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CURSO DE GEOGRAFIA
Beira
2023
UNIVERSIDADE LICUNGO
FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CURSO DE GEOGRAFIA
Beira
2023
Índice
1 Introdução................................................................................................................................4
1.1 Objectivos.............................................................................................................................4
1.1.1 Geral...................................................................................................................................4
1.1.2 Específicos.........................................................................................................................4
1.2 Metodologia..........................................................................................................................4
Conclusão..................................................................................................................................12
Bibliografia...............................................................................................................................13
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1 Introdução
Embora o turismo não seja um fenómeno recente, caracteriza-se por uma certa
complexidade quando se pretende proceder à sua conceptualização, pois são diversas as
perspectivas referidas pelas várias ciências que o abordam. Contudo, o trabalho proposto que
tem como tema Conceito do turismo e Evolução do turismo, é resultado das pesquisas feitas
pelo pesquisador, com este tema o pesquisador pretende focalizar aspectos como: conceito do
turismo, evolução histórica do turismo, tipos de turismo e seu impacto.
1.1 Objectivos
1.1.1 Geral
1.1.2 Específicos
Conceituar o turismo;
Descrever a História da evolução do Turismo;
Caracterizar os tipos de turismo e;
Descrever os impactos do turismo.
1.2 Metodologia
Segundo aponta Moesch (2002) o primeiro registo da palavra pode ser encontrado em
1800 no Pequeno Dicionário de Inglês Oxford. A raiz tour, porém, teria sido documentada em
1760, também na Inglaterra, apesar de sua origem ser latina, francesa, original de tornus e
tornare.
Uma das primeiras tentativas de definição oficial de turismo data de 1911 e foi
formulada por Hermann Schattenhofen, um conhecido economista austríaco, que referiu o
seguinte: “Turismo é o conceito que compreende todos os processos, especialmente os
económicos, que se manifestam na chegada, na permanência e na saída do turista de um
determinado município, país ou estado” (Barretto, 1995, p. 9)
De acordo com Robert McIntosh (1993) “Turismo pode ser definido como a ciência, a
arte e a actividade de atrair e de transportar visitantes, alojá-los e de modo cortês satisfazer as
suas necessidades e desejos”.
Para Beni (1998, p.153) o turismo corresponde a “um conjunto de recursos naturais e
culturais que, em sua essência, constituem a matéria-prima da actividade turística porque, na
realidade, são esses recursos que provocam a afluência de turistas. A esse conjunto agrega-se
os serviços produzidos para dar consistência ao seu consumo, os quais compõem os elementos
que integram a oferta no seu sentido amplo, numa estrutura de mercado”.
O conceito de turismo tem sofrido sucessivas alterações e que com o decorrer do
tempo vão surgindo novas concepções, sempre com o intuito de aperfeiçoar e adequar este
conceito à realidade complexa do fenómeno. Foi este o objectivo que levou a OMT -
Organização Mundial do Turismo – ao definir o turismo como “o deslocamento para fora do
local de residência por período superior a 24 horas e inferior a 60 dias motivado por razões
não económicas” (Ignarra, 2000, p. 23).
Neste ponto, debruçamos sobre onde surgiu o turismo quem foi o pai do turismo e
fases ou etapas da evolução do turismo.
sedentário e passou a viajar, principalmente pela necessidade de comércio com outros povos.
É aceitável, portanto, admitir que o turismo de negócios antecedeu o turismo de lazer.
Inúmeros autores referem que o turismo começou a ganhar destaque na idade clássica, quando
o homem impulsionado pela necessidade de estabelecer contactos comerciais se viu na
contingência de ter que viajar.
Pode-se afirmar que o início do turismo ocorre quando o homem, já sedentário, passou
a viajar com a motivação de estabelecer contatos comerciais com outros povos. Ignarra (2003)
afirma que as viagens de negócios antecederam as de lazer. Impelidos pela motivação
econômica, os povos antigos lançaram-se em viagens exploratórias em busca de terras e
riquezas a serem conquistadas, o que também se confunde com o chamado turismo de
aventura.
Barretto (1995) classifica como “proto-história do turismo” um longo período que “...
pode situar-se na Antiga Grécia, entre os fenícios, na antiga Roma, ou até milhões de anos
atrás.” (p.44). A autora, justifica essa afirmação com as diferentes interpretações: para alguns
autores o turismo teve início no século VIII a.c, com o advento das Olimpíadas na Grécia;
outros afirmam que os primeiros turistas foram os fenícios por terem inventado a moeda e o
comércio.
