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3º ENCONTRO TÉCNICO ANUAL DA ASEC

ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS DA CETESB

“A CETESB E O MEIO AMBIENTE”

Gestão Ambiental - Série ISO 14000

Carlos Roberto dos Santos


Gerente da Divisão de Desenvolvimento Profissional para a Gestão Ambiental
e Coordenador do Comitê da Auditoria da Qualidade - CETESB

Junho 2002
Gestão Ambiental – ISO 14001 Eng° Carlos Roberto dos Santos

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem o objetivo de informar, de forma sucinta, o desenvolvimento das normas
Série ISO 14000, o relacionamento do Brasil com a ISO e a participação do G.A.N.A. –
Grupo de Apoio à Normalização Ambiental (Atual CB–38 – Comitê Brasileiro de Gestão
Ambiental), nesse processo.

Também são apresentados os fatos principais relacionados à Comissão de Certificação


Ambiental - CCA, do INMETRO, que elaborou os critérios que deverão nortear o sistema
brasileiro de certificação ambiental, visando a implementação da ISO 14000. As normas
foram aprovadas no âmbito da CCA, e estão em processo de homologação junto ao
CONMETRO/INMETRO.

2. A SÉRIE ISO 14000

2.1 O Que é a ISO

A sigla ISO significa International Organization for Standardization. Como o próprio nome
descreve, é uma organização internacional de normalização, do setor privado, com sede
em Genebra, Suíça, fundada em 1947. Sua atribuição é promover a harmonização e o
desenvolvimento de normas para produtos, processos sistemas de gestão etc.

Mais de 140 países pertencem à ISO como membros votantes nas normas por ela
padronizadas, enquanto há vários outros países que a integram exercendo o papel de
membros observadores. O Brasil é membro votante, sendo representado pela ABNT –
Associação Brasileira de Normas Técnicas.

A ISO já promulgou mais de 8000 normas aceitas internacionalmente, abrangendo os


mais variados assuntos, desde normas que padronizam dimensões de papéis e
velocidades de filmes fotográficos, até aquelas que abordam sistemas de gestão
ambiental.

Produz normas elaboradas e harmonizadas internacionalmente através de uma estrutura


de Comitês Técnicos (CT’s). Usualmente os Comitês Técnicos são subdivididos em
Subcomitês que por sua vez são subdivididos em Grupos de Trabalho, onde ocorre a
redação das Normas.

Em 1983, a ISO criou um Comitê Técnico (de número 176) para desenvolver normas de
Gestão de Qualidade para organizações. Surgiu dessa forma a série ISO 9000, que
uniformizou a linguagem internacional entre clientes e fornecedores acerca da Gestão da
Qualidade. Em particular, as normas ISO 9001 e 9003 de Garantia de Qualidade (Hoje,
unicamente ISO 9001/2000), para uso contratual, vieram harmonizar as relações
comerciais, facilitando as transações no mercado globalizado.

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2.2 Porque a ISO 14000 Foi Criada

Em decorrência das crescentes pressões das comunidades de diferentes países sobre a


preocupação com a proteção ao meio ambiente, surgiram várias padronizações regionais
e nacionais com respeito à Gestão e Rotulagem Ambiental. Como exemplo temos na
Inglaterra a elaboração e publicação pela British Standards Institute da Norma BS-7750
sobre Gestão Ambiental, no Canadá, a Canadian Standards Association, normatizou um
modelo próprio de Gestão Ambiental, a C.E.E. - Comunidade Econômica Européia, por
sua vez, formulou normas para rotulagem, gestão e auditoria ambiental, da mesma forma,
países como EUA, Alemanha e Japão criaram programas nacionais de rotulagem
ambiental.

Observando o grande aumento na quantidade de normas que tratavam de gestão,


auditoria e rotulagem ambiental desenvolvidas sob a ótica nacional ou regional, e
considerando a boa aceitação em nível internacional das normas de Sistemas de Gestão
da Qualidade – Série ISO 9000, a ISO iniciou investigação para avaliar a possibilidade de
elaborar normas internacionais sobre Sistemas de Gestão Ambiental e demais
ferramentas de suporte.

Em agosto de 1991, foi formado o SAGE – Strategic Advisory Group on the Environment,
que foi incumbido de avaliar se tais normas poderiam servir para promover uma
abordagem comum e global, a Gestão Ambiental, semelhante ao ocorrido com o Sistema
de Gestão da Qualidade, buscando aperfeiçoar a capacidade das organizações para
alcançar e medir a melhoria no desempenho ambiental e, também, facilitar o comércio,
removendo barreiras não tarifárias, criadas pelos diferentes padrões ambientais
normatizados, segundo interesses nacionais ou regionais.

Em 1993, com base nas constatações encontradas pelo SAGE, a ISO constituiu o Comitê
Técnico 207 (TC 207), para desenvolver normas de Gestão Ambiental no âmbito
internacional, dando a esse conjunto de normas a serem elaboradas a designação
“SÉRIE ISO 14000”.

A reunião de instalação do TC 207 ocorreu em junho de 1993, no Canadá, entre


afirmações como:

• A batalha da preservação ambiental será ganha ou perdida nos países em


desenvolvimento.
• O TC 207 será responsável pelo desenvolvimento da mais importante série de normas
jamais produzidas, pela sua abrangência e pelos inúmeros benefícios que propiciará à
sociedade e às empresas.

