Você está na página 1de 164

CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

APOSTILA FORMAÇÃO
PROFISSIONAL AUXILIAR DE
CRECHE

1
CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL

ÍNDICE

Mensagem de Boas Vindas, página 3


CAPÍTULO 1, página 4
CAPÍTULO 2, página 17
CAPÍTULO 3, página 23
CAPÍTULO 4, página 35
CAPÍTULO 5, página 47
CAPÍTULO 6, página 54
CAPÍTULO 7, página 57
CAPÍTULO 8, página 62
CAPÍTULO 9, página 74
CAPÍTULO10, página 79
BIBLIOGRAFIA, página 109

2
Mensagem de boas vindas

A LIÇÃO DA BORBOLETA
Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo. Um homem sentou e observou a
borboleta por várias horas, conforme ela se esforçava para fazer com que seu corpo
passasse através daquele pequeno buraco.
Então pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela
tinha ido o mais longe que podia, e não conseguia ir mais.
O homem então decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o
restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente.
Mas seu corpo estava murcho, era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem
continuou a observá-la, porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se
abrissem e esticassem para serem capazes de suportar o corpo queiriase afirmara
tempo.
Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com
um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em
sua gentileza e vontade de ajudar não compreendia, era que ocasuloapertado eoesforço
necessário à borboleta para passar através da pequena abertura era o modo pelo qual Deus
fazia com que o fluido do corpo da borboleta fosse para as suas asas, de forma que ela
estaria pronta para voa uma vez que estivesse livre do casulo.
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida.Se Deus
nos permitisse passar através de nossas vidas sem quaisquer obstáculos, ele nos
deixaria aleijados. Nós não iríamos ser tão fortes como poderíamos ter sido. Nós nunca
poderíamos voar.
Que juntas possamos compartilhar todas as experiências vividas e buscaremos através dos
novos conhecimentos uma reflexão para nosso crescimento profissional.

Boa Sorte!

3
CAPÍTULO 1

• EDUCAÇÃO INFANTIL
• ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA)
• EDUCAÇÃO E DIREITOS HUMANOS
• LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
• RCNEI – REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
• BASE CURRICULAR NACIONAL
• ATENDIMENTO AO PÚBLICO DAS CRECHES
• CUIDADOS COM RELACIONAMENTO HUMANO
• ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE CRECHE

4
IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Por muitos séculos, a educação e os cuidados das crianças ficaram somente sobre a
incumbência da família, particularmente das mães e de outras mulheres da própria
família. Com as mudanças sociais ocorridas em decorrência da revolução industrial, as
mulheres saíram de casa em busca de um ofício, surgindo assim à demanda por um
ambiente que pudesse proteger os filhos das trabalhadoras (OLIYEIRA, 2002, P.28).
Com a inserção das mães no mercado de trabalho, as crianças ficavam sem os
cuidados básicos necessários para sua sobrevivência, o que provocou aumentos nas taxas
de mortalidade infantil, desnutrição e acidentes domésticos. Surge, então, a creche como um
recurso que momentaneamente atenuou a situação, dentro de uma circunstância
extremamente assistencialista e de cuidados, na qual a criança passou a ser
visualizada como uma adversidade dentro da sociedade. Nota-se que a primeira ideia
de atendimento infantil possuía simplesmente uma natureza assistencialista e
benevolente, relacionado somente aos cuidados de higiene e alimentação. Nesse período,
a criançaera classificada como um adultoem miniatura,uma vez que nenhumsentimento de
infância existia (OLIYEIRA, 2002, p.58).
Houve um processo evolução na educação infantil em relação ao passado em
que as crianças não eram consideradas como um ser social e histórico. Na atualidade, a
educação infantil é voltada para cuidar, educar e brincar, direcionada para uma formação
integral que seja capaz de despertar nas crianças o seu desenvolvimento psicológico, físico,
socialecognitivo, possibilitando umaeducação que seja capaz de reconhecer a criança como um
ser pensante e autônomo. Diante da perspectiva legal, a Educação Infantil corresponde
hoje à primeira etapa da educação básica, cabendo ao sistema educacional dos
municípios ofertarem essa modalidade de ensino com qualidade, ou seja, ofertarem
creche a todas as crianças de 0 a 3 anos e pré-escola a todas de 4 a 5 anos de idade,
principalmente àquelas provenientes das classes menos favorecidas (BRASIL, 2010).
A Educação Infantil representa a primeira etapa da Educação Básica. A
Constituição Federal de 1988 e o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº
8.069/90) trouxeram novo paradigma educacional, permitindo que muitas pessoas
começassem a lutar pela conquista dos espaços destinados ao atendimento infantil
que passou a ser reconhecido como dever do Estado e de cada município. De acordo com
as legislações que regem as questões educacionais para essa fase da vida, todas as
crianças, apartir de quatro anos de idade, devem ter seus espaços garantido sem
instituições especializadas. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional– LDB (Lei
nº 9.394/96) jádeterminavaque criançasdezeroatrêsanos fossem atendidas pelas
creches,enquantoasde quatroacinco anos deveriam frequentar a pré-escola. Segundo
a Constituição, é obrigação do Estado oferecer a todas as crianças uma educação na
fase da infância.
Quem coordena os programas de educação pré-escolar, atualmente, é a Secretaria
de Ensino Básico do Ministério da Educação(MEC),e mesmo assim,não podemos dizer
que exista um pensamento comum entre os educadores sobre quais são as reais
funções exercidas por uma escola infantil.
Souza e Kramer(1991)enfatizam que,mesmo sabendo que muitas crianças neste país
não têm acesso às condições mínimas básicas de que necessitam para uma vida
saudável, é importante que a pré-escola contribua com propostas educacionais,
ultrapassando sua função assistencialista.
Embora a Educação Infantil no Brasil tenha mais de 160 anos, o seu maior
desenvolvimento ocorreu a partir da década de 1970, com a legislação formulada em 1971
(LDB nº 5.692), que determinava que crianças menores de sete anos deveriam receber
educação em escolas maternais ou jardins de infância.A finalidade da Educação Infantil
é proporcionar o desenvolvimento integral da criança em todos osseus
aspectos,físicos,intelectual,linguístico, afetivo e social, visando complementar a educação
recebida na família e em toda a comunidade em que a criança vive.
Para desenvolver sua sociabilidade, sua afetividade,a criança precisa interagir com
outras pessoas, e essa interação só se dá pela comunicação que ela faz por meio do
pensamento que se expressa pela linguagem e pela motricidade. É importante que as
instituições que atendem crianças do período da Educação Infantil compreendam a
importância de elas manifestarem as diferentes possibilidades de expressão (desenhos,
danças, pinturas). Todas as crianças podem apresentar maior ou menor capacidade nas
formas de demonstrarseusconhecimentos. Isso temavercom os estímulos ou as
rejeições dadasaosseustrabalhos, pois, quandoencontramresistência em
determinadaslinguagens, possivelmente isso setraduziráematitudes de inibição. Umadas
tarefas da Educação Infantil é propiciar às crianças diferentes formas de manifestar seu
conhecimento, estimulando todas as possibilidades de elas expressarem sua criatividade,
sejam elas por gestos, pela fala ou, ainda, por desenhos, pintura e escultura. O grande
desafio dos profissionais de que atendem a essa faixa etária é criar situações que
possam estimular explorações de movimentos, oferecendo meio sincronizá-los com a
música, de incentivar a imaginação por meio das atividades cênicas ou pictóricas.
Escolas que se propõem a trabalhar com a Educação Infantil devem ter clareza de
que:
• Abordagens pedagógicas que no passado notavam as práticas docentes, por
exemplo, os alunos chegam à escola sem nenhum conhecimento, atualmente não são
mais aceitas;
• Antes deproporatividades, éimportante queidentifiquem os diferentesperfisdecapacidade
das crianças no contexto da sala de aula;
• Uãodevemficarcondicionadas a pensarapenasnas linguagens da falae da escrita,
mas dar importância às outras possibilidades,como o movimento, a brincadeira, o
desenho, a dramatização, a música, o gesto e a dança;
• As propostas a serem oferecidas devem visar ob¡etivos de formação integral das
crianças e fortaleceras inter-relações pessoais entre elas,
• O ambiente vivido no dia a dia da criança deve propiciar um diálogo com as múltiplas
linguagens, promovendo sempre novas experiências,aproximando a criança de suas
possibilidades de criação.

ESTATUTODA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE


Foi criado em 13 de ¡ulho de 1990 o Estatuto da Criança e do Adolescente
(ECA), instituiu-se como Lei Federal 8.069, regulamentando e garantindo à família, à
sociedade e ao Estado de assegurarem os direitos da criança e do adolescente, bem como
disciplinando os mecanismos para efetivação e garantia desses interesses inerentes ao
menor.Para crescerem um ambiente seguro, a criança necessita de cuidados e orientações
para prosperar deforma sadia e equilibrada (FREITAS, 2003, P.79).
Sendo o seu objetivo maior proteger a criança e o adolescente de toda e qualquer forma
de abuso, bem como de garantir que todos os direitos referentes à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade,
à liberdade, e à convivência familiar e coletiva, estabelecidos na Constituição Federal de
1988 lhes fossem assistidos (FREITAS, 2003, P.79).
O Estatuto da Criança e do Adolescente estabeleceu em seu artigo2º,a descrição
para a condição decriança, sendo: toda pessoa com idadeatédoze
anosdeidadeincompletos; adolescente aquele que tiver entre doze e dezoito anos
incompletos;em adulto, dos dezoito aos vinte e um anos incompletos BRASIL, 1990).
Essa normativa legal 1990 trata também do direito à educação, entendendo que
educarem seu sentido mais amplo significa transmitir conhecimentos, desenvolver valores
e orientar a criança ou o adolescente o despertar de valores, promovendo desafios que os
façam refletirem sobre a realidade que ocerca.
Garantir os direitos fundamentais per passando pela análise da educação, parte da
oportunidade de que todo cidadão brasileiro deve ter acesso esse apropriar dos conhecimentos
cognitivos e formais culturalmente organizados, desenvolver valores construídos pelos
indivíduos de uma determinada sociedade, colaborando para mudança dos mesmos e do
espaço público que estão inseridos. (CURY, 2007).
A Lei Federal dispõe do direito à educação em especial nos artigos 53 a 59, que
contou com a participação da sociedade civil por meio de movimentos populares e
entidades organizadas, incluindo especialistas do segmento da educação, conforme se
confere nos dispositivos em referência:
Art. 53. A criançae o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno
desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação
para o trabalho, assegurando- se-lhes:
I–igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – direito de ser

respeitado por seus educadores;

III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores;

IY – direito de organização e participação em entidades estudantis;

Y – acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência;


Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem
como participar da definição das propostas educacionais.
Art. 54. É dever de o Estado assegurar à criança e ao adolescente:
I – ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria;
II – progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IY – atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de idade;
Y – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
YI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do adolescente
trabalhador;
YII – atendimento no ensino fundamental, através programas suplementares de material
didático- escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público sub¡etivo.
§2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo poder público ou sua oferta irregular
importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao poder público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer
– lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.
Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede
regular de ensino;
Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao
Conselho Tutelar os casos de:
I – maus tratos envolvendo seus alunos;
II – reiteração de faltas in¡ustificadas e de evasão escolar,esgotados os recursos

escolares; III – elevados níveis de repetência.

Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas propostas relativas
a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e avaliação, com vistas à inserção de
crianças e adolescentes excluídos do ensino fundamental obrigatório.
Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e
históricos, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de
cultura. Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão e
facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações culturais, esportivas e
de lazer voltadas para a infância e a ¡uventude. (BRASIL, 1990).
Partindo desses pressupostos, percebe-se aprioridade de que se faça honrar o que
determina o dispositivo legal brasileiro. Na atualidade, não é aceitável
criançasforadainstituição escolaresem o acolhimento imprescindível por parte da família, pois
o descumprimento de tal situação poderá se retratar como abandono intelectual.
Sabe-se que para não haver uma alta representação da evasão escolar,
repetência e péssimo desempenho escolar,é de suma importância que haja o trabalho
da escola e da família. A criança ou adolescente devem comparecer regularmente à
instituição escolar, tendo o acompanhamento familiar e o da instituição de ensino a que
pertencem, para que as metase os objetivos educacionais propostos sejam atingidos.
Por fim, enfatiza a Constituição Federal de 1988, assim como o Estatuto da Criança e do
Adolescente 1990, que devemos amparar as crianças e os adolescentes preservando-os das
arbitrariedades, do desamparo intelectual/moral e da violência para que tenham uma infância
e uma adolescência segura.Essas normativas de que a proteção e as garantias dos
direitos que lhes são devidos pela legislação brasileira vigente. É p reciso que os
governos, a sociedade e principalmente, a família passem a atuar de forma mais
presente, eficiente e articulada, afim de que os dispositivos legais deixem de ser
apenas mais um projeto nacional, no sentido das práticas de direito. Devem ser
garantidos a todas as crianças e adolescentes, sem restrições, bem como é necessário
que haja o entendimentodosmesmos, como sujeitos de direitos, pessoas em condições
peculiares
de desenvolvimento e prioridade absoluta. Desta forma, haverá a efetivação na proteção
integral e garantias da política da criança e do adolescente.

EDUCAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS


A Educação Infantil enquadra-se nos fundamentos da Educação Básica brasileira,
razão pela qual deve contribuir para a aquisição dos princípios que norteiam
aeducação dos direitos humanos, definidos no Programa Nacional de Direitos Humanos
– PUDI (Brasil – 2006) e referendados no PUDI3 (Brasil, 2010), como menciona Silva
(2010, p.50) a saber:
• A escola como espaço privilegiado para a construção e consolidação da cultura de
direitos humanos, deve assegurar que os objetivos e as práticas a serem adotados sejam
coerentes com os valores e princípios da educação em direitos humanos;
• A educação em direitos humanos, porseu caráter coletivo, democrático e
participativo, deve ocorrer em espaços marcados pelo entendimento mútuo, respeito
e responsabilidade;
• A educação em direitos humanos deve estruturar-se na diversidade cultural e
ambiental, garantindo a cidadania, o acesso ao ensino, permanência e conclusão, a
equidade (étnico- racial, religiosa, cultural, territorial, físico-individual, geracional, de
gênero, de orientação sexual, de opção política, de nacionalidade, dentre outras) e
qualidade da educação;
• A educação em direitos humanos deve ser um dos eixos fundamentais da
Educação Básica e permearocurrículo, aformaçãoinicial econtinuada dosprofissionais
da educação, o preto político – pedagógico da escola, os materiais didáticos –
pedagógicos, o modelo de gestão e avaliação;
• A prática escolar deve ser orientada para a educação em direitos humanos,
assegurando o seu caráter transversal e a relação dialógica entre os diversos atores
sociais.
Ter direitos, e estes voltados a todos os seres humanos, cria o compromisso em orientar
as crianças para as relações interpessoais, para o significado que o meio ambiente e as formas
de estruturação sociais têm na produção de uma vida com qualidade.
Direitos humanos devem estar vinculados ao direito de ser, direito de conviver, direito de
conhecer a si mesmo, os outros, o mundo e as coisas, sempre no sentido de uma vida
qualitativa.

LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL


(Lei 9. 394/96)
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional é abalizada como a normativa
que regulamenta toda a educação brasileira ,por isso mesmo é denominada de“Carta
Maior da Educação”.Ela está hierarquicamente abaixo da Constituição Federal de 1988 e
preconiza os princípios norteadores do ordenamento geral da educação brasileira. Por ter
uma natureza generalista, a maioria de seus dispositivos legais necessita ser
regulamentado por meio de uma normativa legal adicional. São nessas circunstâncias que as
políticas públicas educacionais vão se efetivando por meio dos projetos governamentais.
Uma das composições da Educação Básica é a EDUCAÇÃO INFANTIL – creches (de 0 a
3 anos) e pré-escolas (4 a 5 anos). Seu ob¡etivo é promover o “desenvolvimento
integral
da criança[...], em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social,
complementando a ação da família e da comunidade" (art. 29 da LDB). É de
competência dos municípios brasileiros.
Em fevereiro de 2006, o Conselho Nacional de Educação (CUE) apresentou a
Lei Federal 11. 274 que alterou a redação dos seguintes artigos da LDB 9.394/96: 29,
30, 32 e 87, sobre o ingresso da criança no Ensino Fundamental e sobre o tempo de
duração da educação obrigatória que passa a ser de nove anos. Essalei complementou a
lei anterior de modo a determinar ao Estado o papel que lhe incumbe no sentido de
responsabilizar o poder público pela oferta dessas vagas. (BRASIL, 1996).
A ampliação de escolaridade obrigatória é uma conquista para as classes populares e
deveestendida cada vez mais, agora incluindo o contingente de crianças de seis anos. Com
essa mudança, os brasileiros dos 3 aos 14 anos de idade terão direito a onze anos de
educação básica pública.
Por sua vez, a Resolução 3, de 03 de agosto de 2005, do Conselho Nacional de
Educação (CUE) modificou a nomenclatura a ser adotada para Educação Infantil eo
Ensino Fundamental, especificando que:
Educação Infantil – 5 anos de duração – até 5 anos de idade.
Creche – até 3 anos de idade.
Pré-escola – 4 e 5 anos de idade
Ensino Fundamental – 9 anos de duração – até 14 anos de idade
Anos iniciais – 5 anos de duração – dos 6 anos aos 10 anos de
idade Anos Finais – 4 anos de duração – dos 11 aos 14 anos de
idade.

RCNEI – Referencial Curricular para EducaçãoInfantil

A formação inicial e em serviço do professor/educador para uma Educação Infantil


de qualidade.O processo de construção de um projeto educacional de qualidade para
a criança de 0 a 5 anos tem de ser contínuo. A formação inicial básicaemnível
superior,como proposto pela nova LDB, ou o retorno doseducadorespara escola através
de programas supletivos especiais, embora essenciais, não bastam. Uma educação de
qualidade exige formação em serviço dos profissionais envolvidos, assegurando e
instrumentando sua efetiva colaboração enquanto agentes centrais do processo. Essa
formação deve estar relacionada ao saber, ao saber fazer e ao saber explicar e
planejar o fazer.
Para isso é preciso formar o professor/educador através de observações,
discussões e reflexões sobre suas ações cotidianas no interior da creche ou pré-
escola. Nesse processo, é necessário dar especial atenção às concepções, crenças, valores
e pro¡etos de vida desse profissional, a sua própria identidade pessoal que, intimamente
associada a sua identidade profissional, influencia a qualidade geral de seu trabalho. O que
ele, dominar conteúdos e metodologias de ensino. É necessário que ele construa uma
visão ética pensa a respeito da sociedade, da função social da creche, da escola e da
educação? Quais as suas ideias sobre o que é um bom ou mau professor? Não lhe basta
apenas obter conhecimentos e técnicas e política da sua prática profissional. Aliás, é

14
enganosa a ideia de que existe uma proposta psicopedagógica completamente pronta e
organizada a ser executada. Essa proposta muda conforme as possibilidades da
instituição, o momento histórico, a população

15
atendida e a dinâmica das relações que ali ocorrem. Ela acontece através de
plane¡amento– ação– avaliação-replane¡amento, em um referencial curricular nacional
para educação infantil processo em que devem estar envolvidos todos os profissionais da
equipe. Para isso, no entanto, todos precisam ser respeitados enquanto profissionais, com
direitos edeveres. Oque pressupõecondiçõesadequadas de trabalho e remuneração.
Pressupõe também tempo disponível na rotina para plane¡amento, registro e
reflexões. Como prevê, agora, a LDB. O apoio e parceria dos colegas e supervisores nessa
tarefa são fundamentais para que haja uma primoramento na qualidade do trabalho
realizado porto do o grupo.
Favorece também a criação de um espírito de equipe, onde cada um se percebe
como peça fundamental na construção do conhecimento pessoale coletivo, do
conhecimento dascrianças, da proposta pedagógica da instituição, de sua identidade
profissional e da qualidade do serviço prestado à comunidade como um todo. Só assim
será possível atender à necessidade de conquistar qualidade nas ações educativas,
para propiciar o melhor desenvolvimento possível às crianças.
O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil deve ser entendido como uma
proposta aberta, flexível e não obrigatória, que visa à estruturação de propostas educacionais
adequadas especificidade de cada região do país .Sua primeira versão foi analisada por
mais de 500 especialistas em âmbito nacional.O documento mostra as conquistas políticas
documentais(Constituição,LDB..) e denota a incorporação, pelo MEC, da “Educação
Infantil no sistema educacional regular.” O documento aponta a especificação legal
da Educação Infantil e sua importância ao ser reconhecida eapoiada na Lei de Diretrizese
Bases da Educação, o que por, si só, já é uma grande vitória, mas a qualidade da ação é
ainda um caminho muito difícil a conquistar. Define uma perspectiva teórica norteadora, a
qual é apontada, pelos educadores, como psicologizante. Será este o problema do
documento? A ênfase no modelo construtivista?
Porque se outro fosse tudo se enquadraria dentro de um único referencial teórico ou
Existe aquia necessidade de flexibilizar tal orientação?
• Será que em todo Brasil ,no trabalho com Educação Infantil, há condições de
adotar ou mesmo o desejo de adotar um único referencial teórico?
• Podemos impingir uma única modalidade de pensamento e/ou aporte discursivo à uma
ação tão grande e com tantas especificidades regionais ?
Há que se pensar em tais questões porque no RCNEI é dito que “estas orientações devem
subsidiar e instrumentalizar os diferentes profissionais"… de “função técnica até"… os que
trabalham diretamente com as crianças; além de apresentar ob¡etivos claros de –
estabelecer parâmetros… estaduais e municipais das políticas de E.I.; – subsidiar a
produção e a avaliação de material didático; – fornecer critérios de qualidade.
Acredito ser mais interessante manter o caráter de suporte à ação pedagógica e não
coordenação da mesma ação. Assim estava sendo feito nos documentos produzidos
de 1994 a 1996, pela Coordenação Geral de Educação Infantil (COEDI), do
Departamento de Políticas Educacionais, do TEC, que refletiam o esforço de
documentar a realidade enfrentada no país. Outro problema a ser enfrentado é a
coincidência de fala de uma única região do país. Essa “fala” hegemônica regional
pode ser obstáculo a um dos objetivos centrais do documento: – o respeito e
valorização da pluralidade e multiculturalidade de nossa sociedade.
Referencial curricular nacional para a educação infantil: Comentário
O texto em questão é analisado em termos de sua consistência com a
perspectiva sócio- construtivista, com a concepção da criança como agente ativo e auto-
determinado de seu próprio desenvolvimento e com a concepcão sobre o brincar como sistema
autônomo e intrinsecamente motivado. Discutem-se as implicações do conceito de
motivação intrínseca termos cognitivos e afetivos, em geralesobreocomportamento
lúdicoemparticular. Comenta- se o texto de referência com relação à coerência e rigor de
seus fundamentos teóricos e a suas potencialidades como orientação para profissionais
envolvidos na prática da educação pré-escolar.
A FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL

O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCUEI, 1998), em seu


segundo volume, denominado FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL, contém o eixo
norteador que favorece, prioritariamente, os processos de construção da identidade e da
autonomia das crianças na creche e na pré–escola.
Em consonância comessasdiretrizes norteadoras, acategoria identidade nos
remete à ideia de diferenciação. Reforça, ainda, esse guia de orientação que:" [...] é uma
marca de diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as
características físicas, de modos de agir,de pensar e da história pessoal”. Construir a
identidade implica conhecer os próprios gostos e preferênciasedominar habilidades e
limites, semprelevando em conta a cultura, a sociedade, oambiente e as pessoascom
quem se convive.
Esse auto conhecimento começa no início da vida e segue até o seu fim, mas é
fundamental que alguns conhecimentos se¡am adquiridos ainda na creche (RCNEI,
1998, p.13)
CONHECIMENTO DO MUNDO

O Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (RCNEI), em seu terceiro volume,


denominado CONHECIMENTO DO MUNDO, contém seis documentos referentes ao seixos de
trabalho orientados para a construção das diferentes linguagens pelas crianças de 4 a 5
anos de idade e para as relações que estabelecem com os objetos de conhecimento. São
eles: Linguagem Oral e Escrita, Música, Artes Visuais, Movimento, Natureza e
Sociedade e Conhecimento Matemático.
• Linguagem Oral e Escrita: A linguagem acontece socialmente por meio da
oralidade, leitura, escrita, desenho, escultura, mímica, movimentos, representações
corporais, som e música. Segundo afirma Yygotsky (2000), a linguagem é
fundamental para o desenvolvimento humano, pois engloba asestruturas psicológicas
superiores da criança, por meio das quais ela se relaciona com o meio social e cultural,
convivendo com as diversas formas de expressão, elaborando para a formação e
organização dopensamento. Por esse motivo, elas precisam falar nasdiversas situações, como
contar histórias e fatos, transmitir recados, falar ao telefone, explicar um jogo, para
aprender a verbalizar suas ideias a partir da interação com o outro.
• Música: Outro fator importante a ser trabalhado na Educação Infantil é a música. Ela
propõe a vinculação entre sensações, emoções, prazer e ritmo, favorecendo o
processo de desenvolvimento da comunicação oral e da expressão corporal para interagir com
o mundo. Para tanto, o professor tem um papel fundamental nesse processo, pois é ele o
responsável pelo planejamento e execução da atividade. Para isso, ele canta, promove
brincadeiras sonoras e leva canções abrindo em canal comunicativo de grande importância
para a integração das crianças.
• Artes Visuais: À medida que a criança vai crescendo e entrando em contato com essa
habilidade, com a diversidade de materiais e com as possibilidades da linguagem visual.
• Assim, quanto mais ela desenha, esculpe, molda e pinta com diferentes tintas, materiais,
como esponja, massinha, rolhas, argilas, e suportes, como papel, madeira, tecido, pedra, etc.,
mais possibilidades terá de elaborar sua linguagem artística.
• Movimento: A linguagem corporal constitui-se uma possibilidade da criança de se
a propriar criativamente de sua cultura e de se comunicar-se com o mundo. O
movimento e a expressão corporal são importantes dimensões da cultura humana. A
dança, por exemplo, favorece as crianças a conhecerem qualidades resultantes da
combinação de espaço, peso/força, tempo e fluência, além de envolver,por exemplo de
forma articulada, o trabalho com o corpo e movimento, música e a matemática.As
crianças semovimentam desde que nascem e crescem adquirindo maior controle sobre
seu próprio corpo. É importante trabalhar os conhecimentos da psicomotricidade,
assegurando o desenvolvimento funcional, afetivo e motor por meio de atividades que
envolvam a educação dos movimentos com funções intelectuais, pois para que uma
criança desenvolva aspectos de leitura e escrita, é necessário elaborar funções
específicas de Coordenação Global, Esquema Corporal, Lateralidade, Estruturação
Espacial/Temporal e Discriminação Visual e Auditiva (OLIYEIRA, 2002).
• Natureza e Sociedade: O trabalho com o eixo norteador natureza e sociedade
busca, prioritariamente, a exploração do mundo, pelas crianças, do próprio corpo, do espaço a
que elas pertencem, do reconhecimento e conhecimento das relações sociais de convivência
com a casa/ rua/escola/comunidade próxima, daspessoasedos ob¡etos que estãonele, suas
características e usos; dos elementos que compõem seu bairro e cidade, da natureza, plantas,
animais, a água, e a terra. É umtrabalho que se propõe a favorecer descobertas das
transformações das coisas pela ação da natureza e pelo trabalho do homem. (RCNEI,
1998).
• Conhecimento Matemático: Na Educação Infantil, o trabalho com os
conhecimentos matemáticos deve ser realizado de forma articulada com essas
vivências e sua função social, pois as crianças já operam com esses conhecimentos no
seu cotidiano. Pensar matematicamente não é o oposto de brincar uma vez que o
brincar inclui a resolução de problemas e o uso de estratégias, seja ele iniciado pela
criança ou pelo professor.
• Todas as crianças terão oportunidades de explorar de forma intencional e lúdica os
diferentes usos e funções de números, como codificar telefones, maquina de calcular,
documentos de CPF, carteira de identidade, placa do carro do pai, numeração da casa,
bem como saber as horas por meio do relógio, calendário, saber ler e entender as
receitas, balança, além de usar corretamente a fita métrica e quantificar embalagens
que indicam os ob¡etos que elas contêm. (POLLATO, 2014).
Nova Base Curricular

€onfira os pontos principais para a etapa da Educação Infantil de acordo com o


documento.
Os direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento devem ser assegurados para
todas as crianças
A criação de um documento desta natureza estava prevista no Art. 26 da Lei
12.796/2013 que trata da criação de Currículo comum para as diferentes etapas da
Educação básica, através de uma base nacional, a ser complementada em cada sistema de
ensino por uma parte diversificada que atenda às características locais e regionais.
A nova Base constitui um documento oficial, de caráter normativo, que define o
con¡unto de conhecimentos e competências que deve ser alcançado por todos os alunos
incluídos no sistema de ensino brasileiro, em cada etapa da educação básica.
Este documento tem o objetivo de ser referência em âmbito nacional subsidiando os
estados, os municípios e o Distrito Federal na formulação de seus próprios currículos.
Etapa da Educação Infantil: algumas novidades que merecem a atenção dos professores
€onfira os pontos principais a seguir:
• A Nova Base reverbera a compreensão da Educação Infantil como a primeira etapa da
educação básica envolvendo o atendimento de crianças com até 5 anos de idade, em creches e
pré-escolas, considerando a modificação feita na Lei de Diretrizes e Bases da Educação em
2006.
• Tomando como referência o artigo 9º das Diretrizes Curriculares nacionais para a
Educação Infantil sobre os dois eixos estruturantes desta etapa, que são as brincadeiras e
as interações, a Nova Baseinstitui os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento que devem
ser assegurados para todas as crianças.
• A fim de contemplar os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento e materializar a
organização do currículo foram criados os Campos de Experiências inspirados no que
dispõem as Diretrizes Curriculares Nacionais.
• Em cada Campo de Experiência existem Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento
esperados para cada um dos três grupos etários propostos pela Base: crianças de 0 a 1
ano e 6 meses; crianças de 1 ano e 7 meses a 3 anos e 11 meses; crianças de 4 anos
a 5 anos e 11 meses.
• O papel do professor deve considerar a organização e monitoramento das práticas
pedagógicas, assim como o acompanhamento da aprendizagem e do desenvolvimento das
crianças com base nestes Direitos de Aprendizagem e Campos de Experiências.

