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Universidade do Estado de Minas Gerais

Campus Ibirité

FERNANDA CRISTINA NICÁCIO DE ALMEIDA FERREIRA

ESCRITA REFLEXIVA SOBRE OS TEXTOS:


“DOSSIÊ: HISTÓRIA DA CULTURA ESCRITA”, POR ANA MARIA DE OLIVEIRA
GALVÃO E ISABEL CRISTINA ALVES DA SILVA FRADE
“EM BUSCA DO LETRAMENTO: AS ORIGENS SOCIAIS E INTELECTUAIS DOS
ESTUDOS SOBRE O LETRAMENTO”, POR HARVEY J. GRAFF.

IBIRITÉ
NOVEMBRO - 2021
FERNANDA CRISTINA NICÁCIO DE ALMEIDA FERREIRA

ESCRITA REFLEXIVA SOBRE OS TEXTOS:


“DOSSIÊ: HISTÓRIA DA CULTURA ESCRITA”, POR ANA MARIA DE OLIVEIRA
GALVÃO E ISABEL CRISTINA ALVES DA SILVA FRADE
“EM BUSCA DO LETRAMENTO: AS ORIGENS SOCIAIS E INTELECTUAIS DOS
ESTUDOS SOBRE O LETRAMENTO”, POR HARVEY J. GRAFF.

Reflexão de artigos apresentado a


disciplina de CMC – Ensino da Lingua
Portuguesa I, da Universidade do Estado
de Minas Gerais (UEMG),
Campus Ibirité, curso de pedagogia,
5° período, Noite.

Profº. Ana Paula Pedersoli Pereira

IBIRITÉ
NOVEMBRO - 2021
Refletindo os artigos “Dossiê: História da cultura escrita”, escrito por Ana
Maria de Oliveira Galvão e Isabel Cristina Alves da Silva Frade e do artigo “Em
busca do letramento: As origens sociais e intelectuais dos estudos sobre o
letramento”, escrito por Harvey J. Graff. Harvey aponta que a cultura escrita se
apresenta como um lugar simbólico e material que o escrito ocupa em determinados
grupos sociais, comunidade e sociedade em épocas distintas. As instâncias ou
instituições que ensinam ou possibilitam a circulação do escrito, nos quais sendo
difundido e ensinado.
O autor apresentam no dossiê três diferentes modos de pensar. O primeiro é
a história da alfabetização que está centrada na compreensão do fenômeno da
aquisição/apropriação de uma nova tecnologia e seus materiais, Alfabetização está
vinculada aos ensinos dos elementos básicos do código. O segundo é a história do
letramento que focaliza nos usos sociais de leitura e escrita, o letramento identifica-
se como a cultura oral onde se valoriza o pensar dentro das práticas sociais de
leitura e escrita. E o terceiro que é na história da cultura escrita que engloba os
conjuntos mais amplos de objetos e abordagens. O pensar no campo intelectual são
vistos como inseparáveis das práticas educativas. As autoras refletem sobre o
significado de ler e o significado de ler partindo do ato de escrever e sobre o papel
da materialidade dos objetos que transmitem/portam a leitura.
A concepção de letramento contribui para redimensionar nossa compreensão
sobre o aprender a ler e a escrever. Atualmente existem preocupação com a
investigação sobre alfabetização, letramento e cultura escrita, para entender melhor
faz-se necessário definir esses conceitos diante das novas exigências de
comunicação no mundo pós-moderno. Percebe-se que os conceitos passaram por
várias mudanças, culminando no que chamamos hoje de letramento. O conceito da
leitura escrita e o de alfabetização vem sendo sofisticado ininterruptamente exigindo
a apropriação das novas tecnologias como forma de comunicação. Harvey J. Graff,
Ana Maria de Oliveira Galvão e Isabel Cristina Alves da Silva Frade estão apoiados
em Magda Soares autoridade e referência em alfabetização e letramento e Anne-
Marie Chartier referência na cultura da escrita.
Existem várias pesquisas atualmente sobre os processos da leitura e da
escrita onde o enfoque é a cognição ampliando assim a compreensão sobre como o
indivíduo constrói o seu conhecimento de leitura e escrita e que não é mera
memorização, mas sim a reflexão sobre a cultura da escrita pautadas na valorização
da compreensão e vivência da leitura e da escrita, vinculada ao que chamamos de
letramento.
Existe um mito de que a escrita é superior a fala, a crença de que a forma
culta de expressão baseada na escrita é única e correta, gera o descredenciamento
dos saberes próprios da oralidade e dos contextos sociais. Pensou-se ser a escrita o
único e principal instrumento de desenvolvimento cognitivo, acreditando que o
conhecimento genuíno é apenas aquele que se aprende nos livros e nas escolas,
sendo a alfabetização o caminho para se obter tal conhecimento. Olson (1997) trata
a tal crença promovendo o descompasso entre a alfabetização e o letramento por
desconhecer que escrever não é apenas transmitir a fala. Cultura escrita pre-supõe
ser um conjunto de práticas sociais que usam a escrita, enquanto sistema simbólico
e enquanto a tecnologia em contextos específicos.
A alfabetização é um processo pela qual se adquire o domínio de um código e
das habilidades de usá-los para escrever e ler ou seja o domínio da tecnologia do
conjunto das técnicas para exercer a arte da escrita. O letramento implica
habilidades variadas como a capacidade de ler ou escrever para atingir diferentes
objetivos. Aprender a ler e a escrever implica não apenas o conhecimento das letras
e do modo de decodificá-las mas a possibilidade de usar esse conhecimento em
benefício de formas de expressão e comunicação em determinado contexto cultural.
Considerando as reflexões dos textos propostos, percebe-se que a aquisição
da leitura e da escrita é um processo em que é necessário interagir com objeto de
estudo: a cultura escrita, o letramento e a alfabetização, que estão cada vez mais
sofisticados e que o ato de ler e escrever sofrem intervenções de informações
recebidas pela decodificação que se escreve e se registra o pensamento e a
oralidade no papel. O ensino da escrita utilizada atividades de letramento e de
alfabetização simultaneamente, o letramento está ligado a compreensão de leitura e
escrita como práticas sociais usada a todo instante quando nos comunicamos com
outras pessoas no universo carregado de informações. A língua escrita é viva e se
transforma continuamente.
Referências Bibliográficas
 GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. FRADE, Isabel Cristina Alves da Silva. Dossiê:
História da Cultura Escrita. Rev. bras. hist. educ., Maringá- PR, v. 16, n. 1 (40), p.
207-214, jan./abr. 2016.
 GRAFF, Harvey J. Em busca do letramento: as origens sociais e intelectuais
dos estudos sobre letramento. Rev. bras. hist. educ., MaringáPR, v. 16, n. 1 (40),
p. 233-252, jan./abr. 2016.
 GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. Cultura Escrita. Glossário Ceale. Disponível em:
<http://www.ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/culturaescrita>.
Acesso em: 09 de nov. de 2021.

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