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Modelagem Matemática
Singh et al., 2001a). Assim, Banki et al. (2008) adicionaram um termo fonte “de
Darcy” à equação de quantidade de movimento linear para descrever a desace-
leração do fluxo no gel, como foi realizado por Voller & Prakash (1987) em traba-
lho que apresenta o desenvolvimento desta metodologia.
O presente modelo adota a abordagem entalpia-porosidade, sendo basea-
do nas ideias de Banki et al. (2008). Tanto a espessura quanto a composição do
depósito são determinadas como uma função da posição e do tempo. Para pre-
ver a quantidade de parafina depositada, foram implementados os mecanismos
de difusão molecular e de difusão de Soret, permitindo analisar a influência do
gradiente de concentração e do gradiente térmico no processo de deposição.
Como a composição do depósito também é estimada, o modelo desenvolvido
prevê o envelhecimento do depósito.
Com o propósito de esclarecer e uniformizar a apresentação das equa-
ções, convém definirmos primeiramente alguns termos que serão aqui utilizados.
O domínio de interesse é formado por duas regiões, uma região onde só e-
xiste líquido e outra que corresponde à região do depósito. O depósito formado
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consiste de uma matriz de parafina sólida imóvel preenchida por líquido, com po-
rosidade entre 1 e 0. A região de fase única líquida contém a mistura multicompo-
nente, sendo a porosidade igual a 1. As fases sólida e líquida (ou óleo) são deno-
tadas respectivamente pelos índices s e o.
Considerando que a fase sólida não escoa, o vetor velocidade representa-
do por 𝐮 em todo o texto refere-se, automaticamente, à velocidade da mistura na
fase líquida.
Como a solução líquida que escoa é tratada como uma mistura multicom-
ponente, algumas definições importantes são apresentadas abaixo.
mi = massa da espécie i
n
mo = i=1 mi = massa total da mistura na fase líquida
m n
𝑤i = m i = fração mássica da espécie i, portanto i=1 𝑤i =1
o
c n
xi = c i = composição molar da espécie i, portanto i=1 xi =1
o
ρo
co = = concentração molar da mistura na fase líquida
Mo
4.1
Hipóteses Fundamentais
𝐮 = U ex + V ey (4.1)
hipóteses:
1. escoamento bidimensional;
2. escoamento laminar;
3. fluido Newtoniano;
Como realizado por Banki et al. (2008) e por vários outros autores, como
Derevich & Pershukov (2008), a equação de estado cúbica de Peng-Robinson foi
utilizada neste trabalho para calcular as propriedades termodinâmicas da mistura
na fase líquida, mais precisamente a massa específica, a variação da entalpia
molar e as fugacidades. A próxima seção apresenta a equação de estado cúbica
de Peng-Robinson. Na seção seguinte, são apresentados os fundamentos teóri-
cos sobre equilíbrio de fases e fugacidade, bases do modelo matemático.
4.2
Equação de Estado Cúbica de Peng-Robinson
muitas incertezas, ocorre que equações mais simples, com uma ou duas constan-
tes, são mais adequadas para predizer as propriedades da mistura do que equa-
ções mais complexas, com muitas variáveis (Prausnitz et al., 1999).
Uma equação de estado (EOS) é uma expressão analítica que relaciona
pressão, temperatura e volume. Como um simples exemplo, a equação de esta-
do dos gases reais pode ser apresentada:
ZRT
P= (4.2)
v
RT am
P = v−b − v (4.3)
m v+b m +b m (v−b m )
Z 3 − 1 − B Z 2 + A − 3B 2 − 2B Z − AB − B 2 − B 3 = 0 (4.4)
Capítulo 4 - Modelagem Matemática 81
am P
A= (4.5)
R2 T2
bm P
B= (4.6)
RT
A solução da Eq. (4.4) produz três raízes para Z, podendo ser uma raiz real
e duas imaginárias ou três raízes reais, dependendo da condição termodinâmica.
No último caso, a maior raiz real corresponde ao fator de compressibilidade da
fase vapor e a menor raiz real positiva corresponde ao fator de compressibilida-
de da fase líquida. Note que o número de raízes não tem relação com o número
de fases presentes no sistema (Gundersen, 1982). Neste trabalho, utilizou-se a
menor raiz real positiva, ou seja, Z para a mistura na fase líquida. Este será o
fator de compressibilidade utilizado para calcular a massa específica, a variação
da entalpia molar e as fugacidades da fase líquida, como será mostrado mais
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adiante.
