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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS

3° Laboratório de Eletrônica de Potência


Circuito de Disparo de um SCR usando Rede RC

Alunos : Ana Flávia Máximo, Frederico Angelo de Almeida, Raphael Masson


Professor : Alexandre Vaz

NEPOMUCENO

05/10/2022
I. INTRODUÇÃO
1. Funcionamento do SRC

O dispositivo SCR ou (Retificador Controlado de Silício) é um diodo controlado de


silício. Este componente faz parte da família dos tiristores. Os tiristores são uma família de
componentes que possuem em comum a característica do disparo. O SCR é construído por
quatro camadas de material semicondutor: PNPN ou NPNP. Ele possui três terminais,
chamados anodo, cátodo e gatilho. A Figura 1 mostra o símbolo usado para representá-lo.

Figura 1: Símbolo do SCR

Para que o SCR entre em condução, além de estar diretamente polarizado (anodo positivo
em relação ao cátodo), um pulso de tensão positiva deve ser aplicado no gatilho (G).
Idealmente, tanto no diodo como no SCR, quando a tensão é negativa, ocorre o bloqueio e a
corrente é nula para qualquer tensão. Quando a tensão é positiva, o diodo conduz. Já no SCR,
mesmo que seja aplicada tensão positiva, ele continua bloqueado, a não ser que seja aplicado
um pulso no gatilho. Dessa maneira, o SCR também passa a conduzir, comportando-se como
um curto-circuito idealmente.
Existem três tipos de polarização possíveis para o SCR:
a) Polarização Reversa – quando V ak < 0, o SCR funciona como uma chave aberta,
ou seja, não conduz. Na realidade, existe uma corrente de polarização reversa
muito baixa, geralmente na ordem de alguns nA.
b) Polarização direta em Bloqueio – Quando I G = 0, o SCR permanece bloqueado,
desde que a tensão seja inferior a V bo (tensão de disparo). Quando V ak =V bo, o
SCR dispara e a corrente cresce, sendo limitada pela resistência da carga,
colocada em série com o SCR.
c) Polarização direta com Condução – Para entrar em condução o SCR deve
conduzir uma corrente suficiente, cujo valor mínimo recebe o nome de corrente
de retenção I L . O SCR não entrará em condução, se a corrente de gatilho for
suprimida antes que a corrente de anodo atinja o valor I G.

2. Condições de disparo e bloqueio do SCR

Então sabemos que para um SCR seja disparado, ele deve estar diretamente polarizado e um
pulso de tensão positiva deve ser aplicado no gatilho (G). Este pulso de tensão deverá garantir
uma corrente mínima no terminal de gatilho. Além disto, para entrar em condução, o SCR
deve conduzir uma corrente entre anodo e cátodo I A maior do que a corrente de retenção I L.
Podemos resumir as condições de disparo conforme:
V GK ≥ V ¿
IG≥ I¿
V AK≥VT
IA≥IL

Para se obter o bloqueio do SCR, basta polarizar reversamente o SCR ou fazer com que a
corrente entre anodo e cátodo I Acaia abaixo do seu valor de manutenção I H . Podemos resumir
as condições de bloqueio conforme:

V AK <0
II. Objetivo
Verificar experimentalmente a operação de um circuito de disparo de SCR usando uma
rede RC.
III. METODOLOGIA
Antes de realizarmos a prática foi testados se todos os fios de ligação e os cabos
estavam com continuidade, assim como também o teste nas trilhas do protoboard. Tomamos
essas medidas de precaução para que não houvesse nenhum problema na hora de coletar as
medidas. Realizamos a montagem no protoboard.
1. Montamos energizamos o circuito de disparo da figura a seguir.

Figura 2: Circuito Projetado


2. Usando o osciloscópio, fizemos as conecções com as pontas de prova no circuito.
Com a finalidade de registrar as formas de onda na fonte (Vs) e no capacitor (Vc).
Como mostra a imagem 3 a seguir, o canal 1 foi conectado na fonte e o canal 2 no
capacitor.

3. Usando o osciloscópio, fizemos as conecções com as pontas de prova no circuito.


Com a finalidade de registrar as formas de onda na fonte (Vs) e na carag (Vr). Como
mostra a imagem 4 a seguir, o canal 1 foi conectado na fonte e o canal 2 na carga R.
4. Usando o osciloscópio, fizemos as conecções com as pontas de prova no circuito.
Com a finalidade de registrar as formas de onda de tensão na carag (Vr) e nos
terminais do SCR adotando um valor de α aleatório. Como mostra a imagem 5 a
seguir, o canal 1 foi conectado na carga R e o canal 2 no SCR.

I. RESULTADOS
A seguir, imagem do circuito de disparo montado em laboratório.

Figura 6: Circuito de Disparo Projetado no Laboratório

E como resposta, registratamos a forma de onda na fonte (Vs) e no capacitor (Vc).

Figura 7: Forma de Onda na Fonte (Vs) e Capacitor (Vc)

Analisando a imagem, podemos afirmar que o disparo se da logo início, se aumentarmos o


fator de potência. E com a amplitude caindo, a defasagem aumenta e reduz em relação a Vc.
O potênciomentro R2 influência no comportamento do fator de potência. Pois para aumentá-lo
no circuito, temos que aumentar também o potenciômetro.
E para a forma de onda na fonte Vs e na carga Vr, registramos as seguintes formas de onda:

Figura 8: Forma de Onda na Fonte (Vs) e na Carga (Vr)

Pela imagem, notamos que a tensão na carga = 0V, sem disparo. O circuito faz o controle
apenas no semiciclo. Possui uma variação não linear. E se aumentarmos a àrea,
consequentemente aumentamos o valor de RMS. O valor de RMS, é quem define a potência
do circuito.

E para forma de onda na tensão na carga Vr e nos terminais do SCR, registramos a seguinte
forma de onda

Figura 9: Forma de Onda na Carga (Vr) e no SCR

II. CONCLUSÃO

Os circuitos tiristores ou SCR são amplamente utilizados para controle de potência de


sistemas CC e CA. Os circuitos usam uma variedade de métodos diferentes para controlar o
fluxo de corrente de carga, mas todos exigem que a porta seja acionada e a tensão do cátodo
do ânodo seja removida para interromper o fluxo de corrente.
Compreender como funciona um circuito tiristor / SCR permite que o projeto geral seja
realizado com mais facilidade e garanta que o circuito funcione corretamente.

III. BIBLIOGRAFIA

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