O conjunto das Normas de Gerenciamento Ambiental e guias voluntários envolvem, além


de aspectos ambientais em normas de produtos, os seguintes temas:

- Sistemas de Gerenciamento Ambiental,


- Rotulagem Ambiental (Selo Verde),
- Auditoria Ambiental,
- Análise do Ciclo de Vida,
- Avaliação do Desempenho Ambiental,
- Termos e Definições.
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O foco no Gerenciamento distingue estas normas das normas de Desempenho. O


Sistema de Gerenciamento Ambiental ajuda uma organização a estabelecer sua própria
política ambiental, através da definição de objetivos e metas, estrutura organizacional e
responsabilização, controles gerenciais e revisão funcional, considerando a participação
da alta administração e a conscientização dos funcionários.

As Normas de Gerenciamento Ambiental não impõem requisitos de conformidade


ambiental, nem tampouco estabelecem requisitos para níveis específicos de controle de
poluição ou desempenho ambiental. As normas série ISO 14000 são de adoção
voluntária, não tendo nenhuma vinculação com os procedimentos e ações praticadas
pelas agências de controle ambiental.

2.3 Organização do TC 207

O TC 207 é composto por um Comitê Coordenador, secretariado pelo Canadá, e por seis
Subcomitês de Estudos (SC). Participam cerca de 50 países, incluindo representantes
das indústrias, organismos de normalização, ONGs, universidades e outros, conforme
descrito a seguir na estrutura básica do ISO/TC - 207.

SC 01 - Sistema de Gestão Ambiental (secretariado pela Inglaterra)

Foi este subcomitê que elaborou, discutiu e aprovou, em setembro/96, a norma ISO
14001, que descreve os “elementos” do Sistema de Gestão Ambiental (SGA) que as
organizações necessitam implementar nas suas empresas, de modo a pleitearem a
Certificação do seu Gerenciamento Ambiental. A norma ISO 14001 é a única norma que
recebe uma certificação.

Também, foi nesse subcomitê que se elaborou, discutiu e aprovou em setembro/96 a


norma ISO 14004, que é um guia de orientação para que as organizações estruturem seu
Sistema de gestão Ambiental, com base na ISO 14001.

SC 02 - Auditoria Ambiental (secretariado pela Holanda)

Este subcomitê elaborou, discutiu e aprovou, em outubro/96, três normas que abordam as
metodologias de auditorias ambientais, a saber:

• ISO 14010: trata dos princípios gerais para qualquer tipo de auditoria ambiental;
• ISO 14011: aborda os procedimentos de auditoria, voltados exclusivamente para
auditoria em Sistema de Gestão Ambiental implementado conforme a ISO 14001;
• ISO 14012: contempla os critérios de qualificação para auditores ambientais, ou seja,
especifica os requisitos que um candidato à função de Auditor Ambiental deve
necessariamente atender para ser certificado.

Foi concluída e encontra-se em fase de tradução na forma de NBR ISO, uma norma de
auditoria contemplando “Diretrizes para Avaliações Ambientais de Locais", visando o
levantamento de “passivos ambientais” em áreas contaminadas. (ISO 14015)
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SC 03 - Rotulagem Ambiental (secretariado pela Austrália)


O tema abordado nesse subcomitê, refere-se a qualidade ambiental requerida para os
produtos, ou seja, as normas discutidas pelo SC-03 tratam de incentivar e padronizar os
critérios e procedimentos voltados para avaliação de aspectos e impactos ambientais
vinculados a produtos. O enfoque é usar o poder de compra dos consumidores, para
promover melhorias ambientais, através da orientação no ato da compra, indicando
produtos rotulados como ambientalmente seguros (possuidores dos chamados “selos
Verdes”).

SC 04 - Avaliação de Desempenho Ambiental (secretariado pelos Estados Unidos)

Foi discutida nesse sub - comitê a Norma ISO 14031, que trata da avaliação do
desempenho ambiental das organizações. A adoção de critérios, procedimentos e
indicadores ambientais, que venham a ser implantados nos sistemas operacional,
gerencial e ambiental existentes nas unidades industriais, resultará na possibilidade de se
avaliar o desempenho ambiental das organizações.

SC 05 - Análise do Ciclo de Vida (secretariado pela França)

A análise de ciclo de vida de um produto implica na identificação e na quantificação dos


impactos ambientais associados à vida do produto, desde o "berço" até o túmulo. As
diversas etapas do ciclo de vida englobam a extração da matéria-prima, seu transporte e
processamento, distribuição, manuseio e descarte final do produto e embalagens. A
análise do ciclo de vida pressupõe a compilação de um inventário de dados ambientais,
desde o uso de energia e o consumo de recursos naturais até a geração de resíduos
sólidos, líquidos e gasosos, bem como seu impacto no meio ambiente e na saúde
humana. O objetivo deste tipo de estudo é promover melhorias de cunho ambiental nos
produtos, bem como comparar as vantagens ambientais que um produto pode ter em
relação ao seu similar.

SC-06 - Termos e Definições (secretariado pela Noruega)

A atribuição desse subcomitê, que não está subdividido em grupos de trabalho, é


harmonizar a terminologia utilizada nas diversas normas produzidas dentro da série ISO
14000.

Cada um dos subcomitês anteriores elabora textos com jargões e conceitos próprios, que
necessitam ser compatibilizados junto aos demais comitês existentes.

Esta compatibilização de termos e definições faz-se necessária, uma vez que cerca de 50
países participam da elaboração das normas e as diferentes estruturas lingüísticas
impõem diferenças de interpretação que devem ser harmonizadas.