Quais os são os Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento propostos pela Base?

• Conviver – o contato das crianças com pessoas diferentes do seu âmbito familiar
amplia seu conhecimento de mundo e o respeito pelas diferentes culturas.
• Brincar – os diferentes tipos e formas de brincadeiras devem favorecer a
participação, assim como devem considerar as criações e contribuições das crianças
para a construção de novos conhecimentos.
• Participar – osdiversos tempos da rotina deatividades pedagógicas devemvalorizar
aopinião dascriançasdesdeafase do planejamento, porexemplo, dando
sugestõesparaosmateriais, brincadeiras e ambientes a serem utilizados.
• Explorar – as crianças devem ter acesso a diferentes tipos de materiaise
atividades, de forma que possam ampliar seu repertório pessoal e coletivo.
• Expressar–a criança precisa ter a oportunidade de externar seus
questionamentos, emoções, sentimentos e pensamentos, por meio de suas diferentes
linguagens.
• €onhecer-se – o trabalho desenvolvido pela escola deve a¡udar as crianças a
construírem uma imagem positiva sobre elas mesmas e sobre seus pares.
O que são os Campos de Experiências?
Os Campos de Experiências nada mais são que um conjunto de situações e
experiências que contemplam os conhecimentos prévios das crianças e os
conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural da humanidade. Os Campos de
Experiências estão organizados da seguinte maneira: oeu, ooutroeonós; Corpo, Gestos,
Movimentos; Traços, Sons, Cores e Formas; Oralidade e Escrita; Espaços, Tempos,
Quantidades, Relações e Transformações.

ATENDIMENTO AO PÚBLICO DAS CRECHES


Escutar significa prestar atenção ao que o outro diz, e não simplesmente ouvir. Se
um auxiliar de creche não escuta o que os responsáveis dizem, como poderá então
captar as informações necessárias ao atendimento de suas necessidades?

CUIDADOS IMPORTANTES COM O RELACIONAMENTO


HUMANO.
O relacionamento humano nada mais é do que a maior ou menor capacidade
de ser humano conviver ou comunicar-se com seus semelhantes.
Assim,o relacionamento profissional é uma ligação de amizade condicionada a uma
sériede atitudes recíprocas, e nós como profissionais de atendimento devemos ter e manter
um comportamento adequado, que leve o responsável a um retorno favorável.
Todo esforço deverá partir de nós, pois os responsáveis, mesmo com defeitos de
comportamento, de quem dependemos profissionalmente, nós e nossa escola, creche ou
instituição. Quando você encontrar um responsável que não está satisfeito, a primeira coisa
que você deve fazer é manter a calma, em segundo lugar, faça o que você puder para acalmar
o responsável (expressa empatia, isole o problema, resolva o problema e confirme a
satisfação do responsável). Ua despedida devemos também ter muito cuidado na
despedida, sendo discreto, agradecido e acompanhar sempre que puder até a saída.
A parceria com a comunidade é imprescindível para o trabalho educativo:
• O incentivo ao uso de agenda é fundamental.
• Estabelecer acordos com a comunidade relativos aos procedimentos na hora da entrada e
saída da creche.
• É preciso manter diálogos criando a consciência de cada responsável em não
mandar o filho doente à creche.
• É necessário que os responsáveis saibam da importância de providenciarem para que os
horários de medicação não coincidam com os horários em que a criança está na
creche. DEVEMOS EVITAR OS SEGUINTES TIPOS DE ATENDIMENTO.
• Aquele como qual você se apresenta com roupas provocante, transparentes,
ousadas, como também roupas amassadas, sujas e informais demais;
• Trate as pessoas pelo nome ou senhor e senhora;
• O que demonstra irritação, cansaço, preocupação (se tem algum problema particular),
resolva quando sair do ambiente do trabalho;
• Mascar chicletes.

ATRIBUIÇÕES DO AUXILIAR DE CRECHE

• Prestar apoio e participar do plane¡amento, execução e avaliação das atividades sócios


pedagógicas e contribuir para o oferecimento do espaço físico e de convivência adequados
à segurança, ao desenvolvimento, ao bem-estar social, físico e emocional das crianças nas
dependências das unidades de atendimento da rede municipal ou nas adjacências.
• Tanter-se atualizado quanto às modernas técnicas profissionais;
• Requisitar e manter o suprimento necessário à realização das atividades;
• Zelar pela higiene e limpeza do ambiente e dependências sob sua guarda;
• Observar as condições de funcionamento dos equipamentos, instrumentos e bens
patrimoniais, solicitando os reparos necessários para evitar riscos prejuízos;
• Utilizar com racionalidade e economicidade e conservar os equipamentos, materiais de
consumo e pedagógicos pertinentes ao trabalho;
• Observar as regras de segurança no atendimento às crianças e na utilização de
materiais, equipamentos e instrumentos durante o desenvolvimento das rotinas
diárias;
• Acompanhar e participar sistematicamente dos cuidados essenciais referentes à
alimentação, higiene pessoal, educação, cultura, recreação o lazer das crianças;
• Participar de programas de capacitação corresponsável;

ATRIBUIÇÕES ESPECÍFICAS

• Participar em con¡unto como o educador do plane¡amento, da execução e da


avaliação das atividades propostas às crianças;
• Participar da execução das rotinas diárias, de acordo com a orientação técnica do
educador;
• Participar ¡untamente com o educador das reuniões com os pais e responsáveis;
• Disponibilizar e preparar os materiais pedagógicos a serem utilizados nas atividades;
• Auxiliar nas atividades da recuperação da auto - estima, dos valores e da afetividade;
• Observar as alteraçõesfísicase de comportamento, desestimulandoaagressividade;
• Estimular a independência, educar e reeducar quanto aos hábitos alimentares,
bem como controlar a ingestão de líquidos e alimentos variados;
• Responsabilizar-se pela alimentação direta das crianças dos berçários;
• Cuidar da higiene e do asseio das crianças sob sua responsabilidade;
• Dominar noções primárias de saúde;
• A¡udar nas terapias ocupacionais e físicas, aplicando cuidados especiais com
deficientes e dependentes;
• Acompanhar a clientela em atividades sociais e culturais programadas pela unidade;
• Executar outros encargos semelhantes, pertinentes à função;
CAPÍTULO 2
• PROFISSIONAIS QUE CUIDAM DE CRIANÇAS
• ORIENTAÇÕES PARA AUXILIAR DE CRECHE
• POSTURA ÉTICA DO CUIDADOR
• CUIDADOS COM O AMBIENTE
• ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E MATERIAIS
• ATENDIMENTO AO PÚBLICO NA CRECHE

PROFISSIONAIS QUE CUIDAM DE CRIANÇAS


BABÁ OU BABYSITTER
O QUE É?
A babá é a profissional que trabalha cuidando de crianças e auxiliando a família no
cumprimento das atividades rotineiras. A babá é a responsável por servir as refeições nas
horas corretas, cuidar da higiene e da saúde da criança, brincarcomela, garantir proteção
ezelar pelo seubem-estar, ajudá-las no dever de casa, etc. A babá pode ser
contratada para cuidar de bebês, crianças ou adolescentes e, desempenha um papel
muito importante na vida desses jovens, oferecendo afeto e carinho na ausência dos pais.
AU PAIR
O QUE É?
O programa de Au Pair é indicado para mulheres de 18 a 26 anos que buscam
uma experiência cultural de longa duração. Sendo uma Au Pair, você viverá durante 1 ano
com uma família americana cuidando das crianças, ajudando com suas tarefas escolares,
acompanhando as atividades de lazer, e claro, arrumando a bagunça depois das
brincadeiras. O trabalho é remunerado e você poderá fazerum curso durante oprograma,
além de poder se divertir e passear pelos EUA. Justamente por isso é considerado um
dos
programais mais econômicos de intercâmbio!

ORIENTAÇÕES PARA AUXILIAR DE CRECHE


Um olhar que busca aprimorar o atendimento oferecido nas instituições municipais
e particulares às crianças, refletindo sobre os procedimentos dos que lá atuam. Para você que
cotidianamente cuida e educa as crianças, zelando pelo seu bem-estar e seu desenvolvimento
físico, motor, emocional, intelectual, moral e social.Consideramos que as relações
interpessoais são o ponto central do trabalho realizado nas nossas instituições. Elas se
estabelecem de diferentes formas pelo olhar, pelo diálogo, pelo toque... O toque
acalenta, conforta, transmite alegria e cria elos entre você e o outro. O toque diz
muito... Ele diz: “ que saudade”,“ gostomuito de você”,“ que bom que vocêestáaqui”,
“ eucuido do seu bem- estar”...

POSTURA ÉTICA DO CUIDADOR DE CRIANÇAS


COMPORTAMENTO DO CUIDADOR EM SITUAÇÕES DE TRABALHO

Nossas roupas não servem apenas para cobrir e proteger o corpo. De modo geral, servem
também como símbolo de identidade, cultura e origem. Expressamo-nos através do que
vestimos e dos adornos que escolhemos. Porém, ao lidarmos com crianças, todo
cuidado é pouco.Cada detalhe como um brinco de tarraxa ou um cinto de fivela, pode
gerar acidentes graves, colocando em risco a integridade física do adulto e da criança.
Portanto, é imprescindível que os profissionais que lidam com as crianças estejam
atentos às seguintes orientações:
• Roupa – é importantíssimo que a roupa usada para trabalhar com as crianças esteja limpa e
só seja vestida quando no interior da creche. Seu uso deve ser restrito ao ambiente da creche, vetado
ao trajeto casa-creche-casa, visando assim prevenir infecções. Cada roupa ou uniforme deve ser usada
por,no máximo,umdia,mesmo que aparentemente limpa,e trocada ao longo do dia,em caso de
imprevistos.A roupa ideal é aquela que cobre o corpo e mantém o conforto, ouseja,calça ecamisa
confortáveis, quepermitamomovimentoedeixema pele respirar. Calça decotton,tactel,camiseta de meia
mangade malhaoucotton são excelentes opções.
• Sapatos – devem ser limpa, fechados, confortáveis, rasteiros, antiderrapantes e de uso
exclusivo às áreas da creche, sempre acompanhados por meias limpas. No caso do
berçário, devem ser retirados (deixando só a meia) ou cobertos com sapatilhas
próprias. Io¡e, existem meias de adulto com antiderrapante.
• Acessórios e adornos – brincos, piercings, colares, anéis, cintos, relógios de pulso, etc.
devem ser retirados e guardados em local fora do alcance das crianças.
• Nenhum ob¡eto que caiba em um copinho de café pode estar ao alcance das
crianças. Logo, atenção redobrada aos botões, miçangas, lantejoulas e outras
miudezas. Evite a
exposição das crianças a estes objetos.
• Lavagem das mãos – deve fazer parte da rotina, especialmente entre as atividades
em local próprio para isso,sempre do cotovelo até apontados dedos,espalhando o sabão com
movimentos circulares, lavando bem os espaços entre os dedos, os polegares, as palmas e
dorsos das mãos a e antebraços. Não se esqueça de limpar embaixo dasunhas.
• €abelos – no caso de cabelos longos, usá-los presos (rabo, trança ou coque) por
presilhas seguras, sem objetos pequenos ou pontas que possam se desprender.
• Unhas – sempre curtas e sem esmaltes, pois facilitam a manutenção da sua limpeza.
• Higiene bucal – a boca deve estar sempre limpa e os dentes bem escovado
sutilizando pasta de dente, dando bom exemplo às crianças e companheiros de
trabalho.
• €heiros –perfumes e cremes não devem ser usados,em especial aqueles que têm
cheiro forte e ativo, pois podem desencadear ou agravar quadros alérgicos.
• Barba – deve ser curta e aparada diariamente e os que a usam, devem apresenta-
la bem cuidada e limpa.
• Óculos – quando necessários, devem ser usados com cordão de segurança.
• Luvas – São grandes aliadas em prol da higiene e da segurança, inclusive para
proteger ferimentos, mesmo que superficiais, evitando infecções.

ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS E SELEÇÃO DOS MATERIAIS


Sabemos que muitas instituições infantis aproveitam estruturas físicas destinadas a
residências e as transformamem escolas, sem que haja a menor preocupação com o
projeto arquitetônico ou com pequenas adaptações. Esse espaço não planejado destinado
à educação infantil, por vezes, acaba reduzindo-se fisicamente, fazendo com que o lúdico
e a aprendizagem se¡am seriamente ameaçados em detrimento de outras atividades
pedagógicas.
Potencializando um atendimento de qualidade nas instituições de Educação
Infantil, creche e pré-escola, o Ministério da Educação e Cultura (TEC) estabeleceu em
2006 as diretrizes para os Parâmetros Nacionais Básicos de Infraestrutura direcionados as
instituições de Educação Infantil, contendo concepções, reformas e adaptação dos espaços
físicos. O imóvel deverá apresentar condições de localização, acesso, segurança,
salubridade, saneamento, iluminação, higiene, dentre outros, em conformidade com a
legislação vigente (PCUBI, 2006).
Iniciamos com a administração da escola que é a porta de entrada da instituição.
Por meio dela, serão recebidos todos os familiares, pessoas da comunidade e funcionários.
A recepção deve ser estruturada com ou espaço confortável para receber as pessoas e que
ofereça segurança com relação à possível passagem de crianças. a secretaria, deve ficar
boa parte dos arquivos, chaves e materiais que servem à rotina administrativa da escola.
Por sua vez, os gestores da instituição devem ter um local reservado de trabalho
para a
realização dos planejamentos de atividades e de reuniões com professores e familiares das
crianças.
As escolas nãopodem esquecer-sedoconsultório,pois nesselocal,ascriançaspodem
apresentar algum problema de saúde e serão atendidas por um profissional da área.
Ela também deve ter um almoxarifado, lugar destinado ao armazenamento de
equipamentos, materiais pedagógicos e administrativos que precisam ser estocados
longe das crianças.Pensando na organização de espaços nas instituições escolares
destinados ao bebê, o berçário vem atender ás demandas individuais e coletivas das
crianças de 0 a 2 anos de idade, afinal não podemos esquecer-nos de atentar,
principalmente, para a segurança. Na sala de repouso ou berçário, a disposição dos berços
das crianças deve estar colocada deforma que propicie interações entre os bebês, de
maneira que eles possam olhar um para o outro, escutar, descobrir e imitar as ações
um do outro. Esse espaço precisa ser bemarejadoe com iluminação controlada parao
conforto dos bebês.
Mas deve ser utilizado somente por aqueles que ainda não têm autonomia
suficiente para sentar e engatinhar.A partir dos 8 meses,em média,as crianças ¡á
podem dormir em colchonetes no chão. É recomendado um educador para supervisionar
seis crianças. (UADAL, 2014).
O fraldário, espaço de higiene dos bebês, deve ser equipado com bancada e
colchonetes para a troca de fraldas, prateleiras e armários para guardar as toalhas, as
fraldas e os materiais de limpeza.
As banheiras devem ser de material lavável e acoplado às bancadas, além de deverem
apresentar chuveiros individuais para banhos com temperatura de água ajustável, cabides
para pendurar toalhas e roupas e lixeiras com tampa. Enquanto uma criança toma banho,
mantenha as outras em bebês conforto com a supervisão de uma auxiliar.
O lactário é o espaço de preparo, higienização das mamadeiras e alimentação dos
bebês, ele é composto por uma cozinha destinada à armazenagem dos alimentos.
O solário é uma área descoberta para o banho de sol, com localização próxima das
salas de repouso e atividades, compatível com o número de bebês atendidos pela
instituição.
Brinquedos maiores, como casinhas e balanços, são bem-vindos. Tomar sol é
importante para a fixação do cálcio nascrianças. Já, o pátio coberto, além de ser um
bom lugar de brincadeiras em dias de chuva,pode abrigar as festas e reuniões de
pais.O equipado com pátio com bebedouros baixos, quadros azulejados para pinturas
das crianças e um palco que pode ser montado com módulos praticáveis para
apresentações de teatro, dança e música (COUTIUIO,2002).
É importante que cada turma de crianças entre 2 e 5 anos tenha uma sala de atividades, com
a qual possa manter uma estreita relação de identificação. Esse espaço precisa estimular as
explorações, a socialização e privacidade das crianças. Instale quadro, cabides
para mochilas, prateleiras, mesas, cadeiras, almofadas, colchonetes, livros, relógios,
calendário, quadro de nomes e espaço para fixação de trabalhos, ao alcance das crianças.
Um espelho em cada uma das salas a¡uda nas atividades para o desenvolvimento da
identidade. Pia para lavagem das mãos, na altura das crianças, e água potável também é
relevante desde que cada criança tenha sua caneca individual, higienizada e facilmente
identificável.
Organizar as salas de atividades para as turmas de crianças na faixa etária entre
4 e 5 anos é um recurso importante que estimula as explorações, brincadeiras,
socialização e privacidade dos pequenos. Além disso, instale armários para guardar
roupas, fantasias, brinquedos e outros materiais pedagógicos.
Uma escola deve ter espaço para área de serviço contemplando um refeitório, que
é a única área desserviço dedicada ás crianças, sendo esse ambiente direcionado á
socialização e ao desenvolvimento das noções de cidadania e da autonomia.

ATENDIMENTO AO PÚBLICO DAS CRECHES


Escutar significa prestar atenção ao que o outro diz, e não simplesmente ouvir. Se um
auxiliar de creche não escuta o que os responsáveis dizem, como poderá então captar
as informações necessárias ao atendimento de suas necessidades? Esse fator é
fundamental, principalmente nos atendimentos feitos por telefone.
AMBIENTE E CUIDADOS
O planejamento dos cuidados e da vida cotidiana na instituição deve ser iniciado pelo
conhecimento sobre a criança a criança e suas peculiaridades, que se faz pelo
levantamento de dados com a família no ato da matrícula e por meio de um constante
intercâmbio entre familiares e professores.
Algumas informações podem ser colhidas previamente à sua entrada nas
instituições, como os esquemas, preferências e intolerância alimentar; os hábitos de sono
e de eliminação; os controles ecuidados especiaiscomasaúde. Outras serãoconhecidasna
própria interação comacriançae sua família, ao longo do tempo.
PARCERIAS COM AS FAMÍLIAS
As crianças têm direito de ser criadas e educadas no seio de suas famílias. O
Estatuto da riança e do Adolescente reafirma, em seus termos, que a família é a primeira
instituição social responsável pela efetivação dos direitos básicos das crianças. Cabe,
portanto, às instituições estabeleceram um diálogo aberto com as famílias, considerando-as
como parcerias e interlocutoras no processo educativo infantil.
PRIMEIROS DIAS
No primeiro dia da criança na instituição, a atenção do professor deve estar voltada para
ela. Este dia deve ser muito bem planejado para que a criança possa ser bem acolhida. É
recomendável receber poucas crianças por vez paraque se possa atendê-las de forma
individualizada. Com os bebês muito pequenos, o principal cuidado será preparar o
seu lugar no ambiente, o seu berço, identificá-lo com o nome.
Os alimentos que irá receber e principalmente tranquilizar os pais.A permanência
na instituição de alguns objetos de transição, como a chupeta, a fralda que ele usa
para cheirar,um mordedor, ou mesmo o bico da mamadeira que está acostumado,
ajudará neste processo.
CUIDADOS COM O AMBIENTE
As crianças são pequenas e não têm noção dos perigos que o ambiente pode
oferecer.Por esta razão, precisamos atentar especialmente para prevenção de acidentes,
reduzindo os riscos de acidentes. Não se trata de super proteger, mas sim de cuidar
educando e educar cuidando, possibilitando a criança exercer a sua autonomia com
segurança.
• Tomadas / Fiação – é ideal que este¡am acima do alcance das crianças e,
quando não for possível, que sejam resguardadas por protetores apropriados e estejam
ocultas por mobiliário. Atençãoainda aos aparelhosconectadosaelas.Alémdorisco de choques
elétricos, eles oferecem o risco de quedas do próprio objeto e de tropeços para crianças
e adultos. Assegure-se de que este¡am em local firme e , tanto o aparelho quanto o
fio, fora do alcance das crianças.
• Sempre que possível, o mobiliário deve ser fixado na parede;
• Fios, cordas - qualquer fio ou corda deve estar fora do alcance das crianças, pois
há o risco de enforcamento e, quando utilizados em atividades, a supervisão deve ser
feita durante toda a execução das mesmas.
• Cortinas – devem ser evitadas. Acumulam poeira e podem desprender-se. Quando
indispensáveis, precisam ser frequentemente lavadas. As persianas plásticas são de fácil
limpeza.
• Sacos plásticos– apesar de ser parte do cotidiano e dos pertences da criança,
exigem de nós total atenção, pois podem causar sufocamento.
• Murais – são importantes veículos de comunicação, porém, é preciso prestar atenção
às miudezas que nele são fixadas (alfinetes, grampos, tachinhas, imãs pequenos e outros).
Recomendo o uso de fita adesiva.
• Portas oferecerem riscos e requerem cuidado no manejo. Atenção redobrada às chaves, o
CntUê-lIasDloAngDe dOo
ideal é ma IANÇA NA CRECHE
SalcaCncOe dMe criAançCasR.

• Desinfecção do fraldário e banheira – devem ser feita a cada troca de fralda com
solução adequada– um litro água e um copinho de água sanitária ou álcool 70%.Além da
desinfecção, é importante forrar o trocador com papel descartável a cada troca de fraldas.

• Sono de crianças:
- em caso de berços, os lençóis precisam estar bem ajustados ao colchão, evitando que o
rosto do bebê possaser encoberto;
- cada criança deverá ter seu próprio lençol que será utilizado sempre que necessário
e quando retirado, deverá ser guardado em um saco protetor;
- os berços poderão ser usados por mais de uma criança, porém em horários
diferenciados, desde que a troca de lençóis seja respeitada;
tanto berços como colchonetes devem manter uma distância de 90cm entre eles, permitindo a
passagem de um adulto;
- no caso de colchonetes, deite as crianças no mesmosentido, evitandoque rostos
e pésse encontram (os colchonetes precisam ser higienizados diariamente, com a mesma
solução de desinfecção).
• Brinquedos – precisam estar na sala frequentada pela criança, deve ser parte da
rotina diária a atenção à limpeza dos mesmos, assim como a limpeza de chupetas,
mamadeiras, etc... Usar a mesma fórmula de desinfecção usada no fraldário.
• Carrinhos – que trazem os bebês às creches e, portanto circulam na rua, não
podem a dentrar o espaço do berçário.
• Ralos – precisam estar sempre fechados e limpos.
• Lixeiras – devem ser pequenas, para que o lixo se¡a rapidamente descartado.
• Aparelho de ar – condicionado eventiladores – retêm e expelem muita poeira e
necessitam ser constantemente limpos. O ambiente arejado e com luz natural é
sempre mais saudável.
• Banhode sol – precisaserdiário, antesdas 10h eapós as 16h, éimportantíssimo
colocar no planejamento momentos em que a criança desenvolva atividades ao ar
livre.
• Sons – a música precisa estar sempre a favor do trabalho pedagógico. A seleção
musicaldeve ser adequada à faixa etária. Procure sempre dirigir às crianças com voz
calma e acolhedora, transmitindo segurança e proteção.
• Redes de proteção nas ¡anelas e vãos da creche – tornam o espaço mais seguro,
mas precisam ser limpos e revisados (rede e ganchos).
• Ob¡etos pessoais (pentes, sabonetes, toalha, escova de dente, etc...) devem serguardados
em compartimentos individuais e fechados. Devem estar sempre limpos e
identificados.

os pequenos criam e recriam segundo seu olhar.”


CAPÍTULO 3

CUIDADOS COM AS CRIANÇAS NA CRECHE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

DACRIANÇA DESENVOLVIMENTO INFANTIL

FASES DO DESENVOLVIMENTO

Movimento é uma das palavras que melhor define a explosão de descobertas que
acontece no mundo infantil, na fase de zero aostrês anos eonze meses. É
principalmente através dele que a criança se comunica e se relaciona com o mundo.
No contato com a criança, oeducador precisa estar sempre vigilante.
• Crianças não podem ficar desacompanhadas nunca, nem quando estão dormindo.
Precisamos estar presentes, atentos e observando-as para detectar qualquer evento, tal como
um engasgo inesperado ou uma febre repentina para podermos agir em tempo hábil.
• Precisamos compreender que é normal a criança pequena morder. Apesar de ser
parte do desenvolvimento, os adultos precisam estabelecer limites, impedindo, de forma
calma, paciente e sempre que possível, que elas aconteçam. Conversar muito com a criança
para que ela perceba que, é através do diálogo que melhor resolvemos nossos conflitos.
• No exercício das suas funções com as crianças, não diri ¡aa sua atenção para
outras atividades como,por exemplo,conversando com outras pessoasoufalando ao
celular.Estas ações dificultam ou impossibilitam a atenção à criança, colocando em
risco a sua segurança.
• Observar, ¡unto com outro educador, as condições em que as crianças chegam e registrar
sempre possíveis anormalidades, alertando os pais imediatamente.
• Registrar quaisquer situações que ocorram com as crianças na creche em agenda, para
ciência dos pais.
• As crianças têm maiornecessidadede beber água que o adulto, uma vez que têm maior
percentual de água corporal. Portanto, devemos sempre oferecer água para elas.
Devemos também criar recursos para que as maiores se sirvam com autonomia.
• Higiene do nariz – utilizar lenços descartáveis, pois a prática da higiene nasal evita
surgimento de doenças. Aproveite para ensiná-las acuidar de si, disponibilizando lenços de
papel quando solicitado por elas, mas supervisione bem estações, em seguida, é
preciso lavar as mãos.
• Nunca utilizar sabonete, xampu, remédios, de uma criança em outra.
Mamadeiras e chupetas são exclusivamente de uso individual.
• O momento de refeição é importante para a criação de hábitos saudáveis,entre
eles o de comer sentado à mesinha ou na cadeirinha.
• Nunca adiar a troca de fraldas, que deverá ser realizada de acordo com a necessidade
individual da criança e nunca em horários predeterminados.
• Higienizar as partes íntimas das crianças da frente para trás com algodão umedecido
em água e, quando houver necessidade, lavá-las com sabão. Os lenços de papel
umedecidos são opção, porém contém conservantes que podem provocar assaduras.
• A higiene oral deve fazer parte da rotina.
• Banho é um ato de afeto, que deve ser feito com calma. É um momento precioso,
onde o adulto interage individualmente com uma criança. O banho de chuveiro para
as crianças maiores deve ser protegido por material antiderrapante que deve ser
mantido sempre limpo.
• O sono é indispensável para o desenvolvimento das crianças. O sono da tarde tem
características próprias, portanto não devemos recriar um ambiente noturno, completamente
escuro e totalmente silencioso. A criança precisa conviver com os barulhos naturais
do ambiente.

O crescimento e o desenvolvimento da criança


Ao pensarmos comosedáo desenvolvimentodeumacriança,imediatamentenos vem à noção
de uma evolução contínua ao longo de um ciclo vital,mas que acontece em diversasdimensões,
tais como cognitiva, motora, afetiva e social. Mas essa evolução nem sempre se apresenta de
forma linear,pois não se processa apenas pelos aspectos biológicos ou genéticos, mas também
sofre influências domeio ambiente. Isso querdizer que acultura quepermeiao contexto em
queosujeitovive podese transformarno cenário daevoluçãodobebê ao idoso.O processo de
desenvolvimento humano deveserentendido comoumaconstrução formada pelas relações que o
indivíduo faz com o outro e com o mundo físico.
O desenvolvimento do ser humano se dá por meio de processos de
amadurecimento que se dividem em períodos, os quais, na Educação Infantil,
correspondem às seguintes etapas: da vida intrauterina ao nascimento, do recém-nascido
aos três anos, contemplando a
primeira infância; e dos três anos aos seis anos, fase esta denominada de segunda
infância.
A primeira infância consiste num crescimento físico,em que as habilidades motoras estão
fortemente marcadas, além a aquisição da linguagem. Já a segunda infância se caracteriza pela
aprendizagem dos cuidados próprios, da conquista de autonomia, com intensa criatividade e
imaginação. Nessa fase há um aumento de força muscular e ganho de habilidades motoras
tanto simples como complexas, mas a essência das atividades está nas brincadeiras.
O crescimento físico é favorecido quando à criança participa de contínuas e progressivas
atividades motoras, desde que sejam compatíveis com sua idade.
Na segunda infância, que é a fase pré-escolar, as crianças expressam movimentos
corporais para se explicarem, para contarem histórias ou apenas como resultado de suas
observações e imaginações. Os movimentos exploratórios podem contribuir com aquisição
de força, agilidade e flexibilidade. Essa é a melhor fase para aquisição das atividades ritmadas,
principalmente aquelasque envolvem as percepções corporais e a memorização.
No aspecto social, amaturaçãonafase pré-escolar é mais lenta e depende muito de
como são as relações da criança, tanto na escola como em casa com os pais.
É muito interessante que as brincadeiras possam contemplar elementos querequisitem
a lealdade, honestidade,mas desde que sejam muito bem esclarecidos às crianças.São
propostas que auxiliam na identificação própria, promovendo a percepção de si mesmas e
satisfazendo as necessidades existentes. Com atividades lúdicas que impliquem cooperação,
participação, responsabilidade, é possível ajudar a criança a diminuir o medo de errar
e desenvolver seu autoconceito.
O desenvolvimento humano é resultado de uma diversidade de acontecimentos ao longo
da vida, sendo influenciado pela família, pelos amigos, pelo ambiente em que a criança vive e
pela cultura da sociedade.
Piaget foi pesquisador que muito contribuiu para compreensão do desenvolvimento
intelectual, auxiliando-nos a interpretar as fases que a criança passa.
O desenvolvimento humano praticamente depende das qualidades inatas do indivíduo
somadas às interações realizadas durante o seu crescimento, com experiências vividas
em sua trajetória oportunizada pelas pessoas nela envolvidas, como os pais e
professores.
Todas as crianças devem ser estimuladas a explorar suas ideias e seus interesses, porque é a
partir das experiências vivenciadas nas interações que ocorrem entre suas ações e
observações que o conhecimento é construído, quando tais experiências são
realizadas comatenção e percepção corporal.
DESENVOLVIMENTO INFANTIL
PERÍODO SENSÓRIO − MOTOR (0-24 MESES)
Representa a conquista através da percepção e dos movimentos,de todo o universo
prático que cerca a criança.A formação dos esquemas sensoriais- motores irá
permitir ao bebê a organização inicial dos estímulos ambientais, permitindo que, ao final
do período, ele tenha condições de lidar, embora de modo rudimentar, com a maioria das
situações que lhe são apresentadas. Neste período, a criança está trabalhando ativamente
no sentido de formar uma noção do eu.
PERÍODO PRÉ-OPERA€IONAL (2-7 ANOS)
Ao se aproximar dos 24 meses a criança estará desenvolvendo ativamente a linguagem, o
que lhe dará possibilidades de, além de utilizar a inteligência prática decorrente dos esquemas
sensoriais- motores formada na fase anterior, iniciar a capacidade de representar uma
coisa por outra, ou seja, formar esquemas simbólicos.
Teremos,então, uma criança que a nível comportamental atuarád e modo lógico e
coerente, em função dos esquemas sensoriais-motores adquiridos na fase anterior,e que ao
nível de entendimento da realidade estará desequilibrada, em função da ausência de
esquemas conceituais.
É importante ressaltar, porém, que essas aprendizagens de natureza diversa, ocorrem de
maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil.

