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Centro Universitário Central Paulista

Departamento de Engenharia Elétrica

Laboratório de Eletrônica

Circuitos com Transistor Bipolar de Junção

Operação em Corrente Alternada

São Carlos

2023
5

Claudemir da Silva RA: 3801150


Matheus Sousa Filié RA: 3801192
Wagner Luís de Oliveira RA: 3801170

Laboratório de Eletrônica

Relatório apresentado ao Centro Universitário Central


Paulista (UNICEP), como parte das exigências para a
obtenção dos resultados que contemplam as notas do
semestre para a matéria de Laboratório de Eletrônica

Orientador: Prof. Mario F. Bôtega Jr.

São Carlos

2023
SUMÁRI
O

OBJETIVO................................................................................................................................4

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4

PROCEDIMENTO.....................................................................................................................5

AMPLIFICADOR CLASSE A COM POLARIZAÇÃO FIXA DE BASE.......................................6

AMPLIFICADOR CLASSE A COM POLARIZAÇÃO COM ESTABILIZAÇÃO DE EMISSOR. .9

AMPLIFICADOR CLASSE B (PUSH-PULL)...........................................................................13

CONCLUSÃO.........................................................................................................................17

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................18
OBJETIVO
Conhecer o transistor bipolar de junção (TBJ) aplicado em circuitos básicos,
operando em corrente alternada, na região ativa (amplificador).
INTRODUÇÃO
Um transistor bipolar de junção (TBJ) pode ser usado em circuitos de corrente
alternada (AC) como um amplificador de sinal. Quando o TBJ está em operação, a corrente
alternada flui entre a base e o emissor, controlando a corrente que flui entre o coletor e o
emissor.
O sinal de entrada AC é aplicado à base do TBJ e controla a corrente que flui através
dele. Quando a corrente de entrada aumenta, a corrente de saída também aumenta,
amplificando o sinal de entrada. O ganho de tensão é determinado pelas características de
amplificação do transistor e pelas resistências externas no circuito.
No entanto, é importante lembrar que é um dispositivo não linear e pode distorcer o
sinal de saída, especialmente em frequências mais altas. Além disso, requer uma
polarização adequada para que funcione corretamente em um circuito de corrente alternada.
A polarização é o processo de fornecer uma tensão ou corrente contínua para que o
transistor possa operar em sua região ativa.
Em resumo, o transistor bipolar de junção pode ser usado em circuitos de corrente
alternada como um amplificador de sinal, ou até mesmo como chave On/off, mas é
necessário levar em consideração suas características não lineares.

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PROCEDIMENTO

Materiais e Equipamentos

Multímetro Protoboard
Osciloscópio Resistores e capacitores diversos
Fonte de alimentação Transistor BC548
Gerador de Funções Transistor BC558 ou
Diodo 1N4007 Transistor BC557

Roteiro

1. Amplificador classe A com polarização fixa de base;


2. Amplificador classe A com polarização com estabilização de emissor;
3. Amplificador classe A com polarização por divisão de tensão;
4. Amplificador classe B (push-pull).

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AMPLIFICADOR CLASSE A COM POLARIZAÇÃO FIXA DE BASE
Inicialmente, foi proposta a montagem de um circuito elétrico relativamente simples
com o transistor TBJ (Figura 1), part number BC548, contendo uma fonte de alimentação
DC com tensão de 5V, três resistores, sendo RB responsável por limitarem a corrente da
base, e RC limitar a corrente do coletor e o resistor RL é a carga onde será feita análise do
sinal de tensão, além de dois capacitores, um de entrada, Cs, e um de saída, Co.
Configuração do circuito:
RB=47kΩ | RC=100Ω | RL=10kΩ | CS=CO=1mF.
Configuração do gerador de funções:
Senoidal | 1kHz | 20mVp | 0V offset.

Figura 1 - Esquemático Elétrico

A montagem se deu através da protoboard e suas respectivas matrizes de conexão


de acordo com a imagem abaixo (Figura 2).

Figura 2 - Montagem do circuito na protoboard

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Após concluída a montagem do circuito na protoboard (Figura 2), a ponta de prova

do canal 1, CH1, ficou responsável por supervisionar o sinal de entrada, vi (Figura 3), o e a
segunda ponta de prova do canal 2, CH2, ficou responsável por monitorar o sinal de saída

que está em cima da carga RL, vo, e obteve-se o sinal apresentado abaixo, Figura 4.

