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EXPERIMENTO 3:

PUT - OSCILADOR DE RELAXAÇÃO


DISPARO DE SCR’S
Introdução
O SCR ou Diodo Controlado de Silício é um dos componentes mais importantes nas
aplicações em que esteja envolvido o contole de cargas de potência de altos valores a partir da rede de
energia. Funcionando como um interruptor acionado eletronicamente ele facilmente supera seus
equivalentes mecânicos, por sua velocidade, sensibilidade e capacidade de operar com tensäes e
correntes elevadas. Não há limite para o número de aplicações práticas em que ele pode ser usado o
que torna muito importante para todos conhecer um pouco de seu princípio de funcionamento, suas
limitações e suas apicações principais. Neste artigo falamos de tudo isso. Partindo da estrutura do
SCR e de seu princípio de funcionamento veremos também a maneira como são fabricados, circuitos
de aplicação e muito mais.
O SCRs ou diodos controlados de silício podem funcionar como elementos de disparo de
circuitos eletrônicos, como relês de estado sólido, como osciladores de alta potência, como controles
de potência em circuitos de corrente alternada, circuitos inversores e em uma infinidade de aplicações
em que outros semicondutores tais como transistores bipolares, transistores de efeito de campo de
potência e diodos comuns não podem ser usados.
Os SCRs tem uma estrutura tal que manifesta propriedades elétricas que permitem que ele
seja usado em todas estas aplicações. Assim, inicialmente podemos dizer que o que diferencia um
SCR de outros componentes comuns tais como diodos retificadores comuns, e transistores é a sua
estrutura que lhe confere propriedades bem definidas das quais passamos a falar a seguir.
Se tivermos dois pedaços de materiais semicondutores unidos, um do tipo P e outro do tipo N
de modo que entre eles haja uma junção, a estrutura assim formada manifestar propriedades bem
definidas que caracterizam o que denominamos diodo semicondutor.
Esta estrutura se comporta no sentido de conduzir corrente intensamente quando polarizada
no sentido direto e não conduzir praticamente a corrente oferecendo-lhe uma resistência muito alta,
quando polarizada no sentido inverso, conforme sugere a figura 1.

Figura 1 - estrutura de um diodo

Conforme vimos no ítem anterior a estrutura do SCR se compara à de dois transistores ligados
de modo a formar uma chave regenerativa.
O fato é que na realidade as características de condução obtidas com esta estrutura lembra
muito mais os diodos do que propriamente os transistores. Em suma, mesmo podendo ter seu
funcionamento equivalente ao de dois transistores, as características lembram muito mais os diodos
comuns.
Conforme o leitor pode ver o SCR possui três terminais que recebem denominações
específicas:
● A para o anodo (anode)
● C ou K para o catodo (cathode)
● G para a comporta (gate)

Na estrutura equivalente formada por transistores, o anodo corresponde ao emissor do


primeiro transistor que é um do tipo PNP, o catodo corresponde ao emissor do segundo transistor. A
base do primeiro transistor está ligada ao coletor do segundo, enquanto que a base do segundo
transistor está ligada ao coletor do primeiro.
O funcionamento deste circuito pode então ser explicado a partir da figura 9 da seguinte
maneira:

Figura 1 - Circuito explicando as estruturas N e P

a) Ligando inicialmente a alimentação do circuito de modo que uma tensão positiva em


relação ao catodo seja aplicada ao anodo, o SCR se comporta como um circuito aberto, não havendo
condução apreciável de corrente, a não ser uma pequena fuga que normalmente ocorre pelas junções
devido a agitação térmica dos átomos dos materiais semicondutores. uma pequena corrente que pode
ser considerada desprezível circula entre a base do primeiro transistor (Q1) e o coletor do segundo
(Q2) ao mesmo tempo que uma pequena corrente circula entre a base do segundo transistor (Q2) e o
coletor do primeiro.
b) O resultado é que a corrente entre o anodo e o catodo do SCR não pode ser considerada
como existente para efeitos práticos. O SCR estará "Desligado". Uma lâmpada ligada em série com o
SCR nestas condições permanecerá apagada, conforme sugere a figura 2.
Figura 2 - Circuito ilustrando Uma lâmpada ligada em série com o SCR nestas condições
permanecerá apagada

