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Manual de Formação

CURSO: Técnicas de informação e Animação Turística

MÓDULO: 3500 – Animação Cultural

Técnicas de Informação e Animação Turística |


Módulo: 3500 Animação Cultural
Formador: João Cunha ©
Não Evoluo…Viajo

Fernando Pessoa

Índice Página

Objectivos Aprendizagem 3

Conteúdos

Apresentação Modular 4

Introdução ao fenómeno da Animação Turística 5

Do lado da Procura Turística 6

Do lado da Oferta Turística 7

Conceitos Técnicos 8

Panorama da Animação Turística em Portugal 9

Tipologias das Empresas de Animação 12

Tipologias de Animação 14

Vertente Cultural

O Animador Turístico 15

Competências e Conhecimentos dos Animador Turístico / Cultural 16

Técnicas de Organização de Actividades de Animação Cultural 18 2

Bibliografia 21

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Portugal, país hospitaleiro, onde os turistas mergulham num mar de perder de vista, bebem
história, cultura e tradição… país de sol… que surpreende a cada momento.

Âmbito

Curso: Técnicas de Informação e Animação Turística

Módulo: 3500 – Animação Cultural

Duração: 50 (32) Horas

Objectivos Aprendizagem

_ Compreender o conceito de Animação Cultural, a sua importância e a sua


aplicação no Turismo e na Animação Turística;

_ Conhecer a diversidade de actividades de Animação Cultural, a sua


aplicabilidade a cada situação, considerando os objectivos, os destinatários, as
estratégias, e os respectivos requisitos humanos e materiais para a sua
implementação;

_ Utilizar metodologias e técnicas de animação;

_ Desenvolver a capacidade de organização e reconhecer o seu papel de


agente dinamizador da indústria do turismo;

_ Interligar a componente turística, o território e a cultura local tendo como


objectivo proporcionar aos grupos alvo uma interacção lúdico-cultural em
função dos diferentes contextos, sensibilidades e especificidades dos grupos a
que se destina a animação;

_ Aperceber-se da importância do animador turístico/cultural. 3

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Conteúdos
Organização e dinamização de actividades de animação cultural
− Aspectos culturais regionais
− Recursos e culturas locais
− Actividades culturais
− Avaliação

Apresentação Modular

Este módulo visa consciencializar o formando que a


animação turística é uma área de actuação composta
por um conjunto de actividades que permitem ao
turista usufruir de forma mais plena uma determinada
experiência turística, dando aos empreendimentos e
destinos turísticos um maior sucesso e vitalidade.

É o desenvolvimento de actividades físicas e


intelectuais que provocam um aumento da satisfação
do turista. É através do desenvolvimento da animação
que o turista deixa de ser apenas um destinatário
passivo, tornando-se num “actor” participante nas
actividades de lazer. Pretende-se que o aluno adquira
competências ao nível da utilização e domínio das
técnicas de animação turística.

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Introdução ao fenómeno da Animação Turística

A valorização do pendor estratégico da Animação Turística


no desenvolvimento do Turismo é uma tendência
emergente, assente num reconhecimento de que aquela
pode contribuir para a atenuação de desequilíbrios
estruturais do turismo nacional, como os cada vez mais
reduzidos períodos de permanência dos turistas, a
sazonalidade dos fluxos turísticos, a fragilidade das
posições competitivas dos destinos, etc.

Adicionalmente, a fragmentação dos padrões de consumo


turístico (no tempo, no espaço e nos impactos gerados) e
dos próprios perfis dos turistas, conjugados com imperativos
de sustentabilidade e valorização do património nas suas
diferentes acepções, ressaltam a necessidade de definição
de um quadro de referência técnico-profissional para a
actuação empresarial quotidiana, capaz de responder às
especificidades locais/regionais e sem perder de vista o
desenvolvimento individual dos seus destinatários
primordiais (turistas).

