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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CURSO DE GEOGRAFIA

Nádia Joaquim Banga

Evolução do Conceito, Evolução do Turismo

Beira
2023
UNIVERSIDADE LICUNGO
FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA

CURSO DE GEOGRAFIA

Nádia Joaquim Banga

Evolução do Conceito, Evolução do Turismo

Trabalho de campo a ser submetido ao


Departamento de Geociência, para fim
avaliativo, na cadeira de Introdução ao
Turismo, com orientação do docente:
Dra.Luisa Sumbana

Docente: dra. Luisa Sumbana

Beira
2023
Índice

1 Introdução................................................................................................................................4

1.1 Objectivos.............................................................................................................................4

1.1.1 Geral...................................................................................................................................4

1.1.2 Específicos.........................................................................................................................4

1.2 Metodologia..........................................................................................................................4

1.3 Estrutura do trabalho.............................................................................................................4

1.4 Conceito do Turismo.............................................................................................................5

1.5 História da evolução do Turismo..........................................................................................5

1.5.1. Onde surgiu o Turismo.....................................................................................................5

1.5.2 O Pai do turismo................................................................................................................6

1.5.3 Etapas ou fases do turismo.................................................................................................6

1.6 Tipos de Turismo..................................................................................................................8

1.7 Impactos do Turismo............................................................................................................9

1.8 Impacto do Turismo……………………………………………………………………………………………………………………..9

Conclusão..................................................................................................................................12

Bibliografia...............................................................................................................................13
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1 Introdução

Embora o turismo não seja um fenómeno recente, caracteriza-se por uma certa
complexidade quando se pretende proceder à sua conceptualização, pois são diversas as
perspectivas referidas pelas várias ciências que o abordam. Contudo, o trabalho proposto que
tem como tema Conceito do turismo e Evolução do turismo, é resultado das pesquisas feitas
pelo pesquisador, com este tema o pesquisador pretende focalizar aspectos como: conceito do
turismo, evolução histórica do turismo, tipos de turismo e seu impacto.

1.1 Objectivos

Para a concretização do tema traçou-se o objectivo geral e objectivos específicos.

1.1.1 Geral

Analisar o Conceito e Evolução do Turismo.

1.1.2 Específicos

Conceituar o turismo;
Descrever a História da evolução do Turismo;
Caracterizar os tipos de turismo e;
Descrever os impactos do turismo.

1.2 Metodologia

Na perspectiva de LAKATOS e MARCONI (2003, p.10), método ʻʻé o caminho pelo


qual se chega ao objectivo”. No entanto este trabalho é fruto de pesquisa bibliográfica que na
visão dos mesmos autores consiste em buscar ideias de diversos pensadores, obras, artigos,
revista e outras referências bibliográficas citadas, que abordam sobre o turismo.

1.3 Estrutura do trabalho

O trabalho compreende a seguinte estrutura: introdução parte inicial do trabalho


que indica os objectivos e a metodologia usada na elaboração do trabalho; desenvolvimento
que constitui o corpo do trabalho, a conclusão que constitui fase do término do mesmo que
envolve apercepção e sugestões, e a referência bibliográfica respectivamente.
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1.4 Conceito do Turismo

Segundo aponta Moesch (2002) o primeiro registo da palavra pode ser encontrado em
1800 no Pequeno Dicionário de Inglês Oxford. A raiz tour, porém, teria sido documentada em
1760, também na Inglaterra, apesar de sua origem ser latina, francesa, original de tornus e
tornare.
Uma das primeiras tentativas de definição oficial de turismo data de 1911 e foi
formulada por Hermann Schattenhofen, um conhecido economista austríaco, que referiu o
seguinte: “Turismo é o conceito que compreende todos os processos, especialmente os
económicos, que se manifestam na chegada, na permanência e na saída do turista de um
determinado município, país ou estado” (Barretto, 1995, p. 9)
De acordo com Robert McIntosh (1993) “Turismo pode ser definido como a ciência, a
arte e a actividade de atrair e de transportar visitantes, alojá-los e de modo cortês satisfazer as
suas necessidades e desejos”.
Para Beni (1998, p.153) o turismo corresponde a “um conjunto de recursos naturais e
culturais que, em sua essência, constituem a matéria-prima da actividade turística porque, na
realidade, são esses recursos que provocam a afluência de turistas. A esse conjunto agrega-se
os serviços produzidos para dar consistência ao seu consumo, os quais compõem os elementos
que integram a oferta no seu sentido amplo, numa estrutura de mercado”.
O conceito de turismo tem sofrido sucessivas alterações e que com o decorrer do
tempo vão surgindo novas concepções, sempre com o intuito de aperfeiçoar e adequar este
conceito à realidade complexa do fenómeno. Foi este o objectivo que levou a OMT -
Organização Mundial do Turismo – ao definir o turismo como “o deslocamento para fora do
local de residência por período superior a 24 horas e inferior a 60 dias motivado por razões
não económicas” (Ignarra, 2000, p. 23).

