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PARANÁ
TECNOLÓGICA DO PARANÁ
DAMEC - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE MECÂNICA
Outubro / 2000
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 75
APÊNDICE 77
CAPÍTULO 1
Conceitos Iniciais e
Método dos Resíduos Ponderados
1.1 INTRODUÇÃO
∂u ∂u ∂v ∂ 2v
I= ∫∫ F x , y ,u ,v , , , ,..., 2 dx dy
∂x ∂y ∂x ∂x
(1.2)
Du − f = 0 no domínio Ω
Bu − g = 0 no contorno Γ (condições de contorno) (1.4)
onde:
u = variável dependente. Por exemplo: deslocamentos em um ponto,
temperatura em um ponto, potencial elétrico;
x = variável independente. Por exemplo, coordenadas de um ponto;
f, g = funções de x, constantes ou zero, dependendo do problema;
D, B = operadores diferenciais.
d 2w
EI 2 − M B = 0 (momento fletor)
dx
d 3w
EI − VB = 0 (esforço cortante)
dx 3
Como condições de contorno essenciais para este problema tem-se a deflexão w e sua
dw
derivada , esta última representando a rotação.
dx
Cap. 1 – Conceitos Introdutórios 9
d dT ( x )
k ( x ) A( x ) + Q( x ) A( x ) = 0
dx dx
onde
T = temperatura
k = condutividade térmica
A = área
Q = fonte de calor
dT
−k = fluxo de calor
dx
dT
Como condição de contorno natural tem-se a especificação do fluxo ( q = − k ),
dx
condição de contorno essencial a temperatura (T) e, para este problema, há a
ocorrência comum de uma condição de contorno mista, representada pela troca de
calor por convecção:
dT
−k − h(T − T ∞ ) = 0 ,
dx
onde
h é o coeficiente de troca de calor por convecção e T ∞ a temperatura do meio
envolvendo a superfície do contorno.
∇ 2φ = 0
onde
∂φ
=u (velocidade na direção x)
∂x
∂φ
=v (velocidade na direção y)
∂y
Eletrostática:
d dφ ( x )
ε ( x ) A( x ) + ρ( x ) A( x ) = 0
dx dx
onde
φ = potencial elétrico
ε = permissividade
A = área
ρ = densidade de carga elétrica
dφ
= campo elétrico
dx
u(x)
~
u(x)
xi xi+1
Figura 1.1: Representação do método da colocação, onde a solução aproximada é imposta igual à
solução exata nas coordenadas xi e xi +1 .
1.3.2 Subdomínio
∫R
Ωi
D ( ai , x )dΩ = 0 para i=1, 2, ..., j-1
∫ R ( a , x )dΓ = 0
Γi
C i para i=j, j+1, ..., n (1.7)
∂I
=0 para i=1, 2, ..., n (1.8)
∂a i
2 2
I= ∫[R
Ω
D ( a i , x )] dΩ + α ∫[R
Γ
C ( a i , x )] dΓ . (1.9)
j −1 n
I = ∑ [RD ( ai , xi )] + α ∑ [RC ( ai , xi )]
2 2
(1.10)
i =1 i= j
feito ortogonal às funções peso (o produto interno entre Wi e R D é nulo - ver figura
1.2):
RD
u
~
u espaço gerado pelas
funções peso
Assim,
∂u~
Wi = . (1.12)
∂a i
u=0 em x =0 (Dirichlet)
u ,x − b = 0 em x=L (Neumann) (1.13b)
1
Na equação diferencial que segue, e frequentemente no decorrer do texto será utilizada a notação
∂ (•) ∂ 2 (•)
comma, u seja, (•) ,x representa , (•) ,xy representa , etc.
∂x ∂x∂y
Cap. 1 – Conceitos Introdutórios 15
q(x)=q ox
σ0
x
EA L
q0 σ0
c= b= . (1.14)
EA E
u~ = a 1 x + a 2 x 2 . (1.15)
~
Note que u satisfaz, independentemente dos coeficientes ai a serem
L
Ri = ∫ Wi ( x )( u~,xx + c x ) dx = 0 i=1, 2 (1.17)
0
O Método de Galerkin inicia com uma integração por partes, reduzindo a ordem da
diferenciação dentro da integral, relaxando assim a ordem da continuidade requerida
para a função aproximada. A integração por partes também serve para introduzir as
condições de contorno naturais (ou de Neumann), conforme será visto a seguir.
