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APOSTILA FORMAÇÃO
PROFISSIONAL AUXILIAR DE
CRECHE
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CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL
ÍNDICE
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Mensagem de boas vindas
A LIÇÃO DA BORBOLETA
Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo. Um homem sentou e observou a
borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo
passasse através daquele pequeno buraco.
Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela
tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
O homem então decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o
restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente.
Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem
continuou a observá-la, porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se
abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo queiriase afirmara
tempo.
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com
um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em
sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que ocasuloapertado eoesforço
necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo pelo qual Deus
fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela
estaria pronta para voa uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.Se Deus
nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos
deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca
poderíamos voar.
Que juntas possamos compartilhar todas as experiências vividas e buscaremos através dos
novos conhecimentos uma reflexão para nosso crescimento profissional.
Boa Sorte!
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CAPÍTULO 1
• EDUCAÇÃO INFANTIL
• ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
• EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS
• LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
• RCNEI – REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
• BASE CURRICULAR NACIONAL
• ATENDIMENTO AO PÚBLICO DAS CRECHES
• CUIDADOS COM RELACIONAMENTO HUMANO
• ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE CRECHE
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IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por muitos séculos, a educação e os cuidados das crianças ficaram somente sobre a
incumbência da família, particularmente das mães e de outras mulheres da própria
família. Com as mudanças sociais ocorridas em decorrência da revolução industrial, as
mulheres saíram de casa em busca de um ofício, surgindo assim à demanda por um
ambiente que pudesse proteger os filhos das trabalhadoras (OLIYEIRA, 2002, P.28).
Com a inserção das mães no mercado de trabalho, as crianças ficavam sem os
cuidados básicos necessários para sua sobrevivência, o que provocou aumentos nas taxas
de mortalidade infantil, desnutrição e acidentes domésticos. Surge, então, a creche como um
recurso que momentaneamente atenuou a situação, dentro de uma circunstância
extremamente assistencialista e de cuidados, na qual a criança passou a ser
visualizada como uma adversidade dentro da sociedade. Nota-se que a primeira ideia
de atendimento infantil possuía simplesmente uma natureza assistencialista e
benevolente, relacionado somente aos cuidados de higiene e alimentação. Nesse período,
a criançaera classificada como um adultoem miniatura,uma vez que nenhumsentimento de
infância existia (OLIYEIRA, 2002, p.58).
Houve um processo evolução na educação infantil em relação ao passado em
que as crianças não eram consideradas como um ser social e histórico. Na atualidade, a
educação infantil é voltada para cuidar, educar e brincar, direcionada para uma formação
integral que seja capaz de despertar nas crianças o seu desenvolvimento psicológico, físico,
socialecognitivo, possibilitando umaeducação que seja capaz de reconhecer a criança como um
ser pensante e autônomo. Diante da perspectiva legal, a Educação Infantil corresponde
hoje à primeira etapa da educação básica, cabendo ao sistema educacional dos
municípios ofertarem essa modalidade de ensino com qualidade, ou seja, ofertarem
creche a todas as crianças de 0 a 3 anos e pré-escola a todas de 4 a 5 anos de idade,
principalmente àquelas provenientes das classes menos favorecidas (BRASIL, 2010).
A Educação Infantil representa a primeira etapa da Educação Básica. A
Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº
8.069/90) trouxeram novo paradigma educacional, permitindo que muitas pessoas
começassem a lutar pela conquista dos espaços destinados ao atendimento infantil
que passou a ser reconhecido como dever do Estado e de cada município. De acordo com
as legislações que regem as questões educacionais para essa fase da vida, todas as
crianças, apartir de quatro anos de idade, devem ter seus espaços garantido sem
instituições especializadas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional– LDB (Lei
nº 9.394/96) jádeterminavaque criançasdezeroatrêsanos fossem atendidas pelas
creches,enquantoasde quatroacinco anos deveriam frequentar a pré-escola. Segundo
a Constituição, é obrigação do Estado oferecer a todas as crianças uma educação na
fase da infância.
Quem coordena os programas de educação pré-escolar, atualmente, é a Secretaria
de Ensino Básico do Ministério da Educação(MEC),e mesmo assim,não podemos dizer
que exista um pensamento comum entre os educadores sobre quais são as reais
funções exercidas por uma escola infantil.
Souza e Kramer(1991)enfatizam que,mesmo sabendo que muitas crianças neste país
não têm acesso às condições mínimas básicas de que necessitam para uma vida
saudável, é importante que a pré-escola contribua com propostas educacionais,
ultrapassando sua função assistencialista.
Embora a Educação Infantil no Brasil tenha mais de 160 anos, o seu maior
desenvolvimento ocorreu a partir da década de 1970, com a legislação formulada em 1971
(LDB nº 5.692), que determinava que crianças menores de sete anos deveriam receber
educação em escolas maternais ou jardins de infância.A finalidade da Educação Infantil
é proporcionar o desenvolvimento integral da criança em todos osseus
aspectos,físicos,intelectual,linguístico, afetivo e social, visando complementar a educação
recebida na família e em toda a comunidade em que a criança vive.
Para desenvolver sua sociabilidade, sua afetividade,a criança precisa interagir com
outras pessoas, e essa interação só se dá pela comunicação que ela faz por meio do
pensamento que se expressa pela linguagem e pela motricidade. É importante que as
instituições que atendem crianças do período da Educação Infantil compreendam a
importância de elas manifestarem as diferentes possibilidades de expressão (desenhos,
danças, pinturas). Todas as crianças podem apresentar maior ou menor capacidade nas
formas de demonstrarseusconhecimentos. Isso temavercom os estímulos ou as
rejeições dadasaosseustrabalhos, pois, quandoencontramresistência em
determinadaslinguagens, possivelmente isso setraduziráematitudes de inibição. Umadas
tarefas da Educação Infantil é propiciar às crianças diferentes formas de manifestar seu
conhecimento, estimulando todas as possibilidades de elas expressarem sua criatividade,
sejam elas por gestos, pela fala ou, ainda, por desenhos, pintura e escultura. O grande
desafio dos profissionais de que atendem a essa faixa etária é criar situações que
possam estimular explorações de movimentos, oferecendo meio sincronizá-los com a
música, de incentivar a imaginação por meio das atividades cênicas ou pictóricas.
Escolas que se propõem a trabalhar com a Educação Infantil devem ter clareza de
que:
• Abordagens pedagógicas que no passado notavam as práticas docentes, por
exemplo, os alunos chegam à escola sem nenhum conhecimento, atualmente não são
mais aceitas;
• Antes deproporatividades, éimportante queidentifiquem os diferentesperfisdecapacidade
das crianças no contexto da sala de aula;
• Uãodevemficarcondicionadas a pensarapenasnas linguagens da falae da escrita,
mas dar importância às outras possibilidades,como o movimento, a brincadeira, o
desenho, a dramatização, a música, o gesto e a dança;
• As propostas a serem oferecidas devem visar ob¡etivos de formação integral das
crianças e fortaleceras inter-relações pessoais entre elas,
• O ambiente vivido no dia a dia da criança deve propiciar um diálogo com as múltiplas
linguagens, promovendo sempre novas experiências,aproximando a criança de suas
possibilidades de criação.
III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;
Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas
a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e
históricos, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de
cultura. Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e
facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e
de lazer voltadas para a infância e a ¡uventude. (BRASIL, 1990).
Partindo desses pressupostos, percebe-se aprioridade de que se faça honrar o que
determina o dispositivo legal brasileiro. Na atualidade, não é aceitável
criançasforadainstituição escolaresem o acolhimento imprescindível por parte da família, pois
o descumprimento de tal situação poderá se retratar como abandono intelectual.
Sabe-se que para não haver uma alta representação da evasão escolar,
repetência e péssimo desempenho escolar,é de suma importância que haja o trabalho
da escola e da família. A criança ou adolescente devem comparecer regularmente à
instituição escolar, tendo o acompanhamento familiar e o da instituição de ensino a que
pertencem, para que as metase os objetivos educacionais propostos sejam atingidos.
Por fim, enfatiza a Constituição Federal de 1988, assim como o Estatuto da Criança e do
Adolescente 1990, que devemos amparar as crianças e os adolescentes preservando-os das
arbitrariedades, do desamparo intelectual/moral e da violência para que tenham uma infância
e uma adolescência segura.Essas normativas de que a proteção e as garantias dos
direitos que lhes são devidos pela legislação brasileira vigente. É p reciso que os
governos, a sociedade e principalmente, a família passem a atuar de forma mais
presente, eficiente e articulada, afim de que os dispositivos legais deixem de ser
apenas mais um projeto nacional, no sentido das práticas de direito. Devem ser
garantidos a todas as crianças e adolescentes, sem restrições, bem como é necessário
que haja o entendimentodosmesmos, como sujeitos de direitos, pessoas em condições
peculiares
de desenvolvimento e prioridade absoluta. Desta forma, haverá a efetivação na proteção
integral e garantias da política da criança e do adolescente.
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enganosa a ideia de que existe uma proposta psicopedagógica completamente pronta e
organizada a ser executada. Essa proposta muda conforme as possibilidades da
instituição, o momento histórico, a população
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atendida e a dinâmica das relações que ali ocorrem. Ela acontece através de
plane¡amento– ação– avaliação-replane¡amento, em um referencial curricular nacional
para educação infantil processo em que devem estar envolvidos todos os profissionais da
equipe. Para isso, no entanto, todos precisam ser respeitados enquanto profissionais, com
direitos edeveres. Oque pressupõecondiçõesadequadas de trabalho e remuneração.
Pressupõe também tempo disponível na rotina para plane¡amento, registro e
reflexões. Como prevê, agora, a LDB. O apoio e parceria dos colegas e supervisores nessa
tarefa são fundamentais para que haja uma primoramento na qualidade do trabalho
realizado porto do o grupo.
Favorece também a criação de um espírito de equipe, onde cada um se percebe
como peça fundamental na construção do conhecimento pessoale coletivo, do
conhecimento dascrianças, da proposta pedagógica da instituição, de sua identidade
profissional e da qualidade do serviço prestado à comunidade como um todo. Só assim
será possível atender à necessidade de conquistar qualidade nas ações educativas,
para propiciar o melhor desenvolvimento possível às crianças.
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil deve ser entendido como uma
proposta aberta, flexível e não obrigatória, que visa à estruturação de propostas educacionais
adequadas especificidade de cada região do país .Sua primeira versão foi analisada por
mais de 500 especialistas em âmbito nacional.O documento mostra as conquistas políticas
documentais(Constituição,LDB..) e denota a incorporação, pelo MEC, da “Educação
Infantil no sistema educacional regular.” O documento aponta a especificação legal
da Educação Infantil e sua importância ao ser reconhecida eapoiada na Lei de Diretrizese
Bases da Educação, o que por, si só, já é uma grande vitória, mas a qualidade da ação é
ainda um caminho muito difícil a conquistar. Define uma perspectiva teórica norteadora, a
qual é apontada, pelos educadores, como psicologizante. Será este o problema do
documento? A ênfase no modelo construtivista?
Porque se outro fosse tudo se enquadraria dentro de um único referencial teórico ou
Existe aquia necessidade de flexibilizar tal orientação?
• Será que em todo Brasil ,no trabalho com Educação Infantil, há condições de
adotar ou mesmo o desejo de adotar um único referencial teórico?
• Podemos impingir uma única modalidade de pensamento e/ou aporte discursivo à uma
ação tão grande e com tantas especificidades regionais ?
Há que se pensar em tais questões porque no RCNEI é dito que “estas orientações devem
subsidiar e instrumentalizar os diferentes profissionais"… de “função técnica até"… os que
trabalham diretamente com as crianças; além de apresentar ob¡etivos claros de –
estabelecer parâmetros… estaduais e municipais das políticas de E.I.; – subsidiar a
produção e a avaliação de material didático; – fornecer critérios de qualidade.
Acredito ser mais interessante manter o caráter de suporte à ação pedagógica e não
coordenação da mesma ação. Assim estava sendo feito nos documentos produzidos
de 1994 a 1996, pela Coordenação Geral de Educação Infantil (COEDI), do
Departamento de Políticas Educacionais, do TEC, que refletiam o esforço de
documentar a realidade enfrentada no país. Outro problema a ser enfrentado é a
coincidência de fala de uma única região do país. Essa “fala” hegemônica regional
pode ser obstáculo a um dos objetivos centrais do documento: – o respeito e
valorização da pluralidade e multiculturalidade de nossa sociedade.
Referencial curricular nacional para a educação infantil: Comentário
O texto em questão é analisado em termos de sua consistência com a
perspectiva sócio- construtivista, com a concepção da criança como agente ativo e auto-
determinado de seu próprio desenvolvimento e com a concepcão sobre o brincar como sistema
autônomo e intrinsecamente motivado. Discutem-se as implicações do conceito de
motivação intrínseca termos cognitivos e afetivos, em geralesobreocomportamento
lúdicoemparticular. Comenta- se o texto de referência com relação à coerência e rigor de
seus fundamentos teóricos e a suas potencialidades como orientação para profissionais
envolvidos na prática da educação pré-escolar.
A FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
• Conviver – o contato das crianças com pessoas diferentes do seu âmbito familiar
amplia seu conhecimento de mundo e o respeito pelas diferentes culturas.
• Brincar – os diferentes tipos e formas de brincadeiras devem favorecer a
participação, assim como devem considerar as criações e contribuições das crianças
para a construção de novos conhecimentos.
• Participar – osdiversos tempos da rotina deatividades pedagógicas devemvalorizar
aopinião dascriançasdesdeafase do planejamento, porexemplo, dando
sugestõesparaosmateriais, brincadeiras e ambientes a serem utilizados.
• Explorar – as crianças devem ter acesso a diferentes tipos de materiaise
atividades, de forma que possam ampliar seu repertório pessoal e coletivo.
• Expressar–a criança precisa ter a oportunidade de externar seus
questionamentos, emoções, sentimentos e pensamentos, por meio de suas diferentes
linguagens.
• €onhecer-se – o trabalho desenvolvido pela escola deve a¡udar as crianças a
construírem uma imagem positiva sobre elas mesmas e sobre seus pares.
O que são os Campos de Experiências?
Os Campos de Experiências nada mais são que um conjunto de situações e
experiências que contemplam os conhecimentos prévios das crianças e os
conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural da humanidade. Os Campos de
Experiências estão organizados da seguinte maneira: oeu, ooutroeonós; Corpo, Gestos,
Movimentos; Traços, Sons, Cores e Formas; Oralidade e Escrita; Espaços, Tempos,
Quantidades, Relações e Transformações.
ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS
Nossas roupas não servem apenas para cobrir e proteger o corpo. De modo geral, servem
também como símbolo de identidade, cultura e origem. Expressamo-nos através do que
vestimos e dos adornos que escolhemos. Porém, ao lidarmos com crianças, todo
cuidado é pouco.Cada detalhe como um brinco de tarraxa ou um cinto de fivela, pode
gerar acidentes graves, colocando em risco a integridade física do adulto e da criança.
Portanto, é imprescindível que os profissionais que lidam com as crianças estejam
atentos às seguintes orientações:
• Roupa – é importantíssimo que a roupa usada para trabalhar com as crianças esteja limpa e
só seja vestida quando no interior da creche. Seu uso deve ser restrito ao ambiente da creche, vetado
ao trajeto casa-creche-casa, visando assim prevenir infecções. Cada roupa ou uniforme deve ser usada
por,no máximo,umdia,mesmo que aparentemente limpa,e trocada ao longo do dia,em caso de
imprevistos.A roupa ideal é aquela que cobre o corpo e mantém o conforto, ouseja,calça ecamisa
confortáveis, quepermitamomovimentoedeixema pele respirar. Calça decotton,tactel,camiseta de meia
mangade malhaoucotton são excelentes opções.
• Sapatos – devem ser limpa, fechados, confortáveis, rasteiros, antiderrapantes e de uso
exclusivo às áreas da creche, sempre acompanhados por meias limpas. No caso do
berçário, devem ser retirados (deixando só a meia) ou cobertos com sapatilhas
próprias. Io¡e, existem meias de adulto com antiderrapante.
• Acessórios e adornos – brincos, piercings, colares, anéis, cintos, relógios de pulso, etc.
devem ser retirados e guardados em local fora do alcance das crianças.
• Nenhum ob¡eto que caiba em um copinho de café pode estar ao alcance das
crianças. Logo, atenção redobrada aos botões, miçangas, lantejoulas e outras
miudezas. Evite a
exposição das crianças a estes objetos.
• Lavagem das mãos – deve fazer parte da rotina, especialmente entre as atividades
em local próprio para isso,sempre do cotovelo até apontados dedos,espalhando o sabão com
movimentos circulares, lavando bem os espaços entre os dedos, os polegares, as palmas e
dorsos das mãos a e antebraços. Não se esqueça de limpar embaixo dasunhas.
• €abelos – no caso de cabelos longos, usá-los presos (rabo, trança ou coque) por
presilhas seguras, sem objetos pequenos ou pontas que possam se desprender.
• Unhas – sempre curtas e sem esmaltes, pois facilitam a manutenção da sua limpeza.
• Higiene bucal – a boca deve estar sempre limpa e os dentes bem escovado
sutilizando pasta de dente, dando bom exemplo às crianças e companheiros de
trabalho.
• €heiros –perfumes e cremes não devem ser usados,em especial aqueles que têm
cheiro forte e ativo, pois podem desencadear ou agravar quadros alérgicos.
• Barba – deve ser curta e aparada diariamente e os que a usam, devem apresenta-
la bem cuidada e limpa.
• Óculos – quando necessários, devem ser usados com cordão de segurança.
• Luvas – São grandes aliadas em prol da higiene e da segurança, inclusive para
proteger ferimentos, mesmo que superficiais, evitando infecções.
• Desinfecção do fraldário e banheira – devem ser feita a cada troca de fralda com
solução adequada– um litro água e um copinho de água sanitária ou álcool 70%.Além da
desinfecção, é importante forrar o trocador com papel descartável a cada troca de fraldas.
• Sono de crianças:
- em caso de berços, os lençóis precisam estar bem ajustados ao colchão, evitando que o
rosto do bebê possaser encoberto;
- cada criança deverá ter seu próprio lençol que será utilizado sempre que necessário
e quando retirado, deverá ser guardado em um saco protetor;
- os berços poderão ser usados por mais de uma criança, porém em horários
diferenciados, desde que a troca de lençóis seja respeitada;
tanto berços como colchonetes devem manter uma distância de 90cm entre eles, permitindo a
passagem de um adulto;
- no caso de colchonetes, deite as crianças no mesmosentido, evitandoque rostos
e pésse encontram (os colchonetes precisam ser higienizados diariamente, com a mesma
solução de desinfecção).
• Brinquedos – precisam estar na sala frequentada pela criança, deve ser parte da
rotina diária a atenção à limpeza dos mesmos, assim como a limpeza de chupetas,
mamadeiras, etc... Usar a mesma fórmula de desinfecção usada no fraldário.
• Carrinhos – que trazem os bebês às creches e, portanto circulam na rua, não
podem a dentrar o espaço do berçário.
• Ralos – precisam estar sempre fechados e limpos.
• Lixeiras – devem ser pequenas, para que o lixo se¡a rapidamente descartado.
• Aparelho de ar – condicionado eventiladores – retêm e expelem muita poeira e
necessitam ser constantemente limpos. O ambiente arejado e com luz natural é
sempre mais saudável.
• Banhode sol – precisaserdiário, antesdas 10h eapós as 16h, éimportantíssimo
colocar no planejamento momentos em que a criança desenvolva atividades ao ar
livre.
• Sons – a música precisa estar sempre a favor do trabalho pedagógico. A seleção
musicaldeve ser adequada à faixa etária. Procure sempre dirigir às crianças com voz
calma e acolhedora, transmitindo segurança e proteção.
• Redes de proteção nas ¡anelas e vãos da creche – tornam o espaço mais seguro,
mas precisam ser limpos e revisados (rede e ganchos).
• Ob¡etos pessoais (pentes, sabonetes, toalha, escova de dente, etc...) devem serguardados
em compartimentos individuais e fechados. Devem estar sempre limpos e
identificados.
FASES DO DESENVOLVIMENTO
Movimento é uma das palavras que melhor define a explosão de descobertas que
acontece no mundo infantil, na fase de zero aostrês anos eonze meses. É
principalmente através dele que a criança se comunica e se relaciona com o mundo.
No contato com a criança, oeducador precisa estar sempre vigilante.
• Crianças não podem ficar desacompanhadas nunca, nem quando estão dormindo.
Precisamos estar presentes, atentos e observando-as para detectar qualquer evento, tal como
um engasgo inesperado ou uma febre repentina para podermos agir em tempo hábil.
• Precisamos compreender que é normal a criança pequena morder. Apesar de ser
parte do desenvolvimento, os adultos precisam estabelecer limites, impedindo, de forma
calma, paciente e sempre que possível, que elas aconteçam. Conversar muito com a criança
para que ela perceba que, é através do diálogo que melhor resolvemos nossos conflitos.
• No exercício das suas funções com as crianças, não diri ¡aa sua atenção para
outras atividades como,por exemplo,conversando com outras pessoasoufalando ao
celular.Estas ações dificultam ou impossibilitam a atenção à criança, colocando em
risco a sua segurança.
• Observar, ¡unto com outro educador, as condições em que as crianças chegam e registrar
sempre possíveis anormalidades, alertando os pais imediatamente.
• Registrar quaisquer situações que ocorram com as crianças na creche em agenda, para
ciência dos pais.
• As crianças têm maiornecessidadede beber água que o adulto, uma vez que têm maior
percentual de água corporal. Portanto, devemos sempre oferecer água para elas.
Devemos também criar recursos para que as maiores se sirvam com autonomia.
• Higiene do nariz – utilizar lenços descartáveis, pois a prática da higiene nasal evita
surgimento de doenças. Aproveite para ensiná-las acuidar de si, disponibilizando lenços de
papel quando solicitado por elas, mas supervisione bem estações, em seguida, é
preciso lavar as mãos.
• Nunca utilizar sabonete, xampu, remédios, de uma criança em outra.
Mamadeiras e chupetas são exclusivamente de uso individual.
• O momento de refeição é importante para a criação de hábitos saudáveis,entre
eles o de comer sentado à mesinha ou na cadeirinha.
• Nunca adiar a troca de fraldas, que deverá ser realizada de acordo com a necessidade
individual da criança e nunca em horários predeterminados.
• Higienizar as partes íntimas das crianças da frente para trás com algodão umedecido
em água e, quando houver necessidade, lavá-las com sabão. Os lenços de papel
umedecidos são opção, porém contém conservantes que podem provocar assaduras.
• A higiene oral deve fazer parte da rotina.
• Banho é um ato de afeto, que deve ser feito com calma. É um momento precioso,
onde o adulto interage individualmente com uma criança. O banho de chuveiro para
as crianças maiores deve ser protegido por material antiderrapante que deve ser
mantido sempre limpo.
• O sono é indispensável para o desenvolvimento das crianças. O sono da tarde tem
características próprias, portanto não devemos recriar um ambiente noturno, completamente
escuro e totalmente silencioso. A criança precisa conviver com os barulhos naturais
do ambiente.
