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CONCEITOS
E DOMÍNIOS
DA HOSPITALIDADE
TURISMO, HOSPITALIDADE E LAZER
A expansão do Ensino Técnico no Brasil, fator importante para
melhoria de nossos recursos humanos, é um dos pilares do
desenvolvimento do País. Esse objetivo, dos governos estaduais e federal, visa à
melhoria da competitividade de nossos produtos e serviços, vis-à-vis com os dos
países com os quais mantemos relações comerciais.
Em São Paulo, nos últimos anos, o governo estadual tem investido de forma
contínua na ampliação e melhoria da sua rede de escolas técnicas - Etecs e Classes
Descentralizadas (fruto de parcerias com a Secretaria Estadual de Educação e com
Prefeituras). Esse esforço fez com que, de agosto de 2008 a 2011, as matrículas
do Ensino Técnico (concomitante, subsequente e integrado, presencial e a distância)
evoluíssem de 92.578 para 162.105. Em 2016, no primeiro semestre, somam 186.619.
Diretora Superintendente
Laura Laganá
Vice-Diretor Superintendente
César Silva
REALIZAÇÃO
Unidade do Ensino Médio e Técnico
Coordenador
Almério Melquíades de Araújo
Responsável
Lucília dos Anjos Felgueiras Guerra
Parecer Técnico
William Estevão Lino da Silva
Revisão de texto
Contexto Comunicação
Projeto Gráfico
Diego Santos
Fábio Gomes
Priscila Freire
Diagramação
Diego Santos
Existem diversas formas de acolher e de ser bem recebido. Para tanto, é ne-
cessário estabelecer relações com os diversos conceitos e aspectos históricos
do turismo e da hospitalidade e desenvolver métodos para aplicar os conceitos
apresentados, como por meio de situações-problema pautadas na rotina dos
segmentos turísticos.
Este material apresenta seis aulas, organizadas a partir de atividades que in-
tegram a formação teórica e a formação prática, em função das capacidades pro-
fissionais que se propõem desenvolver. Trata-se de um importante instrumento
de flexibilização para o itinerário profissional, adaptado aos conceitos e domí-
nios da hospitalidade.
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Bruna Fiore
Professora e coordenadora de projetos
Referências Bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
História do Turismo e
da Hospitalidade
1. Apresentação
Nesta aula, será apresentada a história do turismo e da hospitalidade, da
Antiguidade grega e romana até os dias de hoje.
2. Introdução
Sabe-se que a hospitalidade existe há muitos anos, sendo uma prática acolhe-
dora do bem receber. Tanto ela como o turismo, porém, transformaram-se muito
com o passar dos anos.
Antigamente, a hospitalidade era uma prática que acontecia nas casas das
famílias de maneira gratuita. Atendiam-se peregrinos que estavam em viagens re-
ligiosas. Os banquetes que aconteciam na época eram bem diferentes dos atuais:
as pessoas se reuniam à mesa, mas não existia conversa.
3. Objetivos
Após ler e estudar esta aula, o aluno deverá estar apto a:
A palavra “turismo” é de origem francesa (tour) e quer dizer “volta” (tem seu
equivalente no inglês turn e no latim tornare). Significa que o turismo acontece
quando uma pessoa viaja, saindo de sua casa para outra cidade, mas sempre
com a intenção de voltar a seu domicílio.
Entre o século II a.C. e o século II d.C, o Império Romano construiu muitas es-
tradas, o que foi determinante para que seus cidadãos viajassem. Estima-se que
os romanos tenham sido os primeiros a viajar por prazer. Pinturas pré-históricas,
azulejos, placas, vasos, mapas, demonstram que eles já iam à praia, em busca de
divertimento, e a spas, em busca de tratamento (BARRETTO, 2006). Os spas rece-
biam pessoas doentes e pobres que buscavam a cura por meio de águas termais
e entretenimento.
Segundo Ruschmann (2001), foi a partir do século XX, após a Segunda Guerra
Mundial, que o turismo evoluiu. As pessoas começaram a viajar mais, entrando
na era do avião.
Hospitalidade
Segundo Walker (2002), o incremento do comércio e das viagens fez com que
aparecessem acomodações para se pernoitar nas casas dos moradores locais.
Nos impérios grego e romano, estalagens e tavernas espalharam-se por todos
os lugares.