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Existem cinco níveis de aprovação dos documentos:

• WD - Working Groups Drafts, que são preparados pelos especialistas técnicos dos
países que quiserem participar, e que não passam por votação formal;

• CD - Committee Drafts, que são documentos originados como WG registrados como ISO
CDs, que circulam entre todos os membros do comitê para comentários e votação
formal;

• DIS - Draft International Standards, que são CDs aprovados em seus respectivos
comitês que circulam pelo TC para comentários e votação formal.

• FDIS - Final Draft International Standards, são documentos originados como DIS
registrados como ISO FDIS, que circulam entre todos os membros do comitê para
comentários e votação formal;

• ISO - International Standards é o último estágio, após aprovada a norma é homologada


e publicada.

Força Tarefa Especial (secretariado pelo Canadá)

Além dos subcomitês, um grupo especial está estudando a possibilidade de interligação


do TC 207 e do TC 176, de forma a harmonizar as normas ISO 9000 e ISO 14 000 e
unificá-las no futuro.

3. O Relacionamento do Brasil com a ISO 14000

O representante oficial do Brasil junto à ISO é a ABNT - Associação Brasileira de Normas


Técnicas, que é a instituição que apresenta o voto brasileiro.

Com o objetivo de proporcionar a participação da sociedade brasileira na formulação das


normas, a ABNT instituiu o G.A.N.A. - Grupo de Apoio à Normalização Ambiental. A
composição do G.A.N.A. é semelhante à do ISO/TC-207, contendo um Comitê
Coordenador, uma Secretaria Técnica, seis Subcomitês e um Grupo de Trabalho
Especial.

É responsabilidade da ABNT/G.A.N.A. (CB – 38) articular-se com a sociedade, visando


harmonizar os interesses de produtores, consumidores, comunidade técnico-científica, e
outras instituições, de maneira a defender a posição brasileira junto ao ISO/TC 207. Esse
processo de participação ocorre através do efetivo gerenciamento, patrocinado pelo
G.A.N.A., da documentação normativa gerada pelos subcomitês que compõem o
ISO/TC 207, na medida em que recebe, distribui, controla, programa reuniões, consolida
textos, relatórios e votos defendidos pela delegação brasileira nas diversas participações
em reuniões plenárias do Comitê 207 e seus subcomitês, ocorridas em torno do mundo.

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O CB – 38 – COMITÊ BRASILEIRO DE GESTÃO AMBIENTAL

O Comitê Brasileiro de Gestão Ambiental - CB-38, foi criado em abril de 1999, na


estrutura da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, substituindo o já citado
GANA.

O CB-38, atualmente, é coordenado pelo Engº Haroldo Mattos de Lemos, opera com
estrutura semelhante ao ISO TC207 e seus Subcomitês. A função do CB-38 é organizar
as sugestões das instituições brasileiras na formulação das normas da série ISO 14000,
referente a sistemas de gestão ambiental, auditorias ambientais, rotulagem ambiental,
avaliação do desempenho ambiental, avaliação do ciclo de vida e terminologia.

A ABNT representa o Brasil e é membro fundador da International Organization for


Standardization (ISO), e promove a elaboração de normas técnicas em diversos domínios
de atividades.

A proteção ao meio ambiente tornou-se um tema para as normas internacionais a partir


da RIO 92, a Conferência das Nações Unidas de Meio Ambiente e Desenvolvimento,
realizada no Rio de Janeiro, em 1992, que determinou a criação, junto à ISO, de um
grupo para a elaboração de normas de gestão ambiental. Em 1993, a ISO estabeleceu o
Comitê Técnico 207 - Gestão Ambiental (TC207) para desenvolver a série de normas
internacionais de gestão ambiental, a exemplo do que já vinha sendo feito pela ISO 9000
na Gestão de Qualidade.

Hoje existem mais de 600 unidades de empresas brasileiras certificadas pela ISO 14001,
assegurando a participação competitiva dos produtos nacionais em mercados
internacionais.

3.1 O Sistema Brasileiro de Certificação Ambiental

O CONMETRO - Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial é


o órgão normativo do SINMETRO - Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial, ao qual compete formular, coordenar e supervisionar a Política
Nacional de Metrologia, Normalização Industrial e Certificação da Qualidade de Sistemas
e Produtos Industriais. O INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial é o órgão executivo central do SINMETRO, identificado como
Secretaria Executiva do CONMETRO e foro de compatibilização dos interesses
governamentais.

O CONMETRO - Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial,


em setembro de 1995, através da Resolução nº 3, determinou que o INMETRO
estabelecesse a estrutura de avaliação de conformidade para a área de meio ambiente,
segundo os padrões das Normas ISO Série ISO 14000, contemplando:

• os critérios, os procedimentos e os regulamentos para o credenciamento de organismos


de certificação ambiental;

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• os critérios e os procedimentos a serem obedecidos pelos referidos organismos para


certificação de Sistemas de Gerenciamento Ambiental das empresas;

• os critérios e os procedimentos para a certificação ambiental de produtos;

• os critérios e os procedimentos para a qualificação, certificação e registro de auditores


de sistema de gestão ambiental.

Para atender à determinação do CONMETRO, o INMETRO implantou a Comissão de


Certificação Ambiental - CCA, em 22 de maio de 1995, da qual participam diversas
entidades. A CCA elaborou quatro normas, abaixo indicadas, que estão em fase de
homologação no âmbito do CONMETRO/INMETRO:

• norma NI-DINQP-073/R.1 - Critérios para credenciamento de organismos de certificação


de sistema de gestão ambiental;

• norma NI-DINQP-077 - Critérios para credenciamento de organismos de certificação de


auditores ambientais;

• norma NI-DINQP-076 - Critérios para credenciamento de organismos de treinamento de


auditores ambientais;

• norma NI-DINQP-078R.1 - Critérios e procedimentos para a certificação de auditores de


sistema de gestão ambiental.

