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CONCEITOS NÚCLEO TEA UNIMED Pag 1 de 08

ARAÇATUBA
Elaborado em: Revisado em:

Setor Aplicável Núcleo TEA Araçatuba

Tipo de Politica Código de conduta e ética

SUMÁRIO

1. QUEM SOMOS...............................................................................................................

2. NOSSA MISSÃO.............................................................................................................

3. NOSSOS VALORES.......................................................................................................

4. POLÍTICA DE QUALIDADE.............................................................................................

5. O QUE FAZEMOS............................................................................................................

6. AUTISMO..........................................................................................................................

7. O QUE É O TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA.........................................................

8. ABA....................................................................................................................................

9. O QUE ESPERAR DA TERAPIA ABA...............................................................................

10. PAPEL DO PSIQUIATRA NA ATUAÇÃO COM TEA.........................................................

11. PAPEL DO PSICÓLOGO NA ATUAÇÃO COM TEA..........................................................

12. PAPEL DO TERAPEUTA OCUPACIONAL NA ATUAÇÃO COM TEA...............................

13. PAPEL DO PSICOPEDAGOGO NA ATUAÇAO COM TEA................................................

14. PAPEL DO FONOAUDIOLOGO NA ATUACAO COM TEA................................................

15. PAPEL DO FISIOTERAPEUTA NA ATUAÇAO COM TEA..................................................

16. CONDUTAS E NORMAS PARA OS PAIS DENTRO DO NÚCLEO.....................................


1. QUEM SOMOS

O Núcleo TEA Unimed Araçatuba possui uma equipe especializada de profissionais das áreas de
Psiquiatria, Psicologia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Psicopedagogia que oferece um
atendimento multidisciplinar, com a base teórica, treinamento e supervisão analítico-comportamental.

Proporciona aos seus clientes o desenvolvimento de suas habilidades por meio de práticas baseadas em
evidências e oferecer os melhores cuidados para crianças com autismo e atraso no desenvolvimento.

2. NOSSA MISSÃO

Nossa missão consiste em promover a sustentabilidade da cooperativa garantindo o trabalho médico e


interdisciplinar de qualidade e a satisfação dos nossos clientes e familiares.

Nossa visão é ser reconhecida pela excelência como Operadora de Plano de Saúde na região liderando o
mercado com 40% de participação no território de atuação até 2024.

3. NOSSOS VALORES

 Ética: compromisso com os clientes e seus familiares, assiduidade, pontualidade e


responsabilidade.
 Experiência do Cliente: proporcionar aos clientes e seus familiares um ambiente acolhedor com
responsabilidade e transparência.
 Cooperação: ultrapassar as barreiras da individualidade com objetivos em comum em prol do
desenvolvimento do cliente e seus familiares
 Equidade;
 Melhoria Contínua;
 Transparência;
 Inovação;
 Sustentabilidade.
4. POLÍTICA DA QUALIDADE

Promover a gestão de planos de saúde através do atendimento humanizado e de qualidade com


crescimento sustentável e foco na satisfação dos clientes. Nosso compromisso é baseado nas seguintes
premissas:

- Busca pelo desenvolvimento contínuo e melhores resultados à cooperativa,

- Conscientização de que todos são responsáveis pela qualidade do serviço prestado propondo melhoria
nos processos,

- Promoção de um ambiente de trabalho pautado pela cooperação, para isso estimulamos a comunicação
assertiva e frequente.

5. O QUE FAZEMOS:

Passo a passo da aplicação da Ciência ABA

As intervenções são divididas em cinco etapas:

1. Anamnese;
2. Avaliação comportamental
3. Programação individual
4. Análise de dados
5. Atendimentos

1. Anamnese

Coleta de dados pessoais. É uma entrevista que possui técnicas para o profissional construir sua
avaliação e se aprofundar em um diagnóstico do paciente. É a base a partir da qual se estabelece a
necessidade do acompanhamento terapêutico. É com o auxílio da anamnese que o profissional define
algumas etapas a serem trabalhadas no desenvolvimento da pessoa.

2. Avaliação comportamental com equipe multidisciplinar

A avaliação comportamental é feita de acordo com as características da criança apresentadas na sua


anamnese:

 Histórico pessoal e familiar;


 Relatos dos familiares;
 Diagnóstico;
 Demais informações que podem ser relevantes (gostos, preferências, aversões…)

Nesta etapa é realizada testagem de diversas categorias de estímulos, como cores, números, gestos,
palavras, objetos e ações. Além disso, é feita a identificação do currículo atual da criança, que pode ser
básico, intermediário ou avançado, com relação às habilidades:

 Pré-acadêmicas;
 Acadêmicas;
 De autocuidado;
 Motoras;
 De brincadeiras;
 De linguagem;
 Sociais.
Diante das respostas apresentadas e interpretadas de acordo com a realidade do pequeno , o terapeuta
identifica as áreas que precisam ser estimuladas ou ampliadas. Essa informação é essencial para criar o
programa comportamental a ser aplicado.

3. Programação individual

Na programação individual, é feita a introdução das habilidades ausentes ou com déficits do repertório da
criança, de acordo com as informações coletadas na avaliação comportamental. Nesse primeiro
momento, a intenção deve ser a de atender às especificidades do aprendizado do paciente.