Desenvolvimento Intelectual:
• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos, principalmente através da boca;
• Desenvolvimento da noção de permanência do ob¡eto, ou se¡a, a noção de que
uma coisa continua a existir mesmo que não a consiga ver;
• Localizações;
• Os gestos acompanham as suasprimeiras “conversas", exprimindo com o corpoaquiloque
quer ou sente (por ex., abre e fecha as mãos quando quer uma coisa);
• Alguns dos seus sons parecem-se progressivamente com palavras, tais como “mamã" ou
“papá" e ao longo dos próximos meses o bebê vai tentar imitar os sons familiares,
embora inicialmente sem significado;
• Apartir dos 8 meses: desenvolvimento do, acrescentando novos sons ao seu
vocabulário. Os sons das suas vocalizações começam a acompanhar as modulações da
conversa dos adultos - utiliza “mamã" e “papá" comsignificado;
• Nesta fase, o bebê gosta que os ob¡etos se¡am nomeados e começa a
reconhecer palavras familiares como “papa”, “mamã”, “adeus”, sendo progressivamente
capaz de associar ações a determinadas palavras (por ex: tchau-tchau" - acenar);
• Apartir dos 10 meses, a noção de causa-efeitoencontra-se ¡á bem
desenvolvida: o bebê sabe exatamente o que vai acontecer quando bate num
determinado ob¡eto (produz som) ou quando deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe
apanha-o). Começa também a relacionar osob¡etos com o seu fim (por ex., coloca o
telefone ¡unto ao ouvido);
• Progressiva melhoria da capacidade de atenção e concentração: consegue manter-se
concentrado durante períodos de tempo cada vez mais longos;
• A primeira palavra poderá surgir por volta dos 10 meses;
Desenvolvimento Social:
• Obebê está mais sociável, procurando ativamente a interação com quem o rodeia
(através das vocalizações, dos gestos e das expressões faciais);
• Manifesta comportamentos de imitação, relativamente a pequenas ações que vê
os adultos fazer (por ex., lavar a cara, escovar o cabelo, etc.);
• A partir dos 10 meses, maior interesse pela interação com outros
bebês;Formação de um forte laço afetivo com a figura materna (cuidadora) -
Yinculação;
• Presença de ansiedade de separação, que se manifesta quando é separado da mãe,
mesmo que por breves instantes - trata-se de uma ansiedade normal no
desenvolvimento emocional do bebê;
• Presença de ansiedade perante estranhos: sendo igualmente uma etapa normaldo
desenvolvimento emocional do bebê, manifesta-se
quandopessoasdesconhecidasoabordamdiretamente;
• A partir dos 8 meses, maior consciência de si próprio;
• Nesta fase é comum os bebês mostrarem preferência por um determinado ob¡eto (um
cobertorou uma pelúcia, porex.), o qual terá um papel muitoimportantena vida do bebê-
a¡uda a adormecer, é objeto de reconforto quando está triste, etc.;
• Grande atividade motora: corre, salta, começa a subir escadas, pode começar a andar de
triciclo; grande desejo de experimentar tudo;
• Embora ainda não se¡a capaz de amarrar sapatos, veste-se sozinha
razoavelmente bem;
• É capaz de comer sozinha com uma colher ou um garfo;
• Copia figuras geométricas simples;
• É cada vez mais independente ao nível da sua higiene; é ¡á capaz de controlar os
esfíncteres (sobretudo durante o dia);
Desenvolvimento Intelectual:
• Compreende a maior parte do que ouve e o seu discurso é compreensível para
os adultos;
• Utiliza bastante à imaginação: início dos ¡ogos de faz-de-conta e dos ¡ogos de papéis;
• Compreende o conceito de “dois";
• Sabe o nome, o sexo e a idade;
• Repete sequências de3 algarismos;
• Começa a ter noção das relações de causa e efeito;
• É bastante curiosa e investigadora;
• É bastante sensível aos sentimentos dos que a rodeiam relativamente a si própria;
• Tem dificuldade em cooperar e partilhar;
• Preocupa-se em agradar os adultos que lhe são significativos,sendo dependenteda
sua aprovação e afeto;
• Começa a aperceber-se das diferenças no comportamento dos homens e das
mulheres;
• Começa a interessar-se mais pelos outros e a integrar-se em atividades de grupo
com outras crianças;
Desenvolvimento Emocional:
• É capaz de se separar da mãe durante curtos períodos de tempo;
• Começa a desenvolver alguma independência e autoconfiança;
• Pode manifestar medo de estranhos, de animais ou do escuro;
• Começa a reconhecer os seuspróprioslimites, pedindoa¡uda;
• Imita os adultos;
Desenvolvimento Moral:
• Começa a distinguir o certo do errado;
• As opiniões dos outros, acerca de si própria assumem grande importância para a
criança;
• Consegue controlar-se de forma mais eficaz e é menos agressiva;
• Utiliza ameaçasverbaisextremas, comoporexemplo: “eu te mato!",
semternoçãodassuas implicações;
CARACTERÍSTICA DA FAIXA ETÁRIA DOS 04 AOS 05 ANOS
Desenvolvimento Físico:
• Rápido desenvolvimento muscular;
• Grande atividade motora, com maior controle dos movimentos;
• Consegue escovar os dentes, pentear-se e vestir-se com pouca a¡uda;
Desenvolvimento Intelectual:
• Adquiriu ¡á um vocabulário alargado, constituído por 1500 a 2000 palavras; manifesta um
grande interesse pela linguagem, falando incessantemente;
• Compreende ordens com frases na negativa;
• Articula bem consoantes e vogais e constrói frases bem estruturadas;
• Exibe uma curiosidade insaciável, fazendo inúmeras perguntas;
Desenvolvimento Emocional:
• Os pesadelos são comuns nesta fase;
• Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de fantasiar;
• Procura frequentemente testar o poder e os limites dos outros;
• Exibe muitos comportamentos desafiantes e opositores;
• Os seus estados emocionais alcançam os extremos: por ex., é desafiante e
depois bastante envergonhada;
• Tem uma confiança crescente em si própria e no mundo;
Desenvolvimento Moral:
• Tem maior consciência do certoe errado, preocupando-segeralmente em fazer oque
está certo; pode culpar os outros pelos seus erros (dificuldade em assumir a culpa pelos seus
comportamentos);
CARACTERÍSTICAS DA FAIXA ETÁRIA DOS 5 AOS 6 ANOS
Desenvolvimento Físico:
• A preferência manual está estabelecida;
• É capaz de se vestir e despir sozinha;
• Assegura suahigiene com autonomia;
• Pode manifestar dores de estômago ou vômitos quando obrigada a comer
comidas de que não gosta;tem preferência por comida pouco elaborada,embora
aceite uma maior variedade de alimentos;
Desenvolvimento Intelectual:
• Fala fluentemente, utilizando corretamente o plural, os pronomes e os
tempos verbais;
• Grande interesse pelas palavras e a linguagem;
• Pode gague¡ar se estiver muito cansada ou nervosa;
• Segue instruções e aceita supervisão;
• Conhece as cores, os números, etc.
• Capacidade para memorizar histórias e repeti-las;
• É capaz de agrupar e ordenar ob¡etos tendo em conta o tamanho (do
menor ao maior);
• Começa a entender os conceitos de “antes" e “depois" ,“em cima" e “embaixo"
,etc.,bem como conceitos de tempo: “ontem”, “hoje”, “amanhã”;
• A mãe é ainda o centro do mundo da criança, pelo que poderá recear a não
voltar a vê-la após uma separação;
• Copia os adultos;
• Brinca com meninos e meninas;
• Está mais calma, não sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é
capaz de brincar apenas com outra criança ou com um grupo de crianças, manifestando
preferência pelascrianças do mesmo sexo;
• Brinca de forma independente, sem necessitar de uma constante supervisão;
• Começa a ser capaz de esperar pela sua vez e de partilhar;
• Conhece as diferenças de sexo;
• Aprecia conversar durante as refeições;
• Começa a interessar-se por saber de onde vêm os bebês;
• Estánuma fase de maior conformismo, sendo crítica relativamente àqueles que não
apresentam o mesmo comportamento;
Desenvolvimento Emocional:
• Pode apresentar alguns medos: do escuro, de cair,de cães ou de dano corporal, embora
esta não seja uma fase de grandes medos;
• Se estiver cansada, nervosa ou chateada, poderá apresentar alguns dos seguintes
comportamentos: roer as unhas, piscar repetidamente os olhos, fungar, etc.;
• Preocupa-se em agradaraos adultos;
• Maior sensibilidade relativamente às necessidades e sentimentos dosoutros;
• Envergonha-se facilmente;
Desenvolvimento Moral:
Devido à sua grande preocupação em fazer as coisas bem e em agradar, poderá por vezes
mentir ou culpar os outros de comportamentos reprováveis.
ALEITAMENTO MATERNO
Amamentar é uma parte fundamental do cuidado com o bebê. O leite materno é o melhor
alimento para a criança, além de proporcionar contato físico, carinho, estímulo e proteção
contra doenças. Mas conseguir amamentar e, ao mesmo tempo, trabalhar fora de
casa pode ser difícil.
No Brasil, desde a Constituição Federal de 1988, mulher empregada com
contrato de trabalho formal (carteira assinada) tem direito a alguns benefícios previstos
em lei que podem a¡udar neste período. Além disso, cada relação de trabalho – quer
se¡a mediante a Consolidação das Leis do Trabalho(CLT),quer se¡a pelo funcionalismo
público, por profissional autônoma ou empregada doméstica – pode ter benefícios
próprios. Outras situações também foram contempladas por leis de proteção ao
período da maternidade,como o caso das mães estudantes, das mães adotivas, \das
mulheres privadas de liberdade e das trabalhadoras rurais.
PAUSAS PARA AMAMENTAR: para amamentar o filho, a mulher tem direito a dois
descansos especiais, de meia hora cada um, durante a ¡ornada de trabalho, até o 6º
mês de vida do bebê, além dos intervalos normais para repouso e alimentação.
APRENDENDO A ANDAR
Aprender a andar é um dos marcos mais importantes da vida da criança, já que é um
enorme passo a caminhoda independência.
Quando ele toma coragem para largar a cadeira ou o sofá que serviam de apoio e
avança hesitante para seus braços , não demora muito para que você o veja correndo
e pulando porto do lado,cheio de confiança -- e aí ele ¡á não será mais um bebê.
Quando acontecem os primeiros passos. Ao longo do primeiro ano de vida, seu
bebê vai aos poucos ganhando coordenação motora e força muscular no corpo todo,
aprendendo a sentar, virar e engatinhar, para depois conseguir ficar de pé, por volta dos 8
meses.
A partir daí é só uma questão de confiança e equilíbrio -- a maioria dos bebês dá os
primeiros passos entre os 9 e os 12 meses, e anda bem com 1 ano e 3 meses.
Algumas crianças absolutamente normais só vão andar com 1 ano e 4 meses ou 1
ano e 5 meses, ou até mais.
MORDIDAS NA CRECHE
DESENVOLVIMENTO NA LINGUAGEM
Linguagem e fala.
Embora seja a mais complexa, e a que coloca-nos em condição de superioridade
em relação aos outros animais, a linguagem verbal não é a única forma de
comunicação.Podemos transmitir (comunicar) a outro indivíduo, nossos pensamentos,
emoções, etc. Através de gestos (linguagem gestual), através do corpo (linguagem corporal)
e provavelmente através de muitos códigos que sejam comuns a locutor e interlocutor.
Nesse sentido, estamos considerando a linguagem como um processo simbólico da
comunicação e a fala um instrumento de expressão da linguagem.
A linguagem e fala não são sinônimas, tanto que muito antes do bebê emitir suas primeiras
palavras (fala), ¡á é capaz de utilizar-se de codificação (linguagem) para inter-relacionar-se
com o meio e seus semelhantes (mãe,pai,irmãos,etc.).Ainda assim,acreditamos que o
desenvolvimento da linguagem e da fala não precisa ser considerado separadamente, pois
um tem muita relação com o outro.
Quando a criança começa a falar?
Felizmente, por volta dos 2 anos a maioria das crianças já tem um número de
vocábulos que lhes permite expressar-se verbalmente com facilidade. Algumas nessa
idade, e até um pouco antes, já utilizam frases simples, com verbos, adjetivos e preposições,
relatam fatos e criam seus próprios vocábulos.
Contudo, além das diferenças individuais, que devem ser respeitadas, precisamos estar
atentos a fatores determinantes na aquisição, e que quando alterados, podem interferir no
desenvolvimento normal da linguagem. Esses fatores podem ser subdivididos em biológicos,
psicológicos e sociais.
A) Fatores biológicos
A1) Integridade de S.N.C. (Sistema Nervoso Central).
Crianças com anoxia neonatal deveriam ter seu desenvolvimento de linguagem observado
mais atentamente;
A2) Desenvolvimento intelectual normal.
Atraso significativo no desenvolvimento neuropsicomotor ¡unto com atraso na aquisição de
linguagem pode ser indicativos de deficiência mental;
A3) Integridade do sistema auditivo.
Ressaltamos aqui a importância da triagem auditiva ao nascimento para a detecção precoce
da deficiência auditiva;
A4) Integridade dos órgãos periféricos da fala (lábios, língua, palato, bochechas).
Cabe lembrar que além das propriedades nutricionais do leite materno, sugar no seio, propicia
à criança a exercitação da musculatura intra-oral, evitando ou minimizando problemas
ortodônticos e articulatórios.
Crianças com fissuras labio palatais podem apresentar alterações de linguagem e
articulatórios;
B) Fatores psicológicos
B1) Vínculo afetivo entre mãe-criança deficiente (abandono, maustratos,re¡eição),pode
contribuir para atrasos no desenvolvimento da linguagem.
Em oposição a este padrão, as boas relações afetivo-emocionais entre mãe/criança, propiciam
evolução da linguagem muito satisfatória;
C) Fatores sociais
C1) Ambientes tensos,de brigas frequentes entre familiares, superproteção(pais que
não dão a criança oportunidade de aprendizagem, fazem tudo por ela), são modelos
de linguagem pobres tanto em quantidade quanto em qualidade, e também podem
prejudicar não só a linguagem, mas o desenvolvimento global da criança.
Conforme podemos observar, descartando-se a possibilidade de lesões (fatores
biológicos), os pais e o meio ambiente têm importância fundamental no
desenvolvimento global adequado, na aprendizagem e, sobretudo na aquisição de
linguagem infantil. linguagem de seu filho:
1) Aproveite os horários de mamadas para “namorar" seu filho. Opte por um
ambiente com pouca luz, tranquilo e faça do toque a linguagem do amor;
2) Ao optar pelo uso de chupetas, ofereça apenas as ortodônticas, pois já sabemos
que os problemas ortodônticos propiciam alterações articulatórias;
3) Trate seu bebê com zelo, segurança, carinho e com isso estará criando condições
facilitadoras para o surgimento da linguagem oral;
4) A mãe, ou pessoa de maior contato, deve aproveitar a rotina de atividades diária
(banho, troca de roupas, amamentação) para estabelecer diálogos com o bebê, ¡á que por
volta do 2 meses ele(bebê)¡á produz algumas vogais,mas ainda sem características
linguísticas bem definidas;
5) Fale com a criança sobre situações que estejam ocorrendo no momento. No
primeiro período de vida(sensório-motor oupré-verbal), que se estende até os 2 anos
aproximadamente, a criança precisa de experiências concretas, exploração de
objetos,“preensão do mundo”. É o período das ações motoras. Opte por brincadeiras
que envolvam a procura de objetos. Ex.: esconda ob¡etos para que a criança possa
achá-los (rolando, engatinhando, andando, correndo);
6) Ao iniciar as primeiras palavras, valorize suas tentativas com reforços positivos;
7) A partir dos 2 anos, pode-se estimular os aspectos cognitivos da linguagem. As funções
básicas de linguagem como: esquema corporal, noções de cor, forma, tamanho, quantidade,
espessura, percepção espacial (em cima, em baixo, dentro, fora, frente, atrás), percepção
temporal (dia, noite, ho¡e, ontem, amanhã), noção de direita e esquerda. Brinquedos pedagógicos
como ¡ogos de montar e blocos educativos são ótimos para o estímulo das funções básicas de
linguagem;
8) Não corrija as primeiras palavras (as omissões e substituições de fonemas
fazem parte do início do desenvolvimento de linguagem);
9) Iniba o uso frequente de gestos. Encoraje a criança a expressar-se verbalmente;
10) As palavras erradas devem seraceitas, mas “devolvidas” de forma adequada. Não imite
oerro e nem se utilize de fala infantilizada (exemplo de modelo linguístico pobre em
qualidade);
11) Não faça comparações entre a fala de seu filho com a de seus
irmãos ou coleguinhas.