SISTEMA BRASILEIRO DE CERTIFICAÇÃO


INMETRO
COMISSÃO DE CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL

INMETRO
ACREDITADOR NACIONAL

CRITÉRIOS / PROCEDIMENTOS
PARA CREDENCIAMENTO

NI-DINQP-073/R.1 NI-DINQP-077 NI-DINQP-076

ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO DE ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO DE ORGANISMOS DE TREINAMENTO DE


SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL AUDITORES AMBIENTAIS AUDITORES AMBIENTAIS

NI-DINQP-078/R.1

CRITÉRIOS PARA CERTIFICAÇÃO DE


AUDITORES DE
“SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL”

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3.2 Situação Atual das Normas da Série ISO 14000

TC 207 - Gestão Ambiental

ISO 14000 - Diretrizes para seleção e uso

Situação: Documento orientativo em preparação pela Secretaria do ISO/TC 207.


Programação para publicação não definida.

Gestão Florestal Sustentável

Situação: Grupo de Trabalho para coleta de informações para uso da ISO 14001 pelas
organizações florestais não encerrou seus trabalhos e Relatório Final foi apresentado na
6a. Reunião Plenária do ISO TC 207, em junho/98 (ainda aguarda publicação).

SC 1 - Sistemas de Gestão Ambiental

14001 - Especificação e diretrizes para uso


14004 - Diretrizes gerais sobre princípios, sistemas e técnicas de apoio
Situação: Normas publicadas pela ISO em 01.09.96 e pela ABNT, como Norma
Brasileira, em novembro de 1996.
ISO/AWI 14001 - Revisão da ISO 14001: 1996

Implementação da ISO 14000 por Pequenas e Médias Empresas (PME)


Situação: Grupo de trabalho continuará a avaliar dificuldades das PME no uso da ISO
14001.

As reuniões plenárias do ISO/TC 207/SC1 foram realizadas nos dias 2 e 7 de julho de


2001 em Kula Lumpur. Os Grupos de trabalho 1 e 2 reuniram-se por dois dias e meio
cada um durante a semana. Foram os seguintes os destaques:

1. Discutido o trabalho desenvolvido pelo WG1 e WG2 durante suas reuniões em


Salvador, Brasil, em novembro de 2000, bem como o trabalho do WG1 através do
seu Grupo de Editoração na reunião de Washington, DC, USA, em fevereiro/março
de 2001;
2. Autorizado o WG2 a continuar o processo de revisão da ISO 14004:1996;
3. Marcada a próxima reunião do Grupo Redator do WG1 para Londres em outubro
de 2001, de maneira a continuar com o seu trabalho sobre as propostas de revisão
do texto da Norma ISO 14001;
4. Resolvido realizar as próximas reuniões do WG1 e WG2, de dois dias e meio cada,
em Billund, Dinamarca em novembro de 2001, antes do envio do “Committee Draft-
CD” sobre a revisão da ISO 14001 e 14004 para comentários entre os membros;
5. Resolvido realizar a próxima reunião plenária em junho de 2002 na África do Sul ao
simultaneamente com a 10ª Reunião Plenária do ISO/TC 207;

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Conforme estabelecido pela ISO cabe aos organismos de normalização nacionais a tarefa
de estabelecer seus processos de interpretação. No Brasil em função do procedimento
espelho ABNT/CB-38/SC001/PR01 foi criado no âmbito do SC-001 um grupo específico
de interpretação da ISO 14001 (CBISO 14001). A estratégia brasileira na reunião de
Kuala Lumpur foi obter uma avaliação formal do ISO/TC 207 para validar o documento
contendo as interpretações brasileiras. Durante a Plenária do SC1 as interpretações
brasileiras foram integralmente aprovadas.

SC-2 - Diretrizes para Auditoria Ambiental

14010 – Princípios gerais – publicada em 1997.


14011 – Procedimentos de auditoria – Auditoria de Sistemas de gestão ambiental –
publicada em 1996.
14011-2 – Procedimentos de auditoria – Auditorias de conformidade legal.
14012 – Critérios de qualificação para auditores ambientais – publicada em 1996.
14013 – Gestão de programas de auditoria de sistema de gestão ambiental.
14014 – Diretrizes para revisões ambientais iniciais.

Situação: Os itens de trabalho referentes as propostas de Normas ISO - 14011-2, 14013


e 14014 foram excluídos do escopo.

14015 – Diretrizes para Avaliações Ambientais de Localidades e Entidades


Situação: Aprovado o início dos trabalhos deste item de Trabalho, em Kyoto, abril de
1997, com expectativa de publicação de um Guia em até quatro anos.

Nos dias 11 e 12 de setembro de 1997 ocorreu reunião em Delft-Holanda do grupo de


estudo formado por membros da ISO-TC 176/SC3 e da ISO-TC 207/SC2 com o objetivo
de:

• Obtenção de uma visão geral das opções de integração e alinhamento entre as duas
normas;
• Comparação dos documentos de auditorias das referidas normas;
• Planejamento geral das atividades do grupo.
• Como resultado, foram criados diversos grupos de trabalho com o objetivo de
compatibilizar os diversos itens das normas de qualidade (ISO 10.011) com as da
qualidade ambiental (ISO - 14010, 14011 e 14012).

