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Assinado Por: ANTONIO LUIS CHELES VICENCIO

Localização: REFER - Lx Sta Apolónia


Motivo: Documento Certificado
Data da Assinatura: 16/08/2012 15:03:33

PR.VIA.002

PROCEDIMENTO

INSPEÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS DE VIA APLICADOS NA REDE, E CONDIÇÕES


A OBSERVAR COM VISTA À SUA REAPLICAÇÃO

Versão do documento

00

Referência SAP/DMS

224 10002011440

Aprovação

10.08.2012

Distribuição

Geral

Descritores

Materiais usados; classificação de materiais levantados da via, preparação para


reaplicação.

Ciclo de produção do documento

Executado por: Supervisionado por: Aprovado por:

VIAE (EI), GAR (LG),


DNOR (EI) DGEI
AOPS (ROS), AOPN (RON)

Total de páginas 37
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ÍNDICE

Pág.

Histórico do Documento 5 

Documentos revogados 5 

Documentos de referência 5 

1.  Objetivo 6 

2.  Âmbito 6 

3.  Abreviaturas e definições 6 

3.1.  Abreviaturas 6 

3.2.  Definições 7 

4.  Responsabilidade 8 

5.  Estrutura geral do processo de reaplicação de materiais usados 9 

6.  Carril 10 

6.1.  Inspeção 10 

6.2.  Classificação 11 

6.3.  Manuseamento, transporte e armazenamento 12 

6.4.  Preparação para reaplicação 13 

6.5.  Condições de reaplicação 15 

7.  Travessas de madeira 15 

7.1.  Inspeção 15 

7.2.  Classificação 16 

7.3.  Manuseamento, transporte e armazenamento 17 

7.4.  Condições de reaplicação 18 

8.  Travessas de betão bibloco 19 

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8.1.  Inspeção 19 

8.2.  Classificação 20 

8.3.  Manuseamento, transporte e armazenamento 21 

8.4.  Preparação para reaplicação 21 

8.5.  Condições de reaplicação 22 

9.  Travessas de betão monobloco 22 

9.1.  Inspeção 22 

9.2.  Classificação 24 

9.3.  Manuseamento, transporte e armazenamento 25 

9.4.  Preparação para reaplicação 25 

9.5.  Condições de reaplicação 26 

10.  Outros materiais de via 26 

10.1.  Barretas de aço e de madeira 26 


10.1.1.  Inspeção 26 
10.1.2.  Triagem 26 

10.2.  Parafusos de barreta e gancho 27 


10.2.1.  Inspeção 27 
10.2.2.  Triagem 27 

10.3.  Tirafundos 28 


10.3.1.  Inspeção 28 
10.3.2.  Triagem 28 

10.4.  Garras e grampos 29 


10.4.1.  Inspeção 29 
10.4.2.  Triagem 29 

10.5.  Chapins metálicos 30 


10.5.1.  Inspeção 30 
10.5.2.  Triagem 30 

10.6.  Palmilhas de borracha 31 

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10.6.1.  Inspeção 31 


10.6.2.  Triagem 31 

11.  Aparelhos de Via 32 

11.1.  Inspeção 32 

11.2.  Levantamento, manuseamento, transporte e armazenamento 32 

11.3.  Regeneração 33 

11.4.  Condições de Reaplicação 33 

Anexo A – Boletim de entrega de AV 34 

Anexo B – Desenho do plano de cortes para aparelhos de mudança de via 36 

ÍNDICE DE TABELAS

Pág.

Tabela 1 - Matriz de responsabilidade 8 

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Histórico do Documento

Versão Data Descrição Páginas

00 10.08.2012 Versão Inicial

Documentos revogados

IMV-001 versão 01 de 01.06.1994 - "Reaproveitamento de materiais levantados da


via em consequência de renovações.”

Documentos de referência

 IMV-004 – “Reperfilagem de carris em estaleiro – Condições de admissão à


reperfilagem – Condições após reperfilagem”
 IMV-005 – “Execução e controlo da soldadura elétrica de topo de carril”
 IMV-016 – “Carris Características – Transporte armazenagem e utilizações”
 IT.VIA.017 – “Procedimento para identificação de fissuras em travessas de betão
monobloco”
 IT.VIA.021 – “Tolerâncias de desgaste do perfil transversal do carril”
 pr.MN.BSU.001 – “Materiais usados e resíduos – Princípios de gestão”
 IT.VIA.014 – “Regeneração de AMV 54E1 usados (1º e 2º níveis) – Inspeção de
peças componentes e procedimentos”
 IT.VIA.004.01 – “Procedimento para manuseamento, transporte, armazenamento
e assentamento de travessas de betão”
 I.E.T 12 – “Prescrições sobre carga de vagões”
 UIC Code 712 R – 4th ed. Jan. 2002 – “Rail defects”
 NP:EF-5/98 – “Material de Via e Catenária levantado de obra”

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1. Objetivo

O presente documento visa definir a classificação dos materiais de via aplicados na


Rede Ferroviária Nacional, em função dos respetivos procedimentos de inspeção,
assim como as condições de manuseamento, transporte e armazenamento a
observar para os materiais com potencial de reaplicação. Pretende-se ainda definir
as condições em que essa reaplicação pode ser efetuada.

2. Âmbito

Este documento visa definir os procedimentos de inspeção e classificação para os


materiais de via aplicados na rede, mais concretamente:

 Carril;

 Travessas de betão bibloco;

 Travessas de betão monobloco;

 Travessas de madeira;

 Outros materiais de via, onde se incluem barretas, chapins, garras, grampos,


palmilhas, parafusos e tirafundos;

 Aparelhos de Via

Incide também sobre as condições a observar com vista à sua reaplicação.