“A Animação Turística emerge no Turismo pelo despertar do novo turista, mais


exigente e mais activo…”
5

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A animação diz respeito a tudo aquilo que contribui para tornar uma estadia
agradável e interessante: uma atmosfera repousante, a diversificação de
centros de interesse, o meio envolvente atractivo, os equipamentos adaptados
à sua utilização, as actividades e divertimentos de acordo com as expectativas

dos turistas e as facilidades de contacto, de expressão, de criação e de


enriquecimento pessoal.

Assim, pode-se entender Animação Turística como todas as actividades que se


centram na valorização de um território, espaço, ambiente, pelo turismo,
procurando conceber e implementar actividades que integrem os turistas.

Do lado da Procura Turística

 Nova redistribuição das férias dos portugueses, com um claro


aumento do produto short-break;

 O aumento da experiência dos consumidores (turistas mais exigentes


e activos) obrigou ao surgimento de novos tipos de visitor attactions como a
oferta de animação em meios de alojamento entre outros (Vide caso Turismo
de Natureza PENT);

 Por outro lado, a alteração dos hábitos de vida das pessoas (stress do dia-
a-dia, trabalho, família, filhos, entre outros), e a crescente consciencialização 6
pelos valores ambientais e naturais, fizeram com que se verificasse, um
aumento da procura, fundamentalmente relacionado com produtos turísticos

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ligados à prática de actividades relacionadas com o ar livre e o contacto com a
natureza;

 Hoje em dia, novos produtos começam a emergir no mundo da animação


turística. Se até ao final do século passado (XX), as actividades ditas radicais
eram um fenómeno de popularidade e vendas nestas empresas, as
experiências que envolvam o relaxamento do corpo e da mente, são o mote
para o incremento de vendas nas mesmas (Sugerimos leitura atenta Turismo
de Saúde e Bem-Estar PENT).

 Procura de destinos diferenciados que consigam conciliar férias


activas com a descoberta da população autóctone (particularidades do território
visitado);

 Aumento da qualidade de vida dos turistas (socioeconómica,


sociocultural);

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Do lado da Oferta Turística:

 A crescente concorrência entre visitor attractions, meios de alojamento e


destinos turísticos implicou melhores factores de atracção turística e por
conseguinte, mais e melhor animação turística.

 Crescente consciencialização da importância da Animação Turística,


não só como factor de desenvolvimento do território e aumento da qualidade de
vida das populações, mas também, possibilidade de fidelização aos produtos
turísticos;

 Crescente concorrência do sector, tem de ser encarda como um factor


de melhoramento do produto final.

 Englobar no planeamento de actividades de animação, vários tipos de


recursos turísticos. (Factor de diferenciação do produto);

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Conceitos

Considera-se Animação Turística o conjunto de actividades que se traduzam


na ocupação dos tempos livres dos turistas e visitantes, permitindo a
diversificação da oferta turística através da integração dessas actividades,
contribuindo para a divulgação da gastronomia, do artesanato, dos produtos e
tradições da região onde se inserem.

A Animação Ambiental é uma classificação específica para a Animação


Turística desenvolvida no interior de uma Área Protegida, que tem como
objectivo promover a ocupação dos tempos livres dos turistas e visitantes
através do conhecimento e da fruição dos valores naturais e culturais próprios
destes espaços.

Turismo de Natureza define-se como o produto turístico, composto por


estabelecimentos, actividades e serviços de alojamento e animação ambiental
realizados e prestados em zonas integradas na Rede Nacional de Áreas
Protegidas1.

Consideram-se actividades de Desporto de Natureza todas as que sejam


praticadas em contacto com a natureza e que, pelas suas características,
possam ser praticadas de forma não nociva para a conservação da natureza.

Ecoturismo é a designação que se dá à exploração de actividades turísticas


que têm por base conservar/preservar os recursos da Natureza e contribuir

1
Área Protegida (AP) – são zonas bem delimitadas (sabe-se onde começam e onde acabam), que são criadas e 9
geridas de modo a que se mantenham os valores naturais e culturais que nelas existem. Antes de se criar uma Área
Protegida são feitos estudos e são consultadas as populações, várias entidades e organizações. Nessas Áreas têm de
ser respeitadas várias regras para que se consiga proteger a natureza e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

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para a fixação das populações, em regiões
rurais, mediante a implementação de
medidas adequadas.