4. Atendimentos – Intervenção Comportamental

Durante a intervenção comportamental a interação entre terapeuta e paciente se dá por meio das
respostas dadas às tentativas de comunicação da criança, de atividades prazerosas, com materiais
familiares e reforçadores. Toda abordagem é feita com o objetivo de motivar a participação deles nos
programas e estabelecer uma relação harmoniosa e agradável.
5. Análise de dados

A análise dos dados é feita por meio das folhas de registro. Esses documentos servem para facilitar a
comunicação entre os terapeutas, no que se refere ao desenvolvimento da criança e para a constante
reavaliação da programação proposta. O profissional faz essa análise para além de quadros e gráficos,
de forma global, que avalie detalhes e todos os aspectos do comportamento daquela criança.

Referências
LEAR, Kathy. Ajude-nos a aprender, Manual de treinamento em ABA parte 1. Ed. Toronto, 2004.

SKINNER, B. F. Sobre o behaviorismo. 9 ed. São Paulo: Cutrix/Pensamento, 1993.

SKINNER, B. F. Ciência e comportamento humano. 11 ed. São Paulo: Martins Fontes.


6. AUTISMO

1) Déficits persistentes na comunicação e na interação social em múltiplos contextos. Exemplos


ilustrativos:

 Déficits na reciprocidade socioemocional;

 Déficits nos comportamentos comunicativos.

 Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos.

2) Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, o que pode ser


manifestado por pelo menos dois dos seguintes padrões:

 Movimentos motores, uso de objetos ou falas estereotipadas ou repetitivas;

 Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões;

 Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco;

 Hipo ou hiperatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do


ambiente.

Fonte: Grupo Conduzir - Referência no tratamento de crianças autistas


7. O QUE É TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA)?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é classificado como um transtorno do


neurodesenvolvimento, caracterizado por:

1) Déficits persistentes na comunicação e na interação social em múltiplos contextos, conforme


estipulado pelo Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-V). Dentre as suas
diversas formas de manifestação, destacam-se os seguintes exemplos ilustrativos:

 Déficits na reciprocidade socioemocional, podendo apresentar, por exemplo, uma abordagem


social anormal e dificuldade para estabelecer uma conversa natural, o compartilhamento reduzido
de interesses, emoções ou afeto, bem como dificuldade para iniciar ou responder às interações
sociais.
 Déficits nos comportamentos comunicativos não verbais usados para a interação social, como
comunicação verbal e não verbal pouco integrada, anormalidade no contato visual e na linguagem
corporal, déficits na compreensão e uso de gestos, ou ausência total de expressões faciais e
comunicação não verbal.
 Déficits para desenvolver, manter e compreender relacionamentos, manifestando, por exemplo,
dificuldades em ajustar o comportamento para se adequar a contextos sociais diversos,
compartilhar brincadeiras imaginativas ou estabelecer relação de amizade com seus pares.

2) Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades, o que poderá ser


manifestado por pelo menos dois dos seguintes padrões (os exemplos são ilustrativos e não
exaustivos):

 Movimentos motores, uso de objetos ou falas estereotipadas ou repetitivas, como estereotipias


motoras simples, alinhar brinquedos ou girar objetos, ecolalia, frases idiossincráticas.
 Insistência nas mesmas coisas, adesão inflexível a rotinas ou padrões ritualizados de
comportamento verbal ou não verbal, como sofrimento extremo em relação a pequenas mudanças,
dificuldades com transições, padrões rígidos de pensamento, rituais de saudação, necessidade de
fazer o mesmo caminho ou ingerir os mesmos alimentos diariamente.
 Interesses fixos e altamente restritos que são anormais em intensidade ou foco, por exemplo: forte
apego ou preocupação com objetos incomuns, interesses excessivamente circunscritos ou
perseverativos.
 Hipo ou hiperatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do
ambiente, como indiferença aparente à dor/temperatura, reação contrária a sons ou texturas
específicas, cheirar ou tocar objetos de forma excessiva, fascinação visual por luzes ou
movimento.

Diante da variabilidade dos sintomas, nenhum indivíduo com diagnóstico de TEA apresentará o mesmo
comportamento, gerando diferenças significativas em suas características e nos impactos na qualidade de
vida das famílias. Desse modo, sem o tratamento médico adequado, dificilmente a pessoa com TEA irá
atingir sua independência, impossibilitando a sua plena inclusão social.

Apesar das dificuldades apresentadas, é importante destacar que o indivíduo com autismo é capaz de
aprender, sendo possível desenvolver e aprimorar as suas habilidades, bem como diminuir os
comportamentos que lhe causam prejuízos, mediante um programa de intervenção estruturado e
desenvolvido de acordo com o seu perfil clínico. Por este motivo, o processo de diagnóstico e intervenção
deve ser iniciado o mais cedo possível.

8. ABA - ANÁLISE COMPORTAMENTAL APLICADA

A Análise Comportamental Aplicada ou Applied Behavior Analysis, cuja sigla é ABA, é uma ciência cujas
intervenções derivam dos princípios do comportamento e possui como objetivo aprimorar
comportamentos socialmente relevantes. Em outras palavras, ensinar habilidades que façam diferença na
vida dos indivíduos que compõem uma sociedade e para que eles sejam capazes de acessar itens,
atividades e ambientes que promovam o seu bem-estar, se tornem independentes e capazes de participar
de grupos sociais importantes.

