.
Planejamento de serviços
O planejamento de serviço é a etapa que antecipa e não deve ser confundido com a aplicação
de um procedimento de trabalho.
Todo serviço que envolva algum risco será precedido de planejamento básico, devendo ser
verificadas as condições gerais do trabalho a executar, identificando os riscos e condições
ambientais, selecionando os equipamentos de proteção individual e/ou coletiva, e,
primordialmente, alertando aos empregados quanto às circunstâncias em que o trabalho será
desenvolvido. Esse planejamento deverá ser elaborado e acompanhado pelos técnicos
responsáveis da empresa contratante/contratada e devidamente orientado pelos responsáveis
diretos pelos serviços (Contratante/Contratada).
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8 - TÉCNICAS DE TRABALHO SOB TENSÃO
Esta atividade deve ser realizada mediante a adoção de procedimentos e metodologias que
garantam a segurança dos trabalhadores.
A Técnica de Trabalho com Linha Energizada (Linha Viva) foi desenvolvida em função da
dificuldade de desligamento em alguns circuitos importantes e hoje em dia mais ainda em
função da remuneração das empresas que depende da disponibilidade das instalações.
Nesta condição de trabalho as atividades devem ser realizadas mediante os métodos abaixo
descritos:
1) - MÉTODO AO CONTATO
O trabalhador tem contato com a rede energizada, mas não fica no mesmo potencial da rede
elétrica, pois está devidamente isolado desta, utilizando equipamentos de proteção individual e
equipamentos de proteção coletiva, adequados a tensão da rede.
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2) MÉTODO À DISTÂNCIA
É o método onde o trabalhador interage com a parte energizada a uma distância segura,
através do emprego de procedimentos, estruturas, equipamentos, ferramentas e dispositivos
isolantes apropriados.
LINHA VIVA MÉTODO A DISTÂNCIA DISTRIBUIÇÃO LINHA VIVA MÉTODO A DISTÂNCIA EM TRANSMISSÃO
3) AO POTENCIAL
É o método onde o trabalhador fica em contato direto com a tensão da rede, no mesmo
potencial. Nesse método é necessário o emprego de medidas de segurança que garantam o
mesmo potencial elétrico no corpo inteiro do trabalhador, devendo ser utilizado conjunto de
vestimenta condutiva (roupas, capuzes, luvas e botas), ligadas através de cabo condutor
elétrico e cinto à rede objeto da atividade.
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9 - EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS DE TRABALHO (ESCOLHA, USO,
CONSERVAÇÃO, VERIFICAÇÃO E ENSAIOS)
Ensaio de ferramenta
isolada, 4 h de molho, 5 kV de
tensão aplicada durante 10
minutos.
30
Ensaio em capacete, 24 h de molho, 3min de 20
kV, eleva para 30 kV e retorna a zero.
Descarga durante
ensaio em capacete.
ENSAIO DE IMPACTO EM
CAPACETE
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ENSAIOS REALIZADOS EM LUVAS DE BORRACHA
O sub item 10.2.8.1 da NR-10 determina que em todos os serviços executados em instalações
elétricas devem ser previstos e adotados, prioritariamente, medidas de proteção coletiva
aplicáveis, mediante procedimentos, às atividades a serem desenvolvidas, de forma a garantir
a segurança e a saúde dos trabalhadores.
O sub item 10.2.8.2 diz que as medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a
desenergização elétrica conforme estabelece esta NR e, na sua impossibilidade, o emprego de
tensão de segurança.
No sub item 10.2.8.3 a determinação é que o aterramento das instalações elétricas deve ser
executado conforme regulamentação estabelecida pelos órgãos competentes e, na ausência
desta, deve atender às Normas Internacionais vigentes.
Aterramento Temporário
Após seccionamento do circuito e o teste com
detector de tensão instalar o conjunto de
aterramento temporário para equipontencializar e
aterrar as três fases.
Segurança Pessoal
O objetivo principal do aterramento temporário para intervenção em equipamentos ou
instalações é o de fornecer segurança ao pessoal envolvido em casos de energização
acidental, descarga atmosférica, tensão estática e tensão induzida capacitiva e/ou
eletromagnética.