3. Abreviaturas e definições

3.1. Abreviaturas

Da organização:

AOPN - Apoio Operacional de Produção (Norte)

AOPS - Apoio Operacional de Produção (Sul)

DGEI - Direção Geral de Exploração da Infraestrutura

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DNOR - Desenvolvimento e Normativo

EI - Direção de Engenharia de Infraestruturas


GAR - Gestão de Armazéns

LG - Direção de Logística

RON - Região operacional Norte

ROS - Região operacional Sul

VIAE- Via

Restantes:

AV - Aparelho de Via;

ODMV - Órgão detentor dos materiais de via aplicados na Rede Ferroviária Nacional;

OEXEC - Órgão responsável pela execução dos trabalhos de levantamento de via;

OINSP - Órgão responsável pelos equipamentos ligeiros/pesados de inspeção de via;

OPREP - Órgão responsável pela preparação para reutilização dos materiais de via
usados.

RFN - Rede Ferroviária Nacional

Tipo D - Tipo Direito

Tipo E - Tipo Esquerdo

3.2. Definições

Material de via usado reaplicável – Todo o material de via usado que, carecendo ou
não de preparação, pode ser reutilizado para os mesmos fins originais na Rede
Ferroviária Nacional (Lote A).

Material de via usado não reaplicável – Todo o material de via usado que, não
estando em condições para reaplicação na Rede Ferroviária Nacional, conserva
propriedades que permitem a sua reutilização noutros fins, distintos do original, pela
REFER ou por terceiros (Lote Y). Caso as propriedades desses materiais não permitam
qualquer outra forma de reutilização, os mesmos serão considerados resíduos (Lote
X).

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Preparação para reaplicação – Processo de preparação do material de via usado


com vista à obtenção das condições necessárias para a sua reaplicação.

Regeneração – Processo de reabilitação de aparelhos de via, que pressupõe


inspeção, classificação e substituição de componentes, e eventual alteração das
suas características geométricas em função da futura implantação no traçado de
via.

Códigos de Cores (pr.MN.BSU.001) – Os materiais usados e resíduos devem ser


identificados, de acordo com a sua classificação, com os seguintes códigos de
cores:

Cor Verde: Materiais de via usados para reaplicação;

Cor Amarela: Materiais de via usados para reutilização noutros fins;

Cor Laranja: Materiais Obsoletos;

Cor Azul: Resíduo valorizável economicamente;

Cor Vermelha: Resíduo não valorizável economicamente, destacando com a


indicação “perigoso” os assim classificados.

4. Responsabilidade

Tabela 1 - Matriz de responsabilidade

Órgão Responsabilidade

Efetuar a inspeção e classificação dos materiais de


OINSP, ODMV
via aplicados na RFN
Efetuar ao carril as inspeções ultrassónica, do
OINSP desgaste ondulatório e perfil transversal e atribuir-lhe a
classificação em função dos resultados obtidos
Assegurar o levantamento e correta triagem dos
OEXEC
materiais usados de via
Verificar a correta triagem dos materiais levantados da
OPREP via, proceder à sua preparação para reaplicação e
controlar/validar o resultado da preparação

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5. Estrutura geral do processo de reaplicação de materiais usados

Inspeção dos materiais


aplicados na via

Classificação dos materiais


aplicados na via

SIM Com potencial NÃO


para
reaplicação?

Com potencial de Sem potencial de


reaplicação na RFN reaplicação na RFN

Classe I Classe II

Levantamento da Via
Levantamento da Via

Em condições NÃO Reutilizável


Triagem para noutros fins?
preparação?

SIM
LOTE Y LOTE X
Marcação cor
Verde Reutilização Resíduo
interna ou
venda
Preparação para Marcação de
Reaplicação Cor Azul ou
Marcação de Vermelha e
Cor Amarela e triagem
Receção técnica dos materiais usados triagem
após preparação para reaplicação

LOTE A SIM Em condições NÃO


Reaplicável na RFN de
reaplicação?

Pronto a ser reaplicado


na RFN

(Armazenamento)

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6. Carril

6.1. Inspeção

A análise do estado do carril deverá efetuar-se com base na inspeção visual,


registos da inspeção ultrassónica e registos do desgaste do perfil de carril, transversal
e ondulatório, que permitam classificar o carril a ser levantado da via em função do
seu potencial de reaplicação na RFN.

O processo de inspeção do carril será desenvolvido em duas fases distintas:

 A primeira fase ocorrerá antes do levantamento da via, com recurso aos meios
de inspeção de desgaste do perfil transversal do carril, de desgaste ondulatório
e de defeitos de carril por ultrassons, e complementada com a inspeção visual.
Esta primeira fase deverá preceder a preparação da intervenção na
superestrutura de via, tendo como objetivo fundamental a maximização dos
comprimentos dos troços de carril a levantar em função da localização
otimizada para execução dos cortes.

 A segunda fase consiste na avaliação do carril por inspeção visual, após o seu
levantamento.

Antes do levantamento da via, e em função da localização do carril, deverão ser


produzidos registos contendo a seguinte informação:

 Localização do carril na via, com rigor métrico;

 Perfil do carril;

 Percentagem de área perdida na cabeça do carril;

 Número de faces de carril com desvios face ao perfil de referência,


nomeadamente desgaste lateral, esmagamento, rebarbas, entre outros;

 Localização de furos;

 Localização de soldaduras elétricas e de soldaduras aluminotérmicas;

 Caracterização e localização de todos os defeitos internos e superficiais de carril,


tendo por referência a ficha UIC 712 R.