O primeiro estudo em ABA é datado de 1949. Portanto, essa área de investigação científica possui mais
de 70 anos e vem produzindo tecnologias capazes de promover o ensino de habilidades a diferentes
populações. Especificamente para o tratamento do TEA, intervenções eficazes em diminuir déficits
comportamentais estão documentados em centenas de estudos revisados por pares publicados nos
últimos 50 anos, fato esse que tornou a ABA o padrão de atendimento para o tratamento de indivíduos
com diagnóstico de TEA.

Nesse contexto, uma intervenção em ABA não se restringe a um conjunto de intervenções que são
aplicadas de forma uniforme a diferentes indivíduos e sim um vasto conjunto de tecnologias que devem
ser utilizadas para compor uma intervenção individualizada, com revisões constantes para o
estabelecimento e restabelecimento de novas metas e objetivos.

Além disso, a intervenção envolve o ensino que pode ser mais ou menos estruturado, a depender das
necessidades do cliente, e com o objetivo de desenvolver as habilidades apontadas na avaliação
comportamental a qual delimitará quais comportamentos deverão ser alvo de diminuição (usualmente
excessos comportamentais que competem com a aquisição de habilidades importantes) e, ao mesmo,
tempo quais comportamentos serão ensinados. Importante lembrar que o estabelecimento de metas
comportamentais deve sempre considerar o que é importante para o cliente e/ou os indivíduos mais
próximos a ele, o que aumenta a chamada validade social da intervenção.

Diante da singularidade de cada indivíduo, as intervenções disponíveis pela Análise Comportamental


Aplicada possibilitam maximizar o potencial de cada cliente, identificando, de maneira eficiente, como
ensinar e o que ensinar. Isso porque, conforme exposto, a mudança do comportamento é feita de maneira
planejada e individualizada.

As estratégias de intervenção são definidas com base na tecnologia produzida pelas pesquisas, motivo
pelo qual todos os resultados são fundamentados cientificamente. Diferentes estudos apontam a eficácia
da ABA a diferentes populações, entre as quais se destaca o grande número de estudos com populações
com desenvolvimento atípico, principalmente para aqueles com diagnóstico ou características de déficits
comportamentais do Transtorno de Espectro Autista (TEA). Ainda assim, cabe lembrar que a eficácia da
ABA foi também demonstrada no tratamento dos sintomas de várias condições, incluindo comportamento
destrutivo grave, distúrbios alimentares, lesão cerebral, entre outros.

Existem alguns pontos fundamentais que caracterizam uma intervenção em ABA, entre eles:

– A intervenção ABA não deve ser restrita a locais ou formatos específicos, mas deve ser fornecida nos
formatos e locais que maximizam os resultados do tratamento para cada cliente;

– Realização prévia de uma avaliação comportamental que descreva níveis específicos de


comportamento e forneça informações para o subsequente estabelecimento de metas de tratamento;
– Realização de coleta, quantificação e análises de dados diretos do comportamento durante o tratamento
e acompanhamento para melhorar e manter o progresso em direção às metas estabelecidas;

– A implementação de protocolos de forma consistente;

– Uma análise do comportamento sob a perspectiva de sua função (condições ambientais que mantêm o
comportamento);

– Treinamento de pais, professores e outros profissionais que sejam importantes na vida do cliente;

– Supervisão coerente com o número de horas de intervenção e realizada de forma constante.

Importante destacar que a intervenção em ABA pode abranger diferentes necessidades e,


consequentemente, ser composta por diferente número de horas. Pode ocorrer uma intervenção focada
ou pontual quando o objetivo é desenvolver habilidades e/ou diminuir comportamentos específicos. Essa
modalidade usualmente é composta por 10 a 25 horas de terapia semanal, podendo ser superior a isso.
Já o chamado tratamento abrangente usualmente varia de 30 a 40 horas semanais de serviço prestados
diretamente ao cliente, uma vez que tem por objetivo desenvolver habilidades e diminuir

comportamentos em diversas áreas quando, por exemplo, um indivíduo tem um diagnóstico precoce e
déficits bastante significativos em habilidades comunicativas, sociais e adaptativas ou quando
comportamentos muito severos já estão instalados em indivíduos com idade mais avançada, tal como
auto injúria ou agressão.

Fonte: https://casproviders.org/wp-content/uploads/2020/03/ABA-ASD-Practice-Guidelines.pdf

9. TERAPIA ABA: O QUE ESPERAR DELA?

Essa é uma pergunta muito comum entre os pais. Mas de tudo é preciso entender que cada criança
responderá de uma forma.
Quanto mais cedo a terapia iniciar, maiores são as chances de a criança ampliar seu repertório de
autonomia e de funcionalidade. Tudo isso se deve à neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro
em fazer novas conexões e se modificar totalmente, química e estruturalmente.
Quanto mais cedo a terapia for iniciada, maiores as chances de a criança ampliar seu repertório
comportamental e aumentar sua autonomia.

 Quantidade ideal de intervenções e estímulos

É a partir das experiências que a criança vive que as construções das conexões neurais acontecem. Por
isso, quanto mais tempo passar recebendo os estímulos adequados, mais conexões deste tipo ela fará.
Neste caso, o contrário também é verdadeiro: sem estímulos, as crianças sentirão cada vez mais
dificuldades nas construções neurais. 