~ , e lembrando a expressão da
Integrando por partes apenas a parcela Wi ( x )u ,xx
∫ u dv = u v − ∫ v du , (1.18)
L
( )
Ri = [Wi ( x )u~,x ]0L + ∫ − Wi ,x u~,x + Wi c x dx = 0 i = 1, 2 (1.19)
0
∂u~ ∂u~
Como W1 = = x e W2 = = x 2 e, o termo fora da integral
∂a 1 ∂a 2
tem-se
L
Ri = ∫ (− Wi ,x u~,x + Wi cx ) dx + [Wi b]x = L = 0 i = 1, 2 (1.20)
0
e
W1,x = 1
Cap. 1 – Conceitos Introdutórios 17
W2 ,x = 2 x
u~,x = a 1 + 2 a 2 x
i=1
L
( )
R1 = ∫ − a1 − 2 a 2 x + cx 2 dx + bL = 0
0
L
2 c 3
− a 1 x − a 2 x + 3 x + bL = 0
0
c 3
− La 1 − L2 a 2 = − L − bL (1.21)
3
i=2
L
( )
R 2 = ∫ − 2 a 1 x − 4 a 2 x 2 + cx 3 dx + bL2 = 0
0
L
2 4 3 c 4 2
− a 1 x − 3 a 2 x + 4 x + bL = 0
0
4 3 c
− L2 a 1 − L a 2 = − L4 − bL2 (1.22)
3 4
−L − L2 a 1 −31 cL3 − bL
2 = , (1.23)
− L − 43 L3 a 2 −41 cL4 − bL2
7 cL2 − cL
a1 = b + e a2 = . (1.24)
12 4
~ fica
Assim, a solução aproximada u
~ 7 cL2 cL 2
u = b + x− x . (1.25)
12 4
cL2 c 3
u = b + x− x . (1.26)
2 6
Cap. 1 – Conceitos Introdutórios 19
5
σo 45 E 2.1. 10 A 150 qo 6.5 L 900
σo qo
b c
E E. A
2
c. L . c . 3
Solução analítica: u( x) b x x
2 6
2
7. c. L . c. L . 2
Solução via Galerkin: uap( x) b x x
12 4
x 0 , 0.5.. 900
60
45
u( x )
30
uap( x )
15
0
0 225 450 675 900
x
2
d c. L . c . 3
Solução Exata (tensão): σ( x) E. b x x
dx 2 6
1. . 2 1. . 2
σ( x) E. b cL cx
2 2
2
d 7. c. L . c. L . 2
Solução via Galerkin (tensão): σap( x) E. b x x
dx 12 4
7. . 2 1. . .
σap( x) E. b cL c Lx
12 2
20 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
x 0 , 0.5.. 900
4
2.5 10
4
1.875 10
σ( x)
4
1.25 10
σ ap( x )
6250
0
0 225 450 675 900
x
Exercício
Resolver o problema anterior através do Método de Rayleigh-Ritz,
1.25).
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 21
CAPÍTULO 2
u=0 em x =0 e
AEu ,x − P = 0 em x = LT (2.1b)
q(x)
P
x
EA
LT
q(x)
EA
P
x
L1 L2 L3
LT
x
L
nó 1 e nó 2
u1 u2
x x
u~ ( x ) = 1 − u1 + u2 (2.2)
L L
2
u~( x ) = ∑ N i ( x ) ui (2.3)
i =1
24 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
x x
N1 = 1 − e N2 = (2.4)
L L
u~( x ) = [ N ]{ u} , (2.5)
dados por
x u1
[ N ] = 1 − L
x
L 1X 2
e {u} = . (2.6)
u
2 2 X 1
Em uma forma gráfica, a equação (2.2) pode ser representada pela figura 2.5,
onde os deslocamentos ao longo do elemento são interpolados, de forma linear, pelos
deslocamentos das extremidade, u1 e u2 .
2
A obtenção das funções de interpolação será vista no item 2.8.
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 25
~
u(x)
u3
u2
u1
x1 x2 x3
Figura 2.5: Interpolação linear de deslocamentos.
x
W1 = N 1 = 1 −
∂u~ L
Wi = = Ni ou (2.7)
∂ui x
W2 = N 2 =
L
L
Ri = ∫ Wi ( x )( AEu~,xx + q ) dx = 0 (2.8)
0
Assim
L L
Assim, tem-se
L
Ri = ∫ −( N i ,x A Eu~,x + N i q ) dx + [ N i P ] 0 = 0
L
(2.11)
0
Para i=1
∫ (− N
0
1,x )
AE ( N 1,x u1 + N 2 ,x u2 ) + N 1 q dx + [ N 1 ( x = L ) P − N 1 ( x = 0 ) P ] = 0
L L
∫ −N 1,x AE ( N 1 ,x u1 + N 2 ,x u2 ) dx + ∫ N qdx + [ N ( x = L ) P − N ( x = 0 ) P] = 0
1 1 1
0 0
L L
∫ −( N
0
1 ,x AEN 1,x u1 + N 1 ,x AEN 2 ,x u2 ) dx = − N 1 qdx − P1
∫
0
(2.12)
como
1 1
N 1 ,x = − e N 2 ,x = (2.13)
L L
L L
1 1 −1 1 x
∫ L AE L u1 + L AE L u 2 dx = ∫ 1 − L q dx + P1 (2.14)
0 0
Integrando obtém-se
L
EA EA x
L
u1 −
L 0
L ∫
u2 = P1 + 1 − qdx . (2.15)
L
EA EA x
−
L
u1 +
L
u2 = P2 + ∫
0
L
qdx . (2.16)
O segundo termo da direita nas expressões (2.15) e (2.16) são chamados de forças
nodais consistentes, pois são forças aplicadas nos nós, provenientes de uma força
distribuída ao longo do elemento. São ditas consistentes pois são ponderadas pelas
funções de interpolação.