Na reunião plenária do ISO/TC 207/SC2 que foi realizada no dia 3 de julho de 2001 em
Kuala Lumpur, o SC2 organizou um workshop sobre os seguintes assuntos:

1) Aplicação das Normas ISO 14010, 14011 e 14012;


2) Desenvolvimento da ISO 19011 e
3) Auditoria dos Relatórios Ambientais e dos Projetos de Redução de Emissão de Gases
de Efeito Estufa.

Os itens chaves de discussão foram:

1. A publicação da Norma ISO 14015 aconteceu em agosto de 2001;


2. A Norma ISO/DIS 19011 já está circulando para analises desde 31/05/01 com prazo
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final para envio de comentários até outubro de 2002. O SC2 pretende emitir este
documento como FDIS ainda no primeiro trimestre de 2002. A Norma Internacional
deverá ser publicada em julho de 2002;
3. Um curto relatório, preparado pelo Chair Presidente e Secretário, foi aceito pelo SC2
no qual estava caracterizado que o conteúdo das Normas ISO 14010, 14011 e 14012
estão totalmente cobertos pela Norma ISO/DIS 19011;
4. O SC2 decidiu que sua próxima reunião deverá ser realizada durante o curso da 10ª
Reunião Plenária do ISO/TC 207 na África do Sul.

SC-3 - Rótulos e Declarações Ambientais

14020 – Princípios básicos


Situação: Norma publicada em 1998

14021 – Autodeclarações ambientais – Diretrizes e definições e uso de termos


ISO/FDIS 14021 – Rótulos e declarações ambientais – Princípios básicos
Situação: Em preparação

14022 – Autodeclarações ambientais – Símbolos

14023 – Autodeclarações ambientais – Metodologias de teste e verificação


Situação: Documentos em andamento, novas versões dos textos foram discutidas nas
reuniões do SC3/WG2 e, deseja-se que sejam integradas à Norma 14021.

14024 – Rotulagem ambiental tipo I – Princípios e diretrizes


Situação: Em publicação

14025 – Rotulagem Ambiental Tipo III – Princípios e Diretrizes


Situação: Terá o seu primeiro "draft" definido. O coordenador do grupo redigirá este
rascunho o qual conterá orientações genéricas, uma vez que ainda não há consenso
sobre esse tipo de rótulo.

Paralelamente, será confeccionado um outro documento pelo sub - grupo encarregado de


elaborar o rótulo tipo III, visando a elaboração de um relatório com as principais
considerações sobre criar ou não uma norma desse tipo, ao invés de desenvolver uma
norma específica da série - 14025. Os países que apoiam a montagem desse relatório
incluem os EUA, Brasil e muitos países em desenvolvimento. Publicação de futuro
relatório técnico.

ISO/CD/TR 14025 - Rótulos e declarações ambientais - Rotulagem ambiental tipo III -


Princípios e procedimentos
Situação: relatório técnico em elaboração

Na reunião plenária do ISO/TC 207/SC3 que foi realizada no dia 6 de julho de 2001 em
Kula Lumpur, o WG4 reuniu-se nos dias 2, 3 e 5 de julho. Dois workshops sobre
Rotulagem Ambiental foram também realizados:

1º Exemplos práticos de aplicação de Rotulagem Tipo III


2º Implementação das Normas da Série ISO 14020
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Os itens chave de discussão foram:

O SC5 informou ao SC3 que o método de resolução de questões importantes entre SC3 e
SC5 foi definido.

O foco das discussões do WG4 concentrou-se na definição do que fazer com o TR 14025
(Rotulagem Tipo III, com análise completa do ciclo de vida), se seria transformado em
Norma ou não. No caso de se transformar em Norma recomendar ao SC3 a continuação
dos trabalhos aprovando a realização da futura Norma. Este documento seria
apresentado para ser discutido na próxima Plenária do ISO/TC 207 2002. Esta proposta
foi colocada em votação e obrigou a Delegação Brasileira a iniciar um movimento no
sentido de mobilizar diversos representantes, em particular os países em
desenvolvimento de forma a apresentar uma proposta alternativa na Plenária do SC3. Tal
proposta consiste na continuidade do TR 14025 até 2002, sem necessidade de reunião
intermediária. Convém destacar o esforço de mobilização da Delegação Brasileira em
apoio a sua proposta. A proposta brasileira foi aprovada com 21 votos a favor contra 14
contrários. A decisão sobre o futuro do ISO TR foi adiada até 2002, tendo em vista que a
maioria dos membros sentiu que existia a necessidade de uma maior experiência antes
de uma decisão futura sobre o documento.

O SC3 identificou uma possível interface com o TC 59/SC3 em termos de declarações


associadas com produtos de construção e propôs que os Chairs e Secretários dos dois
SC’s reunam-se para considerar as opções práticas para estabelecimento de cooperação;
A próxima reunião do SC3 será realizada durante o curso da 10ª Plenária do ISO/TC 207
em 2002 na África do Sul;

Nesta Plenária ficou claro que os países evoluíram muito com os projetos para
implantação de Rótulo Tipo III (Japão, Coréia, Malásia, Dinamarca e Suécia).

A posição defendida pela Delegação Brasileira foi pelo banimento do Selo Tipo III. A
proposta do Brasil continua sendo, portanto, pela finalização do Projeto, ou seja, evitar a
implementação do Rótulo Tipo III, que seria mais um selo ambiental a confundir o
mercado com grande potencial de se constituir em barreira comercial. Não há mais
dúvidas que futuramente será aprovada uma Norma para o Rótulo Tipo III e que este selo
será adotado pela maioria dos países desenvolvidos.