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EQUIPAMENTOS COM BLOQUEIOS AUTOMÁTICOS (DISJUNTORES)
INVÓLUCRO:
Dispositivo ou componente envoltório de separação das partes energizadas com o ambiente,
destinado a impedir qualquer contato com as partes internas energizadas (quadros, caixas,
gabinetes, painéis e outros).
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11 – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
A NR-6 estabelece as disposições legais relativas aos EPIs, com redação dada pela
portaria nº 25, de 15 de outubro de 2001.
Classes
Classe “A” – Destina-se a uso geral, exceto em trabalhos com energia elétrica;
Classe “B” – Destina-se a uso geral, inclusive para trabalhos com energia elétrica;
Classe “A” / ”B” – Atende as duas especificações anteriores.
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Óculos de Segurança
Classe de tensão:
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Calçado de Segurança Tipo Coturno
Proteção dos pés do usuário em trabalhos onde não haja risco de queda de materiais e ou
objetos pesados sobre os artelhos.
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12 – POSTURA E VESTUÁRIOS DE TRABALHO
NR-17 ERGONOMIA
Dispositivo Legal
A NR-17 visa estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de
conforto, segurança e desempenho eficiente.
O levantamento de cargas é um dos fatores mais importantes nas causas de lombalgia e outras
patologias musculoesqueléticas freqüentes.
Ergonomia é…
POSTURA:
A NR-10 no item 10.2.9.2 determina “As vestimentas de trabalho devem ser adequadas às
atividades, devendo contemplar a condutibilidade, inflamabilidade e influências
eletromagnéticas”.
Inflamabilidade: Para proteção contra os efeitos térmicos dos arcos elétricos e seus flashes,
as roupas resistentes a chamas têm que minimizar as lesões por queimaduras e oferecerem ao
trabalhador alguns segundos de tempo de fuga.
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13 – SEGURANÇA COM VEÍCULO E TRANSPORTE DE PESSOAS,
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS
Veículos a caminho dos locais de trabalho em campo, com deslocamento diário dos
trabalhadores até os efetivos pontos de prestação de serviços, expõem os trabalhadores aos
riscos característicos das vias de transporte.
No sistema elétrico de potencia, o veículo é uma das principais ferramentas de trabalho, sendo
em algumas situações de trabalho a mais importante.
Estudos demonstram que somos capazes de dirigir com o dobro de segurança do que temos
atualmente. Basta desenvolver a capacidade de conduzir um veículo, por meio de um
aperfeiçoamento.
Uma única falha de julgamento, ou erro poderá resultar na perda de vidas e de equipamentos
de altíssimo custo.
Muitos motoristas não têm consciência desta responsabilidade. É comum ouvirmos relatos de
acidentes onde o condutor aponta como “culpa” a falta de acostamento, a chuva, vento lateral
ou frontal, intensidade da luz, um buraco na pista, entre diversos outros fatores.
Deveres do Condutor
Conhecimento: saber, ter ciência – Por exemplo: Identificar as placas de trânsito, interpretar
corretamente as leis de trânsito, ter ciência das responsabilidades envolvidas na condução de
um veículo;
Habilidade: saber fazer – Por exemplo; Dirigir (utilizar com destreza, percepção e reação
adequada) a ferramenta denominada veículo automotor. Manuseio adequado, uso específico e
usar dentro dos limites estabelecidos pelos fabricantes e empresas;
Atitude: querer fazer - Por exemplo: Usar o cinto de segurança, por saber que ele aumenta a
proteção em caso de acidentes.
“Direção Segura” é dirigir de modo a evitar acidentes, apesar das ações incorretas
(erradas) dos outros e das condições adversas (contrárias), que encontramos nas vias
de trânsito.