Em forma matricial, as duas últimas expressões podem ser escritas como
EA 1 −1 u1 F1
=
L −1 1 u 2 F2
(2.17)
onde
L L
x
F1 = P1 + 1 − q dx
L
∫ F2 = P2 + ∫ Lx q dx (2.18)
0 0
[ K ]{u } = {F } ,
E E E
(2.19)
onde
1 −1
[ K ] = EA
E
L −1 1
é a matriz de rigidez do elemento
{u } = u
E
u1
é o vetor deslocamentos nodais do elemento
2
{F } = F
E
F1
é o vetor de carregamentos nodais do elemento.
2
NE NE
∑ ([ K ]){u} = ∑ ({F })
E =1
E
E =1
E
ou [ K ]{u} = {F } , (2.20)
onde
[ K] é a matriz de rigidez global da estrutura, isto é, uma matriz que engloba
1 2 3
1 3 x
2 4
superposição do vetor carga, será considerado que a força distribuída é constante, isto
é, q( x ) = q 0 .
u1 u2 q0 L1
+ R1
{ }
1
F1
E1 A1 1 −1 u1 F = 1 = 2
1
[ K 1] =
(2.21)
F2 q0 L1
L1 −1 1 u2 2
u2 u3 q0 L2
F 2
[ K 2] =
E 2 A2 1 −1 u2 {F 2 } = F12 = q02L2 (2.22)
L2 −1 1 u3 2
2
u3 u4 q0 L3
F13
[K ]
3 E A
= 3 3
1 −1 u3
−1 1 u
{F } =
3
3
F2
=
q L
2
(2.23)
L3 0 3 + P
4 2
E1 A1 E1 A1
L − 0 0
L1
1
− 1 A1
E E1 A1 E 2 A2
+ −
E 2 A2
0
[K ] = L1 L1
E A
L2 L2
E 2 A2 E3 A3 E A
(2.24)
0 − 2 2 + − 3 3
L2 L2 L3 L3
E A E3 A3
0 0 − 3 3
L3 L3
u1
u
{u} = 2 (2.25)
u3
u4
q0 L1
+ R1
F1 F11 q L2 q L
F 1 0 1 0 2
2 F2 + F12 2 + 2
{F} = F = 2 3 = q L q L . (2.26)
3 F2 + F1 0 2 + 0 3
F4 F 3 2 2
2 q0 L3
2 + P
Note que a matriz de rigidez global (2.24) é simétrica e apresenta valores não nulos
somente na diagonal principal e nas diagonais adjacentes, caracterizando a chamada
matriz banda. Em programas de elementos finitos, dependendo do tipo de solução,
estas propriedades diminuem o espaço de armazenamento da matriz. Por exemplo,
pode-se armazenar somente os elementos da matriz que estiverem na semi-banda
superior (ou inferior), conforme representa a figura 2.7, onde na primeira coluna é
armazenada a diagonal principal.
a e 0 0 a e
e
b f 0 b f
⇒
0 f c g c g
0 0 g d d 0
q0 L
1 −1 0 0 u1 + R1
2
EA −1 2 −1 0 u2 q0 L
= (2.27)
L 0 −1 2 −1u3 q0 L
q L
0 0 −1 1 u4 0 + P
2
O sistema de equações acima ainda não pode ser solucionado pois a matriz de
rigidez é singular. Para se poder obter uma solução é necessário impor as condições
32 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
u1 = 0 (2.28)
1 0 0 0 u 1 0
q L
EA 0 2 − 1 0 u 2 0
= q0 L , (2.29)
L 0 − 1 2 − 1 u 3
q0 L + P
0 0 − 1 1 u
4 2
onde a primeira equação de (2.29) foi eliminada, sendo substituída pela equação
u1 = 0 , e como sabe-se que o deslocamento no nó 1 é nulo, eliminou-o das outras
equações. Ao invés de se resolver o sistema de 4 equações a 4 incógnitas (2.29),
pode-se agora resolver o seguinte sistema de 3 equações a 3 incógnitas:
2 −1 0 u2 q0 L
EA
− 1 2 − 1u = q L
L 3 0 . (2.30)
0 −1 1 u4 q0 L +
P
2
EA
u1
1 0 0 0 u1 L
EA 0 2 − 1 0 u 2 q0 L + EA u1
= L . (2.31)
L 0 − 1 2 − 1 u 3 q0 L
0 0 − 1 1 u 4 q0 L
+P
2
k 11 k 12 L k 1i L k 1n u1 F1
k k 22 L k 2i L k 2 n u2 F2
21
M M L M L M M M
= (2.32)
ki1 ki2 L k ii L k in ui Fi
M M L M L M M M
k n1 k n2 L k ni L k nn un Fn
u1 = 0
5 q0 L2 PL
u2 = +
2 EA EA
4q0 L2 2 PL (2.34)
u3 = +
EA EA
9 q0 L2 3 PL
u4 = + .
