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IT - 47 Data: 06/05/22

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INSTALAÇÃO SPRINKLERS EM REDES EXISTENTES

1. OBJETIVO:

Padronizar e fornecer diretrizes para a execução de Instalação em Sprinklers em Redes


Existentes.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO:

O conteúdo deste procedimento deve ser aplicado ao departamento técnico das empresas.

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA:

SiAC / PBQP-H e NBR ISO 9001 – Item 8.4.3 e 8.5.1 – Informações para provedores externos
e Controle de Produção e Provisão de Serviços

4. DEFINIÇÕES:

Não há.

5. DESCRIÇÕES:

5.1. Antes de Iniciar:

Verificar no projeto de forro, a identificação dos sprinklers e o posicionamento dos pontos.

Verificar no projeto técnico, a classe de risco e o uso do edifício, de acordo com o manual de
obras do condomínio e a rede de sprinklers existente.

Verificar no projeto técnico, o tipo de sprinkler (chuveiro automático) a ser utilizado. Pode
haver mais de um modelo de sprinkler no mesmo projeto.

Pendente
Lateral
Seco
Em pé

Embutido
Bulbo Obturador

Difusor
Oculto Corpo
Flush

Verificar se a rede está pressurizada; se há evidências de vazamentos. Verificar o


funcionamento do cavalete da válvula de governo.

5.2. Passo 1 – Despressurização e Drenagem da Rede:

Planejar detalhadamente e formalizar com o condomínio a drenagem da linha de sprinkler que


atende a área da obra.

Aprovado por: Assinatura:


Gerência da Qualidade
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Acompanhar a drenagem da rede existente por completo antes do início das atividades. Confirmar o
travamento doregistro de pressurização para evitar incidentes.

Registrar a despressurização com imagens, identificação dos responsáveis, data e hora.

5.3. Passo 2 – Desmontagem de Sprinklers:

Instalar a proteção do bulbo. Remover o sprinkler da rede sempre utilizando a chave


adequada.

Não executar furo manualmente em tubulação ranhurada instalada. Retirar o trecho de tubo e
furar na bancada.

Armazenar os sprinklers um a um, em local seco e arejado, com as proteções, em caixas


adequadas. Nunca deixar as peças soltas, em contato umas com as outras, em caixas
improvisadas, caixotes, baldes, caixas de ferramentas ou espalhadas pelo chão.

CORRETO: caixa adequada INCORRETO: peças soltas

Não armazenar sprinklers que sofreram quedas ou que tenham bulbos trincados ou corpos
avariados.

Sempre proteger os sprinklers durante o manuseio e, sempre que possível, após a instalação.

5.4. Passo 3 – Desmontagem da Rede:

Desmontar e retirar as canetas (rígidas ou flexíveis) e os ramais existentes que serão


realocados, com base no projeto técnico de combate a incêndio.

5.5. Passo 4 – Montagem de Tubulações e Ramais de Sprinklers:

Executar ou revisar a suportação da tubulação geral e dos ramais da rede, instalando os


suportes fixados nas lajes, de acordo com o projeto.
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5.5.1. Tubulação de aço carbono soldada


Cortar os tubos na perpendicular e biselar. Limpar os tubos e conexões antes de iniciar a soldagem.
A solda deve penetrar completamente na junta. Deve existir fusãototal entre o tubo e a solda. Qualquer
trinca é inaceitável, independentemente do tamanho e da localização.

Armazenar as varetas de solda em local seco.

5.5.2. Tubulação de aço carbono rosqueada (< ou = Ø 2”)

Efetuar a rosca da tubulação com o uso de rosqueadeira elétrica. Ao operar, proteger o piso dos
respingos de óleo lubrificante utilizando caixa com areia.

Alinhar e fixar corretamente o tubo no equipamento. Cortar a ponta do tubo. Configurar a dimensão da
rosca. Executar a rosca, escareare eliminar as rebarbas.

Montar as conexões utilizando materiais de vedação adequados para não permitir


vazamentos.

