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Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Tecnologia e Ciências


Faculdade de Engenharia
Laboratório de Máquinas I
Turma 1

Luís Fernando Oliveira Guedes


Renan Monteiro Lobato Ximenes
Vitor Hugo de Avelar Rezende

Experimento 4 – Inserção da Máquina no Sistema

Professor: Otto Wanner Ganvini


Data de envio do relatório: 10/02/2023

Rio de Janeiro
2023
Objetivo
Analisar a máquina quando inserida no sistema, ou seja, conectada a rede elétrica e verificação
da sequência de fase.

Introdução Teórica
Geradores síncronos são raramente conectados a cargas individuais. Esses são conectados a uma
rede interligada, a qual contém vários geradores operando em paralelo. A operação em paralelo de
geradores traz as seguintes vantagens: vários geradores podem atender a uma grande carga,
aumento da confiabilidade, um ou mais geradores podem ser desligados para manutenção sem
causar a interrupção total da demanda da carga, maior eficiência etc.
Geradores síncronos podem ser conectados ou desconectados da rede interligada, dependendo
da demanda de carga.
A operação, na qual os geradores são conectados a rede é chamada sincronização. Para que o
gerador síncrono possa ser conectado a rede, ambos os sistemas devem ter:
• A mesma magnitude de tensão RMS (eficaz);
• A mesma frequência;
• A mesma sequência de fases;

Um conjunto de lâmpadas pode ser utilizado para verificação visual dessas quatro condições,
como mostrado na figura 1.

Figura 1 – Circuito para sincronização do gerador no sistema


1. A máquina primária (prime mover) pode ser um motor de CC ou de indução, que é
empregado para ajustar a velocidade do gerador ao valor síncrono (frequência da rede);
2. A corrente de campo Ifd pode ser ajustada de tal maneira que a magnitude das tensões do
gerador e da rede sejam as mesmas;
3. Se a sequência de fases estiver correta, as três lâmpadas devem acender e apagar em
sincronia.

Resultados
Através da prática de laboratório foi possível observar o processo como um todo, desde os
ajustes da corrente de campo da máquina inserida no sistema até o sincronismo do sistema através
do método das 3 lâmpadas que, como definido anteriormente, indicam as diferenças de fases através
do brilho das lâmpadas.
Na Tabela 1 mostra a variação da corrente de fase Ia, de acordo com a variação da corrente na
bobina de campo Ifd, com esses dados é possível montar o gráfico da curva V.

Tabela 1 – Valores medidos: Ifd e Ia


Ifd (A) Ia (A)
0,351 8,18
0,50 7,05
0,535 6,02
0,623 5,04
0,713 4,02
0,791 3,04
0,873 2,06
0,964 1,1
1,052 0,565
1,126 0,480
1,23 2,001
1,326 3,03
1,4 4,02
1,49 4,98
1,59 6,11
1,68 7,1
1,76 8,01
No gráfico abaixo é possível notar o comportamento da máquina inserida no sistema, onde para
valores de corrente de campo menores que 1 A, (lado esquerdo do gráfico) a máquina se comporta
com fp capacitivo, ou seja, injetando potência reativa na rede, enquanto que para valores de Ifd
maiores que 1 A (lado direito do gráfico), a máquina se comporta com fp indutivo, ou seja,
consumindo potência reativa da rede.

Curva V

Máquina inserida na rede


9
8
7
6
5
Ia (A)

4
3
2
1
0
0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
Ifd (A)

Dados experimentais

Conclusão
Com este experimento, foi possível analisar e verificar as condições para que o gerador síncrono
seja inserido no sistema de forma efetiva, ou seja, foi ajustado a magnitude da tensão do gerador, a
frequência e a sequência de fase de forma que a máquina esteja compatível com o sistema.
Além disso, foi possível verificar que, o controle das potências ativas e reativas pode ser feito
através do controle da variação da velocidade da máquina primária, bem como a corrente de campo,
respectivamente.
Referências

CHAPMAN, S. Fundamentos de Máquinas Elétricas. 5. ed. [S.l.]: AMGH Editora


Anotações de Aula

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