A Animação Cultural é o conjunto de actividades que se traduzem na


ocupação dos tempos livres dos turistas e visitantes, através da integração
dessas actividades e outros recursos culturais, contribuindo para a fruição do
património cultural, alavancando assim, a sua divulgação, de aspectos
identitários (identidade cultural) de uma região, como a gastronomia, o
artesanato, os produtos tradicionais, as tradições e o próprio património
construído da região onde se inserem, desenvolvendo-se com o apoio das
infra-estruturas e dos serviços existentes e dos serviços no âmbito do Turismo
Cultural.

Panorama da Animação Turística em Portugal

A animação turística é ainda, infelizmente, uma actividade pouco reconhecida


e por isso pouco desenvolvida e fomentada em Portugal na maioria dos
principais agentes económicos relacionados com o sector. (Hotelaria e
Restauração).
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Estes sectores, encaram este subsector emergente, com algum descrédito,
visto que, por vezes são obrigados a efectuar elevados investimentos para
desenvolver esta actividade.
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Por outro lado, regista-se uma falta de recursos humanos especializados na
área.

Esta ausência de recursos humanos deve-se pela quase inexistência de


entidades acreditadas e certificadas com vista a desenvolver competências
técnicas e massa crítica (formação profissional) a atribuir a estes mesmos
recursos.

No entanto, nos últimos anos, a animação turística tem procurado ajustar-se ou


adaptar-se às necessidades dos visitantes, começando a ocupar, deste modo,
um lugar importante no quadro da oferta turística complementar portuguesa.

A nível local e regional, multiplicam-se as actividades de animação turística,


com o objectivo, por um lado, de valorização territorial (como por exemplo a
fixação das populações em territórios rurais), a dinamização e promoção da
identidade cultural (manutenção de actividades tradicionais), por outro, para a
captação de fluxos turísticos para a região (mais valias económicas e sociais).

 Feiras e Mostras de Gastronomia/Artesanato;

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 Festivais Juvenis;

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 Feiras relacionadas com as potencialidades
económicas e turísticas da região em causa;



 Festivais de Música (Concertos);

 Organização de Programas Multiactividades de desportos na


natureza (passeios de Todo-o-Terreno, provas de BTT,
provas de canoagem, percursos de orientação ou
pedestres);

 Feiras e Ceias Medievais;

Embora se constate um importante aumento das actividades de animação

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turística em Portugal quer no sector privado como no público, verificamos por
outro, que quantidade não significa qualidade.

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A aposta em profissionais, especializados,
possuidores de massa crítica capazes de
planear, dinamizar, desenvolver e implementar este género de

actividades, é frequentemente renegado para segundo plano, salvo raras


excepções, como é o caso do sector privado.

A “moda” da animação turística, faz com que as autarquias “copiem”


literalmente iniciativas promovidas nas suas congéneres, levando por esse
lado, a uma falta de criatividade e inovação em criar novos conceitos de
eventos de animação.

Verificamos por outro lado, uma consolidação de actividades de animação


turístico-desportiva relacionadas com o turismo activo/aventura e de natureza e
o surgimento de um novo produto relacionado com o bem-estar físico e mental
(wellness);

Este género de actividades, se inicialmente estavam destinadas a segmentos


mais jovens, actualmente já começa a afirmar-se como um produto turístico em
consolidação, direccionado para todas as faixas etárias e segmentos alvo.