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Na inspeção do carril após o levantamento da via, deverá ser tido em


consideração:

 Defeitos decorrentes do processo de levantamento da via, do manuseamento,


do transporte ou das condições de armazenamento.

6.2. Classificação

Antes do levantamento da via, e tendo por base nos dados produzidos pela
inspeção, o carril será classificado dentro das seguintes classes:

Classe I – Com potencial de reaplicação na RFN.

 Perfil 54E1ou 60E1;

 Percentagem de área perdida na cabeça do carril inferior a 15% (quando


medida segundo a IT.VIA.021): será necessário proceder à distinção do carril
com percentagem de área perdida na cabeça até 8% e entre 8% e 15%;

 Comprimento da barra de carril igual ou superior a 6 (seis) metros;

 Apresentar apenas uma face guiamento usada, visto que a face não utilizada
será, na reaplicação, a face ativa;

 A face não utilizada poderá apresentar esmagamento e/ou rebarbas dentro dos
limites estipulados no ponto 4 da IT.VIA.021para a face de guiamento da fila
alta;

 Não apresentar qualquer tipo de defeito interno ou fissura;

 Não apresentar furos em qualquer parte do carril;

 Não apresentar soldaduras aluminotérmicas;

 Não apresentar desgaste ondulatório;

 Não apresentar marcas de patinagem e/ou patinhagem;

 Não apresentar sinais de corrosão acentuados.

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Classe II – Sem potencial de reaplicação na RFN.

É todo o carril que não apresente as características que permita ser incluído na
Classe I.

O carril será classificado como reaplicável noutros fins (Lote Y) desde que não se
inclua na Classe I e não apresente as características de resíduo.

O carril será classificado como Resíduo (Lote X), caso apresente as seguintes
características:

 Defeitos internos;

 Corrosão muito acentuada;

 Frações com comprimento inferior a 6 metros;

6.3. Manuseamento, transporte e armazenamento

Em todas as atividades decorrentes do levantamento do carril usado da via, sua


triagem e preparação para reaplicação, deverão observar-se os seguintes cuidados
de manuseamento, transporte e armazenamento do carril com potencial de
reaplicação:

 No manuseamento do carril classe I devem ser utilizados processos que não


afetem as condições de reutilização, nomeadamente empenos e mossas;

 Os cortes no carril de classe I serão obrigatoriamente efetuados por meio de


motosserra de disco. Os cortes a oxiacetileno são interditos, sendo apenas
admissíveis em carril de classe II;

 Os cortes no carril da classe I deverão ser efetuados de modo a que a barra


resultante tenha o maior comprimento possível(a ter, que esteja a mais de 6
metros do corte efetuado), sem soldaduras aluminotérmicas e
preferencialmente com o mínimo de 18 metros.

 O transporte ferroviário de carril usado deverá obedecer ao carregamento


segundo o Anexo 2 da I.E.T. 12;

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 Os carris levantados da via, após eliminação das soldaduras aluminotérmicas,


deverão ser cuidadosamente arrumados nos lotes atrás descritos e nos diferentes
comprimentos;

 Serão colocados por fiadas horizontais, a primeira das quais descansará sobre
apoios de madeira bem nivelados. O vão entre apoios não deverá exceder 4 m;

 Por economia de espaço, e facilidade de movimentação, as fiadas serão


separadas por barras de ferro com espessura mínima de 6 mm e com um
número de fiadas em função da resistência do terreno;

 Os carris empilhados serão colocados com todas as precauções;

 Na armazenagem de carris deve evitar-se a formação de flexões excessivas que


originem deformações permanentes;

 A armazenagem deve ser feita em parques, e no máximo de dez fiadas


colocadas na horizontal, cada uma deve ter apoios formados por carril, e
intervalados cerca de 2,5 m. As extremidades terão apoios a 0,25 m. Toda a
movimentação de carril deve ser feita por pórticos;

 Na armazenagem, os lotes deverão estar separados.

6.4. Preparação para reaplicação

O carril classificado dentro da Classe I, após o seu levantamento da via e triagem,


desde que acautelados os cuidados indicados no ponto 6.3, será admitido à
preparação para reaplicação. A partir deste momento o carril passa a integrar o
Lote A, identificado com marcação de cor verde.

A preparação do carril usado para reaplicação consiste em:

 Controlo visual das frações:

O controlo visual é efetuado durante a descarga e no decorrer de todo o


processo de preparação. São rejeitadas todas as frações de carril que
apresentem defeitos visualizáveis decorrentes do transporte;

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 Desponte do carril:

No desponte são eliminados todos os defeitos detetados e furações.

O desponte é efetuado com uma serra de disco com 600mm de diâmetro;

 Limpeza do carril:

De modo a preparar o carril para o processo de controlo por ultrassons, este


passa por uma máquina equipada com rolos abrasivos, que se destinam a
limpar a superfície de rolamento do carril, para eliminar elementos estranhos que
possam interferir no processo de visualização da estrutura do carril;

 Soldadura elétrica:

A soldadura das frações de carril é efetuada eletricamente por uma máquina


de soldar, efetuando registo gráfico de cada soldadura.

