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Universidade Púngùe
Chimoio
2022
4° Grupo
O trabalho de Introdução a
Historia a ser apresentado ao
Departamento de Geociências e
Ambiente como requisito de
avaliação orientado por Docente:
Tome Morais
Universidade Púngùe
Chimoio
2022
Índice
1. Introdução..............................................................................................................................................4
1.2.1.Objectivo específicos:.....................................................................................................................5
1.3.Metodologias......................................................................................................................................5
2. Revisão da literatura.................................................................................................................6
3. Historiografia Grega................................................................................................................7
3.1. Conceito................................................................................................................................7
5. Conclusão..............................................................................................................................12
1. Introdução
O presente trabalho versa em torno da historiografia grega, este trabalho em primeiro lugar tem
como objectivo reflectir sobre a historiografia grega.
Mais primeiramente ira-se discutir em torno do conceito de historiografia, bem como sobre a
possibilidade prática da “história da historiografia” constituir-se como um campo autónomo do
conhecimento histórico. Sobre o primeiro ponto, o conceito de historiografia mostra-se, à
primeira vista, bastante simples. Entretanto, um olhar mais crítico revela um termo cheio de
complexidades que até o presente momento não foram solucionadas definitivamente.
1.2.1.Objectivo específicos:
Conhecer pensadores da historiografia grega;
Caracterizar a historiografia grega;
Explicar as delimitações da historiografia grega;
1.3.Metodologias
Para a realização do presente trabalho usou-se a pesquisa bibliográfica que consistiu na busca de
informações contidas nos livros, obras publicadas na internet, artigos publicados, jornais, e
monografias.
2. Revisão da literatura
Na perspectiva de MALERB (2006:15), não há uma resposta definitiva para nenhuma dessas
perguntas, pelo menos no estágio actual das pesquisas em torno de um conceito de historiografia.
Nas palavras do historiador Jurandir Malerba, “parece faltar um campo de entendimento comum
sobre o próprio escrito histórico: enfim, um conceito operacional de historiografia”
Há autores, porém, dentre eles o alemão JORN Rusen, que possuem uma definição clara de
historiografia: o produto do conhecimento histórico obtido racionalmente, ou seja, obedecendo
às regras metodológicas e de cognição da história com pretensões de cientificidade.
Historiografia, como o próprio termo indica, é a ciência que estuda e analisa e registra os fatos
históricos ao longo do tempo. Historiografia também pode ser definida como a ciência que conta
como os seres humanos fizeram história com o passar do tempo. A historiografia estuda épocas e
estados variados fazendo compreender os métodos, as formas e os objectos de estudo.
É fundamental para definir historiografia a consideração da etapa de nosso passado cultural, no
qual se inventa a historiografia, no que se define frente ao resto do conhecimento organizado. No
princípio da historiografia, quando ainda começava-se a definir como termo, esses fatos se
cumprem simultaneamente com o estabelecimento do cristianismo, no seio da cultura grega, mas
se entendem também pelo helenístico e são imitados na cultura de Roma, que por sua vez veicula
os benefícios da historiografia a todo o mundo mediterrâneo da época.
3. Historiografia Grega
3.1. Conceito
De ferro foi a primeira raça dos homens dotados de voz, que os imortais criaram, eles que são
habitantes do olimpo.
Viviam sob o governo de cronos quando ele reinava no céu, eram como deuses, com espírito
despreocupado, vivendo a margem de penas e de misérias; a velhice medonha não os
surpreendia, mas, sempre de membros vigorosos, deleitavam-se em festins a bom recato de todo
o mal; se morriam, era como que vencidos pelo sono. Para eles tudo era perfeito: o solo fértil
oferecia-lhes por si frutos numerosos e abundantes; e eles, contentes e tranquilos, viviam da
terra, no meio de bens inúmeros.
A segunda raça a vir, a de prata, bem pior que a anterior, fizeram-na os deus que habitam no
Olimpo.
Não era iguala de ouro, nem de corpo nem de espírito, os filhos eram criados, durante cem anos,
junto da mãe sensata, muito pueris, na sua casa. Mas quando cresciam e chegavam ao torno da
juventude, viviam muito pouco tempo, cheios de sofrimento, pela sua loucura. Não podiam
impedir-se de terem uns com os outros insolência desmedida, nem queriam prestar cultos aos
deuses, nem sacrifícios sobre os santos os altares dos bem-aventurados.
