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FACULDADES INTEGRADAS IESGO

CURSO DE DIREITO

DIREITO PENAL I

NAIARA RODRIGUES DE OLIVEIRA SILVA

MARIA EDUARDA PEREIRA RODRIGUES

YASMIM DALLA NORA DE FREITAS

MARIANA DOS SANTOS MONTEIRO

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

FORMOSA-GO

2023
NAIARA RODRIGUES DE OLIVEIRA SILVA

MARIA EDUARDA PEREIRA RODRIGUES

YASMIM DALLA NORA DE FREITAS

MARIANA DOS SANTOS MONTEIRO

Princípio da Insignificância

Professor: João Ederson

Trabalho referente ao conteúdo de Direito


Penal I que traz abordagens sobre o
princípio da insignificância em sua matéria
penal.

FORMOSA-GO

2023
SUMÁRIO

CONCEITO...................................................................................................................3

INTRODUÇÃO.............................................................................................................4

DOUTRINADORES......................................................................................................5

ANÁLISE DO CASO....................................................................................................6

BIBLIOGRAFIA............................................................................................................7
CONCEITO

Esse artigo irá trazer, no que se trata do princípio da insignificância, a aplicabilidade


ou não, a causa de extinção da punibilidade e exclusão da tipicidade. O objetivo dele
é analisar e estudar seu contexto, bem como descritas no ordenamento jurídico,
segundo a doutrina e a jurisprudência.

Para aqueles que assim entendem: determinada conduta provoca irrelevância, então
a lesão anula a tipicidade material compondo o injusto e não há caracterização de
crime. Este se faz como último recurso para que seja solucionado um fato diante de
atos ilícitos praticados.

Por fim, concluiremos conceituando algumas críticas sobre a invocação desse


princípio para a exclusão do próprio crime.
INTRODUÇÃO

Nós teremos como objetivo analisar e levantar questões relacionadas ao Princípio


da Insignificância, com o cumprimento no art. 155 caput c/c e art. 14 inc. II do
Código Penal Brasileiro.

Assim como está descrito no Código Penal Brasileiro:

- Art. 155: “subtrair, para si ou para outrem coisa alheia móvel.”.

- Pena: reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa vide súmula 567 STJ.

Independente de ação cautelar preparatória, o juiz poderá conceder medida liminar


proibindo ao infrator a prática do ato incriminado, nos termos do inc. II, Art. 14 do
CP.

Para melhor entendermos, iremos basear-se em dois doutrinadores conhecidos, e


reconhecidos desde o surgimento da aplicação do Princípio da Insignificância:
Damásio de Jesus e Rogério Sanches.

Aqui trataremos da conceituação das causas extintas da punibilidade, com finalidade


de esclarecer de forma objetiva do direito de punir (ou não) usando todas as normas
jurídicas.

O princípio da insignificância, em tese, exclui a tipicidade da conduta do agente,


tendo em vista que o dano causado ao lesado deve ser de mínimo grau de
lesividade, ou seja, insignificante.

Podemos citar o furto simples e sua aplicabilidade, que é considerado quando ocorre
a subtração de coisa alheia móvel, sem emprego de violência ou grave ameaça à
pessoa ou coisa dada apenas a forma de agir do agente; apresenta assim, como
subtração de coisa alheia sem consentimento do dono.

Importante falarmos que o princípio da insignificância exclui o fato típico, pois é


causa de exclusão da tipicidade material.
DOUTRINADORES

Iremos comentar sobre um grande doutrinador de grande importância para uma das
definições do princípio da insignificância: Damásio de Jesus.

Segundo ele, esse princípio está ligado aos chamados “crimes de bagatela”, cujo o
direito penal só intervém em casos de determinada gravidade, reconhecendo a
tipicidade dos fatos.

Nossa jurisprudência adota esse princípio em casos de furtos de objetos materiais


insignificantes, maus tratos de relevância mínima.

Salienta-se que o Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência à aplicação do


princípio à analise dos seguintes vetores: mínima ofensividade da conduta, ausência
de periculosidade social, reduzida o grau de reprovabilidade do comportamento ou
ínfima ou inexpressiva lesão jurídica.

O doutrinador também cita que ao entender geral, a insignificância não deveria ser
vinculada a fatores subjetivos como a reincidência, uma vez que não diz respeito
aos aspectos relacionados à pessoa do agente, mas à tipicidade material, mesmo
que isso venha a ser recorrente em nossos tribunais.

O Superior Tribunal da Justiça possui súmulas à respeito que tratam da


incompatibilidade em alguns crimes, como contravenções ou crimes contra a mulher
e crimes contra a administração pública (súmulas 589, 599 e 606).

Temos também o doutrinador Rogério Sanches, que escreveu que a análise


adequada do princípio da insignificância, onde são necessárias alguns
apontamentos acerca da tipicidade penal como o entendimento da doutrina e a
conduta que representa lesão ou perigo de lesão ao bem jurídico serão
determinados pelo direito penal. Assim deverá ser feito um juízo entre as
consequências do crime e a reprimida a ser imposta ao agente. A aplicação desde
princípio é pautada em requisitos estabelecidos pelos tribunais.

O doutrinador também cita que a doutrina moderna convencionou distinguir o


princípio da insignificância, ou bagatela própria, da imprópria, explicando que na
bagatela não se aplica o direito penal em razão da insignificância da lesão, que
possui conduta formalmente típica, mas materialmente atípica; não caracterizando-
se criminosos. O que ocorre no exemplo da subtração de um frasco de shampoo de
uma grande rede de farmácia.

De modo resumido, a bagatela própria se aplica a fatos insignificantes.


ANÁLISE DO CASO

Aos estudarmos sobre o princípio da insignificância através dos doutrinadores


(Damásio de Jesus, Rogério Sanches). Nós chegamos à conclusão que segundo o
relatório fático contido na peça acusatória, no dia 02 de novembro do ano de 2022,
por volta das 18h00min, é a do acusado que subtraiu dois vidros de shampoo
anticaspa Palmolive do Supermercado Carrefour.

A peça acusatória relata também que o acusado foi surpreendido e detido, pelos
seguranças do referido supermercado, através das câmeras de segurança. Cada
produto foi avaliado no valor de R$16,00 no total de R$32,00 um valor insignificante
para o direito penal.

Assim o procedendo, o acusado violou à norma prevista no código penal do art. 155,
Caput c/c, e do inc. II do art. 14, ambos do CP, neste caso o acusado praticou o
crime de furto tentado (subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel).

Consta-se, que o objeto tem valor insignificante, não representa sequer 20% (vinte
por cento) do salário mínimo, e não cometeu outros delitos. Sendo assim, os quatro
vetores do princípio da insignificância 2008 do Supremo Tribunal Federal (STF), não
houve a imputação do crimeem que não há mínima ofensividade da conduta,
ausência de periculosidade social da ação, reduzindo o grau de reprovabilidade do
comportamento ou ínfima ou inexpressiva lesão jurídica.

Assim sendo, as circunstâncias descritas certamente cabe a aplicação do Princípio


da insignificância. Finaliza-se no caso específico, a absolvição da atipicidade de
conduta.
BIBLIOGRAFIA

ESTEFAM, André; André; GONÇALVES, V. E. R; Direito Penal Parte Geral:


Esquematizado. 37 ed. Saraiva, 2023.

CUNHA, Rogério Sanches; Direito Penal: Parte Geral (arts. 1º ao 120). 3 ed.
Juspodivm, 2015.

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