5.5.3. Tubulação de aço carbono ranhurada (grooved)


Efetuar a ranhura na ponta de cada tubo, remover os resíduos e lubrificar o anel.
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Alinhar os tubos e inserir cadaponta ranhurada até tocar a aba central do anel de vedação.

Montar os seguimentos sobre o anel de vedação, verificar se as chavetas se encaixam, rosquear por
igual até haver contato metal-metal.

Na conexão de ramais à tubulaçãoprincipal ou mesmo na conexão de sprinklers diretamente nos ramais,


utilizar conexões T certificadas, comanéis de vedação apropriados.

Na furação de derivações tipo T mecânico ou outlet, verificar os diâmetros interno e externo


da furação de acordo com o manual do fabricante.

Não executar furo manualmente em tubulação ranhurada instalada. Retirar o trecho de tubo e
furar na bancada.

5.5.4. Tubulação de CPVC


Limpar a ponta do tubo e a bolsa do flange com uma estopa.
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Colocar o flange livre no tubo e aplique o adesivo na bolsa do flange e na ponta do tubo.

O alinhamento dos furos é facilmente conseguido, pois os flanges são livres. O aperto dos
parafusos deve ser gradual, procurando-se fixar sempre aquele oposto ao fixado.
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Para junção das tubulações com metais e derivações para sprinklers, utilizar conexões roscáveis.
Aplicar a fita veda rosca, em até 6 voltas até cobrir os fios da rosca. Rosquear ao máximo
manualmente para em seguida utilizar a chave apropriada para o aperto final.

5.5.5. Tubulação de Cobre


Cortar o tubo no esquadro e tirar rebarbas.

Limpar a bolsa de conexão e a ponta do tubo com material abrasivo, retirando a oxidação da
superfície. Não desbastar ou arranhar as partes a serem soldadas.
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Com o pincel, aplicara pasta específica para soldagem de tubos e conexões de cobre na pontado tubo
e na bolsa de conexão. As partes a serem soldadas devem ficar revestidaspor uma fina camada da pasta
(evitar o excesso). Encaixar o tubo na conexão para soldar. Não ultrapassar 30 minutos para realizar a
soldagem, após a aplicação da pasta.

Aplicar a chama sobre a conexão para aquecer o tubo e a bolsa da conexão, até que a solda
derreta quando colocada na união do tubo com a conexão.

Retirar a chama e alimentar com solda sem chumbo, um ou dois pontos, até ver a solda correr
em volta da união. A quantidade correta de solda é igual ao diâmetro da conexão. A aplicação
de solda é feita somente para conexões sem anel de solda.
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Retirar imediatamente o excesso de solda e pasta com um pano seco enquanto a solda ainda
permitir, deixando um filete em torno da união.

A tubulação de cobre não pode tocar em nenhum componente metálico. Todo suporte ou
fixação deve ser isolado com borracha ou plástico.

5.5.6. Canetas rígidas

A instalação de canetas rígidas e de mangueiras flexíveis necessita da cota do forro acabado.

Executar as canetas da tubulação de sprinkler, iniciando nas áreas com forro de drywall e,
na sequência, instalando nas áreas com forro modular

5.3.4. Mangueiras flexíveis

5.5.7. Mangueiras Flexíveis

Instalar as mangueiras flexíveis da tubulação de sprinkler, iniciando nas áreas com forro de
drywall e, na sequência, executando nas áreas com forro modular. Atentar para a sequência
da montagem do suporte da mangueira nos perfis do forro:
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5.6. Passo 5 – Pintura e Identificação:

Executar a pintura da rede de sprinkler acompanhando o sequenciamento do passo 4, de acordo com


a montagemda tubulação e antes do fechamento do forro.

Em casos nos quais a cor da rede de sprinklers não for vermelha, fazer a identificação da rede a cada
5 m, com anéis vermelhos sobre a cor definida pela arquitetura.

Executar a pintura da tubulação com tinta esmalte sobre fundo anticorrosivo.