Tipologias das Empresas de Animação

De um modo geral, a animação turística, enquanto conceito generalizado, é


levada a cabo por diferentes actores em diferentes espaços:

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Empresas de animação turística,
reconhecidas enquanto tal, que elaboram e
executam programas de animação nas suas vertentes cultural, desportiva,
lúdica ou de lazer;

- Empresas marítimo-turísticas, quando falamos de actividades de animação


desenvolvidas em ambientes aquáticos, sob as formas de serviços de
natureza, cultural, de lazer, de pesca turística e de táxi;

- Entidades que realizem iniciativas e concebam projectos referentes a


actividades, serviços e instalações de animação ambiental, sendo esta última
entendida enquanto animação, interpretação ambiental e desporto de natureza
levado a cabo em áreas protegidas;

- Empreendimentos turísticos, hotéis, restaurantes, empresas de eventos,


casinos, e outras entidades identificadas como pertencentes ao sector do
turismo

(tal como o definimos), como prestação de serviços complementares à sua


actividade “core”;

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- “Entidades exteriores” ao sector turístico, mas que para ele contribuem de
forma indirecta e complementar, enquanto fornecedoras de infra-estruturas e

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serviços culturais, desportivos e de lazer, etc., como museus, centros culturais,
parques temáticos, parques desportivos, etc. e que podem, muitas vezes
constituir-se como a principal fonte motivadora da deslocação turística.

No caso de nos querermos apenas referir às empresas de animação turística


propriamente ditas, estas são, na sua maioria, pequenas empresas com
carácter e fixação locais e que apresentam normalmente alguma
especialização no tipo de serviço prestado.

Tipologias de Animação

É, no entanto, de relevar o facto da animação turística se compor de


actividades recreativas, culturais, desportivas, diversas que exercem uma dupla
função:

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 Acrescentar valor às actividades com que se interligam, promovendo
formas mais integradas, completas e diversificadas de serviço turístico;

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 Potenciar dinâmicas locais importantes em áreas tão fulcrais quanto a
cultura, o património, a educação ambiental e desportiva, etc.

Animação - vertente desportiva (já desenvolvidas noutros módulos)

Animação - vertente lúdica e de entretenimento (já desenvolvidas noutros


módulos)

Animação - vertente cultural

 A crescente apetência da procura de produtos turísticos especificamente


culturais, altera em grande medida o tipo de actividades (culturais)
introduzidas nos pacotes regulares e de massas concebidos pelas
agências de viagens.

 Este facto obriga a que, em pacotes standard de animação turística haja


uma diversificação crescente do tipo de actividades culturais inseridas,
não se limitando apenas à componente de conhecimento do património
ou da arquitectura e história dos lugares, mas incorporando
componentes religiosas, etnográficas, ligadas aos costumes, tradições,
gastronomia, folclore, etc.

 Para além do mais, há um efectivo (mas ainda insuficiente) esforço das


entidades com responsabilidades sobre o património cultural e local no 16
sentido de levar a cabo uma monitorização e recuperação dos recursos
(turísticos) culturais, paralelamente à criação de percursos, itinerários

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culturais, rotas temáticas (dos vinhos,
dos frescos...) que tragam valor
acrescentado à imagem da região, fornecendo-lhe um forte vínculo
identitário.

 Verifica-se igualmente um uso crescente (embora ainda com pouco


significado) de recursos culturais (maioritariamente de base local e
regional) por parte de empresas responsáveis pela animação turística,
na construção dos programas de animação, bem como uma
preocupação crescente em efectivar a ligação do turista à cultura e

 economia locais através do contacto com as actividades de artesanato,


fabrico de produtos tradicionais, cozinha regional, etc.

O Animador Turístico

 São os profissionais que planeiam, organizam e promovem diversas


actividades de animação turística.

 Dado que existem várias áreas de animação turística, estes


profissionais habitualmente especializam-se numa delas, podendo
desenvolver actividades tão diferentes como a animação desportiva em
terra, na água, ou no ar; a animação na natureza (observação da fauna,
da flora, das configurações geológicas da terra, etc.); entre um imenso
leque de possibilidades. Também se podem especializar na animação
de grupos divididos por faixas etárias (crianças, jovens, adultos ou
seniores), ou no acompanhamento de grupos portadores de
incapacidades físicas ou psíquicas.
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 O Animador Turístico é uma profissão cada vez mais procurada no
sector turístico, cuja função principal é a realização de actividades de

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animação dentro do âmbito do
Turismo, dando um valor inequívoco
aos produtos turísticos e reforçando a ideia da excelência turística.