Quanto mais tempo a criança passar em isolamento, fazendo estereotipias, usando materiais sem função
ou apenas para exploração e auto estimulação, mais seu repertório ficará restrito a estes
comportamentos. Para que isso não ocorra, precisamos planejar e promover intervenções eficientes para
o dia a dia do pequeno. Quanto mais horas, melhor!

 Iniciamos as intervenções: o que esperar delas?

Cada criança é única, e por isso irá reagir de forma diferente às intervenções, isso significa, que nem
todas as atividades terapêuticas e respostas às intervenções serão iguais!

Nos primeiros meses de intervenção com todos os tópicos de intervenção definidos e alinhados,
esperamos respostas positivas da criança nos primeiros seis meses. Neste tempo, objetivo é fazer
ampliar o repertório da criança – principalmente de imitação, atenção auditiva (compreendendo
comandos) e de brincadeiras com outra pessoa em troca de turnos.

Estes são pré-requisitos para muitos outros comportamentos e precisam ocorrer em 80% das nossas
atividades. Com eles, sabemos que o nosso pequeno está atento à nossa voz e ao nosso rosto, sabemos
que ele nos imita e nos compreende! Como se sabe, autistas têm muita dificuldade em manter contato
visual e em manter interações sociais. Por isso é tão importante que ela desenvolva esses
comportamentos nos primeiros seis meses de intervenção.

Após adquirir os pré-requisitos dos primeiros meses, esperamos que a criança amplie seu repertório
verbal e não verbal de comunicação. Com esses pré-requisitos, o próximo passo é o desenvolvimento da
fala, algo tão difícil para os autistas! Dessa forma, seu repertório se ampliará bastante. A criança poderá,
então, ser ao mesmo tempo mais sociável e mais autônoma.
Cada criança reagirá de uma forma aos estímulos. Isso depende, para além da intensidade das
intervenções, da carga biológica de cada um. Assim, estabelecer de antemão o prazo da terapia é algo
quase impossível! Porém, os nossos principais objetivos são que os nossos pequenos acompanhem a
escola, consigam se comunicar de forma adequada e tenham uma vida com o máximo de independência
e autonomia.

As atividades terapêuticas fornecem ferramentas, não somente às crianças, mas também aos pais e
familiares envolvidos. Quando todos se envolvem, as melhorias são mais sólidas e, o que é mais
importante, são coletivas!

Fonte: A terapia: o que esperar dela? – Instituto Singular

10. PAPEL DE ATUAÇÃO DO PSQUIATRA COM TEA

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), ou simplesmente autismo, caracteriza-se por uma série de
condições relacionadas a habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-
verbal, além de diferenças únicas de acordo com a fase do desenvolvimento da criança.

A psiquiatra conta que alguns sinais podem ser observados desde cedo, como a dificuldade em sustentar
contato visual, a ausência de resposta clara ao ser chamada [a criança] pelo nome, o atraso no
desenvolvimento da linguagem verbal e não verbal - não aponta, não responde a sorrisos, demora para
falar -, a aversão ou fixação a algumas texturas, incômodos com determinados sons e barulhos,
comportamentos repetitivos e estereotipados, como enfileirar brinquedos, rodopiar em torno de si mesmo
e balançar o corpo.
O diagnóstico precoce de autismo é fundamental para definir que tratamento específico deve ser
instituído, pois neste período inicial da vida alguns comportamentos já podem servir de alerta a familiares
e profissionais da saúde. Segundo o DSM-5 -Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais,
o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social,
comunicação e comportamentos repetitivos e restritos. Os psiquiatras, por exemplo, vão aprender a
identificar as nuances de cada distúrbio mental e a observar os sinais de melhora e piora para adequar o
tratamento de cada caso.

O que um psiquiatra pode fazer pelo autismo:


 Diagnóstico de autismo ao lado de uma equipe de outros profissionais de saúde;
 Diagnosticar e tratar TDAH, depressão, ansiedade ou transtorno bipolar;
 Prescrever medicamentos, se necessário;
 Fornece referências a fonoaudiólogos, neurologistas, pediatras, terapeutas ocupacionais e
psicólogos;

 Conectá-lo a serviços comunitários;


 Fornece relatórios médicos para outros médicos, escolas ou locais de trabalho;
 Suporte familiar com orientações sobre os fatores relacionados ao TEA.

Fonte: Instituto NeuroSaber

https://institutoneurosaber.com.br/
11. PAPEL DO PSICOLOGO NA ATUAÇÃO COM TEA

Há algumas décadas o Transtorno do Espectro Autista (TEA) vem sendo estudado, mas, apesar disso, o
diagnóstico ainda é difícil pela diversidade de características comportamentais que a pessoa pode
apresentar. Este transtorno é marcado por perturbações do desenvolvimento neurológico, tendo como
principais características a dificuldade de comunicação e socialização, e o padrão de comportamento
restritivo e repetitivo.

Ao se deparar com este diagnóstico é importante que a família busque profissionais para o devido
tratamento e intervenção necessários para promover qualidade de vida ao autista. Cada paciente exige
um acompanhamento específico e individual, que demanda desde a participação dos pais e familiares,
até uma equipe multidisciplinar, visando a reabilitação global do paciente.

A presença do psicólogo é extremamente importante no diagnóstico e tratamento do Transtorno do


Espectro Autista, desenvolvendo metodologias e técnicas específicas que vão ao encontro das
necessidades de cada paciente.