5.7. Passo 6 – Teste de Estanqueidade com Ar:

Fechar toda a tubulação de sprinkler antes de iniciar o teste de estanqueidade com ar


pressurizado.

Instalar o cavalete de testes em um ponto da rede. O manômetro do cavalete deve estar em


um ponto visível para fiscalização.

Começar o teste utilizando o compressor para pressurizar a rede com 2,7 Bar.

Manter o teste de estanqueidade com ar durante 24 horas. Não há tolerância para vazamento
de ar.
Se durante o teste o manômetro indicar vazamento de ar, identificar e corrigir o ponto de
vazamento e refazer o teste.

5.8. Passo 7 – Teste de Estanqueidade com Água:

Fechar toda a tubulação de sprinkler antes de iniciar o teste de estanqueidade com água. Manter a
válvula de governo/controle setorial e dreno fechada.
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Instalar o cavalete de testes em um ponto da rede de sprinkler mantendo o manômetro do


cavalete em um local visível para fiscalização.

Conectar o cavalete à bomba de pressurização interligada a um ponto de água da obra.

Pressurizar a rede de sprinklers com água a 13,6 Bar. O procedimento deve ser acompanhado
pelo instalador, gerente de implantação e por técnico especializado para identificar eventual
vazamento.

Manter o teste de estanqueidade com água durante 24 horas. Não há tolerância para
vazamento.

Se durante o teste ocorrer vazamento de água, identificar e corrigir o ponto de vazamento e refazer o
teste. Se não for observado um vazamento, o teste será aceito.

O instalador deve entregar laudo técnico atestando o funcionamento da rede de sprinklers e


emitir a ART referente à execução do sistema.

5.9. Passo 8 – Instalação dos Sprinklers:

Após a instalação das canetas e mangueiras e concluídos os testes com ar e água, iniciar a
instalação dos sprinklers.

No forro de drywall, instalar os sprinklers após a conclusão da pintura do forro.

No forro modular, colocar a placa de forro e instalar o sprinkler sempre com canopla.

Não remover os escudos e caps protetores dos sprinklers antes da instalação. Remover quando
não houver possibilidade potencial de danos mecânicos.

CORRETO: chave específica INCORRETO: chave improvisada

Utilizar somente a chave recomendada pelo fabricantepara o modelo do sprinkler que será instalado.

Instalar os sprinklers somente em tubulações já fixadas no teto ou na parede. Nunca instalar


em tubulações que ainda não estão fixadas.

Nunca utilizar o defletor do sprinkler para iniciar ou rosquear o sprinkler na conexão.

Nunca permitir impactos diretamente sobre os sprinklers ou suas conexões, bem como sobre
tubos e acoplamentos próximos dos sprinklers para evitar danos mecânicos diretos ou
indiretos.

Destruir os sprinklers com perda de líquido no bulbo de vidro ou danos no elemento térmico.
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Nunca instalar sprinklers que tenham sido derrubados, danificados ou expostos a


temperaturas superiores à temperatura ambiente máxima indicada pelo fabricante.

5.10. Passo 9 – Pressurização da Rede:

Após os testes e instalação dos sprinklers, planejar detalhadamente e formalizar com o


condomínio a pressurização da linha de sprinkler da área da obra.

Fazer a pressurização em etapas, com enchimento gradual da rede através de abertura


mínima da válvula de governo com pressurização máxima de 1 Bar. Fechar a válvula.

Após esse procedimento vistoriar todos os pontos. Não encontrando vazamentos, subir a pressão
para o ponto de operação do edifício e fechar a válvula de governo.

Essa operação deve ser acompanhada pelo instalador, gerente de implantação e um técnico
especializado, durante 2 horas, para identificar eventual vazamento.

Não havendo vazamento, abrir a válvula de governo para manter a rede pressurizada.
Em caso de vazamento, identificar e corrigir o ponto e refazer o passo 9.