2 EA EA
x
P( x ) q0 x2 Px q0 x2 Px
u( x ) = ∫ dx =
LT x − + = 3 Lx − + (2.35)
EA( x ) EA 2 EA EA 2 EA
0
que, nas posições correspondentes aos nós, tem-se os mesmos valores obtidos pela
solução numérica (2.34).
36 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
LT = 900 mm
qo = 6.5 N / mm
P = 6750 N (2.36)
E = 2.1x10 MPa 5
A = 150 mm 2 ,
u1 = 0
u2 = 0 .11071mm
(2.37)
u 3 = 0 .20286 mm
u4 = 0 .27643mm
Graficamente, as duas soluções podem ser visualizadas na figura 2.8
1.60
1.20
Deslocamento u [mm]
0.80
0.40
Solução exata
Solução numérica aproximada
0.00
0 300 600 900
Posição x [mm]
du
εx = (2.38)
dx
σ x = Eε x . (2.39)
du~
.
dx
Como os deslocamentos são dados por
x x
u~( x ) = N 1 u1 + N 2 u 2 = 1 − u1 + u 2 (2.39)
L L
38 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
du~ d x x u − u1
εx = = 1 − u1 + u 2 = 2 . (2.40)
dx dx L L L
u 2 − u1
σ x = Eε x = E , (2.41)
L
onde u1 e u 2 são os deslocamentos nodais do elemento.
du q0 P q P
εx = = ( LT − x ) + = 0 ( 3L − x ) + . (2.42)
dx EA EA EA EA
e a tensão
q0 P
σ x = Eε x = ( 3L − x ) + (2.43)
A A
0.00040
0.00035
Deformação (du/dx)
0.00030
0.00020
0 300 600 900
Posição x [mm]
0.00024
0.00023
Deformação (du/dx)
0.00022
0.00021
0.00020
0.00019
0 300 600 900
Posição x [mm]
Figura 2.10: Coincidência entre a derivada da solução exata e a derivada da solução numérica para o
caso do carregamento distribuído q0 . ser nulo.
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 41
q0 L
1 −1 0 0 u1 + R1
2
EA −1 2 −1 0 u2 q0 L
= (2.44)
L 0 −1 2 −1u3 q0 L
q L
0 0 −1 1 u4 0 + P
2
EA EA q L
u1 − u 2 + 0u 3 + 0u 4 = 0 + R1 (2.45)
L L 2
5 q0 L2 PL
u1 = 0 e u2 = + (2.46)
2 EA EA
Exercícios
1 - Seja a barra escalona mostrada abaixo, com seções transversais circulares
8 kN
200 mm 150 mm
3200 rpm
A
200 mm 20 X 10 mm
d 2T( x )
k + Q( x ) = 0 , (2.47)
dx 2
x
L 1 −
k 1 −1T1 L Q dx + qR1
L −1 1 T2 ∫ x
= , (2.48)
q R2
0
L
Ambiente 1 Ambiente 2
0.1 m
k = 250 W/(m K)
Figura 2.11: Problema de distribuição de temperaturas.
Divide-se o corpo em cinco elementos finitos de mesmo comprimento, conforme
figura 2.12
44 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
1 2 3 4 5 6 (nós)
x x
0.1 m
0.1 m
A equação de elementos finitos para cada elemento pode ser obtida à partir de
(2.48), sendo Q( x ) = 0 , pois não há fonte interna de calor. Como o tamanho dos
elementos é igual, a matriz de rigidez elementar, para os cinco elementos, toma a
mesma forma
−1 1 −1
[ K ] = kL −1
1
E
= 12500
1 −1 1 . (2.49)
Fazendo-se a superposição para todos os elementos finitos, da mesma forma que foi
feito para o problema da barra, tem-se o seguinte sistema global, antes de serem
impostas as condições de contorno
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 45
1 −1 0 0 0 0 T1 q R1
− 1 2 − 1 0
0 0 T2 q R 2
0 −1 2 −1 0 0 T3 q R 3
12500 = (2.50)
0 0 − 1 2 − 1 0 T4 q R 4
0 0 0 − 1 2 − 1 T5 q R 5
0 0 0 0 − 1 1 T6 q R6
Os outros valores de q R são todos nulos, pois o calor que sai de um elemento é o
dT
fluxo de calor ( q = − k ).
dx
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 47
Exercício
Dado o sólido da figura abaixo, formado por dois materiais, A e B, com geração
interna de calor. Calcule as temperaturas no centro dos materiais, e o fluxo total de
calor que sai pelo lado direito da parede. Despreze a resistência de contato.
0.1 m 2
Parede isolada
ο
A B TP = 50 C
k A = 175 W / m ο C
2 cm 5 cm k B = 35 W / m οC
.
q = 500 kW / m 3
Esboce um gráfico comparando a solução analítica e a solução via MEF obtida.
O Método dos Elementos Finitos pode ser definido como a aplicação do método
de Rayleigh-Ritz em sub-regiões do domínio, os elementos finitos, onde os coeficientes
a determinar são os graus de liberdade (deslocamentos, temperatura, etc).