As constantes ai e bi dependem das propriedades críticas e do fator acên-
trico de cada componente como segue:
2
T
a i = αi 1 + m i 1 − (4.7)
T c ,i
(RT c ,i )2
αi = 0,45724 (4.8)
P c ,i
RT c ,i
bi = 0,07780 (4.11)
P c ,i
n n
am = i=1 j=1 xo,i xo,j ai aj 1 − k i,j (4.12)
Capítulo 4 - Modelagem Matemática 82
n
bm = i=1 xo,i bi (4.13)
n
2v c ,i 1/6 v c ,j 1/6
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k i,j = 1 − (4.14)
v c ,i 1/3 +v c ,j 1/3
RT c ,i
vc,i = 0,290 − 0,085wi (4.15)
P c ,i
4.3
Equilíbrio de Fases
Fase 𝛃
xβ,1 ; xβ,2 ; … ; xβ,n
Fase 𝛂
xα,1 ; xα,2 ; … ; xα ,n
Figura 4.1: Tipo de problema do equilíbrio de fases (fonte: modificada de Prausnitz et al.,
1999).
𝜇α ,i = 𝜇β,i (4.16)
Capítulo 4 - Modelagem Matemática 84
G = 𝑈 + Pv − T𝒮 = H − T𝒮 (4.17)
∂G
𝜇i = (4.18)
∂x i T,P,x ′
4.3.1
Fugacidade
d 𝜇i = v d P (4.19)
RT
d 𝜇i = d P = R T d ln P (4.20)
P
disso, uma nova função termodinâmica é definida para utilizar a Eq. (4.20) para
gases reais. Esta nova função é a fugacidade (com unidade de pressão e repre-
sentada pela letra f) definida como:
d 𝜇i = R T d ln fi (4.21))
fi
limP→0 =1 (4.22)
xi P
fi
φi = x (4.23)
i P
nente i em uma mistura de gases ideais, a sua pressão é igual à pressão parcial
(Pi = xi P = fi ). O limite na Eq. (4.22) mostra que qualquer sistema se comporta
como ideal em baixas pressões (P → 0).
A fugacidade é, portanto, uma pressão corrigida. As correções são devidas à
não idealidades, interpretadas por considerações moleculares (Prausnitz et al.,
1999). A fugacidade fornece uma transformação conveniente da equação funda-
mental do equilíbrio de fases. Como demonstrado por Prausnitz et al. (1999), a
condição de equilíbrio em termos de potencial químico da Eq. (4.16) pode ser
substituída, sem perda de generalidade, pela igualdade das fugacidades:
fα,i = fβ ,i (4.24)
ou seja, para cada componente i de uma mistura com duas fases α e β em equi-
líbrio, a fugacidade em cada fase deve ser a mesma.
4.3.2
Equilíbrio sólido-líquido
Supondo agora que as fases α e β sejam iguais às fases sólida (s) e líqui-
da (o). No equilíbrio, tem-se:
puro
fo,i = fs,i (4.25)
Capítulo 4 - Modelagem Matemática 86
puro
φo,i xo,i P = fs,i (4.27)
puro
φ o ,i x o ,i P f
puro = fspuro
,i
(4.28)
f o ,i o ,i
puro
φ o ,i x o ,i f s ,i
ln puro = ln puro (4.29)
φ o ,i f o ,i
puro puro
A razão de fugacidades do componente puro i nas fases (fs,i fo,i ) po-
de ser encontrada a partir de uma análise de ciclo termodinâmico, encontrada
em livros texto que abordam o tema do equilíbrio de fases, como em Prausnitz et
al. (1999) e em Pan & Radosz (1999). A expressão para esta razão será deduzi-
da a seguir.
Considere o ciclo termodinâmico de mudança de fase sólido-líquido, sob
efeito de temperatura e pressão, mostrado na Fig. 4.2.