Tudo depende do grau de autismo que a pessoa manifesta e de uma avaliação minuciosa sobre a
situação em que o paciente se encontra.

Em sua atuação, o psicólogo pode desenvolver vários papéis, tais como: psicoterapeuta, consultor e
orientador familiar. O acompanhamento psicológico inclui atividades para o desenvolvimento social e de
estímulo às funções cognitivas (percepção, atenção, memória, entre outras). O papel do psicólogo se faz
importante também no apoio familiar, ajudando a entender e discutir o diagnóstico apresentado, além de
lidar com os sentimentos presentes em todos aqueles que tem filhos autistas; também ajuda a envolver
os pais no tratamento do paciente, colocando-os como auxiliares do desenvolvimento dos filhos,
realizando atividades domiciliares, em escolas e grupos, tornando-os responsáveis também pelo sucesso
no tratamento.

 Psicólogo Comportamental é o profissional de psicologia que orienta sua intervenção clinica baseado na
análise do comportamento de seu paciente aplicando a Análise Experimental do
Comportamento. Possibilita ao paciente a identificação dos seus comportamentos disfuncionais, ou seja,
os comportamentos que causam sofrimento e trazem prejuízos à saúde, prejuízos sociais, emocionais ou
comportamentais. Com este protocolo de trabalho o psicólogo comportamental ajuda a desenvolver
formas mais adaptativas e positivas de interação a partir da criação da possibilidade de novo repertório de
atitudes e comportamentos ao seu paciente.

A Terapia Comportamental baseia-se nas propostas do Behaviorismo de Skinner. O psicólogo


comportamental desenvolve novos repertórios, ensina a identificar o que determinou o aparecimento de
tais comportamentos disfuncionais e o quê os mantêm.

A Terapia Comportamental faz uso de técnicas específicas, sendo a mais importante a análise funcional,
ou seja, identifica como, quando e onde tais comportamentos ocorrem e que função tem estes
comportamentos para seu paciente. Que valor determinado comportamento tem para a pessoa.

A Psicologia comportamental estuda e trabalha as interações entre as emoções, pensamentos,


comportamento e estados fisiológicos. O comportamento tende a se repetir, se for recompensado (reforço
positivo) ou se for capaz de eliminar um estímulo aversivo (reforço negativo) assim que emitir o
comportamento.

Por outro lado, o comportamento tenderá a não acontecer, se o organismo for castigado (punição) após
sua ocorrência. Pela lei do reforço irá associar essas situações com outras semelhantes, generalizando
essa aprendizagem para um contexto mais amplo.

O psicólogo comportamental descobre, juntamente com seu cliente, os eventos que determinam seus
comportamentos-problema e o que os mantém. Assim, um transtorno como a depressão passa a ser
entendido como um conjunto de comportamentos, como por exemplo, alterações no sono e apetite,
desesperança, choro excessivo, ideação suicida e outros. Tais comportamentos são analisados e serão
identificadas tanto as situações que os determinaram como as situações atuais que os mantém. Para o
psicólogo comportamental, pensamentos, sentimentos e comportamentos são acessíveis pelo relato que
o paciente faz em terapia. Pensamentos e sentimentos são analisados e passíveis das intervenções do
terapeuta comportamental. “Combate-se” os comportamentos-problema, ao mesmo tempo em que se
busca instalar e aumentar a frequência de comportamentos adequados ao contexto, desejáveis.

ABA à Psicologia trabalha-se para:


 Criar ou melhorar as habilidades do autista na linguagem e na comunicação;
 Aperfeiçoar a atenção, o foco, a interação social e os estudos;
 Reduzir os comportamentos problemáticos, como crises de desregulação emocional, agressividade
e comportamentos autolesivos;
 Adaptação do programa às necessidades de cada pessoa; em síntese os comportamentos que se
deseja ampliar ou reduzir;
 Ensina habilidades úteis para o dia a dia;

 Preparar para coleta de dados.


 Implementar procedimentos de medição contínua;
 Implementar procedimentos de medição descontínua;
 Implementar procedimentos de registro de produto permanente;
 Descrever o comportamento e o ambiente em termos observáveis e mensuráveis;
 Conduzir avaliação de preferências;

 Auxiliar em procedimentos individualizados de avaliação;


 Auxiliar em procedimentos de avaliação funcional;
 Identificar os componentes essenciais de um plano de aquisição de habilidades;
 Preparar a sessão como descrito no plano de aquisição de habilidades;
 Implementar ensino por tentativas discretas;
 Implementar procedimentos de ensino naturalísticos;
 Implementar procedimentos de encadeamento via análise de tarefa;
 Implementar treino de discriminação;
 Implementar procedimentos de transferência de controle de estímulos;
 Implementar procedimentos de retirada de estímulo (esvanecimento);
 Implementar procedimentos de ajuda e retirada de ajuda;
 Implementar procedimentos de generalização e manutenção;
 Auxiliar no treinamento de parceiros relevantes;
 Identificar os componentes essenciais de um plano de redução de comportamento;
 Descrever funções comuns do comportamento;
 Implementar intervenções baseadas em modificações de antecedentes tais como operações
motivadoras / estabelecedoras e estímulo discriminativo.
 Implementar procedimentos de reforçamento diferencial (DRA, DRO).
 Implementar procedimentos de extinção;
 Implementar procedimentos de crise / emergência de acordo com protocolo.
 Documentação e Relato;
 Conduta Profissional no âmbito de Prática.
13.PAPEL DE ATUAÇÃO DO TERAPEUTA OCUPACIONAL COM TEA

O setor de Análise do Comportamento Aplicada (ABA) à Terapia Ocupacional (TO) tem como objetivo
desenvolver as habilidades dos pacientes para ampliar sua autonomia e independência por meio de uma
intervenção individualizada e focada nos aspectos sensórios motores.