c) Se agora for estabelecida uma pequena tensão positiva em relação ao catodo na comporta do SCR,
fazendo com que uma corrente pequena circule entre a base do segundo transistor (Q2) e seu emissor,
o SCR mudará de estado. Polarizando a junção deste transistor Q2 no sentido direto de condução
(junção emissor-base) o transistor ter também sua corrente de coletor aumentada numa proporção que
depende do ganho deste mesmo transistor. Lembramos que a corrente de coletor será tantas vezes
maior que a corrente de base quanto for o ganho do transistor. Ora, a corrente de coletor do segundo
transistor (Q2) é justamente uma corrente que circula num sentido que polariza a junção emissor-base
do primeiro transistor no sentido de também fazê-lo conduzir. Esta corrente de base consequentemente
no primeiro transistor conforme mostra a figura 3.

Figura 3 - Circuito ilustrando a polarização de um transistor

Objetivo
Analisar o funcionamento de um oscilador de relaxação com transistor de unijunção
programável e sua utilização em disparo de scr’s.
Metodologia
Foi utilizado um módulo e um osciloscópio e jumpers e foi seguido os passos do roteiro a fim
de se observar as interações no osciloscópio.
Descritivo do experimento

Parte I - oscilador de relaxação

Figura 4 - Circuito oscilador de relaxação

1. Ligamos o módulo na tensão (220 V);


2. Conectamos o borne CN13 ao positivo da fonte de 12 Vcc;
3. Giramos os potenciômetros no sentido anti-horário;
4. Conectamos os canais 1 e 2 do osciloscópio a PT10 e PT11 respectivamente, e PT9 como
terra.
5. Ligamos o Circuitos e observamos as formas de onda do anodo e do gatilho.
6. Passamos o canal 2 do osciloscópio para PT12 e observamos a forma de onda.
7. Giramos o potênciometro RV3 no sentido horário e repetimos 4 e 6.
8. Giramos RV3 para o ajuste mínimo e e RV4 para o ajuste máximo.
9. Repetimos 4 e 6.
10. Giramos RV3 para o ajuste máximo novamente e observamos a forma de onda.

Parte II - Disparo de dois SCR’s em antiparalelo

Figura 5 - Circuito de dois SCR’s em anti-pararelo

1. Giramos os potenciômetros RV3 e RV4 para a posição mínima (anti-horário)


2. Interligamos os bornes CN17,CN18,CN19,CN20 á CN22,CN21,CN23,CN24;
3. Conectamos a fonte de 24Vca aos bornes CN15 e CN16;
4. Ligamos o canal um do osciloscópio aos pontos PT25 e PT26. Observamos as formas
de onda com RV3 no ajuste mínimo;
5. Depois ajustamos RV3 na posição máxima e observamos a forma de onda.
Resultados

Foram obtidas as seguintes formas de onda no osciloscópio.

Figura 6 - Potenciômetro no sentido horário

Figura 7 - Potenciômetro no sentido horário (Parte 1 seção 2)


Figura 8 - Potenciômetro no sentido anti horário

Figura 9 - Potenciômetro no sentido horário

Figura 10 - Potenciômetro no sentido horário


Figura 11

Figura 12
Figura 13

Figura 14
Figura 15

Conclusão

Foi possível observar que ao se controlar o potenciômetro, modificamos o ângulo de disparo.


O SCR atua como uma espécie de relê eletrônico ,ligando e desligando uma carga a partir de
pequenas mudanças executadas no circuito, como propõe o roteiro e os resultados foram apresentados
na tabela 1.

Bibliografia

[1] AHMED, Ashfaq. Eletrônica de Potência.Prentice Hall, 2000. 2. LANDER, Cyril W. Eletrônica
Industrial – Teoria e Aplicações – 2a Edição. MAKRON Books do Brasil Editora Ltda. 1996. 3.
ALMEIDA, José Luis Antunes de. Estude e Use – Dispositivos Semicondutores – Tiristores. Editora
Érica.

[2] LANDER, Cyril W. Eletrônica Industrial – Teoria e Aplicações – 2a Edição. MAKRON Books do
Brasil Editora Ltda. 1996.

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