Figura 3 - Sinal de Entrada Figura 4 - Sinal de Saída

Dessa forma, tendo o sinal capturado na tela do osciloscópio, foi possível analisar os

valores de tensão gerados por esse circuito, sendo que o vi ficou com um valor de tensão de

21.792 mV e o vo com um valor de 1.299 mV, tendo assim, um ganho de 596 hfe.
Além disso, é possível notar que houve alteração na forma de onda do sinal de saída
em relação ao sinal de entrada, no entanto não ocorreu alteração na fase.
Posteriormente, foi aumentado a tensão do gerador para 50mVp e os procedimentos
anteriores foram repetidos para novas análises demonstradas nas figuras abaixo, Figura 5 e
Figura 6.

Figura 5 - Sinal de Entrada Figura 6 - Sinal de Saída

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Com o sinal evidenciado nas figuras, foi possível analisar os valores de tensão
gerados por esse circuito, sendo que o vi ficou com um valor de tensão de 70,704 mV e o vo
com um valor de 1.927mV, tendo assim, um ganho de 268 hfe.
É visível que houve uma alteração na forma de onda do sinal de saída em relação ao
sinal de entrada, no entanto, novamente não ocorreu alteração na fase.
E, por fim, a tensão do gerador sofreu um novo aumento, indo de 50mVp para
100mVp e novas análises foram feitas para avaliar o comportamento do transistor nesse
circuito, Figura 7 e Figura 8.

Figura 7 - Sinal de Entrada Figura 8 - Sinal de Saída

Analisando os valores de tensão gerados por esse circuito, o vi ficou com um valor
de tensão de 352,031 µV e o vo com um valor de -3,085 mV, tendo assim, um ganho de
8,81 hfe.
É possível notar que houve uma alteração na forma de onda do sinal de saída em
relação ao sinal de entrada e, nesse caso, ocorreu alteração na fase de saída com relação à
de entrada, visto que a tensão de Vout se tornou negativa.
Abaixo segue uma tabela com os cálculos dos ganhos de corrente do transistor com
base nos valores medidos anteriormente, resultando nos valores da tabela abaixo (Tabela
1):

GANHO DO TRANSISTOR ( β )
−3
Vo 1,299 x 10
β 1= = =596 hfe
Vi 21,792 x 10−3

−3
Vo 1,927 x 10
β 2= = =268 hfe
Vi 70,704 x 10−3

−3
Vo −3,085 x 10
β 3= = =8 , 81 hfe
Vi 350,031 x 10−6

Tabela 1 - Dados do ganho do transistor para cada valor de resistor

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AMPLIFICADOR CLASSE A COM POLARIZAÇÃO COM ESTABILIZAÇÃO DE
EMISSOR
Para o segundo experimento, foi proposta a montagem de um circuito elétrico
relativamente simples com o transistor TBJ (Figura 9), part number BC548, semelhante ao
primeiro experimento, contendo uma fonte de alimentação DC com tensão de 20V, quatro
resistores, sendo RB responsável por limitar a corrente da base, RC limitar a corrente do
coletor, RE limitar a corrente do emissor e o resistor RL é a carga onde será feita análise do
sinal de tensão, além de dois capacitores, um de entrada, Cs, e um de saída, Co.
Configuração do circuito:
RB=470kΩ | RC=1kΩ | RE=330Ω | RL=10kΩ | CS=CO=10µF.
Configuração do gerador de funções:
Senoidal | 1kHz | 500mVp | 0V offset.

Figura 9 - Esquemático Elétrico

A montagem se deu através da protoboard e suas respectivas matrizes de conexão


de acordo com a imagem abaixo (Figura 10).

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Figura 10 - Circuito montado na protoboard

Após concluída a montagem do circuito na protoboard, a ponta de prova do canal 1,

CH1, ficou responsável por supervisionar o sinal de entrada, vi, o e a segunda ponta de
prova do canal 2, CH2, ficou responsável por monitorar o sinal de saída que está em cima

da carga RL, vo, e obteve-se o sinal apresentado abaixo, Figura 11.

Figura 11 - Sinal de entrada e saída projetados simultaneamente no osciloscópio

Dessa forma, tendo o sinal capturado na tela do osciloscópio, foi possível analisar os
valores de tensão gerados por esse circuito, sendo que o vi ficou com um valor de tensão de
2Vp e o vo com um valor de 2,25 Vp, tendo assim, um ganho 1,125 hfe.
É possível notar que houve uma alteração na forma de onda do sinal de saída em
relação ao sinal de entrada e, nesse caso, ocorreu alteração na fase de saída com relação à
de entrada.
Posteriormente, foi aumentado a tensão do gerador para 1,0 Vp e os procedimentos
anteriores foram repetidos para novas análises demonstradas na figura abaixo, Figura 12.