Lembre cada criança tem o seu ritmo;
1) Fale com a criança de coisas que são interessantes para ela. Em qualquer tipo
de aprendizagem é importante a motivação.
2) Desde muito cedo utilize-se de livros para contar estórias, faça encenações,
dramatizações com uso de fantoches (¡ogosonomatopeicos), ex.: fantoche de cachorro, o
cachorro faz Au!Au!, a galinha faz Có Có, etc.
Temos certeza que no dia a dia os pais encontrarão inúmeras outrasatividades para
estimular a linguagem de seus filhos.
É muito importante que estejam ensinando sempre coisas novas,e na medidado
possível deixem a criança fazer as atividades sozinha (o auxílio é suficiente).
Assim, como uma plantinha, a criança precisa ser observada e “regada” com amor e
carinho, jamais abafada!
Os padrões de normalidade do desenvolvimento de linguagem, em função da idade,
são os seguintes:
IDADE PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO DE LINGUAGEM
-Localizações (repetições devogais e sons guturais) não linguísticas. Essas produções
- têm pouca influência da lingua-mãe.
0a3 Sorriso reflexo.
meses -Apresenta movimentos corporais bruscos ou acorda ao ouvir estímulo sonoro.
Aquieta-se com a voz da mãe.
Procura fonte sonora com movimentos oculares.
62
de
63
motivação.
AÇÕES PEDAGÓGICAS
MEDOS
75
Qual é papai ou a mamãe que não ficam em uma saia
justa quando seus pequenos começam a descobrir sua
sexualidade?
Atitudes embaraçosas, perguntas constrangedoras...
Tudo isso faz parte do desenvolvimento saudável da criança
desde que sem exageros. É importante tentar perceber
quando a criança está demonstrando uma curiosidade de
acordo com sua idade ou sua vontade de conhecer mais está
extremamente exagerada podendo configurar um transtorno.
Uma regra que vale sempre,não só no assunto
sexualidade,mas em todos os momentos em que são
questionados, é sempre dar respostas verdadeiras e diretas. Se
uma criança pergunta como ela nasceu o papai ou mamãe
podem responder: “No hospital. Você saiu da barriga da mamãe." Se esta
resposta for suficiente para a curiosidade a criança vai parar por aí. Se não foi
certamente virá outra em seguida e mais outra até que ela obtenha uma resposta
que satisfaça sua dúvida. O que não deve acontecer é querer dar uma aula de
anatomia, relacionamentos e reprodução quando a pergunta é bem mais simples.
Quando os pais ficam absolutamente sem ação é melhor dizer a criança que não
sabem a resposta, que vão pesquisar e depoisdizer a ela, do que inventar uma
resposta não verdadeira. Se ela não ficar satisfeita com a resposta, certamente
irá buscá-la em outra fonte.
Por volta dos 3 anos,geralmente livres das fraldas,começam ater curiosidade
pelos seus órgãos, tocá-los e percebem que dá prazer. Então começam a
perceber as diferenças entre meninos e meninas. Muitas dessas situações vão
ocorrer e o que mais os pais e educadores devem estar atentos é às situações
compulsivas e recorrentes. É preciso passar a elas que essa descoberta é normal,
dá prazer, não é “feia”. Da mesma forma que você precisa de privacidade para ir
ao banheiro, outras atitudes também precisam.Como agir em uma situação
como essa? Tanto pais como educadores devem fazer com que ela saiba lidar
com sua descoberta e perceba que há hora e lugar para a exploração. Ao largar
as fraldas muitas das crianças têm um choque ao visualizar o amiguinho no
banheiro e perceber que ele ou ela tem algo a maisouamenos. Éa
chamadasíndrome dacastração segundo Freud. Amenina pensa que lhe falta um
pedaçoouaindavaicrescer.Osmeninosporsuavezficamhorrorizados pensando o
mesmo e achando quese aconteceu comelas pode também acontecer com eles.
Por isso é importante mostrar a elas as diferenças. Deve-se passar uma
mensagem claraparaque não haja um problema de identificação sexual. Por volta
dos 5 anos aparece a curiosidade em explorar o corpo dos amigos. Ela está
descobrindo o seu próprio corpo e o dos outros. Mais uma vez é importante
perceber qual a conotação para ela.Crianças não têm uma visão erótica dessas
manifestações.
Essa ideia está no pensamento já estereotipado do adulto.
Troca de papéis
Meninos encantados pelas brincadeiras e brinquedos “de menina” ou vice-
versa? Não é motivo para desespero. Diferenças físicas, genéticas, hormonais, de
interesse, de amadurecimento... Poderíamos enumerar milhares de diferenças
entremeninos e meninas. Muito se discute qual a carga genética e qual a
participação do meio ambiente no comportamento das crianças.
Em um primeiro momento não há porque se desesperar quando o menino ou
menina opta por brincadeiras normalmente preferidas do sexo oposto. Uma conclusão
à priori só vem reforçar um raciocínio preconceituoso que imagina erroneamente que
irá afetar a sua sexualidade na idade adulta.
Hoje, estamos presenciando uma confusão de papéis: família e escola têm trocado
sistematicamente responsabilidades ora de um ora de outro. Ambas instituições são
primordiais na formação do indivíduo, mas lembremos que os valores familiares
são essenciais na formação da criança e esses são passados em atitudes mais do
que em discursos. Na formação da sexualidade não é diferente.A ligação afetiva
da criança com seus pais começam no nascimento e evolui através da demonstração
dessa afetividade com abraços, palavras doces, carinho, na hora do banho, da troca
dentre inúmeros outros momentos de relacionamento muito próximo.
Até o final da fase pré-escolar não se pode ainda afirmar que a criança tem
sua opção sexual definida. O fato de mostrar um interesse maior por algo
tipicamente do outro sexo pode, na verdade significar que ela simplesmente, pela
falta de um modelo frequente de seu mesmo sexo, não sabe o que um menino ou
menina de 4 anos faz? Que tipo de brincadeiras gosta? Como se comporta? Não
que com isso queira traçar um padrão já que sabemos que ele não existe.
O mais importante é fazer com que a criança possa ter experiências, das mais
diversas com a figura masculina ou feminina, do mesmo gênero, preferencialmente o
pai ou a mãe.
O transtorno de identidade pode ser caracterizado quando aparece na
infância, antes da puberdade e caracteriza-se por um intenso sofrimento em
pertencer a um sexo junto com o desejo de pertencer ao outro.Por isso deve-se
ser muito cuidadoso ao e fazer um diagnóstico.É preciso uma observação constante,
longa e notar se a criança realmente pode apontar para um transtorno ou se ela não
temos modelos necessários para desenvolver seu gênero de uma formahabitual.
DIVERSIDADE E PRECONCEITO
Estranhar o diferente é uma
reaçãocomum do ser humano. Nas
crianças, antes que o ato seja
contaminado por juízos de valor
negativo, os pais e educadores devem
intervir para mostrar que é preciso
aceitar as diferenças e conviver em
harmonia com elas.
Ensinar a importância do respeito que se deve ter com as diferenças dos
colegas no ambiente escolar é de fundamental importância, esse ensino deve ser
aplicado desde os primeiros anos de escolaridade.
Em primeiro lugar, convém explicar a complexibilidade do termo preconceito,
considerado como um ato pensado, elaborado e praticado não só pelos adultos, mas
também no meio infantil, visto que nem mesmo as crianças estão excluídas das
inúmeras formas de discriminação.
Sendo assim, éde extrema importância que seja eliminado o preconceito desde os
primeiros anos da Educação Infantil.É notório que muitas escolas são reprodutoras
da própria discriminação e que não desenvolvem, nem se quer tem interesse em
buscar,
propostas pedagógicas para se contrapor em relação às questões apresentadas.
• Dificuldade de atenção
ESTRESSE INFANTIL
Birras, manha, irritabilidade, dor de barriga, náuseas, xixi na cama, ranger os dentes,
dificuldade para dormir, desobediência, hiperatividade, agressividade, queda no
desempenho escolar. Estes são alguns dos sintomas que devem ligar o alerta dos pais
para a possibilidade do filho estar estressado. Os pais devem ficar atentos quando há
mudanças no comportamento de seu filho. O estresse é como uma síndrome: ele se
compõe de vários sintomas – físicos e psicológicos.
As crianças precisam de tempo para crescer, para aprender e para se
desenvolver. Conversar, brincar, pintar, passear, ¡ogar, correr, nadar, andar de
bicicleta, admirar a beleza de uma flor, fazer uma visita, imaginar, assistir ao pôr-do-sol.
A dica é dar tempo para as crianças e compartilhar com elas o seu tempo. Assim o
estresse de todos será aliviado.
TIPOS DE ESTRESSE INFANTIL
• Estresse positivo: frustrações, infecções;
• Estresse tolerável: desastres naturais, morte de ente querido;
• Estresse tóxico: pobreza extrema, negligência crônica, abuso sexual, violência familiar,
depressão materna.
MAUS TRATOS E VIOLÊNCIA DOMESTICA.
O abuso infantil, ou maltrato infantil, é o abuso psicológico, físico e/ou sexual em uma
criança, por parte de seuspaisouresponsáveis.
Ocorre quando“umsujeito emcondiçõesde” superioridade (idade, força, posição
social ou econômica, inteligência, autoridade) comete um ato ou omissão capaz de
causar dano psicológico, físico ou sexual, contrariamente à vontade da vítima, ou
por consentimento obtido a partir de indução ou sedução enganosa.
A criança precisa de segurança através de emoções saudáveis para
compreender os próprios sentimentos. Um ambiente familiar de violência
(química, emocional, física ou sexual) é tão apavorante para a criança, que ela
não consegue manter a própria identidade e para sobreviver à dor,passa a focar
apenas o exterior e como tempo ela perde a capacidade de gerar autoestima que
vem do seu interior, não sabendo identificar quem ela é sem noção do seu
próprio eu.
HÁ 3 TIPOS DE AGRESSÕES E É IMPORTANTE ENTENDER SUAS DEFINIÇÕES:
- Violência psicológica/emocional: Envolve agressões psicológicas como xingamentos ou
palavras que causam danos à criança. A rejeição, depreciação, discriminação,
humilhação, desrespeito e punições exageradas são formas comuns desse tipo de
agressão, que não deixa marcas visíveis, mas causa danos por toda a vida.
Gritar, esbravejar com a criança é violar sua noção de valor. Chamar uma criança
de estúpida, boba, louca, burra, está ferindo a criança com cada palavra.
A violência emocional deixa como sequelas: perfeccionismo, rigidez e controle.
- Violência física: Uso da força ou atos de omissão praticada pelos pais ou
responsável, com o objetivo claro ou não de ferir, deixando ou não marcas
evidentes. São comuns tapas e murros, agressões com diversos objetos e
queimaduras causadas por objetos líquidos ou quentes. É preciso entender que
omissão por parte de um dos pais, diante da agressão do outro, tambéméabusoe
considerado crime tanto quanto a violência.
Fala de uma criança: “não sei onde minha mãe estava enquanto meu pai me
batia, mas sei exatamente que ela não me defendeu, nem com palavras, nem com
ações”. O que o mais sensato dos dois genitores estava fazendo quando a criança
mais precisava de sua proteção?
Uma criança espancada, arrastada, esbofeteada, ameaçada, dificilmenteacreditará que é
especial e maravilhosa. O castigo físico corta o elo que a liga ao pai ou a mãe que
a maltratam.
- Violência sexual: abuso do poder, no qual a criança ou adolescente é usada
para gratificação sexualde um adulto, sendo induzida ou forçada a práticas
sexuais com ou sem violência física. O abuso sexual pode incluir carícias, exploração
sexual e linguagem obscena. A violência sexual causa um ferimento mais profundo
do que qualquer outra forma de violência. Uma pessoa violentada sexualmente
sente que não pode ser amada pelo que ela é.
Desenhos de criança que sofreram maus tratos e violência infantil.
CAPÍTULO 6
HIGIENE
CUIDADOS COM BEBÊ DOENÇAS
- Lave as chupetas após o uso com água e detergente e guarde-as em potes individuais.