As frações de carril são soldadas invertendo a face anterior ativa ou de


guiamento do carril;

 Controlo das soldaduras:

As soldaduras efetuadas em carril preparado para reaplicação são controladas


preferencialmente utilizando uma régua de medição tipo Rectiway, ou em
alternativa uma régua metálica de 1m e apalpa folgas, e admitem-se as
seguintes tolerâncias:

Alinhamento da superfície de rolamento

Não se admitirão flechas superiores a 0,5 (meio) milímetro sobre corda de 1 (um)
metro, medidas de tal maneira que o centro da régua ou dispositivo de medida
coincida com a secção da soldadura.

Alinhamento da face de guiamento

O defeito máximo de alinhamento medido com régua de 1 (um) metro


colocada em qualquer das duas posições que se indicam na figura 2 do anexo
I da IMV-005 não poderá exceder 0,3 (três décimos) de milímetro.

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Todas as soldaduras são numeradas individualmente sendo feito um registo


diário de soldaduras efetuadas, que se associa ao registo gráfico efetuado pela
máquina de soldar (segundo IMV-005).

As barras são sujeitas a controlo ultrassónico para deteção de eventuais defeitos


internos nas soldaduras ou fissuras.

O carril é soldado em barras com 36m e 108m;

 Armazenamento das barras longas

Nas barras é marcada a face ativa (face que garante o guiamento), sendo
armazenadas em pilhas próprias, por comprimentos e tipo E ou D, na zona do
estaleiro preparado para movimentar barras longas, sob os pórticos fixos de
carga dos comboios, cumprindo com os pressupostos do ponto 6.3.

6.5. Condições de reaplicação

A reaplicação de carril usado deverá ser sempre sujeita a uma análise de


viabilidade técnico-económica.

O carril preparado para reaplicação poderá ser utilizado na RFN, em troços com
velocidades máximas de 220 km/h desde que a área perdida na cabeça do carril
não exceda os 8%, e na restante extensão da rede, todo o carril cuja área perdida
na cabeça do carril se encontre entre os 8% e os 15%.

7. Travessas de madeira

7.1. Inspeção

A inspeção de travessas de madeira deverá efetuar-se mediante a análise visual e


dimensional que permita classificar as travessas a serem levantadas da via, em
função do seu potencial de reaplicação na RFN.

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O processo de inspeção das travessas de madeira será desenvolvido em duas fases


distintas:

 A primeira fase ocorrerá antes do levantamento da via, recorrendo à inspeção


visual e aos dados produzidos no âmbito da manutenção de via;

 A segunda fase consiste na avaliação das travessas após o seu levantamento,


com base na inspeção visual e caracterização dimensional.

Antes do levantamento da via, e em função da localização das travessas de


madeira, deverão ser produzidos registos contendo a seguinte informação:

 Localização das travessas na via, com rigor métrico;

 Presença de fraturas;

 Consistência da travessa (travessa “mole” ou que produza um som “oco”


indiciará que a travessa está podre e sem coesão das fibras);

 Envelhecimento das fibras da madeira;

 Desvios face ao valor da bitola de projeto.

Na inspeção das travessas após o levantamento deverá ser tido em consideração:

 Análise visual;

 Dimensões da travessa.

 Presença de espirais nas furações;

 Quantidade de furos no mesmo plano transversal;

7.2. Classificação

Antes e após o levantamento da via, e tendo por base os dados produzidos pela
inspeção e os produzidos no âmbito da manutenção de via, as travessas de
madeira serão classificadas dentro das seguintes classes:

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Classe I – Com potencial de reaplicação na RFN

 Não apresentam fraturas;

 As fibras da madeira não apresentam sinais de envelhecimento;

 Não têm mais que dois furos no mesmo plano transversal, cavilhados ou não;

 Têm uma altura mínima de 12,5 cm, ou 11,5 cm na zona de sabotagem sob o
eixo do carril.

Classe II – Não reaplicável na RFN

É toda a travessa que não apresente as características que permitam ser incluída na
Classe I.

As travessas de madeira serão classificadas como Resíduo (Lote X), caso


apresentem as seguintes características:

 Fendilhação extensa ou que devido ao seu estado de fragmentação e/ou de


putrefação não conservem a sua integridade física.

 Altura inferior a 11cm, ou 9,5 cm na zona de sabotagem sob o eixo do carril.

As travessas de madeira serão classificadas como reaplicáveis noutros fins (Lote Y)


desde que não se incluam na Classe I e não apresentem as características de
resíduo.

7.3. Manuseamento, transporte e armazenamento

Em todas as atividades decorrentes do levantamento de travessas de madeira


usadas da via, sua triagem e preparação para reaplicação, deverão observar-se os
seguintes cuidados de manuseamento, transporte e armazenamento das travessas
com potencial de reaplicação:

a) As travessas provenientes de levantamento da via serão cuidadosamente


arrumadas e empilhadas, nunca atiradas;

b) Na sua arrumação, o empilhamento deverá ser feito por fiadas assentes em


terreno plano e sobre travessas não reaplicáveis;

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c) Por economia de espaço, as travessas poderão ser arrumadas encostadas


umas às outras, sendo as fiadas depositadas alternadamente segundo dois eixos
ortogonais de modo a ficarem travadas;

d) No transporte de travessas de madeira com potencial de reaplicação, deverão


ser observados os seguintes aspetos:

 A disposição deverá ser longitudinal (paralelamente ao eixo da via);

 Não deverão ser misturados as classes para o transporte;

 O acondicionamento deverá ser descoberto durante o transporte;

 As travessas nunca poderão ser transportadas verticalmente;

 No transporte é interdito colocar travessas transversalmente ou nos espaços


entre as pilhas;

 A carga não pode superar as dimensões do espaço de transporte, tanto


vertical como horizontal.