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14 – SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE ÁREAS DE TRABALHO
10.10.1 Nas instalações e serviços em eletricidade deve ser adotada sinalização adequada de
segurança, destinada à advertência e à identificação, obedecendo ao disposto na NR-26 -
SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA, de forma a atender, dentre outras, as situações a seguir:
d) Delimitações de áreas; e
Finalidade
Finalidade
Finalidade
Finalidade
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15 – LIBERAÇÃO DE INSTALAÇÃO PARA SERVIÇO E PARA OPERAÇÃO E
USO
Desenergização de circuitos
a) Seccionamento;
b) Impedimento de reenergização;
Reenergização de circuitos
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16 – TREINAMENTO EM TÉCNICAS DE REMOÇÃO, ATENDIMENTO,
TRANSPORTE DE ACIDENTADOS
Considerações
10.3.3.1. Todo profissional, para instalar, operar, inspecionar ou reparar instalações elétricas,
deve estar apto a prestar primeiros socorros a acidentados, especialmente através das técnicas
de reanimação cardiorrespiratória.
• A posição da vítima não possibilita, na maioria das vezes, aplicação da reanimação cardio-
respiratória, sendo assim faz-se necessário colocar a vítima em decúbito dorsal,
preferencialmente no solo, o mais rápido possível;
• Ter pleno conhecimento dos equipamentos e materiais utilizados no resgate, como cordas,
trava quedas, mosquetões, freio oito, etc.;
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2) Subir os degraus com cautela para iniciar o resgate e afastar o acidentado caso esteja
em contato com a rede BT energizada. A seguir instalar o freio oito na corda de resgate
e no cinto da vítima.
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4) Após a descida do acidentado, acomodá-lo em posição para prestação dos primeiros
socorros.
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17 – ACIDENTES TÍPICOS – ANÁLISE, DISCUSSÃO, MEDIDAS DE
PROTEÇÃO
Análise de Acidentes:
FINALIDADE
Identificar as causas imediatas, básicas ou falta de controle desses eventos através de análise
sistêmica e propor medidas preventivas.
CONCEITOS BÁSICOS
Incidente (quase-acidente)
Evento não desejado, que sob circunstâncias ligeiramente diferentes, poderia ter resultado num
acidente.
Acidente
Evento não desejado que resulte em danos à pessoa, dano à propriedade ou perda no
processo ou meio ambiente.
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18 – RESPONSABILIDADES
RESPONSABILIDADE DA EMPRESA
Conforme o novo texto da norma regulamentadora nº 10 do MTE em seus itens 10.12 e 10.13 ,
recomenda-se que sejam observados os seguintes aspectos quanto à responsabilidade das
partes (empregador, empregados e contratante envolvidos) na segurança do trabalho:
- Colaborar com a empresa na aplicação das leis sobre segurança e medicina do trabalho;
- Zelar pela sua segurança e saúde, ou de terceiros que possam ser afetados por suas ações
ou omissões no trabalho, colaborando com a empresa para o cumprimento das disposições
legais e regulamentares, inclusive das normas internas de segurança e saúde;
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- Comunicar, imediatamente, ao responsável pela execução do serviço as situações que
considerar risco para sua segurança e saúde ou de terceiros.
- Os trabalhadores podem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa, sempre que
evidência de riscos graves e iminentes para a sua segurança e saúde ou de outras pessoas,
comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas
cabíveis .
Além das exigências contidas na consolidação das leis do trabalho (CLT), é de se considerar
ainda o disposto no novo texto da NR-10 do mte em seu item 10.12, relativamente às
responsabilidades da empresa e dos trabalhadores quanto ao cumprimento da NR-10.
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RESPONSABILIDADES JURÍDICAS EM ACIDENTES DO TRABALHO
a) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas
ações ou omissões no trabalho;
ASPECTOS LEGAIS
A – Legislação Penal
Introdução
Quando ocorre alguma anormalidade em nosso cotidiano bater o carro, por exemplo,
geralmente procuramos um advogado, ou acionamos a seguradora para nos defender, sendo
culpados ou não de nossos atos. É um procedimento normal e correto, mas, na maioria das
vezes, não sabemos o que a lei determina.
Crime Doloso
O crime doloso ocorre quando existe a intenção, a vontade de praticar o crime. O agente queria
justamente aquele resultado. É o crime praticado “POR QUERER”
Note que “Ele” tinha a intenção, a vontade de praticar o crime. Portanto, pode-se caracterizar
como um Crime Doloso.
Veja que “Ele” não tinha a intenção de provocar o acidente para ferir o condutor. No entanto,
houve um crime, nesse, caso, culposo.