Portanto, para o Brasil se preparar para implantar programas de rotulagem tipo III e se
enquadrar nesta nova exigência do comércio internacional, é imprescindível e urgente que
o Comitê de Gestão Ambiental da ABNT procure incentivar as Universidades e Centros de
Tecnologia para, como o apoio do MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia), instituir
bancos de dados e elaborar metodologias para a modelagem do ciclo de vida destinada a
apoiar a elaboração de análises de ciclo de vida de novos produtos.

SC-4 – Avaliação do Desempenho Ambiental

14031 – Avaliação do Desempenho Ambiental – Diretrizes

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ISO/CD TR 14032 – Gestão Ambiental – Exemplos de avaliação do desempenho


ambiental

1. O SC4 publicou os dois documentos:


a. ISO 14031:1999 – Environmental Performance Evaluation Guidelines e
b. ISO TR 14032:1999 – Examples of Environmetal Performance Evaluation;

2. O SC4 agendará um outro workshop durante a 10ª plenária do ISO/TC 207 em


Johannesburg, África do Sul em 2002.

SC-5 – Análise do Ciclo de Vida

14040 – Princípios e estrutura


Situação: publicada em 1997

14041 – Análise do inventário


Situação: publicada em 1998

14042 – Avaliação do Impacto

14043 – Interpretação

ISO/AWI 14047 – Gestão Ambiental – Análise do ciclo de vida – exemplos para a


aplicação da ISO 14042

ISO/AWI TR 14048 – Gestão Ambiental – Análise do ciclo de vida – formato da


apresentação dos dados

As reuniões plenárias do ISO/TC 207/SC5 também foram realizadas nos dias 2 e 6 de


julho de 2001 em Kula Lumpur.

Durante estas reuniões os dois últimos documentos da Série ISO 14040 foram finalizados.
A importância destes documentos é muito grande, uma vez que a análise de Ciclo de
Vida - ACV é uma ferramenta única para auxiliar a Gestão Ambiental, mas, caso mal
utilizada, tem um forte potencial de fazer parte da formação de barreiras indesejáveis ao
comércio internacional ou de ser adotada como base para propagandas enganosas.

A avaliação da Delegação Brasileira sobre os documentos é de que os mesmos têm


grande eficácia para inibir os maus usos potenciais. Por outro lado, a complexidade dos
mesmos, assim como a complexidade da própria ACV, vem assustando o mercado e
inibindo o seu uso.

Como conseqüência dessa complexidade, muitos usuários em potencial estão evitando


basear suas decisões sobre ACV. Como, entre esses usuários figuram grupos condutores
de mecanismos importantes para regular alguns mercados e alguns governos
interessados em fazer políticas públicas com o maior apelo ambiental, a Delegação
Brasileira ao ISO/TC 207 entende que é fundamental facilitar o uso das normas da família
14040, o que contribuirá para inibir os maus usos a exemplo das barreiras indesejáveis ao
comércio. Foram os seguintes os itens chaves:
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Gestão Ambiental – ISO 14001 Eng° Carlos Roberto dos Santos

1. Um documento apresentando exemplos de como aplicar a ISO 14042 foi aprovado e


será publicado como TR – ISO/TR 14047 – Environmental Management – Life Cycle
Assessment – Illustrative Examples on How to Apply LCIA;
2. Um documento sobre a formatação de dados foi aprovado e será publicado como TS –
ISO/TS 14048 – Environmental Management – Life Cycle Assessment – Data
Documentation Format;
3. Tendo completado seus trabalhos os WG2, WG3 e WG4 foram desativados;
4. Durante as reuniões foi realizado, também, um workshop sobre ACV. Os trabalhos
apresentados demonstram um surpreendente crescimento da adoção da ACV entre
diversas empresas. Registramos o impressionante relato sobre a eficácia das ações
em implantação para aplicação crescente da ACV que vem sendo realizada por
diversos países, notadamente os países asiáticos e, entre esses, os chamados Tigres.

O SC5 revisou os resultados de uma pesquisa sobre implementação das normas da série
ISO 14040. Estes resultados mostraram que um conteúdo técnico da ISO 14040 é
apreciado com tudo os usuários informaram que melhorias poderão ser feitas para que o
documento possa ter uma melhor leitura e aplicação. O SC5 concordou com a formação
de um Task Force coordenado pelo Chairman do SC5 Mr. H. J. Klüpel para examinar
estes temas e refletir sobre a futura estratégia do SC5. Do Task Force é esperado um
relatório provendo essas estratégias, incluindo a possibilidade de condensar as normas
14040, 14041, 14042 e 14043 em dois documentos; o primeiro contendo todos os
requisitos normativos (“shall”) e o segundo contendo os elementos para orientação e
informação, para discussão na sua próxima reunião em Johannesburg em junho de 2002.

A Delegação Brasileira recomenda, tendo em vista o exposto acima, que se implementem


no Brasil ações coordenadas para:

1. A formação de pessoas capacitadas em ACV;


2. A realização da ACV para produtos básicos;
3. A criação de esquemas institucionais que permitam o levantamento e publicação
de dados de ACV pelas empresas;
Estabelecimento de um banco de dados brasileiro sobre ACV.

SC-6 – Termos e Definições

14050 – Gestão Ambiental – Vocabulário


Situação: publicada em 1998.