6. CONSIDERAÇÕES GERAIS:

A verificação do serviço de execução de pintura interna e deverá estar registrada na Ficha de


Inspeção de Serviço – FIS (Anexo 01).

6.1. Arquitetura:
• Verificar e compatibilizar o posicionamento e as especificações detalhadas da rede de
sprinklers no projeto técnico de combate a incêndio.
• Identificar os pontos de sprinkler no projeto de forro.
• O projeto técnico deve considerar a classe de risco e o uso do edifício, o manual de
obras do condomínio, a rede de sprinklers existente e especificar os sprinklers novos com as
principais características :
1. Fator K (ou coeficiente de descarga): a capacidade de vazão de água.
2. Tipo de Resposta: velocidade de ativação do bulbo de vidro (rápida=Ø3mm ou
padrão=Ø5mm).
3. Posição da Instalação: pendente, lateral, em pé (ou upright), oculto, embutido, flush e seco
(dry). Em áreas de interiores utilizar apenas sprinkler pendente.
4. Tipo de Cobertura: área que o sprinkler irá cobrir definida pelo tipo de defletor.
5. Diâmetro da rosca: ½” (DN15), ¾” (DN20) e 1” (DN25)
6. Temperatura de Acionamento: 68°C (cor vermelha) é a mais usual em prédios
comerciais.
7. Acabamento: cromado, natural, branco ou preto.
8. Certificação: obrigatório ABNT e/ou ULbr e/ou FM.
• O projetista técnico deve verificar se a rede foi montada de acordo com as normas da
ABNT e vistoriar a instalação de toda a área do escopo do projeto.
• O projetista deve incluir a tabela de suportação das tubulações nos desenhos.
• O projetista deve fornecer os cálculos de sprinklers quando solicitado.
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6.2. Orçamento / Compras:


• Verificar o posicionamento dos sprinklers no projeto de forro.
• Verificar o conceito e as especificações detalhadas da rede de sprinklers no projeto
técnico de combate a incêndio.
• Atentar para as 8 características fundamentais dos sprinklers: Fator K, Tipo de
Resposta, Posição da Instalação, Tipo de Cobertura, Diâmetro da rosca, Temperatura de
Acionamento, Acabamento e Certificação.
• Contratar, caso necessário, os serviços de acompanhamento de despressurização e
pressurização da rede de sprinkler junto ao condomínio.
• A tubulação rosqueada deve atender a NBR 5580, classe média.
• Garantir o acompanhamento do instalador de sprinklers nos testes de estanqueidade
com ar e com água da rede de sprinkler complementar ou existente.
• Adquirir somente sprinklers com certificação ABNT e/ou ULbr e/ou FM.

6.3. Implantação:
• Verificar o posicionamento dos pontos no projeto de forro.
• Verificar o conceito e as especificações detalhadas da rede de sprinklers no projeto
técnico de combate a incêndio.
• Conhecer os procedimentos do condomínio para os serviços de despressurização e
pressurização da rede de sprinkler existente.
• Verificar a suportação da rede existente durante o remanejamento e complemento de
pontos de sprinkler.
• Inspecionar a integridade das conexões das tubulações.
• Permitir somente a instalação de sprinklers com certificação ABNT e/ou ULbr e/ou FM.
• Nunca permitir a instalação ou reinstalação sprinklers armazenados de forma inadequada
ou sprinklers danificados durante o remanejamento, em qualquer um de seus componentes (base,
obturador, corpo, bulbo e difusor).
• Garantir o uso de ferramentas específicas e apropriadas para a colocação de cada tipo
de sprinklers.
• Garantir o acompanhamento dos testes de estanqueidade por parte do instalador e a
emissão de laudo técnico e ART da instalação.
• O As built deve representar claramente a posição dos pontos. A pasta de obra deve
incluir os laudos de testes, ART, certificados e notas fiscais dos sprinklers.

7. ANEXOS:

• Anexo 01 – FIS 47 Execução de Instalação de Sprinklers em Redes Existentes.

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