FASES DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL


CARACTERÍSTICA DA FAIXA ETÁRIA DO 0 AOS 6 MESES
Desenvolvimento Físico:
É preciso saber que:

- O desenvolvimento de uma criança não acontece de forma linear.


- As mudanças que vão se produzindo ocorrem de forma gradual, são períodos contínuos
que vão se sucedendo ese superpondo.
- Durante a evolução a criança experimenta avanços e retrocessos, vivendo seu
desenvolvimento de modo particular.
- Acompanhamos a construção de sua personalidade respeitando que em cada idade há um
jeito próprio de se manifestar.
- Tanto antecipar etapas,como não estimular a criança, pode ser geradores de
futuros conflitos.
- Cabe à família e a ESCOLA conhecer e respeitar os passos do desenvolvimento
infantil.
• Processo de fortalecimento gradual dos músculos e do sistema nervoso: os movimentos
bruscos e descontrolados iniciais vão dando lugar a um controle progressivo da cabeça, dos
membros e do tronco;
• Por volta das 8 semanas é capaz de levantar a cabeça sozinho durante poucos segundos,
deitado de barriga para baixo;
• Controle completo da cabeça por volta dos 4 meses: deitado de costas, levanta a cabeça
durante vários segundos; deitado de barriga para baixo começa a elevar-se com apoio
das mãos edos braços e virando acabeça;
• Por volta dos 4 meses o controle das mãos é mais fino, sendo capaz de segurar
num brinquedo;
• Entre os 4 e os 6 meses utiliza os membros para se movimentar,rolando para
trás e para frente, apresenta também maior eficácia em alcançar e agarrar o que
quer ou a posicionar-se no chão para brincar;
• Desenvolve o seu próprio ritmo de alimentação, sono e eliminação;
• Desenvolvimento progressivo davisão;
• Com 1 mês, é capaz de focar ob¡etos a 90 cm de distância;
• Progressivamente será capaz de utilizar os dois olhos para focar um ob¡eto próximo ou
afastado, bem como de seguir a deslocação dos objetos ou pessoas;
• Entre os 4 e os 6 meses a visão e a coordenação olho mão encontram-se
próximas da do adulto;
• Desenvolvimento da função auditiva;
• Entre os 2 e os 4 meses, o bebê reage aos sons e às alterações do tom de voz
das pessoas que o rodeiam;
• Por volta dos 4-6 meses,possui ¡á uma grande sensibilidade às modulações nos tons

de voz que ouve; Desenvolvimento Intelectual:

• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos;


• Yocaliza espontaneamente, sobretudo quando está em relação;
• A partir dos 4 meses, começa a imitar alguns sons que ouve à sua volta;
• Por volta do 6º mês, compreende algumas palavras familiares (o nomedele, “mamã",
“papá"...), virando a cabeça quando o chamam;
Desenvolvimento Social:
• Distingue a figura cuidadora das restantes pessoas com quem se relaciona, estabelecendo
com ela uma relação privilegiada;
• Fixa o rosto e sorri (aparecimento do 1º sorriso social por volta das 6 semanas);
• Aprecia situações sociais com outras crianças ou adultos;
• Por voltados 4meses:capacidade de reconhecimento das pessoas mais próximas,o
que influencia a forma como se relaciona com elas, tendo reações diferenciadas consoante a
pessoa com quem interage. É também capaz de distinguir pessoas conhecidas de estranhos,
revelando preferência por rostos familiares;
Desenvolvimento Emocional:
• Manifesta a sua excitação através dos movimentos do corpo, mostrando prazer
ao antecipara alimentação ou o colo;
• O choro é a sua principal forma de comunicação, podendo significar
estados distintos (sono, fome, desconforto...);
• Apresentam e do perante barulhos altos ou inesperados, ob¡etos, situaçõesoupessoas
estranhas, movimentos súbitos e sensação de dor;
Desenvolvimento Físico:
• Desenvolvimento da motricidade: os músculos, o equilíbrio e o controlo motor
estão mais desenvolvidos, sendo capaz de se sentar direito sem apoio e de fazer as
primeiras tentativas de se pôr de pé, agarrando-se a superfícies de apoio;
• A partir dos 8 meses, consegue arrastar-se ou gatinhar;
• A partir dos 9 meses poderá começar a dar os primeiros passos, apoiando-se nos
móveis;
• Desenvolvimentodapreensão:entreos6eos8meses,écapazdesegurarosob¡etosde
forma mais firme e estável e de manipulá-los na mão; por volta dos 10 meses, é ¡á
capaz de meter pequenos pedaços de comida na boca sem ajuda, é capaz de bater com
dois objetos um no outro, utilizando as duas mãos,bem como adquire o controle do
dedo indicador(aprende a apontar);

Desenvolvimento Intelectual:
• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos, principalmente através da boca;
• Desenvolvimento da noção de permanência do ob¡eto, ou se¡a, a noção de que
uma coisa continua a existir mesmo que não a consiga ver;
• Localizações;
• Os gestos acompanham as suasprimeiras “conversas", exprimindo com o corpoaquiloque
quer ou sente (por ex., abre e fecha as mãos quando quer uma coisa);
• Alguns dos seus sons parecem-se progressivamente com palavras, tais como “mamã" ou
“papá" e ao longo dos próximos meses o bebê vai tentar imitar os sons familiares,
embora inicialmente sem significado;
• Apartir dos 8 meses: desenvolvimento do, acrescentando novos sons ao seu
vocabulário. Os sons das suas vocalizações começam a acompanhar as modulações da
conversa dos adultos - utiliza “mamã" e “papá" comsignificado;
• Nesta fase, o bebê gosta que os ob¡etos se¡am nomeados e começa a
reconhecer palavras familiares como “papa”, “mamã”, “adeus”, sendo progressivamente
capaz de associar ações a determinadas palavras (por ex: tchau-tchau" - acenar);
• Apartir dos 10 meses, a noção de causa-efeitoencontra-se ¡á bem
desenvolvida: o bebê sabe exatamente o que vai acontecer quando bate num
determinado ob¡eto (produz som) ou quando deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe
apanha-o). Começa também a relacionar osob¡etos com o seu fim (por ex., coloca o
telefone ¡unto ao ouvido);
• Progressiva melhoria da capacidade de atenção e concentração: consegue manter-se
concentrado durante períodos de tempo cada vez mais longos;
• A primeira palavra poderá surgir por volta dos 10 meses;

Desenvolvimento Social:
• Obebê está mais sociável, procurando ativamente a interação com quem o rodeia
(através das vocalizações, dos gestos e das expressões faciais);
• Manifesta comportamentos de imitação, relativamente a pequenas ações que vê
os adultos fazer (por ex., lavar a cara, escovar o cabelo, etc.);
• A partir dos 10 meses, maior interesse pela interação com outros
bebês;Formação de um forte laço afetivo com a figura materna (cuidadora) -
Yinculação;
• Presença de ansiedade de separação, que se manifesta quando é separado da mãe,
mesmo que por breves instantes - trata-se de uma ansiedade normal no
desenvolvimento emocional do bebê;
• Presença de ansiedade perante estranhos: sendo igualmente uma etapa normaldo
desenvolvimento emocional do bebê, manifesta-se
quandopessoasdesconhecidasoabordamdiretamente;
• A partir dos 8 meses, maior consciência de si próprio;
• Nesta fase é comum os bebês mostrarem preferência por um determinado ob¡eto (um
cobertorou uma pelúcia, porex.), o qual terá um papel muitoimportantena vida do bebê-
a¡uda a adormecer, é objeto de reconforto quando está triste, etc.;

CARACTERÍSTICA DA FAIXA ETÁRIA DE 01 AOS 02 ANOS


Desenvolvimento Físico:
• Começa a andar, sobe e desce escadas, sobe os móveis, etc. - o equilíbrio é inicialmente
bastante instável, uma vez que os músculos das pernas não estão ainda bem
fortalecidos. Contudo, a partir dos 16 meses, o bebê já é capaz de caminhar e de se
manter de pé em segurança, com movimentos muito mais controlados;
• Melhoria da motricidade fina devido à prática - capacidade de segurar um ob¡eto,
o manipula, passa de umamãoparaaoutra eo larga deliberadamente. Por voltados 20
meses, será capaz de transportar objetos na mão enquanto caminha;
Desenvolvimento Intelectual:
• Maior desenvolvimento da memória, através da repetição das atividades - permite-
lhe antecipar os acontecimentos e retomar uma atividade momentaneamente interrompida, à
qual dedica um maior tempo de concentração. Da mesma forma, através da sua rotina diária,
o bebê desenvolve um entendimento dassequências de acontecimentosque constituemos
seus dias e dos seus pais;
• Exibe maior curiosidade: gosta de explorar o que o rodeia;
• Compreende ordens simples,inicialmente acompanhadas de gestos e,apartir dos
15 meses, sem necessidade de recorrer aos gestos;
• Embora possa estara inda limitada a uma palavra de cadavez, a linguagem do
bebê começa a adquirir tons de voz diferentes para transmitir significados diferentes.
Progressivamente, irá sendo capaz de combinar palavras soltas em frases de 2 palavras;
• É capaz de acompanhar pedidos simples, como por ex. “dá-me a caneca";
• As experiências físicas que vai fazendo a¡udam a desenvolver as capacidades
cognitivas. Por exemplo, por volta dos 20 meses;
• Sabe que um martelo de brincar serve para bater e ¡á o deve utilizar;
• Consegue estabelecer a relação entre um carrinho de brincar e o carro da família;
• Entre os 20 e os 24meses é também capaz de brincar ao faz-de-conta (porem
finge que deita chá de um bule para uma xícara ,põe açúcar e bebe-recorda uma
sequência de acontecimentos e faz de conta que os realiza como parte de um ¡ogo).
A capacidade de fazer este tipo de ¡ogos indica que está a começar a compreender a
diferença entre o que é real e o que não é;
Desenvolvimento Social:
• Aprecia a interação com adultos que lhes e ¡am familiares,imitando e copiando os
comportamentos que observa;
• Maior autonomia: sente satisfação por estar independente dos pais quando inserida
num grupo de crianças,necessitando apenas de confirmar ocasionalmente a sua
presença e disponibilidade esta necessidade aumenta em situações novas,surgindo uma
maior dependência quando é necessária uma nova adaptação;
• As suas interações comoutrascrianças são aindalimitadas: as suas brincadeiras
decorrem sobre tudo em paralelo e não em interação com elas;
• A partir dos 20-24 meses, e à medida que começa a ter maior consciência de si
própria, física e psicologicamente, começa a alargar os seus sentimentos sobre si
próprio e sobre os outros- desenvolvimento da empatia(começa aser capaz de
pensar sobre o que os outros sentem);
Desenvolvimento Emocional:
• Grande reatividade ao ambiente emocional em que vive: mesmo que não o
compreenda, a percebe-se dos estados emocionais de quem estão próximo dele,
sobre
tudo os pais;
• Está a aprender a confiar,pelo que necessita de saber que alguém cuida dela
e vai de encontro às suas necessidades;
• Desenvolve o sentimento de posse relativamente às suas coisas, sendo
difícil partilhá-las;
• Embora este¡a normalmente bem disposta, exibe por vezes alterações de
humor(“birras");
• É bastante sensível à aprovação/desaprovação dos
adultos; CARACTERÍSTICA DA FAIXA ETÁRIA DOS 2 AOS 3
ANOS Desenvolvimento Físico:
• À medida que oseu equilíbrio e coordenação aumentam, a criança é capaz de
saltar ou saltar de um pé para o outro quando está a correr ou a andar;
• É mais fácil manipular e utilizar ob¡etos com as mãos, como um lápis de cor
para desenhar ou uma colher para comer sozinha;
• Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (primeiro os intestinos e depois
a bexiga);
Desenvolvimento Intelectual:
• Fase de grande curiosidade, sendo muito frequente a pergunta “Por quê?";
• À medida que se desenvolvem as suas competências linguísticas, a criança começa a
exprimir-se de outras formas, que não apenas a exploração física - trata-se de juntar as
competências físicas e de linguagem (por ex., quando faço isto, acontece aquilo), o que a¡uda
ao seu desenvolvimento cognitivo;
• É capaz de produzir regularmente frases de 3 e 4 palavras. A partir dos 32
meses, ¡á capazde conversar com um adulto usando frases curtas e de continuar a
falar sobre um assunto por um breve período;
• Desenvolvimento da consciência de si: a criança pode referir-se a si própria
como“eu" e pode conseguir descrever-se por frases simples, como “tenho fome”;
• A memória e a capacidade de concentração aumentaram (a criança é capaz
de voltar a uma atividade que tinha interrompido, mantendo-se concentrada nela por
períodos de tempo mais longos);
• A criança está a começar a formar imagens mentais das coisas, o que a leva à
compreensão dos conceitos- progressivamente, ecomaajuda dospais, vaisendo capaz de
compreender conceitos como dentro e fora, cima e baixo;
• Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de sequências
numéricas simples ede diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até 10 e de
formar grupos de ob¡etos - 10 animais de plástico podem ser 3 vacas, 5 porcos e 3
cavalos); Desenvolvimento Social:
• A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não
gostando de estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor
quando é separada da mãe, paraficaràguarda de outrapessoa,
emboraalgumascriançasconsigam este progresso com menos ansiedade doque
outras;
• Imita etenta participarnos comportamentos dosadultos: porex., lavar a louça, maquiar-
se, etc.;
• É capaz de participar em atividades com outras crianças, como por
exemplo, ouvir histórias;
Desenvolvimento Emocional:
• Inicialmente o leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até a raiva
frustrada. Embora a capacidadedeexprimirlivremente asemoções seja considerada saudável, a
criança necessitará de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que
sentimentos são adequados, o que requer prática e ajuda dos pais;
• Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança chamar a atenção –
geralmente deve-se a mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as
birras costumam estar relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de
comunicar de forma eficaz);

CARACTERÍSTICAS DA FAIXA ETÁRIA DOS 03 AOS 04 ANOS


Desenvolvimento Físico:

• Grande atividade motora: corre, salta, começa a subir escadas, pode começar a andar de
triciclo; grande desejo de experimentar tudo;
• Embora ainda não se¡a capaz de amarrar sapatos, veste-se sozinha
razoavelmente bem;
• É capaz de comer sozinha com uma colher ou um garfo;
• Copia figuras geométricas simples;
• É cada vez mais independente ao nível da sua higiene; é ¡á capaz de controlar os
esfíncteres (sobretudo durante o dia);
Desenvolvimento Intelectual:
• Compreende a maior parte do que ouve e o seu discurso é compreensível para
os adultos;
• Utiliza bastante à imaginação: início dos ¡ogos de faz-de-conta e dos ¡ogos de papéis;
• Compreende o conceito de “dois";
• Sabe o nome, o sexo e a idade;
• Repete sequências de3 algarismos;
• Começa a ter noção das relações de causa e efeito;
• É bastante curiosa e investigadora;
• É bastante sensível aos sentimentos dos que a rodeiam relativamente a si própria;
• Tem dificuldade em cooperar e partilhar;
• Preocupa-se em agradar os adultos que lhe são significativos,sendo dependenteda
sua aprovação e afeto;
• Começa a aperceber-se das diferenças no comportamento dos homens e das
mulheres;
• Começa a interessar-se mais pelos outros e a integrar-se em atividades de grupo
com outras crianças;
Desenvolvimento Emocional:
• É capaz de se separar da mãe durante curtos períodos de tempo;
• Começa a desenvolver alguma independência e autoconfiança;
• Pode manifestar medo de estranhos, de animais ou do escuro;
• Começa a reconhecer os seuspróprioslimites, pedindoa¡uda;
• Imita os adultos;

Desenvolvimento Moral:
• Começa a distinguir o certo do errado;
• As opiniões dos outros, acerca de si própria assumem grande importância para a
criança;
• Consegue controlar-se de forma mais eficaz e é menos agressiva;
• Utiliza ameaçasverbaisextremas, comoporexemplo: “eu te mato!",
semternoçãodassuas implicações;
CARACTERÍSTICA DA FAIXA ETÁRIA DOS 04 AOS 05 ANOS
Desenvolvimento Físico:
• Rápido desenvolvimento muscular;
• Grande atividade motora, com maior controle dos movimentos;
• Consegue escovar os dentes, pentear-se e vestir-se com pouca a¡uda;
Desenvolvimento Intelectual:
• Adquiriu ¡á um vocabulário alargado, constituído por 1500 a 2000 palavras; manifesta um
grande interesse pela linguagem, falando incessantemente;
• Compreende ordens com frases na negativa;
• Articula bem consoantes e vogais e constrói frases bem estruturadas;
• Exibe uma curiosidade insaciável, fazendo inúmeras perguntas;

• Compreende as diferenças entre a fantasia e a realidade;


• Compreende conceitos de número e de espaço: “mais", “menos", “maior", “dentro",
“debaixo", “atrás";
• Começa a compreender que os desenhos e símbolos podem representar ob¡etos
reais;
• Começa a reconhecer padrões entre os ob¡etos :ob¡etos redondos,ob¡etos
macios,animais...
• Gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo, poderá ser seletiva
acerca dos seus companheiros;
• Gosta de imitar as atividades dos adultos;
• Está a aprender a partilhar, a aceitar as regras e a respeitar a vez do outro;

Desenvolvimento Emocional:
• Os pesadelos são comuns nesta fase;
• Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de fantasiar;
• Procura frequentemente testar o poder e os limites dos outros;
• Exibe muitos comportamentos desafiantes e opositores;
• Os seus estados emocionais alcançam os extremos: por ex., é desafiante e
depois bastante envergonhada;
• Tem uma confiança crescente em si própria e no mundo;

Desenvolvimento Moral:
• Tem maior consciência do certoe errado, preocupando-segeralmente em fazer oque
está certo; pode culpar os outros pelos seus erros (dificuldade em assumir a culpa pelos seus
comportamentos);
CARACTERÍSTICAS DA FAIXA ETÁRIA DOS 5 AOS 6 ANOS
Desenvolvimento Físico:
• A preferência manual está estabelecida;
• É capaz de se vestir e despir sozinha;
• Assegura suahigiene com autonomia;
• Pode manifestar dores de estômago ou vômitos quando obrigada a comer
comidas de que não gosta;tem preferência por comida pouco elaborada,embora
aceite uma maior variedade de alimentos;
Desenvolvimento Intelectual:
• Fala fluentemente, utilizando corretamente o plural, os pronomes e os
tempos verbais;
• Grande interesse pelas palavras e a linguagem;
• Pode gague¡ar se estiver muito cansada ou nervosa;
• Segue instruções e aceita supervisão;
• Conhece as cores, os números, etc.
• Capacidade para memorizar histórias e repeti-las;
• É capaz de agrupar e ordenar ob¡etos tendo em conta o tamanho (do
menor ao maior);
• Começa a entender os conceitos de “antes" e “depois" ,“em cima" e “embaixo"
,etc.,bem como conceitos de tempo: “ontem”, “hoje”, “amanhã”;
• A mãe é ainda o centro do mundo da criança, pelo que poderá recear a não
voltar a vê-la após uma separação;
• Copia os adultos;
• Brinca com meninos e meninas;
• Está mais calma, não sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é
capaz de brincar apenas com outra criança ou com um grupo de crianças, manifestando
preferência pelascrianças do mesmo sexo;
• Brinca de forma independente, sem necessitar de uma constante supervisão;
• Começa a ser capaz de esperar pela sua vez e de partilhar;
• Conhece as diferenças de sexo;
• Aprecia conversar durante as refeições;
• Começa a interessar-se por saber de onde vêm os bebês;
• Estánuma fase de maior conformismo, sendo crítica relativamente àqueles que não
apresentam o mesmo comportamento;
Desenvolvimento Emocional:
• Pode apresentar alguns medos: do escuro, de cair,de cães ou de dano corporal, embora
esta não seja uma fase de grandes medos;
• Se estiver cansada, nervosa ou chateada, poderá apresentar alguns dos seguintes
comportamentos: roer as unhas, piscar repetidamente os olhos, fungar, etc.;
• Preocupa-se em agradaraos adultos;
• Maior sensibilidade relativamente às necessidades e sentimentos dosoutros;
• Envergonha-se facilmente;
Desenvolvimento Moral:
Devido à sua grande preocupação em fazer as coisas bem e em agradar, poderá por vezes
mentir ou culpar os outros de comportamentos reprováveis.

“Aprendemos sobre o jeito de ser de cada criança através da forma como


se relaciona com seus amigos, seus brinquedos, como manifesta suas
vontades e afetos; tolera suas frustrações, através das primeiras expressões
gráficas e da linguagem."
CAPÍTULO 4

ALEITAMENTO MATERNO APRENDENDO ANDAR MORDIDAS NA CRECHE


DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM COMO INTERPRETAR DESENHOS INFANTIS
CONTROLE DOS ESFÍNCTERES
NORMAS PARA APRENDER A CONVIVER COM OS OUTROS DISCIPLINAR AS CRIANÇAS
PEQUENOS DEPENDENTES E INDEPENDENTES

ALEITAMENTO MATERNO
Amamentar é uma parte fundamental do cuidado com o bebê. O leite materno é o melhor
alimento para a criança, além de proporcionar contato físico, carinho, estímulo e proteção
contra doenças. Mas conseguir amamentar e, ao mesmo tempo, trabalhar fora de
casa pode ser difícil.
No Brasil, desde a Constituição Federal de 1988, mulher empregada com
contrato de trabalho formal (carteira assinada) tem direito a alguns benefícios previstos
em lei que podem a¡udar neste período. Além disso, cada relação de trabalho – quer
se¡a mediante a Consolidação das Leis do Trabalho(CLT),quer se¡a pelo funcionalismo
público, por profissional autônoma ou empregada doméstica – pode ter benefícios
próprios. Outras situações também foram contempladas por leis de proteção ao
período da maternidade,como o caso das mães estudantes, das mães adotivas, \das
mulheres privadas de liberdade e das trabalhadoras rurais.
PAUSAS PARA AMAMENTAR: para amamentar o filho, a mulher tem direito a dois
descansos especiais, de meia hora cada um, durante a ¡ornada de trabalho, até o 6º
mês de vida do bebê, além dos intervalos normais para repouso e alimentação.

APRENDENDO A ANDAR
Aprender a andar é um dos marcos mais importantes da vida da criança, já que é um
enorme passo a caminhoda independência.
Quando ele toma coragem para largar a cadeira ou o sofá que serviam de apoio e
avança hesitante para seus braços , não demora muito para que você o veja correndo
e pulando porto do lado,cheio de confiança -- e aí ele ¡á não será mais um bebê.
Quando acontecem os primeiros passos. Ao longo do primeiro ano de vida, seu
bebê vai aos poucos ganhando coordenação motora e força muscular no corpo todo,
aprendendo a sentar, virar e engatinhar, para depois conseguir ficar de pé, por volta dos 8
meses.
A partir daí é só uma questão de confiança e equilíbrio -- a maioria dos bebês dá os
primeiros passos entre os 9 e os 12 meses, e anda bem com 1 ano e 3 meses.
Algumas crianças absolutamente normais só vão andar com 1 ano e 4 meses ou 1
ano e 5 meses, ou até mais.

MORDIDAS NA CRECHE

CONHEÇA MEDIDAS PARA EVITAR O PROBLEMA E COMO REAGIR


QUANDO ELE ACONTECE.
Nada mais corriqueiro no cotidiano das creches do que uma criança tascar uma mordida
em outra. Essas ocorrências são naturais na Educação Infantil. Ainda que desprovida de
má intenção, a mordida é uma agressão, provocador e deixa marca. Por isso, precisa
ser combatida. O primeiro passo é identificar as situações em que acontece. “Ela pode
significar muitas coisas: disputa por brinquedo,irritabilidade, tédio e até um meio de
chamar a atenção”. Não podemos esquecer que nessa faixa etária os pequenos estão
desbravando o mundo por meio da via oral.
Os educadores esclarecem que praticamente todas as crianças entre 1 e 3 anos,
em algum momento, usaram ou usarão tal conduta. Disseram também que esse
recurso praticamente desaparece quando a linguagem está mais desenvolvida e
enfatizaram que ficariam atentas. “Quando a mordida ocorre, é comum as famílias
acharem que o filho não está sendo devidamente cuidado. Daía importância do engajamento
eda transparência porparte da instituição deensino”.
OLHAR ATENTO DIA APÓS DIA.
No início do ano letivo, ocorrem vários casos motivados por disputa de brinquedos e
questões afetivas. Sempre que episódios assim ocorrem, o auxiliar ou professor deverá
acalmar a vítima e, na sequencia conversar com quem deu a mordida. Em geral o
agredido não entende o porquê daquilo. E o autor não o vê necessariamente como
uma violência. O correto é: orientar as professoras e auxiliares a confortar a criança
ferida e mostrar ao colega o que ele fez. É importante que ele perceba a consequência da
ação, mesmo sem ter tido intenção de machucar. Olhar para os meninos e meninas e dizer
frases como “NÃO PODE. DÓI”, sem gritar, é uma boa ação. Com isso, espera-se que eles
vão compreendendo que morder não pode ser a melhorforma de se comunicar.
QUANDO O PROBLEMA SE REPETE

Mesmo com esses cuidados, casos de mordidas sistemáticas podem se dar e


demandam uma atenção redobrada dos educadores. Em vez de recriminar os pequenos,
deixemos que brinquem normalmente com a turma, mas passa a sentar próxima e ficar de olho
para evitar novos episódios. Esse é um procedimento ideal: evitar colocar a criança de castigo
se manter por perto. O educador deve ainda se antecipar para oferecer algum brinquedo
ou sugerir outra atividade,como pegar cada uma pelas mãos para que , juntos , partilhar
e um livro ,uma dança,uma bola,etc...Assim quem antes ia morder para obter o
brinquedo percebe a presença do adulto observando eintervindo.
Com isso, reduz-se a probabilidade de um novo incidente.
A escola também pode optar ainda por conversar com as famílias dos que mais
mordem e coloca- lasa par do que está acontecendo. Chamem os pais e falam sobre
as ocasiões das abocanhadas, orientem a respeito do trabalho desenvolvido na escola
e trocam ideias sobre as possibilidades para evitá-las. O mesmo procedimento costuma
ser adotado com relação aos que são mordidos. A escola conta comum a agenda de
comunicação com os pais e faz reuniões com os responsáveis, porturmas,
paraexplicar esses e outros fatos rotineiros. Quando o ataque é mais forte e deixa
marcas, o educador responsável pela turma liga para família e explica o que houve,
dizendo que pode vir buscar a criança um pouco antes do horário de saída e que
estarão disponíveis para atendê-las. Evitando assim, asurpresa da mãe que vai pegar
o filho e o encontra machucado.Ao longo do ano, com essas intervenções diárias
vamos notando a redução de incidentes como também uma maior compreensão dos
pais sobre o problema e o empenho deles em ajudar. “Grande parte passou a
entender que a mordida não é uma agressão nem fruto do descuido das professoras
e auxiliares.”