ISO/CD 14050/DAM 1 – EMENDA 1 a ISO 14050: 1998

ISO/TR 14061: 1998 – Guia para orientar organizações florestais no uso das normas ISO
14001 e ISO 14004

ISO GUIDE 64 – Guia para a inclusão de aspectos ambientais em normas de produtos


Situação: publicada 1997.

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Gestão Ambiental – ISO 14001 Eng° Carlos Roberto dos Santos

As reuniões plenárias do ISO/TC 207/SC6 também foram realizadas nos dias 2 e 6 de


julho de 2001 em Kuala Lumpur, sendo os seguintes os itens chaves:

1. SC6/AH G1 estudou os comentários editoriais para a ISO/FDIS 14050 (Revisão da


versão 1998) e finalizou a nova versão para publicação como Norma Internacional;
2. SC6/AH G3 discutiu os termos e definições das Normas ISO/CD 19011, ISO/CD/TR
14048 e ISO/WD TR 14062;
3. O SC6 decidiu realizar uma reunião do TCG em junho de 2002 na África do Sul
simultaneamente com a próxima Plenária do ISO/TC 207.

ISO/TC 207/WG3 (SC-007) – INTEGRAÇÃO DE ASPECTOS AMBIENTAIS NO


DESENVOLVIMENTO DE PRODUTOS

Um Workshop “Design for the Environment” foi realizado no dia 2 de julho de 2001 em
Kuala Lumpur. Um total de 28 delegados, de 16 países, participou e revisou o draft
ISO/PDTR 14062.3 – Integrating Environmental Aspects into Products Design and
Development. Foram os seguintes os itens chaves discutidos:

1. Esclarecimentos dos conceitos, textos e figuras ilustrativas, trabalho este que


assegura maior consistência da terminologia, e pequenas modificações na estrutura
geral do documento;
2. Os participantes decidiram que a próxima reunião será de 24 a 26 de outubro de 2001
em Berlim, Alemanha. O final de 2001 foi projetado como o prazo em que o ISO TR
14062 deverá ser colocado em votação pelos os países membros do ISO/TC 207;
3. A publicação final do ISO/TR 14062 está prevista para o primeiro semestre de 2002.

4. TERMINOLOGIA

4.1 Na ISO 14001 (Sistema de Gestão Ambiental)

• Aspecto Ambiental
Elemento das atividades, produtos e serviços de uma organização que pode interagir
com o meio ambiente.
Um aspecto ambiental significativo é aquele que tem ou pode ter um impacto ambiental
significativo.

• Impacto Ambiental
Qualquer modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo ou
em parte, das atividades, produtos ou serviços de uma organização.

• Meio Ambiente
Meio Ambiente circundante em que uma organização opera, abrangendo o ar, a água,
o solo, os recursos naturais, a flora, a fauna, os seres humanos e suas inter-relações.
Neste contexto, o meio ambiente estende-se do interior das instalações para o sistema
global.

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• Parte Interessada
Aquele que tem interesse ou é afetado pelo desempenho ambiental de uma
organização.

• Política Ambiental
Declaração formal da organização, expondo tanto para o público externo quanto para o
público interno, suas intenções e princípios em relação ao seu desempenho ambiental
global, e que estabelece uma estrutura para ação e definição de seus objetivos e metas
ambientais.

4.2 Na ISO 14010 (Auditoria Ambiental)

• Critérios de Auditoria
Políticas, práticas, procedimentos ou requisitos em relação aos quais o auditor
compara as evidências coletadas sobre o objetivo da auditoria.

• Evidência de Auditoria
Informações, registros ou declarações de fatos verificáveis.

• Constatações de Auditoria
Resultados da avaliação das evidências de auditoria coletadas e comparadas com os
critérios de auditoria acordados.

4.3 Na ISO 14020 (Rotulagem Ambiental)

• Rótulo Ambiental ou Declaração


Afirmação indicando aspectos ambientais de produtos ou serviços, que podem ser
feitos na forma de: declaração - símbolos - ou grafismos no produto ou rótulos em
embalagens, literatura de produtos, boletins técnicos, propagandas, etc.

4.4 Na ISO 14040 (Análise de Ciclo de Vida)

• LCA - Life Cicle Assessment

• Categoria de Produto - Grupo de Produtos que têm função equivalente

4.5 Na ISO 14031 (Environmental Performance Evaluation)

• EPE - Environmental Performance Evaluation


Processo ou ferramenta gerencial confiável que uma organização pode possuir, a fim
de medir, analisar, avaliar, relatar e comunicar o Desempenho Ambiental da
Organização, com relação aos critérios pré-estabelecidos para o seu gerenciamento.

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Gestão Ambiental – ISO 14001 Eng° Carlos Roberto dos Santos

DEMONSTRAÇÃO SINTÁTICA DE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM SUAS


DIVERSAS FASES DE IMPLEMENTAÇÃO

POLÍTICA AMBIENTAL

PRINCÍPIO:
Uma organização deve definir sua política ambiental e assegurar comprometimento com
melhoria do Meio Ambiente.

• Ser apropriada à natureza e escala dos impactos ambientais de seus produtos,


atividades ou serviços.
• Ser comprometida com prevenção à poluição.
• Atender à legislação ambiental.
• Prover estrutura para fixação e revisão dos objetivos e metas ambientais.
• Ser documentada, implementada, mantida e comunicada a todos da organização.
• Estar disponível para o público.

PLANEJAMENTO

PRINCÍPIO:
Uma organização deve formular um plano para satisfazer sua Política Ambiental.

• Aspectos Ambientais.
• Legislação.
• Objetivos e Metas.
• Programas de Gestão Ambiental.