1.5 História da evolução do Turismo

Neste ponto, debruçamos sobre onde surgiu o turismo quem foi o pai do turismo e
fases ou etapas da evolução do turismo.

1.5.1. Onde surgiu o Turismo

O hábito de viagens para outras localidades por inúmeros motivos é um fenómeno


antigo na história da humanidade. Existem, narrativas que buscam resgatar a História do
Turismo, alguns fatores aceitos como padrão e marcos histórico no desenvolvimento do
fenômeno. O turismo, em termos históricos, teve início quando o homem deixou de ser
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sedentário e passou a viajar, principalmente pela necessidade de comércio com outros povos.
É aceitável, portanto, admitir que o turismo de negócios antecedeu o turismo de lazer.
Inúmeros autores referem que o turismo começou a ganhar destaque na idade clássica, quando
o homem impulsionado pela necessidade de estabelecer contactos comerciais se viu na
contingência de ter que viajar.
Pode-se afirmar que o início do turismo ocorre quando o homem, já sedentário, passou
a viajar com a motivação de estabelecer contatos comerciais com outros povos. Ignarra (2003)
afirma que as viagens de negócios antecederam as de lazer. Impelidos pela motivação
econômica, os povos antigos lançaram-se em viagens exploratórias em busca de terras e
riquezas a serem conquistadas, o que também se confunde com o chamado turismo de
aventura.
Barretto (1995) classifica como “proto-história do turismo” um longo período que “...
pode situar-se na Antiga Grécia, entre os fenícios, na antiga Roma, ou até milhões de anos
atrás.” (p.44). A autora, justifica essa afirmação com as diferentes interpretações: para alguns
autores o turismo teve início no século VIII a.c, com o advento das Olimpíadas na Grécia;
outros afirmam que os primeiros turistas foram os fenícios por terem inventado a moeda e o
comércio.

1.5.2 O Pai do turismo

Thomas Cook, por sua vez, é figura hegemônica na historiografia do Turismo, sendo
apontado por alguns como “Pai do Turismo”. Ao se referir à Cook, Barbosa (2002, p. 52) diz:
“Thomas Cook, um jovem de 32 anos, foi o responsável por uma das mais importantes
transformações nas viagens”; Baseado em Lundberg Acerenza (2002, p. 71) afirma que
“Thomas Cook foi o primeiro agente de viagens profissional dedicado ao exercício desta
atividade em tempo integral”; Rejowski et al (2002, p. 55), por sua vez, relatam que “Thomas
Cok [...] estabeleceu as bases do Turismo, sendo considerado por vários estudiosos (Acerenza,
1986) como o primeiro operador profissional, o fundador de agências de viagens, ou, ainda, o
pai do turismo moderno”.

1.5.3 Etapas ou fases do turismo

Lickorish e Lenkins (2000) apresentam quatro estágios ou fase da evolução do turismo


a destacar: o PRÉ-HISTÓRICO, a ERA DAS FERROVIAS, o ENTRE GUERRAS e a
DECOLAGEM DO TURISMO.
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O Turismo pré-histórico compreenderia do período Medieval ao início do século