Thomas Cook, por sua vez, é figura hegemônica na historiografia do Turismo, sendo
apontado por alguns como “Pai do Turismo”. Ao se referir à Cook, Barbosa (2002, p. 52) diz:
“Thomas Cook, um jovem de 32 anos, foi o responsável por uma das mais importantes
transformações nas viagens”; Baseado em Lundberg Acerenza (2002, p. 71) afirma que
“Thomas Cook foi o primeiro agente de viagens profissional dedicado ao exercício desta
atividade em tempo integral”; Rejowski et al (2002, p. 55), por sua vez, relatam que “Thomas
Cok [...] estabeleceu as bases do Turismo, sendo considerado por vários estudiosos (Acerenza,
1986) como o primeiro operador profissional, o fundador de agências de viagens, ou, ainda, o
pai do turismo moderno”.
menos rígida, com um papel mais ativo das mulheres na sociedade. No âmbito dos
transportes, trouxe o investimento na aviação.
Finalmente, na DECOLAGEM DO TURISMO, ocorrida a partir de 1945 e que viria
até hoje, há a marca da revolução tecnológica e do desenvolvimento industrial em massa,
resultando na aceleração da criação de riquezas e da distribuição de rendas, mudanças nos
estilos de vida e de comunicação. Nesse momento, a velocidade e a escala de mudanças
teriam aumentado significantemente.
Segundo Reis (s/d), há três formas de turismo de acordo com a origem e o destino dos
visitantes: Turismo doméstico: compreende as viagens turísticas ocorridas dentro do país de
residência do turista. São viagens domésticas. Turismo receptivo: engloba a chegada de
visitantes que não residem no local. Turismo emissivo: caracterizado pelo deslocamento para
outra cidade, outra região ou outro país. Esse é o tipo de turismo realizado pelos brasileiros
que viajam para a Argentina, por exemplo.
A mesma autora salienta que de acordo com o tipo de visitante que frequenta um
lugar, seu nível de gastos e os serviços que utiliza, o turismo pode ser classificado como
turismo de elite ou turismo de massa.
O turismo de elite é caracterizado por destinos não massificados (pouco procurados),
inacessíveis à maioria da população. Os turistas de elite não recorrem às agências de turismo,
preferindo que suas viagens sejam organizadas por secretários ou funcionários de confiança.
Os gastos diários são elevados e os meios de hospedagem, luxuosos. Alguns exemplos desse
tipo de turismo incluem famosas estações de esqui nos Alpes Suíços, como Gstaad, algumas
ilhas da Polinésia Francesa, como Tahiti, Bora Bora e Moorea, safáris fotográficos no Quênia
ou na Tanzânia etc.
No caso do turismo de massa, há consumo de pacotes de agências de turismo,
preferencialmente para destinos consagrados. Os gastos diários são limitados e as viagens são
realizadas geralmente no período das férias escolares. O turista de massa procura sempre
conforto e segurança, viajando geralmente com a família. O turismo de massa foi a mola
propulsora do crescimento da atividade no século XX, pois levou à consagração destinos de
grande procura até nossos dias, aquecendo os diversos sectores do mercado turístico, como
transportes, hospedagem e entretenimento.
Uma grande diferença entre essas duas formas de turismo consiste nos impactos
causados nas localidades receptoras. Por terem fluxos constantes de visitantes, os destinos de
turismo de massa sofrem impactos bem maiores que os locais onde se pratica o turismo de
elite.
Os impactos têm origem num processo de mudança e que não constituem eventos
resultantes de uma causa específica. Eles são consequência de um processo de interação entre
turistas, comunidade e meios receptores. Às vezes, tipos de turismo parecidos causam
diferentes impactos. Segundo Lemos (1999) o turismo é compreendido cada vez mais como
uma atividade econômica.
No mundo, alguns países, há muito tempo, perceberam o seu potencial como gerador
de emprego e de renda. Os dados mais recentes mostram seu extraordinário crescimento e sua
tendência incontestável como alternativa de crescimento social na virada do século, ocupando,
no presente, uma posição que oscila entre a terceira e a quarta atividade econômica de maior
geração de empregos no mundo.
Von Shullard, Picard (citado por ANDRADE, 1995, p. 33) afirm que:
[...] a função do turismo é a importação de divisas pelos países. Seu impacto reside no
fato do que as despesas de turismo podem fazer para os diferentes sectores da economia
e, em particular, para os proprietários e gerentes de hotéis.