Alguns senhores de terra construíram suas próprias estalagens, que eram cui-
dadas pelos escravos domésticos. As viagens se intensificaram, e as estalagens
e tavernas passaram a receber mercadores, estudiosos e atores em suas depen-
dências. Parte desses estabelecimentos ficava à beira de estradas e atendia mis-
14 sionários, padres e peregrinos que queriam ficar próximos a templos.
dagem não era cobrado, mas, com o passar do tempo, a remuneração passou a
existir sob a forma de doações às ordens religiosas, surgindo assim a hospitali-
dade comercial.
No século XI, com as Cruzadas (que tinham como objetivo promover a con-
quista da Terra Santa), o movimento de hóspedes nos mosteiros intensificou-se,
o que fez com que os meios de hospedagem se profissionalizassem.
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Conceitos da Hospitalidade
1. Apresentação
Nesta aula, serão apresentados alguns conceitos de hospitalidade, destacan-
do a dádiva de dar, receber e retribuir.
2. Introdução
Existem diversos conceitos e teorias sobre a hospitalidade. Sabe-se que uma
pessoa é hospitaleira desde o primeiro acolhimento. Mas, ainda que a hospitali-
dade seja um aspecto universal da experiência humana, é difícil encontrar uma
definição única para ela.
3. Objetivos
Após ler e estudar esta aula, o aluno deverá estar apto a:
4. Conteúdo Teórico
A hospitalidade pode ser entendida como um ato voluntário de receber as
pessoas que estão fora de sua residência, dando-lhes segurança, alimentação,
hospedagem e entretenimento.
Sabe-se que a hospitalidade é uma troca humana, caracterizada por ser con-
temporânea, voluntária, mutuamente benéfica, baseada em determinados pro-
dutos e serviços. Ela implica reciprocidade e, de acordo com Lashley e Morrison
(2004), pode ser vista como uma dádiva que envolve o ato de receber, dar e
retribuir.
Para Montandon (2003), a hospitalidade faz parte de um sistema instável,
jamais satisfeito plenamente. Cria-se sempre uma falta impossível de ser preen-
chida totalmente. É o ato da boa acolhida. O autor considera que a hospitalidade
é uma maneira de se viver em conjunto, regida por regras, ritos e leis. Ela é “con-
cebida não apenas como uma forma essencial de interação social mas também
como uma forma própria de humanização, ou, no mínimo, uma das formas es-
senciais de socialização” (MONTANDON, 2003, p. 132).
Selwin (2004) reafirma essa ideia sobre a função básica da hospitalidade. Para
ele, além de estabelecer novos relacionamentos, ela promove os relacionamen-
tos já existentes. Os atos relacionados com a hospitalidade, desse modo, con-
solidam estruturas de relações. Os que recebem hospitalidade não são mais os
mesmos depois da troca, pois a hospitalidade transforma estranhos em conhe-
cidos, inimigos em amigos, amigos em melhores amigos, forasteiros em pessoas
íntimas, não parentes em parentes.
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Conceitos e domínios da Hospitalidade
Aula 3
Escola Americana e
Escola Francesa
1. Apresentação
O estudo da hospitalidade tem duas escolas principais: a francesa e a ameri-
cana. Nesta aula, apresentaremos as duas e suas diferenças.
2. Introdução
No estudo da hospitalidade delineiam-se dois grupos: a escola francesa e a
escola americana. Enquanto a segunda tem foco na hospitalidade comercial, a
primeira enfatiza o conceito de dar, receber e retribuir na hospitalidade domés-
tica e pública. Pode-se refletir a respeito de uma escola brasileira, que uniria as-
pectos das escolas da França e dos Estados Unidos.
3. Objetivos
Após ler e estudar esta aula, o aluno deverá estar apto a:
4. Conteúdo Teórico
O estudo da hospitalidade tem dois grupos de pesquisas principais. O pri-
meiro é o da escola francesa, que se interessa pela hospitalidade doméstica e
pela hospitalidade pública. De matriz maussiana, ela se baseia no conceito de
dar-receber-retribuir e se interessa pelas formas antigas de hospitalidade. O se-
gundo grupo é o da escola americana, que se dedica quase exclusivamente à
atual hospitalidade comercial, baseada no contrato e na troca estabelecidos por
agências de viagens, operadoras, transportadoras, hotéis e restaurantes.
De acordo com Camargo (2004), a escola francesa tem como premissas fun-
damentais: que a hospitalidade não imponha condições e que o sujeito seja feliz
quando pode ser hospitaleiro com o outro. Já a escola americana mostra a hospi-
talidade em sua versão comercial, fundamentada em um contrato e na troca, em
uma abordagem que se distancia da antiga hospitalidade.