 As travessas deverão vir cintadas, separadas pelos devidos lotes

7.4. Condições de reaplicação

As travessas de madeira classificadas dentro da Classe I, após o seu levantamento


da via e triagem, desde que acautelados os cuidados indicados no ponto 7.3, serão
admitidas para reaplicação.

A partir deste momento as travessas de madeira passam a integrar o Lote A,


identificadas com marcação de cor verde.

Poderão ser reaplicadas na RFN, em troços com velocidades máximas de 120km/h


se forem de pinho, ou de 160 km/h se forem de azobé.

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8. Travessas de betão bibloco

8.1. Inspeção

A inspeção de travessas de betão bibloco deverá efetuar-se mediante a análise


visual e dimensional que permita classificar as travessas a serem levantadas da via,
em função do seu potencial de reaplicação na RFN.

O processo de inspeção das travessas de betão bibloco será desenvolvido em duas


fases distintas:

 A primeira fase ocorrerá antes do levantamento da via, recorrendo à inspeção


visual e aos dados produzidos no âmbito da manutenção de via;

 A segunda fase consiste na avaliação das travessas após o seu levantamento,


com base na inspeção visual e caracterização dimensional.

Antes do levantamento da via, e em função da localização das travessas de betão


bibloco, deverão ser produzidos registos contendo a seguinte informação:

 Localização das travessas na via, com rigor métrico;

 Identificação da travessa, incluindo no mínimo o modelo e ano de fabrico;

 Identificação do tipo de fixação utilizada;

 Bitola de Via;

 Sobrebitolas, quando aplicável, e respetivo valor;

 Presença de fissuras, e sua identificação segundo o ponto 2.3. da IT.VIA.017;

 Presença de fraturas, com ou sem destacamento de material;

 Armaduras à vista nos blocos de betão;

 Empeno de cantoneiras.

Na inspeção das travessas após o levantamento deverá ser tido em consideração:

 Presença de fissuras, deformação ou corrosão na madre metálica;

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 Destacamento de betão na mesa de assentamento do carril, e zona de


contacto com os componentes do sistema de fixação;

 Armaduras à vista nos lados e na base dos blocos de betão;

 Obstrução de janelas e orifícios verticais dos parafusos e escoamento de água;

 Nos modelos com buchas, se estas se encontram danificadas ou obstruídas.

8.2. Classificação

Antes e após o levantamento da via, e tendo por base os dados produzidos pela
inspeção e os produzidos no âmbito da manutenção de via, as travessas de betão
bibloco serão classificadas dentro das seguintes classes:

Classe I – Com potencial de reaplicação na RFN

 Não apresentam fraturas ou fissuras visíveis tipo 2,3,4 e 5, ou superiores, nos


blocos de betão, de acordo com o ponto 2.3 da IT.VIA.017;

 Não apresentam fissuras, deformação e corrosão visível na madre metálica;

 Os alvéolos em meia cana estão em bom estado para permitir a aplicação


correta dos grampos e obter a bitola adequada;

 A superfície da mesa de apoio esteja em bom estado, sem destacamento de


material;

 A ancoragem dos parafusos se realiza em boas condições;

 A superfície inferior dos blocos esteja em bom estado e garanta o atrito


suficiente;

 Não existam armaduras à vista nos blocos de betão;

 As buchas permitam o aperto correto dos tirafundos.

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Classe II – Não reaplicável na RFN.

É toda a travessa que não apresente as características que permitam ser incluída na
Classe I.

As travessas de betão bibloco serão classificadas como Resíduo (Lote X), caso
apresentem as seguintes características:

 Fissuração extensa, ou que devido ao seu estado de fragmentação não


conservem a sua integridade física;

 Corrosão muito acentuada na cantoneira metálica;

 Empeno da cantoneira.

As travessas de betão bibloco serão classificadas como reaplicáveis noutros fins


(Lote Y) desde que não se incluam na Classe I e não apresentem as características
de resíduo.

8.3. Manuseamento, transporte e armazenamento

Em todas as atividades decorrentes do levantamento de travessas de betão bibloco


usadas da via, sua triagem e preparação para reaplicação, deverão observar-se os
seguintes cuidados de manuseamento, transporte e armazenamento das travessas
com potencial de reaplicação:

 As travessas de betão bibloco levantadas da via deverão ser cuidadosamente


manuseadas e arrumadas, separadas nas classes atrás descritas;

 As travessas antes e depois da preparação para reaplicação serão empilhadas


e seu transporte, manuseamento e acondicionamento deverá obedecer ao
estipulado na IT.VIA.004.

8.4. Preparação para reaplicação

As travessas de betão bibloco classificadas dentro da Classe I, após o seu


levantamento da via e triagem, desde que acautelados os cuidados indicados no
ponto 8.3, serão admitidas à preparação para reaplicação.

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A partir deste momento as travessas de betão bibloco passam a integrar o Lote A,


identificadas com marcação de cor verde.

Para além disso, a preparação de travessas bibloco usadas consiste em preparar a


travessa para que cumpra as condições estipuladas da Classe I.

A preparação para reaplicação de travessas de betão bibloco consiste na limpeza


de alvéolos, desobstrução das janelas laterais e orifícios verticais.

Juntamente com esta ação deverá ser feita a verificação dimensional para aferir as
cotas que garantem a manutenção da bitola.

A preparação para reaplicação de travessas bibloco não contempla operações de


reparação, quer de fissuras e destacamentos nos blocos de betão, bem como da
cantoneira metálica.