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Em todo crime há, obrigatoriamente, DOLO OU CULPA.
CULPA:
Ocorre pelo fato da pessoa ter agido ou se omitido e em decorrência desse ato haja danos a
terceiros, como nexo causal.
CULPA
"Culpa in comitendo" - Prática de ato positivo que resulta em dano - ato imprudente ou ato
imperito;
Dessa forma, o instituto da responsabilidade civil tem duas funções primordiais: garantir o
direito do lesado à segurança; e servir como sanção civil, de natureza compensatória, mediante
a reparação do dano causado a outrem.
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Código Penal Brasileiro
Morte do acidentado
Fundamento legal
O artigo 121, parágrafo terceiro, do Código Penal, define o crime de homicídio culposo, no qual
se compreende, também, a hipótese da morte provocada pelo acidente do trabalho. Logo, no
acidente do trabalho, a culpa pela morte do trabalhador pode ser imputada à chefia imediata ou
mediata ou a qualquer preposto, ou ainda a qualquer colega de trabalho, que tenham, por
imprudência, imperícia ou negligência, contribuído na eclosão do evento morte.
A culpa decorre não da vontade do agente em causar o evento morte, mas de ato seu de
negligência, ou imprudência, ou imperícia. Assim, a não observância de uma norma técnica na
realização de um trabalho, decorrendo, em conseqüência, da morte de um empregado (ou
terceiro), os responsáveis podem ser penalizados. Ainda que no acidente tenha havido culpa
recíproca (da vítima e da chefia, por exemplo), isto não exclui a responsabilidade daquele que
tenha contribuído para o fato, tenha ou não sido atingido pelo acidente. Assim, mesmo na
hipótese do acidente provocar a morte do empregado e ferimentos em quem contribuiu para a
morte do colega, este responderá pelo evento fatal.
Fundamento legal
É necessário esclarecer que a lesão corporal compreende a ofensa à integridade corporal ou à
saúde, isto é, constitui-se na agressão à integridade física ou psíquica do ser humano.
Pena
Detenção de dois meses a um ano, não importando a gravidade da lesão corporal.
Aumento da pena
A pena aumenta um terço se a lesão culposa resultar de inobservância de regra técnica, arte
ou ofício, ou se o agente deixar de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as
conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante.
Fundamento legal
Está previsto no artigo 132 do Código Penal, que prescreve: "Expor a vida ou a saúde de
outrem a perigo direto e iminente”. A exposição de motivos do Código Penal cita como
exemplo, o caso do empregador que, para poupar-se ao dispêndio com medidas técnicas de
prudência, na execução de obra, expõe o operário ao risco de grave acidente.
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São exemplos, também capitulados nesse dispositivo: a exposição do empregado a
substâncias tóxicas, a exposição do empregado a máquinas perigosas sem proteção, obrigar
que empregado menor execute atividades de risco proibidas por lei, etc.
Aqui não se fala em culpa, mas em dolo. O empregador deixa de oferecer as condições de
segurança por descaso na tomada de medidas de prevenção. Assim age por vontade, não de
causar o acidente, mas de economizar recursos com os dispêndios de segurança para os
empregados, assumindo os riscos de expor os mesmos a grave perigo. Esse tipo de crime é
considerado subsidiário, pois, se consumar o resultado mais grave (acidente do trabalho com
morte ou lesão corporal) o agente responderá por homicídio ou lesão corporal (e não mais pela
exposição de outrem a periclitação de vida ou a saúde).
Pode ser a chefia imediata ou a chefia mediata do empregado acidentado, ou mesmo o colega
de trabalho e também, os responsáveis pela segurança do acidentado. Nada impede que haja
a co-autoria. Assim, por exemplo, se a Gerência determina que um trabalho específico seja
feito sob condições totalmente inadequadas, no que se refere ao aspecto de segurança, sendo
essa posição ratificada pelas chefias intermediárias, resultando, daí, acidente do trabalho com
vítima, todos os culpados estarão sujeitos a responder pelo dano
Artigo 942
Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à
reparação do dano causado; e, se a ofensa tiver mais de um autor, todos responderão
solidariamente pela reparação.
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ANEXOS
PTR
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