RETRIBUIR DAR
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Conceitos e domínios da Hospitalidade
RECEBER
Fonte: elaborado pelas autoras
a) os três deveres – dar, receber e retribuir – são chave para as relações sociais;
b)o contato humano não se estabelece como uma troca ou um contrato, mas
como uma dádiva que parte de alguém;
d)o ciclo dar-receber-retribuir é sem fim, pois se você doa a alguém, este recebe
e como efeito retribui a alguém, reiniciando o processo.
1- Idem, 2004.
Aula 4
Domínios da Hospitalidade
1. Apresentação
Nesta aula, serão apresentados os tempos sociais (receber, hospedar, alimen-
tar e entreter) e os eixos sociais da hospitalidade (doméstico, público, comercial
e virtual).
2. Introdução
Sabe-se que a hospitalidade envolve uma troca humana, voluntária e mutua-
mente benéfica, quando se recebe alguém que está fora de seu local de domicí-
lio. Uma pessoa que não está em seu hábitat tem a necessidade de ser recebida,
hospedada, alimentada e entretida por alguém ou por algum lugar, como uma
cidade, uma casa, um hotel ou um restaurante.
3. Objetivos
Após ler e estudar esta aula, o aluno deverá estar apto a:
4. Conteúdo Teórico
Tempos sociais
1. Receber – é o primeiro ato da hospitalidade, aquele que melhor repre-
senta o gesto de ser hospitaleiro. Acontece quando se pratica o ato de
acolher pessoas que batem a sua porta ou que vêm visitar sua cidade,
constituindo um ritual na vida privada. Trata-se de acolher pessoas de
fora da cidade que vão a uma casa ou a um hotel em busca de um lugar
para ficar.
2. Hospedar – ainda que a noção de hospitalidade não envolva necessa-
riamente o ato de proporcionar abrigo a um viajante, é preciso reforçar e
incluir nesta categoria o calor humano dedicado a alguém, mesmo que
por alguns instantes. Uma vez que todo viajante precisa de um teto, um
afeto e um local para sentir-se seguro, hospedar pode significar prover-
-lhe qualquer uma dessas coisas.
3. Alimentar – a oferta de alimento delimita e concretiza o ato da hospitali-
dade, ainda que esse alimento seja simbólico. O tipo de alimento ofereci-
do vai depender da cultura da cidade visitada. Alimentos e bebidas mais
simples e hospitaleiros são uma xícara de café, um copo de água, um pão
ou uma xícara de chá.
4. Entreter – receber pessoas implica entretê-las de alguma forma e por 23
algum tempo, proporcionando-lhes momentos agradáveis e marcantes
no ambiente vivido. Assistir a um filme, jogar conversa fora, ir a shows e
Eixos sociais
1. Doméstico – historicamente, o ato de receber em casa é o mais típico
da hospitalidade e também o de maior complexidade, pois envolve ritos,
significados e costumes.
2. Público – é a hospitalidade que acontece em decorrência do direito de ir
e vir. Envolve o cotidiano urbano entre residentes e turistas.
3. Comercial – acontece em modernas estruturas comerciais. Envolve a ho-
telaria e a restauração (alimentos e bebidas).
4. Virtual – trata-se da hospitalidade em ambiente virtual. Conforme
Castelli (2005), o emissor e o receptor são respectivamente o anfitrião e
o hóspede e, para haver relacionamento, não há necessidade de estarem
próximos uns dos outros.
Camargo (2004) destaca as relações entre eixos e tempos sociais da hospita-
lidade, resumidas neste quadro:
Receber doméstico
Depoimento
Certa vez presenciei uma cena que nunca mais esqueci. Dois ame-
ricanos estavam próximos ao Viaduto do Chá, em São Paulo, e par-
ticipavam de um programa de competição de TV. Paravam todos na
rua para perguntar – não falavam o português, mas estavam se co-
municando por um papel onde estava escrito “VIADUTO DO CHÁ”
–, mas ninguém dava atenção. Fiquei com vergonha de ter visto uma
cena dessa e de que ela tenha passado em rede mundial. A imagem que
ficou para aqueles que presenciaram a cena foi a de que os paulistas
não sabem ser hospitaleiros, pois não recebem bem as pessoas que che-
gam a sua cidade. Sei que isso pode ter sido um caso isolado, mas é bom
para refletirmos como estamos recebendo as pessoas.