Evidências apontando o turismo como grande gerador de riquezas e empregos, envolvendo as
mais diferentes profissões num mundo de recursos naturais escassos e com alta taxa de desemprego, é
natural que muitos países, principalmente aqueles em desenvolvimento, o vejam como fonte de divisas
prioritárias no direcionamento dos investimentos e na saída econômica nacional. A sua importância
vem sendo reconhecida tanto pelos países desenvolvidos como pelos que ainda estão em via de
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desenvolvimento. Estes últimos apostam que o incremento da atividade pode alçá-los ao primeiro
mundo, em consequências das vantagens econômicas que lhes são atribuídas, notadamente quanto à
geração de empregos e à captação de divisas.
De fato, o turismo tem estimulado emprego e o investimento e tem modificado o uso da terra e
a estrutura econômica das áreas destino, ao mesmo tempo em que a nível global, efetua uma
contribuição positiva para a balança de pagamentos dos países. Além disso, o turismo gera atividades
indiretas que atingem os mais variados sectores da economia, desde a indústria até a agricultura, no
entanto estão localizadas no sector terciário
Embora a actividade turística passe por uma grande euforia, frente às possibilidades de
grandes lucros, e tenha importantes efeitos económicos sobre alguns países em todo o mundo,
os impactos negativos da actividade, no que concerne aos efeitos ambientais parecem
prevalecer: impactos económicos, socioculturais e ambientais.
Em relação ao meio ambiente, às culturas e às economias das áreas receptoras, o
turismo tem acarretado benefícios como: a adopção de infra-estruturas de saneamento
ambiental; o melhoramento das vias de acesso, criando e ampliando as redes de transportes; a
implementação de medidas de conservação dos recursos naturais; o restauro e a reabilitação
de edifícios e lugares de valor histórico e a (re) valorização de costumes e tradições (OMT,
2001). A geração de emprego e renda, a diversificação da economia regional e local e as
possibilidades de minimização de fluxos migratórios do campo para a cidade são outros
impactos positivos do turismo em áreas de atractivos naturais.
Por outro lado, também é possível constatar que as áreas receptoras do turismo de
massa vêm sofrendo graves problemas de ordem socioambiental. Em relação àqueles
provocados sobre o meio ambiente natural, podem-se apontar: a compactação do solo e
processos erosivos diversos; a fuga da fauna silvestre; a exposição das raízes às pragas; a
poluição provocada pelo despejo dos hotéis, pousadas e embarcações turísticas; os incêndios
provocados por fogueiras de acampamento; a poluição sonora e atmosférica, pela presença de
automóveis; os desvios de cursos dos rios; a introdução de espécies exógenas; as
modificações do relevo local e muitos outros (OMT, 2001).
A geração de emprego e renda, a diversificação da economia regional e local e as
possibilidades de minimização de fluxos migratórios do campo para a cidade são outros
impactos positivos do turismo em áreas de atractivos naturais.
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Conclusão
O conceito de turismo é uma matéria bastante controversa segundo os vários autores
que tratam deste assunto. O turismo está relacionado com viagens, porém não são todas as
viagens que são consideradas como turismo. A evolução do turismo está intimamente ligada
às transformações da sociedade. Em cada momento histórico as motivações do turismo foram
determinadas socialmente.
Compreender a história do Turismo, suas nuances e contexto de desenvolvimento é
importante para que se possa entender a situação atual do fenômeno. Na Antiguidade a busca
pelo conhecimento impulsionou as viagens e o turismo tem sua prática associada ao prazer.
Os jogos e o entretenimento eram atividades que se juntavam aos banhos terapêuticos.
Inúmeros autores referem que o turismo começou a ganhar destaque na idade clássica, quando
o homem impulsionado pela necessidade de estabelecer contactos comerciais se viu na
contingência de ter que viajar.
Embora a actividade turística passe por uma grande euforia, frente às possibilidades de
grandes lucros, e tenha importantes efeitos económicos sobre alguns países em todo o mundo,
os impactos negativos da actividade, no que concerne aos efeitos ambientais parecem
prevalecer: impactos económicos, socioculturais e ambientais. Assim são de interesse do
turismo que esses atractivos sejam preservados em seu estado natural. Desse ponto de vista, o
turismo sustentável é uma importante alternativa para que as reservas naturais sejam
preservadas.
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Bibliografia