10
Figura 12 - Sinal de entrada e saída projetados simultaneamente no osciloscópio

Avaliando os valores de tensão gerados por esse circuito, o valor de vi ficou com
233,18 µVp e o vo com um valor de 1,944 mVp, tendo assim, um ganho 8,33 hfe.
Abaixo segue uma tabela com os cálculos dos ganhos de corrente do transistor com
base nos valores medidos anteriormente, resultando nos valores da tabela abaixo (Error:
Reference source not found):

GANHO DO TRANSISTOR ( β )
Vo 2 , 25
β 1= = =1,125 hfe
Vi 2 , 0

−3
Vo 1,944 x 10
β 2= = =8 , 33 hfe
Vi 233 , 18 x 10−6

Tabela 2 - Dados do ganho do transistor para cada valor de resistor

AMPLIFICADOR CLASSE A COM POLARIZAÇÃO POR DIVISÃO DE TENSÃO


Para o terceiro experimento, foi proposta a montagem de um circuito elétrico
relativamente simples com o transistor TBJ (Figura 13), part number BC548, semelhante ao
primeiro e ao segundo experimento, contendo uma fonte de alimentação DC com tensão de
12V, cinco resistores, sendo RB1 e RB2 responsáveis por limitarem a corrente da base, RC
limitar a corrente do coletor, RE limitar a corrente do emissor e o resistor RL é a carga onde
será feita análise do sinal de tensão, além de dois capacitores, um de entrada, Cs, e um de
saída, Co.
Configuração do circuito:
RB1=10kΩ | RB2=2.2kΩ | RC=3.9kΩ | RE=1kΩ | RL=10kΩ | CS=CO=1µF.
Configuração do gerador de funções:
Senoidal | 1kHz | 50mVp | 0V offset.

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Figura 13 - Esquemático Elétrico

A montagem se deu através da protoboard e suas respectivas matrizes de conexão


de acordo com a imagem abaixo (Figura 14).

Figura 14 - Circuito montado na protoboard

Após concluída a montagem do circuito na protoboard, a ponta de prova do canal 1,

CH1, ficou responsável por supervisionar o sinal de entrada, vi, o e a segunda ponta de
prova do canal 2, CH2, ficou responsável por monitorar o sinal de saída que está em cima

da carga RL, vo, e obteve-se o sinal apresentado abaixo, Figura 15.

12
Figura 15 - Sinal de entrada e saída projetados simultaneamente no osciloscópio

Avaliando os valores de tensão gerados por esse circuito, o valor de vi ficou com
50mVp e o vo com um valor de 137 mVp, tendo assim, um ganho 2,74 hfe.

Posteriormente, foi aumentado a tensão do gerador para 100 mVp e os


procedimentos anteriores foram repetidos para novas análises demonstradas na figura
abaixo,

Figura 16 - Sinal de entrada e saída projetados simultaneamente no osciloscópio

Avaliando os valores de tensão gerados por esse circuito, o valor de vi ficou com
100mVp e o vo com um valor de 268 mVp, tendo assim, um ganho 2,68 hfe.
Abaixo segue uma tabela com os cálculos dos ganhos de corrente do transistor com
base nos valores medidos anteriormente, resultando nos valores da tabela abaixo (Error:
Reference source not found):

GANHO DO TRANSISTOR ( β )

13
−3
Vo 137 x 10
β 1= = =2 ,74 hfe
Vi 50 x 10−3

−3
Vo 268 x 10
β 1= = =2 ,74 hfe
Vi 100 x 10−3
Tabela 3 - Dados do ganho do transistor para cada valor de resistor

AMPLIFICADOR CLASSE B (PUSH-PULL)


Para o quarto experimento, foi proposta a montagem de um circuito elétrico com dois
transistores TBJ (Figura 17), part number BC548 e BC557, contendo duas fontes de
alimentação DC com tensão de 15V positiva e 15 V negativa, seis resistores, um diodo,
além de dois capacitores de entrada, Cs e Co, e um gerador de funções conectado na base
de ambos os transistores.

Configuração do circuito:
R1=R2=R3=R4=R5=1kΩ | RL=10kΩ | CS=CO=1µF.
Configuração do gerador de funções:
Senoidal | 1kHz | 5 Vp | 0V offset.

Figura 17 - Esquemático Elétrico

A montagem se deu através da protoboard e suas respectivas matrizes de conexão


de acordo com a imagem abaixo (Figura 18).