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Entrada de uma cidade Sinalização
Receber comercial
As pessoas recebem bem para fazer o bem e sentir-se bem, não para seguir
regras que foram determinadas por um gerente e, em troca, receberem uma gor-
jeta. Para quem trabalha em hotel, muitas vezes vale mais a satisfação do hós-
pede do que o que se ganhará em troca daquele serviço. O funcionário que se
preocupa com o hóspede e não quer nada em troca está mais para hospitaleiro
do que anfitrião.
Sabemos que cada hotel tem regras que todos os funcionários devem seguir.
Mas um funcionário pode surpreender as expectativas e tornar-se hospitaleiro a
partir do momento que atua pensando somente no bem do hóspede.
Depoimento
O receber virtual envolve contatos virtuais por meio das redes sociais, telefo-
nes, emails. Pode envolver também folders, cartazes, impressos.
Hospedar doméstico
Com isso entramos em um dos aspectos mais importantes para grande parte
dos viajantes: a segurança. Podemos não precisar de uma hospedagem pública,
mas acreditamos que, se um dia for necessário, a cidade onde estamos deveria
ser hospitaleira nesse quesito. Não adianta termos um lugar para dormir e comer,
se não nos sentimos seguros nele.
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Conceitos e domínios da Hospitalidade
Hospedar comercial
Domínio Grátis
Fonte: https://i.ytimg.com/vi/5959Kuufz_8/maxresdefault.jpg
Alimentar doméstico
Sabemos que muitas vezes é difícil receber uma visita em casa, mas existem
pessoas tão hospitaleiras que, quando vão receber parentes em sua casa, passam
uma semana planejando um cardápio de comida local para seu visitante apre-
ciar. Muitas vezes um paulista vai passar uma semana na casa da sua irmã em 29
Recife. Ela vai preparar apenas pratos típicos daquela cidade. Com certeza esse
paulista vai se sentir muito mais acolhido. Sendo assim, podemos afirmar que
todas as variações capazes de satisfazer o hóspede são da parte da culinária local.
Fonte: http://topsy.one/hashtag.php?q=%23almocolight
Alimentar público
Uma culinária local cria um padrão gastronômico que foge aos padrões de
nutrição, pois não há preocupação com o que se come nem com a estética ali-
mentar. O alimentar público tem a preocupação de oferecer a gastronomia local,
mesmo sendo a preparação mais calórica, às vezes sendo servido em um prato
de plástico, com tudo misturado. É o exemplo das feiras gastronômicas, que ofe-
recem a seus visitantes um pouco de sua culinária local.
Fonte: http://acidadeeahistoria.blogspot.com.br/2011_12_01_archive.html
Alimentar comercial
chefs.
Fonte: http://www.folhacozinhaesabor.com.br/pratos.php
Fonte: http://cardaperianiteroi.com.br/city/niteroi/restaurante-sabor-da-hora/
Alimentar virtual
Fonte: https://temperomental.files.wordpress.com/2008/09/tudogostoso.jpg
Entreter doméstico
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Entreter público
Entreter comercial
Cinema Teatro
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Os Cinco Sentidos Da
Hospitalidade
1. Apresentação
Na hospitalidade existem diversas formas de acolher e de ser bem recebido.
E é nessa relação que surgem os cinco sentidos da hospitalidade: visão, paladar,
audição, olfato e tato.
2. Introdução
Quando se fala em hospitalidade, existe uma relação entre anfitrião e hóspe-
de, o acolhedor e o acolhido, que engloba os cinco sentidos. O hóspede, quando
chega a um lugar, quer ser bem acolhido. Espera que suas expectativas sejam
atendidas, e isso envolve desde a paisagem local, a comida, os sons de pássaros,
um lugar limpo e cheiroso para se hospedar até a maneira com que as pessoas
o recebem.
3. Objetivos
Após ler e estudar esta aula, o aluno deverá estar apto a:
4. Conteúdo Teórico
A hospitalidade está ligada diretamente ao turismo e à hotelaria. Os elemen-
tos do turismo envolvem o poder de decisão do turista. Para isso, o turista precisa
usar os cinco sentidos – visão, paladar, audição, olfato e tato – para ter uma ava-
lição positiva ou negativa da hospitalidade.