8.5. Condições de reaplicação

As travessas de betão bibloco preparadas para reaplicação poderão ser utilizadas


na RFN, nas seguintes condições:

 Com altura mínima de 20 cm de balastro abaixo da base da travessa;

 Com drenagem do balastro e da plataforma eficiente;

 Em troços com velocidade máxima de 220 km/h para as TBB VAX LU 41, e as
restantes para velocidades máximas de 140 km/h.

9. Travessas de betão monobloco

9.1. Inspeção

A inspeção de travessas de betão monobloco deverá efetuar-se mediante a análise


visual e dimensional que permita classificar as travessas a serem levantadas da via,
em função do seu potencial de reaplicação na RFN.

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O processo de inspeção das travessas de betão monobloco será desenvolvido em


duas fases distintas:

 A primeira fase ocorrerá antes do levantamento da via, recorrendo à inspeção


visual e aos dados produzidos no âmbito da manutenção de via;

 A segunda fase consiste na avaliação das travessas após o seu levantamento,


com base na inspeção visual e caracterização dimensional.

Antes do levantamento da via, e em função da localização das travessas de betão


monobloco, deverão ser produzidos registos contendo a seguinte informação:

 Localização das travessas na via, com rigor métrico;

 Identificação da travessa, incluindo no mínimo modelo e ano de fabrico;

 Identificação do tipo de fixação utilizada;

 Bitola da via;

 Sobrebitolas, quando aplicável, e respetivo valor;

 Presença de fissuras, e sua identificação segundo o ponto 2.3. da IT.VIA.017;

 Presença de fraturas, com ou sem destacamento de material;

 Armaduras à vista no betão.

Na inspeção das travessas após o levantamento deverá ser tido em consideração:

 Presença de fissuras nos lados e na base da travessa;

 Armaduras à vista nos lados e na base do betão;

 Destacamento de betão na mesa de assentamento do carril, e zona de


contacto com os componentes do sistema de fixação;

 Buchas danificadas ou obstruídas.

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9.2. Classificação

Antes e após o levantamento da via, e tendo por base os dados produzidos pela
inspeção e os produzidos no âmbito da manutenção de via, as travessas de betão
monobloco serão classificadas dentro das seguintes classes:

Classe I – Com potencial de reaplicação na RFN

 Não apresenta fissuras do tipo 2, 3, 4 e 5, ou superiores, de acordo com o ponto


2.3 da IT.VIA.017;

 Não apresenta qualquer tipo de dano ou obstrução nas buchas do sistema de


fixação;

 Garante o binário de aperto de 250 N.m do sistema de fixação equipado com


grampo Skl 1, e 200 N.m do sistema de fixação equipado com grampo Skl 14;

 Não apresenta armaduras expostas;

 Não apresenta qualquer defeito no betão que resulte de destacamento de


material na mesa de assentamento de carril e em superfícies em contacto com
os componentes do sistema de fixação.

Classe II – Não reaplicável na RFN.

É toda a travessa que não apresente as características que permitam ser incluída na
Classe I.

As travessas de betão monobloco serão classificadas como Resíduo (Lote X), caso
apresentem as seguintes características:

 Fissuração extensa (tipo 2 ou superior, segundo o ponto 2.3 da IT.VIA.017), ou


que devido ao seu estado de fragmentação não conservem a sua integridade
física;

As travessas de betão monobloco serão classificadas como reaplicáveis noutros fins


(Lote Y) desde que não se incluam na Classe I e não apresentem as características
de resíduo.

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9.3. Manuseamento, transporte e armazenamento

Em todas as atividades decorrentes do levantamento de travessas de betão


monobloco usadas da via, sua triagem e preparação para reaplicação, deverão
observar-se os seguintes cuidados de manuseamento, transporte e armazenamento
das travessas com potencial de reaplicação:

 Na operação de desmontagem da via, os tirafundos deverão ser aliviados de


forma a permitir apenas a rotação do grampo skl1, ou a translação do grampo
skl14;

 As travessas de betão monobloco levantadas da via deverão ser


cuidadosamente manuseadas e arrumadas, separadas nas classes atrás
descritas;

As travessas antes e depois da preparação para reaplicação serão empilhadas e


seu transporte, manuseamento e acondicionamento deverá obedecer ao
estipulado na IT.VIA.004.

9.4. Preparação para reaplicação

As travessas de betão monobloco classificadas dentro da Classe I, após o seu


levantamento da via e triagem, desde que acautelados os cuidados indicados no
ponto 9.3, serão admitidas à preparação para reaplicação.

A partir deste momento as travessas de betão monobloco passam a integrar o Lote


A, identificadas com marcação de cor verde.

A preparação de travessas de betão monobloco usadas consiste na limpeza da


mesa de assentamento e das buchas.

A preparação para reaplicação de travessas monobloco não contempla operações


de reparação, quer de fissuras ou destacamentos do betão.

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9.5. Condições de reaplicação

As travessas de betão monobloco preparadas para reaplicação poderão ser


utilizadas na RFN, nas seguintes condições:

 Com altura mínima de 25 cm de balastro abaixo da base da travessa;

 Sobre uma plataforma de fundação estável;

 Com drenagem do balastro e da plataforma eficiente;

 Em troços com velocidade máxima de 220 km/h.

10. Outros materiais de via

10.1. Barretas de aço e de madeira

10.1.1. Inspeção

O processo de inspeção de barretas será desenvolvido com base na inspeção visual


e caracterização dimensional, apenas após o seu levantamento da via, tendo em
consideração os seguintes aspetos:

 Identificação do tipo de barreta (aço ou madeira, quantos furos);

 Presença de fissuras;

 Desgaste na zona de contacto com a cabeça do carril;

 Corrosão, para o caso de barretas de aço.