DESENVOLVIMENTO NA LINGUAGEM
Linguagem e fala.
Embora seja a mais complexa, e a que coloca-nos em condição de superioridade
em relação aos outros animais, a linguagem verbal não é a única forma de
comunicação.Podemos transmitir (comunicar) a outro indivíduo, nossos pensamentos,
emoções, etc. Através de gestos (linguagem gestual), através do corpo (linguagem corporal)
e provavelmente através de muitos códigos que sejam comuns a locutor e interlocutor.
Nesse sentido, estamos considerando a linguagem como um processo simbólico da
comunicação e a fala um instrumento de expressão da linguagem.
A linguagem e fala não são sinônimas, tanto que muito antes do bebê emitir suas primeiras
palavras (fala), ¡á é capaz de utilizar-se de codificação (linguagem) para inter-relacionar-se
com o meio e seus semelhantes (mãe,pai,irmãos,etc.).Ainda assim,acreditamos que o
desenvolvimento da linguagem e da fala não precisa ser considerado separadamente, pois
um tem muita relação com o outro.
Quando a criança começa a falar?
Felizmente, por volta dos 2 anos a maioria das crianças já tem um número de
vocábulos que lhes permite expressar-se verbalmente com facilidade. Algumas nessa
idade, e até um pouco antes, já utilizam frases simples, com verbos, adjetivos e preposições,
relatam fatos e criam seus próprios vocábulos.
Contudo, além das diferenças individuais, que devem ser respeitadas, precisamos estar
atentos a fatores determinantes na aquisição, e que quando alterados, podem interferir no
desenvolvimento normal da linguagem. Esses fatores podem ser subdivididos em biológicos,
psicológicos e sociais.
A) Fatores biológicos
A1) Integridade de S.N.C. (Sistema Nervoso Central).
Crianças com anoxia neonatal deveriam ter seu desenvolvimento de linguagem observado
mais atentamente;
A2) Desenvolvimento intelectual normal.
Atraso significativo no desenvolvimento neuropsicomotor ¡unto com atraso na aquisição de
linguagem pode ser indicativos de deficiência mental;
A3) Integridade do sistema auditivo.
Ressaltamos aqui a importância da triagem auditiva ao nascimento para a detecção precoce
da deficiência auditiva;
A4) Integridade dos órgãos periféricos da fala (lábios, língua, palato, bochechas).
Cabe lembrar que além das propriedades nutricionais do leite materno, sugar no seio, propicia
à criança a exercitação da musculatura intra-oral, evitando ou minimizando problemas
ortodônticos e articulatórios.
Crianças com fissuras labio palatais podem apresentar alterações de linguagem e
articulatórios;
B) Fatores psicológicos
B1) Vínculo afetivo entre mãe-criança deficiente (abandono, maustratos,re¡eição),pode
contribuir para atrasos no desenvolvimento da linguagem.
Em oposição a este padrão, as boas relações afetivo-emocionais entre mãe/criança, propiciam
evolução da linguagem muito satisfatória;
C) Fatores sociais
C1) Ambientes tensos,de brigas frequentes entre familiares, superproteção(pais que
não dão a criança oportunidade de aprendizagem, fazem tudo por ela), são modelos
de linguagem pobres tanto em quantidade quanto em qualidade, e também podem
prejudicar não só a linguagem, mas o desenvolvimento global da criança.
Conforme podemos observar, descartando-se a possibilidade de lesões (fatores
biológicos), os pais e o meio ambiente têm importância fundamental no
desenvolvimento global adequado, na aprendizagem e, sobretudo na aquisição de
linguagem infantil. linguagem de seu filho:
1) Aproveite os horários de mamadas para “namorar" seu filho. Opte por um
ambiente com pouca luz, tranquilo e faça do toque a linguagem do amor;
2) Ao optar pelo uso de chupetas, ofereça apenas as ortodônticas, pois já sabemos
que os problemas ortodônticos propiciam alterações articulatórias;
3) Trate seu bebê com zelo, segurança, carinho e com isso estará criando condições
facilitadoras para o surgimento da linguagem oral;
4) A mãe, ou pessoa de maior contato, deve aproveitar a rotina de atividades diária
(banho, troca de roupas, amamentação) para estabelecer diálogos com o bebê, ¡á que por
volta do 2 meses ele(bebê)¡á produz algumas vogais,mas ainda sem características
linguísticas bem definidas;
5) Fale com a criança sobre situações que estejam ocorrendo no momento. No
primeiro período de vida(sensório-motor oupré-verbal), que se estende até os 2 anos
aproximadamente, a criança precisa de experiências concretas, exploração de
objetos,“preensão do mundo”. É o período das ações motoras. Opte por brincadeiras
que envolvam a procura de objetos. Ex.: esconda ob¡etos para que a criança possa
achá-los (rolando, engatinhando, andando, correndo);
6) Ao iniciar as primeiras palavras, valorize suas tentativas com reforços positivos;
7) A partir dos 2 anos, pode-se estimular os aspectos cognitivos da linguagem. As funções
básicas de linguagem como: esquema corporal, noções de cor, forma, tamanho, quantidade,
espessura, percepção espacial (em cima, em baixo, dentro, fora, frente, atrás), percepção
temporal (dia, noite, ho¡e, ontem, amanhã), noção de direita e esquerda. Brinquedos pedagógicos
como ¡ogos de montar e blocos educativos são ótimos para o estímulo das funções básicas de
linguagem;
8) Não corrija as primeiras palavras (as omissões e substituições de fonemas
fazem parte do início do desenvolvimento de linguagem);
9) Iniba o uso frequente de gestos. Encoraje a criança a expressar-se verbalmente;
10) As palavras erradas devem seraceitas, mas “devolvidas” de forma adequada. Não imite
oerro e nem se utilize de fala infantilizada (exemplo de modelo linguístico pobre em
qualidade);
11) Não faça comparações entre a fala de seu filho com a de seus
irmãos ou coleguinhas.
Lembre cada criança tem o seu ritmo;
1) Fale com a criança de coisas que são interessantes para ela. Em qualquer tipo
de aprendizagem é importante a motivação.
2) Desde muito cedo utilize-se de livros para contar estórias, faça encenações,
dramatizações com uso de fantoches (¡ogosonomatopeicos), ex.: fantoche de cachorro, o
cachorro faz Au!Au!, a galinha faz Có Có, etc.
Temos certeza que no dia a dia os pais encontrarão inúmeras outrasatividades para
estimular a linguagem de seus filhos.
É muito importante que estejam ensinando sempre coisas novas,e na medidado
possível deixem a criança fazer as atividades sozinha (o auxílio é suficiente).
Assim, como uma plantinha, a criança precisa ser observada e “regada” com amor e
carinho, jamais abafada!
Os padrões de normalidade do desenvolvimento de linguagem, em função da idade,
são os seguintes:
IDADE PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO DE LINGUAGEM
-Localizações (repetições devogais e sons guturais) não linguísticas. Essas produções
- têm pouca influência da lingua-mãe.
0a3 Sorriso reflexo.
meses -Apresenta movimentos corporais bruscos ou acorda ao ouvir estímulo sonoro.
Aquieta-se com a voz da mãe.
Procura fonte sonora com movimentos oculares.

- As vocalizações começam a adquirir algumas características de linguagem, ou seja,


entonação, ritmo e inicia-se a modulação de ressonância.
- A fase de lataçãoapareceporvoltados3 a 4 mesese se distingue porsuafonação
3a6 lúdica.Acriançasenteprazerembalbuciar(brincarcomosórgãosfono-articulatórios).
meses - Parar de chorar ao ouvir música.
- Começa a voltar a cabeça em direção a um som lateral e próximo.
- Pré-conversação. A criança vocaliza principalmente durante os intervalos em
que é deixada livre pelo adulto, e também encurtam suas vocalizações para dar
lugar as respostas do adulto.
6a9 - Localiza diretamente afonte sonora lateralmente e indiretamente
para baixo.
meses - Respondequandochamada.
- Repete sons paraescutá-los.
- Localiza diretamente a fonte sonora para baixo.
- Reage paralisando a atividade quando a mãe fala “não”.
- Localiza na presença de música.
- Compreende algumas palavras familiares, por ex.: “mamãe,
“papai”, “nenê”.
9 a 12 - Compreende ordens simples, por ex.: “bate palmas” e dar “tchau”.
meses - Localizações mais precisas e melhor controladas quanto à altura tonal
e a intensidade. Agrupa sons e sílabas repetidas a vontade.
- Pede, recebe objetos e oferece-os de volta.
- Usa gestos indicativos.
- Surge a primeira palavra, muitas vezes não inteligível.
- Surgem asprimeiras palavras funcionaisque, emgeral, se dáum
prolongamento semântico, por ex.: chama “cachorro” a todos os animais.
- Crescimento quantitativo de compreensão e produção de palavras.
- Localiza fonte sonora indiretamente para cima.
- Gosta de música.
12 a 18 - Compreende verbos que representam ações concretas (dá, acabou, quer).
meses - Identifica ob¡etos familiares através de nomeação.
- Identifica parte do corpo em si mesma.
- Utiliza-sedepalavra-frase(usa uma palavra que corresponde a um enuncia do
completo).
- Repete palavras familiares.
- Tenta contar.
- Surgimento de frases de dois elementos.
18 a 24 - Localiza fonte sonora em todas as direções.
meses - Presta atenção e compreende estórias.
- Identifica parte do corpo no outro.
- Inicia o uso de frases simples.
- Usa gesto representante.
- Usa o próprio nome.
Aponta gravura de objeto familiar descrito por seu uso.
ia
- Aponta cores primárias quando nomeadas (vermelho, azul, amarelo...)
2a3

Nomeia ações representadas por figuras. Refere-se a si mesmo na 3ª pessoa.


Combina objetos semelhantes.

A partir dos 3 anos aumenta extraordinariamente o número de vocábulos da


e espera-se que até os 5 anos ela tenha domínio de todos os fonemas da língua.

COMO INTERPRETAR OS DESENHOS INFANTIS


Ao desenhar,a criança conta sua história, seus
pensamentos, suas fantasias, seus medos, suas alegrias,
suas tristezas. No ato de desenhar, a criança age e
interage comomeio, seu corpo inteiro se envolve na
ação, traduzida em marcas que a mesma produz, se
transportando para o desenho, modificando e se
modificando. Através do desenho, conta o que de melhor
lhe aconteceu, demonstrando, relembrando e
dominando a situação.
O conhecimento das etapas evolutivas do desenho infantil fornece ao educador mais
um instrumento para compreender as crianças. Somando esse conhecimento à análise
constante dos seus trabalhos e considerando sempre o significado mais profundo do ato de
desenhar como expressão de ideias e sentimentos, o educador poderá orientar suas ações
pedagógicas relacionadas às atividades de desenho elaborando propostas de trabalho que
incorporem as atividades artísticas, as quais não precisam ser espontâneas das
crianças. O fato de ser escolhida pelo educador não tornará essa atividade expressiva.
INTERPRETANDO OS DESENHOS
Posição do desenho – Todo desenho na parte superior do papel, está relacionado com
a cabeça, o intelecto, a imaginação, a curiosidade e o desejo de descobrir coisas
novas. A parte inferior do papel nos informa sobre as necessidades físicas e materiais
que pode ter a criança. O lado esquerdo indica pensamentos que giram em torno ao
passado, enquanto o lado direito, ao futuro. Se o desenho se situa no centro do papel,
representa o momento atual.
Dimensões do desenho - Os desenhos com formas grandes mostram certa segurança,
enquanto os de formas pequenas parecem ser feitas por crianças que normalmente
precisam de pouco espaçoparaseexpressar.Podem também sugeriruma criançareflexiva, ou
com faltadeconfiança.
Traçosdodesenho – Os contínuos, seminterrupções, parecemdenotarum espírito dócil,
enquanto o apagado ou falhado, pode revelar uma criança um pouco insegura e
impulsiva.
A pressão do desenho - Uma boa pressão indica entusiasmo e vontade. Quanto mais
forte seja o desenho, mais agressividade existirá, enquanto as mais superficiais demonstra
falta de vontade ou fadiga física.
As cores do desenho – O vermelho representa a vida, o ardor, o ativo; o amarelo, a
curiosidade e alegria de viver; a laranja, necessidade de contato social e público,
impaciência; o azul, a paz eatranquilidade; overde, certamaturidade, sensibilidade
e intuição; onegrorepresentao inconsciente; o marrom, a segurança e planejamento.
É necessário acrescentar que o desenho de uma só cor, pode denotar preguiça ou falta

62
de

63
motivação.

AÇÕES PEDAGÓGICAS

Coloque o desenho para a criança através de:


uma história bem contada; um passeio;
algoocorrido em salade aula; uma brincadeira;
faz de conta; jogos;cantigas etc.
TIPOS DE DESENHO:

• Desenho livre ou espontâneo


O objetivo é que as crianças tenham um momento livre criação a partir do seu próprio
repertório e da utilização dos elementos da linguagem que trabalhamos em sala de
aula. O professor não deve intervir, no entanto, em alguns casos quando o desenho é
repetitivo é importante propor que ela faça algo diferente.
• Desenho a partir de uma apreciação
Essas apreciações contribuempara ampliar o repertório de imagens, observar e identificar
imagens diversas, conhecer a diversidade de produções, ampliar seu conhecimento de mundo
e de cultura. Esse tipo de desenho contribui para que as crianças deixem de lado as
figuras padrões e percebam que existem muitas possibilidades de representar
determinadacoisa.
• Desenho com interferência
Essa intervenção pode ser um traço, uma linha, uma colagem, parte de um desenho. O
tamanho do papel também serve como suporte para a interferência, formados variados
também.
• Desenho temático
Neste desenho o professor determina o tema como brincadeira,família,autorretrato,
personagens de histórias etc
• Desenho gêmeo
É a cópia do outro desenho de um amigo. Um desenha e o outro copia.
• Desenho de observação
Esse desenho não se trata de uma simples cópia, mas a observação de detalhes que o
fará aprenderem a desenhar coisas que não sabiam.
• Desenhos de memória
Nesse desenho a criança representará algo guardado em sua memória como algum
evento ou situação passada.

CONTROLE DOS ESFÍNCTERES


A criança muito pequena ainda não tem
consciência que pode controlaros músculos que
retém ou liberam o xixi e o cocô e isto ocorre
involuntariamente sem que a criança perceba. Mas
conforme vai crescendo, vai conhecendo seu corpo,
desejos e necessidades, observando-se e criando um
determinado controle sobre seu próprio corpo.
A princípio a criança irá começar a avisar quando já fez e este é o primeiro passo.
A criança começa a ficar incomodada com a sensação de estar molhada ou suja. A
partir daí
você pede praela te avisar um poucoantes de fazer,ensinando a usar o famoso peniquinho.
Você pode iniciar esta aprendizagememmédia aos 2 anos, dependendo do ritmo de cada
criança.Nesta fase a criança ainda não tem consciência detempo entre a vontade de fazer
xixi oucocô e arealização destes e por este motivo não deve ser repreendida. Éimportante
que os adultos pais não nomeiem o cocô e o xixi como algo ruim ou nojento associando a algo
errado e sujo, pois para a criança estes produtos fazem parte dela, portanto são
naturais e espontâneos e sendo criticada por isso pode deixar a criança confusa
achando que fez algo ruim e repugnante.
É gratificante para a criança quando ela percebe que consegue controlar o xixi e o
cocô, sente-se mais independente e com a sensação primária de que não é mais
um“bebezinho”. É importante que o adulto incentive esta independência da criança e
a elogie nesta sua nova conquista.
Alguns adultos repreendem a criança até mesmo na frente de outras pessoas,
quando ela não consegue avisar e acabe sujando sua roupa. Esta ação é como se
fosse uma repressão de suas necessidades básicas e pode ter consequências muito
negativas tanto neste momento como no futuro.
Por vezes, a criança pode esquecer-se de avisar quando estiver envolvida em alguma
brincadeira por exemplo. Essa é uma fase de descobertas, treino e aprendizado que deve
ser acompanhada e orientada pelo adulto com paciência e tranquilidade. A criança aos
poucos vai conhecendo seu corpo e se habituando à nova situação.

NORMAS PARA APRENDER A CONVIVER COM OS OUTROS


As regras de convivência são umconjunto de normas sociais que é tãoimportante
inculcarem às crianças, como ensiná-las o alfabeto ou a comer com talheres. São as
normas que nos asseguram conviver em paz e em harmonia evitando a discórdia.
Saudar ao chegar, despedir-se ao sair, dar ‘obrigado’ ou pedir perdão são normas muito
simples que as crianças podem adquirir desde pequenos. No entanto, não são as únicas regras
de convivência.COMO ENSINAR NORMAS DE CONVIVÊNCIA ÀS CRIANÇAS
A boa convivência se baseiaemensinar as criançasa respeitar osdireitos dos
outros e a aceitar que existem algumas obrigações que devem cumprir, porque sem
elas, cada um fariao que lhe parecesse oportuno e cairíamos na falta de harmonia e
respeito pelos outros.
As normas de convivência permitem que os membros de um grupo, sejam crianças
de uma sala de aula, amigos no parque ou irmãos em casa interajam e se comportem
de forma ordenada, tolerante e respeitosa.
A gente propõe 10 regras de educação, comportamentoe convivência que
podemos ensinar às crianças, todos os dias, em qualquer circunstância. Mas, como
podemos transmiti- las? Sempre, o melhor ensino para os nossos filhos é através do
exemplo:se saudamos nossos vizinhos,damos obrigado se nos abrem a porta, pedimos
perdão quando erramos ou escutamos quando nos explicam algo, eles interiorizarão
esse aprendizado e o considerarão como algo normal.
Regras de Convivência x Atitude da Criança
1 – Chegou? Cumprimente
2 – Vaiembora? Despeça-
se
3 – Te fizeram um favor? Agradeça 4 – Te perguntaram algo? Responda 5 – Não é seu? Peça
permissão
6 – Você tem? Compartilhe
7 – Você não tem? Não inveje
8 –Vocêerrou?Peçadesculpas/perdão 9 – Estão falando com você? Escute
9 – Te emprestaram algo? Devolva-o
As regras de convivência ajudarão a criança a aprender a viver com os outros
respeitando e se integrando ao grupo, seja na família, na escola ou com os seus
amigos no parque. São atitudes muito importantes para que o seu filho se¡a um
adultofelize saiba se relacionar com os outros de forma saudável e positiva.
ESTRATÉGIAS PARA DISCIPLINAR AS CRIANÇAS
Pequenas, mas com vontades próprias, as crianças necessitam de disciplina para
conhecerem os limites e valores importantes como o respeito. No entanto, a disciplina
não deve ser reservada exclusivamente para os momentos em que as crianças se
portam mal, deve ser algo contínuo para que a criança saiba ela própria distinguir
entre o que é certo e o que é errado. Mune-se destas estratégias para ter sempre
crianças bem comportadas.
1. Regras e limites. A melhor forma de facilitar a disciplina de umacriançaé
estabelecer regras e limites claros, ou seja, que sejam claramente perceptíveis pela
criança. As regras e os limites são fundamentais para a criança aprender o autocontrolo,
para saber o que está certo e errado, facilitando a vivência dentro e fora da esfera
familiar. Conhecidas as regras, a vida torna-se mais fácil para pais e crianças.
2. Consequências claras. Da mesma forma que as regras para crianças têm de ser
simples e claras,tambémas consequências devem ser.Se existe umcastigopara o mau
comportamento– ir para a cama mais cedo, não poder ver televisão ou brincar com
certo brinquedo– é importante que essa consequência se materialize. Só assim é que as
crianças vão perceber que não podem contornar as regras, nem desafiar os limites sem
terem de lidar com as consequências. Pormais que lhe possa custar, há que cumprir as
consequências – nunca ninguém disse que a disciplina ia ser fácil,mas mais importante
do que isso é que se¡a eficaz.Em longo prazo valerá a pena.
3. O respeito émuito bonito. Ensinar a criança a respeitar não só os adultos, mas
todas as pessoas que a rodeiam passa por coisas tão simples como aprender a
dizer“por favor”ou“obrigado”. Não gritar ou bater são outras ações que devem ser
controladas, para limitar a agressividade nas crianças. Fale com a criança da mesma
forma que gostaria que ela falasse consigo e nos dias em que a pequenada se
exaltar (acontece a todos!) peça-lhe para se sentar quieta durante 5 minutos para se
acalmar antes de voltar a falarconsigo. Éimportante que acriançapossa falar e
expressar tudo o que lhe apetece, mas sempre com respeito pelo outro.
4. Sim em vez de não. Quando se pensa em disciplina para crianças, a palavra que
vem imediatamente à cabeça é “não”, porém, esta deve ser substituída pelo “sim”
sempre que possível, ouseja, troque o“não deves” por“deves”.
Ao focar o comportamento que quer ver em vez daquele que não quer ver,é mais
fácil à criança aprender – por exemplo, em vez de dizer “não batas com os
carrinhos na mesa” diga “ao fazeres isso podes estragar a mesa, brinca com os
carrinhos no chão, aí andam mais depressa!”.
5. Descobrir as causas. Se o mau comportamento é uma constante e todos os atos
de disciplina estão a ser infrutíferos, é importante avaliar a situação e perceber qual o
motivo por de trás da desobediência:será que aconteceu alguma coisa na escola? Será
que acriançanão se sente bem? Estará a dormir o suficiente? O mau
comportamento nem sempre é capricho infantil, por isso, converse com a criança
depois de ela se acalmar e tente avaliar melhor asituaçãoe a forma como a pode
resolver.
6. Se¡a firme. O segredo por de trás do sucesso da disciplina infantil é a capacidade
de manter- se firme, ou se¡a, se a criança ¡á sabe que não pode levar brinquedos
para a escola, nãoceda só porque ela resolveu fazer uma birra gigante; se a hora
de dormir é às 20h30, não ceda porque a criança quer brincar mais um bocadinho.
No momento em que ceder,a criança vai continuar a testar os limites vezes sem
conta.
7. Gosto de ti. Ser firme não significa que não pode dizer à criança quanto gosta dela
ou dar-lhe um abraço depois de lhe chamar a atenção pelo mau comportamento ou
de explicar porque não gostou de determinada ação ou palavras. É uma forma
interessante de mostrar à criança que a disciplina não significa que se goste menos
um do outro e que apesar dos conflitos tudo vai acabar bem.
8. O poder é seu. Não há volta a dar, os pais são quem mandam, por isso, utilize
isso para seu benefício.As crianças observam e copiam tudo aquilo que seja do
mundo adulto, por isso, se estiver sempre a gritar com a pequena da, eles vão pensar
que não há nada de errado com isso e será certamente um espelho do mesmo tipo de
comportamento. Ao respirar fundo e pensar duas vezes antes de falar, pode fazê-lo
de forma calma,lembrando à criança que é assim que se fala e se deve comportar.
Cabe a si estabelecer o tom das situações, que as crianças acabam por seguir esse
caminho.
9. Cuide-se. As crianças são os seres mais maravilhosos do mundo, mas a rotina
diária e as diferentesfases do seu desenvolvimento podemrevelar-severdadeiros
desafios para qualquer mãe ou pai. Daí a importância de cuidar de si – encontre
tempo de qualidade para estar sozinho, mas também como seu companheiro (a),
faça atividades que lhe permitem aliviar o stress– desta forma estará mais
preparado para enfrentar, de forma calma e exemplar, os desafios da disciplina
infantil.
10. Avanços e recuos. Disciplinar uma criança não é algo que acontece de um dia
para o outro e, embora se¡a mais fácil perceberam as regras à medida que vão crescendo,
isso não significa que de vez em quando não haja uma grande birra, portas a bater,
irmãos a brigar ou outros comportamentos menos positivos. Esteja preparado para
tudo.

PEQUENOS DEPENDENTES OU INDEPENDENTES?


É hora do recreio. A garotada toda corre até a pia para lavar as mãos. Ua
sala de aula fica apenas uma criança, esperando que o professora acompanhe.
Enquanto os colegas comem o lanche, o garoto, mais uma vez, aguarda que alguém o
ajude. Na Educação Infantil, demonstrações de falta de autonomia como essa não
são raras e indicam superproteção da família. Como a escola é o primeiro espaço de
socialização que as crianças conhecem depois de sua casa, está em suas mãos torná-
las independentes, de acordo com o que é esperado para cada faixa etária.O
pequeno aluno se retrai por acreditar que o mundo só pode ser explorado ao lado
da pessoa que cuida dele — amãe, por exemplo. Curiosamente, é o próprio adulto
quem estabelece essa relação de dependência. “Porzelo, ele faz todas as tarefas
pelo filho. Com isso, cria na criança o hábito de esperar que outros ajam da mesma
maneira e, também, o medo de fazer algo sozinho”, explica Elvira de Souza Lima,
psicóloga especialista em desenvolvimento
humano, de São Paulo.
É comum o adulto revelar a superproteção quando diz que precisa acompanhar o filho
até a classe para queele nãochore.De formageral,osestudantes que sofremao
sedespedirdo responsável são introvertidos e resistentes a novas experiências. Quando
recebem um comando de ação, ir ao parque, por exemplo, ficam estáticos.
O SEGREDO É CONQUISTAR A CONFIANÇA DAS CRIANÇAS
Para avaliar se um aluno é mesmo dependente, o ideal é observá-lo em várias
atividades dentro e fora da sala de aula. Éimportantenuncajulgá-lo com base em uma
únicaconstatação e nem dar a ele um“rótulo” quepoderá causar traumas.Umgaroto
pode se revelar independente em uma aula-passeio e não em classe. “Só com essa
diversidade de situações o docente consegue verificar em qual o estudante se sai bem
e demonstra mais segurança e iniciativa”.
O homem é a única espécie animal que tem grande dependência do outro nos
primeiros anos de vida. Portanto, é natural que o bebês e ja cercado de cuidados.
Gradualmente, a criança se torna capaz de assumir tarefas e assim desenvolve sua
autonomia. Isso acontece conforme éestimulada pelas pessoas que estão ao redor
dela.
Você só vai ter sucesso nessa tarefa se ganhar a confiança dos pequenos.
Um período de adaptação com a presença dos familiares é de grande a¡uda. Os
pais podem passar para o filhoum sentimento de segurança no novoambiente. No dia-
a-dia, é preciso garantir às crianças afeto, companhia constante, atenção e cuidados.
O docente tem de proporcionar aos alunos tudo o que o responsável por eles dá em
casa. Depois que os pequenos estiverem adaptados, é hora de mostrar que são
capazes de realizar tarefas sozinhas, mesmo que não seja esse o costume em
casa. “A hora do lanche é uma ótima oportunidade. As crianças se sentem
orgulhosas em comer sem ajuda.
Vários desafios vão surgir e serão produtivos na busca pela independência da meninada.
Quando você pedir aos alunos para realizar tarefas que ainda não fazem parte do seu
dia- a-dia: como abotoar roupas ou amarrar sapatos, acompanhe de perto à
execução e os incentive, mas nunca faça nada por eles. As atividades que proporcionam
a interação com os colegas também são ricas oportunidades de crescimento. E não se
esqueça dos elogios, que são valiosos. Diga: “Que bom”! Você fez isso sozinho!
CAPÍTULO 5

IRMÃOS GÊMEOS NA SALA


MEDO MAIS COMUM NAS CRIANÇAS EDUCAÇÃO E DESCOBERTA DA SEXUALIDADE
DIVERSIDADE E PRECONCEITO
BULLYING
RIVALIDADE ENTRE IRMÃOS ESTRESSE INFANTIL
MAUS TRATOS E VIOLÊNCIA DOMÉSTICA
IRMÃOS GEMÊOS NA MESMA SALA DE AULA
O ideal é que eles frequentem espaços diferentes porque a escola é um lugar de
construção de relacionamentos, onde ocorrem a formação do sujeito e o exercício de
valores. É o local em que o ser humano aprende a lidar com sucessos e frustrações e
conviver em grupo. Com tantos aspectos importantes e substancialmente individuais, fica difícil
construir uma identidade própria com alguém do mesmo núcleo familiar e muito parecido
fisicamente: as comparações entre um e outro serão constantes. A constituiçãocomo um
serúnico epleno somentevaiocorrerdeformaparticularse os gêmeos estiverem em
turmas diferentes. As experiências de cada um deles serão realmente exclusivas,
principalmente na infância,etapa da vidarecheada de sentimentose lembranças.