Zeus pai modelou ainda uma terceira raça de homens dotados de falaa do bronze nada
semelhante a da prata. Provinha do freixo, era temível e forte.
Segundo BURROW(2009:45), Heródoto é considerado o primeiro historiador, tanto actualmente
como na antiguidade. Tucídides estabeleceu posteriormente a base racional e metodológica de
uma historiografia nascida como reacção frente do irracional da mitologia grega. Previamente,
já Hecateu de Mileto atenuara o sobrenatural, ainda que a separação total não fosse até
Tucídides. Heródoto concebeu a sua História como um meio de evitar o esquecimento de aquilo
que devia ser recordado.
Foi na antiga Grécia onde nasceu o vocábulo História, que significa investigação. Isto deveu-se a
civilização e pensamento grego a formação do espírito de historiador e a consequente construção
racional da sabedoria.
Até ao século V aC, a historiografia Grega era cosmogónica e mítica. A história da humanidade
estava dividida em cinco idades: Idade de Ouro, Idade de Prata, Idade de Bronze, Idade dos
Heróis e Idade de Ferro.
Apesar de estar associada a mitologia religiosa, muitas das vezes politeístas (pela adoração de
vários deuses) o mito grego das cinco idades mostra claramente a sua evolução tecnológica, visto
que o desenvolvimento da humanidade está intimamente ligado ao uso de metais e a conquista
do fogo. O mito das cinco idades constitui uma visão global da história da humanidade, marcada
por um acontecimento central que é a conquista do fogo pelos homens, graças a ajuda de
Prometeu.
A partir do século V.a.C, operam-se profundas transformações na sociedade grega, pois a escrita
e o saber passam a ser de domínio público, bem como o desenvolvimento das cidades-estado
(polis) onde reinava o regime democrático, principalmente em Atenas, o que permitiu que
houvesse debates, a argumentação e a liberdade de pensamento. Foi esta democracia que
permitiu aos gregos a se entregarem na pesquisa e especulação do mundo. Aliado a isso, existia
uma grande prosperidade económica derivada do trabalho dos escravos e do domínio do mar
mediterrâneo como principal rota comercial.
Sem ser ainda uma ciência, a história ensaia com Heródoto os seus primeiros passos na senda da
cientificação. Será a História uma Ciência do geral ou do particular? Aristóteles entendia que a
História era o conhecimento do particular.
Tucídides, continuador do pensamento de Heródoto, operou avanços significativos na História ao
introduzir a análise e a explicação causal dos factos históricos, pois ele afastou-se das
interpretações fabulosas que subsistiam em Heródoto e procurou uma inteligibilidade assente nas
provas mediante uma investigação e crítica das fontes. Começa com Tucídides a História
explicativa.
Após o término do trabalho conclui-se que a historiografia grega, nasce no século V a.C. da mão
de Heródoto. Para alguns autores, trata-se de um nascimento tardio pelo maior peso do mito e da
falta de interesse por descobrir umas origens mais racionais. Antes já havia textos de carácter
histórico, mas segundo Bravo, entre outros, não são fontes historiográficas ao carecer de espírito
crítico. Para Burrow, estas primeiras descrições históricas focavam-se em histórias locais sobre
as suas supostas origens. Schrader determina três elementos básicos e definidores da
historiografia grega.
O mito e a literatura arcaica. A história primitiva arcaica era constituída pelos relatos lendários,
sendo Homero o maior expoente desse período. Embora se recuse que seja um "primeiro
historiador", alguns autores consideram-no o "possibilitador" da historiografia posterior.Outros
reduzem a sua importância, considerando-o o precursor da cronografia e de que nele nasce a
concepção de sucessão cronológica. A presença do mito apenas começou a reduzir-se
com Hecateu de Mileto ao constatar a longa história oriental comparado com a história grega.O
afã explorador e investigador que daria origem aos périplos.
O nascimento de uma concepção racional do mundo que levou por um lado ao surgimento de
uma geografia representativa ou cartográfica. Por outro lado, possibilitou a substituição
do mito por esquemas racionais, surgindo os logógrafos. Adicionalmente, ajudou ao nascimento
da historiografia uma necessidade de afirmação pessoal, criando genealogias que rastreavam os
antepassados das famílias. Entre os logógrafos destacaram-se Cadmo de Mileto, Helânico de
Lesbos e especialmente Hecateu de Mileto.Além disso, foram realizados anais rudimentares,
como a relação cronológica dos vencedores dos jogos olímpicos realizada por Hípias.