Tais habilidades serão ensinadas por meio de ensino da ABA, que possuem eficácia científica para
indivíduos com diagnóstico de autismo

A principal ocupação da criança é o brincar, através desse fazer humano a criança desenvolve sua
coordenação motora fina e global, destreza e força nos membros superiores e inferiores, lateralidade,
coordena olho-mão-objeto, integra as sensações, idealiza, planeja e executa sua brincadeira com
funcionalidade e autonomia, realiza imitações e interações sociais e afetivas, desenvolvendo pré-
requisitos para as atividades de AVDS, AVPS e o desenvolvimento escolar.

A Análise do Comportamento Aplicada (ABA) consiste na aplicação e/ou intervenção derivada da Ciência
do Comportamento ou Behaviorismo, proposto por Skinner, que se destina ao estudo da associação entre
o ambiente, o comportamento humano e a aprendizagem.

Os saberes do fazer humano da Terapia Ocupacional e a Ciência ABA compõe para o terapeuta
ocupacional um olhar integral da criança, entre o comportamento e o desempenho ocupacional,
oferecendo um programa de ensino de acordo com a sua capacidade.

Na análise do comportamento, realizamos a aprendizagem sem erros, onde utilizamos inicialmente dica
total e de acordo com a aprendizagem, essas dicas vão esvanecendo até que a criança realize tal
repertório de forma independente, além do ensino por encadeamento. O uso de reforçadores durante o
atendimento permite que a terapia seja muito mais atrativa e compensatória e permite o manejo do
comportamento pelo terapeuta. Através de registros minuciosos é possível avaliarmos o desempenho da
criança nos programas de ensino e traçarmos uma avaliação quantitativa, sendo possível mensurar o
progresso.

ABA à Terapia Ocupacional trabalha-se para:

 Melhorar aspectos sensório-motores específicos;


 Ampliar as habilidades funcionais para promover mais independência nas AIVDs e ABVDs
(Atividades Instrumentais de Vida Diária e Atividades Básicas de Vida Diária);
 Estratégias que contribuam para a modulação das disfunções sensoriais.

Podemos afirmar que a Terapia Ocupacional e a Ciência ABA contribuem para uma evolução rápida e
eficaz na aquisição de Habilidades e conquista de autonomia crianças com TEA, melhorando
significativamente a sua qualidade de vida e de sua família.

Fonte:
Moreira, Márcio Borges e Medeiros, Carlos Augusto. 2007. Princípios básicos de análise do
comportamento. Porto Alegre: Artmed, 2007. 224p.: il.; 25 cm.
Neistadt, Maureen E./ Crepeau, Elizabeth Blesedell. 2011. Willard E Spackman - Terapia Ocupacional.
s.l. : NOVA GUANABARA, 2011. Ed 11 pg.1208.

Silveira, Analice Dutra. e Gomes, Camila Graciella Santos. 2019. Ensino de Habilidades de Auto
Cuidado para pessoas com autismo. Belo Horizonte: CEI Desenvolvimento Humano, 2019. 216p.:il.,23
cm.
Stella, Ana Carolina e Ribeiro, Daniela Mendonça. 2018. Analise do Comportamento Aplicada ao
Transtorno do Espectro do Autista. Curitiba: Appris, 2018.

14.PAPEL DE ATUAÇÃO DO PSICOPEDAGOGO COM TEA

A atuação do psicopedagogo (a) tem o objetivo de promover a aprendizagem por meio do uso de práticas
da Psicopedagogia, proporcionando auxílio nos processos de aprendizagem escolar, ampliação dos
repertórios pedagógicos do cliente e de seu percurso na inclusão escolar.

Tais habilidades serão ensinadas ao cliente através das tecnologias de ensino da ABA, que possuem
eficácia científica para indivíduos com suspeita ou diagnóstico de autismo e outros transtornos do
neurodesenvolvimento.

A psicopedagoga ABA, trabalha habilidades e dificuldades do desenvolvimento educacional infantil.


Modificando o modo de aplicar atividades, analisando como aquela criança aprende, respeitando seus
limites.

O psicopedagogo deve observar e identificar os conhecimentos prévios e as necessidades da criança


para auxiliar em seu desenvolvimento educacional e de aprendizagem. Estabelecer vínculo e interagir
com a criança com TEA é essencial para o seu aprendizado. O psicopedagogo deverá utilizar modelos de
intervenções de acordo com as habilidades e dificuldades de cada criança.
Paralelamente ao trabalho terapêutico, os pais e profissionais que lidam com as crianças devem receber
treinamento em análise do comportamento, tornando-se hábeis na produção e manutenção de
comportamentos adequados e nas técnicas para redução de frequência dos comportamentos
inadequados, além de se tornarem aptos a avaliar o desenvolvimento da criança passo a passo. Caso a
criança frequente a escola, acompanha-se seu comportamento no ambiente acadêmico, favorecendo uma
mudança mais rápida.