XVII, momento em que primeiros sinais de crescimento industrial começariam a exercer
influência nos modos de vida. As peregrinações na Era Medieval estavam distantes do
conceito de viagem por lazer, já que “o peregrino não escolhia o itinerário nem a durabilidade
de seu périplo. Ele estava totalmente exposto às dificuldades e às intempéries do caminho a
ser percorrido” (Barbosa, 2002, p.24).
Os autores destacam fatores que teriam estimulado o interesse por visitar outras
localidades, como o aumento gradual da riqueza, a extensão das classes de comerciantes e
profissionais, os efeitos da Reforma Protestante e a secularização da educação, levando à
inclusão da viagem como parte do processo educacional de formação do indivíduo.
O período da Idade Média é mencionado pelos autores aqui trabalhados como um
período de retração dos deslocamentos, ainda que não total, já que havia peregrinos que
viajavam em grupo. A respeito do caráter grupal que esses deslocamentos assumem, Boyer
(2003, p. 70) diz que as peregrinações e cruzadas
[...] foram migrações coletivas originais, pois não eram provocadas nem pelo medo (da fome
ou de invasores), nem pelo lucro; elas só esperavam uma recompensa no além, desde que
consiga atingir o objetivo que é um lugar sagrado [...] para o peregrino que chegou ao lugar
sagrado, o passado se torna presente: ele revive a Crucificação, a Hégira, tal milagre do santo.
A dificuldade da caminhada tem, por si só, um valor redentor.
O segundo estágio, a ERA DAS FERROVIAS, envolveria não apenas os trens, mas os
meios de transporte que teriam transformado o viajar. Nesse período, fatores como o
acelerado crescimento populacional e o aumento do poder aquisitivo teriam criado um novo e
enorme mercado, em um curto período de tempo. “Inventou-se”, conforme termo utilizado
pelos autores, o Turismo de Massa, o que teria levado ao desenvolvimento de resorts e à
introdução da “indústria de viagens”. É nesse estágio que aparece a figura e a contribuição de
Thomas Cook para o desenvolvimento e ressignificação das viagens.
O terceiro estágio desenvolveu-se no período ENTRE GUERRAS, de 1919 a 1939. A
Primeira Guerra Mundial interrompera o avanço das ferrovias e do vapor, mas impulsionara
outras formas de desenvolvimento técnico, como a expansão das rodovias, já que os carros e
ônibus teriam tornado mais eficientes e havia um número expressivo de ônibus utilizados
pelas forças armadas que passaram a ser redundantes. Além disso, a guerra teria trazido,
conforme apontam os autores, mudanças nas atitudes, grandes expectativas, aumento dos
padrões de vida, interesse pela paz e pelo entendimento mútuo, além de uma ordem social
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menos rígida, com um papel mais ativo das mulheres na sociedade. No âmbito dos
transportes, trouxe o investimento na aviação.
Finalmente, na DECOLAGEM DO TURISMO, ocorrida a partir de 1945 e que viria
até hoje, há a marca da revolução tecnológica e do desenvolvimento industrial em massa,
resultando na aceleração da criação de riquezas e da distribuição de rendas, mudanças nos
estilos de vida e de comunicação. Nesse momento, a velocidade e a escala de mudanças
teriam aumentado significantemente.

1.6 Tipos de Turismo

Como atividade econômica, o turismo passa por inovações constantes, em relação à


competitividade dos mercados e das exigências da demanda. Deste modo as empresas de
turismo caminham para a especialização, deixando de ser generalistas, oferecem agora
produtos segmentados, para uma demanda específica.