 Coesão das fibras, para o caso de barretas de madeira.

10.1.2. Triagem

Após o levantamento da via, e com base nos dados de inspeção, as barretas serão
classificadas dentro das seguintes classes:

Lote A – Reaplicável na RFN

 Não apresenta fissuras;

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 Não apresenta um desgaste na zona de contacto com a cabeça do carril


superior a 1mm;

 Não apresenta corrosão acentuada, para o caso das barretas de aço;

 Não apresenta destacamento de fibras, ou podridão, para o caso das barretas


de madeira.

Lote X – Não reaplicável na RFN.

É toda a barreta que não apresente as características que permitam ser incluída no
Lote A. As barretas classificadas como pertencendo ao Lote X, serão identificadas
com marcação de cor azul no caso de barretas de aço e vermelha para barretas
de madeira.

10.2. Parafusos de barreta e gancho

10.2.1. Inspeção

O processo de inspeção de parafusos será desenvolvido com base na inspeção


visual e caracterização dimensional, apenas após o seu levantamento da via, tendo
em consideração os seguintes aspetos:

 Identificação do tipo de parafuso;

 Presença de corrosão;

 Presença de fissuras;

 Manutenção do aperto necessário;

 Estado da cabeça do parafuso;

 Estado dos filetes de rosca.

10.2.2. Triagem

Após o levantamento da via, e com base nos dados de inspeção, os parafusos


serão classificados dentro dos seguintes lotes:

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Lote A – Reaplicável na RFN

 Não apresenta fissuras;

 Apresenta os filetes de rosca perfeitamente definidos em toda a extensão do


parafuso;

 Não apresenta a cabeça do parafuso moída;

 Garante o aperto equivalente de um parafuso novo;

 Não apresenta corrosão.

Lote X – Não reaplicável na RFN.

É todo o parafuso que não apresente as características que permitam ser incluído no
Lote A. Os parafusos classificados como pertencendo ao Lote X, serão identificados
com marcação de cor azul.

10.3. Tirafundos

10.3.1. Inspeção

O processo de inspeção de tirafundos será desenvolvido com base na inspeção


visual e caracterização dimensional, apenas após o seu levantamento da via, tendo
em consideração os seguintes aspetos:

 Identificação do tipo de tirafundo;

 Estado da cabeça do tirafundo;

 Presença de corrosão;

 Presença de fissuras;

 Estado dos filetes de rosca;

 Empeno ou deformação.

10.3.2. Triagem

Após o levantamento da via, e com base nos dados de inspeção, os tirafundos


serão classificados dentro dos seguintes lotes:

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Lote A – Reaplicável na RFN

 Não apresenta fissuras;

 Apresenta os filetes de rosca perfeitamente definidos em toda a extensão do


tirafundo;

 A cabeça do tirafundo permite um aperto normal com chave;

 Não apresentem corrosão.

Lote X – Não reaplicável na RFN.

É todo o tirafundo que não apresente as características que permitam ser incluído no
Lote A. Os tirafundos classificados como pertencendo ao Lote X, serão identificados
com marcação de cor azul.

10.4. Garras e grampos

10.4.1. Inspeção

O processo de inspeção de garras e grampos será desenvolvido com base na


inspeção visual e caracterização dimensional, apenas após o seu levantamento da
via, tendo em consideração os seguintes aspetos:

 Identificação tipo de garra/grampo;

 Presença de fissuras ou deformações;

 Presença de corrosão;

 O perfil coincidente com o da peça no seu estado novo.

10.4.2. Triagem

Após o levantamento da via, e com base nos dados de inspeção, as garras e


grampos serão classificados dentro dos seguintes lotes:

Lote A – Reaplicável na RFN

 Não apresenta fissuras ou deformações;

 O perfil coincide com o da peça no seu estado novo;

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 Não apresenta corrosão.

Lote X – Não reaplicável na RFN.

É toda a garra ou grampo que não apresente as características que permitam ser
incluído no Lote A.

As garras e grampos classificados como pertencendo ao Lote X, serão identificadas


com marcação de cor azul.

10.5. Chapins metálicos

10.5.1. Inspeção

O processo de inspeção de chapins metálicos será desenvolvido com base na


inspeção visual e caracterização dimensional, apenas após o seu levantamento da
via, tendo em consideração os seguintes aspetos:

 Identificação do tipo de chapim metálico;

 Presença de corrosão, em particular na mesa de assentamento de carril e na


zona de contacto com a fixação;

 Presença e fissuras e/ou deformações.

10.5.2. Triagem

Após o levantamento da via, e com base nos dados de inspeção, os chapins


metálicos serão classificados dentro dos seguintes lotes:

Lote A – Reaplicável na RFN

 Não apresenta fissuras;

 Não apresenta deformações;

 Não apresenta corrosão acentuada;

 O perfil coincide com o da peça no seu estado novo.

Lote X – Não reaplicável na RFN.

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É todo o chapim metálico que não apresente as características que permitam ser
incluído no Lote A.

Os chapins metálicos classificados como pertencendo ao Lote X, serão identificados


com marcação de cor azul.

10.6. Palmilhas de borracha

10.6.1. Inspeção

O processo de inspeção de palmilhas de borracha será desenvolvido com base na


inspeção visual e caracterização dimensional, apenas após o seu levantamento da
via, tendo em consideração os seguintes aspetos:

 Identificação do tipo de palmilha;

 Presença de rutura do material;

 Presença de fissuras;

 Presença de esmagamento

 Flexibilidade da palmilha.