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Competências e Conhecimentos dos Animador Turístico /
Cultural

 Competências Aprofundadas Turismo


 Conhecimentos em Turismo e suas actividades
 Conhecimentos em tendências do mercado turístico
 Conhecimentos em produtos turísticos
 Conhecimentos em tipos e segmentos de Turismo
 Conhecimentos em hábitos culturais e motivações turísticas
 Conhecimentos em gestão e avaliação de projectos
 Conhecimentos em programação
 Conhecimentos em gestão de equipamento
 Conhecimentos em técnicas de negociação
 Conhecimentos em promoção
 Conhecimentos em marketing
 Conhecimentos em etnografia
 Conhecimentos em planeamento territorial
 Conhecimentos em organização política e administrativa do Turismo
 Conhecimentos em política ambiental
 Conhecimentos em política cultural
 Conhecimentos em política de qualidade e certificação turística
 Conhecimentos em legislação turística

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Necessidades e competências

(concepção de programas de animação Turística - vertente animação


cultural)

 Conhecimentos dos usos, costumes, tradições locais, regionais e


nacionais
 Conhecimentos de história de Portugal
 Conhecimentos de rotas temáticas (gastronómicas, dos vinhos, dos
frescos...)
 Conhecimentos dos eventos, feiras, festivais locais/ regionais/nacionais
 Conhecimentos do artesanato e gastronomia local, regional e nacional
 Conhecimentos de jogos tradicionais
 Capacidade para interpretar o património histórico, cultural, etnográfico

Qualidade do Animador Turístico

Acessível Decidido

Esforçado Flexível

Inovador Firme, mas justo

Diplomático Carismático

Compreensivo Democrático

Motivador Entusiasta

Analítico Organizado 20

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Introdução à Gestão e Organização de Eventos

(Técnicas de Organização de Actividades de Animação


Cultural)

Existem inúmeros métodos de planeamento de eventos de Animação Turística, uns


mais elaborados do que outros, consoante o seu conteúdo, objectivo ou público-alvo,
contudo, na generalidade subdividem-se em 3 grupos, a reter:

Pré-evento;

Evento;

Pós-evento;

 Pré-evento
 Elaboração do Plano “estratégico” do evento;
 Definir os objectivos;
 Identificar o público-alvo;
 Definir o enfoque do evento;
– O quê? (Que actividade) Onde? (local, espaço físico)
Quem? (Equipa de trabalho) Quando? (Data da
actividade) Porquê? (objectivos da actividade) Para
quem? (Público Alvo) Com quem? (Parceiros)
 Estruturar as linhas gerais do programa do evento;
 Definir o design do evento;
 Definir a equipa de projecto (Elaboração dos grupos de 21
trabalho);
 Definição dos objectivos por grupos de trabalho (delegar
tarefas);
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 Organograma organizativo (recursos humanos);
 Cronograma;
 Check List;
 Orçamentação;
 Analisar a viabilidade do evento (SWOT2);
 Brainstorming com os clientes;
 Brainstorming com os grupos de trabalho;
 Obter aprovação para avançar.
 (Reconfirmar local com 24 horas de antecedência);
 Ensaie o evento

EVENTO

 Esteja preparado;
 Montagem de equipamentos (ou pré-evento);
 Briefing com os grupos de trabalho;
 Realize checklist por grupos de trabalho;
 Verificar todo o equipamento a utilizar no evento;
 Precaver com equipamento suplente;
 Garanta a comunicação com os grupos de trabalho;
 Ensaie o evento;
 Recepção aos participantes;
 Mantenha a calma perante os clientes;
 Avalie o decorrer do evento;
 Se verificar alguma anomalia, no decorrer do evento e tiver que realizar
pequenos ajustes, não manifeste preocupação em frente aos participantes,
use a subtileza e eficiência; 22
 Mantenha o contacto com os participantes;
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O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrónimo de Forças (Strengths),
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).
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Pós-evento