Segundo a SEDETUR (2004) no setor de turismo, a segmentação do mercado usa as


seguintes denominações, entre outros:
• Turismo da melhor idade (3ª Idade): Com o aumento da média de vida das pessoas, o
turismo destinado as pessoas da 3ª Idade, se transformou em um ótimo investimento. Com
mais tempo de vida e através de recursos provenientes de suas aposentadorias, eles podem
viajar mais e conhecer novos lugares.
• Turismo ecológico: É o turismo destinado a pessoas que desejam ver e conviver mais
perto da natureza, fazer trilhas, conhecer cachoeiras e novos lugares, onde a ecologia ainda
esta em seu estado natural.
• Turismo religioso: É destinado a pessoas que tem uma certa tendência a
espiritualidade, fazem parte deste tipo de turismo, religiosos de todas as crenças. Lugares
muito visitados são: Vaticano, Israel, Palestina, Aparecida do Norte entre outro.
• Turismo cultural: É o turismo destinado a pessoas que se interessam em apreciar
manifestações e obras de arte, seja pelo fator estético ou histórico.
• Turismo de negócios: É quando pessoas viajam com intuitos profissionais, podem ser
empresários ou executivos. O turista de negócios viaja para certas destinações para fechar
negócios, participarem de negociações, compras e atividades ligadas ao seu trabalho.
• Turismo de eventos: Normalmente os turistas de eventos são pessoas que viajam com
o intuito de participarem de congresso, convenções e feiras, onde vão buscar novas
tecnologias para suas empresas, vivências pessoais e novos processos.
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Segundo Reis (s/d), há três formas de turismo de acordo com a origem e o destino dos
visitantes: Turismo doméstico: compreende as viagens turísticas ocorridas dentro do país de
residência do turista. São viagens domésticas. Turismo receptivo: engloba a chegada de
visitantes que não residem no local. Turismo emissivo: caracterizado pelo deslocamento para
outra cidade, outra região ou outro país. Esse é o tipo de turismo realizado pelos brasileiros
que viajam para a Argentina, por exemplo.
A mesma autora salienta que de acordo com o tipo de visitante que frequenta um
lugar, seu nível de gastos e os serviços que utiliza, o turismo pode ser classificado como
turismo de elite ou turismo de massa.
O turismo de elite é caracterizado por destinos não massificados (pouco procurados),
inacessíveis à maioria da população. Os turistas de elite não recorrem às agências de turismo,
preferindo que suas viagens sejam organizadas por secretários ou funcionários de confiança.
Os gastos diários são elevados e os meios de hospedagem, luxuosos. Alguns exemplos desse
tipo de turismo incluem famosas estações de esqui nos Alpes Suíços, como Gstaad, algumas
ilhas da Polinésia Francesa, como Tahiti, Bora Bora e Moorea, safáris fotográficos no Quênia
ou na Tanzânia etc.
No caso do turismo de massa, há consumo de pacotes de agências de turismo,
preferencialmente para destinos consagrados. Os gastos diários são limitados e as viagens são
realizadas geralmente no período das férias escolares. O turista de massa procura sempre
conforto e segurança, viajando geralmente com a família. O turismo de massa foi a mola
propulsora do crescimento da atividade no século XX, pois levou à consagração destinos de
grande procura até nossos dias, aquecendo os diversos sectores do mercado turístico, como
transportes, hospedagem e entretenimento.
Uma grande diferença entre essas duas formas de turismo consiste nos impactos
causados nas localidades receptoras. Por terem fluxos constantes de visitantes, os destinos de
turismo de massa sofrem impactos bem maiores que os locais onde se pratica o turismo de
elite.

1.7 Importância do Turismo

O turismo como atividade econômica produz inúmeras conseqüências, destacandose


impactos ambientais, econômicos e sociais.
Os impactos do turismo referem-se à gama de modificações ou à seqüência de eventos
provocados pelo processo de desenvolvimento turístico nas localidades receptoras. As
variáveis que provocam os impactos têm natureza, intensidade, direções e magnitude
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diversas; porém, os resultados interagem e são geralmente irreversíveis quando ocorrem


no meio ambiente natural. (RUSCHMANN, 1997, p.34).

Os impactos têm origem num processo de mudança e que não constituem eventos
resultantes de uma causa específica. Eles são consequência de um processo de interação entre
turistas, comunidade e meios receptores. Às vezes, tipos de turismo parecidos causam
diferentes impactos. Segundo Lemos (1999) o turismo é compreendido cada vez mais como
uma atividade econômica.

No mundo, alguns países, há muito tempo, perceberam o seu potencial como gerador
de emprego e de renda. Os dados mais recentes mostram seu extraordinário crescimento e sua
tendência incontestável como alternativa de crescimento social na virada do século, ocupando,
no presente, uma posição que oscila entre a terceira e a quarta atividade econômica de maior
geração de empregos no mundo.

O retorno do crescimento da economia mundial e o acirramento de conflitos étnicos-


religiosos tendem a colocar o Brasil na rota do turismo internacional. Isso será possível
através de investimentos em infraestrutura local e divulgação nos principais países
emissores (SEDETUR, 2004, p. 49).

Conforme dados da Organização Mundial do Turismo (OMT) (apud SEDETUR, 2004,


p.20), atualmente a atividades do turismo movimenta cerca de US$ 3,4 trilhões,
correspondendo a 10,9% do PIB mundial e estima-se que, no próximo ano, 204 milhões de
empregos serão gerados, correspondendo a 10% dos trabalhadores do planeta.

A indústria de turismo e lazer no Brasil movimentou, no ano de 2.000, cerca de 45


bilhões de dólares, arrecadando 7,8 bilhões de dólares em impostos diretos e indiretos.
Atualmente este setor emprega aproximadamente 6 milhões de trabalhadores
movimentando, 16 bilhões de reais em salários, sendo considerado um dos maiores
geradores de emprego do país (PREFEITURA MUNICIPAL DE VITÓRIA, 2004, p. 2).