10.6.2. Triagem

Após o levantamento da via, e com base nos dados de inspeção, as palmilhas de


borracha serão classificadas dentro dos seguintes lotes:

Lote A – Reaplicável na RFN

 Não apresenta fissuras, esmagamento, ou qualquer outro tipo de deformação;

 Não se apresenta rígida ou quebradiça.

Lote X – Não reaplicável na RFN.

É todo a palmilha de borracha que não apresente as características que permitam


ser incluída no Lote A.

As palmilhas de borracha classificados como pertencendo ao Lote X, serão


identificados com marcação de cor vermelha.

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11. Aparelhos de Via

11.1. Inspeção

O processo de inspeção de aparelhos de via será desenvolvido em duas fases


distintas:

 A primeira fase ocorrerá antes do levantamento da via, recorrendo à inspeção


visual e aos dados produzidos no âmbito da manutenção de via;

 A segunda fase consiste na avaliação dos aparelhos após o seu levantamento,


com base na inspeção visual e caracterização dimensional.

Antes do levantamento da via, e em função da localização do aparelho, deverão


ser produzidos registos contendo a seguinte informação:

 Localização do aparelho de via;

 Identificação do aparelho de via, incluindo no mínimo a tipologia, geometria,


desvio, material, tipo de aferrolhamento, tipo de travessa, tipo de cróssima e ano
de fabrico.

11.2. Levantamento, manuseamento, transporte e armazenamento

Em todas as atividades decorrentes do levantamento de aparelhos de via usados,


sua triagem e preparação para expedição, deverão observar-se os cuidados de
manuseamento, transporte e armazenamento dos componentes individuais dos
aparelhos de via, conforme definido no presente documento.

O levantamento dos AV será feito de acordo com o plano de cortes definido no


desenho nº MV 93117-REFER (Anexo B).

A desmontagem de juntas isolantes será efetuada em todas as situações em que


esta operação evite cortes no carril. Em todas as partes do AV resultantes da
desmontagem, será feita a marcação da identificação do AV.

Os AV levantados da via serão entregues preferencialmente no Complexo Logístico


do Entroncamento, com todas as suas peças constituintes, devidamente agrupadas,

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acompanhadas do respetivo boletim de entrega, conforme anexo A, discriminando


e quantificando todos os componentes do AV.

Os materiais miúdos serão entregues devidamente acondicionados e embalados


em barris ou caixotes.

11.3. Regeneração

O procedimento para a regeneração de aparelhos de via encontra-se definido no


documento normativo IT.VIA.014.

11.4. Condições de Reaplicação

Após regeneração segundo a IT.VIA.014, os AV poderão ser aplicados na RFN, em


função do definido naquele documento normativo.

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Anexo A – Boletim de entrega de AV


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BOLETIM Nº

BOLETIM DE ENTR EGA SUBTROÇO

DE "AV " LEV ANTADO DA V IA PLENA VIA pk________/pk________

ESTAÇÃO

Nº ATIVO FIXO

CA RA CTE RÍSTICA S
A NO DE Nº ESTA DO DE
TIP OLOGIA GEOM ETRIA TA NGENTE RA IO DESVIO M A TERIA L
FA B RICO SINA LIZA ÇÃ O A P A RÊNCIA

A P A RELHO DE VIA

E SP E CIFICA ÇÃ O DO S MA TE RIA IS

E NVIA DO S
CO MP O SIÇÃ O DO A MV Q UA NTIDA DE S O B SE RVA ÇÕ E S
SIM NÃ O
PINHO (*)
TRAVESSAS AZOBÉ (*)
BETÃO (*)
Conjunto do cavalete (*)
APARELHO DE Barra limitadora
MANOBRA Contra peso (*)
Varinha de transmissão
Tirante de gaveta ou varinha de ligação
AFERROLHAMENTO Grampos de fecho
Gavetas ou peças de fecho
Co ntra-lança reta
ESQUERDA
(*) curva
MEDIDAS UNITÁRIAS

curva
Lança (*) ESQUERDA
GRADE DE reta
AGULHAS reta
Lança (*) DIREITA
curva
Co ntra-lança curva
DIREITA
(*) reta
MEDIDAS UNITÁRIAS

RECTO EXTERIOR
LINHA
RETA

RECTO INTERIOR
GRADE
CARRIS
INTERMÉDIA
DESVIADA

RECTO EXTERIOR
LINHA

RECTO INTERIOR

CARRIL GUIAMENTO RETO ESQUERDO


MEDIDAS UNITÁRIAS

CONTRA - CARRIL ESQUERDO


ESTRONCA ESQUERDA
GRADE DA (*) Tipo OVA R P ROFIL-B LOC (*)
CRÓSSIMA CRÓSSIMA (*) MISTA M ONOB LOCO (*)
ESTRONCA DIREITA
CONTRA-CARRIL DIREITO
CARRIL GUIAMENTO RETO DIREITO
TIREFONDS
COXINS
RESTANTES PEÇAS
CHAPINS
OU OUTROS
SUPORTES DO CONTRA-CARRIL
MATERIAIS
PARAFUSOS DE GANCHO, PORCAS E ANILHAS DE M OLA

OUTROS (…………………………)
(*) Riscar o que não interessa
Nº Ma tricu la Nome AS S INATU R A E DATAS

Logística (ENT)

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Anexo B – Desenho do plano de cortes para aparelhos de mudança de via

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