1: Sólido ( T, P ) 6: Líquido ( T, P )
2: Sólido ( T, Pf ) 5: Líquido ( T, Pf )
3: Sólido ( T f , Pf ) 4: Líquido ( T f , Pf )
puro
f o ,i
∆G 1 → 6 = RT ln puro (4.30)
f s ,i
∆G 1 → 6 = ∆H 1 → 6 − T∆𝒮 1 → 6 (4.31)
∆H 1 → 6 = ∆H 1 → 2 + ∆H 2 → 3 + ∆H 3 → 4 + ∆H 4 → 5 +
∆H 5 → 6 (4.32)
∂H ∂v
=v−T (4.33)
∂P T ∂T P
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∂H
= Cp (4.34)
∂T P
a Eq. (4.32) pode ser reescrita em termos de capacidade calorífica, Cp, e de en-
Pf ∂v Tf T
∆H 1 → 6 = P
v−T dP + T
Cps dT + ∆H f + Tf
Cpo dT +
∂T P
s
PfPv−T∂v∂TPodP (4.35)
∆𝒮 1 → 6 = ∆𝒮 1 → 2 + ∆𝒮 2 → 3 + ∆𝒮 3 → 4 + ∆𝒮 4 → 5 +
∆𝒮 5 → 6 (4.36)
∂𝒮 ∂v
=− (4.37)
∂P T ∂T P
∂𝒮 Cp
= (4.38)
∂T P T
a Eq. (4.36) pode ser reescrita como (Pan & Radosz, 1999):
Capítulo 4 - Modelagem Matemática 88
Pf ∂v T f Cp s ∆H f T Cp o
∆𝒮 1 → 6 = − dP + dT + + Tf T
dT +
P ∂T P T T Tf
s
PfP−∂v∂TPodP (4.39)
T
∆G 1 → 6 = ∆v P − P f + ∆Cp T − T f − T ∆Cp ln +
Tf
T
∆H f 1 − (4.40)
Tf
puro
f o ,i ∆H fi T fi ∆Cp i T fi ∆Cp i T ∆v
ln puro = −1 + 1− − ln + RT P − Pif (4.41)
f s ,i RT fi T R T R T fi
nitz et al., 1999). O último termo, conhecido como correção de Poyinting, consi-
dera o efeito da pressão. Para sistemas com altos valores de pressão, ele pode
ser importante. No entanto, para sistemas de baixa pressão, este último termo é
desprezado. Deste modo, a razão entre as fugacidades do componente puro i
nas fases líquida e sólida é:
puro
f s ,i ∆H fi T fi ∆Cp i T fi ∆Cp i Tf
puro = exp 1− − 1− − ln Ti (4.42)
f o ,i RT fi T R T R
anterior são a entalpia de fusão ∆Hif , a temperatura de fusão Tif e o calor especí-
fico de fusão ∆Cpi . Na ausência de informações, estas grandezas podem ser
calculadas através de correlações. Firoozabadi (1999) apresenta e analisa algu-
mas correlações existentes, sendo propostas as seguintes expressões:
20172
Tif = 374,5 + 0,02617 Mi − (n-alcanos)
Mi
4.4
Equilíbrio de Fase Sólido-líquido Local
Portanto:
n n n
i=1 zi =1= i=1 no,i + i=1 ns,i (4.44)
βo + βs = 1 (4.45)
n
i=1 xo,i =1 (4.46)
n
i=1 xs,i =1 (4.47)
4.4.1
Análise de estabilidade
Este primeiro passo consiste de uma análise que determina a natureza dos
componentes que precipitam para uma dada condição de temperatura, pressão
e composição. Este critério de estabilidade é derivado em Michelsen (1982). As-
sim, um componente i pode existir como um sólido puro se:
puro
fo,i P, T, zi − fs,i P, T ≥ 0 (4.48)
4.4.2
Composição de equilíbrio
puro
fo,i (P, T, xo,i ) = fs,i (P, T) , i = n − ns + 1 , … , n (4.49)
n N s ,k N s ,i
zi − xo,i 1 − k=n−n s +1 F − = 0 , i = n − ns + 1 , … , n (4.50)
F
n N s ,k
zi − xo,i 1 − k=n−n s +1 F = 0 , i = 1, … , n − ns (4.51)
onde fo,i (P, T, xo,i ) é a fugacidade do componente i na fase líquida com compo-
fo,i (P, T, xo,i ) são calculadas através da equação de estado cúbica de Peng-
Robinson como (Firoozabadi, 1999):
f b A n bi Z+2,414B