Na mecânica dos sólidos a energia potencial total π , para um sólido elástico-
1
2 Ω∫
π= σ ij ε ij dΩ − ∫ bi u i dΩ − ∫ t i u i dΓ , (2.56)
Ω Γ
48 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
1
2 Ω∫
π= σ x ε x dΩ − ∫ bu dΩ − ∫ t u dΓ . (2.57)
Ω Γ
σ x = Eε x (2.58)
tem-se
1
∫ Eε x dΩ − ∫ bu dΩ − ∫ t u dΓ .
2
π= (2.59)
2Ω Ω Γ
du
Mas como ε x = (elasticidade linear), e q sendo uma força de corpo por unidade de
dx
comprimento, então
2 L
1 du
π = ∫ E dΩ − ∫ qu dx − ∫ t u dΓ . (2.60)
2 Ω dx 0 Γ
L 2 L
1 du
π = ∫ EA dx − ∫ q u dx − ∫ t u dx . (2.61)
20 dx 0 Γ
2
x x
u~ ( x ) = 1 − u1 + u2
L L
ou u~ ( x ) = ∑ N ( x )u
i =1
i i (2.62)
x x
N1 = 1 − e N2 = , (2.63)
L L
du~ u u
=− 1 + 2 . (2.64)
dx L L
A energia potencial total, agora aproximada π a , toma a forma
du~
L 2 L
1
π a = ∫ EA dx − ∫ q u~ dx − ∫ t u~ dx . (2.65)
2 0 dx 0 Γ
L L
1 EA x x
∫ ( ) ∫
2
πa = u − u dx − q ( x ) 1 − u + u 2 dx − P1 u 1 − P2 u 2 . (2.66)
2 0 L2
2 1
0
L
1
L
x
1
L
EA 1 − 1 u1 1 −
L
P
π a = [u1 u 2 ]∫ 2 dx u − [u1 u 2 ] − ∫ L q( x ) dx − [u1 u 2 ] 1
2 L − 1 1 2 x P2
0 0
L
(2.67)
L L L
∂π a EA EA x
∂u1
= ∫
0
L2
dx u1 −
0
∫
L2
0
∫
dx u2 − 1 −
q dx − P1 = 0
L
(2.68)
L L L
∂π a EA EA x
∂u2
=−
0
L2 ∫
dx u1 +
0
L2 ∫
dx u2 − ∫ L q dx − P = 0
0
2
x
L 1−
EA 1 − 1 u1 P1
= ∫ x L q dx + , (2.69)
L − 1 1 u 2 0 P2
L
Exercício:
Deduzir a equação de elementos finitos do elemento de barra através do
Princípio dos Trabalhos Virtuais (PTV), utilizando funções de interpolação lineares.
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 51
PTV diz que: O trabalho virtual realizado pelas forças internas é igual ao trabalho
virtual realizado pelas forças externas, ou seja,
∫Ω σ ij δε ij dΩ = Ω∫ bi δui dΩ + Γ∫ ti δui dΓ .
F1 + F2 = 0 ou F1 = − F2 (2.70)
F1 F2
Px
σx = , (2.71)
A
pode-se escrever:
F1 = −σ x A e F2 = σ x A . (2.72)
F1 = − EAε x
F2 = EAε x . (2.73)
du( x )
εx = (2.74)
dx
∆L
εx = (2.75)
L
∆L = u2 − u1 (2.76)
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 53
u 2 − u1
εx = . (2.77)
L
− EA
F1 = ( u2 − u1 )
L
EA
F2 = ( u2 − u1 ) . (2.78)
L
Em notação matricial (2.78) toma a forma:
EA 1 −1 u1 F1
= ,
L −1 1 u 2 F2
(2.79)
Exercício
Deduza, utilizando o método direto, a equação de elementos finitos de uma
barra circular, sujeita apenas à momentos torçores nas extremidades, sendo os graus
de liberdade as rotações ϕ 1 e ϕ 2 (ver figura). A matriz de rigidez será em termos de J,
T 1 , ϕ1 L T 2 , ϕ2
54 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
Neste item será mostrado como, a partir de uma aproximação linear para a
função de interesse
~
φ = a1 + a 2 x (2.80)
~
obtém-se as funções de interpolação lineares N i , podendo-se assim escrever φ em
~
φ= ∑N φ
i
i i (2.81)
x x
N1 = 1 − e N2 = . (2.82)
L L
~
Para as coordenadas nodais, φ deve apresentar os valores nodais, ou seja,
~ ~
para x = 0 φ = φ 1 , e para x = L φ = φ 2 . Assim, tem-se
a1 + a 2 .0 = φ 1
a1 + a 2 . L = φ 2 . (2.83)
56 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
1 0 a1 φ 1
1 L a = ou [ A]{a} = {φ } (2.84)
2 φ 2
onde
1 0
[ A] = 1 ;
L
a1
{a} = e
a2
φ 1
{φ } = .