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Figura 18 - Circuito montado na protoboard

Após concluída a montagem do circuito na protoboard, a ponta de prova do canal 1,


CH1, ficou responsável por supervisionar o sinal de entrada do gerador e a segunda ponta
de prova do canal 2, CH2, ficou responsável por monitorar o sinal de saída que está em
cima da carga RL e, consequentemente, nos emissores de ambos os transistores, e obteve-
se o sinal apresentado abaixo, Figura 19.

Figura 19 - Sinal de entrada e saída projetados no osciloscópio com acoplamento DC

Em seguida, foi repetido a etapa anterior, no entanto colocando o acoplamento do


osciloscópio em CA, e obteve-se o seguinte sinal, Figura 20, sem alterações flutuações ou
distorção de crossover no sinal de saída.

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Figura 20 - Sinal de entrada e saída projetados no osciloscópio com acoplamento DC

Avaliando os valores de tensão gerados por esse circuito, é possível notar que não
houve alterações nos sinais apresentados, ou seja, não houve nenhum ganho de tensão, e
sim, ganho de corrente.
Por último, foi proposto que fosse substituído o resistor R2 por um jumper, e dessa
forma, foi registrado a forma de onda do circuito de saída em questão, Figura 21 e Figura
22.

Figura 21- Sinal de saída com distorção de crossover Figura 22 - Sinal de saída com distorção de crossover

Após a troca do resistor R2 por um jumper, o efeito da distorção de crossover ficou


aparente. Logo em seguida, foi medido a tensão de pico de saída, VLp que resultou em
2,38V.
Tendo esse valor em mãos, foram feitos os cálculos da potência dissipada na carga,
corrente de pico de saída, corrente media drenada da fonte CC, e a potência dissipada em
cada um dos transistores. Abaixo segue uma tabela com todos os cálculos realizados,
Tabela 4.

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NOMENCLATURA CÁLCULO REALIZADO
POTÊNCIA DISSIPADA NA Vlp
2
2 ,38
2
Po ( CA )= = =2 , 8 mV
CARGA 2. RL 2.100
CORRENTE DE PICO DE Vlp 2 , 38
I (op)= = =2 , 38 mV
SAÍDA Rl 1000
CORRENTE MÉDIA DRENADA 2 xIop 2 −3
I ( dc ) = = x 2 ,38 x 10 =1 , 51mA
DA FONTE CC π π
POTÊNCIA DISSIPADA NOS Pi ( dc )−Po ( ac ) 22 , 65 x 10−3−2 , 8 x 10−3
P(Q)= = =9,925 mW
TRANSISTORES 2 2
POTÊNCIA DISSIPADA PELA
P ( Q )=I ( dc ) xVcc=0,00151 x 15=22 ,65 mW
FONTE CC

Tabela 4 - Cálculos realizados com base na tensão de pico da saída, Vlp

CONCLUSÃO
No presente trabalho, foi realizado um estudo aprofundado sobre circuitos com
transistor bipolar de junção com operação em corrente alternada. Durante a pesquisa, foram
analisados as características e o funcionamento desse tipo de dispositivo, assim como as
aplicações e os benefícios oferecidos pelos circuitos de corrente alternada.
Os transistores bipolares de junção são amplamente utilizados em diversos circuitos
eletrônicos devido às suas propriedades únicas. Ao operar em corrente alternada, esses
transistores apresentam um comportamento dinâmico complexo, que envolve a amplificação
e controle da corrente e da tensão. Isso permite sua utilização em amplificadores de áudio,
osciladores, fontes de alimentação e muitas outras aplicações.
Durante o estudo, foi possível compreender a importância de projetar circuitos
adequados para a operação em corrente alternada, levando em consideração os parâmetros
elétricos do transistor e as características do sinal de entrada. Além disso, a análise dos
diferentes modos de operação, como o modo ativo, o modo corte e o modo saturação,
revelou a versatilidade desses dispositivos e a capacidade de ajustar o comportamento do
circuito conforme necessário.
Uma das principais conclusões alcançadas é que o uso de transistores bipolares de
junção em circuitos de corrente alternada pode proporcionar amplificação de sinal eficiente e
controle preciso da corrente e da tensão. Esses dispositivos são capazes de trabalhar em

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altas frequências e apresentam uma resposta transitória rápida, o que os torna adequados
para aplicações exigentes.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

Boylestad, Robert; Nashelesky, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de Circuitos.


5ta. Ed. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1994.

Halliday, Resnick; Walker. Fundamentos de Física, Vol. 3, Ed. LTC.

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