Von Shullard, Picard (citado por ANDRADE, 1995, p. 33) afirm que:
[...] a função do turismo é a importação de divisas pelos países. Seu impacto reside no
fato do que as despesas de turismo podem fazer para os diferentes sectores da economia
e, em particular, para os proprietários e gerentes de hotéis.
Evidências apontando o turismo como grande gerador de riquezas e empregos, envolvendo as
mais diferentes profissões num mundo de recursos naturais escassos e com alta taxa de desemprego, é
natural que muitos países, principalmente aqueles em desenvolvimento, o vejam como fonte de divisas
prioritárias no direcionamento dos investimentos e na saída econômica nacional. A sua importância
vem sendo reconhecida tanto pelos países desenvolvidos como pelos que ainda estão em via de
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desenvolvimento. Estes últimos apostam que o incremento da atividade pode alçá-los ao primeiro
mundo, em consequências das vantagens econômicas que lhes são atribuídas, notadamente quanto à
geração de empregos e à captação de divisas.
De fato, o turismo tem estimulado emprego e o investimento e tem modificado o uso da terra e
a estrutura econômica das áreas destino, ao mesmo tempo em que a nível global, efetua uma
contribuição positiva para a balança de pagamentos dos países. Além disso, o turismo gera atividades
indiretas que atingem os mais variados sectores da economia, desde a indústria até a agricultura, no
entanto estão localizadas no sector terciário

1.8 Impactos do Turismo

Embora a actividade turística passe por uma grande euforia, frente às possibilidades de
grandes lucros, e tenha importantes efeitos económicos sobre alguns países em todo o mundo,
os impactos negativos da actividade, no que concerne aos efeitos ambientais parecem
prevalecer: impactos económicos, socioculturais e ambientais.
Em relação ao meio ambiente, às culturas e às economias das áreas receptoras, o
turismo tem acarretado benefícios como: a adopção de infra-estruturas de saneamento
ambiental; o melhoramento das vias de acesso, criando e ampliando as redes de transportes; a
implementação de medidas de conservação dos recursos naturais; o restauro e a reabilitação
de edifícios e lugares de valor histórico e a (re) valorização de costumes e tradições (OMT,
2001). A geração de emprego e renda, a diversificação da economia regional e local e as
possibilidades de minimização de fluxos migratórios do campo para a cidade são outros
impactos positivos do turismo em áreas de atractivos naturais.
Por outro lado, também é possível constatar que as áreas receptoras do turismo de
massa vêm sofrendo graves problemas de ordem socioambiental. Em relação àqueles
provocados sobre o meio ambiente natural, podem-se apontar: a compactação do solo e
processos erosivos diversos; a fuga da fauna silvestre; a exposição das raízes às pragas; a
poluição provocada pelo despejo dos hotéis, pousadas e embarcações turísticas; os incêndios
provocados por fogueiras de acampamento; a poluição sonora e atmosférica, pela presença de
automóveis; os desvios de cursos dos rios; a introdução de espécies exógenas; as
modificações do relevo local e muitos outros (OMT, 2001).
A geração de emprego e renda, a diversificação da economia regional e local e as
possibilidades de minimização de fluxos migratórios do campo para a cidade são outros
impactos positivos do turismo em áreas de atractivos naturais.
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Conclusão
O conceito de turismo é uma matéria bastante controversa segundo os vários autores
que tratam deste assunto. O turismo está relacionado com viagens, porém não são todas as
viagens que são consideradas como turismo. A evolução do turismo está intimamente ligada
às transformações da sociedade. Em cada momento histórico as motivações do turismo foram
determinadas socialmente.
Compreender a história do Turismo, suas nuances e contexto de desenvolvimento é
importante para que se possa entender a situação atual do fenômeno. Na Antiguidade a busca
pelo conhecimento impulsionou as viagens e o turismo tem sua prática associada ao prazer.
Os jogos e o entretenimento eram atividades que se juntavam aos banhos terapêuticos.
Inúmeros autores referem que o turismo começou a ganhar destaque na idade clássica, quando
o homem impulsionado pela necessidade de estabelecer contactos comerciais se viu na
contingência de ter que viajar.
Embora a actividade turística passe por uma grande euforia, frente às possibilidades de
grandes lucros, e tenha importantes efeitos económicos sobre alguns países em todo o mundo,
os impactos negativos da actividade, no que concerne aos efeitos ambientais parecem
prevalecer: impactos económicos, socioculturais e ambientais. Assim são de interesse do
turismo que esses atractivos sejam preservados em seu estado natural. Desse ponto de vista, o
turismo sustentável é uma importante alternativa para que as reservas naturais sejam
preservadas.
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Bibliografia

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