φ 2
[ A] [ A]{a} = [ A] {φ }
−1 −1
ou {a} = [ A] −1 {φ } . (2.85)
[ A] −1
é facilmente obtida, resultando em
1 0
[ A] −1
=
−1 L 1 L , (2.86)
a1 1 0 φ 1
= −1 L 1 L φ
a 2 2
ou
1 1
a1 = φ 1 e a2 = − φ1 + φ2 (2.87)
L L
~ 1 1
φ = φ1 + − φ1 + φ2 x
L L
ou
~ x x
φ = 1 − φ 1 + φ 2 . (2.88)
L L
Note que (2.88) está escrita na forma da expressão (2.81), onde as funções de
interpolação são exatamente aquelas expressas em (2.82).
A representação gráfica das funções de interpolação lineares unidimensionais pode ser
visualizada na figura 2.14. Note que N i é unitária no nó i, e nula no nó j, e vice-versa
para a função de interpolação N j . Para polinômios interpoladores de maior ordem
nó i e nula nos demais nós do elemento. A figura 2.15 representa a interpolação linear
~
da variável φ através de funções de interpolação lineares (equação 2.88).
1 1
Ni Nj
0 0
xi xj xi xj
L L
φ= a1 + a2 x
φj
φi
x
xi xj
L
~
φ = a1 + a 2 x + a 3 x 2 (2.89)
~
e, para as posições nodais x1 , x 2 e x 3 (o elemento quadrático possui 3 nós), φ
assume os valores nodais, isto é,
~
φ ( x1 ) = φ 1
~
φ ( x2 ) = φ 2 (2.90)
~
φ ( x3 ) = φ 3
n
xj − x
Ni = ∏ x
j =1
.
j − xi
(2.91)
j ≠i
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 59
( x2 − x )( x 3 − x )
N1 =
( x 2 − x1 )( x 3 − x1 )
( x1 − x )( x 3 − x )
N2 = (2.92)
( x1 − x 2 )( x 3 − x2 )
( x1 − x )( x2 − x )
N3 = .
( x1 − x3 )( x2 − x3 )
N1 1 N2
0
x1 x3 x2 0
x1 x3 x2
N3
1
0
x1 x3 x2
φ = a 1 + a2 x + a3 x 2
φ2
φ3
φ1
x
x1 x3 x2
Figura 2.17: Variação quadrática da variável φ .
x2 − x x1 − x x − x1
N1 = e N2 = = (2.93)
x 2 − x1 x 1 − x 2 x 2 − x1
Exercício
Mostre que a matriz de rigidez para o elemento de barra, utilizando funções de
interpolação quadráticas (expressões 2.92), e para os três nós igualmente espaçados,
é dada por
7 1 −8
EA
[K ]E
=
3L
1 7 −8
−8 −8 16
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 61
y y
u2 v2
2
u2
θ θ
1 L v1
u1
u1
x x
(a) (b)
Figura 2.18: Elemento de barra rotacionado em relação ao sistema de coordenadas global x-y.
u1
u1 cos θ sen θ 0 0 v1
= ou {u} = [T ]{u}
sen θ u2
(2.95)
u2 0 0 cos θ
v 2
onde
u1
{u} = é o vetor deslocamentos no sistema local
u2
u1
v
{u} = 1 é o vetor deslocamentos no sistema global x-y
u2
v 2
cos θ sen θ 0 0
e [T ] é a matriz de transformação dada por [T ] =
sen θ
.
0 0 cos θ
Px1 cosθ 0
P
y1 senθ 0 P1
= ou { P } = [T ] T {P } (2.97)
Px 2 0 cosθ P2
Py 2 0
senθ
onde
P1
{P } = P é o vetor carregamento nodal no sistema local
2
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 63
Px 1
P
{ P } = Py1 é o vetor carregamento no sistema global x-y
x2
Py 2
e [T ] T
é a transposta da matriz de transformação [T ] dada por
cosθ 0
sen θ 0
[T ] T
=
0 cosθ
.
0 sen θ
E A 1 −1 u1 P1
= ,
L −1 1 u2 P2
(2.98)
cos θ 0 u1 Px 1
sen θ 0 EA 1 −1 cos θ sen θ 0 0 v1 Py 1
= .
0 cos θ L −1 1 0 0 cos θ sen θ u2 Px 2
v2 Py 2
0 sen θ
(2.99)
ou,
[ K ]{u} = [ P ] , (2.100)
[ ]
sendo K a matriz de rigidez do elemento de barra no sistema local.
u1
AE 1 −1 P1 AE 1 −1 cosθ sen θ 0 0 v1
{P } = L −1 1
[T ]{u} ou =
L −1 1 0 0 cosθ
sen θ u2
P2
v2
(2.102)
Desenvolvendo as multiplicações matriciais da expressão (2.100) tem-se
AE
P1 =
L
[
( u1 − u2 ) cosθ + ( v1 − v2 ) senθ]
(2.103)
AE
P2 =
L
[
−( u1 − u2 ) cosθ − ( v1 − v2 ) sen θ ]
Note que P1 = − P2 e assim, apenas uma das equações (2.103) necessita ser
interpretado que o membro está sob tração, se for positiva, e sob compressão se for
negativa. A partir de P2 pode-se também calcular a tensão normal de cada elemento,
P2
σ= . (2.104)
A
Cap. 2 - Elementos Finitos Unidimensionais 65
L = ( x 2 − x 1 )2 + ( y 2 − y1 ) 2
x 2 − x1 y 2 − y1
cosθ = e senθ = (2.105)
L L
onde ( x1 , y1 ) são as coordenadas do primeiro nó do elemento, e ( x 2 , y 2 ) do segundo
nó do elemento.