ABA à Psicopedagogia trabalha-se para:

 Comportamentos do aprendiz;
 Ampliação dos repertórios pedagógicos em diferentes etapas do ensino regular;
 Autonomia e gerenciamento para os estudos;
 Estratégias para a inclusão escolar.

 Para ensinar novas habilidades (por exemplo, os procedimentos de instrução e reforço


sistemáticos ensinar habilidades funcionais de vida, habilidades de comunicação e habilidades
sociais);
 Generalizar ou transferir o comportamento de uma situação ou resposta a outra (por exemplo, de
completar as tarefas em sala de recursos para um desempenho tão bom na sala de aula regular);
 Para restringir ou condições estreitas sob o qual ocorrem comportamentos interferem (por
exemplo, modificar o ambiente de aprendizagem).

O profissional também fica responsável de averiguar se criança com TEA está sendo incluída na escola,
onde o psicopedagogo trabalhará sobre os problemas já existentes com a intenção de minimizá-los. Por
isso, elaborará um plano de intervenção, com o objetivo de eliminar os conflitos ou problemas de
aprendizagens apresentados. Provavelmente, esse trabalho será realizado em conjunto com a instituição
de ensino e os pais dos alunos.

A oportunidade de ser acompanhado por um psicopedagogo é importante já que ajuda a criança a ser
estimulada, a desenvolver as suas potencialidades e a ser mais sociável. E esses avanços podem ser
realizados de forma lúdica para que ocorra o desenvolvimento da aprendizagem e melhora no rendimento
escolar. Esse profissional faz a intermediação entre os professores e aluno visando manter um vínculo
prazeroso e saudável.

Fonte:

Manejo comportamental de crianças com Transtorno do Espectro do Autismo em condição de


inclusão escolar. 
Autismo: intervenções psicoeducacionais: http://www.scielo.br/pdf/rbp/v28s1/a07v28s1.pdf

15.PAPEL DE ATUÇÃO DO FONOAUDIOLOGO NO TEA

O setor de Fonoaudiologia aplicada a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) tem o objetivo de


oferecer aos pacientes as técnicas mais eficazes da área de linguagem e de motricidade orofacial da
Fonoaudiologia, que serão ensinadas através das tecnologias de ensino da ABA que possuem eficácia
científica para pacientes com suspeita ou diagnóstico de autismo e outros transtornos do
neurodesenvolvimento.

A fonoaudiologia que avaliará o indivíduo considerando estruturas orofaciais (forma e funcionamento),


aquisição dos sons (apresentado e esperado), desenvolvimento da linguagem (apresentado e esperado).
Enquanto, de outro lado, temos a intervenção ABA, que fará sua avaliação e tratamento considerando as
habilidades e repertórios da criança, sempre conduzidos pelo Analista do Comportamento responsável
pelo caso.

Considerando as terapias na prática, havendo comunicação entre ambas, a fonoaudiologia consegue


somar ao desenvolvimento de habilidades mais específicas, como por exemplo a motricidade orofacial
sensorial e motora, na fala e voz.

A fonoaudiologia pode realizar orientações pontuais sobre a comunicação durante os treinos e programas
ABA, sobre como tornar essa habilidade mais natural e também esclarecer sobre normalidade e
desenvolvimento nos aspectos da fala e linguagem.

A Análise do Comportamento Aplicada tem colaborado com o trabalho da fonoaudiologia, pois traz a
possibilidade de maior aproveitamento do tempo da sessão, visto que muitos dos pacientes atendidos tem
dificuldades no comportamento.
ABA à Fonoaudiologia trabalha-se para:

 Otimizar as habilidades comunicativas, o comportamento e a socialização dos portadores de TEA;


 Desenvolvimento das habilidades de linguagem receptiva e expressiva;
 Desenvolvimento das habilidades de linguagem oral, escrita ou gestual;
 Comunicação alternativa e aumentativa;
 Adequação da motricidade orofacial.

Na intervenção fonoaudiológica existem muitas ferramentas e estímulos positivos, que podem ser
utilizados com a Análise do Comportamento aplicada, para alcançar ótimos resultados no
desenvolvimento da linguagem e comunicação da criança. Inclusive, existe um método chamado PECS
(Sistema de Comunicação por Troca de Imagens) que utiliza os princípios da Terapia Aba e serve para
estimular crianças autistas com atraso de linguagem, ou até que falam, mas que possuem algum
comportamento inadequado relacionado à fala. Este método consiste em ampliar o vocabulário da criança
utilizando imagens, e buscando desenvolver a atitude comunicativa da criança, através da Terapia.

Fonte: Grupo Conduzir disponível em: https://www.grupoconduzir.com.br/fonoaudiologia-e-terapia-aba/.

17. PAPEL DE ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA COM TEA

O setor de Análise do Comportamento Aplicada (ABA) à Fisioterapia tem como objetivo desenvolver as
habilidades dos pacientes para ampliar sua autonomia e independência por meio de uma intervenção
individualizada e focada nos aspectos sensórios motores.