MEDOS

75
Qual é papai ou a mamãe que não ficam em uma saia
justa quando seus pequenos começam a descobrir sua
sexualidade?
Atitudes embaraçosas, perguntas constrangedoras...
Tudo isso faz parte do desenvolvimento saudável da criança
desde que sem exageros. É importante tentar perceber
quando a criança está demonstrando uma curiosidade de
acordo com sua idade ou sua vontade de conhecer mais está
extremamente exagerada podendo configurar um transtorno.
Uma regra que vale sempre,não só no assunto
sexualidade,mas em todos os momentos em que são
questionados, é sempre dar respostas verdadeiras e diretas. Se
uma criança pergunta como ela nasceu o papai ou mamãe
podem responder: “No hospital. Você saiu da barriga da mamãe." Se esta
resposta for suficiente para a curiosidade a criança vai parar por aí. Se não foi
certamente virá outra em seguida e mais outra até que ela obtenha uma resposta
que satisfaça sua dúvida. O que não deve acontecer é querer dar uma aula de
anatomia, relacionamentos e reprodução quando a pergunta é bem mais simples.
Quando os pais ficam absolutamente sem ação é melhor dizer a criança que não
sabem a resposta, que vão pesquisar e depoisdizer a ela, do que inventar uma
resposta não verdadeira. Se ela não ficar satisfeita com a resposta, certamente
irá buscá-la em outra fonte.
Por volta dos 3 anos,geralmente livres das fraldas,começam ater curiosidade
pelos seus órgãos, tocá-los e percebem que dá prazer. Então começam a
perceber as diferenças entre meninos e meninas. Muitas dessas situações vão
ocorrer e o que mais os pais e educadores devem estar atentos é às situações
compulsivas e recorrentes. É preciso passar a elas que essa descoberta é normal,
dá prazer, não é “feia”. Da mesma forma que você precisa de privacidade para ir
ao banheiro, outras atitudes também precisam.Como agir em uma situação
como essa? Tanto pais como educadores devem fazer com que ela saiba lidar
com sua descoberta e perceba que há hora e lugar para a exploração. Ao largar
as fraldas muitas das crianças têm um choque ao visualizar o amiguinho no
banheiro e perceber que ele ou ela tem algo a maisouamenos. Éa
chamadasíndrome dacastração segundo Freud. Amenina pensa que lhe falta um
pedaçoouaindavaicrescer.Osmeninosporsuavezficamhorrorizados pensando o
mesmo e achando quese aconteceu comelas pode também acontecer com eles.
Por isso é importante mostrar a elas as diferenças. Deve-se passar uma
mensagem claraparaque não haja um problema de identificação sexual. Por volta
dos 5 anos aparece a curiosidade em explorar o corpo dos amigos. Ela está
descobrindo o seu próprio corpo e o dos outros. Mais uma vez é importante
perceber qual a conotação para ela.Crianças não têm uma visão erótica dessas
manifestações.
Essa ideia está no pensamento já estereotipado do adulto.
Troca de papéis
Meninos encantados pelas brincadeiras e brinquedos “de menina” ou vice-
versa? Não é motivo para desespero. Diferenças físicas, genéticas, hormonais, de
interesse, de amadurecimento... Poderíamos enumerar milhares de diferenças
entremeninos e meninas. Muito se discute qual a carga genética e qual a
participação do meio ambiente no comportamento das crianças.
Em um primeiro momento não há porque se desesperar quando o menino ou
menina opta por brincadeiras normalmente preferidas do sexo oposto. Uma conclusão
à priori só vem reforçar um raciocínio preconceituoso que imagina erroneamente que
irá afetar a sua sexualidade na idade adulta.
Hoje, estamos presenciando uma confusão de papéis: família e escola têm trocado
sistematicamente responsabilidades ora de um ora de outro. Ambas instituições são
primordiais na formação do indivíduo, mas lembremos que os valores familiares
são essenciais na formação da criança e esses são passados em atitudes mais do
que em discursos. Na formação da sexualidade não é diferente.A ligação afetiva
da criança com seus pais começam no nascimento e evolui através da demonstração
dessa afetividade com abraços, palavras doces, carinho, na hora do banho, da troca
dentre inúmeros outros momentos de relacionamento muito próximo.
Até o final da fase pré-escolar não se pode ainda afirmar que a criança tem
sua opção sexual definida. O fato de mostrar um interesse maior por algo
tipicamente do outro sexo pode, na verdade significar que ela simplesmente, pela
falta de um modelo frequente de seu mesmo sexo, não sabe o que um menino ou
menina de 4 anos faz? Que tipo de brincadeiras gosta? Como se comporta? Não
que com isso queira traçar um padrão já que sabemos que ele não existe.
O mais importante é fazer com que a criança possa ter experiências, das mais
diversas com a figura masculina ou feminina, do mesmo gênero, preferencialmente o
pai ou a mãe.
O transtorno de identidade pode ser caracterizado quando aparece na
infância, antes da puberdade e caracteriza-se por um intenso sofrimento em
pertencer a um sexo junto com o desejo de pertencer ao outro.Por isso deve-se
ser muito cuidadoso ao e fazer um diagnóstico.É preciso uma observação constante,
longa e notar se a criança realmente pode apontar para um transtorno ou se ela não
temos modelos necessários para desenvolver seu gênero de uma formahabitual.
DIVERSIDADE E PRECONCEITO
Estranhar o diferente é uma
reaçãocomum do ser humano. Nas
crianças, antes que o ato seja
contaminado por juízos de valor
negativo, os pais e educadores devem
intervir para mostrar que é preciso
aceitar as diferenças e conviver em
harmonia com elas.
Ensinar a importância do respeito que se deve ter com as diferenças dos
colegas no ambiente escolar é de fundamental importância, esse ensino deve ser
aplicado desde os primeiros anos de escolaridade.
Em primeiro lugar, convém explicar a complexibilidade do termo preconceito,
considerado como um ato pensado, elaborado e praticado não só pelos adultos, mas
também no meio infantil, visto que nem mesmo as crianças estão excluídas das
inúmeras formas de discriminação.
Sendo assim, éde extrema importância que seja eliminado o preconceito desde os
primeiros anos da Educação Infantil.É notório que muitas escolas são reprodutoras
da própria discriminação e que não desenvolvem, nem se quer tem interesse em
buscar,
propostas pedagógicas para se contrapor em relação às questões apresentadas.

O diferente pode gerar medo, insegurança, amor, rejeição, curiosidade e despertar


mecanismos de defesa que, dependendo da intensidade da relação, podem levar à
violência. A partirdostrês anos, a criança começa a se socializar mais
intensamente e tem de aprender a lidar com esses medos e a elaborar seus
próprios conceitos, com base na sua carga de conhecimento e em ideias
transmitidas pelos pais, amigos e educadores.
BULLYING
O bullying no ambiente escolar acontece quando um aluno é vítima de
hostilidades causadas por visões preconceituosas de um grupo ou indivíduo que o
consideram diferente da maioria. Uma criança que se destaca nos estudos ou
está acima do peso, por exemplo, pode ser hostilizada e discriminada
socialmente pelos seus colegas de classe.
Com a popularização das redes sociais, os casos de bullying infantil na escola se
potencializaram. Não mais confinado à sala de aula, o bullying com crianças também
acontece através de mensagens e conteúdo agressivo publicado na internet para
desmoralizar o aluno discriminado.
Segundo um estudo da American Psychological Association, as crianças e as
adolescentes vítimas de bullying estão mais suscetíveis a problemas de depressão e
ansiedade.
Identificar os casos de bullying infantil na escola é essencial para evitar
danos psicológicos. Alguns comportamentos podem sem indicativos de bullying, e os
pais e professores devem ficar atentos se a criança mostrar os seguintes sinais:
• Não querer mais frequentar as aulas

• Pedir para mudar de turma ou escola

• Dificuldade de atenção

• Queda no rendimento escolar

• Apresentar sintomas como dor de cabeça ou de estômago, suor frio.

Os pais e professores precisam demonstrar apoio e acolher a criança que


sofre bullying na escola. É importante que os adultos reafirmem a vítima de
bullying, valorizando suas qualidades e demonstrando que ela não é culpada pelas
agressões que sofre.Conversar com a criança vai permitir que ela expresse seus
sentimentos em relação às agressões e ameaças que sofre. Evite fazer críticas e não
minimize o problema. A criança precisa ser ouvida.Os paisdevemrelatar
obullyingcomcriançasaumresponsável na escola para tomar providências contra os
agressores.
Nos casos mais graves, quando há perseguição na internet, é necessário reunir provas
do conteúdo abusivo. Imprima páginas e mensagens ofensivas à criança para fazer um
boletim de ocorrência. Entre em contato com o provedor para retirar do ar essas
publicações.
Há ações e iniciativas que ajudam a evitar o bullying com crianças. O
trabalho preventivo, em conjunto com os pais e a escola,é um bom caminho para
conscientizar sobre atitudes discriminatórias no ambiente escolar e na internet.
Organizar programas antibullying na escola e na comunidade traz benefícios. Essas
campanhas podem promover ações como palestras com psicólogos e capacitação dos pais
e funcionários para lidar melhor com o bullying no ambiente escolar.
Discutir o tema em casa e na sala de aula também é um meio de
conscientizar os agressores e criar políticas de não tolerância ao bullying com
crianças.

RIVALIDADE ENTRE IRMÃOS NA INFANCIA.


Quem tem mais de um filho sabe muito bem a facilidade com que a sala de
casa pode se transformar em um campo de batalha.

As brigas entre irmãos são normais, mas quando as tensões se tornam


constantes e transformam a vida familiar em uma guerra, tudo o que queremos é uma
solução mágica para fazer as crianças se darem bem. Afinal, que mãe não dese¡a que
seus filhos se tornem grandes amigos? Segundo uma nova pesquisa, realizada pela
universidade americana PennState, o relacionamento entre eles enquanto crianças
pode influenciar o tipo de adulto que irão se tornar. E por que, afinal, os irmãos
brigam? Em geral, a rivalidade nada mais é do que uma competição pelo amor e
atenção dos pais. Por isso, que a vinda de um irmão é um presente, pois é por
meio deste relacionamento que a criança aprenderá a compartilhar, a perder e
ganhar, a lidar com frustrações e limites. Em outras palavras, exercitar desde
cedo o convívio social.

ESTRESSE INFANTIL
Birras, manha, irritabilidade, dor de barriga, náuseas, xixi na cama, ranger os dentes,
dificuldade para dormir, desobediência, hiperatividade, agressividade, queda no
desempenho escolar. Estes são alguns dos sintomas que devem ligar o alerta dos pais
para a possibilidade do filho estar estressado. Os pais devem ficar atentos quando há
mudanças no comportamento de seu filho. O estresse é como uma síndrome: ele se
compõe de vários sintomas – físicos e psicológicos.
As crianças precisam de tempo para crescer, para aprender e para se
desenvolver. Conversar, brincar, pintar, passear, ¡ogar, correr, nadar, andar de
bicicleta, admirar a beleza de uma flor, fazer uma visita, imaginar, assistir ao pôr-do-sol.
A dica é dar tempo para as crianças e compartilhar com elas o seu tempo. Assim o
estresse de todos será aliviado.
TIPOS DE ESTRESSE INFANTIL
• Estresse positivo: frustrações, infecções;
• Estresse tolerável: desastres naturais, morte de ente querido;
• Estresse tóxico: pobreza extrema, negligência crônica, abuso sexual, violência familiar,
depressão materna.
MAUS TRATOS E VIOLÊNCIA DOMESTICA.
O abuso infantil, ou maltrato infantil, é o abuso psicológico, físico e/ou sexual em uma
criança, por parte de seuspaisouresponsáveis.
Ocorre quando“umsujeito emcondiçõesde” superioridade (idade, força, posição
social ou econômica, inteligência, autoridade) comete um ato ou omissão capaz de
causar dano psicológico, físico ou sexual, contrariamente à vontade da vítima, ou
por consentimento obtido a partir de indução ou sedução enganosa.
A criança precisa de segurança através de emoções saudáveis para
compreender os próprios sentimentos. Um ambiente familiar de violência
(química, emocional, física ou sexual) é tão apavorante para a criança, que ela
não consegue manter a própria identidade e para sobreviver à dor,passa a focar
apenas o exterior e como tempo ela perde a capacidade de gerar autoestima que
vem do seu interior, não sabendo identificar quem ela é sem noção do seu
próprio eu.
HÁ 3 TIPOS DE AGRESSÕES E É IMPORTANTE ENTENDER SUAS DEFINIÇÕES:
- Violência psicológica/emocional: Envolve agressões psicológicas como xingamentos ou
palavras que causam danos à criança. A rejeição, depreciação, discriminação,
humilhação, desrespeito e punições exageradas são formas comuns desse tipo de
agressão, que não deixa marcas visíveis, mas causa danos por toda a vida.
Gritar, esbravejar com a criança é violar sua noção de valor. Chamar uma criança
de estúpida, boba, louca, burra, está ferindo a criança com cada palavra.
A violência emocional deixa como sequelas: perfeccionismo, rigidez e controle.
- Violência física: Uso da força ou atos de omissão praticada pelos pais ou
responsável, com o objetivo claro ou não de ferir, deixando ou não marcas
evidentes. São comuns tapas e murros, agressões com diversos objetos e
queimaduras causadas por objetos líquidos ou quentes. É preciso entender que
omissão por parte de um dos pais, diante da agressão do outro, tambéméabusoe
considerado crime tanto quanto a violência.
Fala de uma criança: “não sei onde minha mãe estava enquanto meu pai me
batia, mas sei exatamente que ela não me defendeu, nem com palavras, nem com
ações”. O que o mais sensato dos dois genitores estava fazendo quando a criança
mais precisava de sua proteção?
Uma criança espancada, arrastada, esbofeteada, ameaçada, dificilmenteacreditará que é
especial e maravilhosa. O castigo físico corta o elo que a liga ao pai ou a mãe que
a maltratam.
- Violência sexual: abuso do poder, no qual a criança ou adolescente é usada
para gratificação sexualde um adulto, sendo induzida ou forçada a práticas
sexuais com ou sem violência física. O abuso sexual pode incluir carícias, exploração
sexual e linguagem obscena. A violência sexual causa um ferimento mais profundo
do que qualquer outra forma de violência. Uma pessoa violentada sexualmente
sente que não pode ser amada pelo que ela é.
Desenhos de criança que sofreram maus tratos e violência infantil.
CAPÍTULO 6
HIGIENE
CUIDADOS COM BEBÊ DOENÇAS

HIGIENE: CUIDADOS ESSENCIAIS NA CRECHE


SONINHO

- Mantenha as portas e as janelas abertas, inclusive nos dias


frios, para evitar o aumento de germes no ar,o que facilita a
transmissão de doenças.
- Garanta que entre os colchonetes haja meio metro de distância.

- Disponha os bebês em posições opostas: a cabeça de um


não deve ficar próxima à do outro.
- Assegure que todos tenham fronha elençóis próprio se identificados,assim como chupetas
e paninhos.

- Auxilie as crianças a fazer a higiene nasal antes de dormir.

- Lave as chupetas após o uso com água e detergente e guarde-as em potes individuais.
Amarrá- las às roupasé anti-higiênico.

TROCA DA FRALDA
Lave as mãos antes e depois, evitando a contaminação própria e
entre os bebês. Eles também devem ter as mãos lavadas, pois existe a
chance de tocarem nas secreções enquanto são limpos e trocados.
- Mantenha o cesto de lixo(com pedal)próximo e descarte as
fraldas su¡as tão logo sejam retiradas.

BANHO
- Garanta o uso de toalhas individuais, que devem ser penduradas em
cabideiros, identificadase separadasumas das outras. A lavagem pode
ser feitana casa das crianças ou na creche a cada dois ou três dias ou
sem pre que houver a necessidade.
-Assegure que os pentes também sejam de uso individual e
guarde- os em bolsas identificadas.
-Se o bebê estiver com a fralda muito suja, remova as fezes com
lenços umedecidos ou água corrente e só então coloque-o na
banheira.
- Banhe os pequenos comas mãos. Buchas e esponjas
podem machucar ou transmitirdoenças.

- Lave a banheira com água e detergente depois de cada banho.

ESCOVAÇÃO
- Para supervisionar a escovação da turma inteira, forme grupos
com no máximo cinco integrantes.
- Auxilie as crianças a escovar os dentes, orientando os movimentos.

- Ensine aos pequenos que as escovas são deu so pessoal e


descarte as que eventualmente forem trocadas entre eles.
- Os porta-escovas devem ser individuais e identificados e permitir que elas
permaneçam secas e arejadas.
- Para enxaguar a boca, cada criança deve usar o próprio copo
plástico.
- Troque as escovas de dente a cada três ou quatro meses.
DOENÇAS
DOENÇAS COMUNS NA IDADE DE 0 A 3 ANOS
Na maioria das vezes, os casos de doenças nessa faixa etária estão ligados às doenças
respiratórias causadas por vírus.E a melhor forma para lutar contra eles é munir-se de
informações e aprender quanto à prevenção, aos sintomas e aos tratamentos.
• AMIGDALITE –É a infecção das amígdalas causadas por bactérias ou vírus.Seu papel
é produzir anticorpos paraimpedir queinfecçõesda garganta, bocaeseiosdaface se espalhem
parao corpo.
•OTITE – Infecção do ouvido provocada por bactérias ou vírus, geralmente precedida pela gripe.
É mais comum entre as crianças de 6 a 11 meses.
• VULVOVAGINITE – Inflamação da vagina geralmente causada por micróbios presentes
nas fezes, ou ainda transpiração excessiva e contato com terra ou areia contaminada.
• ANEMIA FERROPRIVA – É a deficiência de hemoglobina, proteínas do sangue que
carrega o oxigênio às células, muito importante para o funcionamento de todas as
funções do organismo.
• BROTOEJAS – Erupção cutânea que afeta bebês e criança pequenas. É causada
pelo suor abundante, que inflama as glândulas sudoríparas, causando irritação e
coceira.
•DIARRÉIA E VÔMITO – A primeira é a maneira pela qual organismo se livra de toxinas
e substâncias nocivas causadas por vírus, bactérias, protozoários, alimentos contaminados ou
alergia ao leite.
Já o vômito está ligado às infecções no estômago ou intestinos. O perigo é de que
esses incômodos avancem para a desidratação, o que é ainda mais grave se a criança
for pequena.
• BRONQUITE – Inflamação dos brônquios e bronquíolos, que provoca inchaço na
mucosa e dificulta a passagem do ar.
•PNEUMONIA – Os pulmões sofrem um processo inflamatório e o espaço ocupado pelo
ar é preenchido porlíquido e pus.O oxigênio encontra dificuldade em atingir o sangue
e dependendo da gravidade, pode ocasionar falta de ar.
CAPÍTULO 7
DENTIÇÃO INFANTIL ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ALIMENTOS

INTOLERÂNCIA X ALERGIA IMPORTÂNCIA DAS FIBRAS RECREAÇÃO NUTRICIONAL


DENTIÇÃO INFANTIL
Os dentes começam a se formar antes do nascimento.Por volta dos quatro meses de
idade,começam a nascer os primeiros dentinhos de leite. Todos os 20 dentes de leite
normalmente nascem até os três anos, muito embora o ritmo e a ordem de
erupção variam muito.
Os dentes permanentes começam a aparecer por voltados seis anos e o
processo continua até mais ou menos os 21 anos. Para garantir uma boa saúde
bucal e uma vida inteira de bonshábitos de higiene oral, siga atentamente as
seguintes orientações preventivas:
• Restrinja a ingestão de açúcar para evitar a cárie.
• Use a quantidade suficiente de flúor, se¡a pela água fluoretada ou como
tratamento aplicado pelo dentista para fortalecer o esmalte dos dentes e aumentar
a resistência contra as cáries. Outra opção é a ingestão de suplementos de flúor
em regiões onde a água potável não é devidamente fluoretada.
• Use selante dental. Esse material reveste o dente, que assim adquire uma
camada a mais de proteção contra cáries.Trata-sede um filme plástico que é aplicado
sobre os dentes pelo dentista.
• Ensine a criança a escovar e a usar o fio dental regular e corretamente. Invente
maneiras de tornar a escovação e o uso do fio dental mais divertidos para a criança,
para incutir nela bons hábitos de higiene bucal.
PRINCIPAIS OBSTÁCULOS PARA A BOA SAÚDE BUCAL DA CRIANÇA
Levantamos abaixo alguns dos desafios mais comuns que enfrentamos no que se
refere à saúde da boca da criança.
BEBÊS
• Cárie de mamadeira: Para evitaresse problema comum, limpe a gengiva do
bebê com gazeou pano limpos umedecidos depois das mamadas. Quando os
dentinhos aparecerem, passe a escová-los todos os dias com uma quantidade
mínima de pasta sem flúor. Convém também colocar a criança na cama com uma
mamadeira de água em vez de leite ou suco.
• Chupar o dedo: O termo geral para os vários hábitos infantis de sucção oral é
“sucção não nutritiva", que significa tanto chupar dedo quanto chupeta. A maioria dos
pediatras ho¡e em dia concorda que esseshábitos têm um papel importante na
formação e no desenvolvimento da criança e que pelo menos nos primeiros anos de
vida (até mais ou menos os quatro anos) devem ser ignorados. Ao mesmo tempo,
porém, existe um consenso universal de que a sucção deve parar antes de
começarem a nascer os primeiros dentes.
• Primeiros dentes: Assim que nascer oprimeiro dentinho, normalmente em torno dos
seismeses, comece a limpá-lodiariamente.

61
ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA
A alimentação está entrelaçada com emoções, simbolismos e influências
socioeconômicas e culturais. Comer bem não é o mesmo que comer muito ou
pouco. Cuidar do corpo que cresce é saber escolher os alimentos para manter um
equilíbrio entre ganhos e perdas calóricas, com os extras necessários para garantir
o aumento da velocidade de crescimento, não exceder a capacidade funcional dos
sistemas digestório e renal, propiciar crescimento e desenvolvimento mental e
motor adequado. A alimentação adequada deve possibilitar a profilaxia das doenças
causadas por excesso (obesidade, dislipidemia) ou escassez (anemia ferropriva,
megaloblástica, cegueira) de nutrientes, além de evitar,na infância, as doençascrônicas
nãotransmissíveis do adulto, como obesidade, arteriosclerose, diabetes mellitus,
osteoporose e hipertensão arterial.
Por vários motivos, muitas famílias não fornecem uma dieta balanceada tanto em
qualidade como em quantidade. A alimentação influi na saúde da criança e a nutrição está
diretamente relacionada à cura e/ou prevenção de diversos tipos de doenças.
Amamentação é o padrão normativo para alimentação e nutrição do lactente.
Pesquisasmostram,a curtoelongoprazo,asvantagens paraodesenvolvimentoneurológico
enutricional do aleitamento materno. A nutrição infantil deve ser considerada uma questão
de saúde pública e não apenas uma opção de vida. O leite humano atende perfeitamente às
necessidades dos lactentes, sendo, muito mais do que um conjunto de nutrientes, um
alimento vivo e dinâmico por conter substâncias com atividades protetoras e
imunomoduladoras. Ele não apenas proporciona proteção contra infecções
(gastrointestinais, respiratórias, de vias aéreas superiores) e alergias como também
estimula o desenvolvimento do sistema imunológico e a maturação do sistema digestório e
neurológico, além de atuar na mãe com vários benefícios, inclusive facilitando a perda
de peso pós-parto.
O leite humano é o melhor alimento para os lactentes nos dois primeiros anos de
vida, devendo manter-se exclusivo por seis meses e complementado a seguir.

62
Os alimentos são cozidos juntos, respeitando o tempo de cozimento de cada um. Quando

63
estiverem bem macios,amassar como garfo e oferecer à criança.Com a idade da
crianças e diminui o tempo de cozimento dos alimentos, até ficarem na
consistência dos consumidos pela família.
ALIMENTOS PARA O PRÉ – ESCOLAR
A boa alimentação não é instintiva, é aprendida através do hábito alimentar até os
3 anos de idade. Considera-se pré-escolar o período de 1 a 6 anos de idade, e de
escolar dos 7 anos até a puberdade (em âmbito educativo de 7 a 14 anos).
As crianças na fase pré-escolar, caracteristicamente, apresentam o que costumamos
chamar de neofobia, isto é, a relutância em consumir novos alimentos na primeira
oferta. Este é um dos momentos emque as mães fazem o maior número de consultas
porqueosseus filhos“não comem".
A partir do primeiro ano de vida, a alimentação da criança é igual ao da família,
evitando condimentos fortes. As preferências alimentares são determinantes na
escolha dos alimentos, e é fato que, existe uma preferência nata pelo sabor doce e a
rejeição pelo sabor amargo e azedo, mas é preciso que se ofereça repetidas vezes o
mesmo alimento de diversas formas de preparo, pois as crianças estão em um processo
de aprendizagem. Nesta fase existem várias causas de inapetência como a dificuldade de
reconhecimento de paladar, maior interesse pelo meio ambiente, chantagens diante de
recusas, entre outras. A inapetência costuma coincidir com o fato de que com a
ansiedade que a criança se alimente, a mãe oferece substitutos de baixo valor nutritivo
(alimentos adocicados e de fácil digestão).Desta forma,a criança associa que, se
ela não comer, obterá o que deseja.
Os pais devem ser informados que are¡eição inicial é uma respostanormal,pois reflete
um processo adaptativo.

INTOLERÂNCIA X ALERGIA ALIMENTAR


Podemos definir as alergias como uma reação exagerada ou uma hipersensibilidade
do sistema imunológico a determinadas substâncias ao nosso organismo, sendo os
alimentos, osagentes desencadeadores dessa reação.
Já intolerância alimentar refere-se a qualquer resposta anormal a um alimento
ou aditivo. As reações adversas ocorridas na intolerância podem ser causadas por
toxinas produzidas por bactérias, fungos, animais, aditivos conservantes e
corantes.

A IMPORTÂNCIA DE FIBRAS NA INFÂNCIA


A alimentação com pouca quantidade de fibras é amaio rcausada constipação
infantil (intestino preso). Para evitá-la é preciso cuidar da dieta desde muito cedo,
a começar pelas papinhas. O primeiro passo é avaliar se a ingestão de fibras está
adequada.
Os alimentos de origem vegetal são as únicas fontes de fibras. Alguns
apresentam maior quantidade do que outros, como legumes, verduras, frutas,
milho, aveia, feijão, soja, lentilha, ervilha, arroz integral e grão-de-bico. Todos eles
são bem aceitos pelas crianças, basta incluí-los na alimentação do dia-a-dia.
À medida que a criança cresce, a quantidade de fibras deveir aumentando,
na forma de frutas, sucos sem coar, saladinhas, feijão e cereais integrais. Mas
cuidado para não exagerar, pois o excesso estimula a formação de gases
intestinais.
A criança que tem uma dieta variada, com alimentos naturais, dificilmente
terá carência de fibras. É importante que a família estimule o consumo de
saladas,legumes e frutas e, da mesma maneira, evite o uso frequente de
alimentos refinados.

RECREAÇÃO NUTRICIONAL

65
CAPÍTULO 8
LÚDICO NA CRECIHE JOGOS NA CRECHE BRINQUEDOTECA
JOGOS NA EDUCAÇÃO INFANTIL LÚDICO COM BEBÊS BRINCADEIRAS SENSORIAIS
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA

O CUIDAR, O BRINCAR E O EDUCAR NA PRÁTICA PEDAGÓGICA

O desenvolvimento integral depende tanto dos cuidados relacionais, que


envolvem a dimensão afetiva e dos cuidados com os aspectos biológicos do corpo,
como a qualidadeda alimentação edos cuidados com a saúde, quanto da forma como
esses cuidados são oferecidos e das oportunidades de acesso e conhecimentos
variados.
Prestar atenção e valorizar o choro de um bebê e responder a ela com
o cuidado ou outro depende de como é interpretada a expressão de choro, e
dos recursos existentes para responder a ele.
É possível que alguns adultos conversem com o bebê tentando acalmá-
lo, ou que peguem-no imediatamente no colo, embalando-o. Para cuidar
éprecisoantes de tudoestarcomprometido com o outro, com sua
singularidade, ser solidário com suas necessidades, confiando em suas
capacidades. Disso depende aconstrução de um vínculo entre quem cuida e
que, é cuidado.
Brincar é experimentar-se, relacionar-se, imaginar-se, expressar-se,
compreender-se, confrontar- se, é negociar, e se transformar, é de extrema
importância no desenvolvimento e aprendizagem (pois facilita a construção da
reflexão, da autonomia e da criatividade) na educação infantil. E como sabemos
as mudanças da sociedade e das práticas sociais atualmente andam extinguindo o
brincar da vida do homem e tais mudanças foram incorporadas à
infância,antes brincar era uma coisa que típica hoje érara,
énossaresponsabilidade, enquanto adultos e enquanto sociedade não deixar
que o brincar desapareça. Para isso temos que elaborar a organização de
tempo e espaços para a brincadeira, pois se não o fizermos a criança não o fará
sozinha, temos que colocar a brincadeira na rotina das crianças na escola (no
plane¡amento), organizar o ambiente para que a brincadeira aconteça,
brincadeira é o processo de educação da criança e temos que reconhecer o brincar
em toda a sua possibilidade e o seu potencial educativo. É necessário que os
educadores infantis realizem um vasto trabalho para informar à sociedade que
o“brincar” nãoé uma perda de tempo, mas um processo pelo qual a criança
deve passar.
O papel do professor de educação infantil na brincadeira é essencial na estruturação,
na intervenção, na observação e no favorecimento do brincardacriança na
escola. A brincadeira é, sem dúvida, uma ação educativa para infância e
deve ser
considerada com todos osseus atributos na Educação Infantil e sem a
participação do professor, ela não encontrará a sua total realização, o
educador deve propiciar o brincar todos os dias, em formatos diferenciados e
de forma livre ou dirigida, observando e participando.
Mas a realidade é que em muitas escolas de Educação Infantil o ato
de brincar não está sendo feito como deveria. Muitos educadores estão
preocupados em repassar os conteúdos programáticos em sala de aula e não
permitem que as crianças brinquem de forma natural, pois acreditam que a
brincadeira e aprendizagem não podem viver o mesmo espaço. Ultimamente, há
uma influência da sociedade para que as crianças aprendam cada vez mais cedo
os conteúdos pedagógicos. Com isso o tão divertido ato de brincar não tem
encontrado espaço na escola como deveria. Tuitos professores dirigem os
momentos lúdicos a fim de alcançarem determinados ob¡etivos. Desse
modo, não permitem às crianças explorarem e criarem sua própria maneira
de brincar de forma espontânea. Assim, as crianças acabam brincando, não
pelo prazer e a alegria que o ato lúdico lhes dá, mas para alcançar e cumprir os
objetivos e as regras estabelecidas pelo professor. O professor de Educação
infantil deve reconhecer o ato de brincar como um recurso pedagógico
emsaladeaula,com issoterá uma
aulamaisprodutiva,prazerosa,teráamaiorparticipaçãodos educandos, além de
estar respeitando o direito deles.
A prática pedagógica é o fio condutor do cotidiano, englobando todas as
rotinas e períodos que compõem o fazer diário das instituições de educação
infantil, por isso veremos no quadro a seguir como deve ocorrer e como
acontece atualmente o educar e o cuidar, na prática pedagógica nas
instituições de educação infantil.
COMO DEVE OCORRER O EDUCAR E O CUIDAR, NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
NAS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL.