Amarrá- las às roupasé anti-higiênico.
TROCA DA FRALDA
Lave as mãos antes e depois, evitando a contaminação própria e
entre os bebês. Eles também devem ter as mãos lavadas, pois existe a
chance de tocarem nas secreções enquanto são limpos e trocados.
- Mantenha o cesto de lixo(com pedal)próximo e descarte as
fraldas su¡as tão logo sejam retiradas.
BANHO
- Garanta o uso de toalhas individuais, que devem ser penduradas em
cabideiros, identificadase separadasumas das outras. A lavagem pode
ser feitana casa das crianças ou na creche a cada dois ou três dias ou
sem pre que houver a necessidade.
-Assegure que os pentes também sejam de uso individual e
guarde- os em bolsas identificadas.
-Se o bebê estiver com a fralda muito suja, remova as fezes com
lenços umedecidos ou água corrente e só então coloque-o na
banheira.
- Banhe os pequenos comas mãos. Buchas e esponjas
podem machucar ou transmitirdoenças.
ESCOVAÇÃO
- Para supervisionar a escovação da turma inteira, forme grupos
com no máximo cinco integrantes.
- Auxilie as crianças a escovar os dentes, orientando os movimentos.
61
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA
A alimentação está entrelaçada com emoções, simbolismos e influências
socioeconômicas e culturais. Comer bem não é o mesmo que comer muito ou
pouco. Cuidar do corpo que cresce é saber escolher os alimentos para manter um
equilíbrio entre ganhos e perdas calóricas, com os extras necessários para garantir
o aumento da velocidade de crescimento, não exceder a capacidade funcional dos
sistemas digestório e renal, propiciar crescimento e desenvolvimento mental e
motor adequado. A alimentação adequada deve possibilitar a profilaxia das doenças
causadas por excesso (obesidade, dislipidemia) ou escassez (anemia ferropriva,
megaloblástica, cegueira) de nutrientes, além de evitar,na infância, as doençascrônicas
nãotransmissíveis do adulto, como obesidade, arteriosclerose, diabetes mellitus,
osteoporose e hipertensão arterial.
Por vários motivos, muitas famílias não fornecem uma dieta balanceada tanto em
qualidade como em quantidade. A alimentação influi na saúde da criança e a nutrição está
diretamente relacionada à cura e/ou prevenção de diversos tipos de doenças.
Amamentação é o padrão normativo para alimentação e nutrição do lactente.
Pesquisasmostram,a curtoelongoprazo,asvantagens paraodesenvolvimentoneurológico
enutricional do aleitamento materno. A nutrição infantil deve ser considerada uma questão
de saúde pública e não apenas uma opção de vida. O leite humano atende perfeitamente às
necessidades dos lactentes, sendo, muito mais do que um conjunto de nutrientes, um
alimento vivo e dinâmico por conter substâncias com atividades protetoras e
imunomoduladoras. Ele não apenas proporciona proteção contra infecções
(gastrointestinais, respiratórias, de vias aéreas superiores) e alergias como também
estimula o desenvolvimento do sistema imunológico e a maturação do sistema digestório e
neurológico, além de atuar na mãe com vários benefícios, inclusive facilitando a perda
de peso pós-parto.
O leite humano é o melhor alimento para os lactentes nos dois primeiros anos de
vida, devendo manter-se exclusivo por seis meses e complementado a seguir.
62
Os alimentos são cozidos juntos, respeitando o tempo de cozimento de cada um. Quando
63
estiverem bem macios,amassar como garfo e oferecer à criança.Com a idade da
crianças e diminui o tempo de cozimento dos alimentos, até ficarem na
consistência dos consumidos pela família.
ALIMENTOS PARA O PRÉ – ESCOLAR
A boa alimentação não é instintiva, é aprendida através do hábito alimentar até os
3 anos de idade. Considera-se pré-escolar o período de 1 a 6 anos de idade, e de
escolar dos 7 anos até a puberdade (em âmbito educativo de 7 a 14 anos).
As crianças na fase pré-escolar, caracteristicamente, apresentam o que costumamos
chamar de neofobia, isto é, a relutância em consumir novos alimentos na primeira
oferta. Este é um dos momentos emque as mães fazem o maior número de consultas
porqueosseus filhos“não comem".
A partir do primeiro ano de vida, a alimentação da criança é igual ao da família,
evitando condimentos fortes. As preferências alimentares são determinantes na
escolha dos alimentos, e é fato que, existe uma preferência nata pelo sabor doce e a
rejeição pelo sabor amargo e azedo, mas é preciso que se ofereça repetidas vezes o
mesmo alimento de diversas formas de preparo, pois as crianças estão em um processo
de aprendizagem. Nesta fase existem várias causas de inapetência como a dificuldade de
reconhecimento de paladar, maior interesse pelo meio ambiente, chantagens diante de
recusas, entre outras. A inapetência costuma coincidir com o fato de que com a
ansiedade que a criança se alimente, a mãe oferece substitutos de baixo valor nutritivo
(alimentos adocicados e de fácil digestão).Desta forma,a criança associa que, se
ela não comer, obterá o que deseja.
Os pais devem ser informados que are¡eição inicial é uma respostanormal,pois reflete
um processo adaptativo.
RECREAÇÃO NUTRICIONAL
65
CAPÍTULO 8
LÚDICO NA CRECIHE JOGOS NA CRECHE BRINQUEDOTECA
JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL LÚDICO COM BEBÊS BRINCADEIRAS SENSORIAIS
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
- Afetividade;
ATIVIDADES PERMANENTES
Consideram-se atividades permanentes :
• Brincadeiras no espaço interno e externo;
• Roda de histórias;
• Roda de conversas;
• Ateliês ou oficina de desenho, pintura, modelagem e música;
• Atividades diversificadas ou ambientes organizadospor temas ou materiais àescolhada
criança, incluindo momentos para que as crianças possam ficar sozinhas se assim o
dese¡arem.
• Cuidados com o corpo.
SUGESTÃO DE OBSERVAÇÃO ENQUANTO AS CRIANÇAS BRINCAM:
-Participação na brincadeira (tenso, relaxado, atento, concentrado, inquieto, displicente,
interessado, entusiasmado)
-Organização (grau de autonomia, ritmo de trabalho, ordem)
-Atitudes sociais
-Nível de solução de problemas
-Forma de enfrentar situações novas
-Nível de atenção
-Foco na atividade
-Memorização de comandos e das sequências
-Como lidar com o erro (indaga, corrige, compara, relaciona, elabora, hipóteses,
inibe, oculta, descobre, precisa que lhe seja ensinado, consegue formular suas
produções, serve para paralisar ou avançar).
-Grau de persistência nas atividades;
-Aceitação ou re¡eição das atividades propostas;
-Desejo e a determinação em realizar as atividades;
-Ansiedade e medos diante das situações e atividades propostas;
-O processo decisório de escolha (tempo e forma/ aleatória ou reflexiva)
-Exploração ou não das possibilidades;
-Nível de resistência a frustração por não atingir a meta plane¡ada;
-Como lida com o sucesso ou com o fracasso.
O LÚDICO NA CRECHE
As crianças demonstram interação com o ambiente que a cercam desde os
primeiros meses de vida, e é o estimulo dado a ela que vai determinar seu
desenvolvimento. O lúdico é um dos muitos caminhos que possibilita a
aprendizagem das crianças. As atividades lúdicas podem ser: dançar,cantar,
pintar,brincar de teatro de fantoches, desenhar jogar, ou qualquer outro tipo de
atividade que permita uma inteiração como ambiente que o cerca e como outro. O
termo lúdico vem de ludus, que é uma palavra de origem latim e significa ¡ogo, com
constantes pesquisas ouve uma evolução, e a palavra lúdico passou a se referir
também à função de brincar de forma livre e simples e todo movimento que
tenha como objetivo produzir prazer. Diante disso, podemos observar que a
ludicidade faz parte da natureza do ser humano e é característica essencial da
criança. De acordo com Brougère (2002) o brincar e as influencias do mundo
andam lado a lado e não pode ser separado, o brincar não é uma atividade
interna dos indivíduos, mas é cheio de significado social. Para o autor a criança
é um ser social e aprende a brincar, nesse contexto entende-se, que a
BRINQUEDOTECA
Princípios básicos da filosofia educacional da brinquedoteca:
• Considerar cada ser humano como único e especial e respeitar suas
necessidades e talentos;
• Favorecer a manifestação das potencialidades através de estímulo à liberdade, ao
respeito e à responsabilidade;
• Estimular as trocas afetivas levando a criança a aprender tanto a dar como a
receber, valorizando também as dádivas da natureza;
• Estimular a conscientização e a observação do momento presente e dos
próprios sentimentos;
• Estimular as percepções e a capacidade de observar;
• Promover a capacidade de empatia e de fruição da vida;
• Promover a vontade de ser bom ao invés de ensinar a sê-lo;
• Enriquecer as oportunidades, mas respeitar a
liberdade de escolha
JOGOS NA EDUCAÇÃOINFANTIL
Aprender pela satisfação é um caminho mais eficiente do que aprender pela
privação.
As atividades de Movimentos deveriam, cada vez mais, exercitar o jogo
como instrumento de aprendizagem das crianças. E como é grande a
variedade dos jogos: jogos rítmicos em que as crianças, desde muito
pequenas, imitam sons; jogos de nomeação quando os professores perguntam:”
O que é isso?”, ou ainda, quando os alunos imitam animais e objetos ao
responderem à pergunta do professor:”Como é que faço...?”, estimulando a
atenção ao indagar àscrianças: “Onde está tal coisa?”; jogos corporais nos
quais os alunos respondem com movimentos aos questionamentos
relacionados ao seumundo/ vida,às situações presentes em seu dia a dia.
Os jogos de manipulação desenvolvidos com as crianças da creche podem
representar estimulação sensorial, enquanto para os maiores, que participam da
pré-escola, eles podem aperfeiçoar suas habilidades motoras. Segundo
Oliveira (2010, p.238) A cada etapa do desenvolvimento, certos jogos existentes
em nossa cultura são particularmente interessantes.
Jogos expressivos e corporais são muito apropriados para os bebês, ao passo
que os de manipulação e de faz de conta constituem grandes desafios às
crianças de 2 a 6 anos. Já as brincadeiras tradicionais são apreciadas e
vantajosas à aprendizagem para diferentes idades, mesmo que os bebês
apenas observem e imitem os movimentos por meio de gestos corporais.
76
PINTANDO COM OS PÉS
Essa brincadeira faz sujeira! O ideal é escolher espaços ao ar livre. Com
papel bolha, você pode fazer uma ‘botinha’ para os pequenos, assimnão suja os
pés. Use umpedaço e papel grande, estendano chão, e tintas de diferentes
cores para as crianças brincarem de pintarcomospés.Pode serque no meioda
brincadeira as botinhas sejam deixadas totalmente de lado.
Essa é uma ideia simples e cheia de criatividade. Usando cortadores de
biscoito, você transforma algumas batatas, cenoura, pimentão e erva-doce
em carimbos naturais. Use tinta de diferentes cores para as crianças poderem
usar a criatividade e criar lindos desenhos. Uão precisa ficar perfeito, afinal o
grande charme dos carimbos naturais é explorar suas formas e texturas. Basta
cortar pedaços que fiquem confortáveis para as crianças segurarem e pronto!
• CRIANÇAS DE 03 A 06 ANOS:
Gostam de histórias de fase anterior e outrasde repetições e acumulativas, histórias de
fadas, histórias com crianças;
É muito importante que esse tipo de atividade seja uma rotina e cabe ao contador de
77
história calcular o tempo, dependendo da faixa etária e do interesse da história.
A atividade de contarhistórias é presença cotidiana nas creches epré-escolas, sendo
a ela corretamente atribuído o incentivo à imaginação e à leitura, a ampliação do
repertório cultural das crianças e a criação de referenciais importantes ao desenvolvimento
cognitivo (Girardello), isto deve ser também expandido e inserido no contexto familiar e nos
lares de nossas crianças.
A contação de histórias,conduzida em um ambiente agradável,é uma das grandes
oportunidadesde desenvolvimento da imaginação infantil .É uma das atividades mais antigas do
ser humano,servindo inicialmente para contar fatos recentes ou episódios passados, formando
agrupamentos fortalecidos e comunidades com identidade e origem. Estes são momentos nos
quais abrem-se oportunidades importantes para a construção de uma identidade social e cultural
que será apresentada a criança. Por meio delas podemos enriquecer as experiências
infantis,desenvolvendo a linguagem, ampliando vocabulário,formando o caráter,a confiança
nobem e proporcionando a ela viver o imaginário.
A informação hoje está bastante difundida, pelos mais diversos meios de
comunicação, processo facilitado pela tecnologia que apesar de ser atualmente
insubstituível em nossas vidas, deve ser usufruída com cautela,evitando-se assim
o individualismo,já que tais mídias não necessitando envolvimento com o
próximo, reduzindo em muito os diálogos familiares.
