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Trabalho fq

Um campo magnético pode ter origem não só em imanes como também em correntes
elétricas.
A observação de fenómenos magnéticos naturais data da Antiguidade, mas o seu
estudo só começou a despertar mais atenção no século XIX, quando Christian
Oersted, físico dinamarquês, observou pela primeira vez uma relação entre a
eletricidade e o magnetismo.
A célebre experiência de Oersted, realizada em 1820, consistiu no seguinte: ao fazer
passar uma corrente elétrica num condutor retilíneo, Oersted verificou que a
passagem da corrente no condutor fazia desviar uma agulha magnética colocada nas
proximidades do mesmo.
Interrompendo a corrente elétrica no circuito, a agulha magnética retomava a
orientação inicial. Fazendo passar a corrente elétrica em sentido oposto, a agulha
magnética voltava a oscilar, desviando-se agora em sentido contrário.
Este comportamento só se compreendia se a agulha magnética estivesse sujeita a um
campo magnético. Logo, Oersted concluiu que uma corrente elétrica cria um campo
magnético.

indução eletromagnética e Lei de Faraday


O seu trabalho na indução eletromagnética consiste na produção de uma força
eletromotriz induzida, e por variação do fluxo do campo magnético, através de um
circuito.
A força eletromotriz induzida é a tensão elétrica que teria de ser aplicada a um circuito
fechado para se gerar a mesma corrente elétrica A Sua unidade Si e o Volt
As experiências realizadas por Michael Faraday e mostraram que a força eletro motriz
induzida está associada à taxa de variação temporal do fluxo do campo magnético
através das espiras de uma bobina.
Quanto mais depressa variar o fluxo, maior é o valor da força eletromotriz induzida: se
o fluxo não variar, a força eletromotriz induzida é zero.
Por exemplo, o movimento de um iman em relação a uma bobina (ou espira) ou de
uma bobina (ou espira) em relação a um íman, havendo variação de fluxo magnético,
produz uma corrente elétrica induzida (Fig,2.31). Quanto mais rápido for o movimento
do iman em relação à bobina, ou vice-versa, maior é a corrente elétrica induzida.
O ponteiro do galvanómetro indica a passagem da corrente elétrica, movendo-se, ora
num sentido, ora noutro, conforme se aproxima ou afasta o íman da bobina ou a
bobina do íman. O sentido da corrente depende do sentido do movimento.
Faraday concluiu que campos magnéticos cujo fluxo seja variável podem gerar,
correntes elétricas.
A importância dos contributos de Maxwell e de Hertz

O modelo que o físico James Maxwell concebeu, no século XIX, para o estudo dos
campos elétricos e magnéticos prevê a propagação de ondas eletromagnéticas.
Segundo Maxwell, se num determinado ponto P for produzida uma perturbação
elétrica causada, por exemplo, por oscilação de uma carga elétrica, essa perturbação
produz um campo elétrico,È, variável no tempo e no espaço, à medida que a
perturbação se propaga.

Este campo elétrico induz um campo magnético, , que também varia no tempo e no
espaço e que é perpendicular ao campo elétrico, È.

Por sua vez, um campo magnético, variável no tempo e no espaço, induz um campo
elétrico, variável no tempo e no espaço, perpendicular a este.

Esta indução recíproca de campos elétricos e de campos magnéticos, variáveis no


tempo e no espaço, perpendiculares entre si, está associada à propagação de
perturbações eletromagnéticas, constituindo ondas eletromagnéticas Estas ondas
eletromagnéticas são ondas transversais.

A fonte geradora de ondas eletromagnéticas mais simples consiste numa carga


elétrica a oscilar com uma determinada frequência, sendo a frequência da onda igual à
frequência de oscilação da carga.

As ondas eletromagnéticas resultam da propagação de campos elétricos, E, e


magnéticos, É, variáveis, perpendiculares entre si e perpendiculares à direção de
propagação das ondas - são ondas transversais

Maxwell, em 1865, resumiu todo o conhecimento acumulado sobre fenómenos


elétricos e magnéticos num coniunto de quatro equações -equações de Maxwell- que
mostram a dependência entre os campos elétrico e magnético, passando, assim, a
falar-se de campo eletromagnético

Maxwell concluiu, a partir das suas equações, que:


- os campos elétricos e magnéticos se propagam como ondas eletromagnéticas;
- a velocidade de propagação de uma onda eletromagnética no vácuo é igual à já
então conhecida velocidade da luz no vácuo (c=3,0 × 10° ms-1): logo, a luz é uma
onda eletromagnética; uma onda eletromagnética apresenta todas as características
de uma onda, tais como reflexão, refração, difração e interferência.
Apesar de a teoria de Maxwell estar bem fundamentada (física e matematicamente),
não foi possível confirmá-la experimentalmente na época.

Só em 1887 (cerca de vinte anos mais tarde), o físico alemão Heinrich Hertz concebeu
e realizou uma experiência que confirmou a teoria de Maxwell, ao gerar e detetar as
primeiras ondas eletromagnéticas, neste caso, ondas de rádio.

Hertz utilizou uma bobina de indução ligada a duas hastes metálicas, cada uma com
uma esfera metálica numa das extremidades - circuito emissor, também designado por
"excitador", de modo a criar uma tensão elétrica elevada entre as esferas.

Sempre que a bobina (fonte de impulsos elétricos alternados) era percorrida por uma
corrente elétrica, Hertz observava descargas elétricas (faíscas) entre as duas hastes
ligadas às esferas metálicas; passava a haver uma oscilação de cargas entre as duas
esferas, o que levava à emissão de ondas eletromagnéticas.

Explicava, assim, a ocorrência de outras descargas elétricas (faíscas) num "ressoador"


(anel metálico com uma pequena abertura) colocado a uma dada distância das
esferas. Deste modo, o "excitador" funcionava de antena emissora de ondas
eletromagnéticas e o "ressoador" de antena recetora de ondas eletromagnéticas.

As ondas eletromagnéticas produzidas por Hertz tinham uma frequência de 5x 108 Hz,
correspondendo a um comprimento de onda de 60 cm, ou seja, a um grande
comprimento de onda. Hertz descobriu, assim, uma forma de produzir,
experimentalmente, ondas eletromagnéticas, mais particularmente ondas de rádio.

A experiência de Hertz acabou por vir a revolucionar rapidamente os meios de


comunicação até então existentes. A partir daí, o uso de ondas eletromagnéticas para
as comunicações nunca mais parou.

Os contributos de Maxwell para a teoria das ondas eletromagnéticas e de Hertz para a


produção e deteção de ondas eletromagnéticas com grande comprimento de onda
vieram revolucionar por completo os meios de comunicação

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