- As situações de educar remetem às situações de cuidado, auxiliando o


desenvolvimento das capacidades cognitivas infantis, bem como das
potencialidades afetivas, emocionais, sociais, corporais, estéticas e éticas;
- Deve ocorrer com:

- Afetividade;

- Com respeito àssingularidades infantis;

- Com respeito aos sentimentos;

- Com compreensão das múltiplas e particulares linguagens das crianças;

- Com objetivo de requerimento do desenvolvimento integral das crianças;

- Com interesse dos educadores, tanto nas questões incluídas à aprendizagem,


como nos cuidados necessários para o desenvolvimento infantil;
- O ato de educar inclui automaticamente a função de cuidado;

- O cuidar e o educar enfocam a criança pequena, e um conclui o outro,


envolvendo a afetividade, a exploração de ambientes de diferentes maneiras e a
construção de significados pessoais e coletivos;
- Educar e cuidar na Instituição de educação infantil significa respeitar e
garantir os direitos de todas as crianças ao bem-estar, à expressão, ao
movimento, à
segurança, à brincadeira, ao contato com a natureza;
- Significa respeitar as peculiaridades de cada criança e oportunizar situações de
aprendizagem significativas e prazerosas.
- O educar e o cuidar na Educação Infantil ocorrem simultaneamente à
organização de atividades que garantam os direitos das crianças;
- O cuidar e o educar são praticados nas rotinas diárias, desde o momento
da entrada na sala com um bom dia alegre; depois na hora do café da
manhã- cuidando a formaque se alimentam e ensinando o que pode e o que
não pode; no momento em que se troca a fralda; auxilia na atividade, ajuda
no almoço, instrui a fazera higienização na hora dobanho- ensinando aspartes
docorpo,nahora do sono, enfim, todas as atividades realizadas nas
instituições de educação infantil estão ensinando/cuidando as crianças;
- Alimentar,dar segurança,brincar,gerar interação,mediar o convívio
coletivo,estabelecer vínculos afetivos, a estimulação, o faz de conta, o desenho,
todas as atividades ligadas à proteção e apoio necessários ao cotidiano de qualquer
criança: limpar, trocar, proteger, enfim cuidar, todas fazem parte do que se
entende por educar.
- Resumidamente pode-se dizer que o cuidar é uma união do educar, ou
seja, o educar envolve o cuidar, de forma que os cuidados físicos, emocionais,
sociais e cognitivos se façam presentesno educar; por isso ocuidar na Educação
Infantil está ligado como educaratodo omomento das práticas realizadas nas
instituições de educação infantil.

ATIVIDADES PERMANENTES
Consideram-se atividades permanentes :
• Brincadeiras no espaço interno e externo;
• Roda de histórias;
• Roda de conversas;
• Ateliês ou oficina de desenho, pintura, modelagem e música;
• Atividades diversificadas ou ambientes organizadospor temas ou materiais àescolhada
criança, incluindo momentos para que as crianças possam ficar sozinhas se assim o
dese¡arem.
• Cuidados com o corpo.
SUGESTÃO DE OBSERVAÇÃO ENQUANTO AS CRIANÇAS BRINCAM:
-Participação na brincadeira (tenso, relaxado, atento, concentrado, inquieto, displicente,
interessado, entusiasmado)
-Organização (grau de autonomia, ritmo de trabalho, ordem)
-Atitudes sociais
-Nível de solução de problemas
-Forma de enfrentar situações novas
-Nível de atenção
-Foco na atividade
-Memorização de comandos e das sequências
-Como lidar com o erro (indaga, corrige, compara, relaciona, elabora, hipóteses,
inibe, oculta, descobre, precisa que lhe seja ensinado, consegue formular suas
produções, serve para paralisar ou avançar).
-Grau de persistência nas atividades;
-Aceitação ou re¡eição das atividades propostas;
-Desejo e a determinação em realizar as atividades;
-Ansiedade e medos diante das situações e atividades propostas;
-O processo decisório de escolha (tempo e forma/ aleatória ou reflexiva)
-Exploração ou não das possibilidades;
-Nível de resistência a frustração por não atingir a meta plane¡ada;
-Como lida com o sucesso ou com o fracasso.
O LÚDICO NA CRECHE
As crianças demonstram interação com o ambiente que a cercam desde os
primeiros meses de vida, e é o estimulo dado a ela que vai determinar seu
desenvolvimento. O lúdico é um dos muitos caminhos que possibilita a
aprendizagem das crianças. As atividades lúdicas podem ser: dançar,cantar,
pintar,brincar de teatro de fantoches, desenhar jogar, ou qualquer outro tipo de
atividade que permita uma inteiração como ambiente que o cerca e como outro. O
termo lúdico vem de ludus, que é uma palavra de origem latim e significa ¡ogo, com
constantes pesquisas ouve uma evolução, e a palavra lúdico passou a se referir
também à função de brincar de forma livre e simples e todo movimento que
tenha como objetivo produzir prazer. Diante disso, podemos observar que a
ludicidade faz parte da natureza do ser humano e é característica essencial da
criança. De acordo com Brougère (2002) o brincar e as influencias do mundo
andam lado a lado e não pode ser separado, o brincar não é uma atividade
interna dos indivíduos, mas é cheio de significado social. Para o autor a criança
é um ser social e aprende a brincar, nesse contexto entende-se, que a

brincadeira é umtipo de aprendizagem


social. A criança não brinca numa ilha
deserta. Ela brinca com as substancias
materiais que lhes são propostas, ela brinca
com o que tem na mão e com o que tem
na cabeça. (BROUGÈRE, 2001, p.105)
Assim, o brincar é para criança uma forma
de integração com a sociedade, através
das brincadeiras, a criança mostra-se
como membro da sociedade que possui
características e valores, dos quais ela se
apropria, mas também exerce influência.
No contexto atual, é crescente o reconhecimento da brincadeira em relação ao
desenvolvimento humano e o brincar é a atividade dominante da infância e
é através dela que a criança inicia sua aprendizagem, segundo Celso
Antunes:
Toda a criança,distancia da da criação desse mundo,afasta- se da significação
do outro mundo que, como adulto, buscará decifrar e estabelecer linhas de
convivência. É comtristefrequência que se descobre que muitos desses
desajustes adultos ancoram-sena ausência ou distância do devaneio tão marcante
nofaz-de- conta com oqual se arquitetou o mundoinfantil. Não é, pois, sem
razãoquea brincadeira representa sólido eixo da proposta educativa de uma
escola de educação infantil (apud TACEDO, 2004, p. 12). Sabemos que a
criança gosta mesmo é de brincar, e esse direito é garantido por lei. É difícil
encontrar alguém que desminta que o brincar, oferece vantagens em todas
as suas formas, proporcionando alegria e divertimento. Segundo Almeida(2004) o
brincar desenvolve a criatividade, a competência intelectual, a força e a estabilidade
emocionais, e sentimentos de alegria e prazer: o hábito de ser feliz. O brincar é
de grande importância para o desenvolvimento infantil, para Yygotsky o
brincar é uma atividade que estimula aaprendizagem: (...) no brinquedo,
acriança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade,
além de seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior
do que ela na realidade. Como foco de uma lente de aumento, o brinquedo
contém todas as tendências do desenvolvimento sob forma condensada, sendo
ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento. (YyGOTSKy,2007,p.134).
Assim, como é importante o cuidado com a alimentação, a higiene e as
necessidades básicas da criança,o afeto dedicado a ela também é
valioso,bem como demonstrar interesse pelo o que a criança mais sabe
egosta de fazer:BRINCAR.Obrincar na educação infantil é muito mais que um
passa tempo,é de suma importância para o seu desenvolvimento, pois permite
que a criança expresse seus desejos, sentimentos e dificuldades. De acordo com
Lima (1986, p.33) não existe nada que a criança precise saber que não possa ser
ensinado brincando (...).
Se alguma coisa não é passível de se transformar em um ¡ogo (problema,
desafio), certamente não será útil para a criança neste momento. Entende- se
que é através do brincar que a criança compreende a realidade em que vive.
A brincadeira é uma forma gostosa que a criança encontra de se
movimentar, é brincando que a criança desenvolve suas habilidades, é brincando
que a criança socializa, aprende a se relacionar como outro,desenvolve o
aspecto físico e mental,além de se tornarmaisafetivaeativa.Quando se utiliza o
brincar como instrumento pedagógico, é necessário que seja mantido o dinamismo,
para que a crianças e envolva naturalmente,é a partir daí que se abre um
leque de oportunidades para o desenvolvimento e para a aprendizagem. É por
meio das
brincadeiras que os professores podem observar e construir uma visão dos
processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em
particular, registrando suas capacidades de uso de linguagens, assim como de suas
capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem.(BRASIL:
RCUEI, 1998,P.28, YOL.1) Ao usar o brincar como recurso, o professor cria na
sala um ambiente de motivação que permite a criança a participar
ativamente do processo ensino e aprendizagem, as atividades lúdicas
desenvolvem as capacidades psicológicas, cognitivas, afetivas e emocionais.
O brincar ainda, trabalhado como atividade física e mental, desenvolve o
seixos motor e cognitivo, nesse sentindo, observou que a criança que brinca e
um ser que age, sente, aprende, e se desenvolve. A brincadeira é, portanto, um elo
integrador entre os aspectos motores, cognitivos, afetivos e sociais. A creche
deve voltar seu olhar para uma educação que busque um modo saudável de
aprender, que permite a criança uma interação lúdica onde ela possa criar,
recriar, que lhe der prazer e vontade de aprender. Como explica Yygostsky,
as crianças em suas brincadeiras, [...] reproduzem muito do que vêem, mas
é sabido o papel fundamental que ocupa a imitação nas brincadeiras
infantis. Não se limitam a recordar experiências vividas, senão as que
reelaboram criativamente, combinando-as entre si e edificando com elas
novas realidades de acordo com seus dese¡os e necessidades. (1984, p. 12)
Não nos restam dúvidas que a creche é o melhor lugar para que o brincar
ocorra de forma planejada e organizada e com objetivos concretos, mas de
forma suave para que a criança não perca o prazer do brincar. Oferecendo
diversos tipos de brinquedos, o projeto lúdico educativo já se inicia, mas é
indispensável à presença do educador na ação quando necessário, prevendo
incentivar a atividade mental, social, psicomotora e, com isso, garantir a
aprendizagem e o desenvolvimento. Quando o educador insere atividades
lúdicas no planejamento diário, da a criança oportunidade de aprender com
prazer, além de prepara-la para um mundo cada vez maisdinâmico, estimulando
suas curiosidadee seu senso critico. Oliveira (2007) destaca a brincadeira como
um importante instrumento para a educação infantil: A brincadeira é um recurso
privilegiado de desenvolvimento da criança pequena por acionar e desenvolver
processos psicológicos particularmente a memória e a capacidade de
expressar elementos com diferentes linguagens, de representaro mundo por
imagem, de tomar o ponto de vista de um interlocutor e ajustar seus próprios
argumentos por meio dos confrontos de papeis que nele se
estabelece, de ter prazer e de partilhar situações plena de emoção e
afetividade.(OLIYEIRA,2007,p.231)Após a lei de diretriz e se bases de
1996,a creche foi reconhecida como instituição destinada à educação, diante
disso, entendemos que a creche é o melhor lugar para que a criança se
desenvolva e aprenda. Desta forma as atividades lúdicas devem estar inseridas
na rotina da creche, para que o desenvolvimento da criança se der de forma
saudável, dinâmica e prazerosa. O brincar é uma necessidade da criança, e
a rotina da creche deve proporcionar aos pequenos momentos de lazer e
liberdade para aprender, respeitando sua faixa etária e seu desenvolvimento.
Assim como também é de grande importância que o professor seja o
mediador dessa aprendizagem, porque a forma de mediação do professor é
decisiva para garantir que as crianças realmente brinquem, interajam com os
colegas, aprenda e se desenvolva.
O professor precisa incentivar para que a criança utilize diversos brinquedos,
que entre em contato com formas variadas, que sinta as diferentes texturas.O
professor como mediador as atividades realizadas na crecheenriquecem o
desenvolvimento das capacidades infantis e possuem significado importante na
vida das crianças, a atividade lúdica porsuavez favorece o desenvolvimento e a
aprendizagem. Assim,a creche precisa ser umlugar agradávele aconchegante,
onde as crianças se sintam seguras,deve ser um ambienteestimulante, educativo
e afetivo, com professores preparados para ajudar a criança nesse processo intenso
de descobertas, aprendizagens e crescimento. E é o professor que deve
possibilitar essa aprendizagem de forma sólida que influenciara o
desenvolvimentofuturo dessacriança. Aesperança de uma criança, ao
caminhar para a escola é encontrar um amigo, um guia, um animador, um
líder - alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça
pensar, tomar consciência de si e do mundo e que seja capaz de dar-lhe as
mãos para construir com ela uma nova história e umasociedade melhor
(ALTEIDA, 1987, p.195) Para que ha¡a essa integração entre o brincar e o
aprender, o educador precisa assumir essa postura, é necessário que haja
uma mudança, um envolvimento, o professorprecisaterconhecimento
sobreos benefícios da atividade lúdica, ele precisa entender que o brincar é
muito mais que um passatempo que esta restrita apenas para hora da
recreação, obrincare as atividades lúdicas, de uma forma geral é porta de
entrada para um desenvolvimento eficaz. é preciso que os profissionais de
educação infantil tenham acesso ao conhecimento produzido na
área da educação infantil e da cultura em geral, para repensarem sua
prática, se reconstruírem enquanto cidadãos e atuarem enquanto sujeitos da
produção de conhecimento. E para que possam, mais do que “implantar”
currículos ou “aplicar” propostas à realidade da creche/pré-escola em que
atuam, efetivamente participar da sua concepção, construção e consolidação
(kramer apud TEC/SEF/COEDI, 1996 p.19).

As atividades lúdicas podem ser trabalhadas em diversas faixas etárias, mas


apresentam mudanças em sua metodologia e organização, de acordo com a
idade e necessidade de cada criança. Diante disso, faz se
necessáriooeducador para orientara criança por onde ela deve seguir e é esse
o papel do educador, estimular a curiosidade infantil, incentivar o
desenvolvimento de criatividade, ajudar nas diferentes formas de linguagem e
proporcionar o desenvolvimento do senso critico.
O professor é o principal mediador da construção do conhecimento já que é
ele que cria o espaço e disponibiliza materiais. O professor deve ser também
ativo, criativo e interessado, fazendo das atividades lúdicas instrumento de
aprendizagem e divertimento. O lúdico para a criança é essencial e o
momento em que estamos com elas na sala de aula precisa ser de puro
encantamento, pois é nessemundomágico, quemescla a realidadee a fantasia
que ascrianças gostam de estar, e participar desse momento, demonstrar
interesse e inteiração faz com que a criança se apaixone pelo saber, e nós
enquanto educadores e mediadores precisamos envolvê-las nesse ambiente
afetuoso que desperta o que há de melhor no ser humano. A educação para obter
um ensino mais eficiente aperfeiçoou novas técnicas didáticas consistindo numa
prática inovadora e prazerosa. Dentre essas técnicas temos o lúdico, um recurso
didático dinâmico que garante resultados eficazes na educação, apesar de exigir
extremo plane¡amento e cuidado na execução de atividade elaborada. O jogo é
a atividade lúdica mais trabalhada pelos professores atualmente, pois ele
estimula as várias inteligências, permitindo que o aluno se envolva em tudo
que esteja realizando de forma significativa, através do lúdico o educador pode
desenvolver atividades que se¡am divertidas e que, sobretudo ensine os alunos a
discernir valores éticos e morais, formando cidadãos
conscientesdos seus deveres e de suas responsabilidades, além de propiciar situações
em que haja uma interação maior entre os alunos e o professor numa aula
diferente e criativa sem ser rotineira.

JOGOS NA SALA DE AULA


Trabalhar com os jogos na sala de aula possibilita diversos objetivos, dentre eles,
foram pontuados os seguintes:
• Desenvolveracriatividade, asociabilidadeeasinteligênciasmúltiplas;
• Dar oportunidade para que aprenda a ¡ogar e a participar ativamente;
• Enriquecer o relacionamento entre os alunos:
- Reforçar os conteúdos já aprendidos;
- Adquirir novas habilidades;
- Aprender a lidar com os resultados;
- Aceitar as regras;
- Respeitar as regras;
- Fazer suas próprias descobertas por meio de brincar;
- Desenvolver e enriquecer sua personalidade tornando-o mais participativo e
espontâneoperante os colegas de classe;
- Aumentar a interação e integração entre os participantes;
- Lidar com frustrações se portando de forma sensata;
- Proporcionar a autoconfiança e a concentração.

BRINQUEDOTECA
Princípios básicos da filosofia educacional da brinquedoteca:
• Considerar cada ser humano como único e especial e respeitar suas
necessidades e talentos;
• Favorecer a manifestação das potencialidades através de estímulo à liberdade, ao
respeito e à responsabilidade;
• Estimular as trocas afetivas levando a criança a aprender tanto a dar como a
receber, valorizando também as dádivas da natureza;
• Estimular a conscientização e a observação do momento presente e dos
próprios sentimentos;
• Estimular as percepções e a capacidade de observar;
• Promover a capacidade de empatia e de fruição da vida;
• Promover a vontade de ser bom ao invés de ensinar a sê-lo;
• Enriquecer as oportunidades, mas respeitar a
liberdade de escolha

JOGOS NA EDUCAÇÃOINFANTIL
Aprender pela satisfação é um caminho mais eficiente do que aprender pela
privação.
As atividades de Movimentos deveriam, cada vez mais, exercitar o jogo
como instrumento de aprendizagem das crianças. E como é grande a
variedade dos jogos: jogos rítmicos em que as crianças, desde muito
pequenas, imitam sons; jogos de nomeação quando os professores perguntam:”
O que é isso?”, ou ainda, quando os alunos imitam animais e objetos ao
responderem à pergunta do professor:”Como é que faço...?”, estimulando a
atenção ao indagar àscrianças: “Onde está tal coisa?”; jogos corporais nos
quais os alunos respondem com movimentos aos questionamentos
relacionados ao seumundo/ vida,às situações presentes em seu dia a dia.
Os jogos de manipulação desenvolvidos com as crianças da creche podem
representar estimulação sensorial, enquanto para os maiores, que participam da
pré-escola, eles podem aperfeiçoar suas habilidades motoras. Segundo
Oliveira (2010, p.238) A cada etapa do desenvolvimento, certos jogos existentes
em nossa cultura são particularmente interessantes.
Jogos expressivos e corporais são muito apropriados para os bebês, ao passo
que os de manipulação e de faz de conta constituem grandes desafios às
crianças de 2 a 6 anos. Já as brincadeiras tradicionais são apreciadas e
vantajosas à aprendizagem para diferentes idades, mesmo que os bebês
apenas observem e imitem os movimentos por meio de gestos corporais.

O LÚDICO COM BEBÊS


O espaço destinado a bebês necessita levar em consideração a
concentração desta faixa etária que, segundo SCITITT(2010), dura entre três
e cinco minutos. Portanto os espaços que são proporcionados para que
possam brincar e trocar de brincadeira precisaser muito variado.
E um a oportunidade de observar uma sala de berçário, a descrição desta
é visivelmente adequada para os pequenos: a sala muito colorida, enfeitada
com móbiles e espelhos, dispunha de uma piscina de bolinhas, uma mini
cozinha, uma mini sala, com banquinhos de madeira, e muitas estantes com
muitos brinquedos, colchonetes em outra parte da sala em que podem se
concentrar os bebês que ainda não caminham.
Considerando estas crianças como seres que necessitam estar em constante
movimento, pois em todo momento estão descobrindo e explorando, "(...) a infância
deve ser compreendida como uma construção social (...) as crianças devem ser
considerados como partes ativas na determinação de suas vidas e das vidas daqueles
que estão ao seu redor". (IEYVOOD, 2004, p.12).
O espaço físico deve ser adaptado para receber as crianças e adultos em
um ambiente acolhedor e agradável. (JACKSOU, 2006, p.34)
O ambiente físico deve levar em consideração essa função dupla (trabalhar e
brincar), é combinar conforto e uma atmosfera caseira com apraticidadede
uma
sala de aula de uma escola maternal bem administrada. Sua aparência como um
todo deve ser interessante e prazerosa tanto para as crianças quanto os adultos.
Outro cuidado que se deve ter ao organizar o ambiente das crianças é
em relação a objetos ou móveis que possam representar alguma forma de
perigo. Assim é possível prevenir acidente se possibilitar aos alunos que se
desloquem pelas a la garantindo o início de sua autonomia pessoal. É
importante deixar com que todos os brinquedos estejam ao alcance das
crianças facilitando as escolhas.
As brincadeiras estão instauradas na criança desde muito cedo. O faz de conta é a
representação do mundo em questão inserido. Propiciar lugares, apropriados para que
seja estimulado e imaginário e o representativo imprescindível nas creches.

BRINCADEIRAS SENSORIAIS PARA CRIANÇAS MAIORES


DE 2 ANOS
Brincar é muito importante para o desenvolvimento infantil, desde pequenos, os
bebês já brincam, e a brincadeira estará presente em suas vidas durante toda a
infância. Fizemos uma matéria com brincadeiras sensoriais para bebês de 12 a 18
meses e o sucesso foi tanto, que resolvemos repetir a dose.Dessa vez,a lista
contém ideias de brincadeiras para crianças um pouco maiores.
• DIREITO DE BRINCAR: CONFIRA IMAGENS INSPIRADORAS DE
CRIAN€AS BRINCANDO LIVREMENTE
Vocês sabem o que é uma brincadeira sensorial? Trata-se de uma
atividade lúdica na qual a criança,além de se divertir,também está
estimulando seus diferentes sentidos: paladar,olfato, tato, visão e audição.
ÁGUA E ESPONJAS
Cortamos uma esponja de banho em
pequenos cubos e colocamos os pedacinhos
em uma bacia com um pouco de água.
Deixamos ao lado outra bacia vazia e
entregamos para Alice um pegador de gelo. A
ideia era transferir as esponjas de uma
bacia para a outra.
Outra maneira divertida de brincar é transferir toda a água de uma bacia
para a outra usando apenas esponjas. Use esponjas grandes e peça para a
criança encher deágua e espremer na outra bacia até a primeira ficar seca.
Você vai precisar de uma bacia, arroz (não precisa necessariamente ser colorido)
e alguns ob¡etos para a criança buscar no arroz. Forre o chão com uma toalha, fica
mais fácil recolher a bagunça depois, A dica é criar o seu próprio jogo
de
encontrar os iguais usando objetos da casa. Duas colheres, dois blocos de montar,
duas bolinhas… qualquer par serve!
BRINCANDO COM PEDAÇOS DE PAPEL, GALHOS E LÃS.
A brincadeira é bem simples, basta juntar papéis velhos e picar. Pode parecer
simples, mas as crianças adoram. Para continuar, uma sugestão é propor aos
pequenos fazer uma colagem com os papeis. É possível criar desenhos ou até
mesmo forrar objetos com sobras de papéis.

Usando lãs coloridas e gravetos, é possível criar lindos arranjos, basta


enrolar a lã nos gravetos. A atividade é gostosa demais e simples de fazer,eo
resultado final fica lindo!

BRINCANDO COM TAMPAS

Tampinhas são muito lúdicas. Criam desenhos,


empilham, encaixam, transformam-se em chapéu,
em instrumentos musicais, bandeja, copo, roda e em
tantas outras coisas que a imaginação pedir. Para
brincar, basta juntar diversas com tamanhos
diferentes e deixar a criançada usar a imaginação.
CORTINA SENSORIAL
Essa brincadeira requer espaço e mãos, é uma
brincadeira coletiva. A ideia é usar garrafas sensoriais
diferentes e diversas paramontar uma enorme cortina.
Para fazer, basta usar a criatividade, soltar a imaginação
eusarum pouquinho de tudo para montar as garrafas.
• PASSO APASSO PARAFAZER GARRAFAS SENSORIAIS PARAO BEBÊ CAIXA

SENSORIAL: JARDIM DE GELATINA


Essa brincadeira é um sucesso com crianças pequenas também. Faça uma
enorme travessa de gelatina, e jogue pedacinhos de frutas e legumes feitos
com cortadores de biscoito. Estrelas de pera, corações de cenoura, luas de
maçã, flores de beterraba e muitos outros formatos para deixar a brincadeira
mais atraente. A ideia é que as crianças usem as mãozinhas e talheres
também para explorar a caixa e todas as suas formas e sabores.

76
PINTANDO COM OS PÉS
Essa brincadeira faz sujeira! O ideal é escolher espaços ao ar livre. Com
papel bolha, você pode fazer uma ‘botinha’ para os pequenos, assimnão suja os
pés. Use umpedaço e papel grande, estendano chão, e tintas de diferentes
cores para as crianças brincarem de pintarcomospés.Pode serque no meioda
brincadeira as botinhas sejam deixadas totalmente de lado.
Essa é uma ideia simples e cheia de criatividade. Usando cortadores de
biscoito, você transforma algumas batatas, cenoura, pimentão e erva-doce
em carimbos naturais. Use tinta de diferentes cores para as crianças poderem
usar a criatividade e criar lindos desenhos. Uão precisa ficar perfeito, afinal o
grande charme dos carimbos naturais é explorar suas formas e texturas. Basta
cortar pedaços que fiquem confortáveis para as crianças segurarem e pronto!

MASSINHA COM PURPURINA: FÁBRICA DE CUPCAKES


Usando massinha colorida, dá para brincar de cozinhar, fazer cupcakes, porexemplo.
Com outros materiais, é possível enfeitar os cupcakes. Essa é uma brincadeira
que as crianças adoram por ser puramente criativa e eles poderem criar o que
quiserem.

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS / FAZ DE CONTA


AS HISTÓRIAS PODEM SER CONTADAS A PARTIR:
• Livro de histórias, livros com textos, livros de imagens, livro falantes...
• Com ob¡etos e sucatas;
• Dobraduras de papel– origami que podem estar prontas ou serem dobradas no
momento
• dahistória;
• Fantoches (prontos) ou feitos a partir de diversos materiais;
• Oralmente, sem apoio algum.
TRABALHAR A CONTA€ÃO DE HISTÓRIA NAS FAIXAS ETÁRIAS:
• CRIANÇAS ATÉ 03 ANOS: gostam de histórias de bichos, brinquedos e objetos,
com personagens da vida real (pai, mãe, avós, irmãos);

• CRIANÇAS DE 03 A 06 ANOS:
Gostam de histórias de fase anterior e outrasde repetições e acumulativas, histórias de
fadas, histórias com crianças;
É muito importante que esse tipo de atividade seja uma rotina e cabe ao contador de

77
história calcular o tempo, dependendo da faixa etária e do interesse da história.
A atividade de contarhistórias é presença cotidiana nas creches epré-escolas, sendo
a ela corretamente atribuído o incentivo à imaginação e à leitura, a ampliação do
repertório cultural das crianças e a criação de referenciais importantes ao desenvolvimento
cognitivo (Girardello), isto deve ser também expandido e inserido no contexto familiar e nos
lares de nossas crianças.
A contação de histórias,conduzida em um ambiente agradável,é uma das grandes
oportunidadesde desenvolvimento da imaginação infantil .É uma das atividades mais antigas do
ser humano,servindo inicialmente para contar fatos recentes ou episódios passados, formando
agrupamentos fortalecidos e comunidades com identidade e origem. Estes são momentos nos
quais abrem-se oportunidades importantes para a construção de uma identidade social e cultural
que será apresentada a criança. Por meio delas podemos enriquecer as experiências
infantis,desenvolvendo a linguagem, ampliando vocabulário,formando o caráter,a confiança
nobem e proporcionando a ela viver o imaginário.
A informação hoje está bastante difundida, pelos mais diversos meios de
comunicação, processo facilitado pela tecnologia que apesar de ser atualmente
insubstituível em nossas vidas, deve ser usufruída com cautela,evitando-se assim
o individualismo,já que tais mídias não necessitando envolvimento com o
próximo, reduzindo em muito os diálogos familiares.
É ouvindo histórias que se pode sentir emoções importantes com o significado e
verdade que estas fazem brotar. Ouvir histórias é também desenvolver todo o
potencialcrítico dacriança, époder pensar, duvidar, perguntar e questionar. É
sentir- se inquieto, querendo saber mais e melhor sobre o que está sendo
narrado.
A narrativa chega cedo à vida da criança,já em seus primeiros dias devida
através do padrão musical regular das cantigas, seguindo com as músicas infantis,
canções da infância e juventude dos pais (“quem escolhe as histórias para as crianças
de ho¡e são as crianças de ontem" – Chukovski, 1968), associando-se também
com as conversas do adulto ao bebê, contando fatos e familiarizando-o com
os ritmos do relato e com o que significam.
A literatura é importante para o desenvolvimento da criatividade e do emocional
infantil. Quando as crianças ouvem histórias, passam a valorizar de forma mais
clara sentimentos que têm em relação ao mundo. As histórias trabalham
problemas existenciais típicos da infância como medos, sentimentos de carinho,
curiosidade, dor,além de outros infinitos assuntos(Caruso, 2003).
As histórias estimulam o desenvolvimento de funções cognitivas importantes para
o pensamento, tais como a comparação (entre figuras e textos), o pensamento
hipotético, o raciocínio lógico, pensamentos convergentes e divergentes, as
relações espaciais e temporais (toda história tem início, meio e fim). O
contato significa para a criança o reencontro simbólico com um padrão
organizativo– temporalemesmorítmico– que elas ¡á vivem em sua experiência
com a sucessão doseventos no tempo: a rotina doméstica, a expectativa
peloaniversário ea ação do faz de conta.
Pesquisas fundamentam a ideia de que nunca é cedo demais para começar a
contar histórias para as crianças. O material escrito nos dias de hoje é imenso e cabe
ao adulto supervisionar o conteúdo no qual as crianças têm acesso, levando
em consideração crenças, valores e ensinamentos a serem transmitidos. Dentro dos
vários tipos de histórias, os contos infantis sempre agradaram e instigaram as
crianças, fazendo-os imaginar os personagens, fazendo-os aprender a lidar
com as relações sociaise buscando repassar valores de convivência em
sociedade.
A fantasia e amagia de uma história encantam e despertam as
imaginações da criança e, com isso, criam condições favoráveis para o
desenvolvimento de uma mente criativa e inventiva. Escutar histórias é o início
para tornar- se um leitor, um inventor, um criador.
CAPÍTULO 9

EDUCAÇÃO INCLUSIVA ACESSIBILIDADE ESCOLA DEFICIÊNCIAS

EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Como toda criança, a criança com deficiência precisa de muito amor, atenção, cuidados e
proteção. Precisatambém brincarcomoutrascriançasparaaprenderese desenvolver.Os
pais devem ser informados que é direito da criança com deficiência frequentar a
pré- escola e que é proibido a escola recusá-la pelo fato de ser deficiente. A criança
precisa passear na comunidade, participar das festase comemorações. Assim as pessoas
vão conhecendoeaprendendoaconviver coma criança com deficiência,como respeito
que ela merece.O que mais atrasa o desenvolvimento de uma criança com deficiência é
mantê-la isolada ou tratá- la de forma diferente das outras crianças. É importante que a
família conheça outras famílias com crianças com deficiência para que possam trocar
suas experiências e lutar pelos direitos de seus filhos.