ln yoP,i = b i Z-1 - ln Z-B - 2 2 j=1 yj aij - b ln (4.52)
i m 2B m Z-0,414B
f o ,i A Z+2,414B
ln = Z − 1 − ln Z − B − 2 ln Z−0,414B (4.54)
P 2B
4.5
Equações de Conservação
4.5.1
Equação de conservação de massa
∂
j=o,s Sj ρj + 𝛁. j=o,s Sj ρj 𝐮j = 0 (4.55)
∂t
∂
So ρo + Ss ρs + 𝛁. So ρo 𝐮 = 0 (4.56)
∂t
j=o,s Sj =1 (4.57)
Mo P Mo
ρo = =Z (4.58)
v R T
4.5.2
Equações de conservação de quantidade de movimento linear
vação de quantidade de movimento linear pode ser escrita na forma vetorial co-
mo:
∂
So ρo 𝐮 + 𝛁. So ρo 𝐮 𝐮 = −So 𝛁p + 𝛁. So 𝝉 + Sporo (4.59)
∂t
onde 𝛕 é o tensor das tensões viscosas. Para fluidos Newtonianos com viscosi-
dade μ
T 2
𝛕=μ 𝛁𝐮 + 𝛁𝐮 − 𝛁. 𝐮 𝑰 (4.60)
3
Sporo = −Λ 𝐮 (4.61)
μ
𝛁p = − 𝐾 𝐮 (4.62)
μ
Sporo = −Λ𝐮 = −𝛁p = 𝐮 (4.63)
𝐾
Capítulo 4 - Modelagem Matemática 95
conclui-se que:
μ
Λ = −𝐾 (4.64)
1 S 3
𝐾 = C (1−So 2 (4.65)
o)
(1−S o )2
Λ= −Cμ (4.66)
So 3
4.5.3
Equação de conservação de energia
∂ Dp
( j=o,s Sj ρj Hj ) + 𝛁. j=o,s Sj ρj Hj 𝐮 = −𝛁. 𝐪 + + 𝝉: 𝛁𝐮 (4.67)
∂t Dt
n
𝐪 = −K ef 𝛁 T + i=1 𝐉i Hi (4.68)
∂
So ρo Ho +Ss ρs Hs +∇. So ρo Ho 𝐮 =∇. K ef ∇ T (4.69)
∂t
∂ Hj
d Hj = Cpj d T ; Cpj = (4.70)
∂T P
Capítulo 4 - Modelagem Matemática 97
∂ ∂ ∂
So ρo Ho =So ρo ∂t Ho +Ho ∂t So ρo (4.71)
∂t
∂ ∂T ∂
So ρo Ho =So ρo Cpo + Ho ∂t So ρo (4.72)
∂t ∂t
∂ ∂T ∂
Ss ρs Hs =Ss ρs Cps + Hs ∂t Ss ρs (4.73)
∂t ∂t
∂T ∂
So ρo Cpo + Ss ρs Cps + Ho So ρo + 𝛁. (So ρo u ) +
∂t ∂t
∂
Hs ∂t Ss ρs +So ρo Cpo u . ∇ T =∇. K ef ∇T (4.75)
∂ So ρo T K ef
∂t
+ 𝛁 . So ρo 𝐮 T =∇. Cp o
∇T +
K ef 1 Cp ∂ Ss ρs T
∇T . Cp ∇ Cpo − Cp s +
Cp o o o ∂t
1 ∂
Ss ρ s Ho − Cpo T − Hs − Cps T (4.76)
Cp o ∂t
de térmica de depósitos envelhecidos pode ser mais de duas vezes maior que a
condutividade térmica do óleo. Similarmente, Matzain (1999) encontrou conduti-
vidades térmicas de uma a duas vezes maiores que a condutividade térmica do
óleo.
Neste trabalho, a condutividade térmica efetiva foi calculada a partir da cor-
relação de Maxwell em função da saturação de sólido, Ss , e das condutividades
térmicas das fases óleo e sólido, K o e K s , conforme Carslaw & Jaeger (1959)
como:
2K o +K s −2S s K o −K s
K ef = Ko (4.77)
2K o +K s +S s K o −K s
n
Ko = i=1 xo,i ∗ Ki (4.78)
n
Ks = i=1 xs,i ∗ Ki (4.79)
Capítulo 4 - Modelagem Matemática 99
Ho P, T, 𝐱 𝐨 =
H ∗ 0, T, 𝐱 𝐨 + RT Z − 1 +
T da m T am T Z+2,414B
− ln (4.81)
2 2b m dT 2 2b m Z−0,414B
com a Eq. (4.4), B é o coeficiente dado pela Eq. (4.6) e R é a constante universal
dos gases. Em um estado hipotético de pressão zero, todos os gases compor-
tam-se idealmente. Adicionalmente, se as moléculas da mistura são similares, os
efeitos da solução são minimizados, de tal modo que as propriedades termodi-
nâmicas da mistura são apropriadamente representadas pelas propriedades mé-
dias ponderadas dos seus componentes (Stevens & Thodos, 1963). No caso da
entalpia, segue que:
n
H ∗ 0, T, 𝐱 𝐨 = i=1 xo,i ∗ Hi∗ (T) (4.82)