Visão
É a partir da visão que podemos ver se gostamos e não de algo. Muitas vezes
escolhemos algo só pelos olhos. Costumamos utilizar muito a visão quando fa-
lamos do alimentar. Como dizem: “comemos com os olhos”. A comida pode estar
uma delícia, mas se não tiver uma boa apresentação será menos agradável de
comer.
É a partir da visão que temos uma ideia de se a cidade é ou não hospitaleira.
Tudo pode começar somente com uma foto. Acabamos escolhendo o destino da
viagem por uma foto ou imagem que foi vendida. A partir dessa imagem, o turis-
ta já começa a gerar uma expectativa (boa ou ruim) do local. Segundo Grinover
(2007), a melhor forma de avaliar se uma cidade é hospitaleira é analisando a
legibilidade. Entende-se por legibilidade a qualidade visual de uma cidade, de
um território, examinada por meio de estudos da imagem mental que seus habi-
tantes (antes de quaisquer outros) fazem dela.
Muitas vezes criamos uma expectativa tão grande que, ao chegar no local,
nos decepcionamos. Não é que a cidade não seja hospitaleira, e sim que o turista
estava esperando mais. A partir dessa expectativa, o turista pode fazer comentá-
rios negativos daquela cidade.
Também pode acontecer o inverso. O turista chega à cidade e fica tão encan-
tando com tudo, que era mais do que ele esperava. Para esse turista a viagem
será inesquecível, e a cidade visitada, hospitaleira. Ele fará comentários positivos
para os amigos.
Nos dois casos, esse amigo pode ir à primeira cidade e adorar, e destacar a
hospitalidade do pessoal ou ir à segunda cidade e não gostar nem dela nem das
pessoas. A visão quanto à hospitalidade varia de pessoa para pessoa, por conta
da sua percepção e estilo de vida.
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“Comendo com os olhos” Bonito – Mato Grosso
Paladar
Vale ressaltar que, em qualquer lugar que formos comer, a comida deve estar
saborosa e devemos ser bem atendidos. A hospitalidade do local será definida
por esses dois fatores, podendo assim mudar o poder de escolha do cliente.
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Conceitos e domínios da Hospitalidade
Audição
O turista escolhe uma cidade para viajar. Quando chega à cidade, ela está
com cheiro forte e ruim. A impressão da hospitalidade daquela cidade será nega-
tiva. O inverso acontecerá se a cidade tiver um cheiro bom.
Muitas vezes o sentido do olfato vem antes do da visão, pois antes de ver as
paisagens sentimos o cheiro e temos a percepção da hospitalidade.
Tato
Frio/Calor Abraço/Hospitalidade
Setores de Atuação na
Área de Hospitalidade
1. Apresentação
Nesta aula, serão apresentados alguns setores de atuação na área da hospita-
lidade, como hospedagem, alimentação, turismo, eventos e viagens.
2. Introdução
Sabe-se que a hospitalidade envolve o turismo e a hotelaria. Um bom profis-
sional da hospitalidade deve ter conhecimentos em algumas áreas específicas,
como a de meios de hospedagem, a da gastronomia, a de eventos e, finalmente,
a do turismo, que inclui agências de viagem ou operadoras turísticas.
3. Objetivos
Após ler e estudar esta aula, o aluno deverá estar apto a:
4. Conteúdo Teórico
um lugar para dormir, e sim um conjunto de serviços que vão além de uma cama
e um teto.
4.2. Alimentação
4.2.1. Serviço à mesa – os clientes são levados à mesa por um garçom, que
anota os pedidos e depois serve-os aos clientes também na mesa.
trado em hospitais.
4.2.5. Serviço para viagem – são serviços de alimentação nos quais os clien-
tes podem levar a comida para casa.
Para isso é necessário cumprir as diretrizes impostas pela lei dos guias de tu-
rismo, contratando somente profissionais cadastrados no Ministério do Turismo,
que devem utilizar o crachá de identificação, conforme estabelecido pela lei.
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Conceitos e domínios da Hospitalidade
Referências Bibliográficas
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cenários e oportunidades. São Paulo: Cencage Learning, 2003.
ANDRADE, Nelson; BRITO, Paulo Lucio de; JORGE, Wilson Edson. Hotel:
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BENI, Mário Carlos. Análise estrutural do turismo. 2. ed. São Paulo: Senac, 1998.
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MEIRELLES, Gilda Fleury. Tudo sobre eventos. São Paulo: STS, 1999.
2017