ACESSIBILIDADE
É permitir que pessoas com deficiência façam uso dos serviços, equipamentos e espaços
públicos com segurança e autonomia. Definição legal da acessibilidade está no Art.8º,
doDecreto5.296/04.
ESCOLA
A escola é um dos primeiros espaços em que a criança tem contato com a
diferença. Uma dúvida que sempre aparece é se a criança com deficiência deve
estudar em uma escola especializada ou não. Quando a escolha é pela escola não
especializada, deve-se prestara atenção no respeito a algumas necessidades
especiais.
• A escola pública deve oferecer recursos e equipamentos específicos para atender às
necessidades educacionais das crianças com deficiências (visuais, auditivas, físicas,
mentais e motoras);
• O espaço físico deve ser adequado às necessidades dos alunos com
deficiência. Na escola inclusiva, a criança tem a possibilidade de ampliar seu círculo de
relações, convivendo com outras crianças. O resultado desse convívio desse ser o
respeito às diferenças.
PARTICIPAÇÃO DOS PAIS
A participação dos pais no processo de educação de seus filhos é sempre
necessária. No caso das crianças com deficiências, esse acompanhamento dos pais
é ainda mais importantes. Os pais devem estar atentos se a criança está recebendo a
devida atenção do professor e dos funcionários da escola e se está conseguindo acompanhar,
na medida de suas possibilidades, o ritmo de estudos da sala.

DEFICIÊNCIAS
SINDROME DE DOWN
A Educação Infantil é muito importante para o desenvolvimento de qualquer pessoa. Os
estímulos que uma criança recebenosprimeiros anos de vida vão interferir diretamente
na sua trajetória escolar e no seu desenvolvimento futuro. A entrada da criança com
síndrome de Down ou outras,deficiências intelectuais na educação infantil regular
costuma trazer resultados muito positivos, sobretudo se a instituição está preparada
para promover a inclusão.
A maioria das crianças com síndrome de Down estará em um estágio de
desenvolvimento social e emocional anterior aos de seus colegas devido às dificuldades de
aprendizagem. Além disso, é mais difícil para elas absorver convenções de maneira intuitiva.
Como consequência, seu entendimento de mundo será menos avançado e seu
comportamento pode estar mais equilibrado com o de crianças mais novas.
Para qualquer criança, é muito mais difícil fazer progressos em áreas cognitivas até serem
capazes de se comportar e interagir com os outros de uma maneira aceitável
socialmentee de responder apropriadamente aocontexto imediato. O foco daajuda edo
apoio adicional nos primeiros anos deve, assim, ser a aprendizagem de regras para o
comportamento social normal e apropriado. Os objetivos da inclusão social para a
criança pequena com síndrome de Down incluem:
– Aprender a participar e interagir.
- Dar retorno a pedidos verbais e instruções.
- Aprender padrões típicos de comportamento,por exemplo,saber a sua
vez,dividir,fazer fila,sentar.
- Aprender a brincar em cooperação.
- Desenvolver independência: autoajuda e habilidades práticas.
- Desenvolver amizades.
- Preocupar-se com os outros.
Crianças com síndrome de Down frequentemente têm períodos de
concentração menoresque seus colegas. Também têm mais dificuldade em processar
demandas por mais de um sentido por vez (por exemplo: copiar e ouvir), o que inibe
sua habilidade de concentração. Essas dificuldades são particularmente aparentes nos
primeiros anos e muitas crianças pequenas podem se distrair facilmente, flutuando de
uma atividade para outra.
DEFICIÊNCIA VISUAL/ BAIXA VISÃO
Entre os recursos educativos especiais para a criança com deficiência visual,
inclui-se, em caso de baixa visão, o uso de auxílios especiais - ópticos e não ópticos,
descritos por Carvalho e colaboradores(1992), segundo os quais os auxílios ópticos
“a¡udam a melhorar o desempenho visual através da magnificação da imagem" ,
enquanto os auxílios não ópticos “são conseguidos através da modificação das condições
ambientais". Ainda segundo os autores, os auxílios não ópticos incluem: controle da
iluminação; aumento de contraste, como, por exemplo, pautas e textos ampliados;
uso de canetasou lápis com maior contrasteetc. Já para as criançascegas, é
necessárioprover o ensino do braille e estabelecer formas alternativas de trabalho no
que se refere à utilização de representações gráficas (figuras, gráficos, mapas etc).
DEFICIÊNCIA VISUAL
Para se integrar na escola e comunidade, a criança com deficiência visual, como
qualquer outra pessoa, precisa interagir,através de pessoas e objetos, desempenhando
atividades básicas derotina, locais e externas, fundamentais para a inserção no meio social,
com autonomia. Esse processo de interação se inicia nos primeiros anos de vida da criança,
assim como os conceitos básicos que são construídos, esquema corporal, lateralidade,
orientação espacial e temporal são imprescindíveis para a construção da autoestima da
criança, e a falta da mesma acarretará uma dificuldade no ajustamento á situação
escolar. A estrutura da família e a atitude dos pais em relação à criança afetam
diretamente em seu desenvolvimento.
A deficiência visual congênita ou ocorrida nos primeiros anos devida colocao
bebê nogrupo de crianças de risco, e no caso de não ter acessoà orientação e
tratamento necessários até os três anos de idade, seu desenvolvimento e seu
crescimento podem ser prejudicados nos aspectos intelectual, neuromotor, psicológico e
social, que afetarão a fase escolar e a vida futura.
Os estudos de Barraga (1976) distinguem três tipos de deficiência visual. Os Cegos têm
somente a percepção da luz ou não têm nenhuma visãoe precisam aprender através
do método Braille e de meios de comunicação que não este¡am relacionados como
uso da visão. As pessoas com Yisão Parcial têm limitaçõesda visão a distância, mas são
capazes de ver objetos e materiais quando estão a poucos centímetros ou no
máximo a meio metro de distância. As pessoas com Yisão Reduzida, indivíduos que
podem ter seu problema corrigido por cirurgias ou pela utilização de lentes.
A deficiência visual torna impossível o reconhecimento do mundo através de
imagens visuais. Por isso, A criança cega é muito dependente do tato, ficando difícil
pro¡etar imagens mentais além das coisas que estão ao seu alcance. Além disso, a
falta da visão impõe uma maior dificuldade na percepção do próprio corpo, que se
mistura com as roupas, cobertas e móveis. O bebê cego não conta com a visão para
fazer a distinção fundamental entre seu eu anatômico e todos os objetos do
ambiente ao seuredor.
A primeira fase do desenvolvimento tátil é a consciência das qualidades táteis
dos objetos. O sentido do tato começa com a atenção prestada a texturas,
temperaturas, superfícies vibráteis e diferentes consistências. Pelo movimento das mãos,
as crianças cegas se dão conta das texturas, da presença de materiais, e das
inconsistências das substâncias. Também, através do movimento das mãos, as
crianças cegas podem apreender os contornos, tamanhos e pesos.
A criança que vê agarra os objetos à sua volta e movimenta-se para ir
procurar, enquanto que uma criança cega não procura o desconhecido a não ser que
seja motivada por outro sentido a procurar esse objeto. Uma voz ou um som que
chame a sua atenção pode ser um motivo para queela se desloqueemsuadireção.
Atéomomento que acriança começaa se deslocar no local onde costuma permanecer,
oseu campode exploração é muito limitado e os objetos quemanuseia também são. O
movimento é importante, não só para o conhecimento do mundo que rodeia a
criança, mas também para o seu
desenvolvimento muscular.
DEFICIÊNCIA AUDITIVA
Antigamente a surdez era vista como uma doença e como eles passavam muito tempo em
instituições de surdos, a língua de sinais foi se desenvolvendo e construindo processos
de identificação e diferenciação política e cultural.Com o passar dos anos houve grande
mudança na área da educação, principalmente em relação ao direito à educação, à
participação eà igualdade de oportunidades para crianças, adolescentes, jovens e adultos.
Essas mudanças ocorreram com o objetivo de oferecer- lhesuma educaçãodequalidadenaqual
se atendessem as necessidades básicas de aprendizagem, promovendo o desenvolvimento
de competências fundamentais necessárias para a participação na vida econômica, social,
política e cultural. Há ainda muito a fazer para que realmente essa inclusão aconteça, pois é
um processo lento e precisa ser visto como uma ação social que envolve todos que
se preocupam em educar.A sociedade precisa se preparar para lidar com a
diversidade humana, estar aberta a diferentes experiências reconhecendo o
potencial de cada cidadão e respeitando suas possibilidades e limites, pois muitas
vezes nossa própria ação acabaexcluindo aspessoas queconsideramosdiferentes de
nós. A escola inclusiva deve ter o compromisso com o respeito à pluralidade cultural e
o acolhimento às diferenças individuais o que implica reconhecer a diferença linguística
relativa aos surdos que, pela falta da audição, necessitam do acesso a experiências
linguísticas mediadas por uma língua que não ofereça barreiras à sua interação e
aprendizagem: a língua de sinais. As LIBRAS são gestos usados pelas pessoas com
deficiência auditiva modalidade distinta daslínguas orais.Assim, apresentam uma
estrutura gramatical própria.Porém,tanto a criança surda bem como a ouvinte tem
capacidade de aprender a língua de sinais. Para tanto, é muito importante para o
desenvolvimento de uma criança surda a intervenção precoce, ou seja, nos primeiros
anos de sua vida, para que ela adquira e desenvolva uma linguagem e receba
estimulação para o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e físico. Por isso, a
inclusão precisa ocorrer desde a educação infantil.Para o aluno com deficiência é
fundamental apresença de um intérprete de LIBRAS para mediar à comunicação em
sala de aula.
DEFICIÊNCIA FÍSICA
O maior desafio das crianças com deficiência física não está na capacidade de
aprender, mas na coordenação motora. Geralmente, elas têm dificuldade para se
movimentar, escrever ou falar.Para a¡udar a criança com deficiência física nas habilidades
sociais, escolha atividades relacionadas às exigências diárias, como deitar, sentar e levantar-
se,arremessarepegarobjetos, pararemudar de direção. Proponha ¡ogos nos quais o
aluno
faça escolhas (passar por cima ou por baixo de cordas ou elásticos), para que ele
perceba o controle que pode ter sobre o corpo.
Estimule o contato da criança com deficiência com os colegas, permitindo a
troca de ideias, a expressão de emoções e o contato físico para auxiliar nas diversas
atividades. Use material concreto e lousa com letras magnéticas para facilitar a
formação de palavras e a memorização quando houver restrição no movimento dos
braços.

CAPÍTULO 10

PRIMEIROS SOCORROS
• São todas as atividades de caráter técnico ou médico prestado a uma pessoa que
acaba de sofrer um mal súbito ou que tenha sido vítima de algum acidente;
• São procedimentos utilizados primariamente apenas para se preservar a
condição de vida de um indivíduo até a chegada de um médico profissional, ou uma
equipe médica, para que se¡am adotadas as medidas que asituaçãorequer,conforme
avaliação profissional e especializada.
ORIGEM DOS PRIMEIROS SOCORROS
Os procedimentos adotados nos primeiros socorros surgiram com o suíço
Jean Henry Dunant, no ano de 1859, pro¡eto apoiado pelo imperador francês
Napoleão III, e tinha o intuito de instruir pessoas das comunidades locais,
principalmente aquelas que viviam em estado de guerra.
Desde a sua criação até os nossosdias, as técnicas de primeiros socorros são
tidas como de fundamental importância para a vida humana. Nota-se, estatisticamente, que
muitas pessoas feridas e/ou acidentadas acabam vindo a óbito antes de chegar a uma
unidade de saúde, devido à falta de um atendimento adequado nos primeiros socorros,
atendimento esse que poderia ser realizado por qualquer tipo de pessoa devidamente e
previamente instruída.

89
ASPECTOS LEGAIS DO SOCORRO
Segundo o artigo 135 do Código Penal, a omissão de socorro consiste em
“Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança
abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, em desamparo ou em grave e
iminente perigo; não pedir, nesses casos, o socorro daautoridade pública.”
Pena: detenção de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa.
Parágrafo único: A pena é aumentada de metade, seda omissão resulta lesãocorporal de
natureza grave, e triplicada, se resulta em morte.

DIREITOS DA PESSOA QUE ESTIVER SENDO ATENDIDA


O prestadorde socorro deve ter em menteque a vítimapossuio direito de recusa do
atendimento. No caso de adultos,esse direito existe quando eles estiverem conscientes e
com clareza de pensamento. Isto pode ocorrer por diversos motivos, tais como crenças
religiosas ou falta de confiança no prestador de socorro que for realizar o
atendimento. Nestes casos, a vítima não pode ser forçada a receber os primeiros
socorros, devendo assim certificar-se de que o socorro especializado foi solicitado e
continuar monitorando a vítima, enquanto tenta ganhar a sua confiança através do
diálogo.Caso a vítima esteja impedida de falarem decorrência do acidente,como um
trauma na boca,por exemplo, mas demonstre através de sinais que não aceita o
atendimento, fazendo uma negativa com a cabeça ou empurrando a mão do prestador
de socorro, deve-se proceder da seguinte maneira:
• Não discuta com a vítima;
• Não questione suas razões, principalmente se elas forem
baseadasem crenças religiosas;
• Não toque na vítima, isto poderá ser considerado como violação dos seus direitos;
• Converse com a vítima,informe a ela que você possui treinamento em
primeiros socorros,que irá respeitar o direito dela de recusar o atendimento, mas que
está pronto para auxiliá-la no que for necessário;
• Arrole testemunhas de que o atendimento foi recusado por parte da vítima;
• No caso de crianças,a recusa do atendimento pode ser feita pelo pai,pela mãe ou
pelo responsável legal. Se a criança é retirada do local do acidente antes da chegada do
socorro especializado, o prestador de socorro deverá se possível, arrolar
testemunhas que comprovem o fato;

90
• O consentimento para o atendimento de primeiros socorros pode ser formal,
quando a vítima verbaliza ou sinaliza que concorda com o atendimento, após o
prestador de socorro ter se identificado como tal e ter informado à vítima de que possui
treinamento em primeiros socorros, ou implícito, quando a vítima esteja
inconsciente, confusa ou gravemente ferida a ponto de não poder verbalizar ou
sinalizar consentindo com o atendimento. Neste caso, a legislação infere que a vítima
dari ao consentimento, caso tivesse condições de expressar o seu desejo de receber
o atendimento de primeiros socorros.
• O consentimento implícito pode ser adotado também no caso de acidentes
envolvendo menores desacompanhados dos pais ou responsáveis legais. Do mesmo modo, a
legislação infere que o consentimento seria dado pelos pais ou responsáveis, caso
estivessem presentes no local.
FASES DO SOCORRO
• AVALIAÇÃO DA CENA
- Clínica: Causada por condições fisiológicas da vítima,como um mal-estar,um
ataque cardíaco, desmaios, intoxicações, etc.
- Trauma: Gerada por mecanismos de troca de energia, como colisões automobilísticas,
quedas, queimaduras choques em geral, etc. A primeira atitude a ser tomada no local do
acidente é avaliar os riscos que possam colocar em perigo a pessoa prestadora dos
primeiros socorros.Se houver algum perigo em potencial, deve-se aguardar a chegada
do socorro especializado. Nesta fase, verifica-se também aprovável causa do acidente, o
número de vítimas e a gravidadedas mesmas e todas as outras informações que
possam ser úteis para a notificação do acidente. Proceder da seguinte forma:
a) Manter a vítima deitada, em posição confortável, até certificar-se de que a lesão
nãotem gravidade;
b) Investigar particularmente a existência de hemorragia,envenenamento,parada
respiratória, ferimentos, queimaduras e fraturas;
c)Dar prioridade ao atendimento dos casos de hemorragia abundante, inconsciência,
parada cardiorrespiratória, estado de choque e envenenamento, pois EXIGEM SOCORRO
IMEDIATO.
d) Verificar se há lesão na cabeça, quando o acidentado estiver inconsciente ou
semiconsciente. Havendo hemorragia por um ou ambos os ouvidos, ou pelo nariz,
PENSAR em fratura de crânio;
e) Não dar líquidos a pessoas inconscientes;
f) Recolher, em caso de amputação, a parte seccionada, envolva-a em um pano limpo para
entrega IMEDIATA ao médico;
g) Certificarde que qualquerprovidênciaasertomadanãovenhaaagravaroestado da
vítima;
h) Chamar o médico ou transportar a vítima, SE NECESSÁRIO. Fornecer as seguintes
informações:
- Local, horário e condições em que a vítima foi encontrada;
- Quais os Primeiros Socorros a ela prestados.
i) Inspirar confiança - EVITAR PÂNICO;
¡) Comunicar a ocorrência a autoridade policial local.
Deve-se seguir 4 etapas na fase de avaliação da cena, a fim de se isolar os riscos e
poder promover um socorro efetivo até a chegada de profissionais:
1-Segurança:É necessário verificar se acena é segura para poder ser abordada,e
assim procurar tornar o ambiente adequado para o atendimento prévio. Ex:
Sinalização.
2-Cinemática: Verificar como se deu o acidente ou mal sofrido pela vítima,
perguntandoaela, se estiver plenamente consciente, ou a pessoas próximas que
testemunharam o ocorrido.
3-Bio-proteção: Deve-se procurar maneiras de evitar possíveis infecções através do
contato direto como sangue das vítimas, usando luvas cirúrgicas se possível, em
situaçõesadversasnão deve-se abortar os procedimentos por falta de instrumentos.
4-Apoio: Deve-se procurar auxílio de pessoas próximas da cena, no sentido de
ajudar a dar o espaço necessário para o atendimento prévio, chamar imediatamente o
socorro especializado, desviar o trânsito de veículos, procurar manter a ordem e a
calma entre as outras pessoas, etc. No caso de não haver pessoas por perto isso
deve ser feito com o máximo de agilidade e tranquilidade, pela própria pessoa que
presta o socorro inicial.
• SOLICITACÃO DE AUXÍLIO
Solicitar se possível à outra pessoa que peça auxílio chamando o socorro especializado
comunicando a provável causa do acidente, o número de vítimas, a gravidade das
mesmas e todas as outras informações que ele precisar. Estas informações você terá
obtido anteriormente, durante a fase de avaliação do ambiente.
1- SINALIZAÇÃO
Efetuar, sempre que necessário, a sinalização do local para evitar a ocorrência de novos
acidentes. Pode ser feita com cones, fita zebrada, ou qualquer ob¡eto que chame a atenção
de outras pessoas para o cuidado com o local, na falta destes recursos, pode-se pedir
para que uma pessoa fique sinalizando a uma certa distância
2- ATENDIMENTO
Ao iniciar o atendimento, deve-se ter em mente o que fazer e o que não fazer. Manter o
autocontrole é imprescindível nesta fase. Não minta para a vítima. Procure expressar
segurança e confiança no que faz. No atendimento, a pessoa que estiver prestando os
primeiros socorros deve realizar os dois exames básicos: exame primário e exame
secundário.
3- EXAME PRIMÁRIO
O exame primário consiste em verificar:
•se a vítima está consciente;
•se a vítima apresenta pulso;
•se as vias aéreas estão desobstruídas;
•se a vítima está respirando.
Este exame deve ser feito em 2 minutos ou menos. Se a vítima não estiver respirando,
mas apresentar batimentos cardíacos (pulso), iniciar a respiração artificial conforme o
procedimento. Caso não haja sinal de pulso, iniciar a RCP segundo o procedimento.
4- EXAME SECUNDÁRIO

Consiste na verificação de: Avaliar o nível de consciência. Escala de Coma


TRAUMATISMO
de Glasgow.
CRANIOENCEFÁLICO
(Gravidade)
PONTUAÇÃO NA GRAVIDADE (Categoria)
ESCALA DE GLASGOW
13-15 LEVE
9-12 MODERADO
3-8 GRAVE

Avaliar os 4 sinais vitais:


• pulso.
• respiração.
• pressão arterial (PA), quando possível.
• temperatura.
Avaliar os 3 Sinais Diagnósticos:
• tamanho das pupilas;
• enchimento capilar (perfusão sanguínea das extremidades);
• cor da pele.
Realizar o exame físico na vítima:
• pescoço;
• cabeça;
• tórax;
• abdômen;
• pelve;
• membros inferiores;
• membros superiores;
• dorso.
O que o prestador de primeiros socorros deve observar ao avaliar o pulso e a
respiração: PULSO:
• Frequência: É aferidaem batimentos por minuto, podendoser
normal(normocárdico), lenta (bradicárdico) ou rápida
(taquicárdico).
• Ritmo:É verificado através do intervalo entre um batimento e outro.Pode ser
regular ou irregular.
• Intensidade: É avaliada através da força da pulsação. Pode ser cheio (quando
o pulso é forte) ou fino (quando o pulso é fraco)
RESPIRAÇÃO:
• Freqüência: É aferida em respirações por minuto, podendo ser: normal
(eupneico), lenta (bradipneico) ou rápida (taquipneico).
• Ritmo: É verificado através do intervaloentre uma respiração eoutra, podendo
ser regular ou irregular.
• Profundidade: Deve-se verificar se a respiração é profunda ou superficial.
Tanto o socorrista leigo, quanto pelo profissional um parâmetro para se medir
e avaliar o nível de consciência da vítima chamado A.V.D.I (Alerta, Voz, Dor e
Inconsciência):
1- ALERTA: Quando a pessoa que presta o socorro nota que,ao tocar a vítima,esta
reage deu ma forma instantânea e espontânea ao sinal do socorrista, numa
situação de traumaouclínica, esta se encontra na fase de alerta, ou fase A. Isto
significa que a vítima ainda tem em suas funções corporais e atividadeneurológica
ativas, ou seja, o cérebro que sobrisco, ainda está sendo suprido de oxigênio e
funcionando.
2- VOZ: Nota-se que, quando a vítima passa a não responder a estímulos sonoros,
como, por exemplo, serchamadapelo nome, estaencontra-se na fase Y,ouse¡a,
estánum processode perda de consciência, uma vez que a audição é um dos últimos
sentidos a se perder antes do cérebro ficar inconsciente.
3- DOR:Não havendo resposta aos estímulos sonoros,à vítima tem de ser
submetida ao teste da chamada fase D, isto é para perceber se a pessoa ainda
sente dores, o que indicaria um leve estado de consciência, osocorrista realiza um
movimento com uma das mãos fechadas friccionando-a na região da junção de seus
dedos, na região central do tórax da vítima.
4- INCONSCIÊNCIA: Nessa fase, a pessoa vitimada encontra-se totalmente inconsciente,
ou seja, não está havendo atividade cerebral em seu organismo. Percebendo-se a
inconsciência quando ela não reagiu a nenhum dos três estímulos anteriores (alerta, voz
e dor), o que é muito preocupante, uma vez que o cérebro começa a ter danos
irreversíveis a partir de 6 minutos sem receber oxigênio.
PRINCÍPIOS
•Agir com calma e confiança – evitar o pânico;
•Ser rápido, masnão precipitado;
•Usar bom senso, sabendo reconhecer suas limitações;
•Usar criatividade para improvisação;
•Demonstrar tranquilidade, dando ao acidentado segurança;
•Manter sua atenção voltada para a vítima quando estiver interrogando-a;
•Falar de modo claro e ob¡etivo;
•Aguardar a respostada vítima;
•Não atropelar com muitas perguntas;
• Explicar o procedimento antes de executá-lo;
•Responder honestamente as perguntas que a vítima fizer;
•Usar luvas descartávei se dispositivos boca-máscara,improvisando se necessário,para
proteção contra doenças de transmissão respiratória e por sangue;
•Atender a vítima em local seguro (removê-la do local se houver risco de explosão,
desabamento ou incêndio).
O QUE NÃO FAZER
•Abandonar a vítima de acidente;
•Omitir socorro sob pretexto de não testemunhar;
•Tentar remover a vítima presa nas ferragens, sem estar preparado;
•Tumultuar o local do acidente;
•Deixar de colaborar com as autoridades competentes.

O QUE FAZER
•Cuidar da sua segurança;
•Tomar medidas de proteção;
•Análise global da(s) vítima(s) de acidente;
•Acionar Recurso Especializado.

COMO AGIR
•Manter a calma;
•Afastar os curiosos;
•Quando aproximar-se, ter certeza de que está protegido (evitar ser atropelado);
•Faça uma barreira, protegendo você e a vítima de um novo trauma;
•Chamar a¡uda;

SERVI€OS ESPE€IALIZADOS EM PRIMEIROS SO€ORROS


•Corpo de bombeiros – 193
•Polícia Militar – 190
•SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) – 192
•Polícia Rodoviária Federal – 191
•Defesa Civil – 199
•Disque Intoxicação (AUYISA) – 0800-722-6001

Ao chamar estes serviços, o atendente fará algumas perguntas:


Diga seu nome e o número do telefone; Local onde está a vítima (referencias);Diga
o que foi que aconteceu - a natureza da emergência; Número de vítimas - condição
da vítima e providências tomadas.
PRECAUÇÕES COM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS
Doenças Transmissíveis pelo Sangue:
As mais graves: Hepatite B, Hepatite C e AIDS.
Precauções Universais:
• Prevenir com uso de EPI (luva e máscara);
• Atuar nas emergências;
• Limpar a área;
• Dispensar material utilizado.

OBSERVA€ÃO: €ontato com substâncias corporais:


• Lavar a área atingida e relatar o incidente;
• Se ocorreu em ambiente de trabalho, chamar seu médico ou um infectologista.
EQUIPAMENTOS PARA SOCORRO DE URGÊNCIA
• Algodão hidrófilo;
• Tesoura;
• Soro fisiológico;
• Atadura de gases;
• Xilocaína spray;
• Atadura de crepom;
• Talas variadas;
• Líquido anti-séptico;
• Gases esterilizadas;
• Pinças;
• Barra de sabão;
• Colar cervical;
• Compressas limpas;
• Cotonete;
• Garrote;
• Bandagem Luva de procedimentos;
• Esparadrapo.
RESPONSABILIDADE

• Atenção imediata dada a uma vítima ferida ou acometida por doença súbita.

Ob¡etivo: manter as funções vitais.

• PULSO
PRESSÃO
• TEMPERATURA

Utilizar um
ventilador
parareduzira Elevarospés

Aplicar

frias

Administrar
líquidos

Fazer com que a pessoa se deite

100
O QUE SÃO PRIMEIROS SOCORROS?

• São cuidados que devem ser aplicados rapidamente com o ob¡etivo de TAUTER
A PESSOAYIYA até o atendimento especializado
• Os minutos logo após o acidente/colapso são decisivos para a sobrevivência e
podem evitar sequelas na vítima.
OMISSÃO DE SOCORRO
Deixar de prestar socorro, ou se¡a, não dar nenhuma assitência a vítima de acidenteou a
pessoa em perigo iminente podendo fazê-lo, é crime segundo o artigo 135 do Código Penal
Brasileiro.
PRIMEIROS PASSOS
•Avaliação do local do acidente
- Seguro?
- Há mais de uma vítima?
- Pode-se dar assistência a todas as vítimas?
- Necessário movimentar as vítimas?
•NÃO entre em PÂNICO
•Transmita calma e confiança para o acidentado: sua situação pode se agravar se ficar com
medo ou ansioso.
•Assuma a liderança da situação
•Analise se há perigos no local
•Você NÃO é um SUPER- HERÓI
•Sua segurança em primeiro lugar: não queremos outro acidentado
•Afaste os curiosos
•Afaste a vítima do local perigoso
• VERIFICAR SE A VÍTIMA ESTÁ CONSCIENTE.
TOQUE a vítima e PERGUNTE:
“Senhor/ Senhora, você está bem?" Resposta coerente: vítima CONSCIENTE
Nenhum movimento ou resposta: vítima INCONSCIENTE
VITIMA CONSCIENTE
Não saia de perto: ela pode
ficar inconsciente. emergência: SAMU 192

Haja como se o coração da vítima


História doacidente. tivesse parado de funcionar
PARADA CARDÍACA
• Quando o coração para de funcionar, a circulação sanguínea é interrompida.
• O sangue leva oxigênio para todo o corpo
• Sem oxigênio, osórgãos morrem.
• Após 4min sem receber sangue, o cérebro ¡á começa amorrer.