onde Hi∗ (T) é a entalpia molar de gás ideal do componente i. Quando nenhum
dado estiver disponível, a entalpia de gás ideal do componente i pode ser calcu-
lada por uma correlação empírica, como por exemplo, a correlação fornecida por
Passut & Danner (1972), a qual depende da temperatura, de acordo com
Hi∗ T = ai + bi T + ci T 2 + di T 3 + ei T 4 + fi T 5 (4.83)
T
Hi∗ T = Tref
Cpi∗ T dT (4.84)
onde
n
Hs P, T, 𝐱 𝐬 = i=1 xs,i ∗ Hs,i (P, T) (4.86)
vamente. Hs,i Pif , Tif pode ser substituído na equação acima a partir da defini-
Portanto:
no,1994). Ho,i Pif , Tif pode ser chamada de entalpia molar do componente i no
ponto de fusão. Este termo pode ser estimado a partir da Eq. (4.81) para o com-
ponente puro, com xo,i = 1,P = Pif e T = Tif , ou seja:
T fi da i T a i T fi Z i +2,414B i
− ln (4.90)
2 2b i dT 2 2b i Z i −0,414B i
A partir das entalpias molares nas fases líquida e sólida calculadas com as
Eqs. (4.81) e (4.86), podem-se calcular as entalpias mássicas nas fases líquida e
Capítulo 4 - Modelagem Matemática 101
H
Hj = Mj (4.91)
j
∆H o
Cpo = (4.93)
∆T
4.5.4
Equações de conservação de espécies
∂
j=o,s Sj cj,i + 𝛁. j=o,s Sj cj,i 𝐮j,i = 0 , i = 1, … , n (4.94)
∂t
A expressão para o fluxo difusivo molar será apresentada mais adiante. Nesta
Capítulo 4 - Modelagem Matemática 102
∂
j=o,s Sj cj xj,i + 𝛁. j=o,s Sj cj xj,i 𝐮j + Sj 𝐉j,i = 0 , i = 1, … , n (4.98)
∂t
n
i=1 𝐉j,i =0 , j = o, s (4.99)
n
i=1 xj,i =1 , j = o, s (4.100)
∂
Sj cj + 𝛁. Sj cj 𝐮j = 0 (4.101)
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∂t j=o,s j=o,s
c= j=o,s Sj cj (4.102)
∂c
+ 𝛁. So co 𝐮 = 0 (4.103)
∂t
∂
czi + 𝛁. j=o,s Sj cj xj,i 𝐮j + Sj 𝐉j,i = 0 , i = 1, … , n (4.105)
∂t
∂
czi + 𝛁. So co xo,i 𝐮 + So 𝐉o,i = 0 , i = 1, … , n (4.106)
∂t
Como:
então:
∂
czi + 𝛁. czi 𝐮 = −𝛁. So 𝐉o,i + 𝛁. Ss cs xs,i 𝐮 , i = 1, … , n − 1 (4.109)
∂t
4.5.4.1
Fluxo difusivo molar
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M (g/mol )
VA = ρ A (g/cm 3 ) (4.112)
A
10,2
γ= − 0,79 (4.113)
VA
α
DT = 𝛽 Mi − Mj em m2 s −1 K −1 (4.114)
μ ci cj
Mi Mj
ci cj = 2 (4.115)
M i +M j
4.6
Condições Iniciais e de Contorno
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Simetria
Fluido
multicomponente
Entrada
Saída
Depósito
𝐲
com perfil uniforme na entrada, visto que a região de entrada garante o desen-
volvimento hidrodinâmico do escoamento.
T x = 0, y, t = Tin (4.116)
U x = 0, y, t = Um (4.118)
V x = 0, y, t = 0 (4.119)
Q
Um = A (4.120)
t
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de tal modo que o número de Reynolds seja igual ao número de Reynolds expe-
rimental.
𝜌 U m 𝐷ℎ
𝐑𝐞 = (4.121)
μ
4 At
𝐷ℎ = (4.122)
P𝑚
U x, y = 0, t = 0 ; V x, y = 0, t = 0 ; zi x, y = 0, t = 0 (4.123)
∂ϕ
x, y = a, t = 0 ; com ϕ = U, T, zi e V=0 (4.124)
∂y
∂ϕ
x = L, y, t = 0 ; ϕ = U, V, T, zi (4.125)
∂x
δ x, t = 0 = 0 (4.126)
∀S (m S ρ s )
SS = ∀ = (m (4.128)
o + ∀S o ρ o ) + (m S ρ s )