ASPECTOS AMBIENTAIS

• Estabelecer e manter procedimentos para identificação dos aspectos ambientais de


suas atividades, produtos e serviços.
• Assegurar que a mitigação dos impactos ambientais relacionados aos aspectos
ambientais sejam considerados na fixação de objetivos e metas.
• Manter estas informações sempre atualizadas.

IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS RELACIONADOS À ASPECTOS


AMBIENTAIS

• A atividade selecionada deve ser a mais abrangente possível para um exame


significativo e pequena suficiente para o entendimento.
• Identificar, tanto quanto possível, aspectos ambientais associados à atividade
selecionada.
• Identificar, tanto quanto possível, atuais ou potenciais, positivos ou negativos,
impactos associados aos aspectos ambientais.
• Avaliar a significância dos impactos ambientais.
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Gestão Ambiental – ISO 14001 Eng° Carlos Roberto dos Santos

EXEMPLOS DE IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Ex.1

Atividade: manuseio de produtos perigosos


Aspecto ambiental: risco de vazamento/acidente
Impacto ambiental: contaminação do solo/água

Ex.2

Atividade: manutenção de veículos


Aspecto Ambiental: emissões pelo escapamento
Impacto Ambiental: poluição do ar

CONSIDERAÇÕES QUE FACILITAM A AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

Ambientais:
• Escala do impacto
• Severidade do impacto
• Probabilidade de ocorrência
• Duração do impacto

Empresariais:
• Exposição a requisitos legais
• Dificuldade de mudança do impacto
• Custo da mudança do impacto
• Efeito da mudança em outras atividades
• Preocupações da partes interessadas
• Imagem da organização

LEGISLAÇÃO E OUTROS REQUISITOS LEGAIS

• Estabelecer e manter procedimentos para identificar e ter acesso à legislação


ambiental e outros requisitos.
• Estabelecer e manter normas e critérios internos que, junto com os requisitos
externos, ajudam a organização a atingir os objetivos e metas.

OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS

• Estabelecer e manter documentado os objetivos e metas ambientais em todos os


níveis e funções da organização.
• Objetivos e metas devem ser consistentes com a política ambiental e considerar
comprometimento com prevenção à poluição
• No estabelecimento ou na revisão, considerar aspectos legais, aspectos ambientais
significativos, opções tecnológicas, financeiras, comerciais e opiniões das partes
interessadas.

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Gestão Ambiental – ISO 14001 Eng° Carlos Roberto dos Santos

EXEMPLOS DE OBJETIVOS E METAS AMBIENTAIS

Ex. 1:

• Objetivo: redução de energia consumida


• Meta: reduzir 10% no próximo ano

Ex. 2:

• Objetivo: reusar/reciclar resíduos metálicos


• Meta: aumentar 10% neste ano de reuso/reciclagem de resíduos metálicos

PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL

• Estabelecer e manter programas para satisfazer os objetivos e metas ambientais.


• Designar responsáveis em cada nível e função.
• Prover meios e estabelecer cronogramas.

EXEMPLO DE PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL

Política: conservação de recursos naturais.


Objetivo: minimizar uso de água.
Meta: em um ano reduzir em 15% o consumo de água.
Programa: reusar água.
Ação: instalar equipamento para recircular a água do equipamento A para o equipamento
B.

MEDIÇÕES E AVALIAÇÕES

PRINCÍPIO:
Uma organização deve medir, monitorar e avaliar sua performance ambiental

• Monitoramento e Medição.
• Não Conformidade e Ações Corretivas / Preventivas.
• Relatórios
• Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental

MONITORAMENTO E MEDIÇÃO

• Estabelecer e manter documentados os procedimentos para monitorar e medir,


regularmente as principais características das atividades que possam ter significativo
impacto sobre o meio ambiente.
• Manter calibrados os equipamentos e manter o registro deste processo.

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Gestão Ambiental – ISO 14001 Eng° Carlos Roberto dos Santos

NÃO CONFORMIDADE E AÇÕES CORRETIVAS/PREVENTIVAS

• Estabelecer e manter documentados os procedimentos para definir responsabilidade


e autoridade para investigação, prevenção e correção de não conformidade.
• Ações corretivas/preventivas devem ser compatíveis com a magnitude do potencial
impacto ambiental.
• Registrar as alterações nos procedimentos resultados das ações
corretivas/preventivas.

RELATÓRIOS

• Estabelecer e manter procedimentos para identificação, atualização e disposição dos


relatórios ambientais.
• Relatórios de registros devem ser claros e rastreáveis.
• Relatórios ambientais devem ser arquivados e mantidos de modo que sejam
protegidos de alterações, violações ou perdas.

Os Relatórios devem incluir informações como:

• Treinamento.
• Resultados de auditorias e revisões.
• Detalhes de não conformidade.
• Informações sobre produtos e/ou processos.
• Situações de emergências

AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

Estabelecer e manter procedimentos para execução periódica de auditorias a fim de:


• Determinar se o Sistema de Gestão Ambiental está conforme o planejado, e se está
implantado e mantido conforme exigências da organização e desta Norma.
• Prover informações para o Sistema Gerencial da organização.

REVISÃO GERENCIAL

PRINCÍPIO:
Uma organização deve rever e melhorar continuamente seu sistema de Gestão
Ambiental.

• Estabelecer e manter documentados os procedimentos de revisão e melhoria.


• As revisões devem identificar possíveis necessidades de mudanças nas políticas,
objetivos e metas ambientais.
• Avaliações críticas da eficácia do sistema devem ser consideradas nas revisões.

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