Uma das principais ferramentas para desenvolver uma pessoa no Transtorno do Espectro do Autismo
(TEA) é a Análise do Comportamento Aplicada (Applied Behavior Analysis – ABA). De crianças à adultos,
a terapia ABA contribui para melhorar comportamentos socialmente importantes e, assim, permitir àquele
que está no espectro ter suas habilidades aperfeiçoadas, bem como manejar suas limitações,
contribuindo com seu desenvolvimento e independência.
Suas técnicas possibilitam ampliar a capacidade cognitiva, motora, de linguagem e de integração social,
procurando reduzir por meio de práticas de repetição e esforço comportamentos negativos que possam
causar danos ou interferir no processo de aprendizagem podendo auxiliar no aperfeiçoamento de
habilidades básicas, como olhar, ouvir e imitar, ou complexas, como ler, conversar e interagir com o outro.

O profissional de fisioterapia atua diretamente em funções determinantes para a vida da criança e


adolescente com autismo; e até mesmo adultos. É importante ressaltar que quanto antes o tratamento
iniciar, maiores são as chances de uma evolução bem-sucedida existir. No caso das habilidades motoras,
o fisioterapeuta atua em funções básicas, como andar, sentar, ficar de pé, jogar, rolar, tocar objetos,
engatinhar e a se locomover de maneira geral. Vale salientar que no caso da coordenação motora fina, o
psicomotricista exerce mais influência. O fisioterapeuta fica por conta da coordenação motora grossa e do
desenvolvimento da força muscular.

Dentre vários exercícios voltados para a melhora do autista, muitos fisioterapeutas trabalham com o
método Bobath, responsável por resultados muito satisfatórios. Importante salientar que tal técnica não
surgiu para a intervenção no autismo, mas para casos envolvendo derrames cerebrais e paralisias
infantis. Além disso, o método pode ser empregado em crianças e adultos. Os fisioterapeutas entram com
o método Bobath para a atuação em detalhes imprescindíveis na vida do autista. O trabalho na
coordenação é uma das prerrogativas. Além disso, a adequação do corpo a uma postura (física) mais
saudável é o ponto-chave da técnica Bobath.

 Qual o objetivo da fisioterapia no Transtorno do Espectro Autista?

 Aquisição de habilidades motoras;

 Alinhamento postural;

 Promover vivências sensórias;

 Estimular o equilíbrio;

 Estimular a coordenação;

 Estimular a marcha;

 Aquisição de independência;

 Aquisição de aptidões;

 Estimular a relação com os outros com segurança e confiança;

 Estimular a adaptar-se à sociedade;

 Prevenção de vícios posturais (marcha na ponta dos pés e sentar em “W”).


 Qual a indicação da Fisioterapia no Transtorno do Espectro Autista?
 Atraso no desenvolvimento;

 Tônus muscular baixo (Hipotonia) ou moderado;

 Planejamento motor;

 Coordenação motora;

 Dificuldade na estruturação do esquema e imagem corporal;

 Assimetria de movimento;

 Alteração no equilíbrio;

 Alteração postural;

 Hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais ou interesse incomum por aspectos sensoriais do

ambiente;

 Falta de coordenação motora axial e apendicular;

 Dificuldade na estruturação do esquema corporal;

 Falta de controle axial;

 Controle postural pobre;

 Lentidão das respostas motoras;

 Marcha na ponta dos pés;

 Encurtamento dos rotadores internos de quadril.

 Quais as estratégias de intervenção da fisioterapia no Transtorno do Espectro Autista?

 Estimulação sensorial;
 Mobilização da articulação tíbio-társica;
 Liberação miofascial de gastrocnêmio e sólear;
 Alongamento de músculos encurtados;
 Fortalecimento dos dorsos flexores;
 Treino de equilíbrio e propriocepção;
 Treino de marcha;
 Coordenação motora;
 Recursos de integração sensorial;
 Pilates adaptado na neuroreabilitação;
 Circuitos psicomotores;
 Plataforma vibratória.

Fonte:

Azevedo, Anderson; GUSMÃO, Mayra. A IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA MOTORA NO


ACOMPANHAMENTO DE CRIANÇAS AUTISTAS. Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde | Salvador, v. 2, n. 2, p.
76-83, jan./jun. 2016.

OLIVEIRA, José Diêgo Ponciano; GUEDES, A. L. L. de A., Lins, M. S. Lins, DALTRO M. C. de S. L.


RELATO DE CASO Intervenção fisioterapêutica no transtorno do espectro autista Physiotherapy
intervention in autistic disorder. Fisioter Bras 2018;19(5Supl):S266-S271.
18. CONDUTAS E NORMAS PAIS E RESPONSAVIES DENTRO DO NUCLEO

 Durante os atendimentos os responsáveis deverão permanecer o tempo todo na recepção, pois os

mesmos poderão ser chamados durante os atendimentos para orientações ou quaisquer

necessidades relacionadas a criança;

 Os atendimentos terão a duração de 50 minutos com a frequência semanal a ser definida conforme

avaliação da equipe multidisciplinar;

 As faltas deverão ser informadas com no mínimo um dia útil de antecedência, exceto as faltas

ocorridas por motivos de saúde justificadas com atestado médico;

 As faltas sendo justificadas/injustificadas, não serão repostas;

 Serão aceitas até três faltas justificadas por mês, caso contrário o usuário perderá sua vaga.

 Em situações de falta injustificada o responsável deverá preencher um termo, explicando o motivo

da falta;

 Em casos de atrasos, não haverá reposição dos mesmos, a criança será atendida no tempo

restante de sua sessão;

 Colaboração com as orientações recebidas pelos terapeutas, para avanço nas terapias e evolução

do paciente.

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