É ouvindo histórias que se pode sentir emoções importantes com o significado e
verdade que estas fazem brotar. Ouvir histórias é também desenvolver todo o
potencialcrítico dacriança, époder pensar, duvidar, perguntar e questionar. É
sentir- se inquieto, querendo saber mais e melhor sobre o que está sendo
narrado.
A narrativa chega cedo à vida da criança,já em seus primeiros dias devida
através do padrão musical regular das cantigas, seguindo com as músicas infantis,
canções da infância e juventude dos pais (“quem escolhe as histórias para as crianças
de ho¡e são as crianças de ontem" – Chukovski, 1968), associando-se também
com as conversas do adulto ao bebê, contando fatos e familiarizando-o com
os ritmos do relato e com o que significam.
A literatura é importante para o desenvolvimento da criatividade e do emocional
infantil. Quando as crianças ouvem histórias, passam a valorizar de forma mais
clara sentimentos que têm em relação ao mundo. As histórias trabalham
problemas existenciais típicos da infância como medos, sentimentos de carinho,
curiosidade, dor,além de outros infinitos assuntos(Caruso, 2003).
As histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para
o pensamento, tais como a comparação (entre figuras e textos), o pensamento
hipotético, o raciocínio lógico, pensamentos convergentes e divergentes, as
relações espaciais e temporais (toda história tem início, meio e fim). O
contato significa para a criança o reencontro simbólico com um padrão
organizativo– temporalemesmorítmico– que elas ¡á vivem em sua experiência
com a sucessão doseventos no tempo: a rotina doméstica, a expectativa
peloaniversário ea ação do faz de conta.
Pesquisas fundamentam a ideia de que nunca é cedo demais para começar a
contar histórias para as crianças. O material escrito nos dias de hoje é imenso e cabe
ao adulto supervisionar o conteúdo no qual as crianças têm acesso, levando
em consideração crenças, valores e ensinamentos a serem transmitidos. Dentro dos
vários tipos de histórias, os contos infantis sempre agradaram e instigaram as
crianças, fazendo-os imaginar os personagens, fazendo-os aprender a lidar
com as relações sociaise buscando repassar valores de convivência em
sociedade.
A fantasia e amagia de uma história encantam e despertam as
imaginações da criança e, com isso, criam condições favoráveis para o
desenvolvimento de uma mente criativa e inventiva. Escutar histórias é o início
para tornar- se um leitor, um inventor, um criador.
CAPÍTULO 9
EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Como toda criança, a criança com deficiência precisa de muito amor, atenção, cuidados e
proteção. Precisatambém brincarcomoutrascriançasparaaprenderese desenvolver.Os
pais devem ser informados que é direito da criança com deficiência frequentar a
pré- escola e que é proibido a escola recusá-la pelo fato de ser deficiente. A criança
precisa passear na comunidade, participar das festase comemorações. Assim as pessoas
vão conhecendoeaprendendoaconviver coma criança com deficiência,como respeito
que ela merece.O que mais atrasa o desenvolvimento de uma criança com deficiência é
mantê-la isolada ou tratá- la de forma diferente das outras crianças. É importante que a
família conheça outras famílias com crianças com deficiência para que possam trocar
suas experiências e lutar pelos direitos de seus filhos.
ACESSIBILIDADE
É permitir que pessoas com deficiência façam uso dos serviços, equipamentos e espaços
públicos com segurança e autonomia. Definição legal da acessibilidade está no Art.8º,
doDecreto5.296/04.
ESCOLA
A escola é um dos primeiros espaços em que a criança tem contato com a
diferença. Uma dúvida que sempre aparece é se a criança com deficiência deve
estudar em uma escola especializada ou não. Quando a escolha é pela escola não
especializada, deve-se prestara atenção no respeito a algumas necessidades
especiais.
• A escola pública deve oferecer recursos e equipamentos específicos para atender às
necessidades educacionais das crianças com deficiências (visuais, auditivas, físicas,
mentais e motoras);
• O espaço físico deve ser adequado às necessidades dos alunos com
deficiência. Na escola inclusiva, a criança tem a possibilidade de ampliar seu círculo de
relações, convivendo com outras crianças. O resultado desse convívio desse ser o
respeito às diferenças.
PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
A participação dos pais no processo de educação de seus filhos é sempre
necessária. No caso das crianças com deficiências, esse acompanhamento dos pais
é ainda mais importantes. Os pais devem estar atentos se a criança está recebendo a
devida atenção do professor e dos funcionários da escola e se está conseguindo acompanhar,
na medida de suas possibilidades, o ritmo de estudos da sala.
DEFICIÊNCIAS
SINDROME DE DOWN
A Educação Infantil é muito importante para o desenvolvimento de qualquer pessoa. Os
estímulos que uma criança recebenosprimeiros anos de vida vão interferir diretamente
na sua trajetória escolar e no seu desenvolvimento futuro. A entrada da criança com
síndrome de Down ou outras,deficiências intelectuais na educação infantil regular
costuma trazer resultados muito positivos, sobretudo se a instituição está preparada
para promover a inclusão.
A maioria das crianças com síndrome de Down estará em um estágio de
desenvolvimento social e emocional anterior aos de seus colegas devido às dificuldades de
aprendizagem. Além disso, é mais difícil para elas absorver convenções de maneira intuitiva.
Como consequência, seu entendimento de mundo será menos avançado e seu
comportamento pode estar mais equilibrado com o de crianças mais novas.
Para qualquer criança, é muito mais difícil fazer progressos em áreas cognitivas até serem
capazes de se comportar e interagir com os outros de uma maneira aceitável
socialmentee de responder apropriadamente aocontexto imediato. O foco daajuda edo
apoio adicional nos primeiros anos deve, assim, ser a aprendizagem de regras para o
comportamento social normal e apropriado. Os objetivos da inclusão social para a
criança pequena com síndrome de Down incluem:
– Aprender a participar e interagir.
- Dar retorno a pedidos verbais e instruções.
- Aprender padrões típicos de comportamento,por exemplo,saber a sua
vez,dividir,fazer fila,sentar.
- Aprender a brincar em cooperação.
- Desenvolver independência: autoajuda e habilidades práticas.
- Desenvolver amizades.
- Preocupar-se com os outros.
Crianças com síndrome de Down frequentemente têm períodos de
concentração menoresque seus colegas. Também têm mais dificuldade em processar
demandas por mais de um sentido por vez (por exemplo: copiar e ouvir), o que inibe
sua habilidade de concentração. Essas dificuldades são particularmente aparentes nos
primeiros anos e muitas crianças pequenas podem se distrair facilmente, flutuando de
uma atividade para outra.
DEFICIÊNCIA VISUAL/ BAIXA VISÃO
Entre os recursos educativos especiais para a criança com deficiência visual,
inclui-se, em caso de baixa visão, o uso de auxílios especiais - ópticos e não ópticos,
descritos por Carvalho e colaboradores(1992), segundo os quais os auxílios ópticos
“a¡udam a melhorar o desempenho visual através da magnificação da imagem" ,
enquanto os auxílios não ópticos “são conseguidos através da modificação das condições
ambientais". Ainda segundo os autores, os auxílios não ópticos incluem: controle da
iluminação; aumento de contraste, como, por exemplo, pautas e textos ampliados;
uso de canetasou lápis com maior contrasteetc. Já para as criançascegas, é
necessárioprover o ensino do braille e estabelecer formas alternativas de trabalho no
que se refere à utilização de representações gráficas (figuras, gráficos, mapas etc).
DEFICIÊNCIA VISUAL
Para se integrar na escola e comunidade, a criança com deficiência visual, como
qualquer outra pessoa, precisa interagir,através de pessoas e objetos, desempenhando
atividades básicas derotina, locais e externas, fundamentais para a inserção no meio social,
com autonomia. Esse processo de interação se inicia nos primeiros anos de vida da criança,
assim como os conceitos básicos que são construídos, esquema corporal, lateralidade,
orientação espacial e temporal são imprescindíveis para a construção da autoestima da
criança, e a falta da mesma acarretará uma dificuldade no ajustamento á situação
escolar. A estrutura da família e a atitude dos pais em relação à criança afetam
diretamente em seu desenvolvimento.
A deficiência visual congênita ou ocorrida nos primeiros anos devida colocao
bebê nogrupo de crianças de risco, e no caso de não ter acessoà orientação e
tratamento necessários até os três anos de idade, seu desenvolvimento e seu
crescimento podem ser prejudicados nos aspectos intelectual, neuromotor, psicológico e
social, que afetarão a fase escolar e a vida futura.
Os estudos de Barraga (1976) distinguem três tipos de deficiência visual. Os Cegos têm
somente a percepção da luz ou não têm nenhuma visãoe precisam aprender através
do método Braille e de meios de comunicação que não este¡am relacionados como
uso da visão. As pessoas com Yisão Parcial têm limitaçõesda visão a distância, mas são
capazes de ver objetos e materiais quando estão a poucos centímetros ou no
máximo a meio metro de distância. As pessoas com Yisão Reduzida, indivíduos que
podem ter seu problema corrigido por cirurgias ou pela utilização de lentes.
A deficiência visual torna impossível o reconhecimento do mundo através de
imagens visuais. Por isso, A criança cega é muito dependente do tato, ficando difícil
pro¡etar imagens mentais além das coisas que estão ao seu alcance. Além disso, a
falta da visão impõe uma maior dificuldade na percepção do próprio corpo, que se
mistura com as roupas, cobertas e móveis. O bebê cego não conta com a visão para
fazer a distinção fundamental entre seu eu anatômico e todos os objetos do
ambiente ao seuredor.
A primeira fase do desenvolvimento tátil é a consciência das qualidades táteis
dos objetos. O sentido do tato começa com a atenção prestada a texturas,
temperaturas, superfícies vibráteis e diferentes consistências. Pelo movimento das mãos,
as crianças cegas se dão conta das texturas, da presença de materiais, e das
inconsistências das substâncias. Também, através do movimento das mãos, as
crianças cegas podem apreender os contornos, tamanhos e pesos.
A criança que vê agarra os objetos à sua volta e movimenta-se para ir
procurar, enquanto que uma criança cega não procura o desconhecido a não ser que
seja motivada por outro sentido a procurar esse objeto. Uma voz ou um som que
chame a sua atenção pode ser um motivo para queela se desloqueemsuadireção.
Atéomomento que acriança começaa se deslocar no local onde costuma permanecer,
oseu campode exploração é muito limitado e os objetos quemanuseia também são. O
movimento é importante, não só para o conhecimento do mundo que rodeia a
criança, mas também para o seu
desenvolvimento muscular.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Antigamente a surdez era vista como uma doença e como eles passavam muito tempo em
instituições de surdos, a língua de sinais foi se desenvolvendo e construindo processos
de identificação e diferenciação política e cultural.Com o passar dos anos houve grande
mudança na área da educação, principalmente em relação ao direito à educação, à
participação eà igualdade de oportunidades para crianças, adolescentes, jovens e adultos.
Essas mudanças ocorreram com o objetivo de oferecer- lhesuma educaçãodequalidadenaqual
se atendessem as necessidades básicas de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento
de competências fundamentais necessárias para a participação na vida econômica, social,
política e cultural. Há ainda muito a fazer para que realmente essa inclusão aconteça, pois é
um processo lento e precisa ser visto como uma ação social que envolve todos que
se preocupam em educar.A sociedade precisa se preparar para lidar com a
diversidade humana, estar aberta a diferentes experiências reconhecendo o
potencial de cada cidadão e respeitando suas possibilidades e limites, pois muitas
vezes nossa própria ação acabaexcluindo aspessoas queconsideramosdiferentes de
nós. A escola inclusiva deve ter o compromisso com o respeito à pluralidade cultural e
o acolhimento às diferenças individuais o que implica reconhecer a diferença linguística
relativa aos surdos que, pela falta da audição, necessitam do acesso a experiências
linguísticas mediadas por uma língua que não ofereça barreiras à sua interação e
aprendizagem: a língua de sinais. As LIBRAS são gestos usados pelas pessoas com
deficiência auditiva modalidade distinta daslínguas orais.Assim, apresentam uma
estrutura gramatical própria.Porém,tanto a criança surda bem como a ouvinte tem
capacidade de aprender a língua de sinais. Para tanto, é muito importante para o
desenvolvimento de uma criança surda a intervenção precoce, ou seja, nos primeiros
anos de sua vida, para que ela adquira e desenvolva uma linguagem e receba
estimulação para o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e físico. Por isso, a
inclusão precisa ocorrer desde a educação infantil.Para o aluno com deficiência é
fundamental apresença de um intérprete de LIBRAS para mediar à comunicação em
sala de aula.
DEFICIÊNCIA FÍSICA
O maior desafio das crianças com deficiência física não está na capacidade de
aprender, mas na coordenação motora. Geralmente, elas têm dificuldade para se
movimentar, escrever ou falar.Para a¡udar a criança com deficiência física nas habilidades
sociais, escolha atividades relacionadas às exigências diárias, como deitar, sentar e levantar-
se,arremessarepegarobjetos, pararemudar de direção. Proponha ¡ogos nos quais o
aluno
faça escolhas (passar por cima ou por baixo de cordas ou elásticos), para que ele
perceba o controle que pode ter sobre o corpo.