Exercício
1 - Dada a estrutura apresentada na figura 2.19, calcular o deslocamento no
ponto A, as forças axiais, e as tensões normais em cada membro, utilizando o MEF. A
área de cada membro está mostrada na figura, e os dois membros são de aço, cujo
módulo de elasticidade E é igual a 2.0 X 10 5 MPa . (Utilizar unidades compatíveis!)
80 cm
2
área = 6 cm
2
área = 2 cm
A
60 cm 30
o
F = 4000 kgf
CAPÍTULO 3
extremidades ( Fy1 , Mz1 , Fy 2 , Mz 2 ), conforme mostra a figura 3.1, ele terá dois graus
w(x ) w2
w1
Mz2
Mz1
x
Fy1 Fy 2
L
v1 v2
θ1 θ2
x
L
onde
12 6 L − 12 6 L
6 L 4 L2 − 6 L 2 L2
[K ]
E EI
= 3
L − 12 − 6 L 12 − 6 L
é a matriz de rigidez do elemento
6L 2L
2
− 6 L 4 L2
v1
θ
{u }
E
= 1 é o vetor deslocamentos nodais do elemento
v 2
θ 2
7w1 + 3w2
L Fy1
(
L 3 13w + 2 w )
2
Mz1
{F }
E
= +
20 3w1 + 7w2 Fy2
é o vetor de carregamentos nodais do elemento
− L (2w + 3w ) Mz2
3 1 2
- Comprimento total LT = 20 cm
- Módulo de elasticidade E = 2,0 × 106 kgf / cm 2
- Carregamento transversal w = 100 kgf / cm
y
w = cte.= 100 kgf/cm
1 cm
A
2 cm
x
A
LT = 20 cm corte A -A
1 1 2 2 3
12 60 − 12 60 v1 − 500 Fy1
60 400 − 60 200 θ − 833.333 Mz
1333.333 1 = 1
+ (3.2)
− 12 − 60 12 − 60 v 2 − 500 Fy 2
60 200 − 60 400 θ 2 833.333 Mz 2
bh 3 2 4
onde o momento de inércia é dado por I = = cm .
12 3
Cap. 3 - Elemento Finito de Viga 69
12 60 − 12 60 0 0 v1 − 500 Fy1
60 400 − 60 200
0 0 θ 1 − 833.333 Mz 2
− 12 − 60 24 0 − 12 60 v 2 − 1000 Fy 2
1333.333 = + (3.3)
60 200 0 800 − 60 200 θ
2 0 Mz1
0 0 − 12 − 60 12 − 60 v3 − 500 Fy 3
0 0 60 200 − 60 400 θ 3 833.333 Mz 3
e o sistema fica:
12 60 − 12 60 0 0 v1 − 500 Ry1
60 400 − 60 200
0 0 θ 1 − 833.333 0
− 12 − 60 24 0 − 12 60 v 2 − 1000 0
1333.333 = + (3.4)
60 200 0 800 − 60 200 θ
2 0 0
0 0 − 12 − 60 12 − 60 v3 − 500 Ry 3
0 0 60 200 − 60 400 θ 3 833.333 0
1 0 0 0 0 0 v1 0
0 400 − 60 200 0 0 θ − 833.333
1
0 − 60 24 0 0 60 v 2 − 1000
1333.333 = . (3.5)
0 200 0 800 0 200 θ
2 0
0 0 0 0 1 0 v3 0
0 0 60 200 0 400 θ 3 833.333
θ 1 = −0,025 rad
θ2 = 0
v 2 = −0,15625 cm
θ 3 = 0,025 rad .
v1 0
θ − 0 ,025 rad
1
v 2 − 0 ,15625 cm
= (3.7)
θ 2 0
v3 0
θ 3 0 ,025 rad
v( x ) = −
wx 3
24 E I
(LT − 2 LT x 2 + x 3 ) (3.8)
θ (x ) = −
w
24 E I
(L3T − 6 LT x 2 + 4 x 3 ) (3.9)
note que obtém-se, nos pontos nodais, os mesmos valores da solução via MEF.
Para a obtenção das reações, com o vetor deslocamentos obtido (3.7), retorna-se ao
sistema original (3.4) obtendo-se Ry1 = 1000 kgf e Ry 3 = 1000 kgf .
Cap. 3 - Elemento Finito de Viga 71
Calcule agora os esforços internos (esforço cortante e momento fletor) nos dois
elementos finitos. A partir desses valores podem ser calculadas as tensões.