COMPRESSÃO CARDÍACA E VENTILAÇÃO

30 compressões cardíacas 2 ventilações

Aplique esse ciclo até a chegada de atendimento especializado ou


até a vítima começar a se mover

97
• Compressão cardíaca
1. Posicione-se ao lado da vítima, que deve estar de costas sobre superfície plana e firme.
2. Remova roupas que cubram o tórax da vítima
3. Ponha o calcanhar de uma mão no centro do peito da vítima, entre os mamilos;
ponha o calcanhar da outra mão sobre a primeira.
4. Faça compressões fortes e rápidas, 100/min.
5. Ao final de cada compressão, o tórax deve voltar à posição de repouso.
• Ventilações
1. Abra a via aérea: incline a cabeça para trás e eleve a mandíbula
2. Tampe o nariz da vítima, sele seu lábio ao redor do dela e sopre.
3. Observe elevação do tórax.
HEMORRAGIAS
Perda de sangue devido ao rompimento de vaso sanguíneo
EXTERNA: O sangue é eliminado para fora do corpo através de ferimentos ou orifícios
naturais (nariz, boca...)
INTERNA: Rompimento de vasos internos ou de órgãos, em consequência de ferimentos
ou traumatismo profundos.A hemorragia não controlada pode levar à anemia
(diminuição da quantidade de glóbulos vermelhos) e à morte por redução da oxigenação
de órgãos vitais (choque)
NÃO TOQUE NO SANGUE DAVÍTIMA: você pode pegar alguma doença. Use luvas, evite se
ferir e não leve as mãos à boca ou olhos.
HEMORRAGIA EXTERNA
• O que fazer:
1. Deite a vítima imediatamente
2. Coloque sobre a ferida gaze ou pano limpo e pressione
- Não trocar o curativo: se preciso, colocar novas ataduras por cima
3. Mantenha o membro ferido em posição mais alta que o coração.
- Não elevar em caso de fratura ou dor
4. Se ainda continuar sangrando, comprima a artéria mais próxima da região.
Mantenha o acidentado agasalhado e procure ajuda médica. NÃO tente tirar
corpos estranhos e não jogue nada no ferimento.

98
• Faça o torniquete logo acima da ferida
1. Passe uma faixa de tecido ao redor do membro ferido duas vezes. Dê meio nó.
2. Coloque um pequeno pedaço de madeira (vareta, caneta ou qualquer ob¡eto
semelhante) no meio do nó. Faça um nó no pano sobre a vareta.
- Aperte o torniquete girando a vareta.
- Afrouxar o torniquete girando a vareta no sentido contrário, a cada 15 minutos.
Só usar torniquete nos casos de hemorragias externas graves, que não parem com os
métodos anteriores. A utilização por tempo muito demorado pode levar à morte da
extremidade.
HEMORRAGIA INTERNA
• como a hemorragia não é visível, deve-se ficar atento aos sinais externos:
1. Pulso fraco e rápido
2. Pele fria e pálida
3. Sede e muito suor
4. Tontura, confusão mental e inconsciência
5. Calafrios
6. "Abdômen em tábua"(duro)
- O que fazer:

- CHAME ATENDIMENTO MÉDICO- SAMU 192


- Mantenha a cabeça da vítima mais baixa que o corpo, menos nos casos de suspeita de
fratura de crânio e coluna ou lesão cerebral.
- Coloque bolsa de gelo ou compressa fria no local do trauma
- NÃO deixe-o tomar líquido

DESMAIO
Perda súbita dos sentidos,resultante da diminuição do fluxo de sangue e oxigênio para
o cérebro.

• Principais causas:
- Cansaço excessivo
- Fome e diminuição do açúcar no sangue
- Nervosismo, susto e outras emoções fortes
- Contusões
- Tudança súbita de posição (de deitado para em pé)

• O que fazer:
- Deitar a vítima de costas, em local ventilado, e afrouxar suasroupas
- Elevar as pernas em nível superior à cabeça
- Em caso de vômito, virar a cabeça de lado para evitar sufocação
Se a vítima desmaiar novamente ou por mais de 2 minutos, agasalhá-la e providenciar
assistência médica.

FERIMENTOS SUPERFICIAIS
• Lave bem sua mão com água e sabão
• Lave abundantemente a ferida com água limpa e sabão
• Use gaze estéril para secar, limpando a ferida no sentido de dentro para fora, para
não levar microrganismos para dentro.
• Colocar compressas de gaze sobre a ferida. Uão usar algodão, que se desmancha e
prejudica a cicatrização.
NÃO tente retirar corpos estranhos (farpas,pedaços de vidro...),a não ser que eles saiam
com a água. Só aplique medicamentos sobre o ferimento com indicação médica
AMPUTAÇÃO
Separação de um membro ou parte de um membro do corpo
O que fazer:
- Controle a hemorragia
- Cuidados com a parte do corpo amputada:
- Limpe com soro fisiológico, sem imergir no líquido.
- Envolva com gaze
- Coloque em dois sacos plásticos
- Coloque o saco plástico em recipiente de isopor congelou água gelada
- Transporte a vítima rapidamente para o hospital e leve o recipiente com o
membro amputado.
NÃO coloque o membro amputado em contato direto com o gelo.
QUEIMADURAS TÉRMICAS
Ferimentos provocados pela temperatura (frio ou calor)
• O que fazer:
- ANTES DE TUDO: identifique, afaste/ controle a causa da queimadura
- Verifique o estado de consciência
- NÃO remova as roupas que estiverem grudadas na pele
- A área queimada tende a inchar: retire anéis e braceletes que possam dificultar a
passagem do sangue
Classificação segundo profundidade:

Vermelhidão e dor Sem bolhas Vermelhidão e dor Cor branca, amarela ou marrom
Bolhas Pouca ou nenhuma cor

100
1º GRAU
1. Lave com água corrente, à temperatura ambiente, por 1 min.
2. NÃO use gelo

2º GRAU
1. Lave com água corrente
2. Cubra com gaze ou pano limpo.
3. NÃO estoure as bolhas.
4. Procure ajuda médica.

3º GRAU
1. Lave com água corrente
2. Cubra com papel alumínio: protege melhor contra perda de calor e microrganismos
3. Procure ajuda médica imediatamente

Não passe loção, óleo, pomada, clara de ovos, creme dental, margarina ou qualquer
outro produto, pois só complicam o tratamento correto.
DIMENSIONAMENTO DA CENA

• Antes de se iniciar o atendimento, é de fundamental importância que o socorrista faça


a correta análise do local do acidente, a fim de identificar o número de vítimas, os
possíveis riscos, garantindo a sua segurança e a das vítimas. De forma alguma, o
Socorrista responsável pelas ações de primeiros socorros deve se expor a riscos
com chance de se tornar uma vítima.
• Os sinais vitais são indicadores das funções vitais do corpo e podem orientar o
diagnóstico inicial e acompanhar a evolução do quadro clínico da vítima:
- TEMPERATURA - A temperatura reflete o balanceamento entre o calor
produzido e o calor perdido pelo corpo.
- RESPIRAÇÃO - A finalidade é a troca gasosa entre o sangue e o ar dos pulmões.
A avaliação da respiração com o sinal vital inclui: a frequência (movimentos
respiratórios por minuto), caráter (superficial e profunda) e ritmo (regular e irregular).
Método de verificação: ver, ouvir e sentir.
- PULSO – O pulso é causado pela pressão do sangue contra a parede arterial em
cada batimento cardíaco. O pulso é tomado onde uma artéria possa ser comprimida
contra um osso. Yerifica-se a : frequência, ritmo e volume.

TEMPERATURA
ÍNDICE: ADULTO CRIANÇA
ORAL 37 º C 37,4º C
RETAL 37,5º C 37,8º C
AXILAR 36,7º C 37,2º C

101
SINAIS VITAIS
•Variações de 0,3 ºc a 0,6 ºc são normais
•Normalmente, é mais baixa nas primeiras horas da manhã e mais alta no início
da noite.
TEMPERATURA
Variações:
Sinais vitais
•Infecções
•Trauma
•Tedo
•Ansiedade
•Exposição ao frio
•Estado de choque
RESPIRAÇÃO
Bebê: 30-60 mrm
Criança: 20-30 mrm
Adulto: 12-20 mrm
Apnéia – cessação intermitente da respiração
Bradpnéia – respiração lenta, regular .
Taquipnéia – respiração rápida, regular.
Dispnéia – respiração difícil que exige esforço aumentado e uso de músculos
acessórios
PULSO
Bebê: 100-160 bpm
Criança: 80-120 bpm
Adulto: 60-100 bpm
PROTOCOLOS:
EXAME PRIMÁRIO
Segurançado local.
Controle Cervical e Responsividade.
- A € ViasAéreas.
- B€Respiração
- C €Circulação
- D€Exame Neurológico
- E € ExposiçãodaVítima
• Verificar sinais vitais e iniciar o exame corporal pela região posterior e
anterior do pescoço (região cervical), observando o alinhamento da traqueia
(colocar o colar cervical).
• Verificar se no crânio há afundamentos ou escalpes

102
• Examinar o ombro (clavícula e escápula);
• Examinar o tórax, procurando por fraturas e ferimentos;
• Observar a expansão torácica durante a respiração;

• Examinar os quatro quadrantes do abdome, procurando ferimentos, regiões dolorosas e


enri¡ecidas;
• Examinar a região anterior e lateral da pelve e a região genital;

• Examinar os membros inferiores (uma de cada vez), as pernas e os pés (pesquisar


a presença de pulso distal, motricidade, perfusão e sensibilidade);

• Realizar o rolamento em monobloco e inspecionar as costas do paciente,


¡untamente com a posterior da pelve, observando hemorragias e/ou lesões
óbvias.
MONITORAMENTO E REAVALIAÇÃO:
• O monitoramento é realizado durante o transporte da vítima, devendo o
brigadista reavaliar constantemente os sinais vitais e o aspecto geral do
paciente.
• Em adulto, geralmente, a obstrução ocorre durante a ingestão
de alimentos e, em criança, durante a alimentação ou recreação
(sugando ob¡etos pequenos).
A obstrução de vias aéreas superiores pode ser causada:
• Pela língua;
• Pela epiglote;
• Por corpos estranhos;
• Por danos aos tecidos.
Vítima consciente, iniciar a manobra
• Em pé ou sentada
103
1. Posicionar-se atrás da vítima, abraçando-a em torno do abdome;

104
2. Colocar a raiz do polegar de uma das mãos entre a cicatriz umbilical
e o apêndice xifoide; realizar. 5 compressões.

VITIMA DEITADA
1. Posicionar a vítima em decúbito dorsal;
2. Ajoelhar-se ao lado da vítima ou a cavaleiro sobre ela no nível de
suas coxas,com seus joelhos tocando-lhe lateralmente o corpo;
3. Posicionar a palma da mão sobre o abdome da vítima, entre o
apêndice xifoide e a cicatriz umbilical, mantendo as mãos sobrepostas;
Área.
4. Lizar 5 compressões,
REANIMAÇÃO CARDIO-RESPIRATÓRIA
• Reanimação Cardiorrespiratória são as manobras realizadas para
restabelecer a ventilação pulmonar e a circulação sanguínea, tais como
respiração artificialemassagem cardíaca externa; manobras estas utilizadas
nas vítimas em parada cardiorrespiratória (morte clínica).
TÉCNICA ADULTO
1 e 2 Socoristas = 30 compressões e 2 insuflação durante 5 ciclos
TÉCNICA NA CRIANÇA E LACTANTE
1 Socorista = 15 compressões e 2 insuflação durante 5 ciclos
2 Socoristas = 30 compressões e 2 insuflação durante 5 ciclos
SINAIS E SINTOMAS DA HEMORRAGIA
- Pulso se torna fraco e rápido
- Pele fica fria e úmida (pega¡osa)
- Pupilas podem ficar dilatadas com reação lenta a luz
- Queda da pressão arterial
- Paciente ansioso, inquieto e com sede
- Náusea e vômito
- Respiração rápida e profunda
- Perda de consciência, parada respiratória
- Choque
Não é aconselhada por provocar o necrosamento do órgão ou membro e consequentemente,
sua amputação. Usá-la sempre como último recurso.
CHOQUE
Choque é uma situação de falência do sistema cardiocirculatório em manter sangue
suficiente circulando para todos os órgãos do corpo.

TIPOS:
HIPOVOLÊMICO
O choque hipovolêmico é caracterizado pela perda de grandes quantidades de sangue e
líquidos, o que pode levar à morte em poucos minutos.
CARDIOGÊNICO
Choque cardiogênico é a incapacidade do coração bombear uma quantidade adequada
de sangue para os órgãos nobres. Maiores complicações do infarto agudo do miocárdio e
se nãofortratada com urgência, pode levar à morte em 50% dos casos.
Lembre-se: Choque é uma emergência GRAVE e deve receber atendimento de
URGÊNCIA.
FRATURAS
Fraturaé uma lesão óssea de origem traumática, que pode ser produzida por
trauma direto ou indireto, por alta energia ou baixa energia.
Classificação
a) fechada: o foco de fratura está protegido por partes moles e com pele íntegra.
b) aberta ou exposta: o foco de fratura está em contato com o meioexterno
podendo o osso estar exteriorizado ou não.
SINAIS E SINTOMAS DAS FRATURAS
1) Dor
2) Aumento de volume
3) Deformidade
4) Impotência funcional
5) Crepitação óssea
PROCEDIMENTO
a) Não movimentar vítima antes de imobilizar.
b) Fraturas expostas, controlar o sangramento e proteger o ferimento.
c) Fraturas de ossos longos, alinhar, tracionar e imobilizar.Examinar a
sensibilidade e pulso.
d) Tanter tração e alinhamento até a fixação da tala.
e) Deformidades próximas a articulação que não corrigem com tração suave,
imobilizar naposição em que se encontra.
f) Quando imobilizar uma fratura incluir na tala a articulação distal e
proximal da lesão.
g) As talas devem ser ajustadas e não apertadas para não interromper a
circulação local.
Ob¡etivos:
Ao final desta lição os participantes serão capazes de:
1. Enumerar 3 diferentes formas de manipulação de um paciente;
2. Executar corretamente a técnica de imobilização etransporte deum paciente,utilizando
prancha longas;
3. Executar corretamente a técnica de retirada de capacete;
4. Definir quais os pacientes deverá ser removidocomem prego do colete de
imobilização dorsal(KED);
5. Descrever os procedimentos par emprego do KED, prancha longa e do
colar cervical.
Manipulação justificada de um paciente a fim de evitar mal maior; Usamos esse
termo genérico para descrever qualquer procedimento organizado para manipular,
reposicionar ou transportar um paciente doente ou ferido, de um ponto para outro.
IMPORTANTE!
• O paciente não deverá ser movimentado, amenos que exista um perigo
imediato para ele ou para outros se não for feita a sua remoção;
• O socorrista deverá manipular e transportar seu paciente,geralmente,após
avaliá-lo e tratá-lo de forma a estabilizar sua condição.
ESCOLHA DA TÉCNICA
Antes de escolher a técnica a ser adotadopara o transporte você deve considerar os
seguintes aspectos do paciente:
• Paciente traumático?
- Consciente?
- Inconsciente?
• Paciente não traumático?
- Consciente?
- Inconsciente?
PACIENTE NÃO TRAUMÁTICO CONSCIENTE
• Arrastamento com cobertor;
• Arrastamento pelas roupas;
• Arrastamento de bombeiro;
• Transporte bombeiro;
• Transporte tipo “cadeirinha";
• Transporte de trilha.
PACIENTE NÃO TRAUMÁTICO INCONSCIENTE
• Arrastamento de bombeiro;
• Arrastamento com cobertor;
• Arrastamento pelas roupas;
• Arrasto de pé;
• Transporte tipo “cadeirinha";
• Transporte tipo mochila;
• Transporte de bombeiro;
• Transporte pelos membros.
• Levantamento com 04 socorristas;
• Levantamento com 03 socorristas;
• Levantamento com 02 socorristas;
• Rolamentos e imobilização na maca;
• Chave de rauteck;
• Colete de imobilização dorsal (ked);
• Imobilização com outras macas.

TÉCNICAS DE MANIPULAÇÃO
• Rolamento de 90°;
• Rolamento de 180°;
• Elevação a cavaleiro;
• Retiradade capacete;
• Extricação veicular (KED e chave de Iauteck).
• ROLAMENTO DE 90°

• ROLAMENTO DE 180°

• ELEVAÇÃO DE CAVALEIRO

• ELEVAÇÃO DA PRANCHA
RETIRADA DE CAPACETE
Situações em que não se retira o capacete:
1. Quando ao menor toque o paciente sentir dor;
2. Quando da existência de ob¡etos transfixados no mesmo;
3. Quando da presença de rachaduras recentes.

COLAR CERVICAL

1. Vítima com a cabeça em posição neutra

2. Verifique com seus dedos, a altura do pescoço que corresponde à distância


entre uma linha imaginária que passa pela borda inferior da mandíbula e
outraquepassa pelo ponto onde termina o pescoço e se inicia o ombro.

POREM NÃO DEVEMOS ESQUECER QUE:


DEVEMOS OBSERVAR ATRAVÉS DE PALPAÇÃO, LESÕES NAS PARTES
POSTERIOR, ANTERIOR E LATERAIS DO PESCOÇO.
ATENDIMENTO ÀS CRIANÇAS ACIDENTADAS NAS
ESCOLAS
ORIENTAÇÕES GERAIS
Quando de agravo à saúde de uma criança no ambiente escolar a prioridade deve
ser garantir o seu atendimento.
1. Informação aos pais/responsáveis como será o atendimentoà saúde de seus filhos
no ambiente escolar a partir de agora;
2. Cada escola deve ter uma ficha simplificada de saúde de cada criança contendo
basicamente informações vacinais, doenças crônicas, uso de medicação contínua e
alergias;
3. Atentar para as crianças que ¡á chegam doentes, solicitar a presença dos pais (evitar
risco de disseminação de doenças infecto-contagiosas na escola);
4. Estabelecer responsáveis na escola pelas crianças vitimadas (atendimento
inicial/ acompanhamento). COLABORADOR designado pela escola, responsável pelo
atendimento inicial da criança e acionamento da Central de Regulação e LOCAL
ADEQUADO;
5. Ter sempre as informações completas das crianças(nome,idade,ocorrência,dados
de saúde)– utilizar ficha de ocorrência (servirá como guia de chamado e como registro da
ocorrência);
6. Chamar os pais ou responsáveis sempre, porém não retardar a atendimento da criança
por suas ausências;
7. Fazer o atendimento inicial; normatizar os atendimentos conforme capacitações;
8. Não oferecer qualquer bebida/comida para as crianças acidentadas ou doentes
até que ha¡a avaliação da situação;
9. Identificar a Unidade de Saúde Básica mais próxima da escola, que deverá ser a
referência de atendimento às crianças vitimadas da escola;
10. Orientar professoras para que acatemas orientações médicas fornecidas pela Central de
Regulação;
11. Registrar sempre a ocorrência na agenda da criança;
12. Problemas clínicos sempre entrar emcontato com a Central de Regulação
(SATUou SOS).Prevenção deve ser nosso ob¡etivo!!
SOCORRISTA –colaborador da escola responsável pelo atendimento inicial das
crianças vítimas.
• Equilíbrio Emocional
• Conhecimento
• Iabilidade
• Manter a calma
• Ter ordem de segurança
• Verificar riscos no local
• Manter o bom senso
• Ter espírito de liderança
• Distribuir tarefas
• Evitar atitudes intempestivas
• Dar assistência à vítima que corre o maior risco de morte
• Se¡a socorrista enão herói
• Pedir auxílio: telefonar para atendimento de urgência
PROCEDIMENTOS INICIAIS
1. Pessoa responsável - ACOLHIMENTO
2. Avaliação e procedimentos iniciais
3. Decisão - Postos de saúde ou SATU/SOS Unimed
4. Permanecer SEMPRE ao lado da criança.
ATIVAÇÃO DO SERVIÇO PRÉ-HOSPITALAR
1. Após avaliar a situação,acionar serviço pré-hospitalar:192(08006454747poderá
ser acionado para orientação apenas);
2. TARM: atenderá a ligação, identificar-se e fornecer as informações do nome do
paciente, idade, endereço da escola e queixa principal;
3. MÉDICO REGULADOR: a partir de algumas perguntas avaliará a queixa e definirá qual o
recurso necessário para cada caso,variando de uma orientação,medicação por
telefone até o envio da ambulância.

ATENDIMENTO INICIAL
- FERIMENTOS
1. FERIMENTO ABERTO
• Exponha o local ferido, respeitando intimidade da criança.
• Limpe o ferimento com soro ou água limpa e sabão neutro (líquido ou em barra –
pedaços utilizados devem ser desprezados), retirando toda a su¡eira.
• Avalie o tamanho(em cm)e profundidade da ferida(aparecimento de
tecido gorduroso ou não).
• Controle o sangramento com compressão local e gelo.
• Cubra o ferimento com gaze ou pano limpo.
• MANTENHA A CRIANÇA TRANQUILA e em local apropriado.
• Ferimento leve (arranhões,superficiais sem aparecimento de
tecido gorduroso)orientar pais sobre manter limpeza local em casa e
observar.
• Ferimento extenso, com aparecimento de tecido gorduroso ou sangramento
mantido acionar serviço de pré-hospitalar ou encaminhar a criança a Unidade de
Saúde mais próxima para orientação e conduta.
2. FERIMENTO FECHADO
• Coloque a criança em local tranquilo, em repouso.
• Prote¡a a pele local com um pano fino e limpo.
• Coloque gelo sobre o pano por 20 minutos. Reavalie após.
• Inchaço leve, movimentos preservados, pouca dor, orientar pais a manter gelo
local e se houver dor em casa levar a criança a uma Unidade de Saúde.
• Inchaço importante, dor aos movimentos, encaminhar a criança a Unidade de
Saúde mais próxima.
- LESÕES DO APARELHO LOCOMOTOR
1- FRATURAS, ENTORSES, LUXAÇÕES
• Colocar a criança em local tranqüilo com cuidado.
• Avaliar o tipo de lesão, desvio do membro e sintoma de dor.
• Imobilizar o local com suspeita de lesão,com o intuito de diminuir
ador,prevenir aumento das lesões. Sempre imobilizar uma articulação acima e outra
abaixo no local da lesão.
• Colocar gelo no local da lesão por 20 minutos.
• Deixar a criança com o membro elevado.
• Encaminhar acriança a unidadede saúde mais próxima ou acionar
pré- hospitalar (samu).
- TRAUMATISMO CRANIANO
1- CRIANÇA BATEU A CABEÇA
• Tranqüilizar a criança.
• Avaliar perda de consciência (desmaio) ou outros sintomas.
• Gelo no local - proteger a pele.
• Observar a criança por 20-30 minutos. DOR UO LOCAL É UORTAL.
- Pupilas iguais(“menina dos olhos")
- Movimentos dos membros normais
- Vômitos, sonolência
- Desmaio
• Sem sintomas deixar na escola e orientar pais para observação por 24 a 48 horas.
• Sintomas após 20-30 minutos (vômitos,sonolência,desorientação)referencia
criança para a Unidade de Saúde mais próxima ou acionar pré-hospitalar (SATU).
- QUEIMADURA
• Apague o fogo (por abafamento – não correr);
• Retire as roupas, sapatos e outros adereços, respeitando a intimidade da criança;
• Avalie o padrão respiratório (verificar a freqüência de respiração
e esforço respiratório);
• Lave a área queimada com água limpa, cobrindo-a com gaze ou pano limpo;
• Acionar pré-hospitalar (SATU-SOS) para orientação e conduta.
• Não use qualquer medicamento no local.
- DOR NO PEITO
• Tal comum
• Idade
• Historico Médico

• Ligar para serviço de Urgência (SOS UUITED) CONDUTA:


• Tranquilizar a pessoa;
• Deitar a pessoa com pernas elevadas;
• Avaliar histórico de saúde;
-INTOXICAÇÃO-ENVENENAMENTO
• manter a calma;
• verificar a substância envolvida e o tempo decorrido desde a exposição;
• não provocar o vômito ou administrar substância via oral;
• não tomar medidas sem consultar profissional;
• acionar serviço médico de urgência.
- CONVULSÃO
• Não segure a vítima nem a língua
• Não dê tapas
• Não ¡ogue água sobre a vítima
• Afastar ob¡etos aoredor
• Afastar os curiosos
• Proteger acabeça
• Afrouxar as roupas
• Acionar serviço deurgência.

Estas informações são orientações básicas


para atendimento inicial a qualquer pessoa até que
chegue ao local uma equipe de atendimento pré-
hospitalar.
ANIMAIS VENENOSOS/ PEÇONHENTOS
• Venenoso – que possui veneno
• Peçonhento – possui meios de inocular o veneno = peçonha
ATENDIMENTO
• Lavar o local da picada de preferência com água e sabão;
• Manter a vítima deitada,evitar que ela se movimente para não favorecer
a absorção do veneno;
• Se a picada for na perna ou no braço, mantê-los em posição mais elevada;
• Não fazer torniquete: impedindoa circulaçãodo sangue, você pode causar gangrena ou
necrose;
• Não furar, não cortar, não queimar, não espremer, não fazer sucção no local da
ferida e nem aplicar folhas, pó de café ou terra sobre ela para não provocar
infecção;
• Não dar à vítima pinga, querosene, ou fumo, como é costume em algumas
regiões do país;
• Levar a vítima imediatamente ao serviço de saúde mais próximo para que
possa receber o tratamento em tempo;
• Levar, se possível, o animal agressor, mesmo morto, para facilitar o diagnóstico;
• Lembrar que nenhum remédio caseiro substitui o soroantipeçonhento.
ESCORPIÃO AMARELO
• Leve: dor local e dormência na região da picada;
• Moderado: dor intensa associada com enjoo, suor excessivo, agitação, etc;
• Grave: todos os sintomas do quadro moderado, mais convulsão, choque, etc.
1. Lavar o local com água e sabão;
2. Se possível levar o animal para identificação;
3. Ligar para o Civitox;
4. Procurar uma Unidade de Saúde

SERPENTES SINAIS E SINTOMAS


Cascavel: dificuldade de engolir e abrir os olhos, paralisia dos músculos da face, urina
escura e dores musculares;
•Boca de Sapo/Jararaca: edema,
dor local, bolhas, necrose,
sangramentos, complicações
renais e choque.
ARANHAS
• Armadeira: dor imediata, aumento da
frequência cardíaca, vômito, diarreia, salivação
excessiva, suor, etc;
• De Jardim/Tarântula: dor moderada e
vermelhidão no local;
• Viúva Negra: dor, suor, pequeno inchaço,
dormência no local, dores musculares e de
cabeça, falta de ar,etc;
• Marrom: os sintomas acentuam-se entrem 24
e 72 horas, queimação, inchaço endurecido,
vermelhidão, morte do tecido, etc
• €arangue¡eira: pode provocar lesão
pulmonar.
BIBLIOGRAFIA
• BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade: educação e reeducação. 2.ED.
Blumenau. Acadêmica, 2000.
• BORBA. A.T. €ulturas da Infância no €ontexto da Educação Infantil. In:
Yasconcelos, T.(org) Reflexões sobre a Infância e Cultura. Uiterói, Edulf,
2008.
• BRASIL, TEC, CEB. Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil Parecer
nº 22/96, aprovado em 17 de dezembro de 1998.
• CERQUEIRA, Thales Tácito Pontes Luz de Pádua. Manual do Estatuto da
Criança e do Adolescente: teoria e prática. Niterói: Impetus, 2010. 736 p.
• COLETÂUIA de leis sobre os direitos da criança e do adolescente. Brasília:
UUICEF: Inesc, 2004. 200 p.
• TOREIRA, Vagner Vey. Corpo em movimento na Educação Infantil.
São Paulo: Telos, 2012.
• Jean Piaget. A representação do mundo na criança. 320 páginas, Ed. Ideias
e Letras, 2005, tel. 0800 16 00 04.
• Jean Piaget. O ¡uízo moral na criança. 304 páginas, Ed. Summus, 1994,
tel. (11) 3872-3322.
• JeanPiaget.Onascimentoda
inteligêncianacriança.392páginas,Ed.LTC,1987,tel.(11)5080-0780.
• OLIYEIRA, Zilma Ramos de. Os ambientes de aprendizagem como recursos
pedagógicos. In: Educação Infantil – Fundamentos e Tétodos. São Paulo, Cortez,
2005.
• REATE, Eliane. Matemática no dia a dia da Educação Infantil: rodas, cantos,
brincadeiras e histórias. São Paulo. Editora Saraiva 2013.
• VEIGEL, Anna Taria Gonçalves. Brincando de Música: Experiências com
Sons, Ritmos, Música e Movimentos na Pré- Escola. Porto Alegre: Kuarup,
1988.
• CASTRO, F.F.T.; TORI, J. C. Alergia a venenos de insetos
Hymenopteros Pediatria Moderna, v. 31, n. 6, out. 2015.
• CEUTRO BRASILEIRO DE IUFORTAÇÕES SOBRE DROGAS PSICOTRÓPICAS
– Folhetos e Boletins Informativos, Departamento de Psicobiologia da
Escola Paulista de Medicina.
• CYAUATID.Toxicologia dos Agroquímicos − €ompostos organofosforados,
2014.
• DREISBACI, R. I. Manual de Envenenamentos: diagnóstico
e tratamento. São Paulo: Atheneu, 2015.
• KATII, Constance. Jogos em grupo na educação infantil: implicações
da teoria de Piaget. São Paulo: Trajetória Cultural.
• KATII, Constance. A criança e o número. Campinas: Papirus.
• PARRA, Cecília. Didática da matemática: reflexões psicopedagógicas.
Porto Alegre:
• Artes Tédicas.
• TACEDO, Lino de. A importância dos ¡ogos de regras para a construção do
conhecimento na escola. Universidade de São Paulo/Instituto de
Psicologia/Laboratório de Psicopedagogia.
• Referenciais Curriculares Nacionais para Educação Infantil – TATETÁTICA.
• CURRÍCULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL SITES
• revistaeducacao.uol.com.br/.../nutricionistas-e-educadores-apontam-
estrategias-para-
incentivar- alimentação-saudavel.
• revistaescola.abril.com.br · ... · Creche - 0 a 3 anos · Identidade e autonomia
• portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deficienciavisual.pdf

Você também pode gostar