Estimule o contato da criança com deficiência com os colegas, permitindo a
troca de ideias, a expressão de emoções e o contato físico para auxiliar nas diversas
atividades. Use material concreto e lousa com letras magnéticas para facilitar a
formação de palavras e a memorização quando houver restrição no movimento dos
braços.
CAPÍTULO 10
PRIMEIROS SOCORROS
• São todas as atividades de caráter técnico ou médico prestado a uma pessoa que
acaba de sofrer um mal súbito ou que tenha sido vítima de algum acidente;
• São procedimentos utilizados primariamente apenas para se preservar a
condição de vida de um indivíduo até a chegada de um médico profissional, ou uma
equipe médica, para que se¡am adotadas as medidas que asituaçãorequer,conforme
avaliação profissional e especializada.
ORIGEM DOS PRIMEIROS SOCORROS
Os procedimentos adotados nos primeiros socorros surgiram com o suíço
Jean Henry Dunant, no ano de 1859, pro¡eto apoiado pelo imperador francês
Napoleão III, e tinha o intuito de instruir pessoas das comunidades locais,
principalmente aquelas que viviam em estado de guerra.
Desde a sua criação até os nossosdias, as técnicas de primeiros socorros são
tidas como de fundamental importância para a vida humana. Nota-se, estatisticamente, que
muitas pessoas feridas e/ou acidentadas acabam vindo a óbito antes de chegar a uma
unidade de saúde, devido à falta de um atendimento adequado nos primeiros socorros,
atendimento esse que poderia ser realizado por qualquer tipo de pessoa devidamente e
previamente instruída.
89
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e
iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro daautoridade pública.”
Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, seda omissão resulta lesãocorporal de
natureza grave, e triplicada, se resulta em morte.
90
• O consentimento para o atendimento de primeiros socorros pode ser formal,
quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, após o
prestador de socorro ter se identificado como tal e ter informado à vítima de que possui
treinamento em primeiros socorros, ou implícito, quando a vítima esteja
inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou
sinalizar consentindo com o atendimento. Neste caso, a legislação infere que a vítima
dari ao consentimento, caso tivesse condições de expressar o seu desejo de receber
o atendimento de primeiros socorros.
• O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes
envolvendo menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do mesmo modo, a
legislação infere que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso
estivessem presentes no local.
FASES DO SOCORRO
• AVALIAÇÃO DA CENA
- Clínica: Causada por condições fisiológicas da vítima,como um mal-estar,um
ataque cardíaco, desmaios, intoxicações, etc.
- Trauma: Gerada por mecanismos de troca de energia, como colisões automobilísticas,
quedas, queimaduras choques em geral, etc. A primeira atitude a ser tomada no local do
acidente é avaliar os riscos que possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos
primeiros socorros.Se houver algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada
do socorro especializado. Nesta fase, verifica-se também aprovável causa do acidente, o
número de vítimas e a gravidadedas mesmas e todas as outras informações que
possam ser úteis para a notificação do acidente. Proceder da seguinte forma:
a) Manter a vítima deitada, em posição confortável, até certificar-se de que a lesão
nãotem gravidade;
b) Investigar particularmente a existência de hemorragia,envenenamento,parada
respiratória, ferimentos, queimaduras e fraturas;
c)Dar prioridade ao atendimento dos casos de hemorragia abundante, inconsciência,
parada cardiorrespiratória, estado de choque e envenenamento, pois EXIGEM SOCORRO
IMEDIATO.
d) Verificar se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver inconsciente ou
semiconsciente. Havendo hemorragia por um ou ambos os ouvidos, ou pelo nariz,
PENSAR em fratura de crânio;
e) Não dar líquidos a pessoas inconscientes;
f) Recolher, em caso de amputação, a parte seccionada, envolva-a em um pano limpo para
entrega IMEDIATA ao médico;
g) Certificarde que qualquerprovidênciaasertomadanãovenhaaagravaroestado da
vítima;
h) Chamar o médico ou transportar a vítima, SE NECESSÁRIO. Fornecer as seguintes
informações:
- Local, horário e condições em que a vítima foi encontrada;
- Quais os Primeiros Socorros a ela prestados.
i) Inspirar confiança - EVITAR PÂNICO;
¡) Comunicar a ocorrência a autoridade policial local.
Deve-se seguir 4 etapas na fase de avaliação da cena, a fim de se isolar os riscos e
poder promover um socorro efetivo até a chegada de profissionais:
1-Segurança:É necessário verificar se acena é segura para poder ser abordada,e
assim procurar tornar o ambiente adequado para o atendimento prévio. Ex:
Sinalização.
2-Cinemática: Verificar como se deu o acidente ou mal sofrido pela vítima,
perguntandoaela, se estiver plenamente consciente, ou a pessoas próximas que
testemunharam o ocorrido.
3-Bio-proteção: Deve-se procurar maneiras de evitar possíveis infecções através do
contato direto como sangue das vítimas, usando luvas cirúrgicas se possível, em
situaçõesadversasnão deve-se abortar os procedimentos por falta de instrumentos.
4-Apoio: Deve-se procurar auxílio de pessoas próximas da cena, no sentido de
ajudar a dar o espaço necessário para o atendimento prévio, chamar imediatamente o
socorro especializado, desviar o trânsito de veículos, procurar manter a ordem e a
calma entre as outras pessoas, etc. No caso de não haver pessoas por perto isso
deve ser feito com o máximo de agilidade e tranquilidade, pela própria pessoa que
presta o socorro inicial.
• SOLICITACÃO DE AUXÍLIO
Solicitar se possível à outra pessoa que peça auxílio chamando o socorro especializado
comunicando a provável causa do acidente, o número de vítimas, a gravidade das
mesmas e todas as outras informações que ele precisar. Estas informações você terá
obtido anteriormente, durante a fase de avaliação do ambiente.
1- SINALIZAÇÃO
Efetuar, sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência de novos
acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer ob¡eto que chame a atenção
de outras pessoas para o cuidado com o local, na falta destes recursos, pode-se pedir
para que uma pessoa fique sinalizando a uma certa distância
2- ATENDIMENTO
Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer. Manter o
autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima. Procure expressar
segurança e confiança no que faz. No atendimento, a pessoa que estiver prestando os
primeiros socorros deve realizar os dois exames básicos: exame primário e exame
secundário.
3- EXAME PRIMÁRIO
O exame primário consiste em verificar:
•se a vítima está consciente;
•se a vítima apresenta pulso;
•se as vias aéreas estão desobstruídas;
•se a vítima está respirando.
Este exame deve ser feito em 2 minutos ou menos. Se a vítima não estiver respirando,
mas apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o
procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento.
4- EXAME SECUNDÁRIO
O QUE FAZER
•Cuidar da sua segurança;
•Tomar medidas de proteção;
•Análise global da(s) vítima(s) de acidente;
•Acionar Recurso Especializado.
COMO AGIR
•Manter a calma;
•Afastar os curiosos;
•Quando aproximar-se, ter certeza de que está protegido (evitar ser atropelado);
•Faça uma barreira, protegendo você e a vítima de um novo trauma;
•Chamar a¡uda;
• Atenção imediata dada a uma vítima ferida ou acometida por doença súbita.
• PULSO
PRESSÃO
• TEMPERATURA
Utilizar um
ventilador
parareduzira Elevarospés
Aplicar
frias
Administrar
líquidos
100
O QUE SÃO PRIMEIROS SOCORROS?
• São cuidados que devem ser aplicados rapidamente com o ob¡etivo de TAUTER
A PESSOAYIYA até o atendimento especializado
• Os minutos logo após o acidente/colapso são decisivos para a sobrevivência e
podem evitar sequelas na vítima.
OMISSÃO DE SOCORRO
Deixar de prestar socorro, ou se¡a, não dar nenhuma assitência a vítima de acidenteou a
pessoa em perigo iminente podendo fazê-lo, é crime segundo o artigo 135 do Código Penal
Brasileiro.
PRIMEIROS PASSOS
•Avaliação do local do acidente
- Seguro?
- Há mais de uma vítima?
- Pode-se dar assistência a todas as vítimas?
- Necessário movimentar as vítimas?
•NÃO entre em PÂNICO
•Transmita calma e confiança para o acidentado: sua situação pode se agravar se ficar com
medo ou ansioso.
•Assuma a liderança da situação
•Analise se há perigos no local
•Você NÃO é um SUPER- HERÓI
•Sua segurança em primeiro lugar: não queremos outro acidentado
•Afaste os curiosos
•Afaste a vítima do local perigoso
• VERIFICAR SE A VÍTIMA ESTÁ CONSCIENTE.
TOQUE a vítima e PERGUNTE:
“Senhor/ Senhora, você está bem?" Resposta coerente: vítima CONSCIENTE
Nenhum movimento ou resposta: vítima INCONSCIENTE
VITIMA CONSCIENTE
Não saia de perto: ela pode
ficar inconsciente. emergência: SAMU 192
97
• Compressão cardíaca
1. Posicione-se ao lado da vítima, que deve estar de costas sobre superfície plana e firme.
2. Remova roupas que cubram o tórax da vítima
3. Ponha o calcanhar de uma mão no centro do peito da vítima, entre os mamilos;
ponha o calcanhar da outra mão sobre a primeira.
4. Faça compressões fortes e rápidas, 100/min.
5. Ao final de cada compressão, o tórax deve voltar à posição de repouso.
• Ventilações
1. Abra a via aérea: incline a cabeça para trás e eleve a mandíbula
2. Tampe o nariz da vítima, sele seu lábio ao redor do dela e sopre.
3. Observe elevação do tórax.
HEMORRAGIAS
Perda de sangue devido ao rompimento de vaso sanguíneo
EXTERNA: O sangue é eliminado para fora do corpo através de ferimentos ou orifícios
naturais (nariz, boca...)
INTERNA: Rompimento de vasos internos ou de órgãos, em consequência de ferimentos
ou traumatismo profundos.A hemorragia não controlada pode levar à anemia
(diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos) e à morte por redução da oxigenação
de órgãos vitais (choque)
NÃO TOQUE NO SANGUE DAVÍTIMA: você pode pegar alguma doença. Use luvas, evite se
ferir e não leve as mãos à boca ou olhos.
HEMORRAGIA EXTERNA
• O que fazer:
1. Deite a vítima imediatamente
2. Coloque sobre a ferida gaze ou pano limpo e pressione
- Não trocar o curativo: se preciso, colocar novas ataduras por cima
3. Mantenha o membro ferido em posição mais alta que o coração.
- Não elevar em caso de fratura ou dor
4. Se ainda continuar sangrando, comprima a artéria mais próxima da região.
Mantenha o acidentado agasalhado e procure ajuda médica. NÃO tente tirar
corpos estranhos e não jogue nada no ferimento.
98
• Faça o torniquete logo acima da ferida
1. Passe uma faixa de tecido ao redor do membro ferido duas vezes. Dê meio nó.
2. Coloque um pequeno pedaço de madeira (vareta, caneta ou qualquer ob¡eto
semelhante) no meio do nó. Faça um nó no pano sobre a vareta.
- Aperte o torniquete girando a vareta.
- Afrouxar o torniquete girando a vareta no sentido contrário, a cada 15 minutos.
Só usar torniquete nos casos de hemorragias externas graves, que não parem com os
métodos anteriores. A utilização por tempo muito demorado pode levar à morte da
extremidade.
HEMORRAGIA INTERNA
• como a hemorragia não é visível, deve-se ficar atento aos sinais externos:
1. Pulso fraco e rápido
2. Pele fria e pálida
3. Sede e muito suor
4. Tontura, confusão mental e inconsciência
5. Calafrios
6. "Abdômen em tábua"(duro)
- O que fazer:
DESMAIO
Perda súbita dos sentidos,resultante da diminuição do fluxo de sangue e oxigênio para
o cérebro.
• Principais causas:
- Cansaço excessivo
- Fome e diminuição do açúcar no sangue
- Nervosismo, susto e outras emoções fortes
- Contusões
- Tudança súbita de posição (de deitado para em pé)
• O que fazer:
- Deitar a vítima de costas, em local ventilado, e afrouxar suasroupas
- Elevar as pernas em nível superior à cabeça
- Em caso de vômito, virar a cabeça de lado para evitar sufocação
Se a vítima desmaiar novamente ou por mais de 2 minutos, agasalhá-la e providenciar
assistência médica.
FERIMENTOS SUPERFICIAIS
• Lave bem sua mão com água e sabão
• Lave abundantemente a ferida com água limpa e sabão
• Use gaze estéril para secar, limpando a ferida no sentido de dentro para fora, para
não levar microrganismos para dentro.
• Colocar compressas de gaze sobre a ferida. Uão usar algodão, que se desmancha e
prejudica a cicatrização.
NÃO tente retirar corpos estranhos (farpas,pedaços de vidro...),a não ser que eles saiam
com a água. Só aplique medicamentos sobre o ferimento com indicação médica
AMPUTAÇÃO
Separação de um membro ou parte de um membro do corpo
O que fazer:
- Controle a hemorragia
- Cuidados com a parte do corpo amputada:
- Limpe com soro fisiológico, sem imergir no líquido.