Exercícios
Calcule, para as vigas abaixo, deflexões, rotações e reações, e compare com as
soluções analíticas.
Wo
Caso considerarmos também que o elemento finito pode estar sujeita à cargas
axiais, necessita-se simplesmente acrescentar o efeito dado pelo elemento de barra,
assim tem-se que as matrizes e vetores alteram-se para:
EA EA
L 0 0 − 0 0
L
12 E I 6EI 12 E I 6EI
0 −
L3 L2 L3 L2
4E I 6EI 2E I
0 −
[K ]
E
= L
EA
L2 L
(3.10)
0 0
L
12 E I 6EI
simétrica − 2
L2 L
4E I
L
u1
v
1
θ
{u }
E
= 1 (3.11)
u 2
v 2
θ 2
L x
∫ 1 − q( x )dx
0 L
(7 w1 + 3 w2 )L
Px1
20 Fy
(3w1 + 2 w2 )L 1
2
{F }
E
= L 60 Mz 1
+ (3.12)
q( x )dx Px 2
x
∫ L Fy 2
0
(3w1 + 7 w2 )L Mz 2
20
(2 w + 3w )L2
1 2
60
Cap. 3 - Elemento Finito de Viga 73
E A 2 12 E I 2 E A 12 E I 6EI E A 2 12 E I 2 E A 12 E I 6 EI
L c + 3 s − 3 sc 2
s − c − 3 s − + 3 sc − 2 s
L L L L L L L L L
E A 2 12 E I 2 6 E I E A 12 E I E A 2 12 E I 2 6 E I
s + 3 c c − + 3 sc − s − 3 c c
L L L
2
L L L L L2 (3.13)
4E I 6 EI 6EI 2E I
s − 2 c
[K ] = L L2 L L
E A 2 12 E I 2 E A 12 E I 6EI
c + 3 s − 3 sc s
L L L L L2
E A 2 12 E I 2 6EI
SIMETRIA s + 3 c − 2 c
L L L
4EI
L
onde c = cosθ e s = sen θ , sendo θ o ângulo que o eixo centroidal do elemento faz
com a direção x (ver figura 3.7). Note que também, dependendo de como o
carregamento for aplicado sobre o elemento finito, deverá ser feita uma transformação
de coordenadas (verifique!).
74 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
Exercício
Calcular deslocamentos, reações e esforços internos na estrutura abaixo:
15 N/mm
I = 40 X 106 mm4
3m
A = 600 mm2
E = 2 X 105 N /mm2
3m
TAREFA:
Criar, à partir do programa trelica, um programa com a formulação para
elementos de viga.
Referências Bibliográficas
4. Carey, G.F. & Oden, J.T. - (1981) - “Finite Elements”, vol. I, Prentice-Hall, New
Jersey.
5. Cook, R.D., Malkus, D.S. & Plesha, M.E. (1988) - “Concepts and Applications of
Finite Element Analysis”, 3nd Edition, John Wiley & Sons, New York.
7. Duarte, C.A.M. & Oden, J.T. (1995) - “Hp Clouds - A Meshless Method to Solve
Boundary-Value Problems”, TICAM Report 95-05.
10.Fagan, M.J. (1992) - “Finite Element Analysis – Theory and Practice”, Logman
Scientific and Technical.
12.Hughes, T.J.R. (1987) - “The Finite Element Method: Linear Static and Dynamic
Finite Element Analysis”, Prentice-Hall, Englewood Cliffs, New Jersey.
13.Pian, T.H.H & Tong, P. (1987) - “Mixed and Hybrid Finite-Element Methods”, em
"Finite Element Handbook", Part 2, "FEM Fundamentals", H. Kardestuncer, Cap. 5,
McGraw-Hill Book Company.
76 Introdução ao MEF – M. A. Luersen
14.Szabó, B. & Babuska, I. (1991) - “Finite Element Analysis”, John Wiley & Sons,
Co., New York (USA).
16.Timoshenko, S.P. & Goodier, J.N. (1980) - “Teoria da Elasticidade”, 3a. Ed.,
Guanabara Dois, Rio de Janeiro.
17.Zienkiewicz & Zhu (1987) - “A Simple Error Estimator and Adaptive Procedure
for Pratical Engineering Analysis”, Int. J. Num. Meth. Eng., vol 24, pp. 335-357.
Apêndice A
x
EA L
F ( x ) = σ ( x ). A F ( x + ∆x ) = σ ( x + ∆x ). A
x ∆x
∑ Fx = 0 F ( x + ∆x ) − F ( x ) + q∆x = 0
F ( x + ∆x ) − F ( x )
Dividindo por ∆ x : + q =0
∆x
dF ( x ) d (σ ( x ) A)
Fazendo o limite ∆ x → 0 tem-se + q =0 → +q =0
dx dx
du
d EA
du dx
Utilizando a Lei de Hooke σ = Eε = E → + q =0
dx dx
Se a área A e o módulo de elasticidade E forem constantes, tem-se
d 2u q
+ = 0 para 0 ≤ x ≤ L
dx 2 EA