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Docente

Benjamim Paca
_____________
Introdução
Muitos dos osciladores estudados apresentam problemas de estabilidade da
frequência de oscilação e da amplitude da tensão disponibilizada em sua saída. Em
circuitos envolvendo contagem de tempos, como por exemplo relógios e
temporizadores, esta variação de frequência não pode ser tolerada, devendo-se
empregar algum método para que a frequência de oscilação do circuito seja a mais
estável possível. Neste caso, o emprego de cristais de quartzo na rede de
realimentação dos osciladores ressonantes minimiza as variações na frequência de
oscilação do circuito resultante. Por sua vez, a estabilização da amplitude da tensão de
saída também pode ser obtida com a utilização de técnicas adequadas.
A título de exemplo na Figura 1 mostra-se um oscilador Colppits a cristal. Pode-se
verificar pela figura que, em relação ao oscilador Colppits convencional, o indutor foi
substituído por um novo elemento (não identificado na figura) em paralelo com C 1 e C
2 , que é justamente o cristal de quartzo. Seria de concluir daí que um cristal pode ter
o comportamento de um indutor.
Os osciladores Colpitts e Hartley são osciladores senoidais fundamentais, construídos
com células ressonantes LC e designados para trabalhar em altas frequências. Todos os
outros tipos de osciladores, exceto o Armstrong, são derivados dessas duas
arquiteturas.

Osciladores Colpitts, pela ausência de acoplamentos magnéticos entre bobinas,


apresentam estabilidade superior aos

Osciladores Pierce são, geralmente, osciladores Colpitts nos quais o indutor foi
substituído por um cristal de quartzo.

Quartzo é um mineral muito abundante na natureza e é composto por sílica (SiO2) no


estado cristalino.
Uma propriedade muito importante do quartzo é a piezeletricidade, que é a
capacidade que alguns cristais apresentam de gerarem uma diferença de potencial
elétrico entre pares de faces opostas, em resposta a uma pressão mecânica. O efeito é
bilateral, isto é, quando sujeitos a diferenças de potencial elétrico esses cristais se
deformam proporcionalmente. Assim, devido a esse efeito, o cristal de quartzo é um
isolante para todas as frequências de sinais elétricos exceto para uma determinada
frequência fundamental à qual ele se apresenta essencialmente como um curto-
circuito.

A Figura 13a apresenta o símbolo


elétrico de um cristal
de quartzo e a Figura 13 o seu
circuito equivalente. Esse
dispositivo é um capacitor físico Cp,
composto por duas placas condutoras
isoladas entre si por uma fina lâmina de
quartzo clivado. O circuito equivalente
RLCS aparece devido
Ao se conectar o cristal em uma fonte de tensão alternadas senoidal, pelo fato
de seu
circuito elétrico equivalente ser formado por elementos passivos (R, L e C),
ocorre a circulação de uma corrente alternada senoidal, determinada pela sua
impedância resultante, dada por:

O diagrama de Bode da expressão anterior, que representa o comportamento


do módulo e da fase desta impedância em função da variação da frequência, é
mostrado nas Figura 4 e Figura 5.
Nota-se pela figura que representa o módulo de Z XTAL que ocorrem uma
ressonância série e uma ressonância paralela. A ressonância série acontece na
frequência de oscilação do ramo série, caracterizada por uma queda na
amplitude do módulo de Z XTAL. Já a ressonância paralela ocorre pela
interação de CM com os elementos R, L e C do ramo série, caracterizada por
um aumento na amplitude do módulo de Z XTAL. Note que a frequência de
ressonância paralela é superior a frequência de ressonância série.
A frequência de ressonância série pode ser determinada por:

Em uma aplicação de circuitos eletrônicos, a frequência de oscilação


do cristal estará entre os valores da ressonância série e paralela, ou seja,
determinando série e F paralela tem-se os limites de operação do cristal.
De forma mais abreviada, um oscilador é um amplificador em que parte do
sinal de saída é aplicado ã entrada de maneira produzir um efeito de
realimentação.

Um oscilador com cristais, o cristal de quartzo influi na velocidade com que a


realimentação ocorre determinando assim a sua frequência d operação.

Em princípio, os osciladores com cristal possuem uma única frequência de


operação que depende justamente das características deste elemento e que
não podem ser alteradas. No entanto, como o acoplamento do cristal ao
circuito é capacitivo, uma capacitância externa pode alterar levemente a
frequência natural de suas oscilações e isso pode ser aproveitado em algumas
configurações.

Contudo, existem muitos osciladores controlados a cristal e muitos são os seus


papéis no mundo da electrónica, mas o oscilador que interessa neste trabalho
e´o oscilador controlado a cristal que pode gerar sianis faixa de 100kHz a 30
Mhz, com base no FET de junção (FET).

Os principais componentes para se montar um oscilador deste porte são:

Q1-BF245- FET de junção; XTAL- cristal conforme a frequência desejada, que


no nosso caso é de 30MHz; r1 de 1M ohms- resistor; XRF – 1mH - indutor; C1
de 1nF – capacitor cerâmico e uma fonte de 15 volts.

O Seu circuito correspondente é:


Depois de montado e aplicar um osciloscópio, rapidamente vemos que ele
gera sinais do tipo senosoidais conforme vemos na figura:
Conclusão
Um oscilador de cristal é um componente electrónico que utiliza a ressonância de um
cristal em vibração de um material piezoeléctrico para criar um sianl eléctrico com
uma frequência bastante precisa. Esta frequência é comummente usada para medir
precisamente o tempo, tais como em relógios de quartzo, bem como para estabilizar
frequências de transmissores de rádio-

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