 Logística de desmontagem dos equipamentos auxiliares do


evento;
 De-briefing com os grupos de trabalho;
 Aspectos positivos e menos positivos;
 Aspectos a melhorar;
 De-briefing com o cliente;
 Avaliação de qualidade e prestação de
serviços (inquérito);
 Aspectos positivos e menos positivos;
 Aspectos a melhorar;
 Pagamentos a fornecedores;
 Fidelização de Cliente;

 De volta ao domínio da gestão comercial, cabe à empresa


prestadora de serviços (eventos) realizar um acompanhamento
personalizado com o cliente:
 Divulgação das novidades e promoções,
 Newsletter;
 Atenções especiais aos elementos de tomada de
decisão;
 Fazer uso da carteira de clientes;

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SITES A CONSULTAR:

• www.portalaventuras.com
• www.apecate.pt
• www.turismoactivo.pt
• www.visitportugal.com
• www.turismodeportugal.pt
• http://www.adventuretravel.biz
• http://www.nationalgeographic.com/adventure
• www.descubraportugal.com.pt

Bibliografia
CHAVES, A., e MESALLES, L. (2001) El Animador. Barcelona: Laertes
CUNHA, L. (2001) Introdução ao Turismo. Lisboa: Editorial Verbo.
CUNHA, L. (1997) Economia Política do Turismo. Lisboa: McGraw – Hill.
EDGINTON, C. R.; HANSON, C. J. e EDGINTON, S. R. (1989) Leisure Programming – Concepts, Trends,
and Professional Practice. Dubuque IA: WCB Brown & Benchmark.
GETZ, D. (1997) Event Management & Event Tourism. New York: Cognizant Communication Corporation.
GONÇALVES, A. C. (2002) Temas de Turismo – O Recreio e Lazer na reabilitação urbana – Case study –
Almada Velha. Lisboa: Ministério da Economia/Gabinete de Estudos e Perspectiva Económica e Instituto
de Financiamento e Apoio ao Turismo.
DUMAZEDIER, J. (1974), Sociologie Empirique du Loisir, Paris: Ed. Du Seuil.
DUMAZEDIER, J. (1983), Revolution Culturrelle du Temps Libre et Pratiques Touristiques, Paris: Ed.
Futuristes.
ICEP (1997) Visitor Attractions e Animação Turística em Portugal. Colecção Estudos Turísticos, Lisboa:
ICEP Portugal – Investimentos, Comércio e Turismo.
MINISTÉRIO DA ECONOMIA (1998) Turismo – Uma Actividade Estratégica. Lisboa: Ministério da
Economia/Gabinete de Estudos e Perspectiva Económica, Colecção Economia e Prospectiva, Vol. I (4).
PIGRAM, J. (1993) Outdoor Recreation and Resource Management. London: Garland Pub.
PITASSILGO, J., e TEIXEIRA, M.A., Coord.’s (1998) Turismo – Horizontes Alternativos. Actas do
Encontro Realizado na E.S.E. Portalegre, Lisboa: Edições Colibri.
POON, A. (1993) Tourism Technology and Competitive Strategies. Wallingford: CAB International.
RAVENSCROFT, N. (1992) Recreation Planning and Development. London: McMillan Press.
TORRES, Zilah Barbosa (2004) Animação Turística – 3. ed. – São Paulo: Edições Roca.
TORKILDSEN, G. (1992) Leisure and Recreation Management. London: E & FN Spon.
WATT, David C. (2004) Gestão de Eventos em Lazer e Turismo – Trad. Roberto Cataldo Costa – Porto
Alegre: Bookman
24
NOTA: Esta lista pretende ser meramente indicativa das obras referidas em aula ou consideradas relevantes para o
estudo; não obsta, por isso, à utilização de outras obras aqui não referidas e consideradas importantes para o

aprofundamento do estudo.

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