- Envolva com gaze
- Coloque em dois sacos plásticos
- Coloque o saco plástico em recipiente de isopor congelou água gelada
- Transporte a vítima rapidamente para o hospital e leve o recipiente com o
membro amputado.
NÃO coloque o membro amputado em contato direto com o gelo.
QUEIMADURAS TÉRMICAS
Ferimentos provocados pela temperatura (frio ou calor)
• O que fazer:
- ANTES DE TUDO: identifique, afaste/ controle a causa da queimadura
- Verifique o estado de consciência
- NÃO remova as roupas que estiverem grudadas na pele
- A área queimada tende a inchar: retire anéis e braceletes que possam dificultar a
passagem do sangue
Classificação segundo profundidade:
Vermelhidão e dor Sem bolhas Vermelhidão e dor Cor branca, amarela ou marrom
Bolhas Pouca ou nenhuma cor
100
1º GRAU
1. Lave com água corrente, à temperatura ambiente, por 1 min.
2. NÃO use gelo
2º GRAU
1. Lave com água corrente
2. Cubra com gaze ou pano limpo.
3. NÃO estoure as bolhas.
4. Procure ajuda médica.
3º GRAU
1. Lave com água corrente
2. Cubra com papel alumínio: protege melhor contra perda de calor e microrganismos
3. Procure ajuda médica imediatamente
Não passe loção, óleo, pomada, clara de ovos, creme dental, margarina ou qualquer
outro produto, pois só complicam o tratamento correto.
DIMENSIONAMENTO DA CENA
TEMPERATURA
ÍNDICE: ADULTO CRIANÇA
ORAL 37 º C 37,4º C
RETAL 37,5º C 37,8º C
AXILAR 36,7º C 37,2º C
101
SINAIS VITAIS
•Variações de 0,3 ºc a 0,6 ºc são normais
•Normalmente, é mais baixa nas primeiras horas da manhã e mais alta no início
da noite.
TEMPERATURA
Variações:
Sinais vitais
•Infecções
•Trauma
•Tedo
•Ansiedade
•Exposição ao frio
•Estado de choque
RESPIRAÇÃO
Bebê: 30-60 mrm
Criança: 20-30 mrm
Adulto: 12-20 mrm
Apnéia – cessação intermitente da respiração
Bradpnéia – respiração lenta, regular .
Taquipnéia – respiração rápida, regular.
Dispnéia – respiração difícil que exige esforço aumentado e uso de músculos
acessórios
PULSO
Bebê: 100-160 bpm
Criança: 80-120 bpm
Adulto: 60-100 bpm
PROTOCOLOS:
EXAME PRIMÁRIO
Segurançado local.
Controle Cervical e Responsividade.
- A € ViasAéreas.
- B€Respiração
- C €Circulação
- D€Exame Neurológico
- E € ExposiçãodaVítima
• Verificar sinais vitais e iniciar o exame corporal pela região posterior e
anterior do pescoço (região cervical), observando o alinhamento da traqueia
(colocar o colar cervical).
• Verificar se no crânio há afundamentos ou escalpes
102
• Examinar o ombro (clavícula e escápula);
• Examinar o tórax, procurando por fraturas e ferimentos;
• Observar a expansão torácica durante a respiração;
104
2. Colocar a raiz do polegar de uma das mãos entre a cicatriz umbilical
e o apêndice xifoide; realizar. 5 compressões.
VITIMA DEITADA
1. Posicionar a vítima em decúbito dorsal;
2. Ajoelhar-se ao lado da vítima ou a cavaleiro sobre ela no nível de
suas coxas,com seus joelhos tocando-lhe lateralmente o corpo;
3. Posicionar a palma da mão sobre o abdome da vítima, entre o
apêndice xifoide e a cicatriz umbilical, mantendo as mãos sobrepostas;
Área.
4. Lizar 5 compressões,
REANIMAÇÃO CARDIO-RESPIRATÓRIA
• Reanimação Cardiorrespiratória são as manobras realizadas para
restabelecer a ventilação pulmonar e a circulação sanguínea, tais como
respiração artificialemassagem cardíaca externa; manobras estas utilizadas
nas vítimas em parada cardiorrespiratória (morte clínica).
TÉCNICA ADULTO
1 e 2 Socoristas = 30 compressões e 2 insuflação durante 5 ciclos
TÉCNICA NA CRIANÇA E LACTANTE
1 Socorista = 15 compressões e 2 insuflação durante 5 ciclos
2 Socoristas = 30 compressões e 2 insuflação durante 5 ciclos
SINAIS E SINTOMAS DA HEMORRAGIA
- Pulso se torna fraco e rápido
- Pele fica fria e úmida (pega¡osa)
- Pupilas podem ficar dilatadas com reação lenta a luz
- Queda da pressão arterial
- Paciente ansioso, inquieto e com sede
- Náusea e vômito
- Respiração rápida e profunda
- Perda de consciência, parada respiratória
- Choque
Não é aconselhada por provocar o necrosamento do órgão ou membro e consequentemente,
sua amputação. Usá-la sempre como último recurso.
CHOQUE
Choque é uma situação de falência do sistema cardiocirculatório em manter sangue
suficiente circulando para todos os órgãos do corpo.
TIPOS:
HIPOVOLÊMICO
O choque hipovolêmico é caracterizado pela perda de grandes quantidades de sangue e
líquidos, o que pode levar à morte em poucos minutos.
CARDIOGÊNICO
Choque cardiogênico é a incapacidade do coração bombear uma quantidade adequada
de sangue para os órgãos nobres. Maiores complicações do infarto agudo do miocárdio e
se nãofortratada com urgência, pode levar à morte em 50% dos casos.
Lembre-se: Choque é uma emergência GRAVE e deve receber atendimento de
URGÊNCIA.
FRATURAS
Fraturaé uma lesão óssea de origem traumática, que pode ser produzida por
trauma direto ou indireto, por alta energia ou baixa energia.
Classificação
a) fechada: o foco de fratura está protegido por partes moles e com pele íntegra.
b) aberta ou exposta: o foco de fratura está em contato com o meioexterno
podendo o osso estar exteriorizado ou não.
SINAIS E SINTOMAS DAS FRATURAS
1) Dor
2) Aumento de volume
3) Deformidade
4) Impotência funcional
5) Crepitação óssea
PROCEDIMENTO
a) Não movimentar vítima antes de imobilizar.
b) Fraturas expostas, controlar o sangramento e proteger o ferimento.
c) Fraturas de ossos longos, alinhar, tracionar e imobilizar.Examinar a
sensibilidade e pulso.
d) Tanter tração e alinhamento até a fixação da tala.
e) Deformidades próximas a articulação que não corrigem com tração suave,
imobilizar naposição em que se encontra.
f) Quando imobilizar uma fratura incluir na tala a articulação distal e
proximal da lesão.
g) As talas devem ser ajustadas e não apertadas para não interromper a
circulação local.
Ob¡etivos:
Ao final desta lição os participantes serão capazes de:
1. Enumerar 3 diferentes formas de manipulação de um paciente;
2. Executar corretamente a técnica de imobilização etransporte deum paciente,utilizando
prancha longas;
3. Executar corretamente a técnica de retirada de capacete;
4. Definir quais os pacientes deverá ser removidocomem prego do colete de
imobilização dorsal(KED);
5. Descrever os procedimentos par emprego do KED, prancha longa e do
colar cervical.
Manipulação justificada de um paciente a fim de evitar mal maior; Usamos esse
termo genérico para descrever qualquer procedimento organizado para manipular,
reposicionar ou transportar um paciente doente ou ferido, de um ponto para outro.
IMPORTANTE!
• O paciente não deverá ser movimentado, amenos que exista um perigo
imediato para ele ou para outros se não for feita a sua remoção;
• O socorrista deverá manipular e transportar seu paciente,geralmente,após
avaliá-lo e tratá-lo de forma a estabilizar sua condição.
ESCOLHA DA TÉCNICA
Antes de escolher a técnica a ser adotadopara o transporte você deve considerar os
seguintes aspectos do paciente:
• Paciente traumático?
- Consciente?
- Inconsciente?
• Paciente não traumático?
- Consciente?
- Inconsciente?
PACIENTE NÃO TRAUMÁTICO CONSCIENTE
• Arrastamento com cobertor;
• Arrastamento pelas roupas;
• Arrastamento de bombeiro;
• Transporte bombeiro;
• Transporte tipo “cadeirinha";
• Transporte de trilha.
PACIENTE NÃO TRAUMÁTICO INCONSCIENTE
• Arrastamento de bombeiro;
• Arrastamento com cobertor;
• Arrastamento pelas roupas;
• Arrasto de pé;
• Transporte tipo “cadeirinha";
• Transporte tipo mochila;
• Transporte de bombeiro;
• Transporte pelos membros.
• Levantamento com 04 socorristas;
• Levantamento com 03 socorristas;
• Levantamento com 02 socorristas;
• Rolamentos e imobilização na maca;
• Chave de rauteck;
• Colete de imobilização dorsal (ked);
• Imobilização com outras macas.
TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO
• Rolamento de 90°;
• Rolamento de 180°;
• Elevação a cavaleiro;
• Retiradade capacete;
• Extricação veicular (KED e chave de Iauteck).
• ROLAMENTO DE 90°
• ROLAMENTO DE 180°
• ELEVAÇÃO DE CAVALEIRO
• ELEVAÇÃO DA PRANCHA
RETIRADA DE CAPACETE
Situações em que não se retira o capacete:
1. Quando ao menor toque o paciente sentir dor;
2. Quando da existência de ob¡etos transfixados no mesmo;
3. Quando da presença de rachaduras recentes.
COLAR CERVICAL
ATENDIMENTO INICIAL
- FERIMENTOS
1. FERIMENTO ABERTO
• Exponha o local ferido, respeitando intimidade da criança.
• Limpe o ferimento com soro ou água limpa e sabão neutro (líquido ou em barra –
pedaços utilizados devem ser desprezados), retirando toda a su¡eira.
• Avalie o tamanho(em cm)e profundidade da ferida(aparecimento de
tecido gorduroso ou não).
• Controle o sangramento com compressão local e gelo.
• Cubra o ferimento com gaze ou pano limpo.
• MANTENHA A CRIANÇA TRANQUILA e em local apropriado.
• Ferimento leve (arranhões,superficiais sem aparecimento de
tecido gorduroso)orientar pais sobre manter limpeza local em casa e
observar.
• Ferimento extenso, com aparecimento de tecido gorduroso ou sangramento
mantido acionar serviço de pré-hospitalar ou encaminhar a criança a Unidade de
Saúde mais próxima para orientação e conduta.
2. FERIMENTO FECHADO
• Coloque a criança em local tranquilo, em repouso.
• Prote¡a a pele local com um pano fino e limpo.
• Coloque gelo sobre o pano por 20 minutos. Reavalie após.
• Inchaço leve, movimentos preservados, pouca dor, orientar pais a manter gelo
local e se houver dor em casa levar a criança a uma Unidade de Saúde.
• Inchaço importante, dor aos movimentos, encaminhar a criança a Unidade de
Saúde mais próxima.
- LESÕES DO APARELHO LOCOMOTOR
1- FRATURAS, ENTORSES, LUXAÇÕES
• Colocar a criança em local tranqüilo com cuidado.
• Avaliar o tipo de lesão, desvio do membro e sintoma de dor.
• Imobilizar o local com suspeita de lesão,com o intuito de diminuir
ador,prevenir aumento das lesões. Sempre imobilizar uma articulação acima e outra
abaixo no local da lesão.
• Colocar gelo no local da lesão por 20 minutos.
• Deixar a criança com o membro elevado.
• Encaminhar acriança a unidadede saúde mais próxima ou acionar
pré- hospitalar (samu).
- TRAUMATISMO CRANIANO
1- CRIANÇA BATEU A CABEÇA
• Tranqüilizar a criança.
• Avaliar perda de consciência (desmaio) ou outros sintomas.
• Gelo no local - proteger a pele.
• Observar a criança por 20-30 minutos. DOR UO LOCAL É UORTAL.
- Pupilas iguais(“menina dos olhos")
- Movimentos dos membros normais
- Vômitos, sonolência
- Desmaio
• Sem sintomas deixar na escola e orientar pais para observação por 24 a 48 horas.
• Sintomas após 20-30 minutos (vômitos,sonolência,desorientação)referencia
criança para a Unidade de Saúde mais próxima ou acionar pré-hospitalar (SATU).
- QUEIMADURA
• Apague o fogo (por abafamento – não correr);
• Retire as roupas, sapatos e outros adereços, respeitando a intimidade da criança;
• Avalie o padrão respiratório (verificar a freqüência de respiração
e esforço respiratório);
• Lave a área queimada com água limpa, cobrindo-a com gaze ou pano limpo;
• Acionar pré-hospitalar (SATU-SOS) para orientação e conduta.
• Não use qualquer medicamento no local.
- DOR NO PEITO
• Tal comum
• Idade
• Historico Médico